A força dos ventos. Impresso Especial /2011-DR/CE FIEC CORREIOS. Impresso fechado, pode ser aberto pela ECT

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1 Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Ceará Ano VI N o 70 MARÇO/2013 Impresso fechado, pode ser aberto pela ECT Impresso Especial /2011-DR/CE FIEC CORREIOS 3 A força dos ventos Produção de energia eólica no Ceará se aproxima de 600 MW e deve crescer mais de 200% até 2016, com a inauguração de outros 31 parques eólicos

2 Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Ceará MARÇO 2013 N o Responsabilidade social 10 Jovens embaixadores Cearense foi um dos representantes do Brasil no programa Jovens Embaixadores, nos Estados Unidos CAPA 22 Bons ventos Pioneiro no Brasil no incentivo à energia eólica, Ceará já produz aproximadamente 588,8 MW, e se prepara para crescer mais de 200% até 2016 Sindroupas e Sindconfecções 12 Exportações cearenses 18 O desafio de 2013 Setor de exportação vive período de dificuldade no Ceará, mas reversão do quadro é possível Setor químico 32 Empresários capacitados Sindicatos promovem capacitação em gestão com especialistas da Fundação Dom Cabral Competitividade 14 Parceria pela inovação Programa Universidade-Empresa (Uniempre) do INDI aproxima setor produtivo e academia, fomentando inovação Condomínio Industrial Sindquímica propõe a prefeituras cearenses a criação de estrutura para baratear custos Qualificação profissional 28 Oferta supera demanda Um dos desafios é identificar perfil do profissional demandado pelas empresas que estão se instalando no CIPP Apóstolos da Inovação 38 O poder das ideias Participantes da segunda edição aprofundam ideias de empresas para que sejam postas em prática Responsabilidade social 34 Líder sustentável Evento promovido pelo SESI discute a importância desse perfil profissional nas organizações Seções MensagemdaPresidência...5 Notas&Fatos...6 Inovações&Descobertas...21 Março de 2013 RevistadaFIEC 3

3 Federação das Indústrias do Estado do Ceará fiec DIRETORIA Presidente Roberto Proença de Macêdo 1 o Vice-Presidente Ivan Rodrigues Bezerra Vice-presidentes Carlos Prado, Jorge Alberto Vieira Studart Gomes e Roberto Sérgio Oliveira Ferreira Diretor Administrativo Carlos Roberto Carvalho Fujita Diretor Administrativo Adjunto José Ricardo Montenegro Cavalcante Diretor Financeiro José Carlos Braide Nogueira da Gama Diretor Financeiro Adjunto Edgar Gadelha Pereira Filho Diretores Antonio Lúcio Carneiro, Fernando Antonio Ibiapina Cunha, Francisco José Lima Matos, Frederico Ricardo Costa Fernandes, Geraldo Bastos Osterno Júnior, Hélio Perdigão Vasconcelos, Hercílio Helton e Silva, Ivan José Bezerra de Menezes, José Agostinho Carneiro de Alcântara, José Alberto Costa Bessa Júnior, José Dias de Vasconcelos Filho, Lauro Martins de Oliveira Filho, Marcos Augusto Nogueira de Albuquerque, Marcus Venicius Rocha Silva, Ricard Pereira Silveira e Roseane Oliveira de Medeiros. CONSELHO FISCAL Titulares Francisco Hosanan Pinto de Castro, Marcos Silva Montenegro e Vanildo Lima Marcelo Suplentes Fernando Antonio de Assis Esteves, José Fernando Castelo Branco Ponte e Verônica Maria Rocha Perdigão. Delegados da CNI Titulares Fernando Cirino Gurgel e Jorge Parente Frota Júnior Suplentes Roberto Proença de Macêdo e Carlos Roberto Carvalho Fujita. Superintendente geral do Sistema FIEC Paulo Studart Filho Serviço Social da Indústria sesi CONSELHO REGIONAL Presidente Roberto Proença de Macêdo Delegados das Atividades Industriais Efetivos Marcos Silva Montenegro, Alexandre Pereira Silva, Carlos Roberto Carvalho Fujita, Cláudio Sidrim Targino Suplentes Pedro Jacson Gonçalves de Figueiredo, Marcus Venicius, Coutinho Rodrigues, Ricardo Nóbrega Teixeira, Vicente de Paulo Vale Mota Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego Efetivo Júlio Brizzi Neto Representantes do Governo do Estado do Ceará Efetivo Denilson Albano Portácio Suplente Paulo Venício Braga de Paula Representantes da Categoria Econômica da Pesca no Estado do Ceará Efetivo Elisa Maria Gradvohl Bezerra Suplente Eduardo Camarço Filho Representante dos Trabalhadores da Indústria no Estado do Ceará Efetivo Pedro Valmir Couto Suplente Raimundo Lopes Júnior Superintendente Regional Francisco das Chagas Magalhães Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial senai CONSELHO REGIONAL Presidente Roberto Proença de Macêdo Delegados das Atividades Industriais Efetivos Aluísio da Silva Ramalho, Ricard Pereira Silveira, Edgar Gadelha Pereira Filho, Ricardo Pereira Sales Suplentes Luiz Eugênio Lopes Pontes, Francisco Túlio Filgueiras Colares, Paula Andréa Cavalcante da Frota, Luiz Francisco Juaçaba Esteves Representante do Ministério da Educação Efetivo Cláudio Ricardo Gomes de Lima Suplente Samuel Brasileiro Filho Representantes da Categoria Econômica da Pesca no Estado do Ceará Efetivo Paulo de Tarso Teófilo Gonçalves Neto Suplente Eduardo Camarço Filho Representante do Ministério do Trabalho e Emprego Efetivo Júlio Brizzi Neto Representante dos Trabalhadores da Indústria no Estado do Ceará Efetivo Francisco Antônio Ferreira da Silva Suplente Antônio Fernando Chaves de Lima Diretor do Departamento Regional Fernando Ribeiro de Melo Nunes Instituto Euvaldo Lodi IEL Diretor-presidente Roberto Proença de Macêdo Superintendente Vera Ilka Meireles Sales Instituto de Desenvolvimento Industrial INDI Presidente Roberto Proença de Macêdo Diretor Corporativo Carlos Matos Instituto FIEC de Responsabilidade Social FIRESO Presidente Roberto Proença de Macêdo Vice-presidente Wânia Cysne de Medeiros Dummar Coordenação e edição Luiz Carlos Cabral de Morais (lcarlos@sfiec.org.br) Redação Camila Gadelha (cfgadelha@sfiec.org.br), G evan Oliveira (gdoliveira@sfiec.org.br), Luiz Henrique Campos (lhcampos@sfiec.org.br) e Ana Paola Vasconcelos Campelo (apvasconcelos@sfiec.org.br) Fotografia José Sobrinho e Giovanni Santos Fotografia de capa José Sobrinho Diagramação Taís Brasil Millsap Coordenação gráfica Marcograf Endereço e Redação Avenida Barão de Studart, 1980 térreo. CEP Telefones (085) e Fax (085) Revista da FIEC é uma publicação mensal editada pela Assessoria de Imprensa e Relações com a Mídia (AIRM) do Sistema FIEC Gerente da AIRM Luiz Carlos Cabral de Morais Tiragem exemplares Impressão Marcograf Publicidade (85) , , e publicidadesfiec@sfiec.org.br e airm@sfiec.org.br Endereço eletrônico Revista da FIEC. Ano 6, n 70 (mar. 2013) - Fortaleza : Federação das Indústrias do Estado do Ceará, v. ; 20,5 cm. Mensal. ISSN X 1. Indústria. 2. Periódico. I. Federação das Indústrias do Estado do Ceará. Assessoria de Imprensa e Relações com a Mídia. MensagemdaPresidência Roberto Proença de Macêdo Competitividade com sustentabilidade Participei de uma reunião do Fórum Nacional da Indústria (FNI), realizada na sede da CNI em São Paulo, no dia 15 deste mês, quando tive a oportunidade de juntar-me aos que vêm contribuindo na elaboração do Mapa Estratégico da Indústria para o período de 2013 a O processo de elaboração deste Mapa Estratégico tem sido de excelente qualidade, tanto pela consistência da metodologia empregada como pelo elevado grau de participação, pois envolveu até agora 520 pessoas entre executivos do Sistema Indústria, empresários, presidentes de associações setoriais, presidentes e membros de conselhos temáticos da CNI e representantes de federações e de sindicatos patronais da indústria. O encontro do dia 15 foi um momento de arremate e validação de Acreditamos cada vez mais na força transformadora da tríplice hélice, constituída por empresa, academia e governo, todos diversas tarefas que se iniciaram com a análise do Mapa Estratégico e prosseguiram com a realização de painéis temáticos com especialistas, entrevistas com conselheiros e empresários e consultas aos dirigentes do Sistema Indústria. Restam ainda a construção dos indicadores, a elaboração das diretrizes do Modelo de Gestão e a aprovação do Mapa na Diretoria da CNI. Essa reunião do FNI concentrou suas atividades em fatores-chave que geraram macrometas relativas à educação, ao ambiente macroeconômico, à eficiência do Estado, à segurança jurídica e à burocracia, ao desenvolvimento do mercado, às relações de trabalho, ao financiamento, à infraestrutura, à tributação, à inovação e à produtividade. Os fatores-chave foram desdobrados em temas prioritários, tendo sido definido um objetivo para cada um deles, os quais, imbuídos do propósito de estreitar os relacionamentos, promover a inovação e criar as condições para sermos um estado desenvolvido. por sua vez, foram atrelados a ações transformadoras a serem realizadas. Tanto as macrometas como os objetivos terão indicadores definidos para servirem de referência de medição. Participei dos grupos Ambiente Macroeconômico e Eficiência do Estado, nos quais me posicionei por trabalharmos em um prazo de pelo menos 30 anos, bem mais longo do que o proposto, por entender que nosso planejamento deve ir muito além da duração de governos, já que ele se destina a orientar a construção do Brasil que desejamos. Outro aspecto relevante para mim é que numa estratégia de prazo mais longo é possível se mudar uma cultura, trabalhando-se com programas institucionais, mais do que com projetos de mandatos. O que me dá segurança ao pensar em um prazo longo como esse de 30 anos é o fato de a CNI já vir dando continuidade a um processo de planificação iniciado em gestões anteriores. Com isso, o que está sendo pensado pela gestão atual tem bases sólidas para projetar este futuro que queremos construir, no qual um país forte se apoia na competitividade da sua indústria. Aqui no Ceará, essa perspectiva que está sendo trabalhada pela nossa Confederação vem merecendo um grande esforço da diretoria, dos nossos sindicatos e dos órgãos que compõem o Sistema FIEC. Acreditamos cada vez mais na força transformadora da tríplice hélice, constituída por empresa, academia e governo, todos imbuídos do propósito de estreitar os relacionamentos, promover a inovação e criar as condições para sermos um estado desenvolvido, apoiado em uma indústria competitiva e sustentável. CDU: 67(051) 4 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 5

