2 DESCRIÇÃO DA PESQUISA, RESULTADOS E IMPACTOS

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1 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO FINAL (Observação: as informações prestadas neste relatório poderão, no todo ou em parte, ser publicadas pela FAPESC.) Chamada Pública Universal 03/ N do Contrato: n o / IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 1.2. Título do Projeto:Fluxos do local para o global: as redes sociais construídas entre os catarineneses e região de Boston (EUA) no século XXI 1.3. Grande Área do Conhecimento (usar a nomenclatura do CNPq): Ciências Humanas/Antropologia 1.4. Coordenador(a) do Projeto: Gláucia de Oliveira Assis 1.5. Localização do projeto (Cidade/Região/SDR): Grande Florianópolis Instituição: Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Valor total do projeto (incluindo todos os intervenientes): R$ , Participação da FAPESC: R$ ,00 Custeio : R$ ,00 Capital: R$ -x Outras instituições participantes (nomear): Universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc 1.7. Início do Projeto: 01 /08 / 2007 Término: 28 /02 / Equipe Executora (Nome, Titulação, Instituição e Função no projeto) Nome: Gláucia de Oliveira Assis Titulação: Doutora Instituição: Universidade do Estado de Santa Catarina Udesc Função no projeto: Coordenadora - pesquisadora Nome: Emerson César de Campos Titulação: Doutor Função no projeto: pesquisador participante

2 2 DESCRIÇÃO DA PESQUISA, RESULTADOS E IMPACTOS 2.1 Resumo da pesquisa (até 500 palavras, espaço simples, fonte times new roman, tamanho 10) A ampliação da emigração de brasileiros tem colocado novas questões e problemas para aqueles que vivenciam a experiência de viver entre dois lugares o Brasil e outras terras como os EUA ou os países europeus para onde partem os brasileiros em busca de uma vida melhor. A ampliação dos pontos de partida, as redes de tráfico de migrantes, as deportações, os migrantes retornados, bem como as novas tecnologias de comunicação (internet, web cam) colocam as cidades de origem do fluxo em relação constante com as cidades de destino configurando complexas redes sociais. Para compreender essa configuração, reconstruímos as trajetórias dos s emigrantes criciumenses buscando demonstrar o processo de construção de laços transnacionais construídos entre a cidade de Criciúma e cidades de região de Boston (Estados Unidos). O trabalho de campo seguiu a trajetória dos emigrantes e percorreu vários lugares realizando-se em Criciúma e na região de Boston. Os relatos orais de homens e mulheres que viveram essa experiência de partida, de espera e de retorno permitiram um quadro qualitativo de como se formam, articulam, mantém e se modificam as redes sociais no processo migratório. O objetivo foi demonstrar nesse início de milênio o impacto da migração tanto entre aqueles que ficaram, como as perspectivas daqueles que retornaram para o Brasil. A pesquisa realizou-se portanto, recorrendo às metodologias da observação participante da vida cotidiana nas cidades de partida e chegada e de relatos orais com migrantes retornados (definitivos ou temporários) e ou seus familiares que permaneceram no Brasil. Assim, procuramos apreendê-las analisando o tipo de ajuda dada e recebida por mulheres e homens no processo migratório. As redes sociais acionadas no contexto da migração foram analisadas como práticas sociais que envolvem tipos diferentes de ajuda material, logística, emocional e simbólica que possibilitam aos futuros migrantes partirem com referências mínimas de onde ir, qual o trabalho que irão fazer, com quem vão morar, etc. O que se constata tanto daquele que partiram quanto daqueles que ficam é uma tentativa de manter seus laços com o Brasil, com os familiares o que aponta para uma transnacionalização das relações familiares. As práticas transnacionais são percebidas também nos investimentos que são realizados nos Brasil, com as remessas dos emigrantes o que produz um trânsito entre as imobiliárias locais em busca dos dólares vindos dos emigrantes e no estabelecimento de comércios em Criciúma e na região de Boston que atendem aos emigrantes. A Conexão Criciúma-Boston tem, portanto, alterado a dinâmica da cidade e colocado Criciúma no contexto global, o que esse trabalho procurou demonstrar foi a configuração desse campo de relações transnacionais e o impacto na vida de cidade Caracterização da Pesquisa: PESQUISA BÁSICA (PB): PB visando o avanço do conhecimento sobre o tema em estudo ( ) PB para avançar conhecimento, com potencial de aplicação tecnológica ( ) PB para o avanço do conhecimento, com potencial para contribuir em políticas públicas (X) PB visando avançar o conhecimento, com potencial de aplicação pública ou privada ( ) PESQUISA TECNOLÓGICA ( ) PESQUISA EM POLÍTICAS PÚBLICAS ( ) PESQUISA TECNOLÓGICA E POLÍTICAS PÚBLICAS ( )

