A ERGONOMIA COMO FATOR DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO E OTIMIZAÇÃO DO TRABALHO

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1 A ERGONOMIA COMO FATOR DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO E OTIMIZAÇÃO DO TRABALHO Luciano Pereira dos Santos a) O Problema A Ergonomia e a Lesão por Esforço Repetitivo, como pesquisa pode ser estudada considerando todos os ambientes onde possa laborar o homem, com a finalidade de comprovar se a ergonomia: previne a Lesão por Esforço Repetitivo e Interfere positivamente na produtividade e otimização do trabalho? b) Objetivo O objetivo deste estudo é interligar a ergonomia com a prevenção da Lesão por Esforço Repetitivo a produtividade e a otimização do trabalho nas organizações. O binômio conforto-produtividade andam juntos. Não é possível pensar-se somente no conforto, sem se pensar na produtividade; também não é possível pensar-se só na produtividade se não pensar no conforto, porque este resultado de produtividade será transitório. 4

2 c) Hipóteses Hoje estamos em outra era: a era da polivalência, da organização de produção celular, com grupos semi-autônomos; porém em grande parte das empresas ainda perdura a organização taylorista-fordista; enquanto que em outras ainda perdura o mais profundo empirismo administrativo. A Ergonomia é capaz de dar sustentação positiva às formas modernas de se administrar à produção e prevenir a L.E.R., mas também é capaz de ajudar as fábricas tayloristas-fordistas a diminuir a incidência dos problemas, principalmente das Lesões por Esforços Repetitivos e traumas cumulativos. d) Justificativa No atual cenário das organizações, das empresas transnacionais, e da globalização, já não se pode pensar a empresa apenas do ponto de vista de equipamentos e tecnologia. As empresas possuem uma estratégia, gerencia seus negócios, adota uma arquitetura organizacional mas, não deve esquecer de administrar suas pessoas. A ergonomia é um dos requisitos básicos da movimentação de materiais e prevenção da L.E.R., em todos os seguimentos industriais, e que quanto mais se investe, maiores são os resultados. Como se sabe, na busca de competitividade, muitas empresas têm procurado atingir suas metas através da automatização dos equipamentos. Existem, no entanto, atividades em que a melhoria do desempenho está condicionada aos recursos humanos e não aos equipamentos. Quando este cenário se confirma, o estudo dos postos de trabalho é de fundamental importância para detectar as reais oportunidades de melhoria. Quando se estuda o método pelo qual as pessoas executam suas tarefas, organizam o espaço de trabalho, facilitam o acesso a ferramentas, 5

3 equipamentos, etc., pode-se avaliar o potencial de otimização e prevenção da L.E.R., por meio de investimentos em ergonomia. 2. HISTÓRICO DA ERGONOMIA Podemos conceituar Ergonomia como o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia. A Ergonomia como ciência teve suas origens em estudos e pesquisas Na área da Fisiologia do Trabalho, mais especificamente na fadiga e no consumo energético provocado pelo trabalho. Estes estudos tiveram como objetivo diagnosticar os problemas que causavam a fadiga no trabalho e, Conseqüentemente, procurar soluções que pudessem eliminar e / ou minimizar a fadiga no trabalho. Na Inglaterra, durante a I Guerra Mundial (1914 a 1917), fisiologistas e psicólogos foram chamados para colaborar no setor industrial, com métodos e recursos para aumentar a produção de armamentos. Criaram então a Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições, em Com o fim da guerra esta comissão foi transformada no Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial. Em 1929, com a reformulação do Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial, que se passou a chamar Instituto de Pesquisa Sobre Saúde no Trabalho, o campo de atuação e abrangência das pesquisas em Ergonomia foi ampliado. Nele foram realizadas pesquisas sobre posturas no trabalho e suas conseqüências, carga manual e esforço físico, seleção e treinamento de trabalhadores, bem como, foram analisados as 6

4 conseqüências das condições ambientais (iluminação, ventilação e etc.). na saúde e no desempenho do indivíduo no trabalho, delineando desde então a necessidade de agregação de conhecimentos interdisciplinares ao estudo do trabalho. Na II Guerra Mundial (1939 a 1945), com a utilização de equipamentos e instrumentos bélicos, de concepção complexa e de alta tecnologia, exigia dos operadores habilidades acima de suas capacidades e em condições ambientais desfavoráveis e tensas no campo de batalha. Em função do elevado número de problemas encontrados decorrentes da faltam de adequação ergonômica nos projetos de desenho dos equipamentos, instrumentos, painéis e consoles de operação, os esforços foram fenomenais para adequar estes produtos às necessidades operacionais, à capacidade e limitações dos usuários (pilotos, controladores e operadores), objetivando a melhoria no desempenho, redução da fadiga e dos acidentes. Nascia então as primeiras aplicações práticas da ergonomia na concepção de projetos de design de produtos e postos de trabalho Surgimento das Lesões por Esforço Repetitivo A lesão por esforços repetitivos, já na idade média era conhecida sob outros nomes, como por exemplo, a "Doença dos Escribas", que nada mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo depois da invenção da imprensa por Gutenberg. Ramazzini, em 1700, também, descreve a doença dos escribas e notórios. Segundo Bernardino Ramazzini, (1992, pág.158), contínua vida sedentária, a necessária posição da mão para fazer a pena correr sobre o papel ocasiona não leve dano, que se comunica a todo o braço, devido à constante tensão tônica dos músculos e tendões, e com o andar do tempo diminui o vigor da mão. 7

