BARREIRO - PASSADO, PRESENTE E FUTURO RENOVAÇÃO URBANA NA RIBEIRA DE LISBOA THE PLAN OF INTERVENTION TO SAFEGUARD VENICE

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1 Edição da Grande Área Metropolitana de Lisboa 1º Semestre 2008 BARREIRO - PASSADO, PRESENTE E FUTURO RENOVAÇÃO URBANA NA RIBEIRA DE LISBOA THE PLAN OF INTERVENTION TO SAFEGUARD VENICE FA-UTL PROJECTO URBANO DE FRENTES RIBEIRINHAS

2 Editorial Carlos Humberto de Carvalho Presidente da JML A defesa ambiental do estuário do Tejo Todos sabemos a importância que os estuários assumiram, historicamente, na fixação das populações e no consequente desenvolvimento das grandes cidades portuárias. Pesca, exploração dos solos ribeirinhos, transporte de cargas e pessoas, ligação entre margens, comércio, navegação de longo curso, expansão marítima - há toda uma série de actividades que se encadeiam entre si e se projectam umas às outras no crescente aproveitamento das oportunidades criadas pela natureza. A moderna consciência ecológica veio trazer para este quadro uma grande preocupação pela qualidade da água que alimenta os mesmos estuários. O aumento da população e o desenvolvimento industrial trouxeram problemas novos, que pareciam menos graves ainda há poucas décadas. Era corrente pensar que a natureza tinha capacidades infinitas de regeneração. Hoje sabemos que não é assim, e que a defesa de um ecossistema tão delicado depende agora de uma correcção das intervenções negativas do Homem - o que significa uma vontade política positiva. No caso da foz do Tejo, e da privilegiada situação que ela conferiu a Lisboa e aos outros centros urbanos do seu estuário, a nossa preocupação comum é a de reparar os erros cometidos e restituir a este espaço deslumbrante a sua verdadeira vocação de grande cidade de duas margens. A recente decisão oficial de projectar o novo Aeroporto de Lisboa para a zona de Alcochete, construindo também uma terceira ponte entre Chelas e o Barreiro, vem recentrar de um modo mais correcto, no espaço da Área Metropolitana, concelhos que pareciam condenados a uma situação injustamente periférica, por efeito do recente processo de desactivação de grandes estruturas industriais. É destas matérias que trata a presente edição de Estuarium, com especial referência aos problemas de requalificação da cidade do Barreiro e, de um modo geral, do arco ribeirinho sul. Outro texto faz a história da ribeira industrial de Lisboa e da sua transformação em anos recentes, e uma contribuição especial informa-nos sobre o modo como em Veneza se procura combater a degradação da lagoa, muito danificada por problemas de erosão e poluição industrial, agrícola e urbana. Não nos falta informação sobre os erros cometidos, os riscos e as soluções possíveis. Não nos falta, também, o sentido da importância que tem, para o futuro, a preservação da água que alimenta o incomparável estuário do nosso Tejo. Assim tenhamos, também, o necessário empenhamento político para, num esforço de concertação de todas as entidades intervenientes, construirmos juntos esse futuro.

3 Índice Estudo Caso Município de Almada 04 DAS FÁBRICAS DA CUF A UMA CIDADE Estudo EMPRESARIAL Caso Município DO SECULO de Oeiras XXI CINCO GERAÇÕES DE RENOVAÇÃO URBANA NA Estudo RIBEIRA Caso DE Valência LISBOA THE PLAN OF INTERVENTION TO SAFEGUARD VENICE AND IT S LAGOON Plano ALEGATED de ordenamento TO THE da STATE RENT 18 Reserva Natural do Estuàrio do Tejo 19 FA-UTL PROJECTO URBANO DE FRENTES RIBEIRINHAS 26 Dossier Faculdades: Universidade Autónoma - Projectos da Trienal 25 NOTÍCIAS DOS PORTOS 36 Brochura WATERFRONT ACONTECE Notícias dos portos 37 Aconteceu 40 Directores Carlos Humberto de Carvalho, Carlos Teixeira, Ministro dos Santos Directora Executiva Sofia Lona Cid Coordenação Ana Guerreiro e Ricardo Fernandes Produção Editorial Escrita das Ideias, Comunicação Integrada. Colaboração Arq. José Pinto Barbosa (Câmara Municipal do Barreiro); APL; APSS. Fotografia Capa Guta de Carvalho Fotografias C. M. Barreiro, Arquivo intermédio da C. M. Lisboa, Marta Corrente, Consorzio Venezia Nova, Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa; APL; APSS. Director Criativo Luís Beato Produção Gráfica Papel Press, Lda. Redacção e Propriedade Área Metropolitana de Lisboa Rua Carlos Mayer, nº2, r/c, LISBOA Tel.: Fax: amlgeral@aml.pt Distribuição gratuita ISSN: Tiragem: exemplares 1º Semestre 2008