3 2.3 Síntese de resultados e impactos da pesquisa - cumprimento dos objetivos; impactos dos resultados da pesquisa: avanço do conhecimento; inovação tecnológica; benefícios sociais, econômicos, ambientais, culturais e regionais, efetivos ou esperados; contribuição à formulação de políticas públicas; outros impactos ou efeitos observados ou potenciais (até 500 palavras, espaço simples, fonte times new roman, tamanho 10) A pesquisa tinha por objetivo: - Identificar as redes sociais no processo migratório, através de suas relações familiares, de amizade, religiosa na cidade de origem e no destino - Traçar um quadro das outras redes - de tráfico de pessoas, redes de comunicação. -- Analisar como se configuram as redes sociais nas cidades de origem Criciúma (SC) e o impacto na vida cotidiana das cidades. - Analisar como migrantes retornados vivenciam a experiência do retorno e que tipo de redes podem acionar ou não nesse processo. Esses objetivos foram alcançados através das entrevistas realizadas em Criciúma (2007) e em Boston no segundo semestre de Foram realizadas 13 entrevistas com migrantes retornados, 5 entrevistas com mgirantes deportados e e 10 entrevistas com migrantes na região de Boston procedentes da região de Criciúma. Os objetivos em relação ao trabalho de campo em Criciúma foram plenamente atingidos. O trabalho de campo na região de Boston, ocorreu no período de 10/06/2008 a 08/07/2008 e os objetivos foram plenamente atingidos com a realização de entrevistas a migrantes da década de 1960 que ajudaram a compor um quadro histórico da formação das redes e com emigrantes recentes que nos fornecerem elementos para analisar a dinâmica das redes na atualidade, com a configuração de pequenas comunidades brasileiras nas cidades da grande Boston (Massachusetts-EUA). O trabalho de campo multisituado possibilitou apreender as experiências dos emigrantes no local de destino e as dificuldades cotidianas com o trabalho, o deslocamento, a moradia, a dificuldade com a língua e o contato com o Brasil. Nesse periodo também pudemos obesrvar os impactos da crise americana nas regioes ondem vivem e trabalham os emigrantes, ouvimos muitos relatos de pessaos que perderam tudo e que teriam que regressar ao Brasil sem realizar o sonho de Fazer a América. Assim, a intensificação da crise na economia norte-americana, teve um grande impacto no projeto de migratório, desde o segundo semestre de 2007 e ao longo do ano de 2008, muitos criciumenses retornaram para casa. No entanto, os relatos de retorno apontam para um problema comum a todos os emigrantes. O que fazer?como se re-inserir na vida na sociedade local? Em Criciúma, não há políticas públicas que procurem orientar os emigrantes no seu retorno, a Casa do Catarinense de apoio ao migrante não dispõe de recursos para isso e nem tem apoio de outros órgãos governamentais federais, estaduais, municipais ou de outras entidades no sentido de estabelecer políticas públicas que orientem não apenas os investimentos, mas a própria reinserção na sociedade no retorno os emigrantes retornados se sentem estrangeiro em casa, conforme observa Campos (2008). A pesquisa revela, portanto, a necessidade de políticas públicas específicas para orientar o emigrante no retorno. As remessas por si só não são fatores de desenvolvimento local ou regional se não ocorrer atuação do poder público e de outras instituições sociais no sentido de auxiliar o emigrante a fazer o difícil percurso de volta para casa. Portanto, a contribuição desse trabalho é apresentar um quadro das redes sociais tecidas em Criciúma, apresentar um perfil dos migrantes e sinalizar para a necessidade de políticas públicas que orientem os emigrantes na realização do seu projeto migratório. A exemplo do que tem acontecido em Governador Valadares (MG) e nas cidade de que tem fluxo para o Japão como Maringá, Londrina (PR) e Bastos (SP), seria importante a criação de um Centro de Apoio ao trabalhador migrante com estrutura de pessoal para pesquisar e ajudar na formulação de políticas de orientação para aqueles que partiram e aqueles que ficaram. 3. DETALHAMENTO TÉCNICO 3.1. Data: 01 /03 /2009 Prestação de contas financeira: ( X ) Finalizada ( ) Em atraso 3.2. Avaliação (feita pelo(a) coordenador(a) da pesquisa):

4 A) O Projeto se desenvolveu segundo a proposta originalmente definida? ( X) Sim ( ) Não Se houve mudanças significativas, elas foram especificadas e justificadas? Não houve mudanças significativas, apenas readequações em função do orçamento aprovado para a realização da pesquisa ( ) Sim ( ) Não Houve solicitação de alteração de rubrica (custeio/capital)? ( ) Sim ( X ) Não Descrever as alterações: B) Equipamentos adquiridos, quando for o caso: Não foram adquiridos equipamentos permanentes C) Problemas ou dificuldades na execução do projeto, quando houver: Essa pesquisa tem as dificuldades inerentes a um projeto dessa natureza. Como se trata de migração indocumentada, em alguns casos, temos dificuldade de encontrar pessoas para falar sobre suas experiências de vida. Essa dificuldade foi contornada, na medida em que, a experiência dos pesquisadores e o conhecimento prévio do campo, possibilitou encontrar os familiares dos emigrantes e que esses indicara os sujeitos da pesquisa. Em relação a FAPESC: A demora na liberação dos recursos atrasou o inicio da pesquisa e também o trabalho de campo, mas isso foi contornado invertendo o trabalho de campo, realizado inicialmente em Criciúma. A partir do pagamento da 2ª parcela, realizamos a pesquisa de campo na região de Boston, fundamental para a conclusão dessa pesquisa. As entrevistas realizadas nessa etapa nos permitiram compreender a configuração, consolidação e transformação das redes sociais dos migrantes criciumenses. A dificuldade dessa etapa foi que, devido ao alto custo das passagens aéreas, tivemos poucos recursos para as diárias, o que implicou num menor tempo de permanência no campo e em dificuldades de manutenção e deslocamento. Tal dificuldade foi contornada na medida em que fomos convidados a permanecer na casa dos emigrantes, em função dos contatos prévios que possuíamos, o que reduziu os custos e permitiu também um convívio mais prolongado e observação da vida cotidiana dos mesmos.

5 D) Objetivos e metas previstas foram atingidas? ( X ) Totalmente ( ) Parcialmente Comentar: A pesquisa permitiu traçar um quadro configuração das redes sociais dos emigrantes criciumenses, apresenta um perfil desses emigrantes e uma reflexão sobre os impactos da migração na vida econômica, cultural, social e afetiva da cidade evidenciando as transformações, tanto na perspectiva dos que partiram, quanto daqueles que permaneceram e vivenciaram a espera. Os resultados da pesquisa apontam para a importância da formulação de e políticas públicas para esse novo fluxo da população catarinense, que vise orientar e informar os migrantes sobre seus projetos para migrar, os investimentos na terra natal, a situação na previdência social, como planejar o retorno, tanto do ponto de vista econômico quanto da reinserção social.