5 Em 1895 o cirurgião suíço Fritz de Quervain descrevia a Entorse das Lavadeiras", atualmente conhecida como Tenossinovite de Quervian, um tipo de doença causada por esforço repetitivo. A L.E.R, entretanto, acentuou-se demasiadamente na década de 1990, com a popularização dos computadores pessoais. As principais causas são: Posto de trabalho inadequado e ambiente de trabalho desconfortável; Atividades no trabalho que exijam força excessiva com as mãos; Posturas inadequadas e desfavoráveis às articulações; Repetição de um mesmo padrão de movimento; Pouco tempo para realizar determinado trabalho com as mãos; Jornada dupla ocasionada pelos serviços domésticos; Atividades esportivas que exijam esforço dos membros superiores; Compressão mecânica das estruturas dos membros superiores; Ritmo intenso de trabalho; Pressão do chefe sobre o empregado; Metas de produção crescentes e pré-estabelecidas; Jornada de trabalho prolongada; Falta de possibilidade de realizar tarefas diferentes; Falta de orientação de profissional de segurança e ou medicina do trabalho; Mobiliário mal projetado e ergonomicamente errado; Postura fixa por tempo prolongado; Tensão excessiva e repetitiva provocada por alguns tipos de esportes; Desconhecimento do trabalhador e ou empregador sobre o assunto. As lesões por esforços repetitivos, atualmente denominados de Distúrbios Osteomuscular Relacionados ao Trabalho, foi cunhada por Brown, na Austrália em As lesões por esforços repetitivos, são doenças causadas pelo uso excessivo de determinada articulação, principalmente envolvendo as mãos, os punhos, cotovelos, ombros e 8

6 joelhos. Essa doença tem merecido destaque ultimamente devido ao aumento de casos, e a causa direta é o uso excessivo de determinadas articulações do Segundo, corpo, em geral relacionadas a certas profissões. Campos (1995, pág.62) o conjunto de patologias que compõe as Lesões por Esforços Repetitivos não é causadas somente pelo trabalho, podendo estar associada a atividades de lazer e esportes. As lesões não ocupacionais apresentam recuperação favorável, comparada às lesões ocupacionais. A principal razão, para esta diferença entre as lesões ocupacionais e não ocupacional é o fato de que nas atividades de esportes e lazer, os indivíduos podem evitar a lesão modificando ou interrompendo a atividade quando os sintomas aparecem, ou retoma-los gradativamente quando os sintomas diminuem. O trabalhador, ao contrário está submetido a pressões (medo de perder o emprego), as quais podem adiar a revelação dos sintomas iniciais, o que conseqüentemente resulta em atraso no diagnóstico e tratamento. De acordo com especialistas os sintomas iniciais da L.E.R. são: desconforto muscular, dormência e formigamento, sensação de frio e calor, rigidez e estiramento muscular. Normalmente a L.E.R. é uma lesão de prognóstico favorável na existência de um tratamento adequado. Mesmo em presença de uma evolução desfavorável não se pode falar na existência de alterações tão graves que signifiquem incapacidade funcional permanente dos membros superiores. É importante ressaltar que a síndrome dolorosa regional dos membros superiores é composta de uma série de lesões, cada qual com um tratamento e um prognóstico específico, que é anulado quando se firma um diagnóstico de L.E.R., isto porque, para caracterizar-se um distúrbio pela 9

7 sobrecarga de um grupo muscular particular, devido ao uso repetitivo ou pela manutenção de posturas contraídas a gerar uma lesão em face da realidade do trabalho, sendo que algumas regiões do corpo são mais afetadas pela L.E.R. Se a doença for identificada nesta fase, caracterizada por algumas pontadas, pode ser curada facilmente. As principais etapas da doença são: Dor mais intensa, porém tolerável, mais localizada, acompanhada de calor e formigamento. Nem o repouso consegue, nesta fase, fazer com que a dor diminua por completo. Incapacidade para certas funções simples. Dores insuportáveis e só pioram tornado a parte afetada dolorida, sem força e deformada. O paciente tem depressão, ansiedade, insônia e angústia. A doença já não tem mais cura. 10

