CP v. MUDANÇA DE PERFIL NAS GREVES QUEM SEMEIA MISÉRIA COLHE VIOLÊNCIA. PCdoB - 89 CONGRESSO AONDE VAI CUBA? 18 MAR Setor de Documentação

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1 CP v 18 MAR 1992 Setor de Documentação MUDANÇA DE PERFIL NAS GREVES QUEM SEMEIA MISÉRIA COLHE VIOLÊNCIA. PCdoB - 89 CONGRESSO AONDE VAI CUBA?

2 Conjuntura -N'48- Novembro/91 MODERNIZAÇÃO ECONÔMICA E SINDICALISMO 1. Projeto neo-liberal e modernidade A idéia de um projeto neo-liberal, de modernidade, tentado por Collor, de levar o Brasil do Terceiro Mundo para o agrupamento primeiro-mundista, não deu certo. Jamais um projeto neo-liberal, como o proposto por Collor, poderia acertar o alvo. Collor, um homem de marketing fácil achou que tudo podia ser resolvido com alguns slogans ou com um tiro só. Fundamentalmente seu projeto não deu certo pelos seguintes grandes motivos: 1) buscou no livre jogo do mercado a salvação da economia e abandonou o aspecto social, ou seja, o desenvolvimento econômico. Inserir o Brasil no 1- Mundo significa, de um lado, compatibilizar o desempenho de nossa economia com os padrões das nações de l s classe e, de outro, melhorar as condições sociais do país; (1) 2) buscou copiar modelos da Argentina e agora do México. O que o governo está seguindo são os parâmetros da economia ditada pelo governo Bush ("O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil"). A reorganização econômica, neste caso, deverá ser pautada pela integração ao bloco comercial, capitaneado pelos Estados Unidos e Canadá; (2) 3) não resolveu nenhum problema macroeconômico que são gargalos na economia brasileira, como por exemplo, dívida externa, dívida interna, inflação, ciranda financeira, política industrial, política agrícola, enxugamento da máquina estatal, etc. Continuamos com os problemas estruturais de sempre; 4) abandonou todas as promessas de campanha: "descamisados", política do salário mínino, emprego, mora^ dia, fim do dragão da inflação e principalmente fim dos marajás e corruptos. Os fatos mostram o contrário, pois, o salário mínimo é o mais baixo da história; temos a maior recessão e um desemprego jamais visto; os descamisados já superam a casa dos 50 milhões de brasileiros; implantou-se a política da corrupção com dezenas de casos - em alguns estão envolvidas pessoas com parentesco com o presidente da república, etc.; 5) as leis do sistema capitalista burguês não foram respeitadas - nem mesmo a Constituição foi poupada; 6) perdeu o apoio e a credibilidade da sociedade e da população eleitoral que o elegeu. Sua modernidade econômica está indo para o caos. Pelo lado oposicionista, fala-se de modernidade e globalização da economia. Em entrevista ao Jornal da CUT, chamada de "Entrevista Exclusiva", o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) disse o seguinte: "É difícil dissociar a nossa situação do resto do mundo. A internacionalização da economia está cada vez mais caracterizada pelos blocos econômicos o americano, europeu e o japonês. Isso tem influência nos países da América Latina e, obviamente, no Brasil. Sendo uma das causas do alto grau de empobrecimento do Terceiro Mundo". "A formação destes blocos econômicos, juntamente com as transformações no Leste Europeu, fez com que os países pobres, ficassem marginalizados dos investimentos internacionais". (3) Na verdade, o mundo, até recentemente, podia ser caracterizado pelos seguintes pontos: fronteiras protecionistas no comércio. Isso prejudicou profundamente alguns setores da economia brasileira. A indústria de calçados (principalmente Vale dos Sinos-RS e Franca-SP) sofreu com as medidas protecionistas dos Estados Unidos. Outros setores, como as exportações de "commodities", sempre estiveram dependentes das flutuações da política protecionista; retaliações políticas, sociais e econômicas. Cuba sofreu todos os tipos de retaliações da política do "big stick". Outros países já passaram também por esses momentos. Quem sempre decidiu por essas retaliações foi uma minoria; contradições entre os locais de trabalho e moradia; separação entre administradores e trabalhadores; separação entre colarinho branco e macacão azul; separação entre executivos das empresas e os acionistas, fornecedores e clientes. No mundo, os trabalhadores buscavam locais de moradia mais próximos das fábricas. Os tra^ balhadores da Nitroquünica viviam nas vilas próximas da Nitro; os trabalhadores da italiana Pirelli de Santo André se agrupavam nos bairros próximos à fábrica. Algumas empresas chegaram a construir vilas para seus trabalhadores. Um caso típico é o da Eletrocloro (hoje Solvay), em Ribeirão Pires. Antigamente não havia comunicação entre os diferentes níveis hierárquicos de uma empresa. Por exemplo, o pessoal da administração não falava com os macacões azuis e assim por diante. Toda empresa era compartimentada. Hoje, o mundo apresenta outras características. As transformações são profundas e está em curso uma terceira revolução industrial (veja box) que ocoire simultaneamente com: a globalização do mercado. As empresas trabalham com um mix de produtos e atingem mercados do mundo todo. Os mercados cambiais, financeiros e de aplicações já estão conectados entre os continentes; comunicação instantânea. "Todo mundo saberá tanto sobre os outros quanto os habitantes das aldeias costumavam saber de seus vizinhos imediatos. De fato, todos ter-se-ão tornado os vizinhos imediatos e todos os outros. O mundo inteiro do dizer de Marshall McLuhan, ter-se-á tomado uma única aldeia global" (4). As "tecnologias" de comunicação estão cada vez mais avançadas. viagens à velocidade do som. As distâncias entre os continentes ficaram curtas. Um francês pode tomar café da manhã no Quartier Latin, em Paris, e almoçar, no mesmo dia, em Nova York; ASSINATURAS: lndividual Cr$ ,00 (6 meses) ecr$ ,00 (12 meses) Entidades sindicais e outros Cr$ ,00 (6 meses) ecr$ ,00 (12 meses) Exterior (via aérea) US$ 50,00 (6 meses) e US$ 100,00 (12 meses) O pagamento deverá ser feito em nome do CPV - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro em cheque nominal cruzado, ou vale postal DESDE QUE SEJA ENDEREÇADO PARA A AGÊNCIA DO CORREIO BELA VISTA - CEP Código da Agência QUINZENA - Publicação do CPV - Caixa Postal CEP São Paulo - SP Fone<011)28&«288 A QUINZENA divulga o debate do moviraento, contudo coloca algumas condições para tanto. Publicamos teses, argumentações e réplicas que estejam no mesmo nível de linguagem e companheirismo, evitando-se os ataques pessoais. Nos reservamos o direito de divulgarmos apenas as partes significativas dos textos, seja por imposição de espaço, seja por solução de redação.

3 Quinzena realinhamentos políticos. A política da "guerra fria" deu lugar às negociações e aos acordos. Os inimigos de ontem tomam-se parceiros nos dias de hoje; mudanças demográficas. As mudanças estão acontecendo em todo o mundo e atingem não somente as taxas de natalidade como também as estruturas geográficas de regiões inteiras. A nível político, tanto pela direita como pela esquerda, há uma preocupação com as mudanças que ocorrem no mundo. Quais seriam os reflexos dentro do movimento sindical, de todas essas mudanças rápidas, profundas e imprevisíveis que estão ocorrendo? Infelizmente, o movimento sindical continua montado no tradicional estilo clássico e corporativista e não vai sair desse atoleiro tão facilmente. Em termos práticos e na ótica da grande massa de trabalhadores não há diferença entre a pratica de uma Central Única, de uma CGT ou de uma Força Sindical. Essa última, entrou falando de modernidade. Porém, é a mais institucionalizada e arcaica de todas. É uma réplica do sindicalismo mexicano que dá apoio irrestrito ao partido oficial (PRI). Aqui o apoio é dado ao atual presidente. Mas até quando o movimento sindical vai resistir às mudanças do mundo? 2. Objetivo: refletir sobre as mudanças Nos últimos 40 anos, apesar das tensões e de crises, tivemos anos de continuidade política. Desde 1945 até agora, excluindo algumas aberrações como a gueixa do Vietnã, a vida política tem sido dominada por preocupações econômicas domésticas, tais como desemprego, inflação, nacionalização/privatização etc. Essas questões não vão desaparecer mas, cada vez mais, as questões políticas internacionais e transnacionais tenderão a ter importância maior. O objetivo deste texto é observar as mudanças que estão ocorrendo, a nível mundial, pela ótica de um consultor empresarial e tentar refletir sobre a necessidade de modernização da estrutura e movimento sindicais. Isso para não perder o trem da história... já que estamos no último vagão. 3. As mudanças no cenário econômico mundial e o movimento sindical Até o ano 2000 vamos passar por profundas mudanças, não só nas áreas do ambiente social e econômico, bem como nas áreas estratégicas, estruturais e administrativas dos negócios. Em resumo, serão quatro macro-mudanças, ou descontinuidades aponta- iiiiii das por Peter Drucker, um dos países da administração moderna, em seu livro "The Age of Discontinuity - Guidelines to our Ghanging Society" (5) e também em seu artigo no jornal Gazeta Mercantil, com o título de "Nova Década Muda as Relações Econômicas" (6) COMO miimilficar A 3* REVOLUÇÃO INDUSnUAL Segundo estudos da Unicamp (7), os sete pontos principais que permitem identificar a nova revolução industrial seriam: 1. O peso do complexo eletrônico, como motor da indústria, puxado pela microeletrônica, em substituição à indústria automobilística que comandou o processo de crescimento anterior. A microeletrônica, a informática e a automação passam a liderar o avanço da indústria; 2. Surgimento de processos automatizados e flexíveis no cariando do operador em substituição às linhas de montagem; 3. Mudanças nos processos de trabalho. A fábrica toma-se um organismo complexo, inteligente, capaz de aprender e ajustar-se, em decorrência das inovações tecnológicas. A mão de obra começa a ter maior poder de decisão e toma-se participativa no processo - reduz a pirâmide hierárquica. 4. Mudanças nas estruturas e estratégias empresariais. O modelo passa a ser o do "keiretsu japonês", ou seja, conglomerados e holdings que atuam em diversos setores. 5. Mudanças nos critérios para definir quem é e quem não é competitivo. Aquele que dispõe apenas de mão de obra barata e recursos naturais abundantes deixa de ser competitivo. Competitivo é aquele que mostra capacidade de inovação em todos os níveis: organização do trabalho, gestão de estoques e suprimentos, capacidade de engenharia aplicada, qualificação e empenho da mão de abra, adoção de técnicas e métodos de controle de qualidade, etc. 6. Globalização econômica e com intensa conexão dos mercados cambiais, financeiros e de aplicação. 7. Alianças tecnológicas entre as empresas de um mesmo setor. fm^mmpmmm^ a) Reciprocidade e integração econômica internacional Já se tomou irreversível a tendência para a reciprocidade como um princípio central da integração econômica internacional. As relações econômicas estão acontecendo cada vez mais entre blocos comerciais do que entre pauses. Com isso, as relações estão sendo conduzidas cada vez mais mediante acordos bilaterais e trilaterais, tanto em relação aos investimentos quanto ao comércio. As relações econômicas serão conduzidas, ainda neste século, por blocos comerciais e não por países. A política interna destes blocos comerciais pode ser sintetizada nos seguintes pontos: serão canalizados recursos dos países mais ricos dos blocos econômicos para os países mais pobres. O dinheiro irá fundamentalmente para projetos educacionais e ambientais. Por exemplo, na Comunidde Econômica Européia (CEE), os países pobres (Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda) serão privilegiados com estes fundos; o capital terá sua circulação livre para bancos companhias de seguros, telecomunicações, informação e transporte; os produtos circularão entre os pauses do bloco econômico sem passar por pagamento de tarifas alfandegárias, taxação discriminatória doméstica ou sistema de cotas. A única limitação à circulação dos produtos só será limitada por motivo de segurança e saúde; os membros dos blocos econômicos vão poder manter suas próprias políticas em relação aos produtos agrícolas; os indivíduos dos países do bloco econômico poderão morar, trabalhar e oferecer seus serviços em todas as nações do bloco. A legislação do seguro social é unificada; são definidas regras e legislação específica sobre competitividade. Neste item incluem legislação sobre trustes, fusões e apoio estatal; são unificadas leis políticas de proteção ao consumidor, educação, meio ambiente, pesquisa e desenvolvimento (P & D). Os blocos econômicos existentes ou a serem constituídos no mundo, são os seguintes: Comunidade liconômica Européia (CEE), constituída pelo Tratado de Roma de A CEE que se compõe de 12 países assinou, no dia 22 de outubro, um acordo com a Associação Européia de Livre Comércio, composta de sete países, unificando seus espaços econômicos, criando o maior mercado do mundo com 400 milhões

