O INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO
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- Ana do Carmo Sabrosa Lombardi
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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA Curso de Graduação em Direito Mirena Augusta dos Reis Carvalho O INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO Montes Claros MG Abril/2010
2 Mirena Augusta dos Reis Carvalho O INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO Monografia apresentada ao Curso de graduação em Direito da Universidade Estadual de Montes Claros como exigência à obtenção do grau de bacharel em Direito. Orientador: Prof. MARCOS ANTÔNIO FERREIRA Montes Claros MG Abril/2010
3 Mirena Augusta dos Reis Carvalho O INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO Monografia apresentada ao Curso de graduação em Direito da Universidade Estadual de Montes Claros como exigência à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Prof. MARCOS ANTÔNIO FERREIRA Membros: MONTES CLAROS MG ABRIL/2010
4 Dedico a presente monografia ao meu filho Danilo, razão de todo o meu esforço. Ao meu esposo, por tanto amor, compreensão e incentivo a mim dispensados. Aos meus pais, por me ensinarem os princípios para a formação do meu caráter e por terem me conduzido ao aprimoramento pessoal e profissional. Às minhas irmãs e às minhas tias Rosália e Rosenita, por terem me incentivado durante toda a minha trajetória da Graduação em Direito.
5 AGRADECIMENTOS À Deus, que me concedeu a vida e ensinou-me a segui-la com honestidade e honradez na busca de meus objetivos. Ao meu orientador, Dr. Marcos Antônio, exímio jurista, pelos inestimáveis ensinamentos jurídicos. Ao professor Fernando Pereira Jorge, pelas valorosas contribuições para o meu aperfeiçoamento profissional. Aos mestres que tive na graduação, pelos conhecimentos transmitidos. Por fim, aos amigos que me ajudaram na elaboração deste trabalho.
6 De tudo ficaram três coisas: a certeza de que estamos sempre começando... a de que precisamos continuar... e a de que seremos interrompidos antes de terminar...mas é possível, e aí esta o ponto fundamental, fazer da interrupção um novo caminho, da queda um passo de dança, do medo, uma escada e do sonho, uma ponte. Fernando Pessoa
7 RESUMO A presente pesquisa analisa a inserção do interrogatório por videoconferência no processo penal brasileiro, dando enfoque para o estudo de sua viabilidade e, principalmente, da sua constitucionalidade. Pois, embora tal ato seja verdadeiro avanço para a prática forense, servindo para agilizar o andamento processual e reduzir custos com o deslocamento de presos, aparentemente, contraria garantias individuais previstas na Constituição Federal e outras normas processuais. Para tanto, são examinados alguns princípios que o norteiam, notadamente, o da Ampla Defesa, do Contraditório e do Devido Processo Legal; bem como a Lei nº /2009, que introduziu o ato no ordenamento jurídico. Abordam-se, também, as posições doutrinárias e jurisprudenciais favoráveis e contrárias à sua adoção. Palavras-chave: Interrogatório. Videoconferência. Viabilidade. Constitucionalidade.
8 ABSTRACT This research examines the integration of the interrogation process by videoconference in criminal justice, focusing for the study of its feasibility, and especially of its constitutionality. For although such act is a real step forward for forensic practice, serving to accelerate the procedural and reduce procedural costs with moving inmates, apparently in opposition to individual guarantees provided by the Constitution and other procedural rules. To this end, we examine some principles that guide, specially the Full Defense, Contradictory, Due Process and the Law nº /2009, who introduced the act in the legal system. It addresses also the doctrinal and jurisprudential positions for and against its adoption. Keywords: Interrogation. Videoconferencing. Viability. Constitutionality.