8 Figura 1 regiões do corpo mais afetadas pela L.E.R. Como se nota da síntese acima ilustrada, existe uma predominância de alguns fatores sobre os outros, dependendo da área dos membros superiores lesados. Assim nota-se que a força excessiva, alta repetitividade 11

9 de um mesmo padrão de movimento e postura incorreta são fatores de peso aproximadamente igual. Assim, no pescoço e na cintura, a má postura é o fator predominante, sendo também importantes o esforço excessivo e a repetitividade. Não existe evidência, seja epidemiológica, clínica, fisiológica ou biomecânica que indique ser a repetitividade o fator básico causador das lesões e qualquer análise a respeito do assunto deve considerar a potencialização do risco da repetitividade pela força excessiva, posturas incorretas e vibração e compressão mecânica. O diagnóstico de L.E.R. é constatado quando se observa: história ocupacional de realização de esforços repetitivos numa jornada prolongada, sobre exigência de produtividade, ciclo de tarefa curto, pouco controle sobre o tempo de trabalho e posturas inadequadas. A dor é o principal sintoma das L.E.R. e pode começar como uma simples sensação de desconforto em uma região do corpo (punho, cotovelo e ombro) no final de um dia de trabalho e, com a evolução da doença, transformar-se em dor intensa que se estende para outras regiões vizinhas (todo o braço e pescoço) e se associa a inchaço local, limitação da capacidade de movimentar a parte atingida, dormência, perda de força e até mesmo acompanhar-se de alterações do estado geral (ansiedade, insônia e cansaço permanente). As lesões causadas por esforços repetitivos são patologias, manifestações ou síndromes patológicas que se instalam insidiosamente em determinados segmentos do corpo, em conseqüência de trabalho realizado de forma inadequada O Desenvolvimento das L.E.R. O desenvolvimento das Lesões por Esforços Repetitivos é multicausal, sendo importante analisar os fatores de risco envolvidos direta 12

10 ou indiretamente. A expressão fator de risco designa, de maneira geral, os fatores do trabalho relacionados com as L.E.R. Os fatores foram estabelecidos, na maior parte dos casos, por meio de observações empíricas e depois confirmadas com estudos epidemiológicos Fatores de Risco Os fatores de risco não são independentes. Na prática, há a interação destes fatores nos locais de trabalho. Na identificação dos fatores de risco, deve-se integrar as diversas informações. Na caracterização da exposição aos fatores de risco, alguns elementos são importantes, dentre outros: A região anatômica exposta aos fatores de risco; A intensidade dos fatores de risco; A organização temporal da atividade (duração do ciclo de trabalho); Tempo de exposição aos fatores de risco. Os grupos de fatores de risco das L.E.R. podem ser agrupados como: a) O grau de adequação do posto de trabalho à zona de atenção e à visão: a dimensão do posto de trabalho pode forçar os indivíduos a adotarem posturas ou métodos de trabalho que causam ou agravam as lesões osteomusculares; b) O frio, as vibrações e as pressões locais sobre os tecidos: a pressão mecânica localizada é provocada pelo contato físico de cantos retos ou pontiagudos de um objeto ou ferramentas com tecidos moles do corpo e trajetos nervosos; c) As posturas inadequadas: em relação à postura existem três mecanismos que podem causar as L.E.R: Os limites de a amplitude articular; A força da gravidade oferecendo uma carga suplementar sobre as articulações e músculos; As lesões mecânicas sobre os diferentes tecidos. 13

11 d) A carga osteomuscular: a carga osteomuscular pode ser entendida como a carga mecânica decorrente: De uma tensão (do bíceps) De uma pressão (sobre o canal do carpo) De uma fricção (de um tendão sobre a sua bainha) De uma irritação (de um nervo) e) A carga estática: a carga estática está presente quando um membro é mantido numa posição que vai contra a gravidade. Nestes casos, a atividade muscular não pode se reverter a zero (esforço estático). Três aspectos servem para caracterizar a presença de posturas estáticas: A fixação postural observada; As lesões ligadas ao trabalho; Sua organização e conteúdo. f) A invariabilidade da tarefa: implica monotonia fisiológica ou psicológica. g) As exigências cognitivas: as exigências cognitivas podem ter um papel no surgimento das L.E.R., seja causando um aumento de tensão muscular, seja causando uma reação mais generalizada de estresse. h) Os fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho: são as percepções subjetivas que o trabalhador tem dos fatores de organização do trabalho. Como fatores psicossociais podemos citar: Considerações relativas à carreira; À carga e ritmo de trabalho; 2.4. A Classificação das L.E.R. 14

