Perspectiva Econômica para Comerciante

Transcrição

1 Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina Perspectiva Econômica para 21 - Comerciante A ótica dos comerciantes no vislumbre econômico do ano de 21 Divisão de Planejamento Núcleo de Pesquisa FECOMÉRCIO SC

2 Pesquisa sobre as Perspectivas Econômicas dos Comerciantes para 21 A FECOMÉRCIO SC que trabalha em prol dos empresários do comércio, de bens, serviços e turismo realizou uma pesquisa para diagnosticar as Perspectivas Econômicas para o ano de 21 sob a ótica destes. O resultado da pesquisa indica um panorama do setor na Grande Florianópolis para o próximo ano identificando o planejamento financeiro e estrutural da classe. A pesquisa foi realizada com 363 empresas (com proprietários, gerentes ou responsáveis pelos estabelecimentos) nas cidades de Florianópolis (Centro, Trindade, Santa Mônica, Estreito) e São José (Kobrasol, Campinas). Foram entrevistadas empresas de 15 segmentos do comércio de: móveis, decorações e utilidades domésticas, cine foto som, óticas, relojoarias e joalherias, informática, instrumentos musicais, CDs e DVDs, vestuário, tecidos, cama, mesa e banho, calçados, livrarias e papelarias, supermercados, mercearias, produtos alimentícios, farmácias e perfumarias, combustíveis e lubrificantes, revendedoras de veículos, autopeças e acessórios e materiais de construção. A pesquisa de campo aconteceu entre os dias 27 de Novembro e 2 de dezembro. A margem de erro para os dados é de 5%. Abaixo seguem as informações coletadas: Local Centro Trindade/Santa Mônica Estreito Kobrasol 73 2% 5 14% % %

3 7 6 5 Ramo de Atividade % Frequência 13, ,1 33 6, , ,7 28 6,1 6, ,9 14 8,8 32 4,4 16 5,8 21 7,7 28 6, ,6 Quantidade de colaboradores contratados % Freq , ,6% 6-1,7% 4-1,1% 2-,6% 6-1,7% Menos de 1 De 1 a 2 De 2 a 3 De 3 a 4 De 4 a 5 De 5 a 6 Mais de 6

4 Contratação de Temporários Sim Não NS/NR 11 3% % 78 22% Contratação de funcionários % Freq. 7 6 Base: 274 entrevistas 5 37,2 35, Menos de 2, De 2, a 4, 14,1 11 De 4, a 6, 2,6 2,6 3,8 3, De 6, a 8, De 8, a 1, De 1, a 12, 12, e mais Com base na contratação de temporários, fizemos um estudo mais aprofundado para verificar quais setores de destacam nesse item. Com 2.6% das contratações possíveis para este fim de ano, temos o setor de vestuário, seguido do setor de calcados (16%) e em terceiro lugar trazemos o setor de moveis, decoração e utilidades domésticas que, devido

5 a umas das medidas que o governo tomou para amenizar a crise, recebeu o incentivo da redução do IPI para a linha branca. Serão feitas demissões Sim Não NS/NR 32 9% 29 8% 41 11% Estimativa de demissões Menos de 2 De 2a 4 De 4 a 6 Mais de % 9 26% 1 3% 2 6% Base: 34 entrevistas

6 Desempenho da empresa 29x28 Melhor Igual Pior NS/NR 74 2% 45 13% % 13 28% Análise Desempenho x Ramo de atividade Base: 141 entrevistas

7 Perspectiva econômica para 21 visões do Empresário Perspectiva de vendas para 21 Melhor Igual Pior NS/NR 37 85% 9 2% 14 4% 33 9% Análise Perspectiva para 21 x Ramo de atividade Base: 37 entrevistas

8 Pretende investir em 21 % Freq ,5 46,3 42,7 52, , 1, Data comemorativa com maior destaque nas vendas 6, 5, % 54,8 4, 3, 33,9 2, 1,,,6 6,3 1,7 1,1,3 1,4

9 4, 35, 3, 25, 2, 15, 1, 5,, Data comemorativa com 2º maior destaque nas vendas % 33,6 23,1 17,1 6,3 6,9 4,4 3,9 4,7 Datas comemorativas com 3º maior destaque nas vendas 35, 3, 25, % 33,3 28,7 2, 15, 1, 5,, 3, 8, 11, 9,9 2,8 3,3

10 Ações sugeridas ao poder público % Freq , ,9 145 Melhoria na infra estrutura urbana 234 Redução da carga tributária 41,6 151 Melhor qualidade nas vias de acesso 3, 19 Facilitar empréstimos e financiamentos 6,1 22 Outro Influencia da crise para 21 Positiva Negativa Não influenciará NS/NR 27 57% 6 2% 2 % %

11 A temporada influencia Melhor Igual Pior NS/NR 83 23% 21 6% 93 25% % Conclusão Os pesquisadores aplicaram os questionários em três locais estratégicos, Centro (Praça XV e Felipe Schmidt), Kobrasol/Estreito, e Trindade/Santa Mônica. Locais de grande fluxo populacional e conseqüentemente de comércio intenso. Em cada local foram objetivadas aproximadamente 12 entrevista. Foram realizadas pesquisas com 14 setores do comercio varejista da grande Florianópolis. Ao analisarmos a quantidade de trabalhadores contratados de carteira assinada, observamos que a maioria das empresas (76,6%) possui menos de 1 funcionários contratados. Considerando uma análise mais particularizada, podemos destacar que 43,6% dos trabalhadores com carteira assinada encontram-se alocados no setor de supermercados, conquistando esse, o primeiro lugar em empregabilidade. Seguido do setor de materiais de construção com 21,4% que foi beneficiado este ano com a redução do IPI e em terceira posição o setor de combustíveis e lubrificantes com 16,7% dos trabalhadores. Avaliando a contratação de temporários para este ano, notamos um comportamento cauteloso por parte dos empresários, pois somente 22% afirmaram que iriam contratar mais colaboradores para este período de festas e férias. Desses, 37,2% asseguraram contratar menos de dois funcionários e 35,9% garantiram contratar de 2 a 4. Com auxilio de um estudo minucioso, constatamos que esses temporários iram reforçar o quadro de colaborados de setores que geralmente sofrem um aumento no movimento devido às festas de fim de ano e a temporada de verão que são os setores de vestuário (2,6%), seguido de calcados (16%).