6 E) Disseminação do conhecimento e produção gerada pela pesquisa: - Artigos publicados ou encaminhados (quantidade): - Dissertações ou teses originadas ou incorporadas: - Livros publicados ou encaminhados: - Divulgação na Internet: - Participação em Congressos, Simpósios ou Seminários: Apresentação de trabalho em Congresso e publicações Assis, Gláucia de Oliveira. La Conexion Criciuma_EUA: un analisis de la configuracion de lazos transncionales construidos por los e/inmigrantes del siglo XXI In: Nuevos Retos del trasnacionalismo en el estudio de las migraciones, 2008, Barcelona. Nuevos Retos del trasnacionalismo en el estudio de las migraciones., p.1 10, (artigo completo publicado online) Assis, Gláucia de Oliveira. A fronteira México EUA entre o sonho e o pesadelo a experiência de migrantes cruzando fronteiras. Trabalho apresentado na 26ª Reunião Brasileira de Antropologia, Porto Seguro Assis, Gláucia de Oliveira. A fronteira México EUA entre o sonho e o pesadelo a experiência de migrantes cruzando fronteiras. Trabalho apresentado no I Seminário sobre Tráfico de Pessoas. Campinas, Unicamp. Agosto de 2008 Assis, Gláucia de Oliveira. A fronteira México EUA entre o sonho e o pesadelo a experiência de migrantes cruzando fronteiras. Cadernos Pagu, ago-dez, 2008 (artigo completo). As conexões entre os EUA e o Brasil: uma análise das redes sociais tecidas entre Governador Valadares e Criciúma. Cadernos Neder. Editora Univale. vol2 p.63-87, 2008 e Siqueira, Sueli. Las conexiones entre Brasil y Estados Unidos: Un análisis de las redes sociales tejidas a partir de Governador Valadares (MG) y Criciúma (SC)., XV Congresso Internacional de Historia Oral Los Dialogos de la historia com el tiempo presente. Guadalajara, (artigo completo publicado em Anais) Campos, Emerson César de. Flujos contemporáneos: territorios y traducción cultural entre emigrantes brasileños no documentados en la región fronteriza México-Estados Unidos ( Nuevos Retos del trasnacionalismo en el estudio de las migraciones., p (artigo completo publicado em anais) CAMPOS, Emerson César de. Estrangeiros em casa: (re)sentimentos, impressões e identificações produzidas pelos emigrantes brasileiros clandestinos nos Estados Unidos, quando de volta para Santa Catarina ( ). In: XXIV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA: História e Multidisciplinaridade: territórios e deslocamentos, 2007, São Leopoldo. Anais do XXIV Simpósio Nacional de História. São Leopoldo: ANPUH - Unisinos. São Leopoldo: Oikos, p (artigo completo publicado em Anais) CAMPOS, Emerson Cesar de. Estrangeiros em casa: (re)sentimentos, impressões e identificações produzidas pelos emigrantes brasileiros clandestinos nos Estados Unidos Relatório Final de pesquisa. Faed/Udesc, 2008.

7 Orientação de Iniciação científica: Bruno Bertoli. As conexões entre os EUA e o Brasil: uma análise das redes sociais tecidas a partir de Governador Valadares (MG) e Criciúma (SC) Iniciação científica (Geografia) - Universidade do Estado de Santa Catarina. Elton Francisco. As conexões entre os EUA e o Brasil: uma análise das redes sociais tecidas a partir de Governador Valadares (MG) e Criciúma (SC) Iniciação científica (Historia) Orientação de dissertação de mestrado (em andamento) Lucas Siqueira. A segunda geração de migrantes brasileiros Dissertação (História) - Universidade do Estado de Santa Catarina Livro encaminhado editora Insular: Estrangeiros em casa: experiências da vida entre os Estados Unidos e o Brasil, livro organizado por Gláucia de Oliveira Assis, Emerson César Campos e Sueli Siqueira. F) Principais benefícios efetivos ou potenciais para a sociedade em decorrência da pesquisa, entre os seguintes aspectos, no que couber: ( ) Incremento da renda familiar ( ) Melhoria da saúde ( ) Aumento da ocupação/emprego ( ) Melhoria do saneamento ( ) Redução da jornada de trabalho ( ) Melhoria da moradia ( ) Melhoria do sist. de transporte ( ) Melhoria da alimentação ( ) Melhoria do sist. de comunicação ( x) Alternativa econômica/renda ( ) Melhoria do fornec. de energia ( x) Melhoria da organização social ( ) Aquisição de bens duráveis ( ) Melhoria na educação ( ) Satisfação do beneficiado ( ) Avanço do conhecimento científico ( ) Melhoria do Meio Ambiente ( ) Inovação tecnológica (x ) Diretrizes para Políticas Públicas ( ) Melhoria em Sistema de Gestão ( ) Avaliação de Políticas Públicas ( ) Regulação setorial ( ) Avaliação da Tecnologia no setor (x ) Avaliação de condições Socioeconômicas ( x) Contribuição ao Desenvolvimento Regional ( x) Contribuição à inserção social ( ) Possibilidade de obter patente ( ) Redução da desigualdade social ( ) Agregação de valor a produtos ( ) Redução de consumo de energias ( ) Redução de resíduos Descrever os benefícios assinalados: Os resultados dessa pesquisa revelam a importância do Estado de Santa Catarina através de seus diferentes órgãos que lidam com o desenvolvimento regional buscarem avaliar e compreender de maneira mais ampla o impacto da emigração internacional no sul catarinense. Pois, se por um lado as remessas tem movimentado a economia local com investimentos expressivos na construção civil e em pequenos negócios, o empreendedorismos dos emigrantes carece de orientação mais efetiva sobre como e onde investir, o que resulta em muitos fracassos nos investimentos realizados e em re-emigração. Por outro lado, a migração tem impacto na renda familiar, tem se tornado uma alternativa econômica para parcela significativa da população em idade produtiva e é necessário que se criem oportunidades de emprego para que a população tenha alternativas ao projeto migratório. Os projetos de desenvolvimento na região devem ir além da expectativa dos dólares e oferecer alternativas de trabalho e renda para a população.

