A Lei Complementar 135/2010 e sua difícil implantação no ordenamento jurídico pátrio

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1 1 de 24 25/6/ :28 Jus Navigandi A Lei Complementar 135/2010 e sua difícil implantação no ordenamento jurídico pátrio Publicado em 06/2013 Raphael Ricardo M. A. Vieira ( Ainda são passíveis de discussão alguns aspectos da Lei da Ficha Limpa, como os princípios da irretroatividade, da presunção de inocência, da segurança jurídica e o respeito ao trânsito em julgado de sentença condenatória para se suspender ou cassar direitos políticos. Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar a inclusão da Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010 no ordenamento jurídico nacional e entender quais as suas consequências para a velha e para a atual política brasileira. A Lei da Ficha Limpa, como é popularmente conhecida, chegou como o remédio milagroso para sanar todos os males do cenário político nacional e livrar-nos dos atuais e dos futuros maus candidatos. Ocorre que ao contrário de suas expectativas iniciais, esta lei acabou gerando muitas dúvidas quanto a sua aplicabilidade e, quanto a princípios constitucionais consagrados em nosso ordenamento jurídico interno, provocando com isso uma avalanche de ações judiciais pedindo a declaração de sua inconstitucionalidade ou simplesmente de sua desconsideração para o caso. A briga exegética no cenário jurídico, especialmente na Corte Superior Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal experimentou ou, talvez, chegou perto de experimentar ao máximo a elasticidade dos preceitos conhecidos pelo universo jurídico nacional. Como consequência o cenário político presenciou uma movimentação tensa e não esperada, fazendo com que alguns até contestassem se a mencionada lei verdadeiramente cumpriria seu papel de limpar ou, ao menos, melhorar o palco político que conhecemos. Ocorre que, diante das adversidades nem sempre sucumbimos, mas geralmente colhemos frutos para nosso engrandecimento moral e intelectual e realmente foi isso que aconteceu. O Brasil e, por sua vez, todos os brasileiros, diante das dúvidas e contradições levantadas, foram os grandes vencedores uma vez que por intermédio do embate político-jurídico travado desde os tribunais regionais aos tribunais superiores, teve consolidado mais uma vez o seu Direito Eleitoral que, eleição após eleição, avança a passos largos. Palavras-chave: Lei Complementar 135/2010, Ficha Limpa, Moralidade Pública. Sumário: 1. INTRODUÇÃO - 2. História da política no Brasil e o conceito de Direito Eleitoral 3. A (in)constitucionalidade da Lei Complementar 135/2010 frente a sua (in)aplicação antes e depois de entrar em vigor 4. Aplicação após o (suposto) fim das contradições - 5. CONCLUSÃO 6. REFERÊNCIAS. 1. INTRODUÇÃO Como poderíamos mensurar o alcance da Lei Complementar 135/2010? Seria ela uma lei que iria acabar definitivamente com a carreira dos políticos que praticaram ou praticam crimes comuns? Estariam contados os dias para o fim dos crimes eleitorais? Os problemas políticos originários dos vícios da corrupção poderiam em pouco tempo ser subcapítulo de livros de história política? Por que está sendo tão dificultoso sua implantação em nosso ordenamento jurídico? E mais, será realmente mantida ou teremos mais uma das famosas lei para inglês ver? Apenas o tempo e o bom ou mau uso da chamada Lei da Ficha Limpa é que irá nos responder tais indagações. Ao menos inicialmente não poderemos acreditar nas chamadas respostas de cunho definitivo. Não seria prudente acreditarmos que esta norma jurídico-eleitoral seria uma panaceia que curaria todas as doenças e fortaleceria o sistema imunológico político-eleitoral, tampouco, uma caixa de pandora pondo as aberrações da política nacional à mostra. Ou seja, ao menos no que tange à política inexiste a expressão agora é definitivo. Com isso, a cura ou o fim de seus males há muito institucionalizados fazem parte de um processo paulatino de mudanças que já se iniciou, mas sabe-se lá quando findará. No presente trabalho, será demonstrado que a política brasileira, em virtude de sua estruturação histórica, não se baseia em respostas definitivas ou simples como sim ou não. A política por si só se compreende de malícia, astúcia, boa e má-fé, dentre outros adjetivos. Entretanto, no Brasil ela parece ir além e, às vezes, tomar proporções únicas. Possuímos um histórico de comprar. Nossa independência foi comprada, assim como os detentores do poder econômico de vários povoados no período colonial compravam o título de Vila e com isso, o direito de se tornarem vereadores daquelas localidades. Hoje, teríamos isto como inconcebível e criminoso sob a ótica

2 2 de 24 25/6/ :28 constitucional moderna, mas, àquela época tratava-se de pratica normal. Não podemos, no entanto, tomar os acontecimentos pouco nobres de nosso passado de absurdos gloriosos [1] e termos como definitivas suas características negativas. O Brasil, nos últimos anos tem dado demonstrações de maturidade política nunca vistas antes em toda nossa história. O Direito Eleitoral brasileiro caminha a passos largos rumo a sua completa efetivação. As instituições jurídico-eleitorais nacionais estão cada dia mais sólidas e respeitáveis ao ponto de exportar a tecnologia das urnas eletrônicas [2] e, no que tange a nosso sistema constitucional, o Brasil se caracteriza como um país consolidado frente às demais nações, no que diz respeito às liberdades, os direitos e os deveres individuais e coletivos. No que tange à inconstitucionalidade seria realmente a Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010 inconstitucional? São encontradas vozes fortes entre os operadores do Direito afirmando que sim, dentre elas está a do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau convicto disso. Mas sendo o Direito uma ciência humana ainda que existam nomes de peso como o de Eros Grau devemos entender a inconstitucionalidade como verdade definitiva? De outro lado veremos que a Lei Complementar 135/2010 não trouxe exatamente uma situação inédita visto que, anteriormente a sua existência já possuíamos mecanismos que buscavam impedir a candidatura de políticos com antecedentes criminais e sentença penal transitada em julgado, o que se dava pela combinação do artigo 71, II do Código Eleitoral com o artigo 15, III da Constituição Federal de Ou seja, a busca pela transparência e a moralidade na política e sobre a vida dos candidatos sempre foi buscada. As respostas definitivas as tais questionamentos, se é que existem, dependerão unicamente de como faremos uso deste dispositivo normativo que nos foi dado pelo povo movido pela indignação frente à imoralidade, ou amoralidade, política vigente. Se o usarmos mal ele será como tantas outras leis que não cumpriram sua função o que deveria ser inconcebível -, sendo que, poderá servir até como arma de perseguição por maus políticos, frente às falhas institucionais que infelizmente não podemos fingir que não temos. Todavia, se o utilizarmos bem poderemos estar começando o período áureo da política brasileira. 2. História da política no Brasil e o conceito de Direito Eleitoral. A política não se resume ao entendimento padrão da expressão de que seria o sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos. (...) [3], ou, em palavras mais específicas, conforme o trabalho a que nos propusemos, a (...) atividade exercida na disputa dos cargos de governo ou no proselitismo partidário. (...) [4] ou ainda, a (...) habilidade no relacionar-se com os outros, tendo em vista a obtenção de resultados desejados. [5] Temos, portanto, que política, no contexto nacional ultrapassa as fronteiras dos dicionários e permeia os meandros culturais de todos os brasileiros, ainda que estes não se deem conta deste fato. A título de curiosidade, acerca desta afirmação, temos o exemplo do famoso livro Triste Fim de Policarpo Quaresma [6], como um dos vários exemplos ao qual podemos nos ater dentro da literatura. Nesta magnífica obra da literatura nacional, Lima Barreto nos proporciona o contato com personagens exóticas como o Major Policarpo Quaresma e Ricardo Coração dos Outros, além de outros diversos tipos caricaturados, que retratam fielmente a busca exagerada do ser humano pela valorização das coisas da própria terra e do poder, dando-nos a possibilidade de visualizar as lutas políticas existentes desde os contextos locais, ao complexo jogo da deposição do Presidente Floriano Peixoto, ocorrido com as Revoltas da Armada e, Federalista do Rio Grande do Sul. Apenas a título de exemplificação do que vem a ser o jogo de poder exercido dentro dos bastidores políticos, vale mencionar o ocorrido entre o Major Policarpo Quaresma e, o presidente da câmara de vereadores, quando este, vereador Campos, sugeriu ao Major que fizesse parte da sistemática de busca pelo poder local, mas que, frente à recusa peremptória de Quaresma vingou-se por meio das armas políticas que possuía, intimando-o (...) sob as penas das mesmas posturas e leis, a roçar e capinar as testadas do referido sítio que confrontavam com as vias públicas. [7] Com este simples exemplo retirado da literatura brasileira podemos ter em mente, como são posicionadas as peças do xadrez político. Entretanto, importante se faz mencionar que, a história do Major Policarpo Quaresma, ainda que seja uma ficção, montada dentro de fatos históricos dos primeiros anos do período Republicano brasileiro, tem na atitude do Vereador Campos a repetição do que sistematicamente ocorre por todos os rincões do Brasil todos os dias, uma vez que o poder conferido aos políticos, de carreira, não raras vezes são distorcidos para a busca da consolidação local, regional e nacional de mandos e desmandos para seus interesses particulares ou conjuntamente este com os de seu grupo político. No Brasil, o jogo do poder político existe desde pouco depois de seu descobrimento. Foi com o Rei português D. João III, que 30 anos após o descobrimento do território brasileiro enviou Martim Afonso de Souza para que os portugueses tivessem sua efetiva posse e pudessem colonizá-lo. As maneiras encontradas por D. João III, que melhor poderiam efetivar o controle e exploração portuguesa em terras brasileiras foi o das Capitanias Hereditárias, sistema semelhante aos feudos medievais. Com as capitanias o Brasil esteve por pouco mais de dois séculos dividido em faixas de terras concedidas e, administradas pelos chamados donatários que, por intermédio de sucessão hereditária, transmitiam aos seus descendentes os direitos de posse e administração