12 Segundo Nicoletti, (1996), a L.E.R pode ser classificada conforme a evolução e o prognóstico, baseando apenas em sintomas. Fase I apenas queixas maldefinidas e subjetivas, melhorando com repouso. Fase II dor regredindo com repouso, apresentando poucos sinais objetivos. Fase III exuberância de sinais objetivos, e não desaparecendo com repouso. Fase IV estado doloroso intenso com incapacidade funcional. Segundo Nicoletti, (1996), a L.E.R pode ser classificada em estágios. Estágio I dor e cansaço nos membros superiores durante o turno de trabalho, com melhora nos fins de semana; Estágio II dores recorrentes, sensação de cansaço persistente e distúrbio do sono, com incapacidade para o trabalho repetitivo; Estágio III sensação de dor, fadiga e fraqueza persistentes, mesmo com repouso Fatores de Produtividade Existem vários fatores relacionados à ergonomia e que podem afetar a produtividade operacional e contribuir para o surgimento da L.E.R. 15

13 Alguns deles podem ser representados por: Espaço O arranjo físico inadequado de uma fábrica ou área de trabalho compromete a produtividade como um todo, e as perdas geradas tanto por um posto de trabalho quanto por um arranjo físico de fábrica mal planejados são muito significativas. Além disso, tais perdas, classificadas como crônicas, são muito difíceis de serem identificadas, mas são representadas por pequenas atividades de baixa intensidade e constantes. Conforme Valle (1975, pág.337) Arranjo físico, é a posição relativa dos departamentos, seções ou escritórios dentro do conjunto de uma fábrica, oficina ou área de trabalho; das máquinas, dos pontos de armazenamento, e do trabalho manual ou intelectual dentro de cada departamento ou seção; dos meios de suprimento e acesso às áreas de armazenamento e de serviço, tudo relacionado dentro do fluxo de trabalho. Pessoas As pessoas influenciam diretamente na produtividade operacional, e mesmo não sendo treinadas, acabam sendo mais produtivas quando desenvolvem atividades em espaços ergonomicamente adequados. Cada operador é um indivíduo único, não somente em personalidade mas também nas formas do corpo e tamanho. Cada um possui suas próprias zonas de alcances e conforto, e portanto, se as tarefas forem divididas com outros operadores, é importante que os postos de trabalho tenham sistemas de ajustes para as diferenças entre eles. 16

14 Conforme Argyris (1975, pág 346) A força humana de trabalho é à base de toda empresa. É necessário então atenção aos aspectos humanos do trabalho, para que essa força humana seja utilizada com o máximo de conforto, pois sem ele não poderá realizar seu trabalho e atingir seus objetivos. Métodos Os métodos de trabalho determinam como as tarefas deverão ser executadas. Neste contexto, as superfícies onde serão realizadas (mesas, bancadas, etc.) deverão ser as mais confortáveis possíveis para que os operadores desenvolvam suas atividades com a máxima produtividade. Local de Trabalho A flexibilidade de ajustes dos espaços de trabalho aumenta a produtividade dos operadores. A ergonomia considera também necessário à melhoria da qualidade do ar e a redução da poluição sonora, reduzindo substancialmente as fadigas dos operadores, aumentando a segurança e a satisfação. O projeto de arranjo físico do posto de trabalho torna-se ergonômico na medida em que os conhecimentos científicos relativos ao homem são utilizados na concepção do projeto de arranjo físico, com vistas a reduzir a fadiga física, facilitar a operação dos equipamentos e instrumentos. Equipamentos 17

15 Produtividade é o resultado de uma combinação de recursos e métodos de trabalho em um local definido. Desta forma fica evidente que pessoas treinadas, desempenharão suas atividades com alta produtividade desde que utilizem também equipamentos operacionais adequados. Segundo Moura (1971) certos princípios físicos e anatômicos, e o uso racional de equipamentos, quando aplicados ao manuseio de material, facilitam a sua execução e reduzem a ocorrência de acidentes, além de aumentar a produtividade Tendência Percebe-se que vários fatores ergonômicos influenciam diretamente na produtividade operacional e, desta forma, nota-se uma tendência que começa a ser explorada nas empresas: a produtividade através da ergonomia. Com isso, constata-se que eliminadas as grandes perdas dos processos e que são facilmente identificadas, a próxima etapa é explorar as perdas crônicas por falta de um projeto ergonômico, que representam um grande potencial de ganho na produtividade Elevação Manual de Cargas É preciso saber se uma atividade que exige elevação manual de cargas ultrapassou os limites recomendados para o elemento humano. Segundo Cohn (1985) uma das grandes questões tratadas pela ergonomia está relacionada com o limite de peso em atividades que exigem esforços humanos. 18