8 Florianópolis, SC, de de. Assinatura do(a) Beneficiário(a) 4. VERIFICAÇÃO TÉCNICA DO PROJETO (campo da FAPESC) 4.1 Mediante as informações apresentadas pelo(a) coordenador(a) do projeto no presente relatório, verifica-se que os objetivos, metas e resultados previstos foram: ( ) Plenamente atingidos ( ) Parcialmente atingidos ( ) Não foram atingidos 4.2 Recomendações e encaminhamentos: Florianópolis, SC, de de. Assinatura da FAPESC

9 RELATORIO FINAL Fluxos do Local para o Global: as redes sociais construídas entre os catarinenses e a região de Boston (Estados Unidos) no início do século XXI. 1 Gláucia de Oliveira Assis (Coordenadora) 2 Emerson César de Campos (Pesquisador participante) 3 Os imigrantes, quando aqui chegaram, eram colonos. A primeira geração foi para a cidade, a segunda geração foi para a universidade, e a terceira geração foi buscar o mundo 4 Fatores que configuram o fluxo migratório de criciumenses para os Estados Unidos: Criciúma é uma cidade de importância na econômica para a região sul do estado. A cidade está localizada ao sul do estado de Santa Catarina e distante de Florianópolis 190 Km (via BR 101). Foi fundada em 1880, por um contingente de 22 famílias de imigrantes que vieram, sobretudo, da região norte da Itália, especialmente de Treviso, Beluno e Cremona. A partir de 1890 chegaram a Criciúma em torno de 12 a 15 famílias de imigrantes poloneses e algumas famílias de imigrantes alemães que se dirigiram para a zona leste/nordeste da vila de Criciúma, que corresponde às comunidades da Linha 1 Agradecemos à Fapesc e à Udec que através do edital 03/2006 e Edital PAP 2005, respectivamente, possibilitaram a realização dessa pesquisa. Agradecemos também aos bolistas de iniciação cientifica Natália C. Ihá, Lucas Siqueira, Elton Francisco, Bruno Bortoli, Tiago Welter Martins, Carolina Kika Uemura e Patricia Tatiana Raasch que participaram de diferentes etapas da pesquisa e contribuíram nas discussões dos textos e transcrições da fitas. 2 Coordenadora - Professora do Depto de Ciências Humanas do Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED/Udesc 3 Professor Participante -Professor do Depto de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED/Udesc 4 Derley De Luca organizadora da festa da Família De Luca terceira geração de descendentes de imigrantes italianos.

10 Batista, Linha Anta e Linha Cabral. Mais tarde, por volta de 1912, os imigrantes alemães dirigiram-se para a região de Forquilhinha (Fundação Educacional de Criciúma, 1976). Nos relatos sobre a fundação da cidade se construíram narrativas onde a imagem do imigrante pioneiro foi valorizada e destacada. Ainda hoje são representados como aqueles que vieram colonizar a região e trazer a civilização 5. É importante observar que os relatos sobre a história da cidade enfatizam a imagem heróica do pioneiro. Dessa forma, mesmo sendo a família o núcleo colonizador da região, a história da ocupação era contada a partir dos homens, e as mulheres eram tratadas como aquelas que acompanham os maridos ou que cuidam dos filhos (Assis e Geremias, 1999). A partir do desenvolvimento da mineração, no início do século XX, a narrativa étnica de formação da cidade aparentemente foi deixada de lado e a cidade passou a ser representada como a cidade do carvão. Nos anos que se seguiram à colonização, segundo Volpato (1989, p.56), aos imigrantes italianos, poloneses e alemães, juntaram-se novos grupos étnicos: os lusos e negros vindos de Imbituba, Laguna e Tubarão, que vieram como operários na estrada de ferro e depois foram os primeiros trabalhadores nas minas de carvão. As famílias mais pobres de agricultores, aquelas que não tiveram sucesso no comércio, também trocaram a agricultura pela mineração. A partir da década de 1920, o carvão está definitivamente associado à história da cidade e, a partir dos anos 30, é a principal base de desenvolvimento de Criciúma e da região. Ao analisarem o processo de desenvolvimento da cidade, a partir da mineração, Volpato (1989), Nascimento (1993) e Teixeira (1996) criticam a historiografia local, destacando que o contingente populacional que imigrou para a cidade significou não apenas a urbanização e o crescimento desta, mas também o surgimento de uma classe operária que, juntamente com os pequenos agricultores que não conseguiam manter-se no campo, tornaram-se a marca de um desenvolvimento que ocorreu de maneira desigual, privilegiando as elites econômicas locais. O crescimento da cidade atraiu 5 Sobre isto ver, entre outros: ARNS, Otilia. A semente deu bons frutos. Florianópolis, IOES, Uma discussão a partir da critica contemporânea pode ser encontrado em : CAMPOS, Emerson César de. Territórios Deslizantes: recortes, miscelâneas e exibições na cidade contemporânea Criciúma (SC) ( ). Florianópolis, f. Tese (Doutorado em História) Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

