a r t i g o d e r e v i s ã o Co n s e l h o s d e m e d i c i n a: c r i a ç ã o, t r a j e t ó r i a e c o n s o l i da ç ã o

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1 bsbm brasíliamédica a r t i g o d e r e v i s ã o Co n s e l h o s d e m e d i c i n a: c r i a ç ã o, t r a j e t ó r i a e c o n s o l i da ç ã o Ne d y Ma r i a Br a n c o Ce r q u e i r a Ne v e s 1 e Jo s é Ed u a r d o d e Si q ue i r a 2 resumo A criação dos conselhos de medicina no Brasil foi um movimento de grande importância por suas peculiaridades. Para a elaboração deste trabalho, foi realizada uma pesquisa nas bibliotecas dos conselhos de medicina e, com base no material analisado, organizou-se este trabalho com o objetivo de manter viva a memória dos conselhos médicos e contribuir como fonte de futuras indagações. Na primeira metade do século XX, a profissão médica brasileira sofreu um intenso processo de transformação, passando do modelo liberal para o assalariamento, o que provocou conflitos na classe médica. O Movimento Sanitarista teve importância no desenrolar das ações que precederam o movimento pela criação dos conselhos. Em 1930, o sistema de saúde foi organizado com a criação dos institutos de aposentadoria e pensão. A primeira entidade médica criada no Brasil foi o Sindicato Médico Brasileiro, que fiscalizou o exercício da medicina e defendeu o bom nível dos salários médicos. Em 30 de setembro de 1957, foi promulgada a Lei n. o 3.268, que determinou a reestruturação dos conselhos de medicina. Assim, esses conselhos passaram a registrar os médicos em seus Estados e fiscalizar o exercício profissional. Em 1964, com a instituição do regime militar, deu-se início ao período de repressão política e, na área da saúde, foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social, o INPS, com o objetivo de organizar a previdência e a assistência médica. Nessa época, deu-se o início do sucateamento da saúde pública com o crescimento dos planos de assistência médica privada, os chamados planos de saúde, e da abertura de numerosas escolas médicas. Com a redemocratização do País, foi criado o Sistema Único de Saúde, o SUS, e os Conselhos de Medicina engajaram-se no movimento pelo exercício digno da atividade médica. Palavras-chaves. História da medicina; ética médica; legislação médica. Abstract Councils of Medicine: establishment, consolidation and trajectory The creation of the councils of medicine in Brazil was a movement of great importance for its peculiarities. For the preparation of this work, a literature search on the libraries of the councils of medicine was performed and from the researched material this work was organized with the objective of keeping the memory alive and supply as a source for future research. In the first half of the twentieth century, the Brazilian medical profession suffered an intense process of transformation, going from liberal model for the salaried class, raising conflicts. The Movimento Sanitário had importance in the conduct of actions that preceded the movement for the creation of the councils. In 1930, the health system was organized with the creation of the retirement and pension institutes. The first medical entity created in Brazil was the Sindicato Médico Brasileiro (Brazilian Medical Union), to monitor the medical practice and to protect wages and salaries. On September 30, 1957, the Act was promulgated establishing the restructuring of the councils of medicine. Thus, the councils started to register the doctors in their states and to monitor the professional practice. In 1964, with the institution of the military regime has begun a crackdown on health area and the Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) was created, with the objective to organize the health and medical assistance. At that time, the fragmentation of public health took place with the growth of the private health coverage plans and the opening of many private medical schools. After the democratization of the country the Sistema Único de Saúde SUS (Health Single System) was created and the councils of medicine joined the movement for enforcement of respectable medical activity. Key words. History of medicine; medical ethic; medical legislation. Trabalho realizado no Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde, Universidade Federal da Bahia, e no Conselho Regional de Medicina da Bahia, Salvador, BA. 1 Médica, Mestre em Educação, Professora de Ética Médica e Bioética, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Conselheira do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, Membro da Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina. Correspondência: Av. Orlando Gomes, 382 B18, Condomínio Village Piatã, CEP , Salvador, BA. Internet: nedyneves@terra.com.br 2 Médico, Doutor em Bioética, Professor de Clínica Médica e Bioética, Universidade Estadual de Londrina, Membro da Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica do CFM. Recebido em Aceito em