16 Para entender esta questão, deve-se basear nas recomendações e análise da equação revisada do Instituto Nacional para a Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA para projeto e avaliação de tarefas de levantamento manual de cargas Equacionando o Peso Tomando-se como exemplo uma situação onde são necessárias freqüentes elevações, nas quais o operador realiza esforços e mantém o material afastado do corpo, segundo a equação, os riscos de lesões são maiores. Neste caso, o peso deveria ser reduzido a um Limite de Peso Recomendado. Para calcular o LPR primeiramente, deve-se medir ou avaliar as diversas variáveis relacionadas à tarefa de elevação, a saber: A distância horizontal (H) onde a carga é levantada, ou seja, distância do ponto onde as mãos seguram a carga até os tornozelos; A altura do chão até onde as mãos seguram a carga, (posição vertical, V); A distância vertical de levantamento(d) ou distância percorrida; Tempo entre elevações ou a freqüência destes (F); Ângulo da carga em relação ao corpo (A); A qualidade do aperto ou da pega (C). A cada uma destas variáveis é atribuído um valor numérico (fator multiplicador). A equação inclui seis fatores multiplicadores para calcular o LPR: LPR= CC x HM x VM x DM x FM x AM x CM Onde: CC = constante de carga estabelecida é igual a 23 Kg; HM = fator multiplicar horizontal; VM = fator multiplicar vertical; 19

17 DM = fator multiplicador distância; FM = fator multiplicador freqüência; AM = fator multiplicador angular, e CM = fator multiplicador do acoplamento Fatores Multiplicadores Cada fator multiplicador implica a alteração do impacto da carga sobre o indivíduo, sendo que para cada tipo de movimento os fatores multiplicadores devem ser identificados em tabelas. Uma vez que se tem todos os valores dos multiplicadores, pode-se determinar o LPR para uma determinada condição operacional Trabalho em Pé Muitas atividades desenvolvidas em pé por períodos prolongados têm efeitos perigosos na saúde dos operadores, e reduz a produtividade. Segundo Ramazzini (1992, pág. 107) nas artes que têm de ficar de pé, os operários estão propensos, sobretudo, às varizes. Pelo movimento tônico dos músculos, é retardado o curso, quer fluente, quer refluente, do sangue que então se estanca nas veias e válvulas das pernas, produzindo as chamadas varizes. A distensão das fibras musculares das pernas e das costas comprime as artérias dirigidas para baixo, as quais, restringindo seu canal, não impelem o sangue com o ímpeto habitual nos que caminham e alternam, portanto, a atividade dos músculos. Ficar em pé é uma postura natural do ser humano. Entretanto, ao trabalhar nesta posição e dependendo da situação, poderão ocorrer alguns 20

18 problemas de saúde: Tais como fadiga muscular geral, dores lombares e problemas vasculares em todos os operadores cujas atividades exijam essa posição por períodos prolongados, além de comprometer seriamente a produtividade do trabalhador Geradores de Problemas No trabalho, a posição do corpo do ser humano pode ser afetada pela organização da área de trabalho e pelas várias tarefas a serem realizadas. A disposição física da estação de trabalho, bem como das ferramentas, dos controles a serem operados, e os tempos exigidos acabam determinando ou limitando as posições do corpo. Essas limitações dão aos trabalhadores menos liberdade para se moverem em seus postos e, conseqüentemente, de descansarem os grupamentos musculares, principalmente aqueles envolvidos nas tarefas. A falta de flexibilidade na postura pode contribuir para o surgimento de problemas relacionados com saúde e falta de produtividade. Esses problemas ocorrem, em geral, onde os postos de trabalho são projetados sem considerar as características e limitações do corpo humano. Se um projeto ignora as necessidades básicas do corpo, poderão causar desconfortos, que em curto prazo, conduzirão os usuários a severos e crônicos problemas de saúde e redução drástica da produtividade. Manter o corpo na posição ereta requer um esforço muscular considerável, o qual pode-se considerar insalubre, principalmente quando o trabalho é realizado estaticamente, pois ele reduz o fluxo de sangue nos músculos solicitados. O fluxo insuficiente acelera o início da fadiga e causam dor nos pés, na região lombar e no pescoço, músculos solicitados para manter a posição ereta. 21