9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I INTERROGATÓRIO Etimologia e Conceito Natureza Jurídica Necessidade e reinterrogatório Características Publicidade Pessoalidade Oralidade Individualidade Espontaneidade Local do interrogatório Conteúdo Direitos do réu Direito ao silêncio Direito de defesa O interrogatório e as modificações ocorridas com o advento da Lei nº / O interrogatório e as modificações introduzidas pelas Leis nº /08 e nº / CAPÍTULO II INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA A tecnologia no Direito Conceito e Procedimento Histórico Direito Comparado Princípios relacionados ao Interrogatório por Videoconferência Princípio da Publicidade Princípio do Juiz Natural Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Princípio da Identidade Física do Juiz
10 2.5.5 Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa Princípio da Celeridade Processual Princípio do Devido Processo Legal CAPÍTULO III O INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA NA DOUTRINA E NA JURISPRUDÊNCIA Análise da Lei nº / A jurisprudência acerca do interrogatório por videoconferência A controvérsia em torno da videoconferência criminal Posição contrária à realização da videoconferência no Processo Criminal Posição favorável à realização de videoconferência no Processo Penal CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
11 10 INTRODUÇÃO Com a edição da Lei nº /09, o interrogatório por videoconferência foi introduzido no processo penal brasileiro a fim de viabilizar tecnicamente a realização de audiências à distância, resguardando a visão, a audição, a comunicação entre juiz, réu, advogados e Ministério Público. Assim, o juiz, sem se deslocar do fórum, pode inquirir o acusado, que se encontra no presídio. Embora o sistema de videoconferência permita a transmissão nítida de imagens e sons entre a sala do fórum e a sala do presídio, com perfeita qualidade e em tempo real, a sua adoção é criticada por alguns juristas sob os argumentos de que o mesmo viola princípios constitucionais, como o Devido Processo Legal, do Contraditório e da Ampla Defesa, entre outros, e normas processuais. Com base nessa polêmica, o presente trabalho foi desenvolvido buscando analisar a viabilidade e a constitucionalidade desta nova modalidade de interrogatório, tendo em vista que não é possível existir num Estado Democrático de Direito normas processuais penais distanciadas da Constituição da República Federativa do Brasil. Para iniciar o estudo, no primeiro capítulo, faz-se uma abordagem do interrogatório explicando, dentre outros pontos, o seu conceito, a sua natureza jurídica, as suas características, as principais alterações legislativas a fim de se obter uma melhor compreensão desse instituto. O segundo capítulo trata do conceito e do funcionamento do interrogatório por videoconferência, bem como das experiências desse sistema em outros países e no Brasil e, também, dos princípios constitucionais e infraconstitucionais que norteiam o tema. O estudo é realizado, principalmente, com o objetivo de verificar se esse ato respeita os direitos e as garantias do réu no processo. Por fim, no terceiro capítulo, analisam-se os dispositivos da Lei nº /09 que regulam o interrogatório por videoconferência, visando conhecer o tratamento dado por essa Lei ao ato. Posteriormente, citam-se decisões dos tribunais nacionais acerca da validade de teleinterrogatórios e teledepoimentos realizados em várias partes do país e explanam-se os posicionamentos dos operadores do direito a respeito do assunto, ilustrando a divergência que há no campo jurídico acerca da matéria.