4 Notas&Fatos O q u e a c o n t e c e n o S i s t e m a F I E C, n a P o l í t i c a e n a E c o n o m i a Construção civil Sinduscon realiza workshop sobre BIM O Building Information Modeling (BIM) um modelo inovador utilizado pelo setor da construção civil para demonstrar todo o ciclo de vida da construção, incluindo processos construtivos e fases de instalação mediante o meio digital foi o tema do workshop realizado na FIEC no final de fevereiro pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon/CE). O assunto foi conduzido pelos especialistas Fábio Formighuieri, da Expansão Arquitetos Associados, Maria Fernanda Ávila Souza da Silveira, presidente da Associação Brasileira de Gestores e Coordenadores de Projetos (Agesc), e Regina Ruschell, da Unicamp. A iniciativa marcou o lançamento do calendário de atividades da Universidade Corporativa do sindicato, a Uniconstruir. >> Cartas à redação contendo comentários ou sugestões de reportagens podem ser enviadas para a Assessoria de Imprensa e Relações com a Mídia (AIRM) Avenida Barão de Studart, 1980, térreo, telefone: (85) airm@sfiec.org.br Foto: JOSÉ SOBRINHO Seuma Agilidade nos processos de alvarás e licenças A titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Pontes Caminha Muniz, afirmou a empresários presentes na reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEC (Cotema), realizada em 4 de março, que está trabalhando para que a eficiência em analisar alvarás e licenças ambientais com rigor técnico seja uma marca da gestão do prefeito Roberto Cláudio. O encontro serviu como apresentação da nova gestora da área do município, que expôs ideias e apresentou as propostas da reforma administrativa que está sendo feita na secretaria. Como uma das prioridades, Águeda Muniz apontou a regulamentação das leis que compõem o Plano Diretor de Fortaleza, a criação da coordenadoria destinada exclusivamente ao tratamento de alvarás e licenciamentos, a criação de um edital de adoção de praças destinado ao setor privado, a viabilização de novas operações urbanas consorciadas, a reestruturação da Coordenadoria de Políticas Ambientais e da Coordenadoria de Fiscalização Integrada e a elaboração de projeto de urbanismo e meio ambiente para Fortaleza. Sindenergia Sindicato realiza planejamento estratégico O Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Ceará (Sindenergia) promoveu nos dias 8 e 9 de março encontro de diretores e associados para realização do seu planejamento estratégico. A entidade, que anteriormente representava apenas as empresas de serviços do setor elétrico, agora tem abrangência na base de representação das indústrias de geração e transmissão de energia. Com essa nova configuração, explica o presidente da entidade, Elias de Sousa do Carmo, "precisamos planejar o sindicato para atuar num dos segmentos mais promissores que é o de energia". O planejamento foi conduzido pelo consultor Leopoldo Nunes, sob a orientação das diretrizes do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) realizado, no âmbito da FIEC, pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Responsabilidade social SESI realiza oficina e almoço para empresas do Ceres O Núcleo de Responsabilidade Social Empresarial do SESI/CE promoveu nos dias 20 e 21 de fevereiro, na Casa da Indústria, uma oficina e almoço com empresas parceiras do Consórcio Empresarial de Responsabilidade Social (Ceres), com vistas a discutir ações baseadas no conceito de ecoindustrialismo. A ideia, que reúne empresas instaladas no entorno na região da Barra do Ceará, é desenvolver iniciativas voltadas a buscar o desenvolvimento sustentável por meio de negócios lucrativos, que possam contar com a participação da comunidade ali residente. O projeto conta inicialmente com quatro empresas participantes (Cemec, Iracema, Resibras e Recamonde) e outras 15 em prospecção. Segundo Cybelle Borges, gerente do NRSE do SESI, a metodologia a ser adotada para o trabalho resulta dos estudos e análises do contexto socioeconômico industrial, capazes de integrar os anseios da sociedade e as problemáticas ambientais com a produtividade e o desempenho organizacionais, numa perspectiva de criação de valor compartilhado e ecoindustrialismo. As oficinas serão realizadas em parceria com o SENAI, Unifor, Cagece, Coelce, empresa Impacto Protensão e Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon), dentre outros organismos. Meio Ambiente Política Estadual de Resíduos Sólidos é apresentada na FIEC A nova Política Estadual de Resíduos Sólidos foi apresentada à Presidência e diretores da FIEC em 4 de março pelo atual deputado federal Paulo Henrique Lustosa, ex-presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) do governo do estado. O texto deve entrar em breve em consulta pública no site do Conselho. A regionalização para a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos, o estímulo à coleta seletiva e a criação de instrumentos econômicos de autossustentabilidade da gestão dos resíduos foram os pontos destacados por Paulo Henrique. Segundo ele, o Ceará adequou uma política já existente às diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada em O Conpam estima que em municípios com população abaixo de habitantes são gerados cerca de 0,5 quilo de resíduos por habitante a cada dia. Em cidades com população entre e pessoas, 0,85 quilo de resíduos são gerados por habitante diariamente. Em Fortaleza, por exemplo, que possui mais de 3 milhões de habitantes, cada pessoa produz 1,20 quilo de resíduos/dia. AGENDA... Notas&Fatos Relações internacionais Embaixador da Hungria e dirigentes da FIEC Oembaixador da Hungria no Brasil, Csaba Szijjarto, participou em 14 de março de um almoço na cobertura da FIEC com dirigentes da entidade. O representante do governo húngaro, que estava acompanhado do cônsul daquele país no Ceará, János Fuzesi, e da adida comercial Zsuzsanna László, foi recebido pelo presidente em exercício da FIEC, Roberto Sérgio Ferreira, e pelo diretor administrativo adjunto da entidade, Ricardo Cavalcante. Na ocasião, Roberto Sérgio destacou que, apesar de a pauta comercial entre o Ceará e a Hungria ser pequena, há possibilidade de as relações aumentarem a partir do aprofundamento desses contatos. A FIEC tem muito interesse em ampliar esse comércio, disse. O embaixador, por sua vez, lembrou que a Hungria é um país que tem passado por transformações nos últimos anos, e pode-se dizer que está pronto para novas iniciativas. Durante a reunião, a adida comercial do país fez apresentação sobre as potencialidades econômicas da Hungria, citando ainda as medidas de austeridade que estão sendo tomadas por conta da crise econômica que afeta a comunidade de países da União Europeia. A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) está com inscrições abertas à missão empresarial brasileira à Alemanha, para participação na feira Bread & Butter, que ocorre de 30 de junho a 6 de julho. O evento é considerado a maior feira internacional especializada em jeans e urbanwer, englobando ainda os setores de calçados, acessórios e moda urbana. A Bread & Butter Berlim se posiciona ainda como plataforma de marketing e comunicação para marcas, rótulos e designers das áreas denim, sportswear, street fashion e modas funcional e casual. Nesse sentido, não é aberta ao público, mas somente para visitantes a negócios registrados. No Ceará, os interessados podem obter mais informações sobre como estar presente ao evento no Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEC pelo telefone Foto: GIOVANNI SANTOS CURTAS O Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas de Homem e Vestuário do Estado do Ceará (Sindroupas) está lançando o livro Sindroupas 70 anos de história, em comemoração ano aniversário de 70 anos. A publicação foi escrita pelo historiador, ensaísta, orador e conferencista Juarez Leitão, autor de mais de 40 obras. O livro conta a trajetória do setor e de pessoas que contribuíram para o desenvolvimento da entidade. Traz ainda a história do sindicato, a história do vestuário, da alfaiataria aos dias atuais, passando pela industrialização, ascensão, queda e retomada do setor. Destaque também é a passagem pela vida do fundador do Sindroupas, Vicente Mendes de Paiva. O SESI apresentou seus programas de desenvolvimento humano e ambiental na maior feira italiana de sustentabilidade, a Fa La Cosa Giusta, realizada entre os dias 15 e 17 de março, em Milão. Duas iniciativas foram apresentadas o Programa Cozinha Brasil, que já atendeu a quase 1 milhão de brasileiros com sua metodologia de educação alimentar, e o ViraVida, programa de enfrentamento à violência sexual. Durante os três dias do evento, nutricionistas do SESI distribuíram cartilhas com receitas próprias para cada público, além de dar dicas de preparação dos alimentos e promover a degustação dos pratos. O SESI também expôs na feira o ViraVida, por meio de uma exposição com depoimentos, imagens e sons com histórias de superação de jovens que foram vítimas de exploração sexual no Brasil, mas encontraram novo caminho, por meio da educação, da formação profissional e do ingresso no mercado de trabalho. 6 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 7

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6 Responsabilidade social Nos Estados Unidos, Gemakson, com os outros estudantes selecionados pelo programa Jovens Embaixadores, visitou a capital do país, Washington, e participou de encontros em organizações dos setores público e privado e de atividades focadas na cultura, na responsabilidade social e nas ações de empreendedorismo e liderança norte-americanas. Como parte da programação, os estudantes brasileiros realizaram apresentações sobre o Brasil. Para o aluno, ter sido escolhido entre tantos candidatos excelentes foi gratificante: Um sentimento indescritível de dever cumprido, de um sonho que acabava de se tornar realidade, e a certeza de que, com dedicação e esforço, podemos alcançar nossos mais altos objetivos. Ser selecionado entre tantos candidatos traz também uma responsabilidade imensa. Saber que fui escolhido para representar o Brasil, que apostaram em mim para uma função tão importante, é uma honra e uma grande responsabilidade. Segundo o estudante, a ajuda financeira do SESI foi estratégica porque possibilitou que se preparasse com tranquilidade. Viajei com todo o material que precisava para ter uma boa e confortável estada nos Estados Unidos, e representar bem meu país. Os estudantes visitaram Washington e participaram de vários encontros, como este na Nasa Jovens embaixadores Cearense Gemakson Mikael Mendes participou da 11ª edição do programa Jovens Embaixadores, nos Estados Unidos, e contou com o apoio do SESI Uma experiência no exterior é sempre muito enriquecedora, principalmente quando se tem a oportunidade de representar seu país, concorrendo com mais de jovens. Esse é o caso do aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Gemakson Mikael Mendes, que foi selecionado para participar da 11ª edição do programa Jovens Embaixadores. Iniciativa da Embaixada dos Estados Unidos, o programa beneficia com uma viagem de três semanas àquele país alunos brasileiros da rede pública de ensino que apresentem bom desempenho escolar e proficiência na língua inglesa. O principal objetivo é promover o fortalecimento da educação pública e tornar os participantes modelos para os colegas e para a comunidade em que vivem. Um dos selecionados, Gemakson, de 18 anos, morador do bairro Serrinha e aluno do ensino médio e do curso Técnico de Informática, viajou para os Estados Unidos no período de 11 de janeiro a 3 fevereiro de O Serviço Social da Indústria (SESI/CE), por meio do Núcleo de Responsabilidade Social Empresarial (NRSE), apoiou o jovem embaixador com auxílio financeiro. Alinhado à política de sustentabilidade do SESI/CE, o apoio ao estudante faz parte do exercício de ações de responsabilidade social da própria instituição, voltadas ao atendimento de regiões e públicos mais vulneráveis às carências sociais do país. Foto: ARQUIVO PESSOAL Histórico de estudos e superação Arotina de estudos de Gemakson no IFCE é bem agitada. Todos os dias vai ao instituto pela manhã, porque é bolsista, e fica responsável por um laboratório. À tarde, cumpre o horário das atividades curriculares normais do seu curso. Além disso, duas vezes por semana vai à noite para o curso de inglês no Instituto Brasil-Estados Unidos no Ceará (IBEU/CE), onde conseguiu uma bolsa de estudo. Pare ele, uma das maiores dificuldades é estudar inglês longe de casa. Acordo cedo, passo todo o meu dia fora, e à noite, dois dias por semana, vou para o curso e chego em casa por volta das 22h. Toda essa rotina é desgastante, pois muitas vezes não tenho dinheiro ou tempo para me alimentar bem. A relação do jovem com a língua inglesa é antiga. Desde criança, teve contato com o inglês por meio do pai, que sempre o incentivou. Quando fiz 14 anos, entrei no Centro de Línguas do Instituto Municipal de Pesquisa, Administração e Recursos Humanos (IMPARH), onde estudei três anos e meio. Durante a viagem, Gemakson teve a oportunidade de obter novos conhecimentos, melhorar o inglês, mas sobretudo de quebrar estereótipos. Ele diz: Uma das principais coisas que percebi é que somos todos iguais, não importa a nacionalidade, cor ou sexo. Aprendi a nunca julgar ninguém pelo seu jeito de ser. Vivi coisas incríveis ao lado de pessoas maravilhosas e voltei mais confiante em mim mesmo, mais aberto a novas experiências e com o gostinho de quero mais. Foto: ARQUIVO PESSOAL Um dos aprendizados, acrescenta, foi participar de projetos sociais e aprender como elaborá-los na comunidade. Com o conhecimento adquirido, pretende desenvolver um projeto social voltado ao ensino de informática para a classe mais idosa. Participei de vários workshops e oficinas que me possibilitaram adquirir muito conhecimento. Ampliei meus horizontes, experimentei coisas novas e voltei preparado para enfrentar os desafios e agarrar as oportunidades que virão pela frente, finaliza Gemakson. Ampliei meus horizontes, experimentei coisas novas e voltei preparado para enfrentar os desafios. Gemakson Mikael Mendes, aluno do IFCE 10 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 11