12 Após o período de necessidade dos empregadores de ampliarem seu quadro de funcionários para conseguirem atender o movimento esperado, chega o momento de demitir a Mão de obra extra. 11% dos entrevistados asseguram que iram demitir algum funcionário desses, 65% afirmam que iram demitir menos de dois colaboradores. É interessante comentar que a maioria dos empresários garante que no caso das demissões, eles dão prioridade aos colaboradores que tiverem um desempenho inferior aos outros, mesmo que constituam o quadro de funcionários a mais tempo. Questionamos o desempenho da empresa em relação ao ano de 28, relembrando que este ano foi marcado pela crise econômica mundial; 39% dos empresários afirmaram que a empresa melhorou e 28% afirmaram que continua igual isto nos mostra que a crise já não exerce tanta influencia no mercado. Dos setores analisados que obtiveram um desempenho melhor nesse ano de 29, podemos destacar dois setores, o de vestuário e o de farmácias e perfumarias com 19% dos respondentes cada um. Para reafirmar a abordagem realizada na pergunta acima, foi questionada a perspectiva de vendas para o ano de 21, 85% dos empresários entrevistados esperam uma melhora em relação ao ano anterior desses, novamente o setor de vestuário (38%) e o de farmácias e perfumarias (29%) destacam-se. Sabe-se que para alcançar um bom desempenho nas vendas, é necessário um investimento por parte de a empresa gerar esse retorno, por este motivo foi questionado em que os comerciantes pretendem investir no ano de 21 almejando um aumento das vendas, 54,5% pretende investir em marketing (propaganda), 52,6% em melhorias na estrutura da empresa e 46,3% em estoques. Decidimos verificar quais datas comemorativas exercem maior influencia no comércio, fizemos uma análise junto aos empresários, o natal ocupou o primeiro lugar com 54,8%, em segundo lugar veio o dia das Mães com 23,1% e em terceira posição ficou o dia dos Namorados com 11%. Vale lembrar que são feitas pesquisas sazonais sobre cada data comemorativa para nortearmos os empresários sobre as intenções dos clientes. Para obtenção de um melhor desempenho da empresa em relação a interferências externas, avaliamos junto aos empresários algumas medidas que o poder público poderia colocar em prática para melhorar o desenvolvimento do comércio, 64,5% afirmaram que a diminuição das cargas tributárias seria uma ótima forma de investimento do governo, pois com essa redução, o valor final das mercadorias sofreriam uma redução e com isso os estabelecimentos teriam um maior movimento de clientes. Em segundo lugar destacam-se a melhorias nas vias de acesso (41,6%), alguns consumidores deixam de freqüentar a empresa pela sua localização, pois o acesso pode ser difícil e precário, com isso, o comerciante acaba tendo redução na sua receita, perigando ter que fechar as portas. Cada vez mais se tem a certeza da recuperação da economia catarinense no pós crise. Diversos fatores contribuíram para acelerar a reestruturação do mercado, o governo teve um grande peso frente a esse incentivo, principalmente pelo estímulo a redução do IPI dos carros, depois de alguns materiais de construção e por último com a redução na linha branca, com tudo isso, a expectativa de aumento nas vendas e recuperação do faturamento a níveis alcançados antes da crise está bem animadora. Por este motivo, questionamos se crise influenciará no ano de 21, 57% dos respondentes afirma que não ira influenciar em nada, e 41% afirma que ela ira continuar a influenciar

13 negativamente, principalmente pelo fato de o consumidor continuar endividado e gastar apenas o necessário e a questão da redução do IPI, que favoreceu apenas alguns setores. Com relação à atuação da Fecomércio, solicitamos sugestões de ações em apoio ao comércio, dentre as solicitadas, destacamos a divulgação e marketing do comércio, divulgação de cursos e palestras para o aperfeiçoamento do comerciário, interceder junto ao governo por redução de impostos e melhoria da infra-estrutura (segurança, estacionamento, melhorar as vias de acesso, transporte). O turismo para Santa Catarina é de grande importância, ele chega a abrir cerca de 12% das vagas temporárias de fim de ano, além de agregar significativamente o PIB da Capital, com isso, questionamos aos empresários sobre a influencia da temporada para as vendas, 46% afirma haver uma melhora em relação aos outros períodos do ano, seguido de 25% que haver não ocorrer nenhuma mudança, os que afirmam haver uma piora concentram-se em 23%. Verificamos os setores mais expressivos que aprimoram suas vendas com a temporada, constatamos que os setores de autopeças e acessórios e o de materiais de construção juntos, somam 52,3% do total, isto se deve ao fato da vinda de turistas, o que acarreta uma maior frota automobilística, além da disponibilidade de imóveis para alocar esses visitantes, o que garante ao setor de materiais de construção um aumento nas vendas, tanto para reforma, quanto para construção. No caso da redução nas vendas, podemos destacar os setores localizados nos bairros distantes das praias, como Kobrasol e estreito, nesses, o setor de vestuários, móveis, decoração e utilidades domésticas e farmácia e perfumaria lideram com 21% do total.