12 11 CAPÍTULO I INTERROGATÓRIO 1.1 Etimologia e Conceito O vocábulo interrogatório tem sua origem no latim interrogatorius, de interrogare, que significa perguntar, fazer perguntas, inquirir. Assim, interrogatório significa o conjunto de perguntas ou indagações promovidas pelo juiz no curso do processo ao acusado. Para Fernando Capez, o interrogatório é ato judicial no qual o juiz ouve o acusado sobre a imputação contra ele formulada (...).(CAPEZ, Fernando; 2009, p. 350) É o interrogatório, portanto, o ato fundamental em que o juiz interroga, inquiri o acusado acerca da imputação que lhe é formulada, colhendo, assim, informações para o seu convencimento. É o momento em que o juiz pode estabelecer contato direto com o acusado, lhe questionar sobre pontos obscuros, e que este, no exercício de sua defesa pessoal, pode apresentar a sua versão defensiva aos fatos que lhe foram imputados pela acusação, podendo até mesmo indicar meios de prova, assim como confessar, se entender cabível, ou ainda conservar-se em silêncio, informando simplesmente dados de qualificação. 1.2 Natureza Jurídica A natureza jurídica do interrogatório é assunto de grande divergência doutrinária, pois larga é a discussão se este instituto é meio de prova, meio de defesa ou de ambas. A doutrina que afirma ser o interrogatório meio de prova justifica-se no fato de que este ato judicial recebeu tratamento pelo Código de Processo Penal (CPP) no Capítulo III, do Título VII, destinado às provas em espécie. Já a doutrina que considera o interrogatório meio de defesa tem como fundamento principal o fato de o réu poder invocar o direito ao silêncio, sem nenhum prejuízo à culpabilidade. Aduzem, ainda, que é neste ato processual que ocorre a materialização de um dos direitos da ampla defesa assegurada pela Constituição Federal de 1988, qual seja, o direito de autodefesa. Uma vez que esta é a oportunidade de o réu, caso queira, esboçar a versão dos
13 12 fatos que lhe é própria, inclusive, mentir para se livrar da imputação, ou evocar o direito ao silêncio. Neste sentido é a posição de Ada Pellegrini, Scaranze Fernandes, Gomes filho, Tourinho Filho, Nestor Távora. A primeira conseqüência de se reconhecer o interrogatório como meio substancial de defesa é a impossibilidade de o imputado sofrer prejuízos por ter invocado o direito ao silêncio, já que este não pode levar à presunção de culpa. A segunda é a impossibilidade de se conduzir coercitivamente o acusado que mesmo citado pessoalmente, deixa de comparecer ao ato. Pois a ausência deve ser considerada expressão da autodefesa, evitando-se, assim, o constrangimento de conduzir o réu, mesmo a contragosto, para a audiência. Por fim, a terceira conseqüência é a impossibilidade de se decretar a revelia do réu ausente, porque a sua ausência não poderá acarretar prejuízos processuais. (NESTOR, Távora, ALENCAR, Rosmar Rodrigues, 2009, p. 346) Ainda que se quisesse ver o interrogatório como meio de prova, só o seria em sentido meramente eventual, em face da faculdade de o causado não responder. A autoridade estatal não pode dispor dele, mas deve respeitar sua liberdade no sentido de defender-se como entender melhor, falando ou calando-se. O direito ao silêncio é o selo que garante o enfoque do interrogatório como de defesa e que assegura a liberdade de consciência do acusado. (GRINOVER, Ada Pellegrini; FERNANDES, Antonio Scarance; GOMES FILHO, Antônio Magalhães, 2004, p. 96) Para uma terceira corrente, que tem prevalecido, o interrogatório tem natureza jurídica híbrida, é um meio de defesa, em virtude das várias prerrogativas dadas ao réu pela legislação, como também é meio de prova, pois todo o material colhido na inquirição servirá na formação do convencimento do julgador. É o entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. É também a posição de Mirabete, Denílson Feitoza Pacheco, dentre outros. Existe, ainda, uma quarta posição que considera o interrogatório como meio de defesa, primordialmente, e como meio de prova, subsidiariamente. É o posicionamento de Guilherme de Souza Nucci, que preconiza: [...] o interrogatório é, fundamentalmente, um meio de defesa, pois a constituição assegura ao réu o direito ao silêncio. Logo, a primeira alternativa que se avizinha ao acusado é calar-se, daí não advindo conseqüência alguma. Defende-se apenas. Entretanto, caso opte por falar, abrindo mão do direito ao silêncio, seja lá o que disser, constitui meio de prova inequívoco, pois o magistrado poderá levar em considerações suas declarações para condená-lo ou absolve-lo. (NUCCI, Guilherme de Souza, 2008, p. 422)