2 Conselhos de medicina: criação, trajetória e consolidação In t r o d u ç ã o (...) a atividade cria os laços mais profundos entre os homens (...) 1 As modificações observadas ao longo do século XX ocorreram em dois sentidos, ou seja, por um lado o conhecimento médico avançou e se avolumou especializando-se e ampliando o aparato tecnológico. Por outro, o Estado passou a organizar e instituir os serviços de assistência médica ao promover o trabalho médico assalariado e submetido à hierarquia. 2 Este era o cenário no qual se instalou o anseio de grande número de médicos para formar uma entidade médica forte e zelosa da ética profissional e do cuidado com os pacientes, além da defesa dos seus legítimos interesses profissionais. 3 A criação dos conselhos de medicina no Brasil foi um movimento que merece ser descrito, em face de sua importância e de suas peculiaridades. Por intermédio dos descritores Conselhos de Medicina e História do Conselho de Medicina foi realizada uma pesquisa bibliográfica e constatada escassez de informações sobre o tema. Assim, pelo material investigado nas próprias bibliotecas dos conselhos regionais de medicina, foi elaborado este trabalho com o objetivo de manter viva essa memória e, concomitantemente, colaborar como fonte de análise para futuras pesquisas. Movimento sanitarista Deve ser mencionado que o Movimento Sanitarista teve importância no desenrolar das ações que precederam o movimento pela criação dos Conselhos. Assim, a história da criação dos Conselhos de Medicina não pode ser contada separadamente da história da saúde pública do Brasil. A história da saúde pública brasileira teve início em 1899, quando a peste bubônica foi diagnosticada no porto de Santos. As epidemias se alastraram pelo País e, no Rio de Janeiro, então capital brasileira, a situação foi caótica. O presidente à época, Rodrigues Alves, designou Oswaldo Cruz, médico especializado em Microbiologia pelo Instituto Pasteur, para a Diretoria Geral de Saúde Pública. A principal meta institucional foi erradicar as doenças prevalentes, escrever um código sanitário e implantar a vacinação obrigatória. 4 Em 1900, foi criado o Instituto Soroterápico Federal, instituição de pesquisa biomédica, que, em 1908, foi transformado em Instituto Oswaldo Cruz. A partir de então, uma nova geração de médicos passou a mudar a concepção de doenças transmissíveis e a influenciar nas proposições de saúde pública do País. 4 Os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, em 1910, realizaram uma expedição à região do rio São Francisco, além de outras áreas do Nordeste e da região Centro-Oeste, com o objetivo de mapear as condições epidemiológicas e socioeconômicas. Com base em subsídios encontrados nessa investigação, foi elaborado um relatório, amplamente divulgado na imprensa. Dessa publicação, o movimento sanitarista se expandiu e ganhou adesões de diversos setores da sociedade. Em 1918, liderados por Oswaldo Cruz, os médicos sanitaristas criaram a Liga Pró-Saneamento do Brasil. 4 Segundo o censo de 1920, o Brasil era predominantemente rural cujo contingente de analfabetos foi estimado em 70%. Para os sanitaristas da época, as políticas de saúde foram o caminho para a construção e o desenvolvimento econômico e social do País. 4 Dessa maneira, em 1923, com a Reforma Carlos Chagas, Decreto n. o /1921, criou-se o Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP). Nesse mesmo ano, o governo aprovou a Lei Elói Chaves, tornando estatais as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). Esta lei passou a regulamentar a concessão de benefícios e serviços da área da saúde, além de estatizar as atribuições de saneamento urbano e rural, a propaganda sanitária, a higiene infantil, profissional e industrial, as atividades de supervisão e fiscalização, a saúde dos portos e o combate às endemias rurais. 4 Tal processo evoluiu para a dilatação do domínio estatal, que se transformou no Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920, então dirigido pelo médico Carlos Chagas até

3 bsbm Nedy brasíliamédica Maria Branco Cerqueira Neves e José Eduardo de Siqueira Os institutos de previdência Neste tópico, vale citar o contexto vivido pelos institutos de previdência como precursores do Instituto Nacional da Previdência Social (INPS). De um modo geral, era o médico quem decidia o valor da sua consulta, sem ser submetido a nenhum tipo de intermediação. 5 Schraiber refere-se a uma equação composta dos componentes médico e paciente, cujo equilíbrio foi modificado com o passar do tempo. Até a década de 1950, a relação médico e paciente era 1:1. Com o progresso da socialização do ato médico, praticada inicialmente pelo INPS, o médico assume a condição de prestador de serviço e não mais protagonista de ações diagnósticas e terapêuticas. 6 Como curiosidade, destaca-se o artigo 38 do Código de Deontologia Médica de 1945, assim redigido: O preço da visita [médica] variará conforme a natureza da moléstia, o dia e a hora em que for realizada, a distância entre o domicílio do enfermo e o do médico. 6 Grandes mudanças ocorreram na relação de trabalho do médico, o que causou intensos conflitos, decorrentes do aparato tecnológico e das especializações, transformando o médico em profissional assalariado e submetido a forte pressão. 