3 3 de 24 25/6/ :28 política e econômica da localidade. Ocorre que a metrópole diante do grande poder que deu aos donatários enfrentou problemas, uma vez que, os donatários e posteriormente seus herdeiros não permaneciam em solo brasileiro, passando mais tempo em Portugal, pois este país lhes proporcionava mais conforto e status. A solução para esse entrave foi engenhosamente sanada com a criação de administradores conhecidos como capitães-mores [8]. O capitão-mor era o responsável pela capitania sendo nomeado por um período de três anos para exercer suas atividades. Inicialmente estes eram nomeados pelos próprios donatários só, a partir de 1669, ou seja, 139 anos depois, é que a Coroa Portuguesa começou a nomeá-los, ainda que pelo sistema de lista tríplice estipulada pelos donatários. Tendo em vista os vários problemas que o sistema de Capitanias Hereditárias enfrentou, em 1759 o Marquês de Pombal extinguiu-o. O leitor mais atento poderia encontrar semelhanças na criação do cargo de capitão-mor e, sua forma de nomeação, com as eleições indiretas que por algumas vezes nosso povo presenciou, isso, sem mencionar, nossos antigos Senadores Biônicos [9], que tão antidemocraticamente estiveram presentes, pasmem, de maneira legítima em nossas vidas. No que diz respeito às listas tríplices pelas quais os capitães-mores eram escolhidos, não é difícil identificarmos essa pratica ainda nos dias atuais, o que, nem sempre, faz com que o mais competente seja escolhido, mas sim o mais interessante. Esta ligeira análise, demonstra, que a herança cultural e política brasileira está mais presente em nosso cotidiano do que às vezes poderíamos crer e, desmascara o mito de que os políticos são corruptos. Em verdade o sistema é viciado, e isso proporciona brechas para a corrupção atual, da mesma maneira que proporcionou para a colonial, para a portuguesa e, para a de todos os países indistintamente. A possível diferença entre um país e outro, é que em alguns, os corruptos cometem suicídio ao serem descobertos. São Paulo, unidade federativa de destaque, mantém registros sobre este período da história brasileira, assim, analisando um destes temos que São Paulo teve donatários no período de 1533 a 1753 e capitães-mores de 1533 a 1709 (considerando a sua origem na Capitania de São Vicente) [10]. Justamente nesta época é que existiu no Brasil e, mais especificamente na Capitania de São Vicente a primeira Câmara de Vereadores da história não apenas do Brasil, mas das Américas, criada em [11] Ainda que tenhamos sido os primeiros nas Américas a possuir uma Câmara de Vereadores, há que se admitir que existiram raras unidades durante período colonial visto que eram poucas as vilas e cidades, até a vinda da Família Real, em 1808 [12], que possuíam estrutura física e organizacional razoável para tê-las. Diferentemente dos dias atuais em que o exercício do cargo de vereador versa, basicamente, em funções legislativas, o exercício da vereança até 1822, consistia em (...) zelar pelos bens do município e fazer julgamentos nos tribunais [13] demonstrando nítida confusão na divisão do exercício dos Poderes. Com o crescente sentimento nativista ocorrido no século XVII deu-se início a focos de revoltas e, com isso para que uma freguesia ou povoado chegasse ao status de Vila, a população interessada tinha que comprar da Coroa este título. Dessa maneira, entre os cidadãos que ajudavam a comprar o status de Vila para seu povoado é que eram escolhidos os primeiros vereadores [14], deixando clara a cultura luso-brasileira de comprar sua independência, situação que ficaria explícita com a Independência do Brasil em 1822, diferente de outros países que derramaram sangue para conquistá-la. Importante salientar que não estamos aqui, defendendo ou justificando qualquer tipo de violência. Etimologicamente vereador derivaria de verea ou, administrar, afirmam alguns, entretanto, ter significado diferente no sentido de verificador, talvez por isso, ou seja, esta dubiedade de significação do nome, é que houve épocas em que as Câmaras de vereadores deixaram de ser chamadas Câmaras, para serem denominadas Senado Municipal, além do mais, por duas ocasiões, durante o Governo Vargas simplesmente não existiram (1930 a 1934 e 1937 a 1946). [15] A história política brasileira, todavia, não se resume aos vereadores e capitães-mores, temos, por exemplo, a partir de 1710 até 1821, no território do hoje, estado de São Paulo, a administração conjunta de Governadores e Capitães-Generais. A partir de 1823, D. Pedro I, dá início ao chamado período dos Presidentes de Províncias, por intermédio de Lei Imperial datada de 20 de outubro deste mesmo ano, sendo que esta denominação duraria até 1889 com o fim da monarquia e início da República. Em São Paulo, os Presidentes de Província até a proclamação da República foram aproximadamente 53. [16] Entretanto, a influência e prestígio que o título de Presidente de Província propiciou ao cenário político brasileiro, extrapolou, inclusive, seu termino por ocasião do alvorecer da era Republicana fazendo, com que, ainda, durantes algumas décadas ficasse cunhado o termo Presidente de Estado. O novo termo cunhado, qual seja, Presidente de Estado continuou existindo por algum tempo, dando àqueles que se achavam no direito de nominarem-se grandes camaradas de seus titulares, uma forma de demonstrar a todos que se possuía boas relações com a cúpula do poder, é dizer, como se fizessem realmente parte de uma espécie de coparticipação com o seio do poderio vigente, seus mandos e desmandos dentro da sistemática do cenário político. Comprovação desse jogo de influências e interesses de bastidores, podemos encontrar nos trechos abaixo, respectivamente dos livros Recordações do Escrivão Isaías Caminha de Lima Barreto e, Incidente em Antares de Érico Veríssimo, senão vejamos:

4 4 de 24 25/6/ :28 (...) Losque também não quis emprego; a sua pretensão era ser deputado. Os seus títulos consistiam em ser redator anônimo de um grande jornal. Nunca se fizera notar por coisa alguma, não tinha a menor influência, não se distinguia como portador de nenhuma idéia útil e fecunda; mas queria ser deputado, indicado por um presidente de Estado, como convinha a um dos auxiliares do dr. Ricardo Loberant, o moralizador da República. [17] Xisto valia-se agora desta amizade para tentar resolver a sua situação e a de toda a sua família. Pinheiro Machado escutou-o com atenção e prometeu amansar os Campolargos, pelos quais confessou não morria de amores, apesar de eles serem seus correligionários. Mandou uma carta a Júlio de Castilhos então Presidente do Estado explicando-lhe a situação e pedindo a sua intercessão no assunto. Castilhos escreveu a Benjamim Campolargo recomendando-lhe fizesse vista grossa ao reaparecimento dos seus inimigos Vacarianos em Antares. [18] Entretanto, muito antes da criação da primeira Câmara de Vereadores do Brasil em 1532 os gregos já trabalhavam com a ideia de organização política das cidades. Aristóteles classificou o homem como um animal social, ou melhor, dizendo, político, porque o animal também é social, mas somente o homem é político. [19] Todavia, o fato de já existir democracia na Grécia antiga não garantiu a liberdade político-eleitoral brasileira. Como anteriormente mencionado, desde o período colonial a política brasileira sempre foi circundada por vícios herdados de nossos colonizadores, não por outro motivo que foram criados os cargos de capitães-mores [20], verdadeiros substitutos ilegítimos dos donatários, para que estes permanecessem em férias eternas das Capitanias Hereditárias, além é claro, de não nos esquecermos, da compra dos direitos ao status de Vila e, consequentemente, o direito de se tornar vereador naquela localidade [21]. De outro lado, mas permeado com problemática semelhante, os avanços que possuímos hoje, foi fruto de muita luta e persistência frente às dificuldades e retrocessos que experimentamos, seja no período colonial, imperial ou republicano. Das oito constituições que o Brasil teve apenas quatro foram consideradas democráticas [22], fazendo com que nos brasileiros tenhamos vivido grande período de nossa história sob o jugo de sistemas com atitudes e decisões viciadas, veja, por exemplo, o AI 1 (Ato Institucional) de 1969 que modificou consideravelmente a constituição então vigente, chegando, até, a ser considerada, por alguns, como uma nova constituição [23]. De outro lado, a Constituição de 1824, em seu artigo 90 estabelecia (...) a nomeação de deputados, de senadores e de membros dos conselhos gerais das províncias (...) [24], o que também ocorreu durante o período de Ditadura Militar com os chamados Senadores Biônicos [25], como acima mencionamos, demonstrando claro desrespeito aos verdadeiros anseios dos denominados animais sociais, conforme classificou Aristóteles [26]. O artigo 76 da Constituição de 1967 determinava eleições indiretas para Presidente da República, por intermédio de escolha do Colégio Eleitoral, composto por membros do Congresso Nacional e de Delegados indicados pelas Assembleias Legislativas [27]. Estes fatos, acima apresentados, vêm ao encontro deste trabalho monográfico de conclusão de curso para demonstrar cabalmente os problemas existentes em nosso ordenamento jurídico a fim de explicitar a complexidade que se constitui o sistema eleitoral de nosso país. Frente a todos os vícios que existiram desde o período colonial, passando pelo imperial e agora com a República, não estamos totalmente livres das tentativas de ataque ao Poder emanado do povo [28], pois ainda, subsistem focos de desequilíbrio moral dentro e fora das instituições políticas, prova disso ainda que se trate de uma obra de ficção, pode ser averiguada no livro Incidente em Antares. Nele Érico Veríssimo nos propicia uma cena que por seu tamanho absurdo, acaba tomando um cunho hilário. Nela o Cel. Tibério Vacariano ao encontrar com um amigo na antiga capital federal ouve a seguinte afirmação: [29] (...) Na capital do Brasil havia ouro à flor do solo. Os primeiros faiscadores vindos de todos os quadrantes do país mexiam no cascalho das repartições públicas e principalmente no dos ministérios. Alguns haviam já encontrado veios riquíssimos. Era uma luta de apetites, choques de interesses, um torneio de prestígio, um jogo de pistolões. Muitos dos capitães e soldados da revolução que levara Vargas ao poder, cobravam agora o seu soldo de guerra. Um amigo de Tibério, um gauchão cínico, que ganhara um lucrativo cartório, lhe disse um dia, comentando aquele garimpo alucinado: Para conseguir o que quer, Tibé, essa gente é capaz de tudo, até de usar meios decentes e legais. Estes focos de ataque ao Poder emanado do povo são provenientes de representantes eleitos e, também, daqueles que são nomeados ou não, por aqueles primeiros e, que destinam sua existência a viverem como parasitas do sistema, com isso, possuem a nítida convicção de que não devem respeito e tampouco satisfação àqueles que lhe concederam tal prerrogativa, bem como, não nos esqueçamos daqueles que ainda não fazendo parte das esferas políticas, mas, visando despistar o Poder Judiciário, candidatam-se a cargos públicos para não serem condenados ou, para protelar esta condenação. Com o intuito de coibir estas práticas nefastas o Direito Eleitoral evoluiu e, continuará evoluindo para a todo custo exterminar estas práticas e seus executores. Mas no que consiste o Direito Eleitoral e, o que lhe fornece a capacidade de lutar contra aqueles que pretendem utilizar seus mandatos eletivos para fugirem de processos judiciais, bem como para dar continuidade as suas praticas criminosas? Preliminarmente temos que Direito não é a justiça em si, mas, seu objeto ou, nos dizeres de Ulpiano vontade constante e perpétua

5 5 de 24 25/6/ :28 de dar a cada um o que é seu [30]. Portanto, para aqueles que se filiarem a um partido político, alistarem-se perante a Justiça Eleitoral, etc., caberá ao Direito Eleitoral reger, por meio de seu conjunto de normas e princípios as regras de conduta pertinentes ao caso concreto. Dessa maneira temos que o Direito é dividido em dois ramos principais o público e o privado. Aquele regula as relações jurídicas em que predomina o interesse do Estado, enquanto o Direto privado disciplina as relações jurídicas em que prevalece o interesse dos particulares [31]. O Direito eleitoral pertence ao Direito Público, pois de acordo com as palavras de Pinto Ferreira [32] em sua obra Manual Prático de Direto Eleitoral, o direito eleitoral é o conjunto de normas que regulam e disciplinam o regime eleitoral de um país. Foi (...) se emancipando (...) do próprio direito constitucional, onde ainda hoje enraíza os seus princípios fundamentais. No mesmo sentido José Jairo Gomes [33] ao trazer em seu livro que o Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público cujo objeto são os institutos, as normas e os procedimentos regularizadores dos direitos políticos. Por amor à didática, reproduziremos a conceituação de Direito Eleitoral dada pelo mestre Marcos Ramayana [34], senão vejamos: O Direito Eleitoral é um conjunto de normas jurídicas que regulam o processo de alistamento, filiação partidária, convenções partidárias, registro de candidaturas, propaganda política eleitoral, votação, apuração, proclamação dos eleitos, prestação de contas de campanhas eleitorais e diplomação, bem como as formas de acesso aos mandatos eletivos através dos sistemas eleitorais. Na verdade, o Direito Eleitoral tem por função regulamentar a distribuição do eleitorado, o sistema eleitoral, a forma de votação, a apuração, a diplomação e garantir a soberania popular através do voto eletrônico ou do depósito de cédulas na urna eleitoral. Não podemos olvidar de que o Direito Eleitoral possui sua fonte principal na Constituição da República, extraindo do seu texto o conceito, as noções e os princípios regedores das decisões, resoluções, consultas e legislação em geral. As informações acima aventadas possuem a função de demonstrar as origens de nosso sistema político-eleitoral desde o período em que fomos colônia de Portugal, até os dias atuais. Com isso, mais fácil se torna visualizar os erros, as dificuldades e os entraves pelos quais o Brasil passou e ainda passa. Entendemos que somente por meio de uma completa análise histórica de nossas origens é que poderemos entender a complexidade da atividade política e como conviver com ela, mas, principalmente, como extirpar, ou ao menos, minimizar os vícios arraigados em nossa cultura política. Com base no exposto, passaremos a tratar do tema Lei da Ficha Limpa que entrou na ordem do dia, a partir da promulgação da Lei Complementar 135 de 04 de junho de A (in)constitucionalidade da Lei Complementar 135/2010 frente a sua (in)aplicação antes e depois de entrar em vigor. Dispõe a Constituição da Republica Federativa do Brasil em seu artigo 14, 9º, dentre outras coisas que caberá à lei complementar estabelecer os casos de inelegibilidade, incluindo dentre eles as devidas considerações acerca da vida pregressa daquele que se dispuser a pleitear um assento como parlamentar no Poder Legislativo ou chefe do Poder Executivo municipal, estadual ou como Presidente da República. [35] Cuida este dispositivo, artigo 14 da Lei Maior, acerca da soberania popular que está disposta inicialmente no parágrafo único do artigo 1º da Carta Magna ao explicitar que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição [36]. O caput do artigo 1º diz peremptoriamente que a República Federativa do Brasil se constitui da junção das unidades federativas, caracterizando-se como um Estado (Constitucional e) Democrático de Direito sendo fundamentada pela soberania (aqui deveremos entender também como soberania popular, e não apenas, como soberania do Brasil Pessoa Jurídica de Direito Público Internacional frente a outros países e organismos internacionais), pela cidadania e pela dignidade da pessoa humana. Apenas a título de curiosidade buscamos uma informação que há alguns anos nos foi transmitida verbalmente, a qual mencionava uma nova definição que, seria do doutrinador Luiz Flávio Gomes a qual, na atualidade o modelo a ser adotado seria o do Estado Constitucional, Democrático e Multinormativo de Direito, uma vez que hoje não teríamos apenas a Constituição, as leis, a jurisprudência e doutrina internas, a nos guiar pelos caminhos da democracia e da retidão, mas, também a legislação internacional e tudo que dela advier como, p. ex., os Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Essa busca se fez infrutífera, uma vez que não encontramos nenhuma menção a esse termo. Como toda busca ao conhecimento nunca é perdida, descobrimos que em verdade o jurista Luiz Flávio Gomes [37] faz uso de outro termo, pois, segundo ele, o Estado brasileiro já não é só apenas um Estado de Direito constitucional: agora passou a ser também um Estado de Direito Internacional que, encabeça o último estágio do direito, o assim denominado direito universal. Assim, com este temos um Estado constitucional e humanista de direito, que constitui, hoje, uma macrogarantia de proteção dos direitos humanos fundamentais frente ao exercício (ilegítimo) do poder. No mesmo sentido encontramos a obra encabeçada por Luiz Flávio Gomes e Valerio de Oliveira Mazzuoli intitulada Comentários à Convenção Americana sobre Direitos Humanos [38].