14 Necessidade e reinterrogatório A prática do interrogatório deve ser obrigatoriamente oportunizada durante toda a persecução penal, pois enquanto a sentença não transitar em julgado, sempre que possível, o magistrado deve dar ao réu a oportunidade de ser ouvido, sob pena de nulidade, conforme prevê o art. 564, inciso III, e, do CPP. Verifica-se, porém, a existência de nulidade apenas quando há supressão arbitrária desse ato pela autoridade judicial. Pois, se o réu for intimado regularmente e não comparecer à audiência de instrução e julgamento, impossibilitando a realização do interrogatório, não há que se falar em nulidade. Desta feita, o que não é aceitável é a dispensa desse ato judicial pelo magistrado, a não requisição do réu preso e, em caso de tê-la havido, o poder público não providenciar o seu comparecimento (art. 399, 1º, CPP). Tal nulidade é considerada por Nestor Távora como absoluta. Entretanto, prevalece o entendimento de que a nulidade é de natureza relativa, devendo a defesa argui-la no momento oportuno, sob pena de preclusão, e demonstrar o prejuízo. É a posição de Mirabete, Nucci e do Supremo Tribunal Federal. No Tribunal do Júri, por sua vez, é admissível o pedido de dispensa de apresentação do réu preso para a sessão de julgamento desde que esteja subscrito pelo mesmo e por seu defensor (art. 457, 2º, CPP). Quanto à realização de um novo interrogatório, o CPP prevê que o juiz poderá realizá-lo a todo tempo, de ofício ou a requerimento das partes (art. 196, CPP), já que inúmeras são as situações que o justifica. Por exemplo, quando o acusado, que confessou no primeiro interrogatório, resolve retratar-se, o que é permitido (art. 200, CPP), ou quando surge uma prova nova, desejando o réu manifestar-se sobre a mesma. Entretanto, após a reforma do procedimento da instrução criminal introduzida pela Lei nº /2008, determinando que a audiência de instrução e julgamento seja realizada em uma única assentada, restou prejudicada a possibilidade de se repetir o interrogatório do acusado no juízo de primeiro grau. Segundo preceitua o artigo 616, do CPP, até mesmo no julgamento das apelações, a câmara ou turma julgadora pode proceder a novo interrogatório do réu.
15 Características Publicidade A publicidade é uma característica peculiar aos atos processuais. Assim, como o interrogatório integra o processo, este ato, como regra, deve ser realizado a portas abertas. Tal garantia processual tem previsão na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 93, IX, que dispõe serem públicos todos os julgamentos realizados pelos órgãos do Poder Judiciário, ressalvando, porém, que a lei poderá restringir a presença em determinados atos, às próprias partes e seus advogados, ou somente a estes, quando a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. No mesmo sentido, prevê o CPP, como regra, a publicidade das audiências, sessões e demais atos processuais. Assim, até mesmo quando o ato for realizado no estabelecimento prisional, esta característica estará assegurada (art.185, 1º, do CPP). O sigilo dos atos judiciais deve circunscrever-se aos casos em que haja risco de escândalo, inconveniente grave ou perturbação da ordem. (art. 792, 1º, CPP). Cumpre, ainda, destacar que a publicidade dos atos processuais também está prevista no Pacto Internacional dos Direito Civis e Políticos, adotado pela Resolução n A (XXI) da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 16 de dezembro de 1966, ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992; bem como na Convenção Americana dos Direitos e dos Deveres do Homem, mais conhecida como Pacto de São José da Costa Rica, adotada e aberta à assinatura na Conferência Especializada Interamericana de Direitos Humanos, realizada na cidade de San Jose da Costa Rica, em 22 de novembro de 1966, ratificada pelo Brasil em 25 de setembro de Pessoalidade O interrogatório é ato pessoal, ou seja, só o acusado pode ser interrogado, não se admitindo, portanto, representação, substituição ou sucessão. Dessa forma, não há possibilidade do defensor do réu, ou do curador do menor acusado, poder ser ouvido em seu