2 Muitas categorias de trabalhadores organizaram associações de auxílio mútuo para lidar com problemas de invalidez, doença ou morte. 4 Quando o presidente Getúlio Vargas assumiu o poder, em 1930, uma das principais medidas do Ministério do Trabalho, foi reorganizar o sistema de saúde e previdência do País e agrupar diversas classes de trabalhadores. Nas atribuições do citado sistema, abrangia-se a prestação de atendimento médico hospitalar. Nessa ocasião, foi criado o Instituto de Aposentadoria e Pensão (IAP), que alguns anos mais tarde se estenderia em vários institutos nacionais, como o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos (IAPM), o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários (IAPC), o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários (IAPB) e o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários (IAPI). 4 A criação de todos esses órgãos mudou expressivamente o perfil dos médicos brasileiros, que, a partir de então, passaram a ingressar nos serviços públicos, além de contar com o rendimento dos seus consultórios. Nesse contexto, em fevereiro de 1938, o governo Vargas criou o Instituto da Previdência e Assistência aos Servidores do Estado (IPASE). 4 Outra medida que marcou o regime getulista foi a instituição do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública (Decreto n. o /1930), que implantou regionais do Departamento Nacional de Saúde (DNS) em todos os Estados. O DNS tornou-se responsável por todas as ações de saúde pública no Brasil e respondia do mesmo modo pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina, órgão oficial de controle do exercício médico. 4 Nos bastidores da criação A primeira entidade médica criada no Brasil foi o Sindicato Médico Brasileiro, em 25 de novembro de 1927, que se localizou na cidade do Rio de Janeiro, 5,8 então Capital Federal, e teve em seu escopo o que segue. Art. 1.º O Sindicato Médico Brasileiro, fundado em 25 de novembro de 1927, tem por fim promover a defesa e o amparo da classe, manter estreita solidariedade entre seus membros e ditarlhes regras de conduta profissional nas relações entre eles, entre o médico e o cliente e entre o médico e as coletividades. Art. 2.º O Sindicato interessar-se-á, principalmente: a) pela organização de um código de deontologia médica e ética profissional, etc. 3 Logo, a história dos conselhos de medicina brasileiros está intrinsecamente ligada à história do movimento sindical, que, de 1927 a 1945, acumulou as funções relacionadas à ética médica e às atividades relacionadas às reivindicações salariais. 9 Em outros termos, os médicos constituem uma das categorias profissionais de mais longa tradição associativa no Brasil. 10 Não havia um órgão que fiscalizasse a atividade médica, e o sindicato de pronto iniciou a fazê-lo, além de ocupar-se da 142

4 Conselhos de medicina: criação, trajetória e consolidação regulamentação da conduta profissional e da defesa da corporação. 11,12 Ao mesmo tempo, o sindicato regulamentou a propaganda médica na imprensa leiga, fiscalizou o exercício da medicina por profissionais estrangeiros, combateu as práticas ilegais, o curandeirismo e o charlatanismo. Além disso, o sindicato também vigiou o relacionamento entre colegas médicos e entre estes e os demais profissionais de saúde. Naquela época, houve denúncias de erros médicos, que foram acolhidas pelo Sindicato. Em síntese, o Sindicato não se preocupou apenas com problemas salariais, mas, sobretudo com a preservação do prestígio da classe. 13 A primeira tentativa de regulamentar a profissão médica ocorreu em 1926, durante o 9.º Congresso Médico Brasileiro, em Porto Alegre. O evento foi marcado pelo tumulto e pela repressão policial do governo gaúcho, que considerou a regulamentação conflitante com as leis estaduais. Entretanto, antes da dissolução do congresso, foi aprovado o Código de Moral Médica de 1929, que teve como objetivo moralizar a profissão médica. Ainda no mesmo encontro, foi criado um Conselho Nacional de Medicina, com sede no Rio de Janeiro e ligado ao Departamento Nacional de Saúde Pública (DNS). 4 Em relação ao Código de Ética Médica, podese pontuar que o Brasil conheceu os seguintes códigos: 7,14 Código de Éthica Médica Adoptado pela Associação Médica Americana (1867); Código de Moral Médica (1929); Código de Deontologia Médica (1931); Código de Deontologia Médica (1945); Código de Ética da Associação Médica Brasileira (1953); Código de Ética Médica (1965); Código Brasileiro de Deontologia Médica (1984); Código de Ética Médica (1988). Nesse prisma, o Código de Ética Médica constou de normas deontológicas nos seus diversos capítulos, entre os quais o capítulo dedicado aos direitos humanos, no qual o respeito ao paciente é um dos pilares. 5 Liderança sindical Em 1931, na ocasião do I Congresso Médico Sindicalista Brasileiro, ocorrido no Rio de Janeiro, veio a se materializar o Código de Deontologia Médica e Ética Profissional, que foi baseado no Código de Havana, incluindo-se as sugestões de Flamínio Fávero e Pôrto Carrero. A proposta destes dois autores médicos, denominada de Código de Moral Médica, constituiu-se de treze capítulos, entre os quais o da sugestão de criação de um Conselho de Disciplina Profissional, destinado a zelar pelas posturas dos profissionais e a aplicar sanções aos que as infringissem. 