7 Sindroupas e Sindconfecções O treinamento enfatiza a implementação dos instrumentos de gestão e qualidade empresarial, visando à otimização de resultados Empresários capacitados Quarenta profissionais do setor de moda no Ceará participam na FIEC de curso sobre gestão com especialistas da Fundação Dom Cabral OSindicato da Indústria de Confecções de Roupas de Homem e Vestuário do Estado do Ceará (Sindroupas) e o Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus de Senhoras do Estado do Ceará (Sindconfecções), ambos filiados à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), estão promovendo, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), o curso de capacitação de gestores voltado ao setor de moda. O treinamento enfatiza a implementação dos instrumentos de gestão e qualidade empresarial, visando otimizar resultados. Teve início em 28 de fevereiro e será realizado em seis módulos até julho, em dois dias consecutivos a cada mês, com turmas de 40 pessoas. O público-alvo é composto de diretores, gerentes e empresários filiados aos dois sindicatos. Raimundo Bernardo Neto, fundador da marca Pena, uma das mais bem sucedidas no país no segmento de sufwear, é um dos empreendedores que aderiram ao programa. E não está sozinho. Com ele, sua gerente industrial, Diana Barroso, e a filha, Judie Ribeiro, de 19 anos, que segue os passos do pai e cursa administração de empresas para dar continuidade ao empreendimento familiar iniciado há 26 anos. O conteúdo do treinamento complementa o que vejo na faculdade e vice-versa, diz Judie. Para Bernardo Neto a empresa hoje tem mais de 300 empregados, está presente em quase todos os estados brasileiros e já fez suas primeiras vendas externas a países europeus como Espanha e Portugal, os ensinamentos dos especialistas são estratégicos para a Pena manter-se Foto: GIOVANNI SANTOS forte num segmento bastante pressionado por produtos piratas e importados chineses. O empresário da grife de lingerie Linhas e Cores, Robério Freire, também aposta no curso para adquirir novos conhecimentos e continuar crescendo. Com mais de 150 funcionários e peças comercializadas em vários estados brasileiros, Robério afirma que a oportunidade é fundamental para continuar competitivo: Quero destacar a ação dos dois sindicatos em prol da moda cearense. Ao proporcionar cursos de organizações como a FDC para seus associados, as entidades nos colocam com as melhores escolas de gestão do país. E isso é indispensável para continuarmos bem no mercado. Segundo o presidente do Sindconfecções, Marcus Venícius Rocha, a capacitação é, de fato, uma maneira de preparar os empresários locais para atuar no competitivo mercado da moda, que passa por constantes mudanças na área de gestão, processos e produtos. A busca por novas maneiras de administrar o negócio deve fazer parte das empresas que Foto: JOSÉ SOBRINHO Quero destacar a ação dos dois sindicatos em prol da moda cearense. Robério Freire, empresário da grife de lingerie Linhas e Cores Foto: JOSÉ SOBRINHO se aventuram a atuar num ambiente cada vez mais globalizado. Os principais players do mundo fazem isso constantemente. Precisamos também adquirir essa cultura para continuarmos competindo com eficiência, diz Marcus Venícius. O presidente do Sindroupas, Adriano Costa Lima, conta que o curso é importante porque boa parte do segmento de roupas e de confecções do Ceará é formada por profissionais que começam sem nenhuma qualificação gerencial. Muitos iniciam na própria residência, apenas porque viu alguém ganhando dinheiro com o negócio. Alguns conseguem crescer, mas, para ir mais longe e se manter no negócio, é necessário, em algum momento, se reciclar. Adriano Lima acrescenta: Aqueles que conseguem ter essa visão de futuro procuram seus sindicatos em busca de capacitações como essa, que oferece conteúdo de ponta para gargalos que vão desde questões financeiras até o desenvolvimento de estratégias voltadas ao mercado externo. O conteúdo do curso para gestores da Fundação Dom Cabral aborda aspectos como estratégia e gestão empresarial, gestão de finanças, gestão de logística e operações, gestão de marketing, gestão de processos e gestão de pessoas. Serviço Informações sobre capacitação empresarial: telefones (85) e (85) Judie Ribeiro, Raimundo Neto e Diana Barroso, da marca Pena 12 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 13

8 Competitividade Parceria pela inovação Programa Uniempre, do INDI, está aproximando academia e setor produtivo com foco na inovação e competitividade da indústria cearense Um dos maiores desafios competitivos nos dias de hoje é aproximar os centros de ensino e pesquisa do setor produtivo. O Brasil tem mostrado boa capacidade de geração de conhecimento, já que participa com 2% da produção internacional de artigos científicos publicados em periódicos indexados. No entanto, apresenta baixa capacidade de usar esse conhecimento na geração de riqueza para o país: apenas 0,2% das patentes registradas, de acordo com o escritório americano de patentes United States Patent and Trademark Office (USPTO). A parceria entre a academia e as empresas pode render muitos frutos para ambos os lados, fazendo com que o conhecimento gerado na banca acadêmica chegue ao chão de fábrica e vice-versa. Acreditando nesses resultados, o Sistema FIEC, por meio do Instituto de Desenvolvimento Industrial (INDI), está desenvolvendo o programa Universidade-Empresa (Uniempre) para estreitar as relações entre o setor produtivo e a academia. Segundo o INDI, os pesquisadores brasileiros estão concentrados nas universidades e não nas empresas. No Brasil, de cada quatro pesquisadores, três estão na academia; em países desenvolvidos, a relação é inversa. Para o gerente executivo do INDI, Ricardo Sabadia, existe uma falha de mercado: O mercado livre não leva a uma colaboração entre academia e indústria, apesar do potencial de benefícios. Essas limitações decorrem de diferenças entre objetivos, prioridades, cultura, motivações, recompensas e marcos legais. Falta um sistema de relacionamento eficiente entre ambas. Conforme Sabadia, a utilização de instrumentos para incentivar a cooperação indústria-universidade pode levar a uma situação de ganho para elas. A indústria ganha maior acesso a fluxo permanente de conhecimentos, inovação e pessoal qualificado. As universidades são beneficiadas com a atualização de seus programas de ensino e pesquisa ao contexto de competitividade, acesso aos recursos financeiros e experiências reais para o corpo docente e alunos. A cooperação entre indústria e academia vem sendo amadurecida desde 2010, quando comitiva coordenada pela FIEC esteve em Israel para aprofundar as discussões sobre o tema. De lá para cá, foi instalado o Comitê Executivo Universidade-Empresa, composto pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade de Fortaleza (Unifor), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Universidade Estadual do Ceará (Uece), Faculdade Sete de Setembro (Fa7), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado (Secitece), Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e Sistema FIEC. A ideia: discutir o fortalecimento dessa cooperação para a inovação no Ceará. Como parte de tal esforço, consultores da universidade de Ben- -Gurion elaboraram estudo sobre a questão no estado, o qual está servindo como norte para as ações que estão sendo desenvolvidas. De acordo com o estudo, no Ceará cerca de 95% das empresas (pequenas e grandes) concordam que inovação e avanço tecnológico são importantes e vitais para o desenvolvimento dos seus negócios. Essa impressão é válida tanto para as de alta tecnologia, como também para as mais tradicionais. De início, o Uniempre elegeu sete focos de atuação prioritários, que estão em andamento: identificação do ecossistema de inovação no Ceará, avaliação da demanda e oferta para inovação, unidade de apoio a startups, centro de empreendedorismo, avanço tecnológico e inovação, organização de competições, estrutura de apoio à colaboração trilateral para editais e criação de grupos setoriais de trabalho. Está sendo produzido um mapa do ecossistema de inovação no Ceará, com definição de atores, papéis e a relação entre eles e as 14 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 15

9 Estamos indo às universidades cadastrar pesquisadores em eventos. Nos reunimos, apresentamos o Uniempre, explicamos como funciona o cadastro no portal. Ricardo Sabadia, gerente executivo do INDI Foto: JOSÉ SOBRINHO empresas. Em seguida, serão identificadas as prioridades do programa por meio de representantes da academia e de instituições públicas e privadas, levando em consideração termos relevantes como questões setoriais, porte de empresas e áreas geográficas. Uma ferramenta de fundamental aproximação entre as empresas e a universidade são os Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) presentes em universidades e centros de conhecimento. O papel desses núcleos é servir como porta de entrada das empresas no ambiente acadêmico. Mediante parceria com o Uniempre, a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica do Ceará (Redenit/CE) foi aperfeiçoada para atingir esse objetivo. Uma das ideias surgidas do âmbito do Uniempre era criar um site no qual empresas postariam suas demandas e pesquisadores as suas pesquisas. A partir daí, seria feito um cruzamento das informações para que o contato fosse iniciado e a inovação desenvolvida. A Redenit, entretanto, já dispunha de um mecanismo semelhante e, no final do ano passado, em parceria com a Secitece, lançou o Portal de Demandas e Ofertas Tecnológicas. Uma área do portal é destinada ao cadastro das empresas e dos pesquisadores, que, ao realizarem o cadastro, recebem login e senha e podem cadastrar as demandas e também acompanhar o que está sendo solicitado. As empresas cadastram suas demandas de tecnologia e os pesquisadores respondem, caso lhes seja possível oferecer a tecnologia. As duas partes negociam dentro do próprio sistema do portal. Sabadia explica que o contato com os pesquisadores também está sendo feito pessoalmente. Estamos indo às universidades cadastrar pesquisadores em eventos. Nos reunimos, apresentamos o Uniempre, explicamos como funciona o cadastro no portal. Outra novidade é a implantação do NIT da Indústria, que está em fase de planejamento. Outro esforço do Uniempre que já deu resultados foi a prospecção de recursos da ordem de 3,5 milhões de reais do edital Tecnova, destinado à inovação. O edital será operado pela Secitece, com participação do Sistema FIEC e da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec). Com essas ações definidas, o comitê executivo e os grupos de trabalho do Uniempre estão realizando ações práticas de aproximação entre a academia e os empresários por meio de encontros/visitas de grupos de pesquisadores das universidades a empresas e de grupos de empresários a universidades, gerando encontro entre as demandas por inovação das indústrias e as pesquisas voltadas para o atendimento dessas demandas pela academia. E mais: será identificado o potencial de desenvolvimento e de comercialização de inovações tecnológicas pelos pesquisadores, assim como estabelecidos os critérios de divisão dos benefícios econômicos resultantes entre pesquisador, universidade e empresa. Está prevista a criação de ferramentas que darão suporte ao desenvolvimento de empresas cearenses pela inovação, tais como participação de representantes de empresários (FIEC) na definição de matrizes curriculares e de novos cursos; realização de estágios de estudantes nas indústrias, orientados conjuntamente por um professor e um industrial; participação de industriais em cursos acadêmicos específicos (conferencistas); apoio das universidades à estruturação de área/setor de PD&I nas empresas; realização de pesquisas periódicas para identificação de demandas por tecnologia e inovação que possam ser de interesse para a indústria; e criação de um site como ambiente para que os empresários possam colocar suas demandas e, os pesquisadores, soluções para os mesmos. Pioneiro Osetor metal-mecânico, elétrico e eletrônico foi o primeiro a ter um plano de inovação dentro da filosofia de trabalho do Uniempre. No começo de junho de 2011, com o apoio do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Ceará (Simec), a coordenação do Uniempre reuniu empresários e acadêmicos para discutir as especificidades da cadeia produtiva relacionadas à inovação. Como consequência, um comitê setorial foi criado para elaborar um plano de inovação ao setor. Dentre as propostas surgidas nesse primeiro encontro o presidente do Simec, Ricard Pereira, destacou a possibilidade da criação de uma cooperativa para a inovação, onde se poderia trabalhar a questão de editais de fomento e outras formas de incentivo. Ricard Pereira admitiu ser preciso haver por parte dos empresários uma mudança de mentalidade para entender a inovação como fundamental à competitividade, mas, para tanto, é necessário oferecer canais apropriados, a fim de que o processo se concretize. Segundo ele, o setor geralmente não enfrenta problemas relacionados à inovação no dia a dia das empresas. "O que precisamos é criar uma cultura que favoreça sua aplicação de forma progressiva, e não apenas para se apagar incêndio, como se faz muito hoje." Ele disse que o sindicato realiza visitas direcionadas e contatos mais aproximados com a academia, mas há a necessidade de as empresas promoverem uma maior abertura para discutir os gargalos que existem entre ambas as partes. O setor aderiu ao Uniempre e as ações estão se desenvolvendo como projeto piloto. Segundo Ricard Pereira, cerca de dez empresas do segmento cadastraram demandas no portal da Redenit e as negociações já estão em processo avançado. O contato do setor com a academia ocorre também mediante almoço mensal com pesquisadores, empresários e o comitê do INDI. É importante essa reunião mensal sem interesse fixo para que os contatos sejam estreitados e novos possam ser feitos, destaca Sabadia. Em janeiro deste ano, o setor da construção civil e o químico passaram também a se envolver mais diretamente com o programa. De acordo com o diretor corporativo do INDI, Carlos Matos, a partir de reuniões sistemáticas entre Foto: JOSÉ SOBRINHO interlocutores dos dois segmentos já se pode dizer que as primeiras pedras do "muro invisível que separava a indústria da universidade começam a ser quebradas. A partir de reuniões gerais com o comitê executivo do Uniempre, cada setor organizou as principais demandas para serem apresentadas em um workshop realizado nos dias 20 e 21 de março, na FIEC. Por sua vez, pesquisadores dos centros de ensino envolvidos com o programa apresentaram as principais linhas de pesquisa desenvolvidas e com potencial de aplicação no setor produtivo. A partir desse workshop, a ideia é que os dois segmentos estreitem as relações e desenvolvam parcerias de inovação. O presidente do Sindicato das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e Refinação de Petróleo do Estado do Ceará (Sindquímica), Marcos Soares, acredita que a participação no Uniempre será positiva para o setor. "O segmento químico é muito amplo e demanda muita tecnologia", explica. Para incentivar ainda mais o setor empresarial a investir em inovação, estão em fase de formatação dois cursos de pósgraduação com foco no empreendedorismo e inovação. As capacitações terão início ainda este ano. A iniciativa é do Uniempre e está sendo desenvolvida por meio da Unifor e do IFCE, com consultoria da Universidade de Israel. Na grade curricular, estarão disciplinas ministradas por professores das instituições e convidados israelenses. Reunião do Uniempre com o setor da construção civil 16 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 17