19 Prolongando e aumentando a freqüência nessa posição, poderão ocorrer inflamações nas veias, evoluindo com o tempo para sérios problemas vasculares. Trabalhar em pé por longo período faz também com que as articulações dos joelhos e dos pés fiquem imobilizadas temporariamente ou travadas. Essas imobilizações poderão produzir doenças reumáticas devido aos danos causados aos tendões e ligamentos (as estruturas que ligam os músculos aos ossos). Segundo Couto (1992) são inadequadas às características do corpo humano todas aquelas situações em que o trabalhador tenha que fazer grande força física. Mesmo aqueles indivíduos dotados de grande força muscular. O excesso de esforço físico pode causar lesões como distensões músculo-ligamentares (nos músculos das costas) e compressão de estruturas nervosas (das mãos em que o esforço repetido e intenso de pressão ocasiona compressão das ramificações do nervo mediano). A fadiga muscular, resultante de situações de esforço estático, pode provocar ainda o aparecimento de tremores, que contribuem para a ocorrência de erros na execução das atividades Posto de Trabalho Ideal Posto de Trabalho: é definido como a menor unidade produtiva em um sistema de produção. O posto de trabalho envolve o homem, seu local de trabalho, e toda ajuda material que o indivíduo necessita para realizar suas tarefas, abrangendo: máquinas, ferramentas, equipamentos, mobiliário, sistemas de proteção e segurança, EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e o próprio sistema de produção. O projeto do posto de trabalho tem basicamente dois enfoques historicamente conhecidos; o 22

20 enfoque taylorista e o enfoque ergonômico tradicional e, com o advento da automação, informatização e dos novos sistemas de gestão dos negócios. Em postos de trabalho bem projetados, os usuários têm a oportunidade de escolher suas posições, prevendo também a possibilidade de mudança de posições. As mesas e bancadas devem ter mecanismos de ajustes para possibilitar aos usuários uma adaptação aos seus perfis, assegurando que possam realizar atividades em posições confortáveis. Outro aspecto importante refere-se a controles e ferramentas. Os controles devem ser posicionados de maneira que os operadores possam alcança-los facilmente e sem a necessidade de girar ou flexionar o corpo. Onde for possível, é importante disponibilizar cadeiras para que os colaboradores possam fazer a atividade em pé ou sentados. A qualidade dos calçados e o tipo de acabamento do piso também são fatores a serem considerados e que contribuem para o conforto, sendo assim, um posto de trabalho ideal que permita a máxima produtividade deve: Permitir alterações na postura e que cada posição seja de uma duração razoavelmente curta; Evitar a dobra, o esticar e o rotacionar do corpo; Permitir aos trabalhadores períodos de descanso apropriados para relaxamento e micropausas; Proporcionar a possibilidade de realizar exercícios (alongamento), que podem contribuir para melhorias nas condições de trabalho e aparecimento da L.E.R. Dar as instruções de práticas apropriadas para o trabalho; 23

21 Permitir aos trabalhadores um período de adaptação quando retornarem ao trabalho depois de ausência por férias ou afastamento. Segundo Abrantes (2003), um fator muito importante dentro do contexto da ergonomia nas empresas está relacionado com os aspectos de postura nos postos de trabalho, pois o ser humano, quando submetido a determinadas situações de postura em sua jornada de trabalho, somadas a outras variáveis, após certo tempo, na melhor das hipóteses poderá deixar de ser produtivo. A produtividade que se busca não está somente relacionada com os recursos técnicos oferecidos para a realização de um determinado trabalho, mas também com a flexibilidade de postura que os postos de trabalho oferecem aos trabalhadores Ergonomia e Tecnologia A ênfase em ergonomia nos dias atuais representa mais que mera propaganda, e o mundo dos negócios reconhece aos poucos que esta ciência equilibra a balança entre segurança, produtividade, e prevenção da L.E.R., e a tem chamado de economia da ergonomia. Quando se analisa com seriedade, pode-se perceber que a ergonomia reduz os gastos financeiros relacionados com os problemas de saúde dos funcionários principalmente os relacionados com a L.E.R. e ao mesmo tempo aumenta a produtividade. 24

22 Entende-se, desta maneira, que a tecnologia de movimentação de materiais pode contribuir, para a redução de danos causados pelo trabalho, ergonomicamente inadequado, quer seja através dos equipamentos inteligentes usados numa linha de produção; de manipuladores de carga ou estações de trabalho projetadas para minimizar os inconvenientes registrados em diversas atividades Equilibrando Escalas Ao se mencionar a palavra ergonomia, não se pode pensar apenas nos acessórios desenhados para reduzir as Lesões por Esforços Repetitivos em escritórios. Na produção ou no armazém, a ergonomia engloba qualquer coisa ligada ao manuseio e movimentação de materiais. A movimentação de materiais é uma das atribuições mais pesadas para o corpo humano no ambiente industrial. Como não se eleva ou se empurram materiais o tempo todo, outros movimentos poderão produzir danos, mesmo quando os pesos não são comprometedores, como os que estão relacionados com o rotacionar ou torcer o corpo. Os desgastes tornam-se mais evidentes na mão-de-obra industrial com as mudanças demográficas que vem ocorrendo. O cenário antes dominado quase que exclusivamente por homens, passa a contar com funcionários mais velhos e com a presença de mais mulheres. Essas mudanças acabam ditando uma nova ordem nas práticas da movimentação de materiais e conseqüentemente no aspecto ergonômico Tecnologia da Informação 25