8 Sobre esse aspecto, é fundamental mencionar a figura do médico Álvares Tavares de Souza, cuja trajetória confunde-se com a história do associativismo médico brasileiro. Foi fundador do Sindicato dos Médicos em 1927, com diversos cargos na diretoria e chegou à sua presidência, que perdurou por doze anos. Assumiu também o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, em 1941 e, após a constituição da Federação dos Sindicatos Médicos do Brasil, tornou-se presidente da entidade. Implementou uma política assistencial destinada à categoria e construiu a Casa do Médico, para acolher os profissionais idosos e sem recursos. Após deixar a direção do sindicato, ocupou a presidência do Conselho Federal de Medicina, no período de 1952 a Finalmente, em 1932, com o Decreto , o governo regulamentou a profissão médica e as áreas afins. Dessa forma, só foi permitido o exercício profissional aos médicos que tivessem seus diplomas registrados no Departamento Nacional de Saúde Pública e na repartição sanitária de seu Estado. 4 Em junho de 1933, durante o II Congresso Médico Sindicalista Brasileiro, em Porto Alegre, ocorreram as primeiras alterações no Código de Deontologia, que fora aprovado dois anos antes. Nessa ocasião, foram criados os Conselhos de Disciplina Médica Regionais, a Federação dos 143

5 bsbm Nedy brasíliamédica Maria Branco Cerqueira Neves e José Eduardo de Siqueira Sindicatos Médicos e foi aprovada moção ao Governo Federal, que solicitou a oficialização dos Conselhos Regionais e do Código de Deontologia Médica. 8 Ainda sobre esse evento brilhante que logrou grande sucesso pode-se observar a carta de Flamínio Fávero ao presidente do Sindicato dos Médicos Brasileiro: (...) Achei tudo excelente. Valiosas as teses. Oportunas. E, inteirando-me do que fez o Congresso, tive inveja dos colegas que lá puderam estar (...) 3 O III Congresso Médico Sindicalista Brasileiro ocorreu no Rio de Janeiro, em 1938 e teve como presidente de honra o Ministro do Trabalho, Waldemar Falcão, e teve presença o presidente do Sindicato Médico Brasileiro, Tavares de Souza. Ali, foi instituído o reconhecimento oficial da Federação dos Sindicatos Médicos do Brasil, órgão de grau superior do sindicalismo médico, que viria a desempenhar papel relevante nas medidas preliminares de constituição do Conselho Federal Provisório de Medicina. Apesar de sua efêmera duração, essa entidade logrou amplo mérito nas prerrogativas em que foi consultada. Os conselhos de medicina, porém, não tiveram a mesma sorte, visto que, sem a chancela legal, não abarcaram o direito de impor acatamento e submissão quanto às suas decisões. 3 Na vigência do Estado Novo e como iniciativa do Ministério de Educação e Justiça, ainda em 1938, foi proposta a criação da Ordem dos Médicos, que anteriormente fora abordada na tentativa de unir as entidades numa única instância. Esta tentativa também frustrada como a primeira, foi resultado do trabalho de uma comissão ministerial, que se debruçou no estudo dos anteprojetos apresentados pelas três mais importantes entidades médicas nacionais da época: Academia Nacional de Medicina, Associação Paulista de Medicina e Sindicato dos Médicos Brasileiro. 8 Nova investida para ressuscitar a Ordem dos Médicos ocorreu entre os anos de 1951 e 52, com sua apresentação à Câmara dos Deputados, estando nessa ocasião aos cuidados da Comissão de Saúde Pública. Esta última tentativa também não foi exitosa como as demais, e o projeto foi do mesmo modo arquivado. 3 Ante o exposto, pode-se concluir que a idéia da Ordem dos Médicos não é nova e a discussão se perpetua, sem perspectiva de encaminhamento efetivo para a consolidação de uma entidade ainda mais forte que agregasse as reivindicações da classe médica brasileira. As finalidades da entidade foram enunciadas em seu art. 1.º: A Ordem dos Médicos do Brasil é o órgão de seleção e disciplina da classe médica no País, tutelar dos seus direitos e interesses morais e econômicos. Deve ser ainda mencionado que o próprio artigo criou controvérsia de cunho ideológico, visto que o mesmo objeto propunha cuidar de problemas éticos e de natureza econômica, sendo este último prerrogativa dos órgãos sindicais. De pronto, estava criada a polêmica: de um lado, os sindicatos reivindicaram tratar das questões materiais da classe e outro grupo defendeu a criação de um órgão que cuidaria exclusivamente dos assuntos referentes à moral médica. Por fim, o projeto foi arquivado pelo presidente da Comissão da Câmara dos Deputados. 3 Na década de 40, permaneceu a tensão na classe médica, na qual se observou que os médicos se dividiam entre a criação de uma entidade forte e a manutenção do sindicato, sustentando a dupla função. Vale ressaltar que a nova instituição teria independência e, portanto, não seria subordinada aos sindicatos nem ao Ministério do Trabalho. Além disso, deveria exercer atividade exclusivamente normativa. 9,15 Os médicos, insatisfeitos com as condições de trabalho e com a longa duração da espera por medidas que pudessem promover a melhora do atendimento aos seus pacientes, resolveram, por intermédio do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, encaminhar a seguinte reivindicação ao Ministério do Trabalho: 3 Considerando que o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro solicitou desse Ministério o estudo dos problemas que afetam a classe 144