6 6 de 24 25/6/ :28 O mestre penalista, em artigo publicado no sitio eletrônico Jus Navigand e, intitulado Primeiras linhas do Estado constitucional e humanista de direito [39], assim explica o Estado de Direito Internacional: No Estado constitucional e humanista de direito, que constitui a última evolução do sistema jurídico, são fontes normativas (que se dialogam): 1. as leis; 2. as leis codificadas (os códigos); 3. a constituição; 4. a jurisprudência interna que dá vida à conformidade constitucional do sistema jurídico; 5. os tratados internacionais, destacando-se os de direitos humanos; 6. a jurisprudência internacional, principalmente a do nosso sistema interamericano de proteção dos direitos humanos e 7. o direito universal (que conta com valor supraconstitucional). Pelas pesquisas feitas não encontramos, como já mencionado, o termo Estado Constitucional, Democrático e Multinormativo de Direito, todavia, isto não faz dele um termo a ser ignorado, uma vez que nos parece abarcar completamente a significação que nos fez buscá-lo. Continuaremos a procura pelos motivos já alegados, entretanto, não podemos negar que ficaríamos muito orgulhosos de sermos os primeiros a citá-lo. Como poderíamos falar sobre cidadania e dignidade da pessoa humana sem termos latente em nosso cotidiano o enraizamento de soberania popular. Antônio Houaiss define soberania popular como doutrina política que atribui ao povo o poder soberano [40] e, Norberto Bobbio [41] menciona que a soberania popular é a verdadeira soberania pois através da Constituição, define os órgãos e os poderes constituídos e instaura o ordenamento, onde estão previstas as regras que permitem a sua transformação e sua aplicação e continua mencionando acerca do tema que pela soberania popular é possível direcionar as formas pelas quais os representantes ou comissionados do povo devem exercer o poder, bem como os limites dentre os quais eles devem se movimentar. O conceito de soberania popular, portanto, é a confirmação de que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição [42] e, por intermédio dele, é que poder-se-á efetivar em sua mais pura essência a cidadania e a dignidade da pessoa humana na busca do pleno desenvolvimento social. Neste sentido encontramos José Jairo Gomes [43] ao mencionar que o poder é soberano quando não está sujeito a nenhum outro. Portanto, o poder soberanamente considerado está contido no parágrafo único do artigo 1º da Carta Maior, é dizer, é aquele emanado pelo povo e conferido aos seus representantes. Logo, continua o autor, a soberania popular é concretizada pelo sufrágio universal, pelo voto direto e secreto, plebiscito, referendo e iniciativa popular [44]. J. J. Gomes conclui sua linha de raciocínio afirmando que a soberania popular se revela no poder incontestável de decidir e isso, afirma ele é o que dá legitimidade ao exercício do poder estatal. Tal legitimidade só é alcançada pelo consenso expresso na escolha feita nas urnas. Frente a tudo isso poderíamos nos questionar sobre a constitucionalidade da Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010, visto que conforme preceitua a norma constitucional do artigo 16 da Lei Magna a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência [45] e, como é sabido houve várias discordâncias acerca de sua imediata aplicabilidade ou não, incluindo aí nomes de peso no universo jurídico brasileiro que consideraram tal lei eivada de inconstitucionalidade. A inconstitucionalidade ocorre, conforme leciona José Náufel quando existe uma inadequação ou ofensa da lei, do ato normativo ou do ato jurídico à Constituição (...) [46]. É dizer, pelo prisma do princípio da supremacia da constituição dentro de nosso ordenamento jurídico, todo ato normativo deverá, obrigatoriamente harmonizar-se com a Constituição, Lei Primordial que norteia os rumos a serem tomados pelo bem comum. Todavia, para existir uma norma inconstitucional não basta que a lei vá de encontro aos princípios basilares da constituição, sendo plenamente possível que normas existentes e dentro da conformidade jurídico-constitucional ganhem o status de inconstitucional, no momento em que estas não forem aplicadas, uma vez que a constituição assim o determine. Para J. A. da Silva essa conformidade com os ditames constitucionais, agora, não satisfaz apenas com a atuação positiva (...) pois omitir a aplicação de normas constitucionais, quando a Constituição assim a determina, também constitui conduta inconstitucional [47]. Dessa maneira, pelo sistema da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 possuímos duas formas de inconstitucionalidades, quais sejam, a chamada inconstitucionalidade por ação (art. 102, I, a e III, a, b e c) e a inconstitucionalidade por omissão (art. 103, e seus 1º a 3º) [48]. A inconstitucionalidade por ação existe ao criarmos normas, legislativas ou administrativas, que fujam aos preceitos firmados pela Carta Maior de 1988, visto que a supremacia que esta exerce no ordenamento jurídico brasileiro obriga a existência da chamada compatibilidade vertical normativa ou melhor dizendo, há que se fazer obedecer a verticalidade normativa hierárquica, pois uma norma inferior deverá obrigatoriamente ser compatível com a hierarquicamente superior ou nas precisas palavras do mestre José Afonso da Silva as normas de grau inferior somente valerão se forem compatíveis com as normas de grau superior, que é a constituição. As que não forem compatíveis com ela são inválidas [49]. Esta inconstitucionalidade, qual seja, a por ação é subdividida em duas modalidades, a inconstitucionalidade por ação material e a inconstitucionalidade por ação formal. Por esta temos que não foram obedecidos os procedimentos necessários para sua criação ou, foram formadas por autoridade incompetente para tal. De outro lado a norma será materialmente inconstitucional quando seu conteúdo for de encontro com os preceitos e os princípios forjados pela Constituição vigente. José Afonso da Silva complementa estes preceitos afirmando que essa incompatibilidade não pode perdurar, porque contrasta com o princípio da coerência e harmonia das normas do ordenamento

7 7 de 24 25/6/ :28 jurídico [50]. Já a inconstitucionalidade por omissão verifica-se nos casos em que não sejam praticados atos legislativos ou administrativos requeridos para tornar plenamente aplicáveis normas constitucionais [51]. Dessa maneira temos que existe uma norma que não está eivada por inconstitucionalidade por ação em suas modalidades material e formal estando portando em perfeita consonância com o preceito da verticalidade e da supremacia da constituição, mas, dependem de regulamentação ulterior, seja por uma lei ou por alguma providência administrativa, todavia, estas não são providenciadas e, os direitos por elas previstos não são efetivados. Frente ao anteriormente exposto, poderíamos indagar: afinal, em que consistiria a aventada inconstitucionalidade da Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010? Frente a esta indagação, parece-nos ser este o momento propicio para passarmos a analisá-la com maior minúcia e esmero. Na obra A inclusão do cidadão no Processo Eleitoral de Edilene Lôbo, encontramos, um trecho no qual é posta a opinião do ex-ministro do STF Eros Grau em que este afirma que está convencido de que a Lei Complementar 135 é francamente, deslavadamente inconstitucional [52], no mesmo sentido temos Adriano Soares da Costa [53] ao dizer que leis retroativas de conteúdo sancionatório ferem a consciência jurídica ocidental e, mais adiante continua o Tribunal Superior Eleitoral teve que fazer um enorme esforço interpretativo para, a um só tempo, negar a retroatividade da lei e, pasmem!, autorizar a sua retroatividade, pois a justificativa seria que a inelegibilidade decorrente de ato ilícito não seria como de fato é! uma sanção, mas sim uma condição para o futuro registro e continua afirmando ter a impressão de que a lei estaria sendo aplicada para o futuro, quando em verdade, o que se fez foi aplicá-la a fatos passados, atribuindo-lhes sanções gravíssimas. A Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988 possui mecanismos para frear as mínimas possibilidades de criação legislativa que fira os direitos fundamentais, evitando com isso a insegurança jurídica e consequentemente o caos a se instalar nas instituições que a tão duras penas lutamos para conseguir. Dentre os mecanismos constitucionais existentes podemos mencionar a norma do artigo 16 que garante a chamada anualidade da lei eleitoral, o artigo 5º, XL que versa sobre a irretroatividade da lei penal prejudicial, o artigo 5º, LVII que trata da presunção de inocência e, por derradeiro a vedação da cassação ou suspensão dos direitos políticos sem haver o correspondente trânsito em julgado, é dizer, segurança jurídica, disposta no preâmbulo da Carta Maior e nos artigos 1º e 5º c/c artigo 15, III [54]. Frente ao exposto e, visando sempre a melhor didática, vamos apreciar cada uma dessas alegações a seguir. Pelo artigo 16 da Carta Maior [55], conhecido como princípio da anualidade eleitoral, as leis que modificarem o processo eleitoral brasileiro, é dizer, os procedimentos a serem tomados para as eleições vindouras, obrigatoriamente - e aqui frisamos que se trata de uma obrigação -, vigorará já na data de sua publicação, entretanto, sua aplicabilidade ficará sempre postergada para o período de 01 ano após sua entrada em vigor. Este mesmo entendimento nos é dado por Thales Tácito Pontes Luz de Pádua Cerqueira quando [56] diz (...) também conhecido como antinomia eleitoral ou conflito de leis no tempo é a expressão máxima da Democracia, lastreado no princípio do rules of game (...). Para este autor as assim chamadas regras do jogo não poderão ser modificadas sem que haja um período de adaptação plenamente compreensível por todos que dela façam parte. E, nesse sentido o autor elucida que (...) não se pode fazer leis casuísticas para preservar o poder político, econômico ou de autoridade. Para efeito de pura ilustração vamos utilizar a própria Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010 para demonstrar a situação. Seguindo o preceituado pela norma constitucional do artigo 16 temos que esta lei complementar somente poderia ser aplicada, mesmo já estando em vigor, a partir de 04 de junho de 2011 nas eleições de outubro deste ano. Ocorre que no Brasil apenas a título de curiosidade - as eleições são sempre realizadas em anos pares. Portanto seria impossível aplicar as regras da Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010, no ano de 2011 pelo simples motivo de que não houve eleição naquele ano, mas, de outro lado, completamente possível de fazê-lo nas eleições municipais de Caso a problemática se resumisse a isso, teríamos findo o problema. Ocorre que a questão gira em torno do fato de que, ainda com a clareza solar equatorial exarada pela norma do artigo 16 da Carta Magna de 1988, houve o entendimento de deveria sim ser aplicada nas eleições daquele ano de 2010, ou seja, apenas 04 meses após sua entrada em vigor, mas, 08 meses antes do período constitucionalmente previsto para tal. O resultado foi uma enxurrada de ações impetradas contra esta interpretação jurídica. A respeito da entrada em vigor e da aplicabilidade do princípio constitucional da anualidade eleitoral, preceituada no artigo 16 da Carta Maior de 1988 Alexandre de Moraes dispõe que (...) o art. 16 pretende consagrar a segurança jurídica (...) permitindo que as regras do jogo democrático sejam conhecidas antecipadamente por todos aqueles que dele participam (...) [57]. Ainda que estejamos tratando de uma lei de cunho eminentemente eleitoral, suas consequencias penais não podem ser negadas em momento algum, visto que por ela o candidato com antecedentes criminais já ficou impedido de participar do pleito eleitoral daquele mesmo ano. Dessa maneira, todos os candidatos que, em virtude da interpretação dada à modificação do processo eleitoral conferida pela Lei

