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1 I - Atos Administrativos * Professor Leandro Velloso * Material baseado e integrante na Obra Jurídica: Resumo de Direito Administrativo. 3ª Ed. Impetus, Prefácio do José dos Santos Carvalho Filho 1. Noções gerais Fatos administrativos Atos da Administração e o Ato Administrativo Ato da Administração é todo ato praticado pela Administração no exercício da função administrativa. Não se confunde com ato administrativo. É denominação ampla que abrange atos materiais. Ex.: construção de viaduto, atos de direito privado (como assinar cheques), atos de expediente, enunciativos atestados, certidões. Abrange atos materiais que não geram efeitos na ordem do direito nos moldes da corrente majoritária da doutrina. Fatos administrativos são situações com relevância no Direito Administrativo. Há aqueles que por serem praticados por pessoas que não integram o conceito de Administração Pública não podem ser considerados atos da administração. Ex.: ato praticado por notário. O ato administrativo tem efeito jurídico e o da Administração não. Atos da Administração são aqueles praticados no exercício da administração propriamente dita. Neste sentido, destacamos as lições da jurista Maria Sylvia Di Pietro, 1 onde define ato administrativo como sendo a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público. 2. Conceito de ato administrativo Para Hely Lopes Meirelles 2 é toda manifestação de vontade unilateral da Administração Pública e de seus delegatários que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si próprio. 1 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 18. ed. São Paulo: Atlas, MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros,

2 Atos privados são atos da Administração, não administrativos, porque esta não está agindo nesta qualidade, mas como particular. 3. Elementos do ato administrativo (ou requisitos) a) Competência: alguns autores não mencionam a competência, mas falam em sujeito como requisito, porque antes de ser competente deve ser capaz pela lei civil. Competência é o âmbito legalmente delimitado de atuação do agente público. A lei formal é fonte por excelência da competência administrativa, dando esta a cada agente pelo princípio da legalidade. Essa é a regra. A primeira exceção é que a CF pode ser fonte da competência administrativa para os órgãos da mais alta hierarquia e para os agentes políticos. O ato administrativo também pode ser fonte da competência. Um agente público pode estabelecer competência de outros. A lei atribui a um órgão/agente competência primária, que é genérica, abrangendo uma série de atos. Esse órgão/agente reparte esta competência em espécie, competência secundária por atos organizacionais. Critérios para fixação de competência administrativa, semelhante ao processo civil. Em razão da matéria: especialização de alguns órgãos. Ex.: secretaria municipal de saúde, de educação... Em razão do território: critério geográfico. Ex.: delegacia do Ministério da Fazenda no RJ, em SP... Em razão da hierarquia ou do grau. Em razão do tempo: estabelecida por circunstâncias excepcionais. Ex.: calamidade pública. Outra situação é a delegação que consiste na transferência de atribuições de um órgão para outro, dependente de norma expressa, posto que não é inerente do poder hierárquico (DL n o 200/67 art. 12; Lei n o 9.784/99 em seu art. 13). Na verdade, não há transferência, mas exercício cumulativo de competências. Quem transfere não perde. Veda-se delegação de um poder para outro, e de atos de natureza política, tais como sanção, veto, proposta orçamentária, de atos da competência específica de um órgão ou agente, ou aquele que se vedar expressamente. Ao lado da delegação, temos a avocação, que é chamar para si a atribuição de outrem. A avocação é excepcional, devendo ser justificada caso a caso (art. 15 da Lei n o 9.784/99). Características da competência administrativa: Inderrogabilidade: não se transfere por acordo ou consentimento. Improrrogabilidade: órgão incompetente só deixa de sê-lo por norma superveniente. A inércia na alegação de incompetência não torna o órgão competente. 2