4 Quinzena de consumidores. O acordo, que começa a vigorar a partir de l e de janeiro de 1993, estabelece formalmente a Área Econômica Européia (AEE). A CEE praticamente já aboliu as fronteiras e a partir do ano que vem criará um único padrão monetário será a European Currency Unit (ECUS). * Bloco Econômico da Europa Oriental * Bloco Asiático. No dia 8 de outubro passado, os ministros da Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAM) deram oi 9 passo para criar a Área Asiática de Livre ComÉrcio. O acordo foi assinado entre Brunei, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia. População do bloco: 320 milhões de pessoas. Ficaram de fora os "Tigres" (Coréia do Sul, Taiwan e Hong Kong) e Japão. Esses países se integrarão ao Bloco Asiático ou então se criará um novo bloco sob a liderança do Japão. * Bloco Norte-Americano (Estados Unidos e Canadá) * Bloco do Cone Sul (Mercosul), inicialmente com Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. * Bloco Africano O movimento sindical não só o brasileiro, mas mundial, vai ter que se adaptar a essa nova ordem. Como enfrentar os novos desafios, tais como, mobilidade da mão de obra, diferenciação entre pafses, não sd salariais como sociais, relação entre sindicatos, crescimento ou declínio do emprego em determinados setores, fuga de parcela da mão de obra para outros pafses, etc? b) Alianças entre empresas na nova ordem econômica mundial As empresas que quiserem sobreviver terão que se integrar à economia mediante aliança. Essas alianças já estão sendo uma prática de muitas empresas multinacionais. Reflexos dessas alianças são: participações minoritárias em empresas de outros países ou internamente; empreendimentos conjuntos principalmente na área de pesquisa (biotecnologia, biogenética, etc), consórcios na área de marketing (venda do próprio produto e de produtos de terceiros), sociedade em filiais ou em projetos especiais, licenciamentos cruzados, etc. As preocupações das empresas modernas não são somente com outras empresas mas também com uma série de não-empresas, tais como universidades, institutos de sadde, governos locais, etc. Segundo P. Drucker, as formas tradicionais da integração econômica, ou seja, o comércio externo e a empresa multinacional, vão continuar crescendo. Mas somente poucas empresas vão poder se dar ao luxo de i ;;í p;íí percorrer o caminho multinacional. (8) Na nova política de alianças, a força do impulso que existe por trás são, a tecnologia, e os mercados. Quanto à tecnologia, primeiro, as indústrias de crescimento destes cinqüenta anos passados originaram-se das descobertas científicas de meados e fins do século XIX. As indústrias de crescimento deste final de século XX se originam das descobertas do conhecimento dos primeiros cinqüenta ou sessenta anos deste século: a ffsica quântica, a compreensão da estrutura atômica e molecular, a bioqufinia, a psicologia, e a lógica simbólica. (9) Segundo, no passado havia pouca superposição. Por exemplo, o pessoal da eletrônica não precisava ter grandes conhecimentos a respeito da engenharia elétrica ou da engenharia de materiais. No setor de papel bastava entender da mecânica e da química do papel e assim por diante. Hoje, a situação é outra. Por exemplo, as empresas farmacêuticas precisam aliar-se a especialistas em genética; fabricantes de hardware às butiques de software, etc. As alianças, embora difíceis, são imprecindíveis. Para que as alianças ocorram sem traumas elas têm que ser claras e objetivas com estratégias, políticas, relacionamentos, pessoas e acordo prévio quanto a como e quando a aliança deverá ser encerrada. Nessa nova ordem mundial onde as empresas partem para alianças, o movimento sindical precisa se modernizar para enfrentar mais um desafio partir também para alianças com os movimentos sindicais de outros países ou blocos econômicos. O mais correto seria trabalhar a questão da aliança pelo fluxo de produção. Deveria também dedicar mais atenção a "intelligentsia" da empresa buscando conhecer melhor a área administrativa e os blocos de poder e decisão. c) Radicais processos de reestruturação e racionalização As empresas vão passar por profundos processos de reestruturação e racionalização até o final da década de 90. Serão as transformações mais radicais desde que a organização empresarial moderna começou a se desenvolver na década de 20. No Brasil, algumas já estão iniciando este processo reduzindo seus níveis administrativos e eliminado o modelo tradicional de comando e controle. Um caso típicio dessa reestruturação é o grupo Rhodia, sob a direção de E.V. Musa. A tendência marcante para os próximos anos, a nível empresarial são: Transferência do trabalho para onde estão as pessoas e não as pessoas para onde está o trabalho. Por exemplo, os grandes centros de manufaturas do começo do século são hoje apenas centros de escritórios. É o caso de Londres, Paris, Frankfurt, Nova York e Tóquio. Transferência para contratados externos as atividades que não oferecem oportunidades para o avanço em direção a posições administrativas e profissionais de bom destaque. Com isso vão aumentar a mão de obra de terceiros. Quase todas as filiais das multinacionais no Brasil estão neste caminho. Redução de tamanho das empresas. O tamanho da empresa vai estar relacionado com sua tecnologia, sua estratégia e seu mercado. Mudanças no caráter de propriedade das empresas com a transferência de ações comercializadas publicamente para os representantes da classe dos empregads, ou seja, fundos de pensão e "unit trusts". A Du Pont é a primeira multinacional a "distribuir" suas ações em todo mundo a seus empregados através da "Du Pont Shares". Com a participação dos trabalhadores da empresa e da sociedade nas ações e com as novas e modernas formas administrativas haverá um forte impacto principalmente sobre como as empresas serão administradas. Trabalho em equipe dentro de um sistema coeso. Envolver as lideranças da fábrica e criar uma constante massa crítica. Algumas empresas que estão nessa política: LM Ericsson, Yashica, metal Leve e SKF. Redução do nível hierárquico com relacionamento fraterno entre o topo e a base da pirâmide empresarial. Empresas que seguem esta orientação: Sicom, Rhodia, Papel Simão, LM Ericsson e Basf. Implantação de novas técnicas produtivas para melhorar a qualidade, a produtividade e a participação da mão de obra, como, Kanban, Just-in- Time (JIT), CCQ, TQC, TM, TPM, TQM, CEP, Kaizen, ginástica rítmica, palestras, etc. Empresas que adotam alguns destes mecanismos: Volkswagen, Ford, Philips, Xerox, GM, Renault, Yashica, LM Ericsson, Metal Leve, SKF, etc. Instituir mecanismos de democracia interna onde os trabalhadores possam eleger seus companheiros para os níveis de decisão. Aumentar a consciência crítica dos trabalhadores. Algumas adotam o sistema de autogestão e horário flexível. Exemplos: Elida Gibba, Agrostahl, Promon, Ciba Geigby, etc. Profundas mudanças estão acontecendo dentro das empresas e o "estilo sindical do enfrentamento" tende a pierder terreno. Na empresa moderna o trabalhador participa, integra-se aos

5 Quinzena trabalhos em equipe. Ajuda a decidir e consequentemente o "sindicalismo do bateu-levou" vai se isolar. Tal sindicalismo vai ter que buscar atuação nas chamadas "bocas de porco" e sua sobrevivência mórbida não será por muito tempo. Este tipo de sindicalismo já havia nas "empresas de suadoro" (sweating business) na Inglaterra de (10) d) Mudanças na política internacional e nas atitudes políticas. Até recentemente o mundo era dividido em dois grandes blocos, havia a chamada guerra fria, etc. Hoje, o que está imperando é a restauração rápida de uma economia de amplitude mundial baseada nos mercados. E novos desafios estão se impondo, como o meio ambiente, a integração do 3- mundo na economia mundial, o controle ou a eliminação de armas nucleares, químicas e biológicas, e o controle da poluição mundial provocada. Para isso se requer ações coordenadas, comuns e transnacionais. E qual tem sido a preocupação do movimento sindical com as mudanças das atividades políticas? Qual o projeto sindical para a ecologia, como por exemplo, transporte de cargas perigosas, principalmente de produtos químicos que os trabalhadores produzem; produção de agrotóxicos e pesticidas que prejudicam a saúde da população? E quanto à indústria bélica? Somos a favor da manutenção das fábricas de canhões e metralhadoras para que os trabalhadores não percam o emprego? E quanto à energia nuclear? E af por diante... FONTES: 1. Rev. Exame, "Como alcançar o l 9 mundo", maio/91 2. Políticas Governamentais, vol VII, n 5 70,pág.5 3. Jornal da CUT, distribuído no 42 Concut, set/91 4. Drucker, P.F., "The Age.", 1969, prefácio 5. Idcm 6. Gazeta Mercantil, Rev. Exame, "Como alcançar o \- mundo", maio/91 8. Gazeta Mercantil, já citado 9. Drucker, P.F., "The Age-.", 1969, prefácio 10. Hobson, J.Atldnsou, "A evolução do emp. moderno e um estudo da produção mecanizada". Abril Cultural, 1983, pág Cenárío Sindical -WM-RJ- Fev.Março/92 Com a pulga atrás da orelha A cautela política marcará a atuação dos sindicatos e servidores públicos em 92. A elite operária, concentrada nos setores modernos da economia, enfrentará o desemprego tecnológico. E os demais trabalhadores amargarão o fantasma da recessão. Eis o que os especialistas esperam para 92. O movimento sindical enfrentará em 1992 um dos períodos mais difíceis de sua história. Sensível diminuição do ímpeto grevista, recuo tático, com profundas modificações nas formas de luta principalmente entre os funcionários públicos e ainda perda de importantes lideranças nas fábricas em conseqüência da ampliação do nível de desemprego, foram as variáveis mais prováveis apontadas pelo documento "Cenários Sócio-Econômicos", para este ano. Não haverá, portanto, muitos motivos para comemorações no meio sindical. O trabalho organizado pela INsight Assessoria de Imprensa, Engenharia de Comunicação e Marketing Ltda, ouviu dez especialistas entre economistas, empresários e sociólogos para saber os principais rumos sociais, políticos e econômicos do pois neste ano de profunda recessão econômica. Participaram os economistas Antônio Barros de Castro, César Maia, Edmar Bacha, Maria da Conceição Tavares e Mário Henrique Simonsen. Os empresários Félix de Bulhões. Pedro Leitão da Cunha e Sérgio Quintella. E ainda o sociólogo Herbert de Souza, o "Betinho" e o padre Fernando Bastos de Ávila. Na avaliação do economista e professor Antônio Barros de Castro, este será um ano de grandes conflitos no que se refere ao que ele denomina de "nossa elite operária". "Os trabalha- dores mais qualificados e organizados vão passar por um período duro que pode se extender a sete anos de dificuldades. As empresas vão partir para a reestruturação que irá desde a tecnologia até a organização do trabalho, provocando, nesse processo, uma grande demissão de trabalhadores". Castro assinala também que é ilusão supor que o crescimento da economia como um todo ou das exportações em particular possa, a curto prazo, contrabalançar esse desemprego. "Vamos ter um desemprego estrutural, pela primeira vez à Ia Primeiro Mundo, o que significa dizer que muita gente qualificada vai ficar sem ocupação. A força de trabalho qualificada e organizada vai passar anos difíceis e tanto mais duros quanto maior for a abertura da economia, quanto mais precipitada e descriteriosa for essa abertura", prevê. O economista lembra também que apesar de todas as evidências os trabalhadores estão surpreendentemente à margem dessas preocupações sem perceber, inclusive, que a abertura econômica tem muito a ver com eles. "As vezes - explica - vejo posturas levianas por parte até de líderes sindicais o que é muito problemático até para a aristocracia operária. Na Inglaterra sabe-se que um homem depois de dois a três anos desempregado dificilmente tem condições psíquicas ou intelectuais para voltar". DIMINUIÇÃO DAS GREVES Um pouco mais brando em seus prognósticos, o economista e deputado federal César Maia, prevê uma diminuição nos níveis de conflito entre capital e trabalho. Mas isso não significará bons momentos para os trabar lhadores. A grande questão que o trabalhador vai colocar, na opinião do deputado, é a defesa do emprego deixando de lado questões específicas da classe como por exemplo reivindicações salariais. "Nós já vimos o fiasco da tentativa de mobilização dos servidores em Brasília e vimos também as dificuldades enfrentadas pelos bancários para fazer uma greve". O raciocínio do deputado é muito semelhante do desenhado pelo empresário Félix Bulhões, presidente da S.A. White Martins. Escaldado pela experiência de proceder um forte ajustamento administrativo em sua empresa e que resultou numa substancial diminuição do seu quadro de pessoal. Bulhões não vê grandes possibildades de movimentos grevistas, a curto prazo. O empregado vai fazer greve como? Aquele que está desempregado já está desempregado. E o que não está desempregado se bobear pode ser. "Então, na minha opinião o melhor negócio para os trabalhadores é garantir o emprego. As greves só apare-