8 8 de 24 25/6/ :28 Complementar 135 de 04 de junho de 2010 foram impedidos de se candidatarem a cargos eletivos, ou seja, que foram prejudicados por uma lei que adveio posteriormente ao início do período preparatório para o pleito eleitoral daquele ano de 2010, tiveram prejudicada a pretensão de seus interesses e, deveriam estar dentro do âmbito protetor do princípio da irretroatividade da lei mais prejudicial. Quanto a isso não pensamos de modo diverso. André Ramos Tavares [58] em seu livro Curso de Direito Constitucional menciona sobre o tema que a análise de Direito Constitucional comparado conclui que algumas constituições vedam peremptoriamente a retroatividade das leis, é dizer, o autor menciona o fato de que em outros países, qualquer lei passa pelo crivo do princípio da irretroatividade. E continua afirmando que não é, porém, o que ocorre no Brasil, que veda a retroatividade em relação à lei penal e a retroatividade que atinja o direito adquirido, o ato jurídico ou a coisa julgada. No mesmo sentido Damásio Evangelista de Jesus [59] ao mencionar que a Const. Federal, art. 5º, XL; CP, art. 2º e parágrafo único: a lei posterior mais severa é irretroativa; a posterior mais benéfica é retroativa; a anterior mais benéfica é ultra-ativa. A presunção de inocência é principio primordial em um país constitucional e democrático de direito como o Brasil. O Estado não pode, ao contrário dos bandidos e malfeitores atuar à sombra, abaixo da linha que separa a justiça e a injustiça, a legalidade e a ilegalidade, os atos morais e os amorais. A responsabilidade que o Estado possui para com seus cidadãos faz com que ele, obrigatoriamente, seja um seguidor cauteloso de todos os preceitos legais que ele mesmo formula. Nesse sentido os direitos devem ser respeitados a fim de que não se prejudique um único inocente, sendo melhor, inclusive, beneficiar vários culpados. Desse modo de acordo com o entendimento dado ao assunto, André Ramos Tavares diz trata-se de um princípio penal o de que ninguém pode ser tido por culpado pela prática de qualquer ilícito senão após ter sido como tal julgado pelo juiz natural, com ampla oportunidade de defesa [60]. Por derradeiro [61], a vedação da cassação ou suspensão dos direitos políticos sem o devido trânsito em julgado, consubstanciado no princípio da segurança jurídica, faz com que analisemos o preâmbulo constitucional, e os artigos 1º e 5º conjuntamente com o artigo 15, todos da Lei Máxima. A promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil em 05 de outubro de 1988 trouxe renovação de ar aos pulmões da democracia nacional que por pouco mais de 21 anos respirou a espessa fumaça do desrespeito as liberdades civis. Parte magnânima desta Carta Cidadã é justamente seu preâmbulo que, com simplicidade em sua escrita, mas abarcando todas as especificações de suas intenções para um Brasil livre de injustiças denota a inteira compreensão acerca dos princípios da segurança jurídica. Alexandre de Moraes [62] afirma que o preâmbulo pode ser definido como um documento de intenções (...) e consiste em uma certidão de origem e legitimidade do novo texto e uma proclamação de princípios, pois segundo o autor tem como fundamento a demonstração de uma ruptura com o ordenamento constitucional anterior e o surgimento jurídico de um novo Estado. Ao dizer que os representantes do povo visam instituir um Estado (Constitucional) e Democrático de Direito em nosso território explicita-se o reconhecimento da soberania popular e de sua pujança. Esta soberania busca garantir o pleno exercício dos direito da pessoa humana, conferindo aos que aqui se encontrem, possam desfrutar de liberdade, segurança inclusive jurídica -, igualdade e justiça como seus valores supremos, ou seja, estes são os pilares estruturais que têm como função garantir que ninguém, absolutamente ninguém, em solo brasileiro, sofrerá com ilegalidades e desmandos. Importante deixar clara a ideia de que segundo Alexandre de Moraes [63] o preâmbulo ainda que não faça parte do texto da constituição e, por isso mesmo não contenha normas constitucionais de valor autônomo, não é juridicamente irrelevante, uma vez que deve ser observado como elemento de interpretação e integração dos diversos artigos que lhe seguem. Os fundamentos da República Federativa do Brasil trazidos pelo artigo 1º do texto constitucional demonstram a sobriedade com que os constituintes, após duas décadas de ditadura, quiseram nos conferir para fazer de nosso país um lugar mais justo e igualitário. Esta soberania, portanto, pode ser entendida tanto como a do Brasil como Pessoa Jurídica de Direito Público Internacional frente às demais nações e organismos internacionais como também, a soberania popular exercida diretamente pelo povo ou, por intermédio de seus representantes regularmente eleitos dentro de nosso processo eleitoral. A cidadania e a dignidade de que todos nós brasileiros temos direito de compartilhar cotidianamente seja por intermédio do trabalho digno ou, pela iniciativa privada, juntam-se ao pluralismo político e conferem brilho e força ao alicerce constitucional nacional que com tanto sacrifício construímos, pois, todos estes fundamentos pertencem e emanam do povo brasileiro. Assim a igualdade conferida pelo artigo 5º a todos os que em território nacional se encontrem, brasileiros e estrangeiros, sendo inviolável dentre outras coisas sua liberdade e segurança, fazem desta uma nação modelo. Tudo isso, é dizer, o resurgimento da democracia brasileira frente à ruptura com o último sistema ditatorial que fomos obrigados a presenciar por pouco mais de duas décadas a assolar nossa população, confere-nos status de verdadeiro Estado Constitucional e Democrático de Direito ou nas palavras de Luiz Flávio Gomes de, um Estado de Direito Internacional [64] -, dando a todos, brasileiros e estrangeiros residentes ou não, as garantias fundamentais de liberdade de ir e vir, de liberdade de pensamento, de segurança pública e jurídica, de igualdade, de justiça e, não se olvidando, inclusive, do direito à soberania popular, da cidadania e da dignidade em direitos e deveres, dentre várias outras.

9 9 de 24 25/6/ :28 Todos esses avanços fortaleceram nosso país, mas, às vezes, parece que por instantes, nos olvidamos de sua real significação e, prazerosamente, passamos por cima de outros direitos concedidos pelo próprio ordenamento constitucional, que no caso em tela consiste na vedação da cassação e da suspensão dos direitos políticos, sem que haja, anteriormente, uma condenação judicial transitada em julgado, fato que, aliás, é cláusula pétrea segundo a norma do artigo 15, III c/c os artigos 5º, LVIII e 60, 4º, IV [65]. De nada adianta termos conseguido uma Constituição Cidadã que nos confere vários direitos se, de outro lado, desrespeitamos preceitos insculpidos neste mesmo texto cidadão, deixando assim, cair por terra a magnanimidade desta compilação normativa que tem por base a proteção geral de todos os brasileiros e estrangeiros aqui residentes ou não. Talvez, e apenas talvez, o pano de fundo para isso esteja na ância popular em punir a corrupção que sempre nos assolou. Este vírus que está encubado no corpo do Brasil é dizer, em nosso sistema político desde os primórdios coloniais como anteriormente mencionado. Um país em que a população mais abastada compra o status de vila [66] ao invés de conquistá-lo e, ao fazê-lo, aqueles que puderam pagar por este direito se dão ao luxo de serem escolhidos vereadores, faz com que a população tenha a nítida sensação de impunidade o que, às vezes, somente pode ser saciado diante de outra(s) injustiça(s). A República Federativa do Brasil como Estado Constitucional e Democrático de Direito - ou, mais modernamente como Estado de Direito Internacional [67] -, não pode admitir que as injustiças perpetradas dentro de seu território sejam pagas com outras injustiças e ilegalidades. Assim acontecendo, estaríamos nos rebaixando ao status de país na contramão da evolução jurídico-constitucional que a tão duras penas conseguimos. Anteriormente à promulgação da Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010 a questão acerca dos direitos políticos já era discutida. Contrario sensu ao direito político negativo, temos o direito político positivo. Ou seja, para que uma pessoa possa se candidatar a cargo eletivo direito político negativo que corresponde ao direito de ser votado deverá obrigatoriamente ser eleitor regularmente inscrito na Justiça Eleitoral direito político positivo que corresponde ao direito de votar. Acerca do tema direitos políticos positivos e negativos, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua Cerqueira menciona que os direitos positivos consistem no conjunto de normas que conferem ao cidadão o direito subjetivo de participação no processo político e nos órgãos governamentais, por meio do direito ao sufrágio [68], já os negativos privam o cidadão pela perda, definitiva ou temporária (suspensão), da totalidade dos direitos políticos de votar e ser votado e, ainda, determinam restrições à elegibilidade do cidadão em certas circunstâncias [69]. José Jairo Gomes menciona ao invés de direitos políticos positivos e negativos direitos ativos e passivos nos seguintes termos, o cidadão que tem suspensos seus direitos políticos fica privado das capacidades eleitorais ativa e passiva: não pode votar nem ser votado [70]. O Código Eleitoral em seu artigo 71 trata das causas de cancelamento da inscrição eleitoral, já nos antecipamos para informar que este não é o foco do trabalho a que nos propusemos, todavia, faz-se mister abordá-lo para melhor compreensão do tema. Assim, ao dispor acerca do cancelamento das inscrições eleitorais, o Código Eleitoral trouxe a baila uma das primeiras possibilidades de se impedir que um candidato com antecedentes criminais viesse a ser eleito. Portanto, da combinação do artigo 71, II do Código Eleitoral [71] com o artigo 15, III da Constituição Federal de 1988 [72] retiramos a conclusão de que, anteriormente à promulgação do texto da Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010 já existiam mecanismos que poderiam impedir a candidatura de pessoas com antecedentes criminais com sentença penal transitada em julgado. Desta maneira o eleitor regularmente inscrito perante a Justiça Eleitoral, mas que, viesse a ser condenado criminalmente e, esta condenação transitasse em julgado teria automaticamente suspensos os seus direito políticos, o que, por ventura, acabaria impedindo sua pretensão de se candidatar a qualquer cargo eletivo enquanto durassem os efeitos dessa condenação. Vera Maria Nunes Michels [73] menciona esta situação dizendo que ninguém tem seus direitos políticos suspensos pelo fato de estar privado da liberdade, ocorrendo tal suspensão tão somente com o trânsito em julgado da sentença criminal condenatória. Mais adiante a mesma autora acrescenta a informação de que nem todos perdem seus direitos políticos afirmando a esse respeito que os presos em flagrante ou preventivamente, os presos por inadimplência de dívida civil (alimentos) e os presos por depósito infiel, são presos com direitos políticos mantidos. Importante salientar que, conforme o Recurso Extraordinário SP o preceituado na norma constitucional do artigo 15, III foi considerado auto-aplicável pelo Supremo Tribunal Federal não sendo necessário sua explícita menção no corpo da sentença penal condenatória acerca da suspensão dos direitos políticos, bastando para tal que o juiz eleitoral seja informado do fato. [74] No mesmo sentido temos José Jairo Gomes [75] ao mencionar que (...) Trata-se de norma auto-aplicável, conforme pacífico entendimento jurisprudencial: Precedente: STF-RE SP; STF AgRRMS n /SP e; STJ RMS n /SE. Segundo o magistério deste mesmo autor, isso se deve, por constituir esta suspensão efeito secundário da sentença criminal condenatória, exsurgindo direta e automaticamente com seu trânsito em julgado [76].