3 b) Finalidade: atendimento do interesse público. A inobservância da finalidade acarreta em abuso de poder sob a modalidade de desvio. Ato que se desvia da finalidade não atende a interesse público, afeta, também, aos princípios da impessoalidade e da moralidade. Não se confunde com o objeto, porque há um ponto de distinção: o objeto é fim imediato do ato, como criar, modificar, impor, extinguir, sendo sempre variável. Cada ato tem objeto distinto. Já a finalidade é o fim mediato de todo ato administrativo. Se o objeto é variável, a finalidade é única, isto é o interesse público. A finalidade também não se confunde com o motivo. Este é a situação de fato ou de direito que antecede a prática do ato ou inspira a atuação do administrador. É anterior à finalidade. c) Forma: não é só o meio pelo qual a vontade se exterioriza, mas, também, as formalidades que devem anteceder o ato. A solenidade é a regra. Atos administrativos são solenes por natureza, solene, escrito, arquivado e publicado. Há exceções à solenidade dos atos. Situações há em que a Administração Pública manifesta vontade por gestos, como identificamos pelos sinais do guarda de trânsito, palavras, atos de polícia. O silêncio na Administração Pública, em regra, é a manifestação negativa de vontade. Manifestação positiva só quando a lei disser. Nesta hipótese, de atribuição legal de efeitos positivos ao silêncio, a lei fixará prazo para manifestação de vontade no sentido inverso. Quando a lei não o faz, entende-se que, ultrapassado tempo razoável, o silêncio se transforma em forma omissiva de abuso de poder, cabendo, portanto, mandado de segurança contra conduta omissiva, não havendo que se falar no prazo de 120 dias. O fundamento é que a função administrativa é poder-dever: os poderes são dados em razão dos deveres. d) Motivo: situação de fato ou de direito que autoriza nos atos discricionários ou determina nos atos vinculados à prática de ato administrativo. É a situação de fato que inspira o administrador. Se vier expresso em lei, não haverá qualquer liberdade, devendo o administrador agir. Em outras hipóteses, a lei não descreve a situação de fato, deixando a critério do administrador (conveniência e oportunidade). Aí, o motivo será discricionário. Motivo difere de motivação! Motivo é situação de fato. Motivação é a exposição do motivo no ato administrativo. Há três correntes que discutem a obrigatoriedade dessa motivação: 1 a corrente: sim. Em virtude do princípio da moralidade para mitigar o controle do ato. 2 a corrente: não. Só se a lei disser expressamente. 3 a corrente: Atos vinculados devem ser sempre motivados. Os discricionários não precisam, mas, se forem, ficarão atrelados ao motivo para todos os fins de direito (teoria dos motivos determinantes). É a corrente majoritária, com uma interpretação dada ao art. 50 da Lei n o 9.784/99. Se o ato deveria ter sido motivado e não foi, haverá vício quanto à forma, não quanto ao motivo. 3

4 Pela teoria dos motivos determinantes difundida por Otto Gierke, o motivo deve ser compatível com a situação de fato, que gerou a manifestação de vontade. Inexistente a situação de fato ou não correspondente com o motivo alegado, o ato será inválido. Neste diapasão, devemos destacar que o móvel não se confunde com o motivo, sendo o primeiro considerado a intenção do administrador de realizar atos no mundo jurídico. e) Objeto: mesmo que conteúdo do ato para a maioria da doutrina. É a alteração no mundo provocada pelo ato. Seria a criação, a modificação, a extinção ou a declaração de situações jurídicas. Nada mais é do que o efeito jurídico do ato. Destacamos os seguintes requisitos do objeto: Licitude a doutrina nos ensina que, além de lícito, o objeto deve ser moral. Para a maioria, a moralidade está ligada à finalidade administrativa. Possibilidade objeto realizável no mundo dos fatos. Certeza quanto ao destinatário, tempo, lugar e efeitos. Deve ser determinado. No motivo discricionário, o administrador fica com a valoração do fato. No objeto discricionário, o legislador permite a escolha do próprio objeto. No objeto vinculado não cabe a escolha de atuação sob critérios de conveniência e oportunidade. 4. Mérito administrativo O mérito administrativo está ligado aos elementos motivo e objeto do ato administrativo Controle do mérito administrativo Há uma premissa de que a avaliação de conveniência e oportunidade é critério administrativo. É inerente ao exercício da função administrativa, e, conseqüentemente, o Judiciário não pode exercer avaliação deste mérito a respeito de ato administrativo praticado por outro Poder, sob pena de violar o art. 2 o da Lex Legum. O Judiciário pode exercer controle sobre: a) a legalidade da discricionariedade invocada; b) observância pelo administrador dos limites de opção; c) princípio da razoabilidade ou da proporcionalidade e, finalmente; d) a veracidade e idoneidade dos motivos alegados. 5. Aspectos (atributos) do ato administrativo Os chamados atributos do ato administrativo foram concebidos durante período pretérito. Essa versão tradicional reflete a influência de concepções não democráticas do Estado. Assim, nos 4