6 .:.:. : :-:. Quinzena cerão em grande intensidade quando a economia voltar a crescer. Mas acredito que vai demorar muito para que as mudanças que estão sendo postas em prática na economia comecem a dar resultado", profetiza. Já o sociólogo Herbert de Souza, o "Betinho, embora também considera pouco provável o ressurgimento de grandes ondas grevistas chama a atenção para o que poderá ser a novidade sindical de 1992: a mudança de táticas de luta, principalmente entre os funcionários públicos. Ele explica: "não vejo para 1992 grandes movimentos grevistas ou radicalizações no processo sindical. Acho até mesmo que o setor público vai se dar conta de que terá que encontrar uma fórmula de fazer suas lutas, garantindo o apoio da população e sem mobilizar a voragem destruidora do governo federal. Os movimentos sindicais mais argutos já perceberam que terão que mudar de tática, e isso pode ser a novidade sindical deste ano: o setor público mudando de tática de luta para se defender. Se a tendência de grandes greves fosse real ela já estaria se manifestando em todas as grandes capitais. Mas o que se vê é, justamente, o contrário. E isso é paradoxal porque estamos experimentando uma diminuição do salário real com perdas muito grandes". CONTINUAM AS TENSÕES Panorama p OUCO distinto mas, mesmo assim, apresentando um qua- dro de dificuldades para os trabalhadores, este ano, foi apresentado pelo empresário Pedro Leitão da Cunha, presidente do Banco de Montreal S.A. Para ele, o ano mostrará uma continuidade de tensões e até mesmo uma elevação desse nível, justamente em função das demissões que possam ocorrer em vários setores da economia. Ele diz que a principal questão que será colocada para os trabalhadores será emprego e salário. "E claro que a crise econômica não deve ser uma justificativa para se achatar mais ainda os salários dos trabalhadores. Apesar disso, terá que haver uma sensibilidade qualquer. Não se pode empurrar esse salário até o teto, fazendo com que ele provoque desequilíbrio na empresa e demissões. As reivindicações terão que ser cautelosas", acredita. Ele lembra também que esse fenômeno já aconteceu em várias partes do mundo onde setores enfientaram dificuldades e os Sindicatos aceitaram a redução nos salários dos trabalhadores. Na opinião dele esse problema somente será resolvido se o programa econômico do governo terminar bem sucedido. "Se isso ocorrer pode-se até dizer que valeu à pena esse aperto social. A recuperação econômica apagará todo esse período sofrido. O complicado vai ser se todo esse sacrifício não resultar em nada. Aí teremos um crime de íesa pátria que, um dia, algum governante terá que responder por ele". m de aproximadamente 20 milhões de trabalhadores. Essas greves significaram 220 mil heras sem trabalho. Outro.dado levantado pelo Desep diz respeito às características dos movimentos grevistas observados no final da gestão Sarney e início do governo Collor. No final do governo Sarney, por exemplo, as greves aconteciam principalmente no setor privado, motivadas por reivindicações para recompor o poder de compra (aumento real) dos salários. No início do governo Collor (abril/junho) o movimento experimentou um refluxo, mas no segundo semestre começou a reagir, não só pela recuperação das perdas mas também contra as demissões e em defesa do patrimônio MOVIMENTO GREVISTA (ELABORAÇÃO DESEP) GREVE Ano Público Privado TOTAL * - GREV STA 780 Ano Público Privado TOTAL * - M CenárioSindical-WAI -RJ-Fev.Março/92 Mudança no perfil de greves caracteriza governo Collor A desmonilização do movimento operário a partir do Piano Collor, embora tenha produzido uma redução substancial no volume de greves acabou resultando num fenômeno bastante curioso. A quantidade de trabalhadores envolvidos em movimentos paredistas foi muito superior ao total observado um ano antes, durante o final do governo José Sarney. As informações são do Departamento de Estudos Sócio- Econômicos e Políticos (Desep), órgão da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que está concluindo um minucioso trabalho sobre o movimento grevista ano passado. ADESÃO EM MASSA A constatação sobre o grande volume de trabalhadores que cruzaram os braços durante o governo Collor, comparativamente aos anos anteriores, foi feita através do seguinte cálculo. Dividiu-se o número médio acumulado de grevistas por greve total pelas paralisações globais ocorridas. Assim, em 1989 foram registrados trabalhadores, em média, por greve acumulada no período; em 1990 esse volume chegou a trabalhadores e, no ano passado, esse total alcançou trabalhadores. 0 trabalho do Desep mostra que nas categorias onde houve paralisações o número de trabalhadores motivados pelo movimento foi muito superior ao registrado nos anos anteriores. E que, além disso, nas greves do ano passado estiveram envolvidas categorias bem mais numerosas e organizadas que nos anos anteriores. Na verdade, as projeções realizadas pelo Desep indicam que entre 15 de março de 1989 e 31 de dezembro do ano passado o movimento sindical registrou cerca de paralisações, com a participação HORAS PARADAS (1) Ano Público Privado TOTAL 89 M tu Í * m M (1) Horas paradas total de dias parados i 6 ha (jornada da trabalho) ' pravisào público, abalado pelos anúncios do programada privatização. SERVIDORES SE MOBILIZAM Na comparação entre as características da mobilização de trabalhadores entre os anos de 1990 e o ano passado o Desep também encontrou algumas situações curiosas. Em 1990 as greves do setor público localizaram-se, principalmente, nas esferas estadual e municipal, com destaque para os funcionários públicos pressionados por baixos salários e precárias condições de trabalho. Houve também expressiva parcela desses servidores que lutaram contra o atraso no recebimento dos seus salários. Os movimentos envolveram pesadamente os trabalhadores da saúde e da educação. Já em 1991 a& greves dos servidores praticamente foram transportadas para a esfera de governo federal. :<<->ysyy&:*xv:v:

7 Quinzena Em ralação ao cotejamento entre os setores públicos e privados, as greves de 1990 foram mais expressivas na indústria, nos serviços, transportes e setor financeiro. Em 1991, contudo, os setores da indústria e dos transportes experimentaram um refluxo no movimento grevista no segmento de serviços as paralisações foram mais constantes. Houve também uma distinção nos movimentos realizados durante a gestão Tendências do Trabalho - Janeiro 1992 Collor de Mello, na primeira e na segunda fase de seu governo. No inicio as greves eram motivadas basicamente por lutas pela recuperação dos salários. E na segunda metade do ano passado, era conseqüência do aprofundamento da recessão econômica, as paralisações aconlecâram, basicamente, contra o desemprego. Outro aspecto em destaque, principalmente em 1990 foram as mobilizações por empresa e ou por locais de trabalho. A PADRÃO DE PRIMEIRO MUNDO SERÁ ILUSÀO COM ATUAIS ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE TRABALHO De cada três trabalhadores brasileiros, empregados nos últimos dez anos, um foi atingido por acidente do trabalho. Os últimos números divulgados a respeito de acidentes de trabalho no país mostram mais uma vez o equívoco na Administração de Relações do Trabalho e uma das reais faces do problema previdenciário da Nação que, presentemente, culmina pela falta de recursos para pagamento aos seus beneficiários. Trabalhadores Por outro lado no Congresso Nacional, centenas de Projetos-de-Lei tramitam voltados- para a área de prevenção sem que o Executivo perceba que os recursos gastos com os acidentes, se estancados, representariam efetivamente, uma grande reforma fiscal-tributária. Estes gastos estão sendo distribuídos por cada trabalhador e por cada consumidor brasileiro escamoteados em novas taxas e aumentos de impostos e são responsáveis pelo "arrocho" que sofrem os aposentados em seus proventos. É impossível que não haja ninguém que consiga fazer ecoar um grito no Executivo para que se realize algo pela prevenção de acidentes. Algo que descarte o assistencialismo e sob bases adequadas examine e defina o problema que está eliminando a mão-de-obra no País. Outra forma não haverá a mínima possibilidade de salto para o primeiro mundo, num quadro dantesco como o que vivemos em relação à proteção laborati- O Brasil numa atitude pueril e inconseqüente joga fora a cada ano milhões de horas-homem trabalhadas (leia-se produção) em decorrência da infortunística ocupacional. Os sistemas de gestão de prevenção de acidentes, a nível governamental, insistem em apenas constatar o dano, sem que haja um processo integrado e de ação prioritária para sua solução. Por ano, um número superior à população de cerca de 90% dos municípios brasileiros sofre acidentes de trabalho. impotência da Previdência A previdência social, que agora absorve o conceito de seguridade social, não conseguirá sem brutais aumentos de receitas fazer frente aos custos diretos^dos acidentes e doenças provocadas pelo trabalho. Nos níveis atuais, é possível que rapidamente aconteça de literalmente o acidentado não obter sequer a assistência médica para o trato da lesão ou doença. O custo social e financeiro deste caos poderá gerar situações indesejadas de tensão com enorme desgate da administração. O Brasil está produzindo um monumental "exército" de doentes, mutilados e desassistidos, a partir da problemática dos acidentes ocupacionais. O número de óbitos em decorrência de acidentes (apenas os comunicados e que abrangem pessoal com vínculos trabalhistas e previdenciários) sinaliza as enormes despesas e a perda de mão-de-obra daí decorrentes. O descontrole na área prevencionista, onde as medidas de campo deveriam preceder o discurso de autoridades, beira à pilhéria e ao humor macabro. Recentemente no Rio de Janeiro, operários fecharam a via de maior tráfego urbano para denunciar a morte de dois colegas por eletroplessão, que trabalhavam com lixadeiras elétricas sobre poças de água. Ora, se isso acontece numa das dez maiores capitais do mundo, imagine-se o que ocorre em volta ou mais para o interior... As imagens mostradas pela televisão do local de trabalho e do equipamento, são, por si só, suficientes para uma alentado libelo acusatório numa peça criminal que deverá ser levada à apreciação do Judiciário pelos familiares das vítimas ou pelo Ministério Público. ' Em tudo o que foi acima narrado, o mais grave é que as vítimas eram empregadas de uma empresa do... Govemo Federal (??), construindo a "Linha Vermelha". Na verdade, a idéia de ligar a Previdência Social ao Ministério do Trabalho, objetivando integrar ações de controle do ambiente ocupacional e gerar maior segurança do trabalho, perseguida há muitos anos, perdeuse na ineficiência. A Seguridade Social vem assim pagando cada dia mais pelos acidentes sem que se observe um pronunciamento enérgico, seguido de medidas operacionais a nível de fiscalização, que pudessem por um basta a tal descalabro. Falta de Preocupação Federal A inclusão de novos dispositivos legais não resolve o problema, como faz prova a Constituição Federal que estabelece a segurança no trabalho, e que, mesmo em vigor, continua a matar por acidente um trabalhador por hora no Brasil... Desse jeito, PS ruas certamente serão tomadas por hordas de miseráveis acidentados que, pela ruína financeira, irão para as calçadas e nos farão retomar à Idade Média, onde os acidentados, mutilados e doentes viviam nos arredores das cidades expulsos pelos senhores feudais que não queriam em seus domínios "gente inaproveitável"... A perseguida reformulação dos portos, o projeto dos CIACs, a municipalização dos serviços de saúde, o aumento da segurança pública para enfrentar a violência urbana, os programas de assentamento rural, a aplicação de recursos em prevenção e desenvolvimento, tudo isso não é feito porque os recursos são escassos - mas sobram na Seguridade para pagar aposentadorias, pensões, pecúlios, indenizações, tratamento médico, próteses e centros de reabilitação para acidentados... O discurso neoliberal choca-se na prática com uma gestão de meios de pagamento perdulária e desinteressada, que apenas vê a ponta do "iceberg", onde estão as fraudes, mas ignora sua profundidade, onde estão os acidentes reais, mas evitáveis e que lança o navio de encontro a ele como se tivesse eliminado o perigo. A idéia de produzir para competir.

8 ' Quinzena num quadro atual de acidentes, é como uma ópera bufa, onde o achincalhe substitui o raciocínio e a arte pura, colocando um cenário irreaj com problemas de grave monta. A reformulação dos meios de ação externa a nível de campo dos órgãos governamentais de fiscalização e controle de segurança e medicina do trabalho, com maior valorização funcional e fornecimento de infra-estrutura a nível macro, poderia reverter o quadro em apenas seis meses. A utilização da reserva legal de embargo e interdição e a aplicação de penalidades financeiras que desestimulassem a imprudência com a prevenção de acidentes nos ambientes ocupacionais traria rapidamente para o INSS recursos que o órgão tanto precisa, e mais, faria com que pudéssemos ter mão-de-obra adequada para o caminho do primeiro mundo. Gravidade das Estatísticas Para se ter uma idéia da gravidade do que afirmamos acima, basta analisar os dados fornecidos pelo INSS que informam: - Em São Paulo, cerca de quatro mortes por dia em No Rio de Janeiro, cerca de dois trabalhadores morreram por dia. - No estado de Minas a cada dia uma morte. - Em São Paulo, no ano de 1990, foram cerca de acidentados. - No Rio de Janeiro, também no mesmo ano cerca de acidentados. Um dado curioso é que em Alagoas, em 90, não foi registrada nenhuma doença profissional pelo INSS, permitindo deduzir que as condições de trabalho naquela região são extremamente favoráveis, tanto para o trabalhador urbano quanto para o rural, já que apenas são registrados - acidentes - (2.552), cerca de sete por dia em todo o estado. E no Acre, durante o ano de 90, apenas ocorreram cinco mortes por acidentes de trabalho e nenhuma doença profissional atingiu os trabalhadores daquela Unidade da Federação, sinalizando uma situação, no mínimo, a ser melhor avaliada. Considerando que estas estatísticas abrangem apenas os trabalhadores com carteira assinada e que, quando do acidente, são pela empresa encaminhados aos postos do INSS, é factível de, no mínimo, dobrarmos seu número, já que pela atual realidade do mercado de trabalho, existe pelo menos um contigente igual de não-vinculados à Seguridade que também sofre acidentes tais como biscateiros, camelôs, bóiasfrias e pessoal não registrado. Existe hoje no Brasil uma guerra encoberta, onde não existem vencedores mas as baixas se fazem a cada instante. Os combalidos cofres governamentais não suportarão por mais tempo essa situação e o risco que isso representa para a sociedade como um todo é muito grave, exigindo medidas emergentes a um enfrenta mento. No momento em que se fala, mais uma vez, da necessidade do aumento Trabalhadores das contribuições de empresa e empregados para a seguridade social, é preciso que se repense os gastos sem retomo dos acidentes e que a sociedade se ponha de frente para o problema. Não chegaremos a padrões de excelência em produção de Primeiro Mundo, se não extirparmos o vírus que se abate sobre a economia brasileira, a partir dos acidentes. "O mal chega ao auge, quando o soberano, apesar das bajulações dos intermediários, é forçado a ouvir os gritos de seu povo que chegam até ele. Se ele não os remédio prontamente, a queda do império está próxima. Ele pode perceber tarde demais que seus cortesãos o enganaram." (HEL VETIUS 1715/1771) Será impossível atingirmos padrões operacionais de técnicas de gestão e motivação de pessoal, enquanto o trabalho for meio de morte e as condições de saúde e segurança ocupacional nos ambientes de serviço forem as atuais. Chegar ao Primeiro Mundo, exige o passaporte da segurança do trabalho, como melhoria das condições de produção e de vida do trabalhador brasileiro. ^ Carlos Paiva Consultor de Segurança do Trabalho da TREEVE Treinamento & Eventos (RJ). CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO Condição Insegura Ato Inseguro Fator Pessoal de Insegurança Falta de proteção em máquinas Exibicionismo Problemas familiares Iluminamento inadequado Brincadeiras Alcoolismo Ruído Falta de atenção Consumo de substância tóxica Agentes químicos "Jeitinho" Mau relacionamento com chefes, Falta de trato ergonômico Atuar em trabalho p/o qual subordinados e colegas Ferramentas com defeito não está habilitado Inadequação física, mental Produção mal planejada Pressa ou psíquica para a função Desvio de função Uso inadequado de máquinas. Inadequação profissional Inexistência de treinamento profissional ferramentas ou equipamentos Problemas de saúde Improvisação Etc, etc. Etc, etc. Falta de manutenção Etc, etc. 1