23 Muitos profissionais não consideram um sistema de gerenciamento de armazém, uma ferramenta ergonômica, mas as informações tecnológicas poderão desempenhar um papel muito importante na criação de um ambiente ergonomicamente viável. Muitas das melhores soluções tecnológicas atuais são baseadas no ganho de produtividade e ergonomia. Isso significa que as aplicações gerenciais podem ter como base padrões para qualquer atividade desenvolvida no armazém, considerando a qualidade, eficiência e segurança ergonômica. O sistema de gerenciamento de armazém já é utilizado na paletização e despaletização ergonômica de cargas, considerando as exigências de manuseio do operador, permitindo o desenrolar da tarefa o mais próximo das pessoas que o farão. Segundo Abrantes (2003), a tecnologia da informação pode desempenhar um papel importante na criação de um ambiente ergonomicamente viável e favorável Embalagens e Manipuladores A pesquisa ergonômica apontou que o setor automobilístico concentra um grande número de embalagens retornáveis. Em algumas situações, a embalagem é concebida com variáveis ergonômica objetivando facilitar as pegas e a identificação do produto. Ter padrões de trabalho e embalagens ergonomicamente projetadas é o primeiro passo para obter resultados positivos no desempenho de tarefas e a produtividade esperada. 26

24 Equipamentos Inteligentes Um novo equipamento já existente no mercado é o dispositivo com inteligência assistida, que permite ao operador elevar, mover e posicionar cargas de forma ergonomicamente correta sem se expor à L.E.R. 3. METODOLOGIA 3.1. Delineamento da Pesquisa O delineamento desta pesquisa foi através de pesquisa bibliográfica e documental, e o material objeto de análise está relacionado ao ambiente da pesquisa e estudo de caso. Segundo Gil (1999), existem, de um lado os documentos de primeira mão, que não receberam qualquer tratamento analítico, tais como: documentos oficiais. De outro lado, existem os documentos de segunda mão, que de alguma forma já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, etc. Como instrumento de coleta de dados, o uso de questionário foi à forma adequada utilizada. Segundo Oliveira (1995), permite a aplicação maciça, mesmo quando a população-alvo, pesquisada está espalhada por uma ampla área geográfica; é a técnica de custos relativamente baixos; tende a ser mais facilmente aceita pelos respondentes, que não precisam ser instruídos em detalhes pelos pesquisadores sobre como se comportar em relação ao instrumento. 27

25 3.2. Sujeito da Pesquisa Os sujeitos desta pesquisa foram os responsáveis pelo departamento de segurança e saúde no trabalho, de empresas do segmento têxtil, embalagem, automobilístico, metalúrgico, alimentício e distribuições instaladas no distrito industriais de Jundiaí Ambiente da pesquisa Esta pesquisa foi realizada no distrito industrial de Jundiaí, onde estão instaladas empresas que tem investido em projetos ergonômicos, como forma de prevenir a L.E.R., e tem resultados satisfatórios na produtividade, qualidade e otimização do trabalho Universo da Pesquisa O universo desta pesquisa foi 50 empresas dos segmentos têxtil, embalagem, automobilístico, metalúrgico, alimentício e distribuição instaladas no distrito industrial de Jundiaí Instrumento de Coleta de Dados O instrumento de coleta de dados foi um questionário, formulado para averiguar o entendimento do universo da pesquisa, investigando a interrelação da ergonomia/l.e.r., com a produtividade e a otimização do trabalho. 28

26 3.6. Procedimentos A pesquisa foi enviada para as empresas, com prazo de 30 dias para devolução, e em seguida foram analisados os dados obtidos, além de visitas in-loco em algumas destas empresas para um melhor esclarecimento do aspecto ergonômico. 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Os resultados foram apresentados em forma de Tabelas sendo a sua análise em percentagem devido o número da amostra. TABELA 01 Qual o país de origem da sua empresa? Brasil 66% Europa 19% EUA 10% Japão 5% Predominou o número de empresas brasileiras que responderam à pesquisa, o que mostra que a preocupação com o fator Ergonomia, não é somente das multinacionais. TABELA 02 Qual o número de funcionários da empresa? Até 250 pessoas 39% De 251 a % De 501 a % 29

27 De 1001 a % Acima de % Não Responderam 03% O número de funcionários também não está relacionado à preocupação com Ergonomia, visto que desde as pequenas empresas, com menos de 250 funcionários, até as acima de 2000 funcionários demonstraram interesse. TABELA 03 Porte da empresa Grande 39% Médio 53% Pequeno 08% Quanto ao porte das empresas interessadas em Ergonomia, a presença das grandes e médias é mais intensa do que as pequenas. TABELA 04 A empresa possui uma política de saúde e segurança no trabalho implementada? Sim 74% Não 26% Pode-se perceber que as empresas com maior grau de risco também possuem um interesse maior em relação à Ergonomia. O número de empresas que possuem uma política de saúde e segurança no trabalho implementada, como mostra a pesquisa, é significativo. 30