5 ensinamentos de Marçal Justen Filho, o ato administrativo traduzia as prerrogativas do Estado, impondose ao particular pela utilização da força e da violência. 3 a) Presunção de legitimidade e veracidade: decorre do princípio da legalidade, se submetidos a este princípio presumem-se legítimos. A veracidade está ligada à certeza dos fatos alegados. A legitimidade, à legalidade e à honestidade. Efeitos a.1.) Autorizar a auto-executoriedade os atos são, desde logo, operantes e, mesmo que contra eles sejam argüidos vícios, enquanto não declarada nulidade, continuam a produzir efeitos. a.2.) Provocar a inversão do ônus da prova a Administração Pública não tem de provar a todo tempo que o ato é legítimo. A presunção é relativa. Obs.: O Judiciário não pode declarar a nulidade ex officio. A base é doutrinária (obediência ao princípio da legalidade). b) Imperatividade: conseqüência da supremacia do interesse público e dá causa à exigibilidade do ato administrativo. Os atos administrativos são obrigatórios e autorizam o emprego da força pública proporcional à resistência, ou seja, impõem-se coercitivamente a todos (naqueles que impõem obrigações). A licença e a autorização não impõem obrigações, mas, sim, conferem direitos e não produzem o atributo da imperatividade. Os atos que conferem direitos e os enunciativos não são imperativos (os últimos nem administrativos são). c) Exigibilidade : Determinação de cumprimento dos atos unilaterais ; d) auto - executoriedade: possibilidade de decidir e atuar por seus próprios meios, sem que seja necessário o socorro do Judiciário. Alguns não são dotados deste atributo (multas, por exemplo). A doutrina também fala em desapropriação. 6. Formação do ato administrativo Perfeição, eficácia, exeqüibilidade e validade do ato. a) Ato perfeito: é aquele que completou procedimento de formação. Nada tem a ver com o conceito de validade, pode até ser nulo, mas foi concluído. b) Ato eficaz: o ato começa a produzir efeitos no mundo do direito. Conseqüência da perfeição. Ainda que sobre ele penda condição ou termo, ou encargo, permanece eficaz, embora não gere efeitos. Nesses casos, afirma-se que ato é pendente. Atenção! Doutrina e examinadores continuam a confundir ato eficaz com aquele que está produzindo efeitos. Ato pendente não gera efeitos, mas é eficaz por estar a Administração Pública apta a produzi-los. 3 JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva,

6 c) Ato exeqüível: é aquele que está efetivamente produzindo efeitos. Atentar nas provas para a confusão entre conceitos de eficácia e exeqüibilidade. d) Ato válido: em conformidade com a lei. O ato perfeito pode, inclusive, estar produzindo efeitos, sendo eficaz e exeqüível, mas poderá ser invalidado, já que os conceitos não se confundem. 7. Principais classificações dos atos administrativos a) Quanto aos destinatários: a.1.) Atos gerais normativos são aqueles expedidos sem destinatários determinados, criando norma genérica e abstrata. Não há mais decretos autônomos (arts. 84, IV, 49, CF; art. 25, I, ADCT). São sempre revogáveis, posto que não criam direitos subjetivos por si só. Não podem ser impugnados na via administrativa e têm precedência hierárquica sobre atos individuais. a.2.) Atos individuais são aqueles que possuem destinatário certo visando criar situação particular. Podem abranger um ou vários sujeitos, desde que sejam, estes, determinados. De regra, geram direitos adquiridos, quando serão irrevogáveis (verbete da Súmula 473 do STF). Nos demais casos podem ser revogados ou modificados. b) Quanto ao objeto: b.1.) Atos de império: todos aqueles praticados pela Administração quando esta se vale de sua supremacia e que impõem atendimento obrigatório. Ex.: desapropriação e atos de polícia, concurso público. 4 São unilaterais, revogáveis e passíveis de modificação, de acordo com critérios da Administração. b.2.) Atos de gestão: aqueles produzidos pela Administração quando esta se nivela ao particular na gestão da coisa pública. De regra, intervém a vontade do indivíduo e, quando não precários, geram direitos subjetivos. b.3.) Atos de expediente: são os que se destinam à movimentação de processos e papéis. Para a corrente doutrinária majoritária, são atos da Administração. Nos ensinamentos de Hely Lopes Meirelles 5 os atos de expediente não obedecem a maiores fomalidades, sendo apenas usados em razão da necessidade de dar bom andamento aos processos administrativos. c) Quanto à liberdade de ação: c.1.) Atos vinculados: aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições para expedição. Praticamente inexiste liberdade. Para a corrente majoritária devem ser sempre motivados. Ao Judiciário se abre a possibilidade de ampla revisão. Não há valoração, nem mérito administrativo. 4 Mandado de segurança. Concurso público. Sociedade de economia mista. Cabimento da via mandamental. Na realização de concurso público, a sociedade de economia mista não pratica mero ato de gestão interna. Insuscetível de ser atacado por mandado de segurança, mas atende a preceito constitucional, porquanto exerce função delegada. Liminar concedida. Inocorrência de qualquer das circunstâncias mencionadas na Súmula 58 deste Tribunal. Decisão mantida ( Agravo de Instrumento. Des. Fabrício Bandeira Filho Julgamento: 10/2/ a Câmara Cível). 5 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. 20. ed. São Paulo: Malheiros,

