Índice. 1. Conceitos Gerais As Principais Características da Cultura Pós-Moderna e/ou Cultura Líquida...3. Grupo 6.

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Tomás Ramires do Amaral
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1 GRUPO 6.2 MÓDULO 8

2 Índice 1. Conceitos Gerais As Principais Características da Cultura Pós-Moderna e/ou Cultura Líquida...3 2

3 1. CONCEITOS GERAIS Do ponto de vista histórico, mais três descobertas são consideradas fundamentais para a inauguração da pós-modernidade. São elas: 3 a descoberta do DNA, o código da vida que impulsionaria o salto para a biologia molecular, a engenharia genética, a técnica da clonagem, etc., em 1953; 3 o desenho do chip, em 1957, que permitiria o surgimento dos PCs (computadores pessoais) e das técnicas para armazenar cada vez mais informações em equipamentos cada vez menores; 3 o lançamento do satélite soviético Sputinik, também em 1957, que revolucionaria a astronáutica e as telecomunicações, possibilitando a comunicação via satélite e permitindo que acompanhássemos as imagens dos mais diversos pontos do planeta em tempo real. Quem empregou o termo pós-modernidade pela primeira vez foi o historiador Toynbee, em Entre os anos 1955 e 1960, todas as transformações que irromperam nas artes, na ciência e na sociedade deixando os sociólogos perplexos ganhou o nome de era pós-moderna. Nos anos 60, a invenção da pílula anticoncepcional, a emergência do rock e de uma cultura jovem difundida pelo marketing e pela publicidade no cinema e da televisão, proporcionou a liberação dos costumes e a valorização do consumo. O principal aspecto da sociedade pós-moderna é que todas as esferas da nossa vida são regidas pela tecnociência (ciência + tecnologia). O que seria de nós sem os computadores? Sem os meios de comunicação? A sociedade contemporânea está toda organizada a partir dessas ferramentas, sem elas o colapso seria inevitável. 2. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA CULTURA PÓS- MODERNA E/OU CULTURA LÍQUIDA As principais características da vida pós-moderna elencadas por Jair dos Santos, demandam a elaboração de um glossário, pois a maioria dos termos apresentados não são de uso comum: 3 hedonismo: os valores calcados no prazer de usar bens e serviços, numa relação descartável com as coisas e as pessoas. Já que o futuro é incerto, o importante é viver o aqui e o agora; 3 consumismo: a felicidade está ligada ao ter, ao acúmulo de bens, daí ser comum, atualmente, conhecermos casos de pessoas que são viciadas em compras; 3 niilismo: o nada, o vazio, a ausência de valores e de sentido para a vida, com a perda da crença nos grandes ideais do passado, como a religião, o respeito aos costumes e às tradições; 3 narcisismo: vaidade excessiva, o indivíduo narcisista é mimado e egocêntrico. Não é raro vermos casos de pessoas viciadas em 3

4 exercícios físicos ou em cirurgias plásticas. Segundo Jair dos Santos, o individualismo atual nasceu do modernismo, mas o seu exagero narcisista é um acréscimo modernista ; 3 a busca pela juventude eterna: nessa busca comete-se todo tipo de excessos, caindo-se até no ridículo. A busca pela juventude eterna é um assunto tratado de forma cômica pelo cronista Mário Prata, no texto Você é um envelhescente?, do qual vale a pena ler algumas passagens: Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira. Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 45 e os 65), existe a envelhescência. A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso: (...) Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos. Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lenta mente. Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tem pos... Os adolescentes não têm ideia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso. Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os envelhescentes... Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas. (...) Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. Ninguém me entende é uma frase típica de envelhescente. Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem. O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos. O envelhescente também. Sem falar nos brincos. Ambos adoram deitar e acordar tarde. O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescente (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de 4

5 um artista adolescente (Rita Lee). O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício. Ambos bebem escondido (...) 1. 3 simulacro: a reprodução técnica do real, preferimos a imagem ao objeto, a cópia ao original; 3 hiper-real: as técnicas de reprodução do real, como a fotografia e as imagens filmadas por câmeras de cinema, TV ou aparelhos celulares fabricam um real mais interessante que a própria realidade; 3 ecletismo: a mistura de várias tendências e estilos sob o mesmo nome; 3 despolitização do indivíduo: a sociedade se despolitiza ao se descontrair em jogos, em esportes, espetáculos, facilidades. A indústria da moda é um bom exemplo do estilo pós-moderno: eclético, muitas vezes extravagante, beirando a vulgaridade, simulacro de outras épocas históricas e de personagens da mídia, universo hedonista e narcisista que constrói indivíduos fantasiosos, que parecem viver num mundo hiper-real (além da realidade), sensuais e sempre jovens, na aparência e/ou na atitude. Mundo construído de puro sonho e desejo, estrategicamente apresentado pelo marketing e pelos meios de comunicação de massa com um único objetivo: gerar mais e mais consumo (de cosméticos, produtos de beleza, acessórios, clínicas de estética, lazer, etc.). 1 Prata, 1997, p

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