10 Exportações cearenses O desafio de 2013 Com balança comercial em queda desde o ano passado, as exportações do estado vivem período de dificuldade, mas reversão do quadro é possível Abalança comercial cearense em 2012 registrou um saldo deficitário de aproximadamente 1,6 bilhão de dólares, enquanto a balança brasileira permaneceu superavitária em 19,4 bilhões de dólares. A queda é um pouco mais acentuada do que a registrada em 2011 (U$$ ) e 2010 (U$$ ). Os dados são do documento Ceará em Comex, estudo estatístico do comércio exterior elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). O estudo é relativo ao mês de dezembro e também ao ano de Tem como fonte-base o sistema AliceWeb do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Responsável por 0,5% das exportações brasileiras e 6,7% das exportações nordestinas em 2012, o Ceará fechou o ano em 15º lugar na classificação nacional e em 4º lugar na classificação regional. Em 2012, exportou para 91 países-destino. Os setores de calçados, couros, castanha de caju e fruticultura são os mais representativos e respondem por 64,1% do valor exportado. Apenas um entre os dez produtos mais exportados não é oriundo desses setores: as ceras vegetais. Destaca-se também a presença do porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, dentre os principais corredores de exportação do nosso estado em 2012, sendo que em 2011 não ocorreu participação. Houve uma queda de 37,7% na participação do Porto do Pecém em 2012, passando de 62,2%, em 2011, para 42,9%, em Já o Porto do Mucuripe, em Fortaleza, teve um crescimento de 14,8% na sua participação, passando de 26,3%, em 2011, para 33,5%, em Os Estados Unidos continuaram sendo o principal país-destino, recebendo 23,6% do valor exportado no ano passado pelo Ceará, cerca de 299,1 milhões de dólares. Na classificação por blocos econômicos, a União Europeia ultrapassou a Nafta em dezembro e fechou 2012 como o principal bloco-destino das nossas exportações. A China é a principal parceira comercial. Com Estados Unidos e Argentina, os três representam 45,9% do total importado em Os primeiros meses de 2013 também não se apresentaram positivos, seguindo linha de queda. Para o superintendente do CIN, Eduardo Bezerra Neto, a baixa performance no começo do ano era esperada, levando-se em conta que nos últimos meses do ano é que são feitas as grandes vendas. Ele, no entanto, considera que a queda tem sido maior do que a esperada. Nesse sentido, alguns questionamentos precisam ser feitos para se entender esse fenômeno. Um deles é saber se as empresas estariam optando mais pelo mercado interno do que o externo. Outro ponto: está havendo realmente demanda por produtos brasileiros? Por fim, saber se estamos produzindo, e não estamos vendendo, o que acarretaria aumento de estoque nos depósitos das indústrias. Somente após a análise desses fatores será possível estabelecer parâmetros para Mesmo não arriscando números, ele destaca que um dos pontos que o levam a pensar em reversão de quadro é o retorno do investimento europeu ao estado. "Pernambuco andou avançando muito, por causa da forte habilidade de seu governo de se articular, mas ultimamente os empresários portugueses, em especial, estão desembarcando de novo no Ceará, instalando novos negócios por aqui." Ele acrescenta: A importância da vinda de investidores estrangeiros para o Ceará é que daqui a dois ou três anos, quando esses novos negócios estiverem em plena produção, mais investimentos e empregos serão inevitáveis. Isso é um sinal positivo para a economia local". Outro dado positivo em relação às exportações cearenses este ano é que vários sindicatos empresariais ligados à FIEC confirmaram participação em eventos e feiras internacionais visando incrementar seus negócios lá fora. Nesse sentido, a programação do CIN marca diversas missões estrangeiras para A definição das missões partiu de pleito dos próprios sindicatos. O CIN também organiza missões para os mercados-foco definidos pela CNI e pela Apex-Brasil, com a qual mantém parceria. O apoio ao investidor estrangeiro também é uma ação para incentivar a participação do empresariado cearense no comércio exterior. A ideia é posicionar a oferta do novo serviço, delineado pela Rede CIN, por meio da oferta de um ambiente favorável para investimentos. Quanto à capacitação, estão programados cursos de curta duração em temas diversos do comércio exterior. Além disso, está prevista a realização dos Jogos de Negócios Internacionais. Foto: GIOVANNI SANTOS Responsável por 0,5% das exportações brasileiras e 6,7% das exportações nordestinas em 2012, o Ceará fechou o ano em 15º lugar na classificação nacional e em 4º lugar na classificação regional. Em 2012, o Ceará exportou para 91 países-destino. Os setores de calçados, couros, castanha de caju e fruticultura são os mais representativos e respondem por 64,1% do valor exportado. 18 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 19

11 Missões acertadas Principais atividades do CIN previstas para 2013 Suécia e Alemanha - Por solicitação do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais do Estado do Ceará (Sindverde), o CIN está organizando uma missão à Suécia e Alemanha. Será visitada, na Alemanha, a Feira K, um dos eventos mais importantes do setor de plásticos do mundo. Na Suécia, serão visitados os projetos de sustentabilidade ambiental de Estocolmo. Circuito Moda Nova York e Circuito Moda Londres O CIN está desenvolvendo com o SENAI um projeto de missão conjunta. O foco é a capacitação empresarial. O diferencial do Circuito Moda é a imersão, no mercado definido, em uma capacitação técnica em instituição renomada. Os circuitos moda também têm como objetivo a prospecção de tendências in loco. Outras feiras trabalhadas: Hannover Mess (Alemanha), Expocomer (Panamá), Isaloni (Itália), Canton Fair (China). Feira Cebit, Alemanha - Anualmente, o CIN da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) organiza a Missão Empresarial Brasileira à feira Cebit na Alemanha. Este ano, a missão conta com o apoio do Al-Invest, com recursos da Comissão Europeia. A avaliação da feira, feita pelo CIN/RS, é excelente e é uma oportunidade para os empresários cearenses. Capacitação empresarial - Para 2013, estão programadas 13 capacitações de curta duração em temas diversos do comércio exterior. Também está prevista a realização dos Jogos de Negócios Internacionais, com o intuito de treinar seus participantes para a tomada de decisões estratégicas, derivando de simulações de fatos e rotinas do cotidiano das empresas. O curso irá permitir o aprender fazendo, a criação de ambientes de competição e motivação, bem como o incentivo ao trabalho em equipe. São sete módulos distribuídos em 80 horas/aula. Inovaçoes Ventilador ecológico A arquiteta brasileira Luiza Burkinski criou um ventilador ecologicamente correto. O produto foi apresentado na Feira do Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (16 Fimai), em São Paulo, e possui madeira reciclada, grade metálica e design inspirado no art déco (movimento popular internacional de design que durou de 1925 até 1939, afetando as artes decorativas, a arquitetura, design de interiores etc.). A inovação funciona com pilhas, baterias e painéis fotovoltaicos. Segundo a criadora, o dispositivo pode economizar até 70% de energia em relação aos ventiladores tradicionais. A fabricação do motor mais econômico contou com a colaboração de dois engenheiros brasileiros. Um deles, Roberto Frascari, afirma que a fonte de energia utilizada é mais limpa, eficiente e menos poluente porque utiliza energia pulsada, diferentemente dos convencionais que funcionam com corrente contínua ou alternada. Isso permite que o motor trabalhe frio e em equilíbrio com a natureza, explica. O ventilador está sendo produzido por artesões da cidade de Cambuquira, em Minas Gerais. Segundo a empresa, esse é o primeiro modelo ecológico lançado no Brasil. &Descobertas Pesquisadores de Belo Horizonte criaram painéis solares feitos de plástico. Mais baratos e compactos do que os equipamentos convencionais de silício, as placas podem ser instaladas em fachadas de prédios, telhados de casas e até mesmo em ônibus e carros. O novo dispositivo, que pode gerar até 50% a mais de energia do que as placas convencionais, se parece com um rolo de filme-plástico transparente com faixas coloridas, nas quais se encontram as células fotovoltaicas. De acordo com Tiago Maranhão Alves, coordenador do projeto, um pedaço do plástico de dois metros por dois metros tem capacidade para abastecer uma lâmpada, uma televisão e parte do consumo de uma geladeira. Quanto maior o tamanho do plástico, mais eletricidade é gerada, explica. O equipamento já foi aprovado Jeans que muda de cor Um fabricante de jeans no Japão criou uma calça que muda de cor de acordo com a temperatura do corpo de quem a utiliza. Se a pessoa estiver com frio, a calça fica azul; se estiver com calor, fica branca. O jeans também reage pela temperatura do ambiente em que a pessoa se encontra, ou ainda por terceiros, ao deixar a mão sobre a perna de alguém, por exemplo. A mudança de cor se deve a um corante termocrômico, que tem em sua composição uma molécula que aumenta sua tonalidade com base na faixa de temperatura em contato com o tecido. O jeans termocrômico está disponível na loja Barneys New York por cerca de 240 dólares. A marca também desenvolveu outros itens de moda inusitados, como o scratch-and-sniff jeans (jeans que solta cheiro de framboesa quando friccionado), glow-in-the-dark jeans (jeans que brilham no escuro), e também uma calça jeans tão grossa e pesada que pode ficar em pé por conta própria. Painéis solares de plástico em testes internacionais. As primeiras unidades já estão prontas para ser comercializadas. O projeto demandou investimento de 20 milhões de reais e foi executado com a verba de uma empresa privada e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Tablet made in Paraíba custa 349 reais Uma fábrica de Campina Grande, na Paraíba, está finalizando os testes para produzir tablets com tecnologia 100% nacional. A comercialização deve ter início em abril deste ano com valores que variam entre 349 reais a 399 reais. Os recursos para o desenvolvimento da inovação são dos governos federal e estadual. O diretor de operações da empresa, Clóvis Machado Nogueira, garante que os tablets não deixam a desejar em relação à concorrência e que todo o processo de fabricação é realizado em Campina Grande. A produção inicial foi feita com produtos semiacabados e semidesmontados para avaliação, mas hoje, garante o fabricante, acompanha o mesmo processo fabril feito na Foxcom, em São Paulo, para produção dos ipads da Apple. A empresa pretende produzir, num primeiro momento, tablets e chegar, até o meio do ano, a unidades. Março de 2013 RevistadaFIEC 21