16 15 lugar. Pois, a legislação processual permite apenas que o advogado, em caso de ausência do réu, se faça presente para justificá-la e não para prestar depoimentos no lugar do cliente. No que tange ao interrogatório da pessoa jurídica, cabe ressaltar que o CPP é omisso no tratamento do tema, assim como a Constituição Federal de 1988 que apenas idealizou em seu artigo 225, 3º, a responsabilidade penal da pessoa jurídica para os crimes ambientais, sem tecer maiores considerações sobre o procedimento. Por isso, como não há previsão legal acerca do interrogatório da pessoa jurídica, utiliza-se das disposições do Código Processo Civil. Nessa senda, realiza-se a citação da pessoa jurídica na figura da pessoa indicada no respectivo estatuto, ou, em caso de falta de designação, nos seus diretores. Ao interrogatório, comparecerá a pessoa designada por instrumento de preposição, a qual poderá prestar informações, inclusive confessar, vinculando no que disser a ré, ou utilizar-se do direito ao silêncio Oralidade O interrogatório, como regra, deve ser realizado de forma oral. Isto porque a palavra falada tem o condão de conferir fidelidade e espontaneidade ao ato. O tom de voz, os gestos, a espontaneidade do réu ao responder às perguntas são importantes elementos de formação da convicção do juiz a seu respeito. No ordenamento jurídico vigente, o juiz formula as perguntas para o acusado, em seguida o réu responde as perguntas formuladas pelo Ministério Público e depois pelo próprio defensor, e as respostas, no essencial, são registradas nos autos. A oralidade, como já mencionado, não é característica essencial ao ato, pois a legislação processual prevê como exceção, no artigo 192, do CPP, regras para o interrogatório do mudo, do surdo, do surdo-mudo. Ao acusado mudo, as perguntas são realizadas oralmente e as respostas na forma escrita. Aos surdos, as perguntas são escritas e as respostas são orais. Já no caso de o imputado ser surdo-mudo, as perguntas e as respostas são escritas. Porém, se estes forem analfabetos ou, também, deficientes visuais, intervirá, sob compromisso, pessoa capacitada para entendê-los. Caso o imputado não fale a língua nacional, o interrogatório será realizado por meio de intérprete, ainda que as pessoas na sala de audiência dominem a língua estrangeira. Nesse ponto, é importante destacar que, mesmo que o juiz fale a língua do acusado, não
17 16 poderá interrogá-lo sem intérprete, haja vista que o artigo 193 do CPP é contundente e induvidoso acerca disso. Essa formalidade, contudo, poderá ser dispensada, se a língua estrangeira assemelhar-se a da nacional, como o português de Portugal Individualidade No caso de haverem co-réus para serem inquiridos, cada acusado será interrogado pessoalmente, para que nenhum assista previamente ao depoimento dos outros, conforme prescrito no artigo 191 do CPP. Carlos Henrique Bórlido Haddad justifica a razão de ser individual a inquirição dos co-réus: [...] A presença dos comparsas poderia constranger o interrogando, que não declararia com toda liberdade. Um ouviria o outro, facilitando o entendimento entre si, a mais das vezes, autores de delitos em concurso de pessoas, com prévia conjunção de vontade e de esforços, e dificultando ao juiz descobrir alguma contradição nas declarações [...] Por fim, a impossibilidade de se questionar todos os acusados ao mesmo tempo, porquanto as respostas simultâneas dificultariam a consecução do ato e interfeririam na ordem processual. (HADDAD, Carlos Henrique Bórlido, 2000, p. 97) Espontaneidade O interrogatório deve ser realizado sem a utilização de qualquer meio ilegal, pois o acusado deve ser livre de pressões ou de constrangimentos para que possa responder as perguntas espontaneamente. Dessa forma, ainda que haja consentimento do réu, não é admitida a utilização de aparelhos detectores de mentira no processo penal, sob pena de nulidade. Do mesmo modo, se o juiz ou o órgão acusador intimidar o réu, o interrogatório será invalidado.