7 c.2.) Atos discricionários: aqueles em que há liberdade de escolha do objeto; do destinatário; da conveniência e da oportunidade; do modo de realização. A liberdade de agir, aqui, será sempre dentro dos limites da lei, razão pela qual a discricionariedade não se confunde com arbitramento. O fundamento da discricionariedade está na impossibilidade de o legislador prever as hipóteses de atuação do administrador. Os elementos vinculados dos atos discricionários serão sempre: competência, finalidade e forma. d) Quanto à intervenção da vontade administrativa: Trata-se de matéria divergente na doutrina brasileira, onde destacamos que Sérgio de Andréa Ferreira não aceita os atos compostos na classificação de José dos Santos Carvalho Filho na sua obra Direito Administrativo Didático. Temos também Diógenes Gasparini e Celso Antônio Bandeira de Mello que não fazem referência ao instituto, e Maria Sylvia Di Pietro, que, ao distinguir atos compostos e complexos, esclarece um exemplo de ato composto com o nosso entendimento de atos complexos. d.1.) Atos simples: resultam da manifestação de vontade de um único órgão, que poderá ser unipessoal, singular ou colegiado. Ex.: pedido de exoneração do servidor. d.2.) Atos complexos: determinam-se por várias vontades individuais que se somam e se manifestam numa declaração única. 6 São aqueles cuja formação deriva da atuação de mais de um órgão. Confunde-se com procedimento administrativo, pois, no ato complexo há congregação de vontade de vários órgãos para a obtenção de um mesmo ato. Ex.: investidura (nomeação pelo chefe da repartição + posse). Já no procedimento administrativo há uma série de atos que culminarão em um ato final. O ato complexo só será impugnável pela última manifestação de vontade. No procedimento, cada ato é impugnável isoladamente, mas o ato final só será perfeito após o último ato. Há autores que não reconhecem esta classificação, como, por exemplo, Celso Antônio Bandeira de Mello que não reconhece essa categoria de atos administrativos, referindo-se apenas aos atos simples e complexos, sendo que esta modalidade engloba os atos ditos compostos. d.3.) Atos compostos: são aqueles em que há manifestação de dois ou mais órgãos, mas a vontade de um deles é meramente instrumental. Aqui, há um ato principal e outro acessório, distinguindo-se, assim, dos atos complexos, onde há um só ato. Ex.: autorização que é sujeita a um visto, autorização. Sérgio de Andréa Ferreira 7 entende que a categoria dos atos compostos é na verdade uma composição de atos. Para alguns não há distinção do procedimento administrativo, pois o ato que traduz a vontade final da Administração só seria impugnável após a realização do ato-meio, que funciona como condição de eficácia, mas sendo que cada ato pode ser impugnado isoladamente. e) Quanto ao conteúdo: e.1.) Atos constitutivos: aqueles que criam, modificam ou extinguem uma situação jurídica. Ex.: nomeação, atos sancionatórios, autorização, revogação. 6 FAGUNDES, M. Seabra. O controle dos atos administrativos pelo Poder Judiciário. 7. ed. atualizada por Gustavo Binenbojm. Rio de Janeiro: Forense, FERREIRA, Sérgio de Andréa. Direito Administrativo didático. Rio de Janeiro: Forense,