10 10 de 24 25/6/ :28 O cumprimento da norma do artigo 15, III da Carta Suprema de 05 de outubro de 1988 tem fundamento simplório, pois, os cargos público-eletivos não podem ser preenchidos por pessoas com histórico de banditismo. As funções públicas exigem de seus ocupantes a probidade não apenas no exercício da função específica, mas, também no que se refere ao histórico de vida de todo aquele que pretende fazer parte de alguma instituição pública. No que se refere àqueles que buscam uma posição eletiva, os critérios devem ser ainda maiores, visto que estes estarão não apenas lidando, mas, diretamente cuidando dos interesses da população, seja na função de administrador como chefe do Poder Executivo, seja na função de legislador como membros dos parlamentos no Poder Legislativo. Nesse sentido visa-se, com isso, assegurar a legitimidade e a dignidade da representação popular, pois o Parlamento e, de resto, todo o aparato estatal não pode transformar-se em abrigo de delinquentes [77] e, ampliando o entendimento do tema (...) A ratio legis (...) é a salvaguarda da legitimidade e da dignidade da representação popular, porquanto o Parlamento não pode transformar-se em abrigo de delinquentes, o que constituiria decadência moral vitanda [78]. Por respeito à didática e, visando a melhor compreensão do assunto discutido, temos que segundo José Jairo Gomes [79], ao se fazer menção à condenação criminal deveremos ter em mente que está se englobado também a contravenção penal. O autor continua afirmando que a natureza da penalidade aplicada não importa, ficando os direitos políticos suspensos sempre que for a pena restritiva de direitos, pecuniária, que haja a concessão de sursis ou livramento condicional, que a pena seja cumprida em regime aberto, albergue, domiciliar, ou ainda que seja a sentença absolutória imprópria, pois, mesmo havendo absolvição, possui natureza condenatória, por último, independe ser o ato ilícito doloso ou culposo. De outro lado, o legislador foi mais rigoroso ao tratar dos ilícitos do art. 1º, I, e, da Lei Complementar 64/90 dispondo que além de inelegíveis pelo período de cumprimento da penalidade, estaria ainda, inelegíveis por 3 anos após seu cumprimento ou extinção, o que hoje, com a Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010 aumentou para 8 anos. Seguindo o mesmo sentido interpretativo temos o magistério de Marcos Ramayana. [80] Em situação diametralmente oposta encontramos a transação penal do artigo 76 da Lei 9099/95, tendo que (...) Não havendo condenação judicial transitada em julgado, os direitos políticos de quem aceita a transação penal não são atingidos, e, pois, não se suspendem [81]. A mesma situação se dá com o sursis processual previsto na norma do artigo 89 da mesma Lei dos Juizados Especiais. A história recente nos mostra que o tema inelegibilidade não é apenas difícil de aplicar, mas, sobretudo, deve ser utilizado com extrema cautela. Neste sentido Thales Tácito Cerqueita [82] apresenta a situação ocorrida por ocasião da existência da Lei Complementar 5 de 29 de abril de 1970 [83] em sua alínea n do artigo 1º, I que tornava inelegíveis qualquer um que tivesse denúncia recebida por crimes, por exemplo, contra a segurança nacional e a ordem política e social, etc. Em virtude dessa facilidade de tornar qualquer um inelegível, durante a ditadura militar ( ) muitos processos simplesmente apareceram tendo como única finalidade fazer alguns candidatos indesejáveis se tornarem inelegíveis. O TSE, na ocasião, declarou a inconstitucionalidade desta alínea n por 4 votos contra 3, todavia, o STF entendeu em sentido contrário e as inelegibilidades declaradas por motivos tão frágeis voltaram a acontecer, fazendo desta, mais uma situação de nosso passado de absurdos gloriosos [84]. De outro lado, acerca da historicidade recente, encontramos sobre o tema, em José Jairo Gomes, interessante síntese acerca da problemática postulação de cargo eletivo vs lisura na vida pregressa. Sobre este tema, que possui início basicamente no ano de 2006 passaremos a analisá-lo [85]. Corriqueiramente pessoas que possuem processo criminal ou de improbidade administrativa tentam candidatar-se a um cargo eletivo. Contudo, esta situação faz com que o postulante se sustente em condições muito frágeis que acaba por levar a dúvidas quanto à lisura de suas intenções e, por mais que o princípio da presunção de inocência deva prevalecer chegou-se a um ponto em que a cautela deve ser sempre apreciada. Tudo isso fez com que no ano de 2006, mais especificamente no estado do Rio de Janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral daquela unidade federativa apreciando algumas ações movidas pela Procuradoria Regional Eleitoral rejeitasse alguns registros de candidaturas uma vez que os candidatos estavam sendo processados criminalmente. A rejeição dos mandatos se fundamentou na circunstância de que, ainda que não houvesse condenação, estes não tinham as condições morais necessárias para possuírem um cargo eletivo. Mesmo sendo fruto de boa intenção, a tese não foi acolhida pelo Tribunal Superior Eleitoral por apenas um voto (4 votos contra 3), sendo rechaçada, portanto, durante as eleições do ano de [86] Nas eleições de 2008 a mesma tese foi discutida na Consulta n /PB resultando na Resolução n a qual foi julgada em 10/06/2008 e, decidido que a Lei Complementar 64/90 já tratava sobre os critérios de concessão de registro de candidaturas e, que o Poder Judiciário não poderia ditar critérios para estabelecer inelegibilidade baseado na vida pregressa de candidato, pois que somente lei complementar pode fazê-lo, voto da lavra do ex-ministro Eros Grau [87]. Com base nesse entendimento, nas eleições seguintes no ano de 2008 ao apreciarem a Consulta 1.607/2007 a Corte Eleitoral decidiu unanimemente que o candidato respondendo a processo, poderia sim registrar sua candidatura uma vez que não existisse trânsito em julgado. Com essa mesma linha de raciocínio, o Ministro Celso de Mello no julgamento da ADPF n. 144/DF defendeu que não se podem estipular novos casos de inelegibilidade para se cuidar da probidade administrativa e da moralidade pública, usando para isso critérios de vida pregressa do candidato sem lei complementar que o estipule, pois, não se pode por decisão judicial fazê-lo. [88]

11 11 de 24 25/6/ :28 No mesmo ano de 2008 a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou o Projeto de Lei 390/2005 visando modificar a Lei Complementar 64/90 fazendo com que candidatos com condenação em primeira ou única instância ficassem inelegíveis. Por ocasião do projeto que se tornou a Lei /09 a questão da condenação em primeira instância voltou a ser discutida, mas, foi rejeitado na Câmara dos Deputados. [89] Frente a todas estas questões de difícil solução para a moralização da vida política brasileira que, a cada tentativa de solucionar o problema, esbarrava em entraves jurídicos, é que teve início um movimento que ficou conhecido como Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Por este, a sociedade civil organizada mobilizou-se para a coleta de assinaturas para a criação de Projeto de Lei de Iniciativa Popular o qual, foi apresentado ao Congresso Nacional com mais de um milhão e trezentas mil assinaturas. Sua tramitação teve início na Câmara dos Deputados como Projeto de Lei 518/2009 e, devido ao assemelhado objetivo, foi apensado ao PL n. 168/93 que tinha como foco a inelegibilidade na vida pregressa de candidatos a cargos eletivos. [90] Este singelo histórico foi extraído da obra Direito Eleitoral de José Jairo Gomes em sua 5ª edição disponibilizada no mês de abril de Até então, tínhamos apenas expectativas sobre o desfecho do PL 518/2009 e de toda a problemática que o envolvia. Ocorre que no dia 04 de junho do mesmo ano de 2010 foi promulgado a Lei Complementar 135, cognominada Lei da Ficha Limpa a qual, veio trazer alento aos anseios populares com relação às candidaturas de pessoas com maus antecedentes criminais. De maneira similar ao que encontramos em Gênesis 1:1 a 4 [91] poderíamos mencionar a promulgação da Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010 da seguinte forma: No início a mobilização da sociedade civil organizada criou um projeto de lei de iniciativa popular n. 518/09. A política brasileira estava sem forma e vazia; os maus candidatos cobriam o cenário nacional. Então o Presidente da República por intermédio do Congresso Nacional disse que se faça a luz pela Lei Complementar 135! E a Lei Complementar 135 começou a existir. Mas apesar de se ver que a luz da Lei Complementar 135 era boa; a confusão começou. Nossa intenção ao comparar a promulgação da Lei Complementar 135/2010 com os primeiros versículos do livro bíblico Gênese, não é desrespeitar nenhuma crença, mas, ao contrário, demonstrar a semelhança das ideias de criação, contudo, diferentemente do texto bíblico que ao se comprovar que a luz era boa separou-se esta das trevas, com promulgação da mencionada lei ao tentarem separar a luz (LC 135/2010) das trevas (candidatos com antecedentes criminais) teve início o caos. Na obra A inclusão do cidadão no processo eleitoral, Edilene Lôbo [92] nos traz as seguintes informações: É de domínio público que o TSE, respondendo às Consultas de número /DF, relatada pelo Ministro Hamilton Carvalhido, e de número /DF, relatada pelo Ministro Arnaldo Versiani, asseverou: a) a lei eleitoral que alterar as causas de inelegibilidade e o período de duração da perda dos direitos políticos sancionada e publicada no ano eleitoral pode ser aplicada neste mesmo ano; b) a lei eleitoral que alterar as causas de inelegibilidade e o período de duração da perda dos direitos políticos, aplica-se aos processos em tramitação iniciados antes de sua vigência; c) as disposições da nova lei podem retroagir para agravar a pena de inelegibilidade aplicada na forma da legislação anterior; e d) as disposições da nova lei podem estabelecer execução de pena antes do trânsito em julgado. Embora na resposta às consultas em questão contenha a advertência de que não constituem julgamento de casos concretos, mas, tão somente indicativos do que em tese poderia ser, é igualmente notório a comemoração apoteótica do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais, informando o número de registros de candidaturas indeferidos em decorrência da aplicação da Lei da Ficha Limpa, com base nos argumentos proferidos nas consultas. Inicialmente fica a dúvida: seria possível explicar esse entendimento ou, trata-se apenas de decisão isolada? Na dúvida deixemos os dois e vamos debater em rápidas linhas o que anteriormente já expusemos. Data venia ao entendimento dos eminentes Ministros Hamilton Carvalhido e Arnaldo Versiani homens de vasta cultura jurídica, não por outro motivo o são Ministros da Corte Suprema Eleitoral, além de merecedores de todo nosso respeito como juristas e cidadãos, mas, ao menos em princípio, fica a desorientação frente aos seus entendimentos nas Consultas /DF e /DF, respectivamente. Frente a isso, tentaremos expor, mediante artigos e princípios insculpidos na Carta Máxima de 1988, base do ordenamento jurídico pátrio, o que pareceria ser o entendimento majoritário, não se olvidando nunca de exarar o mais alto respeito aos ilustres Ministros. O princípio da anterioridade eleitoral, insculpido na norma do artigo 16 do texto constitucional é claro ao explicitar que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência [93]. A interpretação desta norma constitucional nos parece, não oferece nenhuma dificuldade ao intérprete, pois trata separadamente de vigência e aplicabilidade. Sua vigência é imediata, o que, não ocorre com sua aplicação ao fato concreto. Ao contrário do