18 Local do interrogatório Tratando-se de réu solto, o interrogatório, em regra, deve ser realizado na sede do juízo ou tribunal competente para julgá-lo pelo delito que lhe foi imputado na denúncia ou queixa. Contudo, é possível também, pela enfermidade ou velhice do interrogado, que o ato seja realizado onde o mesmo se encontre (artigo 200, CPP). Em analogia ao artigo 222 do CPP, tem se admitido que o interrogatório seja realizado mediante precatória, ficando consignadas na carta as perguntas a serem feitas. No caso de réu preso, por sua vez, a regra é a realização do interrogatório no estabelecimento prisional em que o mesmo se encontrar, conforme estatuído no artigo 185, 1º, do CPP. Com a edição da Lei nº /09, houve a introdução do interrogatório por videoconferência no ordenamento jurídico brasileiro. Tema que constitui o principal objeto do estudo e que será explanado em capítulo específico. Nos processos da competência do Tribunal do Júri, o rito processual é especial, bifásico, com duas etapas bem distintas: a primeira fase chama-se juízo de admissibilidade, sumário de culpa, judicium accusationis; e a segunda fase, que somente ocorrerá se admitida a acusação pelo juiz sumariante, é denominada como juízo de mérito ou judicium causae. Nessa oportunidade os fatos serão avaliados pelos jurados, sob a presidência do juiz - presidente do tribunal do júri. Assim, quanto ao lugar do interrogatório realizado na primeira fase do procedimento do júri, aplicam-se os mesmos dispositivos mencionados acima. Porém, na segunda fase, o interrogatório do acusado é realizado em plenário. 1.6 Conteúdo O interrogatório é um ato processual composto de duas partes: a primeira de qualificação e a segunda de mérito. Determina o artigo 187, do CPP, que: O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. No interrogatório de qualificação, o foco é a pessoa do acusado. O magistrado busca obter informações acerca de sua integração na sociedade e de seu desenvolvimento pessoal, fazendo perguntas sobre a sua residência, meios de vida, profissão, lugar onde exerce
19 18 a sua atividade, oportunidades sociais, estado civil, grau de escolaridade e de outros dados familiares e sociais. Além disso, será questionado ao acusado sobre a sua vida pregressa, isto é, se já foi preso ou processado anteriormente e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional, se condenado, qual a pena imposta e se a mesma foi cumprida. Na segunda fase do interrogatório, o acusado será questionado sobre a procedência da acusação que lhe é feita, sobre as provas existentes e, caso confesse o crime, será questionado sobre os motivos que o levaram a praticá-lo, bem como acerca das circunstâncias do fato, e da participação de outras pessoas. Caso negue a autoria delitiva, poderá prestar esclarecimentos, atribuí-la a terceiros e indicar provas. Resumidamente, o juiz deve observar o disposto no artigo 187, 2º, do CPP, podendo, também, formular qualquer pergunta que julgar necessária para o esclarecimento da verdade e para formação de sua convicção. Depois de esgotadas as perguntas do juiz, terão vez, na seqüência, a acusação e a defesa. Se o juiz negar-se a fazer a pergunta formulada pela acusação ou pela defesa, o fato ficará consignado no termo de audiência, inclusive, com a reprodução da pergunta feita e com o fundamento da denegação, para eventual uso posterior pela parte interessada. Frise-se, por fim, que o réu não está obrigado a responder as perguntas, porquanto tem o direito constitucionalmente assegurado ao silêncio. Devendo, então, selecionar o que lhe é ou não conveniente responder. 1.7 Direitos do réu Direito ao silêncio No ordenamento jurídico brasileiro, calar nem sempre significou exercício da preservação da intimidade. O silêncio do acusado, por longo período, foi interpretado como assunção da culpa. Com a edição do Decreto-lei 3.689, de 03 de outubro de 1941, o atual CPP, o direito ao silêncio recebeu tratamento no capítulo relativo ao interrogatório do acusado, no