4 DAS FÁBRICAS DA CUF A UMA CIDADE EMPRESARIAL DO SÉCULO XXI 1. CONTEXTO ACTUAL A Área Metropolitana de Lisboa foi palco de duas importantes decisões governamentais, - Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) e Terceira Travessia do Tejo (TTT), a ponte Chelas Barreiro, definindo os respectivos modos de transporte - ferrovia tradicional e de alta velocidade e rodovia. Estas decisões são particularmente importantes para a prossecução de objectivos centrais de Programas e Planos com incidência na AML: relançar uma dinâmica de recuperação socio-económica da Península de Setúbal e reforçar a estrutura do arco-ribeirinho sul, através da concretização de uma rede urbana polinucleada, e criar uma nova lógica metropolitana centrada no estuário do Tejo e na cidade de duas margens. As perspectivas inerentes a esta transformação são de importância vital para o Concelho do Barreiro o qual, apesar da sua centralidade geográfica no mapa da AML, tem sentido as consequências de politicas de 4

5 Barreiro - Passado, Presente e Futuro ordenamento do território que não valorizaram devidamente o fortalecimento da mobilidade coesão metropolitanas. Assim, a construção da TTT com os modos de transporte ferroviário e rodoviário, poderá contribuir para a inversão da actual situação de periferia central que afecta este concelho com graves repercussões sociais a partir da década de 80 quando se iniciou, de forma acentuada e progressiva, o processo de desindustrialização da península de Setúbal. É neste contexto de resposta às oportunidades, aos desafios e aos riscos inerentes a este processo de profunda transformação urbana, que a Câmara Municipal decide iniciar a elaboração de um Plano de Urbanização (uma área de cerca de 300 ha e 3 km de frente-rio) que tem como objectivo principal a requalificação do território do actual Parque Empresarial da Quimiparque. Esta decisão resulta de um aprofundado trabalho de parceria entre a Câmara e o Conselho de Administração da Quimiparque, realizado no âmbito de um Protocolo de Cooperação, Estratégia e Desenvolvimento, assinado pelas duas entidades em, Maio de O trabalho realizado no quadro deste protocolo tem contado com a assessoria técnica de equipas de reconhecido mérito, designadamente os gabinetes Augusto Mateus e Associados e Risco. A metodologia de ampla participação e intervenção de todos os agentes que desempenham, ou possam vir a desempenhar, um papel relevante neste processo de transformação, teve como natural consequência o alargamento da Comissão de Acompanhamento a outras entidades, entre as quais se realça a Administração do Porto de Lisboa, a Parque Expo e a Refer/Rave. A fase de Diagnóstico e os cenários propostos na Visão Estratégica aprovada em finais de 2007 constituem o quadro de referência para a elaboração do PU. 2. O DIAGNÓSTICO E A VISÃO ESTRATÉGICA O território a reconverter é constituído, na sua maior parte, pelo património público que, na sequência das alterações estruturais de 1974/75, resultaram da transformação do complexo industrial da CUF no Parque Industrial da Quimigal. O processo de desindustrialização que, de forma muito acentuada, ocorreu a partir da década de 80, levou à procura de novas estratégias de adaptação que culminaram no actual modelo de Parque Empresarial da Quimiparque. Este processo de adaptação a novas realidades permitiu atenuar as consequências socio-económicas e emocionais de uma profunda depressão resultante da perda de emprego, apesar das limitações e capacidade de sobrevivência do novo tecido empresarial. As consequências mais relevantes de todo este processo, materializaram-se num acentuado desordenamento do território, na existência de amplas áreas vazias, na existência de actividades ainda instaladas em manifesta incompatibilidade com outras funções urbanas da envolvente e em problemas ambientais que, eventualmente mais atenuados do que em períodos anteriores, continuam a constituir uma problemática central na reconversão do território. Esta percepção é estabelecida num quadro de Diagnóstico, o qual é marcado, de forma mais significativa, por alguns dos seguintes traços: - Declínio industrial com fortes problemas de competitividade e sustentabilidade ambiental nas actividades industriais de especialização (química e material de transporte). - Fraca iniciativa empresarial associada, na maior parte dos casos, a um empreendorismo de sobrevivência que se liga, por sua vez, com problemas de empregabilidade que vão emergindo dos processos de reestruturação, deslocalização ou encerramento empresarial. - Dinâmica progressiva de perda de população, com tendência actual para a estabilização mas com um progressivo envelhecimento populacional. - Forte dependência e consequente pendularidade na relação Lisboa. - Insuficiência de suporte à mobilidade na relação com a margem Norte e com Concelhos vizinhos. - Existência de fortes barreiras físicas que atravessam o território (de natureza ferroviária e rodoviária) que potenciam problemas de interligação do tecido urbano. 5