9 Gazeta Mercantil Maior carga de trabalho e menos tempo de lazer para trabalhadores americanos John Coston do The Wall Street Journal O que aconteceu à semana de trabalho de quatro dias? Aquela que os especialistas previam há mais de 30 anos. Está prestes a chegar, prometiam. Seria um imperativo sócio-econômico, um subproduto das realizações científicas. As fábricas americanas, com seu emprego intensivo de mão-de-obra, seriam transformadas em brilhantes maravilhas eletromecânicas, capazes de produzir, sem qualquer esforço, os bens de consumo que todos desejariam ou precisariam usar, deixando os americanos livres para usufruir de um lazer estimulante. O destino deste sonho impossível é documentado impiedosamente em "The Overworked American: The Unexpected Decline of Leisure" (o americano fatigado: o inesperado declínio do lazer), de Juliet B. Schor. A autora, professora de economia em Harvard, explora as ilusões populares sobre trabalho e lazer - e então oferece uma conclusão surpreendente. Na interpretação de Schor, em cada um dos últimos 20 anos, o americano médio aumentou em nove horas o tempo que passa trabalhando. Acréscimo dessa dimensão pode bem ser imperceptível em um ano, mas o agregado de duas décadas eqüivale a um mês extra de trabalho por ano. Se conservarmos este ritmo, diz Schor, pelo final do século, os americanos estarão trabalhando tanto quanto seus bisavós, nos anos 20. Uma explicação para a tendência pode ser encontrada no que os economistas do trabalho chamam de assimetria. Schor lembra, particularmente, a presente e crônica escassez de empregos no país, que toma difícil para os trabalhadores resistir às demandas dos patrões. Schor também fala de outro profundo desequilíbrio: as demandas dos empregadores por jornadas de trabalho mais longos. Isso inevitavelmente reduz as oportunidades de lazer dos americanos, já sobrecarregados de trabalho. Como o trabalhador pode vencer nesse tipo de situação? Se a tendência se mantiver, por volta do ano 2010, os americanos terão voltado a trabalhar como nos tempos de Dickens. Naquela altura, o ci- semana, 50 semanas por ano, num total anual de três mil horas. Que novos danos esse cenário trará à família nuclear, já solapada e combalida? Que tipo de problemas de saúde o desgaste causado pelo excesso de trabalho provocará? Em Nova York, na primeira metade do século XIX, os empregadores uniram forças contra os empregados que queriam jornada de dez horas de trabalho por dia. Os patrões alegaram que a competição estrangeira simplesmente os eliminaria se cedessem. Os trabalhadores disseram, em resposta: "Temos que trabalhar como escravos 13 ou 14 horas por dia porque o ferreiro de Birmingham ou o tecelão de Manchester assim o fazem?" Os trabalhadores americanos continuam a perder a batalha por redução da jornada de trabalho, ilustra Schor. Ainda que os japoneses trabalhem seis dias por semana e os coreanos passem três de cada quatro domingos na fábrica, os americanos em geral trabalham oito semanas por ano a mais que os alemães, e onze semanas a mais que os suecos. E o executivo típico, segundo Schor, quer arrancar ainda mais de seus subordinados: "Não consigo conceber uma semana de trabalho mais curta, Posso imaginá-la mais longa, no trabalho e na escola, se os Estados Unidos querem ser competitivos na primeira metade do prõximo século". Schor oferece também um quadro de fatores desanimadores: Para as mulheres, casar aumenta em cinco horas a carga semanal de trabalho; O pai dos anos 50, que chegava às cinco horas da tarde, foi substituído pelo que chega às 8 horas ou às 9 horas da noite, e freqüentemente trabalha aos sábados e domingos, se é que não tem um segundo emprego no final de semana; Para as mães que trabalham fora, a semana média de trabalho tem em média 65 horas, agora, e muitas trabalham mais que a média, se têm filhos pequenos, são profissionais liberais ou têm um (ou dois) empregos de baixo salário para conseguir tocar adiante. dadão médio trabalhará 60 horas por Cambota Jan.FevJ92 A LUTA PELA TERRA EM 1991 AS LUTAS E CONQUISTAS Para o MOVIMENTO SEM TERRA o ano de 1991 foi de muito sacrifício, muita luta e muita disposição de continuar enfrentando um governo repressor e anti-popuiar. Iniciamos o ano com mais de 12 mil famílias acampadas na beira de estradas e em fazendas. E em dezembro tínhamos aproximadamente 9 mil famílias acampadac. Mas a classe trabalhadora sabe que apenas lutando e se organizando consegue alcançar seus direitos. Sabe que a burguesia e o governo jamais deram nada de graça. Se depender do poder nada muda. já dizia Giordano Bruno, no século XI. No ano de 1991 fizemos 51 ocupações de terra, envolvendo mais de 9 mil famílias em 16 Estados do país. Em praticamente todos houve alguma ocupação, conforme se pode ver na relação anexa. Destacaram-se as ocupações de Pernambuco, as ocupações no Ceará no Rio Grande do Norte e em São Paulo (no Pontal do Paranapanema) e ainda as diversas ocupações realizadas no Estado do Paraná. Outro avanço importante foi a realização das jornadas de lutas unitárias, das várias categorias de trabalhadores rurais - a nível nacional em março, julho e outubro. Em diversos Estados elas tiveram um caráter massivo e unificador dos trabalhadores rurais, destacando-se as caminhadas do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul. Santa Catarina e Paraná. Também houve importantes manifestações em Alagoas, Pernambuco e Maranhão. Apesar de todas as dificuldades, da crise econômica, etc. as jomadas.de lutas se revelaram um importante instrumento de unificação das lutas dos trabalhadores rurais e conseguiram levar o problema do campo para dentro das cidades, em especial, nas capitais. Portanto, consideramos que a realização das jornadas nacionais foi um avanço na organização dos

10 trabalhadores. Avançamos, também, na produção. Nos assentamentos com maior organicidade passamos a organizar cooperativas de produção agropecuária e, hoje, já temos mais de 30 cooperativas de base. Foram fundadas também cinco cooperativas centrais, de nível estadual, nos Estados do Rio Grande do Sul, Ceará, Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná. Isso vai permitir avançar nossas conquistas no campo da produção. Nas questões legislativas, atuamos através do Núcleo Rural do PT, composta por 5 deputados federais vinculados aos movimentos sociais no campo, e com a participação de outros parlamentares do PSB, PDT e PCdoB. Esse esforço de articulação parlamentar, permitiu que tivéssemos alguns avanços cem a aprovação do Projeto de Lei que uxpropria, de forma sumária, os imóveis rurais com cultivo de drogas. Também pudemos chegar a um acordo razoável sobre os novos valores do ITR sobre latifúndios. E apresentamos um projeto de lei complementar regulamentando a reforma agrária, ou seja, o artigo 185 da Constituição, que ainda está em tramitação na Câmara. A REPRESSÃO jq-governo federal não cumpriu nenhuma promessa. E não teve nenhuma proposta concreta para a reforma agrária. Sua resposta aos trabalhadores foi apenas a Intensificação da repressão. Nesse aspecto, o ano de 1991 foi trágico. Tivemos 82 lideranças presas. Algumas ficaram poucos dias e muitas ficaram'meses. Ainda estão presos injustamente, sem julgamento, há quase dois anos, quatro companheiros no presídio central de Porto Alegre. Chegamos ao absurdo do presidente.do Tribunal de Justiça do Estado reconhecer a necessidade de sua libertação e recuar ao ser pressionado por tropas da Brigada Militar. Tortura: Apesar de condenada pela Constituição, tivemos quatro casos de tortura, praticada por policiais militares e civis, contra militantes do MST no Maranhão, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Em alguns casos, os companheiros estão em tratamento médico até agora. Apesar da lei condenar com priso inafiançável, nenhum torturador foi julgado e, certamente, devem continuar suas práticas contra presos comuns. O Poder Judiciário tem se revelado cada vez mais um braço legal do latifúndio. Em vários Estados, é visível sua falta de neutralidade, atuando sempre contra os sem terra e a favor dos interesses dos latifundiários. O caso mais grotesco foi a prisão dos 7 companheiros de Marabá. Temos denunciado essas situações permanentemente ao governo e à Procuradoria Gerai da República, mas a Justiça é cega demais. A POLÍTICA AGRÁRIA DO GOVERNO O governo federal continua desconhecendo os problemas do campo. Tem demonstrado não ter vontade política de fazer a reforma agrária. É incompetente e totalmente incapaz. Durante o ano de 1991 não desapropriou nenhuma fazenda. Não assentou nenhuma família. Todos os assentamentos e áreas que conquistamos foram através da intervenção e mediação dos governos estaduais. O governo esconde-se na desculpa de que falta uma lei complementar, o que é mentira. Os governos do regime militar conseguiram desapropriar muitas áreas, baseados unicamente no Estatuto da Terra que continua em vigor. E se falta lei, basta fazê-la. A única novidade do governo federal foi baixar o decreto 236 autorizando o 1NCRA a negociar, ou seja, comprar fazendas pagando as benfeitorias em dinheiro e o restante em TDAs. E, mesmo assim, já existem no INCRA mais de 80 processos de propostas de fazendeiros que querem vender mas o INCRA não tem vontade política e capacidade administrativa para encaminhar. O governo contenta-se com enganara opinião pública com propaganda na televisão, dizendo que já distribuiu 74 mil títulos de terra, que ninguém sabe onde, nem para quem. E, desses, parte não é verdade e parte é apenas regularização de áreas há muitos anos ocupadas por posseiros. A política do governo para os assentamentos é uma calamidade pública. Aliás, só foi assunto de jornal quando se denunciou falcatruas em concorrências públicas. O coordenador do setor, sr. Francisco Bruzzi, amigo do governador Antônio Carlos Magalhães, liil ^ fez licitação para gastar todos os recursos dos assentamentos na construção de estradas na Bahia e no Pará. Os recursos do PROCERA (crédito para assentados) foram extremamente reduzidos. De uma necessidade total de 100 milhões de dólares, foram liberados a conta-gotas, em torno de 15 milhões, sendo que cada família recebeu em média 250 mil cruzeiros para realizar a lavoura e investimentos num ano, o que é ridículo..qs avanços e conquistas que conseguimos através de nossas lutas foram, basicamente na pressão aos governos estaduais. O governo federa! está completamente paralizado. A r MUNICÍPIO/ESTADO OCUPAÇÕES DE TERRA/1991 N 0 DE FAMÍLIAS Fleixelras-Alagoas 200 Traipu-Alagoas 23 Flelxeiras-Alagoas 210 Jundia-Aiagoas 200 Água Branca-Alagoas 46 Itamaraju-Bahia 300 ttamaraju-bahia 400 Itabuna-Bahla 150 Monsenhor Tabosa-Ceará 100 Crato-Ceará 200 Canindé-Ceará 17 TamborD-Ceará 120 Goiás Velho-Goias 80 Kennedy-Espírito Santo 110 Santa Luzia do Tide-Maranhão 100 Bataiporã-Mato Grosso do Sul 116 Selviria-Mato Grosso do Sul 110 Bonito-Mato Grosso do Sul 110 Bonito-Mato Grosso do Sul 313 Taquaraçu-Mato Grosso do Sul 250 Lagoa Seca-Paraíba 50 Pombos-Pernambuco 200 Amarogi-Pernambuco 200 Joaquim Nabuco-Pernambuco 200 Quedas do Iguaçu-Paraná 60 Cantagalo-Paraná 90 Londrina-Paraná 300 Bituruna-Paraná 60 Campo Bonito-Paraná 400 Ibaití-Paraná 130 Ribeirão do Pinhal-Paraná 130 Cantagalo-Paraná 300 Mangueirinha-Paraná 25 Alvorada do Sul-Paraná 60 Colorado-Rondônia 150 Pimenta Bueno-Rondônia 95 Poço Branco-R.G.N. 110 S. Gonçalo Amarante-FLG.Norte 100 Bagé-Rio Grande do Sul 700 Palmeira Missões-R.G.Sul 1000 Bagé-Rio Grande do Sul 700 Campos Novos-S.Catarina 130 Abelardo Luz-Santa Catarina 20 Garuva-Santa Catarina 50 Abelardo Luz-Santa Catarina 80 Mirante do Paranapanema-São Paulo 247 Andradina-São Paulo 200 Castilho-Sao Paulo 120 Itapeva-São Paulo 50 Mirante do Paranapanema-São Paulo 600 Socorro-Sergipe 150 TOTAL 51 Ocupações 9862 lillliií

