LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO MÉDIO PROF. DENILSON SATURNINO 1 ANO PROF.ª JOYCE MARTINS
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1 LÍNGUA PORTUGUESA 1 ANO PROF.ª JOYCE MARTINS ENSINO MÉDIO PROF. DENILSON SATURNINO
2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade I Tecnologia Corpo, movimento e linguagem na era da informação. 2
3 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 7.1 Conteúdo Trovadorismo, um estilo literário. 3
4 CONTEÚDOS E HABILIDADES Habilidades Identificar informações explícitas em textos. Inferir informação implícita em textos de diferentes gêneros. Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando os aspectos do contexto histórico-social e político. Reconhecer os tipos de cantiga lírico-amorosa ou satírica. 4
5 REVISÃO 5
6 REVISÃO Ideologia e cultura Aspecto psicológico Tipologia textual 6
7 DESAFIO DO DIA Ouça a música Meu bem-querer e responda às questões propostas. 1. Como o eu lírico caracteriza a pessoa amada? 2. Por que o eu lírico está sofrendo? 7
8 DESAFIO DO DIA Meu bem querer Djavan 8
9
10 Trovadorismo O trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional. 10
11 Marco inicial O marco inicial do Trovadorismo é a Cantiga da Ribeirinha (conhecida também como Cantiga da Garvaia ), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de
12 Contexto de produção Sociedade feudal Nobreza, alto clero, comerciantes, artesãos, camponeses livres, baixo clero e servos. 12
13 Sociedade feudal Senhor Feudal Clero Nobres e Guerreiros Servos 13
14 Teocentrismo 14
15 Novelas de cavalaria 15
16 As novelas de cavalaria estão organizadas em três ciclos: Clássico. Carolíngio. Bretão ou Arturiano. 16
17 Galvão, que sentava, diante do rei disse: - Senhor, ainda há outra cousa que não imaginais. Sabeis que não há cavaleiro no paço que não houvesse de comer o que pensou cada um em seu coração. E isto nunca houve em nenhuma corte senão na casa do rei Peles. Mas tanto fomos enganados que o não vimos senão coberto. Quanto em mim é, prometo agora a Deus e a toda cavalaria que, de manhã, se me Deus quiser atender, entrarei na demanda do santo Graal, assim que a manterei um ano e um dia, e por ventura mais; e ainda mais digo: jamais voltarei à corte, por cousa que aconteça, até que melhor e mais a meu prazer veja o que ora vi; mas se não puder ser, voltarei então. [...] MEGALE, Heitor (Org.). A demanda do santo Graal. São Paulo: Companhia da Letras, 2008.o 17
18 As cantigas trovadorescas As cantigas trovadorescas são consideradas os primeiros registros literários da língua portuguesa. 18
19 As cantigas são classificadas em lírico-amorosas ou satíricas. Cantigas lírico-amorosas Cantiga de amor Cantiga de amigo Cantigas satíricas Cantiga de escárnio Cantiga de maldizer 19
20
21 Cantiga de Amigo - Lírica Galaico Portuguesa 21
22 Cantiga de amor Noutro dia, quando m eu espedi de mia senhor, e quando mi-ouv a ir e me non falou, nen me quis oïr, tan sen ventura foi que non morri! Que, se mil vezes podesse morrer, mĕor coita me fora de soffrer! 22
23 U lh eu dizi: con graça, mia senhor! catou-me um pouqu e teve-mi en desden; e porque me non disso mal nen ben, fiquei coitad(o), e con tan gran pavor que, se mil vezes podesse morrer, mĕor coita me fora de soffrer! ( ) COELHO, D. João Soares. In: SPINA, Segismundo. Lírica trovadoresca, op. cit. 23
24 Cantiga de amigo Ai eu coitada! Como vivo em gran desejo Ai eu coitada! Como vivo em gran cuidado Por meu amigo Que ei alongado! Por meu amigo Que tardas e eu não vejo! Muito me tarda O meu amigo na guarda! Muito me tarda O meu amigo na guarda! 24
25 Cantigas de amor Eu lírico masculino Tema: sofrimento do eu lírico diante de uma senhora. Amor cortês (espiritualizado, distante) Ambiente refinado da corte Origem: Provença Cantigas de amigo Eu lírico feminino Tema: tristeza do eu lírico devido à ausência do amigo (amado). Sentimentos mais realistas Ambiente popular (rural ou urbano) Origem: festas populares da Península Ibérica Referência a Deus Referência a Deus e à natureza 25
26 Cantiga de escárnio Rui Queimado morreu co amor em seus cantares, par Santa Maria, por uma dona que gran bem queria; e, por se meter por mais trobador, por que lh ela non quiso bem fazer, feze-s el em seus cantares morrer, mais resurgiu depois, ao tercer dia. 26
27 Cantiga de maldizer Ai dona fea! Foste-vos queixar porque vos nunca louv en meu trobar mais ora quero fazer un cantar en que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! 27
28 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Leia o texto e responda. Quando chegaram à abadia, levaram Lancelote a uma câmara e o desarmaram. E veio a ele a abadessa com quatro mulheres, e trouxe consigo Galaaz, tão formosa pessoa que maravilha era. E andava tão bem vestido que não podia melhor. E a abadessa chorava muito com prazer, assim que viu Lancelote, e disse-lhe: - Senhor, por Deus, fazei nosso novo cavaleiro, porque não queríamos que fosse cavaleiro por mão de outro. MEGALE, Heitor (Org.). A demanda do santo Graal. São Paulo: Companhia da Letras,
29 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Vocabulário Abadia: mosteiro Abadessa: superiora de uma ordem religiosa e que dirige uma abadia. 1. Nas novelas de cavalaria medievais, há uma forte marca religiosa cristã. Que elementos do texto confirmam essa ideia? 29
30 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Leia o texto e responda. Ai flores, ai flores do verde pinho, se sabedes novas do meu amigo? Ai Deus, e u é? Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado? Ai Deus, e u é? (...) D. DINIS. In: Ferreira, Joaquim. História da literatura portuguesa. Porto: Domingos Barreira,
31 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Vocabulário: é: está pinho: pinheiro (árvore) sabedes: sabeis. u: onde 31
32 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA 2. Através das características notadas no seu conteúdo e na forma é possível afirmar que o texto se trata de uma cantiga de a) amor. b) amigo. c) satírica. d) escárnio. e) maldizer. 32
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