6 Conselhos de medicina: criação, trajetória e consolidação médica, é substancial que sejam criadas condições favoráveis e meios de defesa para o trabalho dos médicos no País. Em outubro de 1944, por ocasião do IV Congresso Médico Sindicalista, foi proposta a criação do Conselho de Medicina e promulgado o segundo Código de Ética Médica. Compelido pelo clamor das reclamações da classe, o governo decidiu, então, compor uma comissão interministerial para realizar estudos e apresentar os necessários anteprojetos de leis que se fizessem mister. O escopo desse evento foi propiciar aos interessados o ensejo de opinar sobre as medidas de amparo à profissão a serem levadas para a comissão recém-formada. 3 Criação A proposta do IV Congresso Médico Sindicalista foi apresentada ao governo federal e em setembro de 1945, ao fim da ditadura Vargas, foi aprovado o Decreto-Lei n. o 7.955/45, que criou o Conselho de Medicina, destinado a zelar pela observância dos princípios da ética profissional no exercício da Medicina. Apesar desse esforço pioneiro, suscitado desde 1945 a 1957, seu desempenho não foi expressivo e sua organização foi pouco representativa, devido à falta de autonomia política e financeira. Apesar disso, a data deve ser preservada, visto que representa o empenho em constituir uma instituição concebida e conservada por médicos e voltada unicamente para as questões éticas da profissão. 9 Em julho de 1946, por decreto executivo do presidente Dutra, foi estabelecido o cargo de membro do Conselho Federal Provisório de Medicina, constituído com finalidade de promover atos necessários à instalação dos Conselhos Regionais de Medicina, assim como a eleição do primeiro Conselho Federal de Medicina no Brasil. 8 Tal processo levou alguns anos de peregrinação e, nesse curso, cresceu a expectativa dos médicos em ver concretizados seus anseios. Nesse sentido, por muitas ocasiões, o clima foi tenso e frequentemente foram observados protestos ruidosos nas assembléias da categoria. 3 Vale salientar que, durante o governo Vargas, em 1953, foi criado o Ministério da Saúde separado do Ministério da Educação e essa instituição foi antiga reivindicação dos médicos que atuaram na saúde pública do País. A preocupação principal do novo ministério deu-se com as ações de prevenção e pesquisa, deixando as questões relacionadas à medicina curativa e assistência médica hospitalar para o Ministério do Trabalho e Previdência Social. De tal modo, dentro do Ministério da Saúde, foi criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu), responsável pela organização e execução do combate às principais endemias do País, como exemplos, malária, leishmaniose, doença de Chagas, peste, febre amarela e esquistossomose. 4 Em janeiro de 1951, realizou-se em Belo Horizonte um encontro médico denominado Congresso do Brasil Central, no qual foi lançada a idéia de criação da Associação Médica Brasileira (AMB). No mesmo ano, a Associação Paulista de Medicina (APM) durante o seu III Congresso, decidiu convocar um encontro destinado a fundar a AMB, que passou a agrupar inicialmente cerca de vinte entidades médicas, que se mantiveram autônomas, adaptando-se somente seus estatutos para se integrar à nova entidade num sistema federativo. 15 Depois da posse do Conselho Federal Provisório de Medicina, começaram a ser instituídos os primeiros Conselhos Regionais de Medicina. Em 1951, foram criados o Conselho do Estado do Ceará (13 de novembro) e do Distrito Federal (Rio de Janeiro à época, em 25 de novembro). Em 1952, surgiram os conselhos do Pará (15 de abril) e o do Rio Grande do Sul (16 de maio). 8,15 Como primeiras providências, os Conselhos Regionais recém-implantados trataram de baixar resoluções normativas para instalação e funcionamento dos órgãos regionais, com organização de diretorias provisórias e a inscrição dos médicos, inclusive com elaboração das carteiras profissionais. 3 Importante comentar que, na primeira assembléia organizada pela AMB, muitos médicos foram resistentes à criação dos conselhos regionais, 145