11 imigrantes que, em função da proliferação das minas, chegavam à cidade em busca do eldorado do ouro negro. Eram famílias de pequenos agricultores ou pescadores originários de pequenos vilarejos da região sul do estado, homens e mulheres que constituíram a classe operária mineira. Tais imigrantes eram, em grande parte, provenientes de outras regiões do estado e ampliaram o contingente da população negra e açoriana que havia na região. Devido à forte mobilização dos mineiros e da constituição de um movimento sindical consolidado, a região foi considerada por alguns autores o ABC 6 de Santa Catarina. Com isso, o panorama econômico e social da cidade, que mais tarde seria conhecida como a Capital Brasileira do Carvão, tornou-se bastante diversificado. A economia pôde contar com o apoio do Estado, que se comprometia com a compra de grande parte do carvão extraído; a cidade, por sua vez, recebeu um considerável fluxo migratório de trabalhadores vindos de toda a região sul do estado para o trabalho de extração nas minas. Em meados da década de 1980, o setor carbonífero deu os primeiros sinais de uma crise, a qual se agravaria na década de 1990 com o governo de Fernando Collor ( ). Segundo Teixeira (1996) e Carola (2001), a crise ocorreu por um conjunto de fatores, como a queda da produção, a retirada dos subsídios por parte do governo e o fim do protecionismo estatal e a concorrência internacional, o que teria reduzido o mercado em mais de 30 %, causando, assim, uma alta taxa de desemprego na região. A crise econômica atingiu não apenas o setor carbonífero, mas também os setores da cerâmica que se desenvolveram na região. Em 1990, a recessão enfrentada pelo setor cerâmico foi tão intensa que, das 13 cerâmicas existentes na região, 9 interromperam suas atividades, ocasionando um desemprego ainda maior na região (Teixeira, 1996, p. 71). Atualmente (2009) outras visões ganham espaço que à época de sua edição não reverberavam tanto. È o caso do trabalho de Mauricio Aurélio dos Santos, que em seu trabalho Crescimento e crise na região sul de Santa Catarina deixa claro a reformulação do setor (patronal especialmente) 7 6 Teixeira (1996) refere-se à comparação com a região siderúrgica do ABC, no estado de São Paulo, que se caracterizou no final da década de 1970 e início da década de 1980 por um forte movimento sindical. 7 Ver: SANTOS, Maurício Aurélio dos. Crescimento e Crise na Região Sul de Santa Catarina. Florianópolis: UDESC, 1997.

12 Portanto, sob formas diferenciadas, a crise econômica enfrentada pela cidade, iniciada no final da década 1980 e agravada na década de 1990, indica algumas das razões que tornaram a cidade ponto de partida de inúmeros emigrantes em busca de trabalho nos Estados Unidos ou na Itália. Para nós pesquisadores fica claro que não se pode reduzir a migração (seja qual for) às motivações econômicas. Como demonstraremos nos tópicos seguintes, a emigração para a Itália e para os Estados Unidos também estão associadas ao imaginário presente na cidade, o qual constrói uma conexão entre os imigrantes do passado e os emigrantes do presente, mas principalmente ao desenvolvimento e ao amadurecimento de redes sociais ao longo do processo migratório. A formação de redes em Criciúma A cidade de Criciúma, ao longo destes 120 anos, foi reconstruindo os significados para os imigrantes e a migração. No entanto, é a partir de meados dos anos 1980 que se intensifica o movimento de revalorização das várias etnias que formam a cidade, particularmente da etnia italiana. Nas décadas de 1980 e 1990, através de convênios com algumas regiões da Itália, os descendentes dos imigrantes realizam um movimento de busca pela cidadania européia e, por isso, vários deles partem para a Itália a fim de reencontrar seus parentes, tal como os italianos vêm conhecer um pedacinho da Itália no Brasil. A dupla cidadania abre o mercado de trabalho para os descendentes dos imigrantes na comunidade européia. Esse retorno à terra dos nonos e nonas pode ser considerado o início do movimento migratório de Criciúma (ASSIS, 2004) Os descendentes migravam para trabalhar temporariamente em cidades italianas e iniciaram assim o caminho inverso 8 já que os descendentes criciumenses estariam voltando para a terra de seus bisavôs (SAVOLDI, 1999). Esses trabalhadores temporários são reconhecidos pelos consulados italianos e, pelo fato de possuírem o passaporte italiano, podem trabalhar legalmente na Itália ou em outros países europeus. Nesse encontro de culturas, os emigrantes temporários surpreendem-se quando chegam à Itália e são reconhecidos como brasileiros/estrangeiros. Por isso, os criciumenses, 8 A expressão é utilizada para se referir ao retorno dos descendentes dos imigrantes que chegaram à cidade de Criciúma no final do século XIX para a terra de seus nonos. Os descendentes buscam a cidadania italiana para poder entrar na Europa e trabalhar legalmente.

13 quando chegam à Itália para trabalhar e percebem certo preconceito, descobrem que afinal não estão voltando para a terra de seus avós, e sim chegando como trabalhadores migrantes, em terra onde na maioria das vezes sequer se fala o dialeto que levam consigo. Fica claro os embates da cultura em tais empreendimentos migratórios. No caso italiano, em recente viagem àquele país foi possível ouvir depoimentos, sempre muito voluntariosos, de catarinenses trabalhando e vivendo na região do Vêneto, afirmando que Itália é bom apenas para trabalho, mas viver é no Brasil. A flexibillização do trabalho e o movimento de populações conectado ao fenômeno da globalização é algo bastante verificável no sul do Estado. No caso de Criciúma, a partir dos anos 1990, o fluxo diversifica-se, e os criciumenses passam a utilizar a dupla cidadania para emigrar para os Estados Unidos, pois a obtenção de visto de entrada nos Estados Unidos é quase sempre difícil para criciumenses. Entretanto, a emigração para esse país tem características distintas, uma vez que, diferentemente da migração para a Itália, os migrantes não partem para os Estados Unidos com uma documentação que lhes permita trabalhar, tornando-se, assim, imigrantes indocumentados no país de destino. O duplo direcionamento de emigração instigou-nos a pensar nas representações construídas em torno do desejo de ir para os Estados Unidos ou para a Itália. Ao longo da pesquisa, constatamos que o projeto de emigrar envolvia dois imaginários: um primeiro estaria ligado ao passado, com os emigrantes tentando refazer a trajetória de seus tataravôs voltando para a Itália, percorrendo o caminho inverso; um segundo estaria ligado ao presente e ao sonho de milhares de brasileiros que partem para os Estados Unidos, desde meados dos anos 1980, para fazer a América. Na cidade, esses dois imaginários estão presentes e contribuem para construir um imaginário positivo para os novos emigrantes criciumenses. No final do século XX, Criciúma tornou-se um ponto de partida de emigrantes para a Europa e para os Estados Unidos. É possível inferir que atualmente (2009) o movimento de criciumenses, dirige-se majoritariamente para os Estados Unidos nas regiões da grande Boston (MA), concentrando-se nas cidades de Lowell, Sommerville