6 Barreiro - Passado, Presente e Futuro No contexto desta análise, desde logo se estabeleceu o entendimento que a estratégia a definir para a reconversão da Quimiparque deveria extravasar os limites físicos do Parque Empresarial e abordar as relações com a cidade consolidada, de modo a não constituir um pedaço urbano que se soma, mas antes um novo tecido que procure induzir a regeneração de toda a envolvente. As áreas onde mais se faz sentir essa relação são a frente ribeirinha, o actual canal ferroviário e o Bairro das Palmeiras. Os desafios estratégicos que se colocam ao Barreiro impõem uma prévia conceptualização estruturada nos diversos instrumentos de natureza programática que incidem sobre o Concelho no contexto da Península de Setúbal. Deste modo, refere-se que as linhas de qualificação global respeitam as opções estratégicas de nível nacional apontadas no PNPOT e desenvolvidas e consolidadas a nível metropolitano através do PROT-AML e no âmbito sub-regional no PEDESPED. A nível concelhio, e tendo em consideração o facto do PDM do Barreiro se encontrar em processo de revisão, as opções e os novos modelos de organização funcional e territorial desta área, serão vertidos no corpo do futuro PDM. A questão nodal da Visão Estratégica assumida para este projecto consiste na requalificação da Cidade do Barreiro, e no entendimento que esta requalificação e a reconversão dos territórios da Quimiparque são aspectos indissociáveis na procura do êxito de toda a operação. Não acontecerá requalificação urbana sem uma intervenção de reconversão que constitua o motor requalificador da cidade, nem a qualidade pretendida para o processo de reconversão da área empresarial/ industrial ocorrerá de forma desinserida do nível qualitativo da cidade envolvente. 6

7 Barreiro - Passado, Presente e Futuro O Plano de Urbanização que agora se inicia procurará constituir um modelo de organização territorial que suporte aqueles que são, provavelmente, os três vectores determinantes para a evolução deste processo: a natureza conceptual da reconversão do território; a materialização, neste concelho, de um novo paradigma do sistema de mobilidade metropolitana; a interacção e integração numa lógica global de requalificação urbana da cidade. Os princípios metodológicos de ampla participação e debate que ocorreram na fase precedente continuarão a ser adoptados porque se entende que a solução técnica no que concerne ao desenho urbano deve constituir mais do que uma boa síntese funcional e organizacional: deve ela própria materializar uma interpretação do território que induza a compreensão da visão estratégica deste processo de transformação. 7

8 Barreiro - Passado, Presente e Futuro 2A. VECTOR DA NATUREZA CONCEPTUAL DA RECONVERSÃO A mais relevante linha de reconversão deste território orienta-se pela sua reutilização subordinada ao papel de suporte de desenvolvimento económico, reafirmando a sua tradição de pólo de trabalho e de produção de riqueza que, historicamente, o caracteriza e lhe dá sentido. A reinterpretação deste papel histórico deverá agora assumir as contemporâneas perspectivas subjacentes aos processos de reconversão de áreas pós-industriais, apostando na lógica de um urbanismo de carácter misto, diversificado e qualificado, gerando novas centralidades, atraindo estratos populacionais que façam parte integrante das novas realidades empresariais assentes no valor do conhecimento. Deste modo, constituirá um objectivo central a criação de condições para a fixação de actividades geradoras de emprego e, preferencialmente, de qualificação elevada; actividades ligadas a projectos de inovação; actividades emergentes dos desafios ambientais, ecológicos e energéticos; actividades ligadas à produção e às industrias da cultura; actividades na área da prestação de serviços avançados de apoio à competitividade empresarial e actividades relacionadas com o estuário do Tejo e a frente ribeirinha. A fixação destas actividades deverá estruturar-se em torno de projectos-âncora adaptadas a cada uma das zonas funcionais, articuladas pelo sistema de mobilidade interno, pelos equipamentos colectivos estruturantes e por espaços públicos de alta qualidade. 8