7 bsbm Nedy brasíliamédica Maria Branco Cerqueira Neves e José Eduardo de Siqueira pois acreditavam que a função disciplinadora já era exercida pelo Serviço Nacional de Fiscalização de Medicina, não havendo, portanto, necessidade de criar mais uma instituição para a classe. Entretanto, a liderança do movimento se articulou com o governo de Juscelino Kubitschek para aprovar o anteprojeto de lei, que daria ampla autonomia aos Conselhos Regionais de Medicina para fiscalizar a ética profissional. 4 Esse anteprojeto foi elaborado pelo consultor jurídico Cícero M. de Carvalho, do Conselho do Distrito Federal (Rio de Janeiro), que introduziu modificações no Decreto-Lei n. o 7.955/45 para consubstanciar os interesses da classe. Tais sugestões constituíram o Projeto n. o 172/55 da Câmara dos Deputados, que cedeu lugar ao substitutivo do deputado Armando Lages, que posteriormente foi convertido na Lei n. o 3.268, de 30 de setembro de 1957, promulgada por J. Kubitschek. Em decorrência, finalmente foram reestruturados os Conselhos de Medicina, Federal e Regionais com o modelo institucional que se mantém até hoje. 3,4 Esta lei, ainda vigente em todo território nacional, trata no seu artigo 2.º: O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina são os órgãos supervisores da ética profissional em toda a República e, ao mesmo tempo, julgadores e disciplinadores da classe médica, cabendo-lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem. Este marco para a medicina brasileira transformou os conselhos médicos em autarquias dotadas de personalidade jurídica, com autonomia financeira e administrativa, modelo institucional que se mantém até o momento. Além disso, o mesmo decreto determinou que o Código de Ética Médica, aprovado pela Associação Médica Brasileira, em 1953, entrasse em vigor em caráter provisório. 13 Dessa forma, a duras penas, alcançaram os médicos com suas lideranças à época para influenciar, por meio de movimentos políticos, a criação da lei direcionada ao exercício digno da profissão. Consolidação e trajetória Em 1958, o Conselho julgou o primeiro processo, um recurso procedente do Conselho Regional de São Paulo, tendo como relator o Conselheiro Tavares de Souza e, como revisor, o Conselheiro João Albuquerque. Essa primeira gestão se estendeu até novembro de 1959, quando foi eleito novo grupo de conselheiros. 3 A nova diretoria eleita estabeleceu três tarefas como prioritárias, ou seja, a elaboração de um anteprojeto de lei com o objetivo de dar plena autonomia aos Conselhos Regionais de Medicina, registrar todos os médicos em todos os estados e elaborar um novo código de ética para orientar e fiscalizar a atividade médica. 15 O projeto de regulamentação da lei acima referida, elaborada em janeiro de 1958, obteve sanção presidencial pelo Decreto n. o , de 19 de abril de O registro dos médicos nos estados foi tarefa complexa. Todavia, essa medida permitiu que cada médico tivesse número único de registro em seu estado. Em São Paulo, segundo Fávero, registrar 11 mil médicos foi um trabalho insano. 15 Assim, foi possível coibir que um médico se passasse por outro, o que era relativamente comum na época. Há relatos curiosos de profissionais que, por meio de anúncios nos jornais, utilizavam a denominação e os títulos de cirurgiões renomados, o que permitiu que muitos pacientes fossem operadas pelo médico impostor sem o saber. 15 Disciplinar a propaganda médica também foi tarefa árdua por causa dos excessos. De acordo com os conselheiros, alguns médicos faziam propaganda enganosa nas rádios, anunciando a cura de doenças incuráveis, como o câncer, ou soluções mágicas para a obesidade. Foi necessário acordar cedo para ouvir os anúncios, transcrevê-los e depois chamar os profissionais ao Conselho. 15 Em 30 de junho e em 24 de novembro de 1958, foram editadas pelo Conselho Federal de Medicina as instruções publicadas pelo Diário Oficial da União para organizar um pleito eleitoral em todas 146

8 Conselhos de medicina: criação, trajetória e consolidação as capitais brasileiras com a finalidade de compor os corpos de conselheiros regionais. 4 Nesse período, o País vivia o desenvolvimentismo do Programa de Metas do governo Kubitschek, voltado para a base industrial, o aumento da capacidade energética e a ampliação das redes de transportes. Apesar disso, as greves se avolumaram e os médicos reclamavam dos baixos salários e dos atrasos de pagamento no setor público. 15 Em 1960, foi criado o primeiro plano assistencial de saúde de que se tem notícia no Brasil por intermédio do Hospital Modelo, de São Paulo. A meta foi atender os funcionários, e respectivas famílias, das Emissoras Unidas, grupo de comunicação que incluía a TV Record e as rádios Record, São Paulo e Panamericana. Posteriormente, em 1962, esse convênio deu origem à empresa Samcil. 15 Nos primeiros anos da década de 1960, foi definitivamente sepultada a euforia desenvolvimentista dos anos 50s. Com golpe militar de 31 de março de 1964, apoiado pelos setores mais conservadores da sociedade brasileira, 4 grande parte da classe média, incluindo-se médicos, teve início o movimento que culminou com a queda do presidente João Goulart. 15 A ditadura militar instalou um clima de terror no País por meio de prisões e tortura de pessoas identificadas como revolucionárias e subversivas. Os médicos não ficaram imunes a essas agressões, praticadas em épocas conhecidas como os anos de chumbo da ditadura. A repressão atingiu duramente os médicos que se dedicavam ao ensino e à pesquisa, principalmente nas universidades. Muitos professores foram indiscriminadamente excluídos da vida acadêmica, o que caracterizou um dos maiores retrocessos na vida universitária brasileira. Alguns docentes reconhecidos internacionalmente foram confinados em presídios em condições subumanas e muitos foram os exilados, privando o ambiente acadêmico de grandes e insubstituíveis inteligências. 