14 e Everett 9. Ainda sim, é visível o crescimento da emigração para algumas cidades da Itália, frente ao contingente importante de emigrantes que informam ascendência italiana. Tais pessoas têm migrado quase sempre para a região da Lombardia e do Vêneto, onde se localiza a cidade de Peschiera del Garda que, se estima tenha uma população perto de mil criciumenses, numa cidade com uma população aproximada de dez mil habitantes. 10 Como demonstram os relatos dos emigrantes, a emigração para a Itália e para os Estados Unidos também está associada ao imaginário presente na cidade, o qual constrói uma conexão entre os imigrantes do passado e os emigrantes do presente, mas principalmente ao desenvolvimento e ao amadurecimento de redes sociais ao longo do processo migratório. Como referência à investigação realizada se pode indicar também o caso de Governador Valadares (MG). Aquela cidade mineira construiu desde final da década de 1960 uma cultura migratória relacionada aos primeiros valadarenses que foram para os Estados Unidos para estudar inglês, trabalhar, ganhar uns dólares e voltar falando inglês e com algum dinheiro era quase uma aventura. (MARGOLIS, 1994, ASSIS, 1995, 2004; SALES;1999, SIQUEIRA, 2006). Essas narrativas em torno dos primeiros imigrantes e de suas conexões entre os Estados Unidos e o Brasil configuram esse campo de relações entre os dois lugares como veremos a seguir. A primeira conexão Criciúma-Estados Unidos Os emigrantes dos anos dourados No período pós-guerra (1945), um novo modelo produtivo agropecuário foi implantado no Brasil, sob o comando do capital, com forte influência norte-americana, visando superar o atraso na agricultura. Para educar os agricultores a utilizar novas técnicas produtivas e aumentar a produção, foi implantado aqui em Santa Catarina um 9 Para isto ver: ASSIS, Gláucia de O. De Criciúma para o mundo: rearranjos familiares e de gênero nas vivências dos nos emigrantes brasileiros. Universidade Estadual de Campinas. (Tese de Doutorado), 2004, 339p. ZAMBERLAM, Jurandir; CORSO, Giovanni (orgs.). A emigração da Grande Criciúma na ótica de familiares desafios para a igreja de origem e de destino. Porto Alegre, Solidus, p.. 10 Para mais detalhes sobre esta região do Lago de Garda no Vêneto (Itália) ver:gomes, Gsutavo Berni. Brasileiros num vai e vem: os novos migrantes criciumenses e emigrar, imigrar, emigrar de Criciúma para a cidade de Peschiera del Garda, Itália ( ). Florianópolis: UDESC, 2005 (Trabalho de Conclusão de Curso).

15 projeto chamado Clubes 4-S. A sigla significa Saber, Sentir, Servir e Saúde, e os clubes foram implantados no estado a partir de 1957, através da ACARESC, órgão responsável pela implantação e desenvolvimento das atividades extensionistas da agricultura no estado. Estes clubes que atingiram seu auge em 1970 eram voltados à educação de jovens agricultores, e promovia o intercâmbio desses com outros jovens agricultores americanos, assim os brasileiros podiam aprender novas técnicas nos Estados Unidos, e os jovens americanos que vinham aqui morar por podiam passar as técnicas conhecidas às pessoas que o estavam recebendo. No sul de Santa Catarina o Clube 4-S trouxe os americanos e sua cultura ainda mais perto dos criciumenses, criando vínculos entre essas pessoas, além de servir como um painel de divulgação da modernidade americana, como é possível observar no jornal Tribuna Criciumense, de 21 a 28 de agosto de 1965, que conta a história de Bob Harter, um americano que antes de ir embora disse que nunca esquecerá Criciúma e seu povo. No mesmo jornal, na edição de 11 a 18 de setembro de 1965, encontramos a história de Ilma Arna, uma criciumense que foi estudar técnicas agrícolas nos Estados Unidos. Além dessas viagens promovidas pelos 4-S, haviam ainda os intercâmbios estudantis promovidos pelo Rotary Club, que tornaram-se comuns a partir de 1960 (SANTOS, 2007). Na década de 1960 houve ainda uma difusão da cultura norte-americana no Brasil, que foi cuidadosamente elaborada pelo governo estadunidense com o objetivo de aproximar e fazer a classe média brasileira consumir os produtos da cultura norteamericana (SANTOS, 2007). O american way of life passou a ser difundido para as massas logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, numa tentativa dos Estados Unidos de ter o Brasil como parceiro econômico e militar. Vemos nessa época uma série de produtos nascidos nos Estados Unidos serem transportados para o Brasil, como o programa Vila Sésamo (programa originalmente americano), a boneca Susi (cópia da boneca Barbie), quadrinhos Disney e o cinema americano (o cinema foi inaugurado em Criciúma ainda em 1950). No jornal Tribuna Criciumense, em 1965, semanalmente uma coluna intitulada Isto é fato apresentava informações sobre os Estados Unidos, como informações sobre novas tintas de parede ou como usar um chapéu de cowboy (SANTOS, 2007).