12 Energia eólica Bons ventos O parque eólico da Prainha foi o segundo construído em dunas no mundo. Hoje, as torres não são mais instaladas nesses locais Pioneiro no Brasil no incentivo à produção de energia eólica, estado do Ceará já produz cerca de 588,8 MW, acima de 19% do consumo total, e se prepara para crescer mais de 200% até 2016 GEVAN OLIVEIRA Aenergia eólica no Ceará já não é mais apenas uma brisa. Hoje, a pujança dessa fonte limpa, em todo o mundo, mostra que o estado, o primeiro do Brasil a dispor de uma legislação de incentivo à energia solar, acertou quando em 1992 iniciou os estudos de mapeamento eólico, resultando nos primeiros parques eólicos do mundo construídos sobre dunas: o da Praia da Taíba, município de São Gonçalo do Amarante, com capacidade de 5 MW (dez aerogeradores de 44 metros de altura e 500 KW instalados) e o da Prainha, em Aquiraz, no ano seguinte, com capacidade de 10 MW (20 aerogeradores de 44 metros de altura). Também em 2000 foi inaugurado o parque eólico da Praia Mansa, em Fortaleza, com 2,4 MW de potência instalada. Atualmente, o investimento em eólica segunda fonte de energia mais competitiva em O Ceará possui 19 parques eólicos em operação. Mais 19 estão em construção e outros 31 já foram contratados. Com isso, o estado deverá ter em operação, em 2016, uma potência total de 1,818 GW. termos de preço no Brasil, só perdendo para a hidráulica já não é apenas uma aposta, e sim um imperativo em razão do drama de distribuição de energia elétrica que o país tem vivido, causado pelo temor de um novo apagão e pela possibilidade de racionamento. Dessa forma, as renováveis ganham força entre os especialistas porque os reservatórios de água permanecem críticos, e as termelétricas já operam em capacidade máxima e com elevados custos. Desde o fim dos anos 90, os ventos sopram cada vez mais promissores por entre dunas e sertões cearenses e mais uma vez o estado é exemplo para o país. A euforia se dá agora pela constatação de que cerca de 19% de toda a energia produzida no Ceará têm origem nas torres eólicas, que ultrapassam os cem metros de altura, e porque se prepara para, nos próximos três anos, aumentar em mais de 200% a sua capacidade de geração de luz elétrica por meio dos ventos. Vamos aos cálculos. No momento, o estado possui 19 parques eólicos em operação, com uma potência total operacional aproximada de 588,8 MW. Se todo esse potencial fosse aproveitado, ou seja, injetado na rede elétrica, a energia provinda dos ventos já responderia por mais de 46% da energia consumida no Ceará, que, durante o ano passado, foi de 1,117 GW (produção de todas as fontes juntas), segundo a Companhia Energética do Ceará (Coelce). No entanto, o cientista industrial e secretário da Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará, Fernando Alves Ximenes, explica que desses 588,8 MW, apenas um percentual de 30% a 40% é eficaz, que dizer, é realmente injetado na rede elétrica. Isso de dá, dentre outros fatores, pela inconstância dos ventos. Dessa forma, as eólicas contribuem, de fato, com cerca de 180 MW do consumo estadual. Vale ressaltar que essa característica não é própria da geração local, mas uma regra mundial. Considerando que mais 19 parques eólicos estão em construção e outros 31 já foram contratados, o estado deverá ter em operação, em 2016, uma potência total de 1,818 GW, resultado dos atuais 588,8 MW e mais 1,23 GW oriundos dos 50 empreendimentos previstos. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). A estimativa do órgão é que 19 desses 50 parques iniciem suas atividades ainda em 2013, 19 em 2014, 11 em 2015 e o último em Dentre os municípios que receberão as obras, destacam-se Trairi, com 11 (256,4 MW), e Tianguá, na Serra da Ibiapaba, com sete (210 MW). Ainda segundo a entidade, os parques eólicos em construção no Ceará representam 17,46% do total que será construído no país. Vale ressaltar que os novos parques do litoral cearense não são mais instalados em cima de dunas. Conforme a presidente da Abeeólica, Elbia Melo, o fato se dá, principalmente, em razão do impacto visual dos empreendimentos. No que se refere à localização dos parques, tem havido algumas discussões da construção em dunas, mas isso não está associado à questão da emissão, já que a energia eólica é considerada limpa, renovável e com emissão zero de carbono, e sim ao impacto visual das torres. O que direcionamos para os órgãos do meio ambiente e para os próprios investidores, especialmente no Ceará e Rio Grande do Norte, é não instalar mais torres eólicas em dunas, explica. Fernando Ximenes: "Da potência total operacional aproximada de 588,8 MW, apenas um percentual de 30% a 40% é eficaz." Quando todos estiverem funcionando, os ventos serão responsáveis por uma produção superior ao consumo de energia elétrica de todo o estado. Considerando uma eficácia de 40%, teríamos, portanto, em 2016, cerca de 700 MW efetivos das eólicas, o que representa hoje mais de 60% da produção de todas as fontes de energia no Ceará. Levando em conta, ainda, esse aproveitamento médio de 40%, os 1,23 GW prometidos até 2016 seriam suficientes para abastecer, aproximadamente, quatro milhões de domicílios com o consumo de 120 KW/h. A estimativa da Abeeólica é que 19 dos 50 parques eólicos em construção ou já contratados iniciem suas atividades ainda 2013, 19 em 2014, 11 em 2015 e o último em FotoS: JOSÉ SOBRINHO 22 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 23

13 Cadê as linhas Até 2016, segundo dados da Abeeólica, cerca de 40 bilhões de reais serão investidos no setor no país, oriundos dos parques em construção, vencedores dos últimos leilões de energia. Nesse contexto, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia receberão a maior parte dos projetos. Em 2014, se tudo correr bem, 7 GW já devem entrar em operação, totalizando 30 bilhões de reais em investimentos. Desses, 22 bilhões de reais serão aplicados no Nordeste. O presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará, Adão Linhares, informa que, desses projetos, o Rio Grande do Norte terá 3 GW. O Ceará vem em seguida com 2 GW. Mas, em termos de capacidade instalada, o Ceará ainda é líder, sendo responsável pela geração de 38% de toda a energia eólica produzida no país. Apesar dos fatos animadores quanto ao futuro da energia eólica no Brasil, há ainda alguns gargalos na cadeia dos ventos. O principal, hoje, é a falta de linhas de transmissão. De acordo com Abeoólica, 1,4 mil GW dos 2,1 mil GW que os novos parques eólicos devem gerar neste ano ficarão fora do sistema Em termos de capacidade instalada, o Ceará ainda é líder, sendo responsável pela geração de 38% de toda a energia eólica produzida no país. Adão Linhares, presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará Microgeração Foto: JOSÉ SOBRINHO AConfederação Nacional da Indústria (CNI) é uma incentivadora da produção de energia eólica no Brasil. Segundo o documento Energia Eólica Panorama Mundial e Perspectivas no Brasil, desenvolvido pelo Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da entidade, lançado em 2009, existem vários argumentos a favor da expansão do parque eólico no Brasil, em particular a forte complementaridade entre os períodos de chuva e de vento, o que dá margem a que os parques eólicos possam suprir energia durante elétrico nacional porque as linhas de transmissão que injetarão a energia dos parques eólicos na rede do sistema nacional não ficarão prontas em A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), estatal do Grupo Eletrobrás, venceu o leilão das linhas de transmissão, mas não concluiu nenhum projeto no prazo. Pelas regras do contrato, o sistema de transmissão teria de ser concluído na mesma data dos parques eólicos para permitir o início dos testes. Mas, na melhor das hipóteses, a conexão se dará em julho próximo. Sabe-se que algumas empresas foram informadas de que os cronogramas de empreendimentos marcados para setembro de 2013 só ficarão prontos em janeiro de No Ceará, por exemplo, há oito novos parques eólicos acabados, mas sua operação é inviável porque a Chesf não construiu as linhas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), outros seis parques eólicos do estado devem ter suas obras concluídas nos primeiros meses deste ano, mas também ficarão sem operar em razão do mesmo problema. Os empreendimentos cearenses nessa situação são do grupo de 21 projetos leiloados no primeiro leilão da energia eólica do país, em Das 71 usinas arrematadas naquele ano, 32 sofrem com o mesmo problema. A Aneel não descarta a possibilidade de fazer instalações provisórias enquanto as definitivas não ficam prontas. Vale ressaltar que o governo, na verdade a sociedade, está pagando o ônus de tal atraso. É que o edital de licitação determina o pagamento total de 370 milhões de reais às 32 usinas. Isto significa que, mesmo sem geração de energia, o consumidor brasileiro vai ter de pagar por uma energia que não está sendo produzida. a estação seca, propiciando o acúmulo de água nos reservatórios das grandes hidrelétricas e reduzindo a utilização da geração térmica. Além disso, destaca o documento, a geração eólica não emite poluentes atmosféricos, contribuindo diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa decorrentes do sistema elétrico nacional. Nesse sentido, a disponibilidade, o preço e a qualidade deste suprimento energético são fundamentais para a competitividade do setor produtivo brasileiro. Dessa forma, a agenda da indústria abraça a questão da diversificação da matriz como via de solução para afastar o fantasma do racionamento e assegurar níveis competitivos de preços da energia. O documento afirma ainda que, de acordo com o Atlas Eólico do Brasil, o potencial brasileiro é estimado em 143 GW (medido com torres de 50 metros atualmente as torres de medição são de 100 metros e excluindo o potencial offshore, em alto mar). Em termos de comparação, todo o parque gerador brasileiro tem capacidade instalada de 100 GW, incluindo todas as fontes. A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) também entende que o desenvolvimento das energias renováveis é importante para o futuro do estado. Assim é que tem promovido encontros, por meio do Instituto de Desenvolvimento Industrial (INDI), com outras instituições interessadas e especialistas visando garantir o processo de ampliação dessas fontes na matriz energética local. O último evento foi em 30 de janeiro deste ano e reuniu representantes da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae) e da Universidade Federal do Ceará (UFC). Dentre os assuntos em pauta, as pesquisas na área energética desenvolvidas pela UFC. A entidade possui laboratórios em parceria com empresas nacionais e multinacionais que estão à disposição para apoiar empresários em pesquisa e desenvolvimento de projetos em energias renováveis. O fórum também discutiu o impacto da Resolução 482, da Aneel, que permite aos consumidores residenciais, comerciais e industriais a produção de energia a partir de painéis solares ou minigeradores eólicos instalados diretamente na rede elétrica da residência. Segundo Fernando Ximenes, o potencial de mercado da micro e minigeração distribuída no país é maior que das grandes gerações (usinas). Ele exemplifica citando o potencial eólico da região metropolitana de Fortaleza, que é (na microgeração) de MW, mais de três vezes o que o estado do Ceará tem operado até hoje em energia eólica (600 MW) e solar (20 MW), e equivalente a 29 termelétricas instaladas no Pecém. Ximenes acredita que, se a medida vingar, muitos setores industriais serão beneficiados, como o metal-mecânico e o eletroeletrônico. Não podemos só homologar equipamentos pequenos de 2 KW já prontos, FIEC, por meio do INDI, promove encontros para discutir o processo de ampliação das fontes de energias renováveis pois temos de dimensioná-los, desenvolvêlos e produzir por encomenda de acordo com a necessidade do cliente. Isso desenvolverá diversas indústrias, além de gerar empregos profissionais e tecnologias locais, mesmo se apenas 1% da população aderir à ideia. Pelas regras da Aneel, se um cliente consome 150 KW por mês e consegue gerar 50 KW, ele pagaria apenas pela diferença entre os 150 KWh utilizados, ou seja, 100 KWh. Caso consiga inserir no sistema uma carga maior do que a consumida no mês, cria-se um crédito para o consumidor, com a validade de 36 meses, para ser usado nas faturas seguintes. Resumindo, a energia não poderá ser vendida à distribuidora, mas apenas consumida na própria residência em forma de créditos. A criação de uma cadeia produtiva voltada às demandas das energias renováveis foi outro assunto discutido no encontro da FIEC. Segundo o consultor para a área de energia da entidade, Jurandir Picanço, o esforço dos agentes envolvidos com o negócio das fontes renováveis é para que o estado, em alguns anos, produza os insumos usados na instalação dos parques eólicos, não apenas a eletricidade. O processo de estímulo aos novos negócios para abastecer os investidores dos parques eólicos ou plantas solares gera mais renda e emprego, proporcionando mais arrecadação que o próprio negócio de eólica, diz Picanço. Desenvolver desde fornecedores a prestadores de serviço, estima-se, pode dar um retorno de até três vezes mais para o estado do que a própria geração das energias limpas. Foto: GIOVANNI SANTOS 24 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 25