8 e.2.) Atos declaratórios: limitam-se a declarar situação jurídica preexistente. Ex.: admissão, licença, anulação, homologação. e.3.) Atos enunciativos: apenas atestam uma situação de fato ou de direito. Ex.: certidões, atestados e pareceres e vistos. Não geram, por si só, efeitos jurídicos de qualquer espécie. f) Quanto à retratabilidade: f.1.) Ato irrevogável ato que gerou seus efeitos; ato que gerou direito subjetivo; ato que adveio da preclusão a administrativa (entende-se que a prática de novo ato, integrante da cadeia, gera impossibilidade para Administração Pública revogar o ato anteriormente praticado). f.2.) Ato revogável: foi validamente praticado e é retirado do mundo jurídico, pela Administração Pública, por motivo de conveniência e oportunidade (critérios unicamente administrativos), com efeitos ex nunc. g) Quanto ao modo de execução: g.1.) Ato executório: aquele pelo qual a Administração Pública toma decisões executórias, sem participação do Judiciário. Ex.: imposição de multa. g.2.) Ato não executório: depende de prévio pronunciamento judicial. Ex.: cobrança de multa. 8. Espécies de atos administrativos 8.1. Quanto à forma Decretos: forma que se revestem os atos gerais ou individuais do chefe do Executivo. Quando gerais, são atos normativos derivados. Resoluções e portarias: atos gerais ou individuais emanados da autoridade que não chefe do Executivo. Ex.: punição, dispensa, concessão de férias etc. Circular: forma de transmitir ordens internas. Despacho: de regra, tem conteúdo decisório no âmbito de um procedimento. Alvará: instrumento da licença e da autorização. Consentimento expresso e formal da Administração Pública com a prática de atividade sujeita ao poder de polícia ou à utilização do bem público Quanto ao conteúdo O ato negocial pela definição de Hely Lopes Meirelles 8 não é espécie, é aquele que contém manifestação de vontade coincidente com a pretensão do particular. Não se fala em imperatividade. 8 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. 20. ed. São Paulo: Malheiros,

9 Seriam atos administrativos, mas resultantes do consentimento de ambas as partes. Não seria negócio jurídico, já que efeitos jurídicos independem da vontade da Administração Pública. Licença: ato vinculado e definitivo pelo qual a Administração, verificando o preenchimento dos requisitos legais, faculta ao administrado o desempenho de atividades. Autorização: ato discricionário e precário pelo qual a Administração faculta ao particular a realização de certa atividade, serviço ou a utilização de um bem público no interesse predominante ou exclusivo do particular. Permissão: ato discricionário, precário pelo qual o Poder Público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo ou o uso especial de bem público a título gratuito ou remunerado, nas condições previstas pela Administração (art. 175, CF). Aprovação: ato pelo qual a Administração verifica a legalidade e o mérito de outro ato praticado por órgãos ou, mesmo, por particulares, com vistas a sua execução ou permanência. Homologação: ato pelo qual a autoridade superior verifica a legalidade de um ato anterior da própria Administração ou de particular, conferindo-lhe eficácia. Visto: ato pelo qual a Administração examina ato de particular e da própria Administração sob aspecto da legitimidade formal, conferindo-lhe exeqüibilidade 9. Extinção dos atos administrativos A forma natural é quando o ato administrativo cumpre seus efeitos. A extinção objetiva é pelo desaparecimento do objeto. A retirada é a forma mais importante. É gênero que admite quatro espécies. São elas: 1. Cassação: extinção do ato administrativo por culpa do beneficiário que deixou de observar comportamento previsto pela Administração. Ex.: cassação de licença profissional. 2. Caducidade: extinção de ato administrativo praticado validamente, mas que deixou de ser possível em função de disposição contrária superveniente. Ex.: licença concedida à parque de diversões em local que lei municipal posterior proibiu atividade econômica. 3. Invalidação/Anulação: 9