16 Conforme consulta de Santos (2007), em 1965 cerca de 80% das notícias internacionais e propagandas presentes naquele jornal foram dedicadas aos Estados Unidos. Ainda na década de 1960 a economia da cidade se torna mais dinâmica, graças à implantação da indústria cerâmica, gerando algo em torno de empregos na época (AMREC, 1999 apud Santos, 2007). Percebe-se aí também um incremento das viagens aos Estados Unidos, mas é claro que apesar do fascínio pelo avião, nem todos tinham as condições financeiras para fazer tais viagens. Mas na cidade existia uma nova elite carvoeira e cerâmica, além de uma classe média urbana, que podia adquirir os bens da modernidade e viajar como turistas aos Estados Unidos e esse estilo de vida de classes mais abastadas era difundido pela mídia às demais classes. Para se ter uma idéia de como foi se formando um imaginário na cidade sobre os Estados Unidos, uma proximidade, uma falta de estranhamento em relação àquele país, num desfile de 7 de setembro em 1976 um menino foi fantasiado de Mickey Mouse (CAMPOS, 2003). Esse imaginário, por muitas vezes é o suficiente, por si só, para estimular o desejo de migrar. Numa entrevista 11, Aldir 12, um criciumense que nasceu em 1966 e migrou para os Estados Unidos, em 1992, deixa claro como se construiu esse imaginário sobre a vida na América. Gláucia: Só aproveitando isso que você falou sobre ir para os Estados Unidos, quando você fala que não é só o dinheiro, essa história de você falou de colocar o homem na lua, do cinema... Aldir: Lógico, é uma ilusão, mas não deixa de ser, o ser humano vive de um pouco de ilusão, não é verdade? De sonhar... Não é tão... Gláucia: Tentando pensar no que você está falando, o que significa dizer que não era só o dinheiro? Qual era o sonho? Aldir: Daquele sonho de menino lógico, daqueles filmes que eu via assim, puxa vida, é tudo tão maravilhoso lá, eu quero ver isso de perto, não posso ficar assim, de viver uma vida sem ver isso! Pra mim não fazia sentido, não fazia sentido. Então, é isso... Gláucia: Você veio atrás do seu sonho? Aldir: Eu vim atrás do meu sonho, pode-se dizer que sim. Quando eu era menino eu sempre falei, sempre tinha essa... Gláucia: Sempre teve vontade. Aldir: Sempre tive vontade. 11 Entrevista concedida por Aldir Losso, em junho de 2008, na cidade de Lowell, Massachussets.. 12 Como se trata de uma migração em grande parte indocumentada, os nomes que aparecem nesse relatório são nomes fictícios. A exceção são as pessoas publicamente identificadas na cidade e nos meios de comunicação locais como emigrantes na cidade. Entrevista concedida por Aldir Losso, em junho de 2008, na cidade de Lowell, Massachussets..

17 Gláucia: Nunca quis ir pra Itália, Portugal? Aldir: Não, eu sempre dizia: eu vou para os Estados Unidos, eu vou um dia parar no Canadá, porque é perto, do lado tal, na minha cabeça de moleque, era quase que a mesma cultura. Aldir, no seu depoimento, fala da lembrança de quando os Carminati retornaram á cidade de Criciúma, de suas boates, da imagem de imigrantes bem sucedidos que representavam e das informações que através deles começaram a circular. Jaci Carminati, é considerado por alguns, como o pioneiro nessa emigração de criciumenses para os Estados Unidos. Jaci estudou em um seminário em Minas Gerais e lá ficou amigo de um rapaz que, posteriormente, migrou para os Estados Unidos. Jaci, emigrou para os Estados Unidos em 1966, buscando a ajuda desse amigo para encontrar trabalho. Já estabelecido naquele país, Jaci encontrou emprego para seu irmão, Dino Carminati, que foi em Dino relatou sua experiência migratória, numa entrevista concedida em junho de Segundo Dino, na época era muito fácil conseguir um green card e ficar em situação legal no país, bastava comprovar que tinha um emprego nos Estados Unidos para ganhar o visto. Dino conta que na época que ele chegou nos Estados Unidos, ele já tinha conhecimento de 5 brasileiros morando só naquela cidade, Manchester, na grande Boston, sendo que um deles havia sido levado por Jaci. Dino também dá detalhes de uma viagem que ele e seu irmão fizeram de carro dos Estados Unidos até Criciúma em 1970, sendo que durante essa viagem, a mesma ia sendo reportada pela rádio local na época e que foram recebidos com uma grande festa assim que chegaram na cidade. Dino voltou aos Estados Unidos em 1971, levando terceiro irmão com ele. D: O meu irmão tinha [Um Mustang], o Jaci, diise: Dino vamos pro Brasil de carro, vamos pro Brasil de carro. Eu dizia não, você ta doido, é muito longe! Mas ele começou a me encher, me encher, depois de trinta dias eu falei, ah tu quer ir, então tá, ok. Entre a decisão de vir para o Brasil no final dos anos 1970 de carro e a viagem foram muitos preparativos e tentar encontrar alguém que conseguisse dar a informação de como chegar de carro. Com um inglês que aprenderam nos Estados Unidos foram buscando a informação para a sua viagem ir para Criciúma de carro num Mustang:

18 D: Daí nos fomos lá no escritório central, aí nós falamos escuta, nos queremos ir pro Brasil, você tem condições de nos ajudar? Vocês fizeram carteira, bater fotografia da carteira internacional pra nós viajar e deram um mapa com a rota e tudo e nós fizemos um seguro, um seguro se tivesse algum problema, correria a morte né. Aí nós fizemos o seguro e saímos no dia cinco de dezembro de 1970 A viagem de Mustang da América para Criciúma é narrada como aventura, com um misto de orgulho e saudades... Dino conta que foram de carro até o Panamá, de lá como não havia mais estrada, o carro embarcou de barco e eles foram de avião para Lima, no Peru. No Peru passaram uma semana, aguardando o carro e conheceram a cidade e seus locais históricos: D: Ah, o que tem em Lima visitamos tudo. Pegamos o ônibus de manhã, saíamos e voltava de noite. Viajamos por tudo, não tem aqueles negócios dos Incas? Aqueles troço, aquilo ali, aonde era, chegava de manhã cedo, levantado cedo, aonde que tem um ponto turístico. A lá tem tal lugar, pego o ônibus aqui, e nós saía de manhã e voltava de noite. Conhecer a América Latina, ou uma parte dela fez parte da viagem, mesmo que de maneira não planejada. Dino relata os lugares que passou, as dúvidas sobre qual caminho seguir, eles passaram por Lima e conheceram aqueles troços Incas, chegaram a Venezuela e não entraram seguindo para o Chile, na narrativa de sua viagem o que foi ressaltado era a viagem, atravessar fronteiras e chegar a Criciúma. Foram 16 dias e seis horas de viagem, conforme relatou Dino, acompanhadas de noticias na rádio local. Aí tinha uma rádio, eu não sei, como é, como é que tava, que tinha uma rádio que tava divulgando o nosso negócio da viagem, mas não sei quem foi que falou porque, eles tavam informando que a gente tava viajando 13 Quando chegaram a Criciúma, assim relata Dino: Teve, foi a maior festa, tava no(...), tava todo mundo esperando, domingo de manhã 13 Entrevista concedida por Dino Carminati a Gláucia de Oliveira Assis, Emerson César Campos e Sueli Siqueira, em Lowell, Massachusetts, junho de 2008.