28 TABELA 05 A empresa possui uma política ou declaração de princípios voltada exclusivamente para assuntos relacionados à Ergonomia? Não 68% Sim 32% TABELA 06 Os assuntos envolvendo Ergonomia são considerados no desenvolvimento de um local de trabalho? Sim 33% Não 11% Às vezes 56% Um dos aspectos do desenvolvimento de um local de trabalho é o da avaliação Ergonômica. Neste quesito, poucas empresas, mesmo considerando que os entrevistados estão interessados, valorizam este aspecto (33%). TABELA 07 A empresa procura adaptar as condições de trabalho buscando produtividade e conforto para os trabalhadores? Sim 58% Não 6% Às vezes 36% 31

29 A Ergonomia é sinônimo de produtividade, mas como se pode perceber, ainda existe uma grande parcela das empresas que pouco ou nada se preocupa com tais adaptações. TABELA 08 Existe um grupo multidisciplinar no desenvolvimento dos postos de trabalho? Sim 39% Não 61% O percentual mostra que poucas empresas se preocupam em desenvolver uma equipe multidisciplinar para desenvolvimento dos postos de trabalho, mesmo considerando que este é o caminho mais adequado para uma avaliação Ergonômica. TABELA 09 No desenvolvimento ou adaptação dos postos de trabalho os operadores participam dando suas opiniões? Sim 44% Não 8% Às vezes 47% Não responderam 1% TABELA 10 Existe um Comitê de Ergonomia atuante na empresa? Sim 22% Não 78% A existência de um comitê atuante na empresa demonstra o início de um processo de implementação estruturado dos conceitos de Ergonomia. Nesta 32

30 questão, o percentual de empresas que já investiram nisso é considerado baixo (23%). TABELA 11 O comitê de Ergonomia foi formalizado pela empresa? Sim 61% Não 39% A formalização do comitê de Ergonomia também é desejável. Visto que somente desta forma o mesmo terá a autoridade para implementar as ações necessárias. TABELA 12 As gerências e diretorias estão conscientes que Ergonomia é uma ferramenta para alavancar a produtividade? Sim 75% Não 24% Não responderam 1% A conscientização da gerência e da diretoria é o passo inicial para viabilizar investimentos em Ergonomia. Pode-se observar que ainda há uma significativa parcela das empresas (24%) que ainda não venceu este desafio. TABELA 13 A empresa dá uma abordagem Ergonômica nos assuntos relacionados com DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)? Sim 60% Não 40% 33

31 Nos casos de DORT, a primeira observação a ser feita é sobre o nexo causal relacionado com aspectos de Ergonomia do posto de trabalho. Neste aspecto, segundo o que se observa na pesquisas, ainda há muito a fazer. TABELA 14 A empresa se preocupa com os processos cíveis e trabalhistas que poderão ocorrer em função da não observação de situações de desconforto nos locais de trabalho? Sim 82% Não 18% Pose-se observar que, no Brasil, o percentual de empresas que não se preocupam com processos cíveis e trabalhistas é muito alto (18%). Considera-se este percentual elevado, pois os valores envolvidos com tais processos são altos e, dependendo da empresas, poderão até inviabilizar a continuidade do negócio. 34

32 CONCLUSÃO Com base nas respostas obtidas, podemos perceber que a Ergonomia e a prevenção da L.E.R., no Brasil ainda tem muito que ser desenvolvida, exigindo a canalização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, bem como em treinamento para conscientização sobre o tema. As empresas que tem como meta tornarem-se competitivas para sobreviver no mercado globalizado, devem se utilizar a Ergonomia como estratégia. Para eliminar as Lesões por Esforço Repetitivo e otimizar as condições de trabalho e diminuir as influências nocivas à saúde física e mental dos funcionários, e proporcionar meios para que estes possam ser criativos e participativos em suas organizações. Investir em ergonomia deve ser um foco de atenção das empresas, pois os gastos com funcionários afastados, a falta de motivação e situações hostis influenciam, invariavelmente nos resultados finais da organização. É importante ressaltar que segundo as entrevistas e o questionário realizados, as atividades preventivas são bem aceitas pelos trabalhadores e aumenta a disposição para o trabalho, a produtividade, a integração do grupo e diminui tensões. Parabenizo as empresas que na busca da qualidade de vida de seus empregados, mesmo que na intencionalidade de aumentar sua produtividade ou diminuir seus custos, minimizando os afastamentos ou acidentes de trabalho, optam por estratégias de investimento na saúde. 35

33 36

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