11 GREVES OCUPAÇÃO DE FÁBRICA Os 180 trabalhadores da Indústria de Ferros Pinheiros em Coüa-SP estão ocupando a fábrica desde o dia 27 de fevereiro em protesto contra o atraso do pagamento dos salários de dezembro, janeiro e fevereiro, além do 13 e. FRIGORÍFICO PEDROSO Terminou em fracasso as negociações entre o Sindicato dos Frios e o prefeito Celso Daniel de Santo André- SP. O Sindicato queria que a prefeitura encampasse o Frigorífico Pedroso e a prefeitura, aleganoo que o ato é ilegal, propôs que os trabalhadores do Frigorífico formassem uma cooperativa e comprassem a empresa. A revolta toma conta novamente dos trabalhadores e o sindicato informa que estão dispostos a arrebentar tudo novamente. Os trabalhadores estão acampados a mais de 40 dias na empresa e recentemente os operários resistiram a invasão da polícia na empresa que queria retirar equipamentos embargados pelo Banco Mitsubichi. VIGÍLIA NA MAXION Os dirigentes do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e os trabalhadores demitidos da unidade da Maxion em Diadema, permar necem desde o dia 6 em vigília em frente a empresa, em protesto contra o fechamento da fábrica e a demissão de 91 dos 255 empregados da indústria. O caminhão de som do sindicato bloqueia a entrada principal da fábrica para impedir a entrada e saída de material. O coordenador da comissão de fábrica da Maxion informou que os trabalhadores deverão realizar passeatas de protesto e a paralisação da fábrica de São Bernardo do Campo em solidariedade à fábrica de Diadema. ACABA GREVE NA TRAUBOMATIC Os operários da Metalúrgica Traubomatic-SP retomaram ao trabalho, após 10 dias de paralisação contra a demissão de 100 trabalhadores, acei-. : tando a proposta da empresa de pagamento de um salário a mais aos demitidos, cesta básica e assistência médica até 30 de junho. Para os 400 operários que ficaram, haverá uma antecipação salarial de 10% e 30 dias de estabilidade. NOVO CONFRONTO NA GREVE DE ITAIPU Dia 5 passado, houve mais um confronto entre os operários da Itaipu em Foz do Iguaçu e 100 policiais paraguaios, sendo que mais 2 trabalhadores saíram feridos. Os trabalhadores estão concentrados em Itaipu a 23 dias e reivindicam: pagamento de ajuda habitacional para quem não tem residência nas vilas oficiais, transporte escolar para os filhos dos trabalhadores, adicional sobre férias, pagamento da produtividade e licença maternidade e paternidade. RODOVIÁRIOS DE SALVADOR Dia 28 de fevereiro acabou a greve dos rodoviários de Salvador-BA e as negociações retomaram. Foram demitidos 445 rodoviários, mas a volta ao trabalho ficou condicionada à readmissão destes e à liberação de 18 rodoviários que foram presos. CURTAS REDUÇÃO DE SALÁRIO É CASO DE POLÍCIA Os químicos da CUT de São Paulo querem que a polícia federal investigue a ação de duas empresas da capital, a Glaspac e a Tecidos Fernandes S/A, que estão fazendo chantagem com os trabalhadores. As empresas, interessadas na redução de jornada e de salário, ameaçaram os trabalhadores com demissões. Na região do ABC várias indústrias do setor químico também vem ameaçando os trabalhadores com demissão. UNIFICAÇÃO DE SINDICATOS NO ABC Se depender da CUT, um sindicato com 176 mil trabalhadores na base e 111 mil associados terá sua primeira diretoria eleita em setembro de Este foi o prazo que os presidentes dos Sindicatos Metalúrgicos de Santo André e Metalúrgicos de São Bernardo, João Avamileno e Vicentinho, fixaram para fusão dos dois sindicatos em um só. AGITAÇÃO SINDICAL NA ALEMANHA Os trabalhadores do lado oriental da Alemanha fizeram os primeiros protestos contra o desemprego desde a unificação e os trabalhadores do lado ocidental desencadearam uma greve nacional de bancários por melhores salários. Na cidade de Hoyerswerda, 35 mil trabalhadores da indústria de carvão realizaram a maior manifestação contra o desemprego em um ano. NO VERMELHO, GM DEMITE 16 MIL Dia 25 passado a GM anunciou a demissão de trabalhadores de 12 fábricas que serão fechadas em Michigan, Nova York, Ohio, Indiana, nos Estados Unidos e no Canadá. A GM teve um prejuízo no ano passado de US$ 4,45 bilhões, o maior em toda história empresarial dos EUA, ultrapassando os US$ 4,41 bilhões de prejuízo da Texaco em A Ford, por sua vez teve um prejuízo de US$ 2,26 bilhões e a Chrysler de US$ 795 milhões. De acordo com os planos da General Motors, nos próximos 4 anos deverão ser fechadas 21 fábricas na América do Norte e deverão ser demitidos 74 mil trabalhadores. GURGEL DEMITE 1 E PIRELLI DÁ FÉRIAS COLETIVAS A Gurgel Motores de Rio Claro-SP demitiu entre dezembro e janeiro 200 trabalhadores e não vem depositando o FGTS, denunciou o Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Claro, com base de 3 mil trabalhadores. A Pirelli, por sua vez, colocou em férias coletivas 600 operários da linha de produção, e o sindicato manifestou receio no fechamento da ^iniharu» do Grande ABC paulista. DIEESE REGISTRA QUEDA DE 70% NO PODER DE COMPRA O movimento sindical mobilizouse, fez tentativas quase mensais de

12 Quinzena & Meto Ambiente conseguir reajustes, mas o resultado desse esforço feito em 1991 na tentativa de preservar o poder de compra foi que os salários reduziram-se em média em 70% em relação a l e de março de Esta foi a conclusão do Dieese. SALÁRIO MÍNIMO DO DIEESE O salário mínimo do DIEESE hoje para tirar os trabalhadores da linha da pobreza deveria ser de Cr$ ,00, 5,4 vezes a mais que o salário mínimo do governo. Se as estimativas indicam que 40% da população ocupada, ou seja 25,3 milhões de pessoas, ganha até um salário mínimo do governo, quantos seremos nós se consideramos o salário mínimo do DIEESE como a linha da pobreza brasileira? 80% de pobres? Mais? Quantos poderíamos considerar que são ISTOÉ SENHOR Março 1992 classe média? 15% que ganham acima de um salário do DIEESE? OPERÁRIOS VIRAM DONOS DAMAKERLI Os operários da Indústria de Calçados Makerli, do grupo Sândalo em Franca-SP, assumiram no último dia 6 o controle da empresa após 2 meses de negociações. Marco Anareli. novo diretor-presidente é um dos 450 operários que ficaram desempregados em dezembro em conseqüência da desativação da fábrica, explicou que após o fechamento da fábrica, resolveram criar uma associação de desempregados e passaram a negociar com o Grupo Sândalo a compra da fábrica e ao mesmo tempo negociar um financiamento junto ao Banespa. O novo diretor confirmou que o Banespa já liberou o financiamento. ^ Na estaca zero A três meses da Eco 92, ainda se discute quem paga a conta de uma política ecológica De boas intenções a causa ecológica está repleta. Quando se trata, no entanto, de discutir como financiar a execução das propostas que visam a resolver os principais problemas ambientais do planeta, as conversas esquentam e dificultam a obtenção de acordos entre países que teoricamente têm a mesma opinião. É essa questão que domina, desde a segunda-feira, 2, a quarta reunião preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco 92, programada para junho no Rio de Janeiro. É também essa mesma questão, juntamente com a desorganização brasileira nos preparativos e o risco de boicote por parte das entidades não-govemamentais, que ameaça o sucesso da própria Eco 92. Ao abrir a reunião preparatória, na sede da ONU, em Nova York, o secretário-geral da Eco 92, o canadense Maurice Strong, deu a dimensão, em dinheiro, do quanto ainda é preciso negociar para se obter uma agenda de consenso para o encontro do Rio. Segundo ele, para proteger a Terra dos danos impostos pelo desenvolvimento econômico não-sustentável em relação ao meio ambiente serão necessários investimentos de US$ 600 bilhões por ano. Mais: Strong afirmou que cabe aos países ricos financiar a introdução de programas ambientais nos países em desenvolvimento, uma conta que ele estima ficar em US$ 125 bilhões anuais. "Esse é o assunto mais aeucado das negociações", declarou Strong. "Os governos concordam que é preciso fazer alguma coisa, têm propostas e boa vontade para agir em conjunto mas nem sempre aceitam a idéia de pagar os projetos alheios." Não foi por ataso que a questão ficou para ser discutida em último lugar e que a fala de Strong causou surpresa no plenário da ONU - e, fora dele, nos locais onde as organizações não-govemamentais (ONGs) realizam reuniões paralelas, também em Nova York. Para os representantes das ONGs, pela primeira vez alguém entre os órgãos oficiais pôs o dedo na ferida da causa ecológica - ou seja, lembrou que o termo meio ambiente é antes de tudo social. Strong falou diversas vezes, por exemplo, que há uma desigualdade na distribuição de bens no planeta, colocando a ajuda ao Terceiro Mundo quase como uma obrigação dos primeiromundistas. "Se os países em desenvolvimento tivessem acesso totalmente livre aos mercados dos países industrializados, eles teriam capacidade de enriquecer e autosustentar-se", afirmou ele. "Nas reuniões preparatórias anteriores as delegações governamentais mostraramse refratárias a discutir questões de ajuda financeira aos países pobres", afirma Rubens Bom, delegado brasileiro na reunião das ONGs. "Queriam discutir efeitos, mas ignorar as causas." A distância entre as posições oficiais e as opiniões das cerca de mil entidades inscritas para participar da Eco 92 chegou a provocar uma ameaça de boicote à conferência do Rio. A polêmica teve início em janeiro, com a publicação, pela revista The Ecologist, uma espécie de órgão oficial das ONGs britânicas, de um artigo reclamando da falta de entendimento, afirmou com todas as letras que a Eco 92 seria uma conferência esvaziada, ou seja, um fracasso. N Ia segunda-feira, durante a reunião das ONGs, o jornal das entidades, o Crosscurrents, no seu lançamento, trouxe o assunto de volta -e por meio de outro artigo, dessa vez assinado por Koy Thompson, diretor do Instituto Internacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento da Inglaterra. Thompson também viu nas divergências entre os blocos dos países desenvolvidos e em desenvolvimento uma eterna discussão que dificilmente será superada. "O Norte quer tratar do environment (meio ambiente) e o Sul do development (desenvolvimento)", ironizou ele. Preocupados com o futuro da Eco 92, a delegação brasileira interferiu. O delegado Bom e o coordenador brasileiro do fórum das ONGs, Jean Pierre Le Roy, escreveram uma carta ao The Ecologist contestando a tese do boicote e a divulgaram em Nova York. "Explicamos que o boicote reflete uma visão curta, que não contempla a enorme importância política que está por trás da Eco 92, e que por isso é fundamental que todos participem", afirmou Bom. Nem mesmo a aproximação dos discursos entre Strong e as ONGs consegue apagar, principalmente entre os ambientalistas europeus, uma sensação de que a Eco 92 pode não significar nenhum avanço efetivo para a questão. "Não existem organizações planetárias capazes de sustentar iniciativas mundiais", afirma, cético, o ministro do Anibiente da Itália, Giorgio Ruffolo. Segundo ele, mesmo itens que já pareciam consensuais como o limite da emissão de gás carbônico (C02), resultante da queima de combustíveis e um dos principais responsáveis pelo efeito estufa, tomaram-se novamente pontos de discórdia. O motivo, na avaliação de Ruffolo, é a recusa do governo americano em assinar um protocolo nesse sentido. A posição dos Estados Unidos também foi criticada pelos dirigentes de três das principais entidades ambientais do mundo: Amigos da Terra, World Wide Fund for Nature (WWF) e Greenpeace. "As reuniões preparatórias tiveram resultados inconsistentes e o tempo para salvar o encontro de junho está no fim", alerta Roger Wilson, diretor da divisão política do Greenpeace. "Houve descaso com a preparação da conferência e, somando-se a isso a falta de recursos para os programas ambientais, não há razão para otimismo", diz Mario Signorino, presidente da seção italiana dos Amigos da