9 Barreiro - Passado, Presente e Futuro 2B. VECTOR DO SISTEMA INTEGRADO DE MOBILIDADE A construção da TTT e a consequente integração da ligação ferroviária à margem Norte implicará a profunda revisão do actual panorama da mobilidade quer no âmbito metropolitano, quer no contexto do arco ribeirinho Sul, e irá produzir um significativo impacto territorial na área a reconverter. Deste modo, é imperioso que este desafio seja aproveitado para, de forma simultânea, libertar a cidade das fracturas e bloqueios gerados pelo actual canal ferroviário. A perspectiva estratégica sobre esta transformação demonstra o elevado potencial que o sistema de mobilidade preconizado poderá induzir nas funções logísticas, empresariais e habitacionais a desenvolver na área a reconverter e, também, em toda a actual cidade do Barreiro, a qual integrará o transporte ferroviário clássico de passageiros e mercadorias, o transporte rodoviário de passageiros (TCB) o metro ligeiro de superfície (MST) e o transporte fluvial. A desejável redução da utilização do transporte público individual (que este modelo não exclui) só encontrará condições objectivas para ocorrer quando existir oferta de uma solução de transporte público intermodal, cómoda e eficiente. Este sistema deverá ainda ser interligado com o modo fluvial, sendo certo que as novas lógicas que irão emergir, obrigarão a repensar o papel, a organização e soluções específicas mais flexíveis e diversificadas para este meio de transporte com elevado potencial no estuário do Tejo. 9

10 Barreiro - Passado, Presente e Futuro 2C. VECTOR DE INTEGRAÇÃO NA REQUALIFICAÇÃO DA CIDADE ACTUAL A localização dos territórios a reconverter, na área de expansão natural da cidade, com uma acentuada ligação ao seu núcleo histórico, o Barreiro Antigo e à frente ribeirinha, constitui um factor que poderá influenciar o processo de reconversão. Esta nova cidade ou o desenvolvimento da cidade existente, como se preferir, beneficiará da existência de bons equipamentos de saúde (centros de saúde, hospital distrital), de ensino (básico, secundário e superior), de um dos melhores complexos desportivos a Sul de Lisboa, de equipamentos culturais de nível metropolitano e de vários equipamentos de natureza social infância e terceira idade. Para que esta integração se concretize com êxito é imperioso eliminar a linha de fractura da cidade que é o actual canal ferroviário, transformando o corte urbano num corredor urbano um espaço de coesão e de qualificação ambiental que suporte novos meios de mobilidade, promova a articulação Norte/Sul da cidade, e a estruturação das suas áreas verdes. 10

11 Barreiro - Passado, Presente e Futuro 3. BARREIRO UMA CIDADE EMPRESARIAL DO SÉCULO XXI O Barreiro do Século XXI quer ser uma nova cidade empresarial, potenciada pela função portuária e pelo sistema de mobilidade, afirmando-se como pólo gerador de mais-valias assentes em emprego intensivo em conhecimento, ligado a projectos de inovação e aos novos paradigmas de indústria limpa, de sustentabilidade, das energias renováveis e do lazer associado ao estuário do Tejo. Neste contexto, esta nova cidade pretende ser uma credível candidata a uma centralidade sub-regional de carácter administrativo na margem Sul do estuário. A alavancagem, continuidade e sustentabilidade global do processo de requalificação deverá, deste modo, alicerçar-se numa nova cidade empresarial que esteja suportada pelos pilares da criatividade, mobilidade e proximidade, uma cidade que seja também o principal repositório museológico nacional do período industrial português do séc. XX. A nossa vontade é que esta margem que viu, nos séculos XIX e XX, implantarem-se as industrias da moagem, da cortiça, da química e da metalo-mecânica pesada, veja agora nascer uma relação mais saudável e mais respeitadora do ambiente e da paisagem, onde o trabalho e o lazer das populações se relacionem de forma harmoniosa. A conceptualização desta nova frente ribeirinha determina que às valências que de forma clássica predominam nestas áreas se adicione uma componente empresarial qualificada, como traço distintivo no panorama da AML. E vem-nos à memória uma canção batida do saudoso José Viana, num dos mais emblemáticos quadros da revista à portuguesa alusivo a este magnifico rio...mas o Tejo é sempre novo. Novo e renovado. 11