12 12 de 24 25/6/ :28 que estabelece a norma constitucional do artigo 16 o entendimento exarado nas consultas foi o de que a lei eleitoral que alterar as causas de inelegibilidade (...) pode ser aplicada neste mesmo ano [94] de Diante disso, respeitosamente, ficamos sem entender o alcance do entendimento. No artigo 5º, XL da Lei Maior, encontramos o princípio da irretroatividade da lei e, no que diz respeito à LC 135/2010, não há como não admitirmos seu caráter eminentemente prejudicial aos interesses dos postulantes a cargos eletivos, o que, inicialmente, torna este princípio obrigatório ao caso em tela, pois conforme leciona Edilene Lôbo (...) a suspensão de direitos políticos, ainda que decorrente de processo civil é penalidade. E como tal atrai as garantias constitucionais (...) [95] que lhe sejam cabíveis. Este entendimento vem embasado pelo julgado da ADPF n. 144 de relatoria do Ministro Celso de Mello enfatizando o entendimento de que o princípio constitucional da presunção de inocência ultrapassa as fronteiras do Direito Penal, senão vejamos: [96] Nem se diga que a garantia fundamental da presunção de inocência teria pertinência e aplicabilidade unicamente restritas ao campo do direito penal e processual penal. Torna-se importante assinalar, neste ponto, Senhor Presidente, que a presunção de inocência, embora historicamente vinculada ao processo penal, também irradia os seus efeitos, sempre em favor das pessoas, contra o abuso de poder e a prepotência do Estado [...]. O princípio da segurança jurídica insculpido no preâmbulo da Constituição e, seus artigos 1º e 5º conjuntamente com o artigo 15, III vedam a cassação ou a suspensão dos direitos políticos sem que haja uma condenação penal transitada em julgado, isso, sem falar, da obrigatoriedade do transcurso de um ano da promulgação da LC 135/10. Diante disso é difícil compreender que as disposições da nova lei podem retroagir para agravar a pena de inelegibilidade aplicada na forma da legislação anterior [97] além de que as disposições da nova lei podem estabelecer execução de pena antes do trânsito em julgado [98]. O que dizer então do artigo 5º, LVII que diz respeito a presunção de inocência? Como visto, ainda que pese a competência jurídica e nosso sentimento de respeito aos eminentes Ministros, estes nos parecem, a princípio, equivocados frente ao entendimento constitucional consagrado, tanto é assim, que na liminar da Ação Cautelar n /DF, da lavra do Ministro Marcelo Ribeiro o entendimento vai de encontro com os dois anteriormente mencionados. Nesta decisão liminar o eminente Ministro Marcelo Ribeiro menciona que qualquer alteração na legislação eleitoral vigente deve atender ao comando constitucional [99]. O Ministro Marcelo Ribeiro [100] ainda menciona a irretroatividade da lei prejudicial, indo ao encontro do entendimento majoritário frente a constituição dispondo (...) mesmo que se apliquem às próximas eleições as modificações realizadas (...) os dispositivos alterados não poderiam alcançar os processos pendentes que apurem infrações de caráter eleitoral (...). O ministro encerra primorosamente ao observar que deverá (...) ser observada a legislação em vigor no momento da decisão. De modo afirmativo e claro o ilustre Ministro Marcelo Ribeiro afirma que a sanção de inelegibilidade, poderá apenas e tão somente incidir após a ocorrência do trânsito em julgado, pois assim estava disposto no artigo 15 da LC 64/1990 que, naquele momento, ainda estava vigente e acrescenta que isso contado o prazo de três anos da eleição em que praticados os ilícitos [101], conforme estipula a anterior redação do inciso XIV, artigo 22 da mesma LC 64/90, não nos esquecendo que este prazo, de acordo com a atual redação é de 8 anos. A zona cinzenta que envolveu a Lei Complementar 135/2010 fez surgirem situações no mínimo inusitadas. Em sua participação na Convenção Estadual do PP-SP, realizada em 21 de junho de 2010, o Deputado Federal Paulo Maluf, verdadeira lenda viva do cenário político nacional e figura envolvida em alguns escândalos de repercussão nacional afirmou peremptoriamente, naquela ocasião que não temia a Lei da Ficha Limpa e ainda completou a minha ficha é a mais limpa do Brasil. É bom que se diga: sou elegível sou candidato a deputado federal e não tenho nenhuma condenação que me impeça. (...) Este é o fato. [102] Posteriormente, ao ter sua candidatura impugnada, em 16 de dezembro de 2010, teve por decisão tomada pelo Ministro Marco Aurélio Mello, embasado pela absolvição de Maluf no TJ-SP, liberada sua candidatura a reeleição como deputado federal por São Paulo [103], ficando claro, de certa maneira, que Maluf estava certo ao afirmar: a minha ficha é a mais limpa do Brasil [104]. Outra figura nacional que também poderíamos chamar de lenda viva é o senador paraense Jader Barbalho. Assim como Paulo Maluf, envolvido em escândalos de repercussão nacional, foi outro alvo da Lei da Ficha Limpa. Eleito em 2010 como segundo Senador mais votado em seu estado, foi obrigado a esperar por 11 meses para tomar posse como senador. Já na primeira entrevista como titular do cargo afirmou que de um modo geral, eu votei favorável e vocês podem conferir isso, menção a ter sido favorável a Lei da Ficha Limpa e continuou agora, acho que este momento é o momento em que o Supremo tem de analisar esta questão da constitucionalidade [para avaliar se a lei vale para as eleições de 2012] [105]. Jader Barbalho foi beneficiado por uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal em março de 2011 na qual derrubou a interpretação do TSE de que os candidatos que houvessem renunciado ao mandato não poderiam ser reeleitos em [106] 4. Aplicação após o (suposto) fim das contradições. Dois anos após a sua promulgação e, portanto, de sua vigência, conforme estipula o artigo 16 da Carta Máxima de 1988 e, um ano

13 após seu período de vacância obrigatória, conforme a mesma norma constitucional, as modificações trazidas à Lei Complementar 64 de 18 de maio de 1990 pela Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010 estão prontas para serem efetivamente aplicadas nas eleições municipais do ano de [107] Após muita discussão o Plenário do Supremo Tribunal Federal concluiu, por 7 votos contra 4, que a Lei Complementar 135/2010 ou, simplesmente Lei da Ficha Limpa é sim compatível com a Constituição Federal e pode ser aplicada a atos e fatos ocorridos anteriormente à [108] [109] edição da LC 135/2010. O entendimento se embasa no anseio popular e, institucional encabeçado pela voz da moralização da coisa pública representando, significativo avanço democrático com o escopo de viabilizar o banimento da vida pública de pessoas que não atenderiam às exigências de moralidade e probidade [110] exigidas pela coisa pública. Em magistral interpretação o Min. Ayres Britto [111] menciona que a Carta Maior, ao tratar da probidade administrativa, teria criado o que ele chama de uma espécie de processo legal eleitoral, visto que por ele, teríamos de um lado o princípio da respeitabilidade para a representação da coletividade e, de outro, o direito que tem o eleitor de escolher candidatos honoráveis. Ayres Britto entende constitucional a Lei Complementar 135/2010 e salientou que defende esse ponto de vista, desde a ocasião em que foi julgado o Recurso Extraordinário de Joaquim Roriz. Para o ministro [112] : a Lei da Ficha Limpa tem a ambição de mudar uma cultura perniciosa, deletéria, de maltrato, de malversação da coisa pública, para implantar no país o que se poderia chamar de qualidade de vida política, pela melhor seleção, pela melhor escolha dos candidatos, candidatos respeitáveis. No mesmo sentido da constitucionalidade da lei estão Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Joaquim Barbosa. Em seu voto Lewandowski [113] menciona que o princípio da presunção de inocência foi amplamente debatido e examinado de forma muito pormenorizada pelo jurista e senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que à época presidia a CCJ. Na época, afirma Lewandowski, o senador frisou que a presunção de inocência deve incidir única e exclusivamente ao processo penal. Rosa Weber [114], a seu turno, mencionou ser esta lei o esforço hercúleo da população brasileira em trazer para a seara política uma norma de eminente caráter moralizador. Joaquim Barbosa [115], por sua vez, Entendeu que a lei vai ao encontro do parágrafo 9º do art. 14 da CF, além de mencionar que o país demorou 50 anos para estabelecer tais princípios na Lei da Ficha Limpa, emanada da coleta de assinatura nas ruas para apresentação do projeto de lei complementar, sem falar dos 23 anos da atual constituição. No que diz respeito aos princípios da presunção de inocência e da irretroatividade da lei [116] o Min. Luiz Fux asseverou que não existe ofensa quanto ao primeiro, pois não deve ser analisado segundo a visão do direito penal ou processual penal, mas unicamente sobre o enfoque eleitoral, entretanto, asseverou que em sua opinião, acredita ser desproporcional a fixação do prazo de oito anos de inelegibilidade após o cumprimento da pena (prevista na alínea e da lei) [117] e, acrescentou que para ele, esse tempo deveria ser descontado do prazo entre a condenação e o trânsito em julgado da sentença (mecanismo da detração) [118], no que foi acompanhado na íntegra por Carmen Lúcia [119]. No mesmo sentido o eminente Min. Joaquim Barbosa afirma que não se deve entender a inelegibilidade como uma pena e, por isso, não há que se mencionar a irretroatividade da lei quanto às situações de inelegibilidade previstas pela lei complementar. O Ministro Dias Toffoli entendeu inconstitucional o dispositivo da lei que diz ser inelegível que foi condenado por órgão colegiado. Para Toffoli só pode ser considerado inelegível o cidadão que tiver condenação transitada em julgado [120] para tanto invocou o art. 15, III da Constituição Federal, que somente admite a suspensão de direitos políticos por sentença condenatória transitada em julgado [121]. Já no que diz respeito a retroatividade da aplicação dos efeitos da Lei da Ficha Limpa, o ministro entende ser constitucional que fatos ocorridos anteriormente à promulgação da lei sejam entraves para a inelegibilidade da pretenso candidato [122]. Gilmar Mendes acompanhou Dias Toffoli acerca da inconstitucionalidade por condenação em órgãos colegiados, mas, não admitiu a retroatividade da lei. Segundo Gilmar Mendes a lei não pode retroagir para alcançar candidatos que já perderam seus cargos eletivos (...) a lei não pode retroagir para alcançar atos e fatos passados, sob pena de violação ao princípio constitucional da segurança jurídica [123]. Mendes entendeu também inconstitucional a alínea m que trata da inelegibilidade a profissionais liberais excluídos do exercício pelo órgão de classe ao qual pertencer. Para o ministro esse dispositivo vai de encontro com o princípio da segurança jurídica. No mesmo sentido do não retrocesso da lei para atingir fatos pretéritos à 04 de junho de 2010 estão Marco Aurélio [124], Cezar Peluso [125], então Presidente da Corte, e, Celso de Melo [126]. De acordo com Peluso deverá haver uma lei vigente ao tempo do fato ocorrido, e não uma lei editada posteriormente (...) isso porque, para o presidente, a inelegibilidade seria, sim, uma restrição de direitos [127]. Entretanto, diz concordar com a tese de que o instante de se julgar se um candidato é ou não elegível está exatamente quando este pede o registro de sua candidatura. Cesar Peluso também é contrário a inelegibilidade para as condenações que não transitaram em julgado e, vê como inconstitucional a alínea m do inc. I do art. 1º da LC 64/90 que possam retirar do cidadão um direito público subjetivo [128] de se candidatar a cargo eletivo, tendo em vista tratar-se as entidades de classe órgãos não estatais. 13 de 24 25/6/ :28