13 Terra. A. Jém das dificuldades em se conseguir unir todos os participantes em tomo das questões ambientais - são cerca de 164 países' no encontro oficial e mais de mil entidades não-govemamentais no evento paralelo - outro fator ajuda a espalhar o temor de fracasso da Eco 92. Poucos dias antes de se iniciar a reunião preparatória de Nova York, o Rio foi sacudido pelos rumores de que poderia perder o direito de sediar a conferência porque não estaria cumprindo os prazos de execução das obras de estrutura necessárias a um evento de tão grande porte. A notícia, que dizia que a conferência poderia ser transferida para Nova York ou Los Angeles, foi desmentida, mas nem a presença do govemador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, na sede da ONU na terça-feira, 3, eliminou as preocupações dos participantes. Todos querem saber como vão encontrar o Rio quando chegarem à cidade em junho. O govemador Brizola garantiu aos conferencistas que tudo estará pronto a tempo e responsabilizou um dos coordenadores do fórum das ONGs, o ex-deputado carioca Liszi Vieira, pelos boatos sobre a transferência. Vieira afirmou, porém, que nada mais fez a não ser alertar o mundo para a questão. "Eu disse o que todos estão vendo, ou seja, que o ritmo de preparação para a Eco 92 está bem atrasado". A rigor, o Riocentro, onde se reunirão os conferencistas, precisa de grandes reformas, ainda nem iniciadas. Segundo um acordo assi- nado entre a ONU e o governo do Rio, uma verdadeira réplica do plenário das Nações Unidas deve ser construída no local. Além disso, o acordo estabelece com minúcias como devem ser as instalações de escritórios para cada delegação, com computadores, linhas telefônicas, banheiros e áreas para imprensa. Apenas há duas semanas foi assinado um acordo com a empresa responsável pela instalação dos computadores. Parte das verbas que deveriam ter sido gastas no ano passado, algo em tomo de Cr$ 12 bilhões, só foi liberada há cerca de 15 dias. E não há previsão para a obtenção das verbas previstas para 1992, entre elas as que pagarão as obras do Riocentro. Brasil Agora -WB- Fevereiro 1992 Chuva ácida mata floresta A luta pela terra ea queima da floresta não são mais as únicas grandes preocupações de quem vive na Amazônia. A poluição ambiental produzida pelos grandes projetos implantados na região está transformando a vida dos amazônidas num verdadeiro inferno. Nesta reportagem especial, primeira de uma série, Brasil Agora mostra estragos que o gás fluoreto, expelido por uma fábrica de alumínio, está causando a uma comunidade próxima de Belém. AcomunidadedeCuruperé, localizada no município de Barcarena (vizinho a Belém), assistiu estarrecida à destruição de diversas espécies de árvores frutíferas, ao longo dos últimos dois anos. A pupunheira (palmeira que produz a pupunha, um fruto largamente utilizado no Pará), foi a primeira espécie vegeta] atingida pelo gás fluoreto expelido pelas chaminés da fábrica de alumínio Albrás (Alumínio Brasileira S/ A). Em contato com a umidade atmosférica, o gás fluoreto se transforma em chuva ácida e ao cair sobre a vegetação produz manchas negras egosmentas nas folhas. Depois de algum tempo, essas folhas começam a amarelar No Pará, indústria de alumínio produz gás que torna a chuva tóxica, matando rio e árvores. e finalmente a árvore seca. PREJUíZOS. Por enquanto só os agricultores de Curuperé estão observando o problema, já que a comunidade fica localizada bem ao sul da fábrica. Mas além da pupunheira já foram destruídas outras espécies como o bacurizeiro, ocupuaçuzeiro,a bananeira e a cuieira. A mangueira também foi afetada mas demonstra maior resistência ao fluoreto. Entretanto, seu fruto, a manga, fica com sabor azedo. Os agricultores de Curuperé perderam, no ano passado, toda a safra de pupunha, bacuri, cupuaçu e banana, que era vendida nas feiras de Barcarena e de Belém. As 150 famílias de trabalhadores rurais da comunidade denunciaram o fenômeno à direção da Albrás, mostrando que estavam amargando sérios prejuízos financeiros com a perda das frutas e temendo que a chuva ácida pudesse provocar problemas de saúde, já que as águas do rio Curuperé também estavam sendo atingidas pelo fluoreto. A empresa prometeu tomar providências mas só tomou a iniciativa depois que o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barcarena denunciou ofatoaodeputadoestadualjosé Carlos Lima, líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa do Pará. LEITE DERRAMADO. A empresa chegou a publicar uma nota na imprensa de Belém, no ano passado, declarando que as alterações nas árvores poderiam "ser atribuídas a outros fatores relacionados ao solo, doenças vegetais e semelhantes". Mas depois teve que se curvar aos fatos e tratou de firmar um convênio, às pressas,com a EmbrapaeaUniversidade de Viçosa (Minas Gerais), para estudar os efeitos do fluoreto na vegetação tropical. Ou seja, somente depois de seis anos é que se buscou conhecer os efeitos do fluoreto na Amazônia. As primeiras amostras das árvores atingidas foram identificadas como efeito direto do fluoreto pelo professor Marco Antônio Oliva, da Universidade de Viçosa, especialista em ecofisiologia e estresse gasoso de plantas. O engenheiro responsável pelo setor de meio ambiente da Albrás, Paulo Roberto Nunes, garante que a legislação brasileira ainda não estabeleceu um padrão para a emissão de fluoreto. Por isso, diz, a empresa adota o padrão norteamericano, que é de 1,25 qui-

14 los de fluoreto por tonelada de alumínio produzido. O governo do Estado do Pará, através de seus organismos de controle ambiental, limita-se a receber os relatórios emitidos pelas estações de monitoramento da Albrás. Mas, além do impacto causado ao ambiente externo, no interior da fábrica os operários que trabalham na unidade de Anodo 1 e Redução 1 também estão expostos aos efeitos do fluoreto e outros gases. Os filtros dessas duas unidades captam apenas 70% dos resíduos químicos, contra 97% dos filtros utilizados nos fornos fechados. Para isto a Albrás apresentou (após a denúncia dos trabalhadores rurais e do deputado petista) um projeto ao Banco Mundial visando Marcando Posição - 29.C 1.92 Jornal do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região obter 10 milhões de dólares para substituição dos fomos abertos. TAMBéM NO MARANHãO. Um outro projeto encaminhado no Banco Mundial, após consta tação dos efeitos do fluoreto n.i vegetação tropical, visa obter 201) mil dólares para desenvolver o estudo que deveria ter sido feito antes da implantação da fábriai, em O engenheiro Paulu Nunes confirmou que a liberação do fluoreto se dá na forma de pó e gás. E que o anodo (um dos componentes do alumínio) libera carbono, daí o odor de enxofre que os lavradores de Curuperé sentem quando sopra o vento nordeste. Em São Luís (MA), onde está instalada a fábrica de alumínio da Alumar (Alumínio do Maranhão), também já foram identificados os primeiros impactos ambientais^provocados pelo fluoreto. Mas os estudos que estão sendo desenvolvidos pelo Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental (unidade da Embrapa) e a Universidade de Viçosa deverão durar cerca de cinco anos. Enquanto isso a discussão é se os efeitos que estão afetando as plantas não poderão também afetar os trabalhadores da fábrica e a comunidade que vive em tomo do projeto de alumínio, que já está implantando uma fábrica de alumina, a Alunorte, e uma fábrica de silício, da Mendes Júnior. PAULO ROBERTO FERREIRA, de Bclcw O acordo com o FMI Pagamento será feito com mais recessão e desemprego No último dia 29, o Brasil fechou um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional/FMI. Será liberado até o final de 1993, um empréstimo de US$ 2 bilhões. Obviamente, nada vem de graça. O governo Collor terá que aprofundar a recessão causada pela política imperialista que vem implantando no Paus. O resultado será o aumento do desemprego e da miséria no País. O FMI aprovou a "carta de intenções" do governo brasileiro antes de liberar os dólares. Nela, Collor compromete-se a seguir à risca as exigências do Fundo, um dos órgãos internacionais mais poderosos da exploração dos países do terceiro mundo pelos imperialistas (USA, Inglaterra, Japão, França etc). Um dos pontos centrais da "carta de intenções" do governo Collor é a garantia de que os preços serão liberados e de que os aposentados não receberão os 147% de reajuste. Ou seja, a conta será paga mais uma vez, pela maioria explorada da população brasileira. Um prenuncio objetivo de que a miséria tende a crescer, com o aumento do desemprego e do arrocho salarial; com o agravamento deis já péssimas condições de vida da classe trabalhadora. DÍVIDA EXTERNA A dívida externa brasileira junto aos bancos estrangeiros já está em US$ bilhões. Somente a título de juros e correção este montante já foi saldado várias vezes. No entanto, Collor e seus antecessores sempre colocaram em primeiro plano a necessidade de continuar pagando o que já está mais do que pago. Uma completa submissão. O presidente collorido não se importa em ser um testa de ferro dos países imperialistas. PELO NAO PAGAMENTO O não pagamento da dívida externa é uma reivindicação fundamental dos trabalhadores brasileiros. É preciso que os bilhões de dólares que saem do País a título de juros da dívida externa sejam aplicados em melhorias para a população: saúde, saneamento básico, educação, habitação etc. No entanto, fica claro que o governo Collor é totalmente incapaz de opor-se a esta verdadeira sangria do País. Ele está comprometido com o imperialismo até o pescoço. Somente um governo próprio dos trabalhadores terá interesse e forças para dizer não a essa brutal exploração. (BH-jomalisata do MP). AS EXIGÊNCIAS DO FMI Para liberar os US$ 2 bilhões, o FMI faz uma série de exigências visando à continuidade do pagamento da dívida externa. São elas: Inflação mensal de 2% até dezembro/92 Mais recessão. Estagnação da economia neste ano. Aumento do arrocho salarial e do desemprego. Juros maiores que a inflação. Política de preços livres e abertura do mercado interno. Não pagamento dos 147% aos aposentados. A

15 Sinopse - Dezembro/91-Janeiro/92 Comissão Pastoral da Terra - Goiás Conjuntura Econômica 92-SAFRA CONTINUARÁ BAIXA Os brasileiros que esláo atentos às notícias relacionadas ao meio rural, passaram os quatro últimos meses de 1991 ouvindo anúncios - os mais efusivos - da parte de Antônio Cabrera, ministro da Agricultura, e do próprio presidente Collor, de que o Brasil terá em 1992 um safra de grüos 16% superior à colhida em Pelos anúncios divulgados na imprensa, das 57,4 milhões de toneladas colhidas na safra anterior, o país daria um salto para 65,6 milhões de toneladas de grüos na safra agrícola 91/92. Caso fossem verdade, esses dados levantariam o tüo baqueado ânimo dos brasileiros. Porém, os fatos, ou melhor, os dados concretos, não confirmam o exagerado e irresponsável otimismo "premonitório" com que o governo anuncia tal notícia que, diga-se de passagem é - no mínimo - sensadonalísta, tem claros objetivos eleitoreiros (92 é um ano eleitoral) e deseja "cobrir com a peneira" o que é visível aos olhos de todos; a grave crise em que o país está mergulhado. Puxando um pouco pela memória, em 10 de julho do ano passado, em Presidente Prudente (SP), Collor/Cabrera anunciaram, também com muita publicidade, o que chamaram de "nova política agrícola". Tal pacote previa, entre outras medidas, o "crédito-equivalência" ou "equivalência preço-produto", isto é, o produtor que financiasse o equivalente a 5 sacas de milho, por exemplo, pagaria ao credor o equivalente a 5 sacas do produto; o que se tem notícia é que inúmeros pequenos produtores procuraram basear-se nesta medida para sacar empréstimos, mas, imediatamente, constataram que o negócio nüo era tüo simples assim. Ainda deveriam pagar juros e taxas adicionais. Da mesma forma foi anunciado, na ocasião, que mesmo aquele produtor que nüo fizesse financiamento bancário, poderia ingressar com pedido de Proagro, em caso de frustração involuntária de safra. No entanto, tal medida nunca mais foi mencionada e os agricultores correm o risca de, ao solicitarem a cobertura de seus débitos, náo encontrarem amparo legal; como o governo balança ao sabor do vento e joga com as palavras com muita facilidade, nüo é de estranhar que a medida em questão nüo tenha sofrido regulamentação. ' É importante lembrar que, um pouco antes do anúncio deste "pacote", o Ministério da Agricultura fez a reclassificaçüo dos micro, pequenos, médios e gran- des produtores, visando a liberaçüo de créditos para a safra 91/92. Com essa nova dassificaçüo, pequenos agricultores ficaram sendo aqueles que na safra agrícola futura terüo uma renda bruta anual estimada em até Cr$ 14 milhões; os médios, entre Cr$ 14 e Cr$ 70 milhões e os grandes, acima de CrS 70 milhões. Desta forma, nüo sfem difusas intenções, uma parcela grande de produtores ficou na faixa de "pequenos e médios", e os que são de fato minis e pequenos agricultores terüo mais uma vez dificuldade em competir junto aos agentes financeiros em busca de crédito, sem falar que numa economia informal, os pequenos nüo têm nada como mensurar a sua produção; com isso, quem leva vantagem são os médios e grandes produtores. Para completar, os segmentos empresariais e os banqueiros conseguiram revogar, sob a argumentaçüo de que minis e pequenos agricultores nüo têm demanda para tanto crédito, a circular 1973 do Banco Central, de junho passado, que destinava a estes, 60% dos recursos de exigibilidade bancária para o crédito rural. Mas, poucos meses depois, a 4 de outubro último, na pequena cidade de Itaguaraí (Goiás), ocorreu o anúncio de mais um "pacote agrícola". Em comum com o de julho, a promessa de muito dinheiro: um total de Cr$ 2,4 trilhões - CrS 1,5 trilhões, em valores de julho, a serem liberados até 28 de fevereiro próximo, acrescidos de CrS 900 bilhões, originários do Tesouro Nacional, da poupança rural e das novas exigibilidades sobre o DER (Depósito Especial Remunerado) - novidade do novo "pacote" - e, da mesma forma, muita euforia com o prenuncio de uma safra agrícola próspera. Em termos reais, quem obteve vantagens foram os médios e grandes produtores, para quem as taxas de juros para financiamentos cairam de 18% para 12,5% ao ano, além de TRD (Taxa referencial Diária). Para os pequenos produtores financiados com recursos do tesouro Nacional, esses continuam pagando 9% ao ano. Mas a novidade nada positiva é a correção pela mesma TRD. Ainda no mesmo pacote, foi feito o anúncio de que os preços mínimos de garantia e os Valores Básicos de Custeio (VBCsJ seriam corrigidos em 22% naquele mês (outubro) e, mensalmente, peia variação da TRD. Mas, em seguida, especialistas já constatavam a defasagem das medidas anunciadas com relação à realidade da agricultura: no período de 30 dias, compreendido entre o anúncio do "pacote" e o final do mês de outubro, após a midi-desvalorizaçüo do cruzeiro determinada pelo Banco Central, alguns insumos como os fertilizantes químicos, chegaram a sofrer reajustes acima de 60%, contra uma correção de apenas 22% nos VBCs, determinada pelo Ministério da Agricultura, a partir de 10 de outubro. Com isso, a previsão é de que, mesmo nüo havendo problemas climáticos generalizados, poderá haver uma frustração de safra, provocada pela baixa produtividade das lavouras, em função do sacrifício na utilização das recomendações técnicas. Para se ter uma idéia, no final de outubro, o cálculo do custo de produção para 1 hectare (no Distrito Federal) estava orçado em CrS ,00 (computando o uso de semente própria) para a soja e de CrS para o milho, o que acarretava uma defasagem de CrS ,00'para a soja e de CrS ,00 para o milho, se comparados os custos reais cora os respectivos VBCs. Em 1980/81, o Brasil colheu uma safra agrícola de 52,8 milhões de toneladas de grãos. Dez anos depois, ou seja, na última safra - 90/91 - a colheita foi de 57,4 milhões de toneladas de grãos. Num prazo de 10 anos o país contabilizou um aumento relativo de safra de apenas 8,7%. Deste aumento relativo nüo se está subteaindo a- quele referente a aumento da produção to- tal pela incorporação de novas áreas (áreas de "fronteira agrícola") às já tradicionais. Com isso, pode-se afirmar que neste período, o incremento de produtividade na agricultura brasileira foi praticamente insignificante. Com relação ainda à última safra, esta foi a menor dos últimos 5 anos agrícolas e, em relação à safra anterior (89/90) foi inferior cm 1,7%. Paradoxalmente ao título que o Brasil se orgulha de ostentar de ser um "país agrícola", em 1991 as importações de grãos foram de 7 milhões de toneladas, contabilizando gastos até setembro, da ordem de UsS 1,6 bilhões (um bilhão e seiscentos milhões de dólares). Segundo da- dos recentes, o Brasil é o 2 o maior importador de alimentos do planeta; estamos importando arroz, feijão, trigo, milho, carne, leite e até soja, sendo superados apenas pela extinta União Soviética. O país fechou 1991 com um dos maiores volumes de importação alimentar de sua história, eqüivalendo a 10% das importações totais. Apresentamos alguns números com relação à importação de graos:

16 Importações autorizadas (jan/nov-9i) Produto Us$ milhões Toneladas (100) Trigo <*) Carne bovina Leite Arroz Soja Milho Feijão ' ' Importação efetiva Fonte: CTIC/Decex (Departamento de Comércio Exterior) - Secretaria Nacional de Economia Com relação ao trigo, em 1991 foi importado o maior volume do produto dos últimos 6 anos. Comparando-se o PIB (Produto Interno Bruto) Nacional com o PIB Agrícola do Brasil, entre os anos de 1986 e 1990, o primeiro índice apresenta uma queda acumulada de 14,7%, enquanto o segundo, no mesmo período, caiu 24% - com a ressalva de um desempenho positivo de 2,9% de 89 para 90. Por todo esse quadro que apresentamos, podemos constatar que a atividade agrícola no Brasil tem apresentado um desempenho multo aquém do que se pode esperar de um país que, segundo seus governantes, está se inscrevendo na lista dos países "modernos", de primeiro mundo. Retornando ao início das colocações que estamos fazendo, a contestação do otimismo exacerbado do governo vem de especialistas, a partir da realidade que se apresenta. Vejamos: o anúncio do último "pacote", no mês de outubro, traz em seu conteúdo medidas tardias e parciais como fica caracterizado no caso da necessidade da aquisição e entrega de adubo, sem tempo hábil (a correção do solo deve ser feita de 3 a 6 meses antes do plantio e, naquele momento havia pouco adubo no mercado). As previsões, em meados de setembro/91, pelo fraco desempenho na venda de insumos, apontavam até aquele momento para uma colheita na safra agrícola 91/92 inferior à safra 90/91. Especialistas previam inclusive que em 92, o país dependerá mais uma vez de importações de grandes quantidades de grãos para completar o déficit da oferta alimentar; para o Brasil tornar-se auto-suficiente na produção de grãos, a área de plantio teria que crescer 10 milhões de hectares até o final da década. No dia 27 de dezembro passado, também contestando as previsões do governo, os principais jornais do país traziam em suas manchetes: "Safra de 92 deverá ser insuficiente" e "Economista contesta dados Sobre safra". O economista em questão é Paulo Yokota - que serviu ao governo em duas épocas diferentes: em 1971, como diretor da área de crédito rural do Banco do Brasil e, em 1979, por 6 anos, à frente do Incra. Segundo o mesmo, "o Brasil precisará importar 5 milhões de toneladas de grãos, em 1992, para suprir o mercado interno, compensando o atual baixo estoque (2 milhões de toneladas) e a insuficiência da próxima safra que ficará bem abaixo do total de 65 milhões de toneladas previstas pelo governo". Yokota afirma ainda que o governo se precipitou ao fazer a previsão da safra e que a partir de contatos com companhias agrícolas, sua avaliação é de que a próxima safra poderá chegar a apenas 62 milhões de toneladas; diz ainda que o estoque do governo, além de ser baixo comparado com outros anos, começa a apresentar problemas de qualidade. Em sua análise, o economista avalia que "os alimentos também vão preocupar o governo no ponto considerado fundamental pela equipe econômica: o controle da inflação". Na data em que fez as declarações, previa que a inflação de janeiro/92 chegaria a 27%, a despeito do governo afirmar que seria inferior aos 23% verificados em dezembro/91. Hoje, faltando 4 dias para completar o mês, os números apontados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da Universidade de São Paulo, estão em 24,5%. Em outubro, quando do anúncio do "pacote agrícola", a imprensa já denunciava: "Não foi apenas a tese de que o aumento na oferta de alimentos básicos, no próximo ano, contribuirá para reduzir a inflação, que levou o presidente Collor a baixar o pacote agrícola. Collor* também está convencido de que a medida ajudará a capitalizar votos no interior do país nas eleições municipais de 92. O presidente procurou resgatar o compromisso de campanha com a agricultura, depois de ter sido lembrado que a maior parte dos 35 milhões de votos que o elegeram vieram do interior."(jornal do Brasil, RJ, 21/10/91). Outros jornais também fizeram alusão ao fato, como o "Correio Braziliense", da mesma data, que dizia em título de matéria: "Apoio ao campo visa eleição municipal". Com isto, fica bem claro o que está por trás das notícias de uma safra agrícola próspera - o interesse do governo em continuar "merecendo" o apoio que vem do interior, além do interesse em camuflar a crise que abate o setor industrial urbano; com isso, injeta recursos financeiros no setor agrícola visando deslanchar a agroindústria. Finalizando, o modelo agrícola que está sendo implementado no governo Collor - que, bem foi denominado, pretende "modernizar o moderno" - vem sucateando a indústria brasileira e, na agricultura, promove uma maior concentração da terra, destro! o ecossistema e não consegue resolver o problema da falta de grãos para a alimentação, exigindo mais importações. Sem ocorrer uma alteração profunda do modelo agrícola concentrador de terra e renda, as safras continuarão a não corresponder às necessidades de abastecimento do mercado interno e de exportação. Continuando a tendência do modelo vigente. não será estancado o êxodo da população rural rumo aos grandes centros urbanos, que continuarão a enfrentar problemas sociais em áreas vitais como saúde, educação, habitação e, inclusive, abastecimento.í (Colaboração de Vera Lúcia Lunardi, engenheira agrônoma, assessora da CPT- GO) Anáas»nnanceka-25FEV-02UAR/1992 A contribuição da agricultura O significativo aumento da produção agrícola cm 1992 que poderá atingir, segundo o IBGE, 68 milhões de toneladas de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas); 12 milhões (21%) a mais do que a produção de 1991 (56,1 milhões) deve, se confirmado, contribuir para a melhoria dos indicadores de nível de atividades. Avaliara intensidade dessa contribuição, no entanto, é um exercício que envolve elevado grau de imprecisão estatística. É preciso considerar, antes de mais nada, que a projeção do IBGE toma por* base um excepcional aumento de produtividade, já que a área plantada cresceu apenas l%.scmdúvida, as condições climáticas ao contrário dos prejuízos provocados nas duas últimas safras estão contribuindo decisivamente para a boa performance deste ano. Mas ainda é preciso torcer para que não haja nenhuma inversão nessa tendência para que os números do IBGE sejam confirmados. Um crescimento de 21% na safra de grãos também não traduz o comportamento global do setor, já que deixa de fora produtos com peso decisivo na formação da taxa final. É o caso do café, cuja produção deve cair, e da cana, cuja safra deve empatar com a de Além disso, 6 bastante discutível o poder de alavancagem do setor agrícola sobre o restante da economia. As lavouras respondem porcerca de 6% do PIB total do país, enquanto a participação da indústria, por exemplo, chega a 38%. Para anular uma alta de 21 % na produção agrícola que resulta em algo como 1,3 pontos positivos no PIB total basta uma quedaentrc 3,0%e 3,5%daproduçãoindustrial. Isso não quer dizer, evidentemente, que a contribuição da agricultura seja desprezível. Se a safra não crescesse, uma queda no setor industrial seria ainda mais dramática. Uma boa safra eleva a renda c o potencial de consumo e investimento nas áreas rurais, amenizando pane dos efeitos perversos da recessão. Os reflexos sobre o nível de atividades, entretanto, dependem do comportamento dos preços agrícolas. Sc ocorrer uma queda imediata, ou mesmo uma estabilização nos níveis atuais, considerados baixos pelo setor, as vendas serão retardadas. Neste caso, os agricultores evitarão o consumo de bens e a antecipação, para o primeiro semestre, das compras de insumos.^

17 Jornal do Brasa Quem semeia miséria colhe violência HERBERT DE SOUZA Não dá mais para agüentar o espanto, o medo e a indignação da chamada sociedade brasileira em relação á violência praticada nas grandes cidades brasileiras. Basta uma pessoa conhecida ser atingida por uma bala, ser assaltada ou assassinada por adolescentes que vivem nas ruas, um turista do Primeiro Mundo ter sua máquina fotográfica roubada, para imediatamente o País inteiro entrar em estado de clamor público contra a violência que assola a sociedade. Cartas indignadas são dirigidas aos prefeitos e governadores. Apelos são feitos até as Forças Armadas para tomarem conta das ruas. A violência parece só ter uma cara. a do crime, do tiro, da morte. Parece só ter uma cor, a negra, e um remédio, à ação policial. A solução seria uma grande cadeia pública onde estariam todos os marginais, mendigos, criminosos, a escória da sociedade. E poucos realmente se perguntam sobre a verdadeira extensão da violência praticada no País, seus autores e seus possíveis remédios. Um por cento da população brasileira detém 53% de toda a riqueza nacional! Os 18 maiores proprietários rurais brasileiros detêm juntos um território equivalente a Holanda, Portugal e Suíça juntos! Não existe limite para a propriedade da terra no Brasil. Cerca de 40 milhões a 50 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza absoluta. O salário mínimo fica sempre aquém dos USS 100 por mês, entre os mais baixos do mundo. Mais da metade da mão-de-obra no Brasil não tem as garantias legais do emprego formal, trabalha na economia submersa. A evasão escolar joga nas ruas milhares de crianças e adolescentes que se deparam com toda sorte de incertezas e violência. O narcotráfico vai dominando a economia e as relações sociais de políticas de amplos setores da sociedade, criando um outro pais ao lado do oficial, empregando, organizando, julgando e matando milhares de pessoas por ano. Os cartéis e os oligopólios liderados por grandes empresas transnacionais fazem do Brasil o que querem e são os únicos setores a crecer e ter lucros enquanto tudo o mais é crise e recessão. Enquanto isso a política econômica do governo submete o País a um duplo arrocho: os salários pressionados pelo desemprego e pela inflação perdem a cada dia seu valor real. O pagamento dos juros da divida define como prioridade as exigências dos banqueiros internacionais. O Brasil paga lá fora afirmando que não tem dinheiro cá dentro. O ministro Marcilio chegou a afirmar que o acordo fechado na semana passada com o Clube de Paris de pagar USS 4,1 bilhões de juros até 1993 está dentro da capacidade de pagamento do Brasil! Considerando que o Brasil deve ter pago no governo Collor, até agora, não menos de USS 16 bilhões por conta dos juros da divida externa (em 1991 pagou USS 8 bilhões), é de se perguntar onde entra o interesse nacional nessa história e para quem efetivamente o governo brasileiro está trabalhando. É claro que, com um governo trabalhando para impedir a retomada do desenvolvimento, não há país que agüente, nem miséria que diminua. Isso é que gera violência. É claro que, quando a política econômica do pais não tem como objetivos gerar empregos e redistribuir renda, a crise social só tenderá a crescer e a miséria a aumentar. Produzimos milhões de pobres a cada dia. E muitos acreditam que promover o desenvolvimento não é uma obrigação do Estado mas um resultado espontâneo de uma coisa mágica chamada mercado-., É verdade, o mercado tem produzido os pobres do,brasil.»^mj O resultado de tudo isso está a vista de todos: crescem-x) desemprego e o subemprego. Crescem a pobreza e a misçria. Aumenta o número de mendigos. As ruas são tomadasjiór grupos de crianças é àdolesicen- tes que buscam sobreviver como podem na selva das cidades grandes. Aumentam a prostituição de homens e mulheres, maiores e menores. Comer e sobreviver a qualquer custo passa a ser a prioridade de cada um desses milhões de marginalizados. E, depois de tudo isso, ainda nos assustamos com o resultado! Confesso que me assusto com a passividade de nossa sociedade, de nossos trabalhadores que escutam o choro de fome de seus filhos e continuam bem-comportados. Com os milhões de pobres que não roubam para comer, que não invadem terras para produzir, que não ocupam casas para ter onde morar. Confesso que me espanta o grau de passividade e de resignação que se abate, sobre a maioria esmagadora da população brasileira. Fosse ela mais atuante, mais revoltada, mais exigente, mais indignada, não teríamos o que temos agora. E seguramente teríamos menos pobreza e violência. Enquanto estivermos semeando miséria estaremos colhendo violência, e ela não cessará de crescer e de tomar a nossa vida tão miserável quanto a daqueles que vivem no desespero. 0 Herbert de Souza, sociólogo, i «crelirío-execulivo do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibasc).