19 Dino tinha regressado ao Brasil para ficar noivo e casar, no entanto regressou sem a esposa, que aguardou a esposa do irmão para viajarem juntas. Seguindo a trajetória deles que emigram as primeiras mulheres de Criciúma, Neide e Mirces, que partiram para se encontrar com os maridos, após se casarem no Brasil. Elas viajaram juntas com 24 anos, no início da década de 1970, Mirces 14 conta como foi sua partida: O Jaci foi antes de todo mundo mesmo. Então quando eu aprendi a falar espanhol com essas duas amigas e... até eles estranhavam por que, para os americanos, o Brasil era América Latina, então achavam que eu era morena, pele escura, e achavam até assim tá mas tu parece uma americana! Por que tem cabelo comprido, loiro... E a Neide, mulher do Jaci, era loira de olho verde... e um monte que era daqui, que vieram dessa região aqui então eles até achavam estranho por que na verdade não tinha brasileiros, tinha pouquíssimos estrangeiros, a cidade que eu morava mesmo ninguém... só o Dino, o Arnaldo, o Valdir e o (...). Mirces, embora já trabalhasse no Brasil como professora, migra apenas depois de casada, e assim relata sua motivação para ir e a reação da família a sua partida. Gláucia: Quando você disse pros seus pais que estava indo como é que foi? M: A minha mãe ficou meio assim apreenssiva, eu também fiquei. Por que eu não sabia... um mundo completamente novo, né? Sueli: Mas por que você resolveu ir? M: Não sei. Por que o Dino tinha pensado em ir, os irmãos também já estavam lá, e a gente é novo, a gente também se aventura mesmo. Tava cansada de dar aula, aí fazia as continhas lá, gastava tanto aqui, tanto ali, sempre faltava dinheiro, tinha que... entende? Neide e Mirces iniciaram sua experiência migratória acompanhando seus maridos, diferentemente de alguns relatos encontrados em Governador Valadares, Minas Gerais, onde encontramos nas primeiras levas de emigrantes algumas mulheres que migraram solteiras (Assis e Siqueira, 2008). No entanto, é interessante que Mirces destaca em seu relato o desejo de se aventurar, era todos jovens, e queriam se aventurar... Neide e Mirces permaneceram nos Estados Unidos até início da década de 1980, quando retornaram ao Brasil com seus maridos e filhos. Segundo relato de Dino Carminati, a esposa Mirces, trabalhava numa fábrica e tiveram dois filhos, mas ela não 14 Mirces Jucelia Moreira, entrevista concedida em dezembro de 2008, em Criciúma a Emerson César de Campos, Gláucia de Oliveira Assis e Sueli Siqueira.

20 conseguiu ficar nos Estados Unidos mais tempo porque sentia saudades da família no Brasil. Mirces se naturalizou, com objetivo de facilitar a emigração de seus parentes, contudo apenas um irmão emigrou. Dino relata que naquela época não havia muito gente com interesse de ir para os Estados Unidos. No retorno, os irmãos montaram três boates na cidade de Criciúma e na praia do Rincão. Enquanto os irmãos montaram casas noturnas, a sua esposa, Mirce montou uma escola de Inglês em Criciúma e retornou apenas temporariamente aos Estados Unidos. A esposa de Jaci Carminati, Neide montou uma loja de venda de roupas trazidas dos Estados Unidos, em Criciúma. Ao que tudo indica, as primeiras mulheres emigrantes de Criciúma partiram para se encontram com seus maridos e lá trabalharam e constituíram suas famílias. Nesse sentido, podemos considerar que o movimento de emigrantes de Criciúma mantém um padrão semelhante ao de outros movimentos migratórios internacionais, nos quais há predomínio dos homens no início do movimento. Em recente entrevista concedida a esses pesquisadores, Mirces Carminati diz ter cumprido sua etapa na corrente migratória. Tentou junto com a filha (e o marido, Dino que lá já estava) voltar para os Estados Unidos há cerca de três anos. Ficou oito meses e decidiu então voltar em definitivo para o Brasil 15. Ao comentar sobre sua re-emigração para os Estados Unidos, assim sintetiza sua tentativa de voltar a morar lá: Não, por que eu fui pra ficar um pouco lá com o Dino mesmo. Já que tava... E eu queria dar um tempo da escola também. Já tava na hora assim de... né? Daí ah, então eu vou pra lá, fico um tempo lá, daí ela [a filha] também queria estudar um pouco mais de inglês, daí eu disse ah vamos. Não consegue mesmo. O que nós temos... [inaudível] O que a gente fez de aplicação [application, preencher formulários], meu Deus! Cansei! Daí não conseguimos emprego em lugar nenhum. Entende? Em lugar nenhum. Até lugar assim... até em Boston? Lugar que tinha um monte de brasileiros, que eram todas ilegais, que a gente sabia que era. já Mirces, embora documentada e sabendo falar o inglês, quando re-emigra em 2004, não consegue se inserir no mercado de trabalho norte-americano, não consegue trabalho.e retorna ao Brasil, onde mora com a filha. O marido permanece em Lowell, trabalhando e esperando a aposentadoria norte-americana para quem sabe retornar ao 15 Mirces também declarou na oportunidade que fora buscar recuperar direitos sociais nos Estados Unidos, tais como o equivalente a aposentadoria no Brasil. Seu marido Dino, continua morando e trabalhando em Lowell (MA) aguardando aposentadoria que deve acontecer neste anos de 2009.

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