20 19 artigo 186. Tal dispositivo previa que o juiz, antes de iniciar o interrogatório, deveria advertir o réu que, embora o mesmo não fosse obrigado a responder às perguntas que lhe eram formuladas, o seu silêncio poderia ser visto em prejuízo de sua defesa. A Constituição Federal de 1988, todavia, não recepcionou a última parte do artigo 186, do CPP, que autorizava o juiz a interpretar o silêncio do réu em seu prejuízo. Pois, ao prever no artigo 5º, inciso LXIII, que o preso será informado de seus direitos, dentre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado, o direito ao silêncio foi consagrado e edificado como direito e garantia fundamental. Uma proteção contra a auto-incriminação (nemo tenetur se ipsum accusare). Traduzindo-se como exercício do direito à individualidade e à personalidade, baseado no princípio maior que é a dignidade da pessoa humana, norteadora das relações interpessoais e da relação Estadoindivíduo. Embora a Lei Fundamental tenha empregado no art. 5º, LXIII o vocábulo preso para determinar o destinatário da garantia, a doutrina e a jurisprudência tem feito uma interpretação extensiva desse dispositivo, estendendo-a a toda e qualquer pessoa que esteja sendo processado criminalmente, tendo em vista que o silêncio decorre do direito contra a auto-incriminação, o qual protege o indivíduo de produzir provas a ele desfavoráveis ou de praticar atos que prejudiquem sua defesa. O Supremo Tribunal Federal, na mesma diretriz, tem entendimento consolidado no sentido de que, qualquer pessoa que preste depoimento, seja na qualidade de acusado, de preso, de vítima ou de testemunhas, poderá invocar o direito ao silêncio a fim de impedir a auto-incriminação, conforme decidido no Habeas Corpus (HC) o privilégio contra auto-incriminação (...) traduz direito púbico subjetivo, de estatura constitucional, assegurado a qualquer pessoa pelo art. 5º, inciso LXIII, da nossa Carta Política (MELLO, Celso; 2000). Em se tratando de preso, na acepção literal da palavra, cabe lembrar que o direito de permanecer calado deve lhe ser informado antes de prestar suas declarações para o delegado na fase extrajudicial e antes de ser interrogado na fase judicial. No âmbito internacional, a prerrogativa individual da não auto-incriminação está prevista na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, conhecida como Pacto de São José da Costa Rica, que dispõe em seu art.8º, 2º, g, ser garantia judicial o direito da pessoa de não ser obrigada a depor contra si, nem se confessar culpada. Em disposições semelhantes, a garantia encontra-se, também, inserida no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos em seu art º, g. Com a adesão do Brasil a esses tratados, as regras
21 20 referentes ao direito ao silêncio neles previstos solidificaram o seu caráter imperativo e de direito individual. Evidenciando novamente o caráter de direito internacionalmente protegido, o direito ao silêncio, também, foi inserido nos dispositivos que regulam o Tribunal Penal Internacional, assegurando, no inquérito, que ninguém pode ser obrigado a depor contra si, nem a se declarar culpado (art. 55, n.1, a) e ao acusado, o direito de não ser obrigado a depor contra si próprio, a permanecer calado e a não se declarar culpado, sem que isto influencie na determinação de sua culpa ou de sua inocência (artigo 67, n.1, g). Em 2003, como manifestação e efetivação da garantia da ampla defesa, entrou em vigor a Lei nº , alterando significativamente as regras relativas ao interrogatório do réu, ao dizer que o silêncio do acusado não pode ser interpretado em prejuízo da sua defesa, bem como não implica em confissão. Com isso, ficou a cargo do Estado obter os meios suficientes para comprovar a culpabilidade do réu, sem precisar utilizar do depoimento do mesmo para tanto. Em suas lições, esclarece Guilherme de Souza Nucci: [...] É preciso abstrair, por completo, o silêncio do réu, caso o exerça, porque o processo penal deve ter instrumentos suficientes para comprovar a culpa do acusado, sem a menor necessidade de se valer do próprio interessado para compor o quadro probatório da acusação. Se o Estado ainda não atingiu meios determinantes para tanto, tornando imprescindível ouvir o réu para formar a sua culpa, é porque se encontra em nítido descompasso, que precisa ser consertado por outras vias, jamais se exigir que a ineficiência dos órgãos acusatórios seja suprida pela defesa. (NUCCI, Guilherme de Souza, 2008, p. 431) Importante ressaltar que o direito ao silêncio é colorário dos Princípios do Devido Processo Legal, do Contraditório e da Ampla Defesa. Inclusive, a prerrogativa de silenciar é efetivada por meio do direito a ampla defesa, ou melhor, no exercício da defesa própria. Neste sentido, esclarece Antonio Scarance Fernandes que o direito ao silêncio é garantia relacionada com a ampla defesa na medida em que serve para resguardar o preso, o investigado e o acusado, propiciando uma maior amplitude de defesa. (FERNANDES, Antonio Scarance; 2002, p. 278) A garantia constitucional do direito ao silêncio também guarda ligação com o direito à intimidade e à vida privada consubstanciados no artigo 5º, inc. X, da Constituição Federal de Relaciona-se, também, com a presunção de inocência, princípio originário das idéias liberais do século XVIII, positivado com a Declaração Universal dos Direitos do
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