14 14 de 24 25/6/ :28 Celso de Mello segue o entendimento de que a norma não poderá retroagir para alcançar fatos passados, pois, segundo ele, vai de encontro com a norma do inc. XXXVI do art. 5º da CF, esse dispositivo é parte do núcleo duro da Constituição e tem como objetivo impedir formulações casuísticas de lei [129]. Para o ministro o Congresso Nacional possui um grande poder, mas, este poder não pode ser confundido com o direito de tudo fazer. O ministro entende inconstitucional o dispositivo que prevê a suspensão dos direitos políticos sem que haja para tanto transito em julgado, para ele é inadmissível a possibilidade que decisão ainda recorrível possa gerar hipótese de inelegibilidade [130], assim como vê inconstitucional a inelegibilidade dos políticos condenados por órgãos colegiados, uma vez, que isso viola o princípio da presunção de inocência que é não apenas um direito, mas principalmente uma garantia dentro de nossa sistemática jurídica. A presunção de inocência também seria violada se no caso da alínea k, que trata da renúncia de mandato para salvar sua elegibilidade. Para Celso de Mello, para que isso não ocorra, não basta a mera representação com uma imputação de crime, deverá sim haver um processo formal de cassação. Segundo o ministro Mello, há previsões de inelegibilidade (inelegibilidade cominada) que configuram típica sanção de direito eleitoral cuja incidência restringe a capacidade eleitoral passiva de qualquer cidadão [131], para ele, isso acaba impedindo o exercício de direito fundamental de participar da vida política do país, o que não deve ocorrer. No computo geral, o Supremo Tribunal Federal inclinou-se por aplicar as modificações operadas pela Lei Complementar 135/2010 obedecendo [132] [133] a lógica de que não poderão concorrer a cargos públicos os candidatos 1) condenados por decisão transitada em julgado ou, em segunda instância pelo Poder Judiciário, ou por qualquer órgão colegiado. Por delitos como trafico de drogas, crimes contra a economia popular, a fé, a administração e o patrimônio público, por lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, atentar contra o sistema financeiro, o mercado de capitais, a lei de falências e o patrimônio privado. Macular a saúde pública e o meio ambiente. Cometer crime de racismo tortura, terrorismo e os hediondos, a prática de quadrilha ou bando e, rebaixar seres humanos à condição análoga à de escravo, atentar contra a dignidade sexual, além dos crimes praticados por organizações criminosas; 2) que forem magistrados ou membros do Ministério Público e que tenham sido condenados em infrações éticas, assim como os demais servidores públicos demitidos em decorrência de processo administrativo além de, profissionais liberais condenados por seus respectivos órgãos profissionais e que perderem o direito de atuar em suas respectivas áreas; 3) os condenados pela Justiça Eleitoral, com pena privativa de liberdade, legalmente estipulada devido a abuso de autoridade ou condenado à perda do cargo e inabilitado ao exercício de função. Os que houverem efetuado doações ilegais, sejam eles pessoas físicas ou os dirigentes de pessoas jurídicas, bem como, por terem sido rejeitadas suas contas por irregularidade; 4) os que fizerem uso do artifício da renúncia de mandato eletivo visando não ser condenado em processo de cassação; 5) os que simularem divórcio para fraudar o processo eleitoral. Como visto o STF, após todas as dúvidas e contradições encontradas e além de outras, ardilosamente criadas, está fazendo uso de seu Poder Constitucional, para da melhor maneira garantir que os efeitos legais do texto da Lei Complementar 135/2010 surtam os tão desejados efeitos moralizadores. 5. CONCLUSÃO Ao longo deste trabalho procuramos fazer uma análise imparcial do significado da Lei Complementar 135, de seus conflitos e da solução encontrada pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal no início do ano das eleições municipais de 2012 (solução que se arrastava desde 2010). Pelo exposto foi averiguado que o Direito Eleitoral brasileiro se compõe de um emaranhado de acertos e desacertos históricos. Ao longo de seu desenvolvimento jurídico, partiu de um estado de total desconhecimento sobre o significado do que é certo ou errado, moral ou imoral, para somente a pouco tempo, poder entender estes conceitos. Assim, diante do caminho já trilhado, acreditamos que o Direito Eleitoral brasileiro possui capacidade para ser concretamente aprimorado ainda mais. A Lei da Ficha Limpa adentrou no ordenamento jurídico nacional primeiramente como promessa de resolver os problemas morais da política brasileira, para, logo em seguida tornar-se verdadeiro tormento para o Poder Judiciário, visto que enfrentou todos os tipos de entraves possíveis, principalmente no que tange a sua constitucionalidade. Não há que se negar, entretanto que mesmo com seu sentido moralizador extremamente aguçado, adentrou no ordenamento jurídico pátrio de modo desajeitado e deixando dúvidas se deveria ou não respeitar o disposto na norma constitucional do artigo 16, mais especificamente sobre sua aplicabilidade, espalhando uma zona cinzenta sobre os princípios da anterioridade da lei, da presunção de inocência, da segurança jurídica e assim por diante. A Lei Complementar 135/2010, ou Lei da Ficha Limpa, como foi apelidada, é sim constitucional e as dúvidas quanto a sua anterioridade, segundo entendimento da Corte Maior no início de 2012, não fere nenhum direito visto que a declaração de inelegibilidade não pode ser vista como penalidade, também a presunção de inocência não foi afetada uma vez que deverá ser encarada por seu prisma eleitoral e, não, por um entendimento penal ou processual penal. Data venia ao entendimento da nobre Corte Suprema brasileira, ainda temos nossas dúvidas quanto a alguns pontos, que a princípio, frente a esta decisão de 2012 poderiam parecer sanados. Acreditamos que ainda seriam passíveis de discussão, por exemplo, os princípios

15 15 de 24 25/6/ :28 da irretroatividade da lei, da presunção de inocência, da segurança jurídica, o respeito ao trânsito em julgado de sentença condenatória para se suspender ou cassar direitos políticos. Acreditamos que ainda que seja mais utilizado no âmbito dos Direitos Penal e Processual Penal, o princípio da irretroatividade, frente à Lei Complementar 135/2010 deverá sim ser respeitado. Antes de ser um princípio penal este, é primeiramente um princípio constitucional. Anteriormente já mencionamos que não poderíamos deixar de enxergar o caráter eminentemente prejudicial àqueles que postularam uma vaga de cargo eletivo para o legislativo ou executivo e, como menciona Edilene Lôbo (...) a suspensão de direitos políticos, ainda que decorrente de processo civil é penalidade. E como tal atrai as garantias constitucionais (...) [134], opinião com a qual concordamos em sua completude. O Ministro Celso de Mello ao relatar a ADPF 144 [135] explicita que o princípio da presunção de inocência extrapola os limites do Direito Penal e Processual Penal irradiando os seus efeitos, sempre em favor das pessoas, contra o abuso de poder e a prepotência do Estado frente a isso, acreditamos piamente que ninguém ousaria, apesar de todas as mágoas existentes, dizer que os políticos ou os novos postulantes a cargos eletivos não são passíveis de serem consideradas pessoas. Diga-se de passagem, esse foi o entendimento de Cezar Peluso ao exarar que atingir fatos passados, ocorridos antes da vigência da norma, o direito não estaria levando em consideração o ser humano em sua dignidade, porque absteria dele sua capacidade de se autoadministrar [136]. Esta exegese confirma nossa nítida impressão de ser o Brasil digno do status de um Estado Constitucional, Democrático, e multinormativo de Direito ou, como modernamente se denomina um Estado de Direito Internacional [137], não por outro motivo esse é o nosso entendimento. De outro prisma, olvidar o princípio da segurança jurídica constituir-se-ia em nítida afronta as conquistas político-jurídicas do Brasil moderno. Este importantíssimo princípio não apenas garante as regras previamente definidas para a resolução de todo tipo de conflitos de interesses, mas, dá a todos, brasileiros e estrangeiros, residentes ou não em nosso território, a nítida sensação de que o Brasil não é e, tampouco, se iguala aos bandidos. Ao dizermos que o Brasil não se iguala aos bandidos que ferrenhamente combate, há que se concordar também que condenar alguém sem que haja o transito em julgado de sentença condenatória seria no mínimo um ultraje à democracia. O que dizer então de cassar ou suspender os direitos políticos sem esse preceito? E pior, por intermédio de uma lei que ainda não pode ser aplicada segundo preceito da própria norma constitucional pátria. Frente ao exposto, difícil compreender o motivo de que as disposições da nova lei podem retroagir para agravar a pena de inelegibilidade aplicada na forma da legislação anterior [138]. Nossa opinião vai ainda ao encontro do entendimento do Ministro Marcelo Ribeiro ao exarar qualquer alteração na legislação eleitoral vigente deve atender ao comando constitucional [139] que, no caso, é a norma do artigo 16 da Lei Maior, ou seja, a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência [140]. Mas, ao referir-se a processo eleitoral, não estaria a norma constitucional se referindo a Direito Processual? Nós sobre este ponto, não vemos assim. Parece-nos que a norma constitucional possui um conceito muito maior que simplesmente privilegiar o Direito Processual Eleitoral. Acreditamos que o artigo 16 ao mencionar que a lei que por ventura vier a modificar o processo eleitoral, quer se referir ao mesmo entendimento do Ministro Marcelo Ribeiro, qual seja, qualquer alteração na legislação eleitoral vigente deve atender ao comando constitucional [141], frise-se qualquer. Processo eleitoral, portanto, quer aqui dizer todos os elementos constantes no Direito Eleitoral sejam eles materiais, sejam eles processuais. Ademais, a princípio, pareceu-nos rígido o entendimento de impedir que profissionais liberais condenados por seus respectivos órgãos profissionais e, que perderam o direito de atuar em suas profissões sejam considerados inelegíveis. Sim, sem sombra de dúvida é muito rígido, contudo e infelizmente, temos que admitir que nem sempre será injusto. Por derradeiro, no que diz respeito às inconstitucionalidades, temos que existe a inconstitucionalidade por ação, insculpida no art. 102, I, a e III, a, b e c do texto constitucional, que ocorre ao se criar normas que não sigam o preceituado por este texto de 1988 fugindo a compatibilidade vertical normativa ou em termos mais singelos, desobedecendo à supremacia do texto constitucional e, retirando assim, o sopro de vida que toda lei deve obrigatoriamente portar. Isso se dá, uma vez que no Brasil toda lei deverá ser obrigatoriamente compatível com os seus ditames, fazendo com que exista uma hierarquia entre as normas, onde as leis/normas que estão na base as mais numerosas - deverão obrigatoriamente obedecer àquelas que se encontram no topo menos numerosas. Segundo o magistério de José Afonso da Silva as normas de grau inferior somente valerão se forem compatíveis com as normas de grau superior, que é a constituição. As que não forem compatíveis com ela são inválidas. [142] A inconstitucionalidade por ação subdivide-se em duas, quais sejam, material e formal. A material existe ao haver conflito entre a norma infraconstitucional recém criada em face do texto constitucional, já a formal ocorre quando seus procedimentos de criação não são obedecidos ou é proposta por autoridade incompetente. De outra parte temos a inconstitucionalidade por omissão, encontrada no art. 103, e seus 1º a 3º do texto constitucional. Por esta, existe uma norma que não esbarra em qualquer possibilidade de inconstitucionalidade por ação em nenhuma de suas duas