14 Nesse sentido, a empresa alemã Wobben inaugurou, em 2002, uma fábrica de pás para torres eólicas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). Dez anos depois, mais duas indústrias aportaram por aqui: a indiana Suzlon, em junho de 2012, começou a construção de uma unidade em Maracanaú para fabricar painéis elétricos e eletrônicos e de uma linha de montagem de hubs (a parte frontal das turbinas eólicas). Este ano, a empresa sinalizou que pretende fazer novos investimentos na ampliação do negócio. A outra indústria que chegou por aqui foi Aeris Energy, também no complexo industrial. A empresa anunciou um aporte de 50 milhões de reais, em parceria com a Suzlon, visando fabricar pás para aerogeradores. Ainda em 2013, o governo cearense espera que seja inaugurada a unidade da alemã Fuhrländer, no Cipp, que irá produzir aerogeradores. O investimento inicial anunciado para a planta, no primeiro semestre, é de 15 milhões de reais. SAIBA MAIS Para entender a geração de energia eólica: 1 (um) Aerogerador eólico É apenas o equipamento gerador eólico de energia, podendo ser de várias potências. 1 (um) Sistema eólico São todos os equipamentos componentes do sistema eólico dimensionado, que atendem às necessidades do consumidor (torre eólica, gerador eólico, pás eólicas) + baterias (off-grid), sem baterias (on-grid), inversores, conectores, chaveamento e relógios medidores elétricos, podendo ser de 0 KW a 100 KW (microgeração) e de 101 KW a KW = 1 MW (minigeração). KW quilowatts 1 KW = watts MW megawatts 1 MW = 1 milhão de watts Segundo a CNI, em favor da ampliação do parque eólico no Brasil, há os seguintes argumentos: > A população está concentrada na faixa litorânea, onde se localiza a maior parte do potencial eólico, o que permite reduzir os custos de transmissão e as perdas técnicas, uma vez que as usinas eólicas podem ser instaladas próximas aos centros de consumo. > Os ventos nos sítios de maior potencial têm, em média, velocidades altas e são geralmente estáveis, permitindo menor desembolso com equipamentos. > Há forte complementaridade entre os períodos de chuva e de vento ao longo do ano, em particular no Nordeste, o que dá margem, ao longo da estação seca, para que os parques eólicos possam suprir energia e propiciar a acumulação de água nos reservatórios das grandes hidrelétricas. > A geração eólica pode ser amplamente usada na universalização do acesso à energia, via geração distribuída (áreas rurais e isoladas), o que fatalmente reduziria o custo com o emprego de combustíveis fósseis. > As torres eólicas podem ser instaladas mesmo em áreas de preservação ambiental, o que constitui ponto favorável à obtenção do licenciamento. > Os parques eólicos são modulares e admitem uso múltiplo da terra, o que garante renda aos proprietários. > O prazo de instalação das unidades geradoras é relativamente curto, entre 12 e 24 meses. > As unidades de geração eólica não emitem poluente atmosférico, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa decorrentes do sistema elétrico nacional. > A gratuidade do combustível (vento). Ensino de qualidade e desenvolvimento sustentável, nas áreas de saúde, tecnologia e humanas, o melhor caminho para o Ceará.

15 Qualificação profissional no Ceará REPRODUÇÃO ARTE CSP Oferta supera demanda O grande desafio, no entanto, é saber se o perfil do profissional que está sendo formado atende às reais necessidades das empresas que estão se instalando no Complexo Industrial e Portuário do Pecém Luiz Henrique campos Existe um bom número de cursos nas áreas de qualificação profissional no Ceará na comparação entre oferta e demanda. O grande desafio é saber se o perfil desse profissional que está sendo formado irá atender às reais necessidades das empresas que estão se instalando no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), localizado nos municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza. Essa foi a conclusão do estudo Planejamento Estratégico para a Educação Profissional CIPP 2012/2014, realizado pela DialogEducação, coordenado pelo Sistema FIEC por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/CE). O trabalho foi produzido a pedido do governo do estado, dentro do eixo "Capacitação", com o propósito de criar um planejamento estratégico para a educação profissional que contemple o complexo. A análise dos dados mostra que há oferta de vagas de treinamentos no Ceará além do necessário em cursos nos eixos de formação para os quais há demanda de qualificação profissional. Esse excedente de capacidade instalada hoje atinge o total de vagas. O estudo detectou, porém, que a partir de agora a estratégia deve se voltar a orientar, nas proporções necessárias, parte dessa capacidade instalada excedente para as demandas das empresas. Nesse sentido, é preciso haver um diagnóstico mais preciso dos portfólios não orientados para as demandas, a fim de identificar aqueles que poderiam ser revisados e adaptados para os perfis técnicos da demanda das empresas ou que possam vir a ser substituídos por novos cursos mais específicos. Como sugestão, o trabalho propõe duas alternativas para reverter esse quadro: dimensionar e gerir estoque de mão de obra e abrir novos cursos e vagas. A primeira parte do princípio de que há na região um estoque de mão de obra, profissionais já formados nas áreas faltantes, apto a trabalhar sem necessitar passar por alguma qualificação. Nesse caso, é preciso dimensionar tal estoque, considerando as desmobilizações de outras empresas, bem como identificando o contingente de desempregados qualificados. A segunda alternativa trata da abertura de novos cursos e a ampliação de vagas nos existentes já orientados para as respectivas demandas. Para a elaboração do estudo, a FIEC promoveu em 2012 diversos encontros, com a participação de instituições de ensino do estado, órgãos governamentais e empresas do CIPP, visando desenvolver ações relacionadas à Formação Inicial e Continuada (FIC), Ensino Médio e Técnico (EMT) e Ensino Superior e Pós-Graduação (ESP). Para a caracterização da oferta e demanda, foi adotada a divisão por macrorregiões, sendo considerada como principal a que contém os seguintes municípios localizados em raio de aproximadamente 50 quilômetros de distância do CIPP: Aquiraz, Baturité, Caucaia, Fortaleza, Itaitinga, Maracanaú, Paraipaba, Pentecoste, São Gonçalo do Amarante e Trairi. As empresas que fizeram parte do grupo foram a Aeris Energy, CSP, Energia Pecém, Hydrostec, Petrobras e Votorantim. A partir dessa definição, o trabalho identificou que a quantidade de profissionais demandados para a operação dos empreendimentos ainda é incipiente, podendo esse fato ser explicado por duas das maiores âncoras a CSP e a refinaria da Petrobras terem o início de suas ações previstas para além de Referida situação, todavia, não torna a demanda menos relevante, já que na maioria dos casos a capacitação de profissionais para a operação dos empreendimentos é mais complexa e longa. Mesmo assim, é possível apontar que as maiores quantidades de profissionais demandados com formação inicial e continuada e com ensino médio e técnico estão nos eixos de infraestrutura, controles e processos industriais e gestão de negócios, enquanto no superior e pós-graduação aparecem as áreas de engenharia e administração. 28 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 29