10 A Administração Pública, com base no princípio da auta tutela, deve invalidar seus atos administrativos. É um dever presente na Súmula 473 do STF. Nem sempre o Poder Público deve invalidar ato administrativo nulo. Hipóteses há em que o interesse público reside, justamente, na manutenção do ato, geralmente, em situações consolidadas no tempo. O Judiciário também pode anular ato administrativo, mas sempre por provocação. Não há decretação ex officio de nulidade do ato administrativo. Efeitos da nulidade: retroagem à data da expedição do ato administrativo. Possuem natureza declaratória, e interesses de terceiros de boa-fé devem ser respeitados. Ex tunc. Prescrição: ocorre com relação ao poder de anular. A maioria da doutrina entende que sim, favorecendo ao valor da estabilidade das relações jurídicas de interesse público. Ações pessoais pelo Decreto /32, com prazo de 5 anos. Entretanto, nas ações reais pelos ditames do CC, no máximo 10 anos. 4. Contraposição: trata-se de situação assemelhada à revogação tácita das leis. Neste sentido, consiste numa atuação do Poder Público e num ato com efeitos opostos ao ato administrativo anterior, eliminando seus efeitos. 5. Desaparecimento do objeto: nesta ocasião, o ato administrativo se desfaz pelo desaparecimento do seu objeto, como, por exemplo, na destruição do bem, objeto da permissão de uso. 10. Convalidação/Saneamento do ato administrativo ou aperfeiçoamento A doutrina sustenta os seguintes atos convalidatórios. 1. Ratificação: a autoridade resolve suprir vício de ato administrativo anterior, desde que ligado à competência ou à forma. Quem pode ratificar? A mesma autoridade que expediu o ato ou superior, se a hipótese admitir avocação. Quando ato administrativo não admite ratificação? Quando ato administrativo não admite avocação e quando ato administrativo tratar de incompetência em razão da matéria. 2. Reforma: supre-se vício quanto à forma. Mesmo ato administrativo tem parte válida e inválida. Se a primeira subsiste sem a segunda, esta é retirada. Ex.: férias (sem poder) + licença (com jus). 10

11 3. Conversão: idem ao que ocorre na reforma diferenciando-se no fato de que a parte inválida é substituída por uma válida. Ex.: promoção de X por merecimento e de Y por antiguidade = um ato. Y não faz jus à promoção, convoca-se Z para seu lugar. Pois, trata-se de vício no objeto. 11. REVOGAÇÃO É a retirada de ato administrativo válido realizada somente pela Administração Pública por motivo de conveniência e oportunidade. É fundamentada no poder discricionário e seu pressuposto é o interesse público. Só é possível em ato administrativo discricionário. Possui natureza de ato administrativo desconstitutivo. O Judiciário não pode revogar ato administrativo em virtude do princípio da separação dos poderes nos moldes do art. 2 o da CF/88, a não ser seus próprios atos administrativos. Ademais, o que o Judiciário poderá fazer, em qualquer hipótese, é aferir a legalidade da revogação. A revogação possui efeitos pró-futuro, porque diz respeito a ato administrativo válido (juridicamente perfeitos), e nem a lei poderia afetar os efeitos produzidos (art. 5 o, XXXVI, CF). Necessariamente, o Judiciário na realização de suas funções atípicas, tais como funções administrativas e legislativas, pode revogar seus próprios atos. EXERCÍCIOS TESTES QUESTÕES DIVERSAS DE PROVAS ANTERIORES 7 - A respeito da teoria dos atos administrativos, julgue os seguintes itens. (1) Os atos administrativos são dotados de presunção de legitimidade e veracidade, o que significa que há presunção relativa de que foram emitidos com observância da lei e de que os fatos alegados pela administração são verdadeiros. (2) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. 11