16 16 de 24 25/6/ :28 modalidades, encontrando perfeita compatibilidade com o denominado preceito da verticalidade e/ou da supremacia constitucional, entretanto, depende de regulamentação ulterior, todavia isto não é feito e, assim, os direitos que ela deveria defender não são efetivados. Os preceitos acima expostos, acerca das inconstitucionalidades, não nos parecem encaixar em nenhum ponto com a Lei Complementar 135 de 04 de junho de Portanto, data venia aos entendimentos dos nobres operadores do Direito, discordamos que a Lei da Ficha Limpa seja eivada de qualquer aspecto de inconstitucionalidade. Encontramos sim desrespeito a princípios constitucionais, mas, não há que se falar em inconstitucionalidade. Dessa maneira, conforme exposto ao longo deste trabalho, as dúvidas e contradições foram muitas, mas somente por intermédio destas é que as dúvidas são sanadas, as contradições esclarecidas e as convicções firmadas. O cotidiano jurídico brasileiro, desenvolvido por todos os operadores do Direito é enriquecido, ao contrário do que poderiam imaginar alguns, exatamente pelo embate de ideias e, sua posterior elucidação pelo debate. Assim se fez ao longo dos anos de 2010 a 2012, o que, se não nos levou ao entendimento final a cerca da chamada Lei da Ficha Limpa, ao menos tornou mais nobre o Direito Eleitoral brasileiro. 6. REFERÊNCIAS Legião Urbana. Perfeição. Composição de Renato Russo. O descobrimento do Brasil. EMI, Brasil ''exporta'' tecnologia do voto eletrônico. Disponível em: Acesso em: 18 set BARRETO, Afonso Henriques de Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 20ª ed. São Paulo: Ática, FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio. O Dicionário da Língua Portuguesa, Século XXI. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, HOUAISS, Antônio. VILLAR, Mauro de Salles. FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda., São Paulo (Estado) Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Subsecretaria de Comunicação da Casa Civil. São Paulo: GOVERNADORES DO ESTADO. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. Senadores Biônicos. Disponível em: Acesso em: 18 set Em que período histórico os vereadores surgiram no Brasil?. Disponível em: /v2/pergunta.asp?idmodelo=9226. Acesso em: 28/05/2012. Câmara de Vereadores de Joaçaba. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. BARRETO, Lima. Recordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ediouro (Biblioteca Folha; 18), VERÍSSIMO, Erico. Incidente em Antares. 45ª ed. - São Paulo: Globo, PIMENTA, E. Órsi. Dicionário Brasileiro de Política. Belo Horizonte: Lê, LÔBO, Edilene. A inclusão do cidadão no processo eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32ª ed. rev. e atual. São Paulo: Malheiros Editores, SOUSA, José Pedro Galvão de. GARCIA, Clovis Lema. CARVALHO, José Fraga Teixeira de. Dicionário de Política. São Paulo: T. A. Queiroz, Editor, GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 15ª ed. Atualizada por Fabrício Motta. São Paulo: Saraiva, FERREIRA, Luís Pinto. Manual Prático de direito eleitoral. São Paulo: Saraiva, GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 5ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 11ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, GOMES, Luiz Flávio. Primeiras linhas do Estado constitucional e humanista de direito. Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2442, 9 mar Disponível em: < ( Acesso em: 26 jun

17 17 de 24 25/6/ :28 GOMES, Luiz Flávio, MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Comentários à Convenção Americana sobre Direitos Humanos: Pacto de San José da Costa Rica. 2ª ed. ver., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, (Coleção ciências criminais; v. 4 / coordenação Luiz Flávio Gomes, Rogério Sanches Cunha) BOBBIO, Norberto. MATTEUCCI, Nicola. PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política, vol. 2 L-Z. 3ª ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, NÁUFEL, José. Novo dicionário jurídico brasileiro. 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense, SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 34ª ed. rev. e atual. São Paulo: Malheiros Editores, CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquerque Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral, tomo I, Direito Material parte I. São Paulo: Premier Máxima, CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquerque Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral, tomo IV. São Paulo: Premier Máxima, MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 21ª ed. São Paulo: Atlas, TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal, volume 1: parte geral. 31ª ed. São Paulo: Saraiva, MICHELS, Vera Maria Nunes. Direito Eleitoral análise panorâmica de acordo com a Lei nº 9.504/97. Porto Alegre: Livraria do Advogado, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 out. BRASIL. Lei n , de 15 de julho de Institui o Código Eleitoral. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 19 jul BRASIL. Lei Complementar n. 5 de 29 de abril de Estabelece, de acordo com a Emenda Constitucional n. 1, de 17 de outubro de 1969, art. 151 e seu parágrafo único, casos de inelegibilidades, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 29 abr BRASIL. Lei Complementar n. 64 de 18 de maio de Estabelece, de acordo com o art. 14, 9º da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 21 mai BRASIL. Lei Complementar n. 135 de 4 de junho de Altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o 9º do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 7 jun Bíblia Católica on line, Gênesis. Disponível em: acesso em: 04/06/2012. Agencia Estado. A minha ficha é a mais limpa do Brasil, diz Maluf. Disponível em: /conteudo.phtml?tl=1&id= &tit=a-minha-ficha-e-a-mais-limpa-do-brasil-diz-maluf. Acesso em: 08/02/2011. CASTRO, Gabriel. TSE livra Paulo Maluf da Lei da Ficha Limpa. Veja. Disponível em: Acesso em: 05/06/2012. MARQUES, Alan. Após posse, Jader Barbalho se diz favorável à Lei da Ficha Limpa. Folhapress. Disponível em: acesso em 05/06/2012. STF decide pela constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. Disponível em: BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Informativo STF Mensal, Brasília, fevereiro de nº 16, Compilação dos Informativos ns. 653 a 656. Disponível em: Acesso em: 11/06/2012.

18 18 de 24 25/6/ :28 SAVARESE, Maurício. Veja dez pontos sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa. UOL. Disponível em: /politica/ultimas-noticias/2012/02/16/veja-dez-pontos-sobre-a-aplicacao-da-lei-da-ficha-limpa.htm. Acesso em: 11/06/2012. Notas [1] Legião Urbana. Perfeição. Composição de Renato Russo. O descobrimento do Brasil. EMI, [2] Brasil ''exporta'' tecnologia do voto eletrônico. Disponível em: Acesso em: 18 set [3] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio. O Dicionário da Língua Portuguesa, Século XXI. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999, p [4] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio. O Dicionário da Língua Portuguesa, Século XXI. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999, p [5] HOUAISS, Antônio. VILLAR, Mauro de Salles. FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda., 2009, p [6] BARRETO, Afonso Henriques de Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Ática, [7] BARRETO, Afonso Henriques de Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Ática, 1998, p [8] São Paulo (Estado) Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Subsecretaria de Comunicação da Casa Civil. São Paulo: GOVERNADORES DO ESTADO. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [9] Senadores Biônicos. Disponível em: Acesso em: 18 set [10] São Paulo (Estado) Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Subsecretaria de Comunicação da Casa Civil. São Paulo: GOVERNADORES DO ESTADO. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [11] Em que período histórico os vereadores surgiram no Brasil?. Disponível em: /v2/pergunta.asp?idmodelo=9226. Acesso em: 28/05/2012. [12] Câmara de Vereadores de Joaçaba. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [13] Em que período histórico os vereadores surgiram no Brasil?. Disponível em: /v2/pergunta.asp?idmodelo=9226. Acesso em: 28/05/2012. [14] Câmara de Vereadores de Joaçaba. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [15] Câmara de Vereadores de Joaçaba. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [16] São Paulo (Estado) Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Subsecretaria de Comunicação da Casa Civil. São Paulo: GOVERNADORES DO ESTADO. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [17] BARRETO, Lima. Recordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ediouro (Biblioteca Folha; 18), 1997, p [18] VERÍSSIMO, Erico. Incidente em Antares. 45ª ed. - São Paulo: Globo, 1995, p. 22. [19] PIMENTA, E. Órsi. Dicionário Brasileiro de Política. Belo Horizonte: Lê, 1982, p.119. [20] São Paulo (Estado) Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Subsecretaria de Comunicação da Casa Civil. São Paulo: GOVERNADORES DO ESTADO. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [21] Câmara de Vereadores de Joaçaba. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [22] LÔBO, Edilene. A inclusão do cidadão no processo eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p. 09.

19 19 de 24 25/6/ :28 [23] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores, 2009, p. 87. [24] LÔBO, Edilene. A inclusão do cidadão no processo eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, pp [25] Senadores Biônicos. Disponível em: Acesso em: 18 set [26] PIMENTA, E. Órsi. Dicionário Brasileiro de Política. Belo Horizonte: Lê, 1982, p.119. [27] LÔBO, Edilene. A inclusão do cidadão no processo eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p. 13. [28] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 out Art. 1º, Parágrafo único. [29] VERÍSSIMO, Erico. Incidente em Antares. 45ª ed. - São Paulo: Globo, 1995, p. 44. [30] SOUSA, José Pedro Galvão de. GARCIA, Clovis Lema. CARVALHO, José Fraga Teixeira de. Dicionário de Política. São Paulo: T.A. Queiroz, Editor, 1998, p [31] GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 55. [32] FERREIRA, Luís Pinto. Manual Prático de direito eleitoral. São Paulo: Saraiva, 1973, p. 9. [33] GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p. 19. [34] RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. Rio de Janeiro: Impetus, 2010, p. 13. [35] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 out Art. 14, 9º. [36] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 out Parágrafo único, art. 1º. [37] GOMES, Luiz Flávio. Primeiras linhas do Estado constitucional e humanista de direito. Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2442, 9 mar Disponível em: < ( Acesso em: 26 jun [38] GOMES, Luiz Flávio, MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Comentários à Convenção Americana sobre Direitos Humanos: Pacto de San José da Costa Rica. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, pp [39] GOMES, Luiz Flávio. Primeiras linhas do Estado constitucional e humanista de direito. Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2442, 9 mar Disponível em: < ( Acesso em: 26 jun [40] HOUAISS, Antônio. VILLAR, Mauro de Salles. FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda., 2009, p [41] BOBBIO, Norberto. MATTEUCCI, Nicola. PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política, vol. 2 L-Z. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1991, p [42] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 out Parágrafo único, art. 1º. [43] GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, pp [44] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 out. Art. 14, caput. [45] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 out Art. 16. [46] NÁUFEL, José. Novo dicionário jurídico brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 1998, p [47] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores, 2010, p. 46. [48] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores, 2010, p. 47.

20 20 de 24 25/6/ :28 [49] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores, 2010, p. 47. [50] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores, 2010, p. 47. [51] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores, 2010, p. 47. [52] GRAU, Eros. Entrevista à Revista Conjur em 3 ago In: LÔBO, Edilene. A inclusão do cidadão no processo eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p. 24. [53] COSTA, Adriano Soares da. Entrevista à Revista Jurídica Eletrônica Correioforense.com.br. In: LÔBO, Edilene. A inclusão do cidadão no processo eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p. 25. [54] LÔBO, Edilene. A inclusão do cidadão no processo eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p. 22. [55] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 out Art. 16. [56] CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquerque Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral, tomo I, Direito Material parte I. São Paulo: Premier Máxima, 2008, p. 40. [57] MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2007, pp [58] TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2012, p [59] JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal, volume 1: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2010, p 52. [60] TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2012, p out [61] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 [62] MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2007, p. 15. [63] MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2007, p. 15. [64] GOMES, Luiz Flávio. Primeiras linhas do Estado constitucional e humanista de direito. Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2442, 9 mar Disponível em: < ( Acesso em: 26 jun out [65] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 [66] Câmara de Vereadores de Joaçaba. Disponível em: Acesso em: 28/05/2012. [67] GOMES, Luiz Flávio. Primeiras linhas do Estado constitucional e humanista de direito. Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2442, 9 mar Disponível em: < ( Acesso em: 26 jun [68] CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquerque Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral, tomo I, Direito Material parte I. São Paulo: Premier Máxima, 2008, p [69] CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquerque Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral, tomo I, Direito Material parte I. São Paulo: Premier Máxima, 2008, p [70] GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 2010, p jul [71] BRASIL. Lei n , de 15 de julho de Institui o Código Eleitoral. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, out [72] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 [73] MICHELS, Vera Maria Nunes. Direito Eleitoral análise panorâmica de acordo com a Lei nº 9.504/97. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1998, pp [74] CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquerque Pontes Luz de Pádua. Tratado

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