16 Cursos de manutenção industrial e eletricista promovidos pelo SENAI FotoS: JOSÉ SOBRINHO Dentre as ocupações mais procuradas no eixo infraestrutura, destacam-se os auxiliares, assistentes e ajudantes, operadores de equipamentos, pedreiros, armadores e montadores e carpinteiros, que, juntos, representam 89% de toda a necessidade, totalizando cerca de profissionais. No eixo controles e processos industriais, as ocupações de armadores e montadores, auxiliares, assistentes e ajudantes, mecânicos, soldadores e eletricistas são as mais procuradas, representando 89% de toda a demanda desse eixo, chegando a profissionais. Ao se verificar no estado a quantidade de cursos em diversas especialidades, pode-se apontar que há registros de vagas sendo ofertados. Tanto na formação inicial e continuada, quanto no ensino médio e técnico, o eixo controle de processos industriais assume posição de destaque, concentrando grande parte dessas vagas. Com base nos dados apurados das regiões do estado, aquela na qual se concentra o CIPP é onde há a maior quantidade de vagas sendo oferecida, totalizando 70% do total. É também nessa região a maior concentração das vagas de formação inicial e continuada, existindo ali 80% das ofertas de cursos deste segmento no Ceará. Além disso, verifica-se que em todos os anos até 2014 há uma tendência de maior oferta de vagas para formações específicas da construção civil (pedreiro, operador de equipamentos, técnico em Região do CIPP é onde há a maior quantidade de vagas sendo oferecidas, totalizando 70% do total e também a maior concentração das vagas de formação inicial e continuada, existindo ali 80% das ofertas de cursos deste segmento no Ceará. edificações e pintor) e da área industrial (mecânica, soldador e técnico em automação industrial). Já no eixo de infraestrutura, nota-se uma oferta em declínio em 2013, voltando a crescer em Esse fenômeno também ocorre em outros perfis, como bombeiro hidráulico, armadores e montadores, carpinteiros, supervisores da construção civil e auxiliares, assistentes e ajudantes. Em outro sentido, estão as vagas para o perfil de eletricista, onde se nota crescimento de 23% na previsão de oferta de vagas em 2013 e um declínio de 14% de 2013 para o ano seguinte. No eixo de controle de processos industriais, o fenômeno é semelhante e se aplica a todos os perfis, com exceção de segurança e petroquímico, para os quais a oferta de vagas declina e aumenta, respectivamente. A partir do levantamento, pode-se constatar que, na maioria dos eixos de formação, o volume de oferta de vagas existentes nos cursos oferecidos supera a demanda por qualificação de profissionais. No entanto, há lacunas significativas na área de infraestrutura, tanto no segmento de formação inicial e continuada, quanto no de ensino médio e técnico, além de outras menos relevantes. No que diz respeito à infraestrutura, a categoria "auxiliares, assistentes e ajudantes" apresenta a maior lacuna entre as demais, totalizando vagas demandadas sem oferta correspondente. Em seguida, estão as categorias "carpinteiro", com 1 570, "armadores e montadores", com e "operadores de equipamentos", com 310. Quando se verifica a demanda pelo eixo controle e processos industriais, a maioria das ocupações não apresenta lacunas, indicando que a oferta é maior do que a demanda. As exceções ficam por conta de "armadores e montadores", que indica lacuna de vagas, "auxiliares, assistentes e ajudantes", com 498, "técnico em tubulações, com 290, e "técnico em telecomunicações", com 110. Perfil dos eixos de formação no Ceará Ensino médio e técnico No âmbito territorial, destacam-se a ampla rede de instituições de ensino, com aproximadamente 850 escolas de ensino médio, com razoável capilaridade geográfica. A taxa de matrícula do ensino médio regular no estado é de aproximadamente alunos. Já para o ensino médio integrado à educação profissional, a taxa é de 20,5 mil matrículas. Também merece destaque a Educação de Jovens e Adultos (EJA), com cerca de matrículas. Em compensação, no que tange a fraquezas, há baixa aderência entre os atuais conteúdos curriculares dos cursos oferecidos frente às competências requeridas pelas empresas. Agregue-se a isso a falta de uma boa logística de acesso dos alunos às escolas. Com cerca de docentes, verifica-se ainda uma deficiência na formação e qualificação continuada desse quadro. SENAI começa cursos OCentro de Formação Profissional do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CFP CIPP), a mais nova unidade de negócio do SENAI/CE, localizada em São Gonçalo do Amarante, começou a atender às empresas instaladas no complexo desde 26 de março. Fruto de parceria, o centro iniciou suas atividades em instalações provisórias, cedidas em comodato, pela prefeitura do município ao Sistema FIEC. A atuação da unidade está focada em demandas identificadas por meio de pesquisas nas empresas da região e em informações da sociedade em geral, como forma de alinhar sua programação às reais necessidades da indústrias instaladas e em fase de instalação. Para este ano, está previsto o desenvolvimento de cursos nas áreas de construção civil, eletricidade e metal-mecânica. Na modalidade de Qualificação Profissional, serão desenvolvidos, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo Formação inicial e continuada Territorialmente, há uma boa base física e humana instalada, bem como recursos disponíveis para a capacitação e investimentos em infraestrutura industrial, em especial para atendimento das demandas da ZPE. Do ponto de vista educacional, com relação ao ensino fundamental, existem cerca de escolas, docentes e 1,5 milhão de matrículas. Já a educação profissional conta com 58 escolas e 17,5 matrículas. Os esforços despendidos para a formação de mão de obra, todavia, são incipientes, agravados pela baixa escolaridade do estado e o nível cultural ainda refratário ao emprego formal e à profissionalização. Também podem ser incluídas como fraquezas o não atendimento às demandas sociais básicas, o que dificulta a inclusão social, com destaque para as questões de infraestrutura social, representadas pelos itens saúde, habitação, segurança e meio ambiente, dentre outras. Ensino superior e pós-graduação Ao se avaliar a oferta nesse campo, é possível contabilizar cerca de 50 instituições, matrículas e docentes. Há também boa oferta de programas de estágios, intercâmbios e especializações, além de maior integração universidade/empresa, assim como uma taxa diferenciada de formação de engenheiros, que se caracteriza por 11,8 profissionais por cada habitantes, sendo a média nacional de 2,0. No campo das dificuldades, porém, há um descompasso entre os conteúdos e as competências requeridas pelos perfis demandados pelo mercado de trabalho. Isso, aliado às vocações do estado, o que pode acarretar em breve a absorção desses profissionais pelo mercado informal. Também se constatou deficiência na formação e investimento na educação continuada de docentes, bem como na infraestrutura necessária ao processo de ensino e aprendizagem. federal, os cursos de Soldador, Serralheiro de Alumínio, Caldeireiro, Carpinteiro de Forma, Bombeiro Hidráulico, Pedreiro, Pintor de Obras, Eletricista Predial e Eletricista Industrial, com carga horária mínima de 160 horas, e sem ônus para o aluno. O CFP CIPP desenvolverá, também, cursos gratuitos de Aprendizagem Industrial: Eletricista Predial, Eletricista Industrial e Assistente Administrativo, com carga horária mínima de 400 horas, destinados a jovens aprendizes, com idade entre 14 e 24 anos de idade, possibilitando às empresas da região cumprir a cota de aprendizes, preconizada em legislação específica. Serviço Mais informações podem ser obtidas na unidade, localizada na Avenida Coronel Neco Martins, 276, no Centro de São Gonçalo do Amarante. 30 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 31

17 Setor químico Condomínio industrial Sindquímica trabalha proposta em prefeituras cearenses que queiram participar do condomínio, cujo objetivo é baratear custos e oferecer soluções em comum para problemas individuais que afetam as empresas Criar uma estrutura que permita a atuação de forma compartilhada para baratear custos e oferecer soluções em comum para problemas individuais que afetam as empresas. Essa é a proposta do condomínio industrial que está sendo trabalhada pelo Sindicato das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e Refinação de Petróleo do Estado do Ceará (Sindquímica) nas prefeituras cearenses que aceitem participar do empreendimento. O projeto está sendo levado adiante pela atual diretoria da instituição, presidida por Marcos Soares, a partir de levantamento feito por 20 empresas filiadas ao sindicato. Elas identificaram possibilidades de implantação do condomínio fora da capital, aproveitando a estrutura e as condições que possam ser oferecidas pelas prefeituras interessadas. O espaço abrigaria 20 empresas de vários setores, em 35 hectares, gerando empregos diretos, com investimento previsto em torno de 65 milhões de reais. A ideia é criar uma estrutura para ser administrada pelos próprios empresários que se instalarem na área, os quais arcariam com custos de energia, telecomunicações, efluentes, coleta seletiva e outros equipamentos, como a implantação de laboratórios de qualidade. Quanto ao município que aceite bancar o condomínio industrial e venha a ser escolhido, a responsabilidade seria fornecer o terreno e a infraestrutura necessária para seu funcionamento. Assim, diz Marcos Soares, o poder público arcaria com a montagem da estrutura. Depois, caberia às empresas criar equipamentos como restaurante, espaço para eventos, laboratórios para análise de qualidade e centros de treinamento, dentre outros. Sobre possíveis incentivos para a instalação das empresas, Marcos Soares afirma que, em outro momento, a Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) será procurada a fim de promover articulações visando obter esses benefícios. Ele lembra que é comum o oferecimento de atrativos a empresas vindas de fora, mas que esse posicionamento poderia também ser adotado em relação a empreendimentos locais que tenham interesse em investir no próprio estado. O projeto não tem local definido. Foram contactadas as prefeituras de Aquiraz, Pacajus e Horizonte, que se mostraram interessadas e deverão voltar a discutir as possibilidades. No entanto, acrescenta, as próprias empresas elencaram outros municípios, que, pelas condições atuais, poderiam encampar o condomínio, como Guaiúba, Caucaia, Eusébio, Itaitinga, Maracanaú, Pacatuba e Maranguape. Apesar de estarem localizados na região metropolitana de Fortaleza, Marcos Soares aponta que o sindicato está aberto a propostas de outras localidades. A ideia de criar um condomínio com tais características surgiu nas discussões internas do sindicato, nas quais os custos individuais para tocar as empresas sempre vinham à tona, como a escassez de mão de obra. De acordo com estudo preliminar do sindicato, a operação por meio de consórcio geraria, por baixo, uma redução de 15% nos custos. Segundo Marcos Soares, o projeto está sendo estudado com as prefeituras interessadas. A implantação, a partir dessa aceitação, deve durar em torno de dois anos. Dentre as empresas que aceitaram compor o condomínio, há representantes dos setores de cosméticos, material escolar (cola, tinta guache etc.), produtos de embelezamento animal, embalagens plásticas, produtos para tratamento de superfícies metálicas e manutenção industrial, linhas de auxiliares têxteis e domissanitários, cloro/alcalis, tintas e vernizes, saneantes hospitalares e produtos para saúde, tecidos de ráfia (sacaria), fabricação e esterilização de fios cirúrgicos. Números do projeto: 20 empresas 35 hectares de área empregos diretos reais em investimento FotoS: JOSÉ SOBRINHO Das 20 empresas que se comprometeram a aderir ao condomínio, apenas duas são de fora. Dessas, o menor investimento para a implantação da unidade na área é de 600 mil reais, enquanto o maior está orçado em 8,7 milhões de reais. Em termos de geração de empregos, a menor empresa estima criar 15; a maior, 300 postos de trabalho. Outro detalhe: 13 empresas pretendem se instalar no local a partir de relocações. Já outras sete o farão por meio da criação de novas unidades. Ramos de atividades: Condomínio industrial abrigaria 20 empresas de vários setores, em 35 hectares, gerando empregos diretos. Marcos Soares, presidente do Sindquímica Durante reunião do sindicato, surgiu a ideia de criação do condomínio industrial Cosméticos, material escolar (cola, tinta guache etc.), produtos de embelezamento animal, embalagens plásticas, produtos para tratamento de superfícies metálicas e manutenção industrial, linhas de auxiliares têxteis e domissanitários, cloro/alcalis, tintas e vernizes, saneantes hospitalares e produtos para saúde, tecidos de ráfia (sacaria), fabricação e esterilização de fios cirúrgicos. FotoS: JOSÉ SOBRINHO 32 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 33

18 Foto: GIOVANNI SANTOS As empresas assumirem seu papel enquanto parte da sociedade é uma questão de geração de valores e de sobrevivência no mercado. João Sucupira, coordenador de Responsabilidade Social da Petrobras Foto: GIOVANNI SANTOS responsabilidades. Em sua palestra, ele indagou: Como torná-las responsáveis de fato? Para ele, essa é uma questão de competitividade: Não é só uma opção a empresa ser responsável com o meio que a cerca, mas uma obrigação, no sentido moral e também de sua proteção. As empresas assumirem seu papel enquanto parte da sociedade é uma questão de geração de valores e de sobrevivência no mercado. Ou se engajam, e incorporam isso nos seus negócios, ou vão desaparecer. Responsabilidade social A importância do líder sustentável Educação Opanorama educacional brasileiro foi o tema da palestra do pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Antônio de Araújo Freitas Júnior, que também é diretor de Integração Acadêmica da FGV, membro da Academia Brasileira de Educação (ABE) e presidente do Consejo Latinoamericano de Escuela de Administración (Cladea). Ele mostrou a importância da mudança de currículos nas instituições de ensino para que privilegiem uma formação cidadã dos profissionais, apresentou cases de universidades internacionais e destacou a necessidade de o Brasil ter mais profissionais de nível superior. Disse Freitas Júnior: Menos de 12% dos jovens brasileiros têm nível superior. Melhorar esse índice é fundamental para dar condições de o país competir internacionalmente. Como exemplo, citou que do total de profissionais com doutorado no Brasil, 66% estão nas universidades e apenas 26% nas empresas. Nos Estados Unidos, Coreia e Japão, 70% dos doutores estão nas empresas. Aí está a grande diferença. Eles estão nas empresas pesquisando, produzindo, e é preciso que nosso país avance em educação para competir com esse mercado. Evento promovido pelo SESI trouxe à FIEC personalidades brasileiras para realizar palestras sobre lideranças sustentáveis a gestores, profissionais em geral e agentes de responsabilidade social empresarial nas empresas Um momento de reflexão e discussão de caminhos e trajetórias profissionais e organizacionais foi o resultado da série de palestras sobre o tema Formação de Lideranças Sustentáveis, realizada em 7 de março pelo Serviço Social da Indústria (SESI/CE), por meio do Núcleo de Responsabilidade Social Empresarial (NRSE), em parceria com a Coelce e o Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG), na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). O evento contou com importantes nomes da temática responsabilidade social e formação de lideranças sustentáveis, e reuniu gestores, colaboradores de empresas e agentes de responsabilidade social empresarial formados pelo SESI. O presidente do Instituto Superior de Administração e Economia conveniado da Fundação Getúlio Vargas no Paraná e membro da diretoria do CBPG, Norman Arruda Filho, foi um dos palestrantes do evento (veja entrevista na página 41). Segundo o coordenador de Responsabilidade Social da Petrobras, João Sucupira, todas as empresas se dizem responsáveis, no entanto, poucas são as que assumem suas 34 RevistadaFIEC Março de 2013