15 A maior agressão às liberdades humanas foi perpetrada com a edição do Ato Institucional n. o 5 (AI-5), assinado pelo general Costa e Silva, em 13 de dezembro de O AI-5 foi considerado o ato institucional mais cruel da história da República, tendo instituído a censura a toda a imprensa e estabelecido a tortura de presos políticos como método rotineiro. O AI-5 somente foi extinto no governo do general Ernesto Geisel. 15 Em 1966, a primeira ação de impacto na área da saúde estabelecida pelo regime militar foi a união dos diversos institutos de aposentadoria e pensão (IAPs) num órgão único, o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS). O objetivo do recém-criado INPS foi organizar a previdência e a assistência médica para atender a todos os trabalhadores formais. Contudo, excluiu uma parcela de trabalhadores rurais e praticamente todos os informais. 4 O INPS unificou o sistema previdenciário e ampliou a quantidade de contribuintes e obrigou o governo a conceder outros benefícios, além dos que já eram oferecidos aos aposentados e pensionistas. A solução encontrada pelo governo foi investir recursos públicos em instituições privadas, por meio de convênios e contratos com clínicas e hospitais particulares. 4 Essa situação provocou o sucateamento da saúde pública, causou como consequência o crescimento desordenado dos planos de saúde que passaram a contratar médicos a baixo custo. 4 Grupos de intermediários, inclusive internacionais, começaram a se formar para explorar o trabalho médico. 15 Em síntese, o propalado milagre brasileiro criado pelo regime militar desencadeou a deteriorização da saúde pública brasileira, agravou as mazelas cujo símbolo mais ostensivo é a fila do INPS. 15 Outrossim, o Ministro da Educação, Jarbas Passarinho, deu início ao fenômeno de abertura de novas escolas médicas, sem obedecer a quaisquer critérios de razoabilidade, senão o de atender a interesses menores de representantes políticos regionais. Foram criados cursos de medicina em cidades de médio e grande porte que, não infrequentemente, distavam uma das outras vinte ou quarenta quilômetros. 4,15 147

9 bsbm Nedy brasíliamédica Maria Branco Cerqueira Neves e José Eduardo de Siqueira A proliferação das escolas médicas e o aviltamento da renda e das condições de trabalho dos médicos se completaram. Em outros termos, a oferta de mão-de-obra era conveniente às empresas de seguro-saúde, interessadas em contratar profissionais a baixo custo 15. Uma tênue abertura política começou a se esboçar a partir de 1974, com a instauração de eleições legislativas e a redução da censura à imprensa, o que permitiu o aparecimento de publicações alternativas como O Pasquim, Opinião e Movimento. Em 1977, iniciaram-se mobilizações estudantis contra a ditadura, com expressiva participação dos estudantes de medicina. A classe médica passou a se organizar com a união de esforços de suas três entidades médicas (Sindicato dos Médicos, Associação Médica Brasileira e os Conselhos de Medicina) na luta contra a mercantilização da medicina, por melhores condições de saúde para a população e pelo fim do regime militar. Em 1978, com o apoio de alguns conselhos regionais de medicina, os médicos fizerem greves e assembléias na defesa das reivindicações da categoria, estabelecendo-se uma ruptura com a anterior e tradicional atuação dos conselhos, antes limitada exclusivamente à fiscalização da profissão. 15 Nessa linha de pensamento, o Cremesp abriu elevado número de processos contra médicos relacionados com a prática de torturas durante o regime militar, que resultaram em algumas punições. Esses processos tiveram repercussão nos meios médicos internacionais como um precedente importante, devido ao acatamento da Declaração de Tóquio sobre torturas a prisioneiros, aprovada pela 29.ª Assembléia Médica Mundial. 15 Após a anistia, os conselhos, por intermédio de abaixo-assinados, se engajaram na campanha pelas Diretas já, apresentada como emenda do deputado federal Dante de Oliveira do estado de Mato Grosso. Apesar do grande empenho de parlamentares progressistas com amplo apoio da sociedade civil, a emenda foi derrotada na Câmara dos Deputados por manobras políticas lideradas pelo Senador José Sarney e por Antonio Carlos Magalhães, então governador da Bahia. 15 Entretanto, o movimento Diretas já ganhou tamanho alcance e clamor popular que o regime militar não teve alternativa senão permitir, em 1985, a realização de eleições indiretas pelo Colégio Eleitoral para escolha do Presidente da República, que culminou com a eleição de Tancredo Neves como primeiro presidente civil do País desde Lamentavelmente, Tancredo não foi empossado, impedido por grave enfermidade, que determinou seu falecimento em 21 de abril de A morte de Tancredo levou todo o País a uma expressiva comoção, e foi aberta uma sindicância no Cremesp para apurar os procedimentos médicos durante seu internamento no Instituto do Coração no Hospital das Clínicas (Incor) em São Paulo. 