12 (3) Os atos administrativos só são dotados de auto-executoriedade nas hipóteses previstas expressamente em lei. (4) A presunção de legitimidade dos atos legislativos não impede que o cidadão possa opor-se aos mesmos. (5) A motivação de um ato administrativo deve contemplar a exposição dos motivos de fato e de direito, ou seja, a regra de direito habilitante e os fatos em que o agente se estribou para decidir. 8 - Com base na teoria e na legislação que tratam da revogação e da invalidade dos atos administrativos, julgue os itens abaixo. (1) Os atos administrativos vinculados podem ser revogados a partir de critério de oportunidade e de conveniência. (2) A administração deve anular seus próprios atos quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. (3) O ato administrativo pode ser invalidado sempre que a matéria de fato ou de direito em que se fundamentar o ato for materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido. (4) O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (5) Os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria administração em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiro. 9 No âmbito da administração pública, a lei regula determinadas situações de forma tal que não resta para o administrador qualquer margem de liberdade na escolha do conteúdo do ato administrativo a ser praticado. Ao contrário, em outras situações, o administrador goza de certa liberdade na escolha do conteúdo, da conveniência e da oportunidade do ato que poderá ser praticado. Acerca desse importante tema para o direito administrativo discricionariedade ou vinculação administrativa e possibilidade de invalidação ou revogação do ato administrativo -, julgue os seguintes itens. (1) O ato discricionário não escapa do controle efetuado pelo Poder Judiciário. (2) A discricionariedade administrativa decorre da ausência de legislação que discipline o ato. Assim, não existindo proibição legal, poderá o administrador praticar o ato discricionário. (3) Um ato discricionário deverá se anulado quando praticado por agente incompetente. (4) Ao Poder Judiciário somente é dado revogar o ato vinculado. (5) O ato revocatório desconstitui o ato revogado com eficácia ex nunc. 12

13 Gabarito Oficial 7 C, C, E, C, C 8 E, C, C, C, C 9 C, E, C, E, C 18 - Julgue os itens a seguir, com relação ao abuso do poder administrativo e à invalidação dos atos administrativos. (1) O ordenamento jurídico investe o cidadão de meios para desencadear o controle externo da omissão abusiva de um administrador público. Não há, porém, previsão legal específica que autorize um cidadão a suscitar o controle da omissão pela própria administração. (2) Em consonância com as construções doutrinárias acerca do uso e do abuso do poder administrativo, a lei considera que o gestor público age com excesso de poder quando pratica o ato administrativo visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. (3) Para as partes envolvidas, os efeitos da anulação de um ato administrativo retroagem à data da prática do ato ilegal. Apesar da anulação, porém, admite-se a produção de efeitos em relação a terceiros de boa-fé, podendo o ato anulado ensejar, por exemplo, uma eventual reparação de danos. (4) A ação popular e o mandado de segurança são instrumentos processuais adequados à eventual invalidação de atos administrativos discricionários. (5) A revogação do ato administrativo é ato privativo da administração pública, haja vista decorrer de motivos de conveniência ou oportunidade. Como corolário, é correto afirmar, então, que o Poder Judiciário jamais poderá revogar um ato administrativo Julgue os itens abaixo quanto aos atos administrativos. (1) Caso exista norma jurídica válida, prevendo que o atraso no recolhimento de contribuição previdenciária enseja multa de 5% calculada sobre o valor devido, a aplicação desse dispositivo legal será definida como atividade discricionária. (2) Segundo a lei e a doutrina majoritária, motivo, forma, finalidade, competência e objeto integram o ato administrativo. (3) No direito brasileiro, atos administrativos válidos podem ser revogados. 13

14 (4) Mesmo que ditada pelo interesse público, a revogação de um ato administrativo que afete a relação jurídica mantida entre o Estado e um particular pode gerar o dever de o primeiro indenizar o segundo. (5) Não cabe ao Judiciário indagar do objeto visado pelo agente público ao praticar determinado ato, se verificar que o administrador atuou nos limites de sua competência Ainda acerca dos atos administrativos, julgue os seguintes itens. (1) Em linha de princípio, o agente público carente de competência para a pratica de um certo ato pode substituir o agente competente para tanto, desde que ambos pertençam ao mesmo órgão ao qual está afeto o conteúdo do ato a ser praticado. (2) Em razão do princípio constitucional da legalidade, a administração pública pode, unilateralmente isto é, sem ouvir o particular -, editar o ato administrativo II para revogar o ato administrativo I, que reconheceu ao administrado o preenchimento das condições para exercer um direito subjetivo, caso constate a ilicitude do ato I. (3) Ao Judiciário somente é dado anular atos administrativos, não podendo revogá-los. (4) Um ato administrativo será válido se preencher todos os requisitos jurídicos para a sua prática, nada importando considerações morais a respeito do seu conteúdo. (5) Sendo o ato administrativo legal, porém inconveniente ou inoportuno, à administração pública é dado anulá-lo. Gabarito oficial: 18 E, E, C, C, E 19 E, C, C, C, E 20 E, E, C, E, E 14

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