19 Foto: GIOVANNI SANTOS ENTREVISTA Norman Arruda Filho Líder sustentável é aquele que sabe formar outros líderes Membro da diretoria do Comitê Brasileiro do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), onde coordena a força-tarefa de educação, Norman Arruda Filho já foi diretor presidente da Companhia de Saneamento do Paraná e diretor geral da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado do Paraná e superintendente regional da Caixa Econômica Federal, dentre outras posições diretivas. Doutor em Gestão Empresarial Aplicada pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), Norman Arruda integrou o grupo que criou os Princípios para Educação Empresarial Responsável (PRME) da ONU, diretrizes que norteiam a gestão de mais de 400 escolas de negócio do mundo todo, incluindo o ISAE/FGV. Ele falou à Revista da FIEC sobre o exercício da responsabilidade social empresarial baseada em valores e das características de um líder sustentável. Veja a entrevista. Como se forma uma liderança sustentável? Em primeiro lugar, o próprio conceito de liderança é hoje uma coisa que está mudando, assim como o mundo está mudando. Uma das características mais importantes de um líder sustentável é o líder que sabe formar líderes, aquele que tem a capacidade de inspirar, aquele que tem a capacidade de contagiar as pessoas e, principalmente, de buscar um engajamento lastreado em valores, em coisas que são permanentes e que realmente agregam e colaboram como processo de desenvolvimento, seja de natureza pessoal, organizacional, empresarial e que terminam refletindo na sociedade. Você vê que isso é tão verdade que hoje existem rankings internacionais, que classificam setores da atividade econômica, cidades e até mesmo países, baseados numa série de No momento que você integra organismos com a FIEC, o SESI e o SENAI, instituições que têm uma permeabilidade na sociedade, há um conjunto de reação de benefícios muito grande. Norman Arruda Filho, Membro da diretoria do Comitê Brasileiro do Pacto Global da ONU indicadores. Isso cria cultura e esse é o papel do líder. Um país com a dimensão do Brasil, com uma diversidade cultural, econômica e social, nos move a buscar uma presença regional, independente de estar localizada no Sul, Sudeste, Norte ou Nordeste. Por isso que chegamos aqui no Ceará e já reconhecemos uma série de ações que estão em desenvolvimento. O que a gente precisa é criar uma relação sinérgica entre o conjunto de todas essas instituições e organizações que possa dar um outro sentido, outra dimensão, outro grau de valorização, à medida que isso passa a ser organizado. No momento que você integra organismos com a FIEC, o SESI, o SENAI, instituições que têm uma permeabilidade na sociedade, há um conjunto de reação de benefícios muito grande. Então, com a questão da liderança, se isso tiver atrelado ao setor educacional, isso realmente reflete. Quem forma as lideranças é a empresa ou é uma iniciativa pessoal do profissional? O início da formação se dá por um processo educacional, sempre. Se você levar em consideração que o SESI tem uma vertente educacional muito forte, ele é também formador de lideranças. São organizações que têm uma influência muito grande no comportamento da sociedade. E quando falamos em liderança, nós falamos de comportamento, de atitude. A formação é integrada, não é apenas conhecimento, não é apenas a questão de desenvolvimento de atividades, mas um conjunto que vai refletir lá na ponta em novas atividades, que sabem criar realmente um processo de influência positiva, buscar o engajamento de diversos setores. Reunir pessoas que saibam como influenciar pessoas é fundamental. Para sensibilizar a alta organização de uma empresa ou instituição, é preciso simplesmente demonstrar que algo tem valor. Eu não conheço nenhum alto gestor que diga que não se interessa pelo que tem valor, inclusive valor no bolso. Sustentabilidade está atrelada à questão econômica. É possível isso, conciliar sustentabilidade e lucro? Isso já é a realidade hoje. Queira ser apenas econômico que você corre alto risco de abalar sua reputação. Qualquer divulgação, informação que venha a público, seja em nível de abalo de natureza ética, de descumprimento de função social, como trabalhista ou ambiental, é um perigo e sua reputação corre o risco de estar no outro dia em todas as redes sociais com as pessoas reproduzindo um discurso de que vão rejeitar o produto de empresa A, B ou C porque ela não agiu corretamente. O que o senhor acha que é preciso avançar, uma vez que o conceito de sustentabilidade é bem aceito, está presente em quase tudo, mas não na prática? Para tanto, é importante que as instituições adotem mecanismos de mensuração. Para medir, é preciso criar um sistema de indicadores, seja pelo grau de redução dos níveis de emissão, seja pela capacidade de formação dos colaboradores, seja pela redução de desperdício, seja por pesquisas de opinião realizadas com relação ao nível de satisfação no conjunto dos seus stakeholders, sobre a sua forma de atendimento e resolução de problemas, do grau de percepção deles em relação ao nível de utilização de recursos naturais. Isso é tão verdade que as empresas estão começando a publicizar esses tipos de resultados. Elas começam a perceber valor nisso. Como a sustentabilidade se torna viável no ambiente instável de crise financeira? É justamente nos ambientes de crise que surge a necessidade de se criarem soluções mais perenes. Não tenho dúvida nenhuma. Há dez anos, o Brasil teve uma grande crise de energia e a gente percebeu de maneira muito clara, por meio de uma grande mobilização a gente nem sabia direito que isso era uma grande mobilização em prol da sustentabilidade, a necessidade da busca da racionalização do consumo de energia e aí entramos na questão da mensuração. Por que todo mundo economizou e não houve o apagão? Por causa da mensuração, que veio na conta de luz, e, nos últimos 12 meses, as pessoas puderam observar o nível do próprio consumo. Houve a redução de 20% de consumo, não houve mais crise como aquela e o nível de consumo se manteve. Como se dá a atuação do Pacto Global? O Pacto Global foi criado há cerca de dez anos, e houve uma grande mobilização. O Brasil foi um dos países que se posicionaram de uma maneira muito rápida, dando uma resposta deveras positiva de engajamento. Hoje, é um dos países que detêm o maior número de signatários: estamos com mais de 500 organizações em um cenário de mais de oriundas de mais de cem países. Atualmente, o Pacto Global pode ser considerado o maior movimento mundial em prol de conceitos que incorporam um conjunto de outras ações que já tinham sido definidas, como os direitos humanos e a questão trabalhista, pelos tratados internacionais e diversas convenções; a questão ambiental, seja pela questão da Agenda 21 e de outros movimentos internacionais, e, por último, o 10º princípio que trata do combate à corrupção. Hoje, o engajamento das empresas é muito forte e a sociedade espera ver tudo traduzido em resultados. Nós não queremos que isso fique exclusivo no âmbito das empresas, queremos governos transparentes, que saibam definir prioridades. Queremos maior acompanhamento social e uma melhor qualificação daqueles que efetivamente detêm o poder. O Brasil vem avançando muito e o mundo vem aprendendo bastante com isso. De outro lado, um dos exemplos claros foi a posição brasileira na Rio+20. Indiscutivelmente, o reconhecimento que a própria ONU teve sobre a forma como o Brasil se posicionou, se preparou, a antecipação de diálogo, mediante uma mobilização envolvendo iniciativa privada, instituições e governo, já é um resultado desse trabalho. O que é o Pacto Global É uma iniciativa desenvolvida pelo exsecretário-geral da ONU, Kofi Annan, cujo objetivo é mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção, refletidos em dez princípios. Essa iniciativa conta com a participação de agências das Nações Unidas, empresas, sindicatos, organizações não governamentais e demais parceiros necessários para a construção de um mercado global mais inclusivo e igualitário. No momento, são mais de organizações signatárias articuladas por 150 redes ao redor do mundo. No Brasil, são mais de 500 empresas signatárias, dentre elas o SESI. 36 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 37

20 Apóstolos da Inovação informação, construção civil, energia e metal- -mecânico. Por meio de pesquisas, entrevistas e visitas a indústrias, a primeira equipe conseguiu identificar desafios e necessidades no estado, vinculando às mesmas oportunidades de negócio. Em suma, objetivou-se identificar oportunidades e sugerir ideias para o fomento do empreendedorismo, vital para o desenvolvimento econômico do Ceará. Com o auxílio da metodologia Canvas modelo de negócio que aponta o potencial para uma ideia se transformar num produto rentável, algumas foram aprofundadas e detalhadas. A metodologia Canvas lista a proposta de valor da empresa, os clientes, os canais de divulgação e entrega, a forma de relacionamento com o cliente, a fonte de renda, as atividades, parceiros e recursos-chave (financeiros e/ou de pessoal), a estrutura de custos, a possível necessidade de pesquisas, os impactos, a equipe necessária e os desafios da empresa ainda em construção. Agronegócio O poder das ideias Segunda edição do programa Apóstolos da Inovação aprofundou as ideias geradas na primeira, definindo produtos, serviços, clientes e recursos necessários, para que saiam do papel e sejam postas em prática Camila Gadelha Doze jovens estudantes se debruçaram durante o último mês de janeiro sobre as ideias geradas pelos participantes da primeira edição do programa Apóstolos da Inovação. O objetivo: desenvolvê-las e estruturá-las para que possam ser postas em prática. O programa é uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Instituto de Desenvolvimento Industrial (INDI), e faz parte do movimento Inova Ceará Startups, cujo objetivo é promover o dinamismo e o crescimento da economia cearense mediante a gestão da inovação. A equipe do Apóstolos da Inovação é formada por seis estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e seis de universidades cearenses. O trabalho dos Apóstolos da Inovação 1.0 pautou-se em uma análise ampla e geral de seis dos maiores segmentos da economia cearense: agronegócio, educação, tecnologia da Foto: GIOVANNI SANTOS No âmbito do agronegócio, das ideias geradas, duas foram analisadas mais profundamente, com aplicação da metodologia. Uma delas é a criação de uma empresa de elaboração e execução de projetos agropecuários visando contribuir para o incremento das técnicas de produção, melhoria da produção e maior volume de vendas de produtos do agronegócio cearense. Segundo o relatório de atividades do programa, a empresa pode atuar mediante a oferta do serviço diretamente a associações e cooperativas de agricultores ou participação em editais divulgados pelos governos federal e estadual para a realização de projetos em prol do desenvolvimento do setor. Na prática, a empresa identificará as principais oportunidades de melhoria em setores específicos, expondo aos produtores o que pode ser melhorado, com base na identificação das oportunidades. Outra vertente de trabalho seria a publicidade de produtos específicos de empresas, produtores individuais ou cooperativas, reposicionando-os no mercado. A segunda ideia analisada pelos Apóstolos foi a criação de uma empresa de desenvolvimento, manutenção e gerenciamento de um produto de monitoramento remoto de tanques e viveiros de aquicultura, visando proporcionar controle instantâneo dos principais parâmetros de produção: oxigênio dissolvido, PH e temperatura. Os principais clientes seriam os produtores de peixes ou camarões em cativeiro. A piscicultura (uma das áreas da aquicultura) é considerada o maior setor do agronegócio do mundo, participando 16% na oferta mundial de proteína animal. De acordo com o relatório, soma 55 bilhões de dólares em exportações anuais e é um mercado duas vezes maior que o da soja, sete vezes maior que o negócio da carne bovina e nove vezes maior em relação à carne de frango. A Tailândia, um exemplo de sucesso nesse segmento, tem aumentado sua produção em viveiros por conta de incentivos governamentais e do emprego de novas tecnologias. Largamente empregada nos viveiros tailandeses, é a técnica de monitoramento remoto que permite a prática inteligente da aquicultura. No Ceará e em outros estados do Nordeste, os dois produtos mais importantes da aquicultura são o camarão e a tilápia. De acordo com as análises dos Apóstolos, o Ceará ainda pode aumentar bastante sua produção, caso aplique técnicas corretas de tratamento de água e tecnologias que permitam monitorar seus viveiros de maneira mais eficiente. O negócio proposto trará ao produtor comodidade e melhor controle das principais variáveis da água de seus viveiros, com capacidade de manter um histórico completo dos dados coletados e a possibilidade de agirem automaticamente caso os níveis fiquem críticos. A piscicultura é considerada o maior setor do agronegócio do mundo Foto: GIOVANNI SANTOS 38 RevistadaFIEC Março de 2013 Março de 2013 RevistadaFIEC 39

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