15 Encerrado esse período turbulento e com o retorno à redemocratização do País, os Conselhos de Medicina readquiriram vida própria e iniciaram fértil movimento de descentralização administrativa e criação, nos hospitais, das comissões de ética hospitalares. 15 Segundo Oselka, o fortalecimento dos Conselhos ocorreu em consequência das posturas adotadas nesse caminho. Os conselhos se abriram para a sociedade e adotaram uma postura de defesa dos direitos dos pacientes. Com o fim do regime militar, as pessoas passaram a ter maior consciência dos seus direitos (...) Nesse percurso, estabeleceu-se a Constituinte de 1988, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) resultado vitorioso da luta dos Conselhos junto às demais entidades médicas. Esse movimento, com a participação de lideranças médicas engajadas em todo País, teve como meta a garantia de propiciar melhores condições de saúde pública, com a 8.ª Conferência Nacional de Saúde, que foi marcada por ampla participação democrática de todos segmentos representativos da sociedade médica e civil organizada. 15 Considerações finais O cenário de fragmentação da categoria médica em torno do exercício profissional, da 148

10 Conselhos de medicina: criação, trajetória e consolidação precarização pelo assalariamento e da tentativa de extinção do exercício liberal, além do movimento sanitarista, no início do século XX, induziu a criação do Conselho Federal de Medicina em 1957 e dos Conselhos Regionais de Medicina em Por intermédio desse movimento, criou-se o projeto de uma entidade forte para defender os interesses da classe e pela dignidade da profissão, ao tempo em que seria responsável para zelar pelo direito dos pacientes, prerrogativa atribuída anteriormente ao Sindicato Médico Brasileiro. A estruturação do regime militar ( ) inviabilizou a aspiração dos médicos brasileiros, que, junto à população, vivenciou um período obscuro da história brasileira. Intencionalmente, as autoridades militares promoveram ações de sucateamento da medicina pública e consubstanciaram atos que permitiram a medicina de grupo implantar suas atividades no Brasil. Além disso, permitiram a abertura desenfreada de escolas médicas de forma leviana, sem obedecer a critérios de controle para sua criação e seu funcionamento. Toda essa articulação promoveu o fim de uma era a da medicina digna e respeitada. Os médicos passaram de profissionais honrados pelos seus saberes a uma categoria desprestigiada. Do ponto de vista capitalista, esse foi o elo da apropriação da saúde pelo sistema, por meio de uma avassaladora estruturação com o regime vigente. Com a instituição do Estado Democrático de Direito, os Conselhos Regionais de Medicina e o Conselho Federal de Medicina revivem sua função primacial, qual seja, a do exercício digno da arte médica em interesse do paciente e da sociedade humana. Conflitos de interesses Os autores declaram não haver conflitos de interesses neste artigo. Re f e r ê n c i a s 1. Sussekind A, Maranhão D, Vianna S. Instituições de direito do trabalho. 12. a ed. São Paulo: Editora LTr; Pereira Neto AF. A profissão médica em questão: dimensão histórica e sociológica. Cad Saúde Pública. 1995;11: Souza AT. História da criação dos conselhos de medicina. Rio de Janeiro: Boletim do Sindicato Médico Brasileiro; CRM-ES 50 anos - Registro de uma trajetória. Vitória: Conselho Regional de Medicina do Estado do Espírito Santo; Pereira Neto AF (Org). Ética e institucionalização da profissão médica (1927/1957). Repertório de fontes documentais para uma história da criação dos Conselhos de Medicina. Rio de Janeiro: Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro; Schraiber LB. O médico e seu trabalho: limites da liberdade. São Paulo: Hucitec; Martin LM. A Ética Médica diante do paciente terminal nos Códigos Brasileiros de Ética Médica. São Paulo: Santuário; Drumond JGF. O ethos médico: a velha e a nova moral médica. Montes Claros: Unimontes; Cumin DS, Back DA, Zardo FCP, da Rosa GP. O código padrão: CRM Conselho Regional de Medicina [monografia apresentada à disciplina de Administração de Sistemas de Informação Gerencial]. Curitiba: Curso de Administração de Empresas, Fundação de Estudos Sociais do Paraná; Luz M. Medicina e ordem política no Brasil. Rio de Janeiro: Graal; Pereira Neto AF, Maio MC. Origem e trajetória inicial do Sindicato Médico Brasileiro: algumas considerações. Cad Hist Saúde. 1992;2: Gadelha P. Assistência médica no Rio de Janeiro ( ): Reformas Institucionais e Transformações da Prática Médica [dissertação]. Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Cohen C, Segre M. Definição de valores, moral, eticidade e ética: In: Segre M, Cohen C (org.). Bioética. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Código de Ética Médica. Brasília: Conselho Federal de Medicina; CREMESP uma trajetória. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo;

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