18 O Estado de São Paulo Pesquisa mostra que PT sofre burocratízação interna Núcleos perdem espaço para parlamentares pagos com recursos públicos LUIZ LANZETTA Da Reportagem Local Um estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), instituto de pesquisas políticas e econômicas sediado em São Paulo, concluiu que o PT hoje é um partido dirigido por profissionais da política, pagos com dinheiro dos cofres públicos. Esta burocratização, aos 11 anos de existência, segundo o Cebrap, esclerosou os núcleos de militantes, comprometendo a idéia original de construir um partido de massas. Segundo o estudo, a máquina petista é mantida com as contribuições dos parlamentares, prefeitos, secretários, assessores e, até, com as do imposto sindical. Estes recursos de fontes públicas cristalizaram no comando do partido os detentores de mandatos populares e de seus grupos de influência. O autor do estudo do Cebrap é o cientista social Carlos Novaes, 34, que vem se dedicando a pesquisar os interiores do PT. O resultado final do seu trabalho será uma tese de mestrado, a ser apresentada na Universidade Federal de Minas Gerais. "A maior parte dos participantes dos últimos encontros do PT foi de quadros de profissionais da política. Isto evidencia uma forte e densa capilaridade entre o partido e as instituições. Nos leva a observar o quanto o PT está substantivamente comprometido com a ordem institucional que ele pretende transformar", diz ele. Novaes detecta uma tensão entre os petistas da base e os profissionais da política. "Há uma insatisfação com o poder que os parlamentares detêm hoje no partido. A base não quer aceitar a dominação de quem prove o partido de recursos", afirma. De acordo com o pesquisador, "quanto mais o partido receber recursos da ordem institucional, mais a vida partidária vai girar em torno dos limiares desses recursos e menos em torno de uma idealizada base mobilizada". Novaes pesquisou os participantes do 1? Congresso do PT, no final do ano passado. Antes, fez outras duas pesquisas entre dirigentes petistas. Sua pesquisa recebe recursos da Fundação Ford e tem o apoio da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais. O deputado federal Hélio Bicudo (PT-SP), em seu artigo "PT - perplexidade e burocracia", publicado ontem na Folha, criticou a direção do PT por não cumprir determinações do congresso do partido principalmente o pedido de imoeachment do presidente. { Maioria aceita o capitalismo Da Reportagem Local Os petistas não suportam o rótulo de social-democralas. No entanto, em sua maioria, apoiam a economia regida pelas regras do mercado capitalista e o capital estrangeiro como fundamental para o desenvolvimento do país. "Faz parte da auto-imagem do petista a idéia de que o PT é ao mesmo tempo pós-social-democrata e pós-socialismo real", afirma Carlos Novaes. Durante seu 1? Congresso Nacional, os petista aceitaram o mercado amplamente (68,7%), segundo a pesquisa de Novaes. Mas, mais de um ano antes, durante o 7? Encontro, estavam rejeitando esta idéia. Novaes explica a mudança: "Neste período, houve os acontecimentos do Leste europeu e, ao mesmo tempo, nos governos de cidades importantes, o PT ampliou seus contatos com a com- plexidade da vida brasileira A grande novidade no resultado da pesquisa foi o tratamento ao capital estrangeiro. A rejeição a iele é mínima: 4,7%. "A grande maioria não rejeita e um governo do PT não se oporia a sua vinda", registra Novaes. Para ele, aí se encontra a grande contradição dos petistas que repudiam a social-democracia: a aceitação plena de um capital que só se estabelece visando o lucro segundo os desígnios absolutos da iniciativa privada. (LL) Deputado não vê burocracia Da Reportagem Local O secretárío-geral dó PT, deputado José Dirceu,- afirma que não existe burocracia no partido. "O PT não tem estrutura. Não está informatizado. Eu não tenho secretária", diz. Ele reconhece que há uma tensão entre parlamentares e militância:' Não é fácil reciclar o PT, que é um avan- ço em reiaçáo, a outros-partidos. Mas vai haver'' mudanças na sua estrutura','. O deputado disse conhecer o trabalho de Carlos Novaes. Mas acha que as críticas feitas à burocracia do PT são ' 'simplórias ". 0 TOlEMlCAS DO NOSSO TEMPO FIORESTANFERNANDé VALOR Cr$ ,00 A VENDA NO CPV

19 Quinzena PoUtiea Nacional Folha de São Paulo PT perplexidade e burocracia HÉLIO BUCUDO O primeiro congresso do PT, recentemente realizado, adotou algumas decisões que o Diretório Nacional do partido tergiversa em cumprir, numa atitude contraditória daquilo que se deve entender como a trajetória tática do PT, como um todo. A corrente predominante chamada de Articulação' tem hoje seu número acrescido pelas adesões advindas de outros grupos que já lhe foram adversos e que procuram sobreviver nos meandros da burocracia partidária. Essa corrente busca uma interpretação das conclusões daquele conclave que possa corresponder ao perfil que pretende assumir na condução daquela política. É, aliás, essa posição de dubiedade ou perplexidade, na prática das intervenções do PT como partido de oposição, que tem levado a atuação de sua bancada, em nível federal, a posições muitas vezes equivocadas. Para lembrar alguns exemplos, aí esta o esquecimento de cerca de 600 emendas tendentes a obstruir o projeto governamental de rolagem da dívida dos Estados e municípios, no modelo imposto, substituídas como num passe dermágica por uma só,que resguardaria a face dos partidos que se opunham ao autoritarismo do governo e ao oportunismo de alguns, a qual certo infantilismo político procurou imprimir qualificativos salvadores e que sequer foi ouvida por um plenário motivado pelo fisiologismo da política de governadores e prefeitos; o atrelamento aos níveis do Imposto de Renda propostos pelo governo, a determinar maiores sacrifícios aos assalariados, sob pretexto economés de viés esquerdista de assim propiciar maior "distribuição de renda"; a manutenção do sistema centralizado de cobrança das contribuições da Previdência Social, na Receita Federal, circunstância que só tem favorecido o desvio de verbas para outros setores que não aqueles que deveriam ser socorri- dos; a aceitação da cautelar fiscal, legislação autoritária, incompatível com a gestão democrática da coisa pública. Vem por último a adesão à antecipação do plebiscito, abraçando um casuísmo que, certamente, vai abrir a porta das instituições a avanços da direita. Na verdade, de que valem as denúncias formuladas por representantes do PT, quando elas se estiolam no momento em que produzem resultados na mídia eletrônica? Elas são importantes, mas não se podem reduzir, como acontece, às ressonâncias meramente publicitárias, bsquecidas, ademais, porque desentrosadas da atuação conjunta, que deveria caracterizar um partido de oposição. Ora, antes mesmo da realização do primeiro congresso do PT, a Direção Nacional se opunha a uma atuação mais clara do partido enquanto oposição ao governo Collor. Cruzou os braços ante os crimes eleitorais na campanha de 89. Confundiu e confunde legalidade com legitimidade. Tem medo de falar em "impeachment", e quando o primeiro congresso adota uma decisão insofismável a respeito, prefere ignorála para encontrar na antecipação do plebiscito previsto para 7 de setembro de 1993 sobre presidencialismo e parlamentarismo e na delirante convocação de eleições gerais, que desaguariam no afastamento de Collor, o caminho para mascarar o golpismo de semelhante atuação. Esquece-se de que o afastamento daquele que comete crimes na administração do Estado é uma conseqüência da própria estrutura democrática do sistema. Nenhum mandato é irrevogável e A atual direção do PT pretende ignorar que democracia é cumprir a vontade das maiorias nem o presidente intocável, como se pretende. Em vez das práticas tortuosas, manipuladoras da opinião pública, a opção pelo afastamento em processo constitucional, contra quem desmereceu o mandato e cometeu crimes antes e depois de eleito, constituise em fator importante no processo de educação política do povo, para uma compreensão mais nítida da democracia e de sua prática e, sobretudo, dos limites dos poderes presidenciais. Nessa ordem de idéias, se o PT porque isto contraria a "praxis" adotada pela corrrente dita majoritária, se nega a cumprir conclusões definitivas como aquelas que se inscrevem, enfaticamente, nos itens 13 e 14 das resoluções tomadas, que se referem respectivamente à condicionante de eleições gerais, para se aceitar a antecipação do plebiscito e o recurso do "impeachment" caso se caracterize jurídica e politicamente crime de responsabilidade praticado pelo presidente Collor, desmente na verdade a vontade de seus representantes. O congresso não deixou à Direção do Partido o juízo de oportunidade, mas impôs sua conduta Democracia não é contornar os interesses das maiorias para que prevaleçam interesses de pessoas ou de grupos ocasionais, mas cumprir u vontade dessas mesmas maiorias, quando legitimadas pela livre expressão de seu ideário político. E é isto que a atual direção do PT pretende ignorar. 0 HÉLIO BICUDO. 60, junsca. é deputado federal pelo PT de São Paulo e ex-membro do Diretório Nacional do PT

20 Quinzena Política Nacional Sem Terra - Fevereiro/92 deslocamento (resumido) O PT realizou o seu primeiro congresso. O partido teve de responder a muitas questões secundárias, como se elas fossem decisivas, e de deixar de lado outras tantas questões cruciais. A "democracia das bases' manteve-se ativa. Sujeitou-se, todavia, a constrangimentos (a tese da tendência majoritária converteu-se em "tese-guia" e o número de emendas das tendências minoritárias sofreu uma castração de proporcionalidade original). No discurso de abertura, Luís Inácio Lula da Silva esteve à altura de suas responsabilidades. Lamentavelmente, cingiu-se à presença na mesa diretora e às atividades extraplenário, como se as tarefas práticas de liderança suprissem as exigências teóricas e políticas do conclave. A tese-guia foi naturalmente pouco alterada. Ela retrata o deslocamento para o centro, que se vèm processando em grande parte do PT; desde que ele se tomou um partido de envergadura eleitoral. A retórica socialista compensa a debilidade de uma estratégia de luta política pela ocupação do poder institucional. Os trabalhadores da cidade e do campo, os excluídos e subaiterizados, os extratos agravados da pequena burguesia e dos setores frágeis das classes médias continuam a ter no PT o paladino das reformas sociais estruturais na construção de uma sociedade civil democrática e na transformação do Estado, em todos os seus níveis e ramificações. Contudo, a promessa do PT de "construção do socialismo" passou por uma deflexão. Preferese a "luta pela hegemonia" à luta de classes", como se aquela pudesse ser dissociada desta. Em conseqüência, o socialismo equacionase aberta e sistematicamente como uma seqüência de sucessivas "melhorias", desencadeadas de cima para baixo. O requisito dessa orientação consiste na permanência no poder estatal. A auto-imagem do petismo deluise em uma variedade de socialismo utópico. A utopia empalmou o lugar do socialismo revolucionário conseqüente, do qual se apresenta como uma negação e superação. Estamos longe do socialismo revolucionário e do marxismo. Mas, acima de programas, a história poderá acelerar-se, infundindo ritmos políticos rápidos a alterações sociais impreteríueís e vinculando dialeticamente, no aqui é no agora, reforma e revolução. Florestan Fernandes A Classe Operária -24FEV-08 MARÇO/92 Órgão Central do Partido Comunista do Brasa PCdoB aprova nova estratégia Durante seis dias (3 a 8 de fevereiro) 518 delegados ao 8 a Congresso do Partido Comunista do Brasil estiveram reunidos no auditório Teotônio Vilela do Senado, em Brasília, debatendo problemas relacionados à crise do socialismo e do marxismo, à estratégia da revolução ao Brasil e à atual situação do capitalismo em nosso pais e no mundo. A reunião contou com a participação de 25 delegações estrangeiras. Ao mesmo tempo em que desenvolveu uma ampla polêmica em torno de tais questões, o congresso revelou uma grande unidade em tomo da defesa do cartiter revolucionário do PCdoB, reafirmando a sua orientação manristaleninista, o que o torna o único partido político brasileiro da atualidade a se guiar por esses princípios. Os delegados também elegeram um novo Comitê Central, de 52 membros (14, ou 27%, novos ou que não faziam parte do CG anterior), encarregado de dirigir a organização até o próximo congresso. Lênin Lênin, o grande dirigente da revolução russa, foi escolhido patrono do Congresso e recebeu sua homenagem especial em discurso feito pelo vereador de Belo Horizonte e membro do Comitê Central eleito, Sérgio Miranda. Entre os 518 delegados (cm que cerca de 17% eram mulheres; 10%, operários e 15% negros) foi. intensa a discussão dos tonas do Congresso. Mais de 200 participantes se inscreveram para falar, abordando principalmente as teses sobre a estratégia do partido, avaliação da experiência socialista na história deste século e o tratamento da luta de idéias e das contradições no interior do partido, sem dúvida as mais polêmicas. Nora estratégia A alteração da estratégia do. partido (especialmente no que se refere ao problema das etapas da revolução no Brasil) foi um ponto alto do Congresso. Depois de um amplo debate, predominou uma orientação autocrítica a este respeito, que define: "O PCdoB luta, desde já, pela vigência do socialismo em nossa pária." Rogério Lustosa, membro do novo CC eleito na reunião, fez uma intervenção especial sobre o tema, em que destacou o avanço teórico do partido "nesse assunto, que não é novo", mas foi analisado sob o "impacto dos acontecimentos recentes no movimento operário e comunista mundial", tendo a nova conchisão sido viabilizada "pelo acúmulo de idéias produzido nas discussões do Congresso. A onda contra-revolucionária forçou uma análise mais aprofunda- da das experiências socialistas, o que permitiu elevar nossa compreensão sobre as etapas na edificação do novo regime. E, com isso, superar a visão até certo ponto linear que nos guiava e entender melhor os processos da revolução em nosso país." - Passamos a ver de modo autocrítico as formulações estratégicas até agora adotadas - continuou. O PCdoB tem se orientado de forma conseqüente no combate à exploração capitalista e indicado o rumo socialista. Mas a característica geral das etapas da revolução era marcada por certo esquematismo, que resultava, na prática, em separar mecanicamente duas revoluções. Entre os objetivos da nossa atividade e o socialismo colocávamos uma muralha que, teoricamente, dizíamos não existir. Embora esta nova compreensão tenha sido referendada pelos delegados, estes entenderam que era imprescindível uma discussão mais aprofundada sobre o' tema para esclarecer a müitânda e, dadas as repercussões da nova formulação no programa, o congresso resolveu que no prazo de um ano, deverá ser realizada uma Conferência Nacional Extraordinária para debater e elaborar uma nova orientação pragmática. Stálin Entre as resoluções adotadas no encontro, salienta-se a aprovação da "análise e as conclusões do Comitê Central sobre o papel e a responsabilidade de Stálin no plano histórico". Ao acentuar o papel dos erros e das deficiências no curso da construção e, depois, degenerescênda do sodalismo, o informe dta "o subjetivismo, o empirismo, o dog-

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