12 Cinco Gerações de Renovação Urbana na Ribeira de CINCO GERAÇÕES DE RENOVAÇÃO URBANA NA RIBEIRA DE LISBOA João Pedro T. A. Costa, Arquitecto, Prof. FA/UTL Planta Geral da Exposição do Mundo Português, 1940 Sendo matéria de actualidade, fruto da transferência de jurisdição para a Câmara Municipal de Lisboa (CML) de um conjunto de terrenos até hoje sob responsabilidade da Administração do Porto de Lisboa (APL), a transformação da ribeira de Lisboa não é, todavia, um tema novo. No curto artigo que se segue tento apresentar uma leitura da renovação urbana da ribeira de Lisboa, segundo cinco gerações em que se assumiram perspectivas e se adoptaram valores bastante distintos, com o simples objectivo de melhor interpretar as dinâmicas verificadas e assim ajudar a informar as opções presentes. 1. A FORMAÇÃO DA RIBEIRA INDUSTRIAL DE LISBOA COMO PANO DE FUNDO Importa começar por registar que as dinâmicas de transformação da ribeira de Lisboa têm por suporte físico um território que resultou, em grande parte, de um processo de formação associado ao fenómeno da industrialização da cidade. Não esquecendo a realização e ocupação do Aterro da Boavista a partir da segunda metade do século XIX, associado à abertura da Avenida D. Carlos I mediante a realização de várias demolições, a formação da ribeira industrial de Lisboa teve lugar em duas grandes fases: 12

13 Cinco Gerações de Renovação Urbana na Ribeira de Lisboa 1. A campanha realizada a partir da última década do século XIX, até à República, com base no plano geral de João Joaquim de Matos e Adolfo Loureiro, de 1886, executada na ribeira ocidental (Pedrouços Alcântara) pela Real Companhia de Caminhos de Ferro, e na ribeira central (Alcântara Santa Apolónia) pelo Porto de Lisboa [Nabais, Ramos, 1987]; 2. A campanha realizada no período de Duarte Pacheco, na sequência das propostas do Plano Geral de Urbanização e Expansão de Lisboa (PGUEL), iniciado em 1938 com a participação de Etiènne De Gröer, consubstanciada no Plano de Melhoramentos do Porto de Lisboa de 1946 e complementada pelas diversas obras promovidas pela cidade para a modernização industrial, incidindo sobre a ribeira oriental (Santa Apolónia Rio Trancão). Deixando uma mais completa abordagem da formação da ribeira industrial de Lisboa para bibliografia especializada [Costa, 2007], importa todavia registar que esta alteração não se tratou de um momento único no tempo, nem tampouco apresentou características uniformes no espaço: resultou antes de um somatório de acções localizadas, apenas pontualmente observadas a partir de uma perspectiva de conjunto. Como segunda nota de entrada, importa também registar o facto de que, com a formação da sua ribeira industrial, Lisboa conheceu uma mudança de paradigma relativamente à relação com o rio estabelecida até ao final do século XIX; não que se tratasse de uma relação mais intensa, mas, na perspectiva morfológica, verificou-se, de facto, uma alteração na relação física entre a cidade e o rio, com a substituição de um contacto transversal por um corte longitudinal, consubstanciado pela nova infra-estrutura rodoviária, ferroviária e portuária. 2. A RENOVAÇÃO URBANA E A VALORIZAÇÃO DA RIBEIRA NOBRE DA CIDADE, 1938/1940 O primeiro momento na renovação urbana da ribeira industrial de Lisboa teve lugar em simultâneo com a segunda campanha da sua formação, apresentando por base os pressupostos assumidos no PGUEL, de Uma das medidas estruturantes deste importante documento de planeamento da cidade foi a assumpção de determinados troços da ribeira ocidental e central como espaços nobres, devendo caminhar no sentido de se transformarem em espaços de representação, reforçando assim, mediante a valorização física, a carga simbólica que apresentavam associada aos Descobrimentos Portugueses período da história que a «política do espírito» do Estado Novo procurava então exaltar. Por contrapartida, foi definida como zona industrial da cidade a ribeira oriental e áreas rústicas adjacentes, quadro em que devem ser entendidas iniciativas como (1) o traçado da nova estrutura viária industrial, apoiada na abertura da Avenida Infante D. Henrique e eixos transversais, (2) a criação, em 1942, da Zona Industrial do Porto de Lisboa, localizada nos terrenos ribeirinhos existentes e a ganhar ao rio, a nascente de Braço de Prata, Estudo do quarteirão formado pela Rua das Janelas Verdes, Travessa José António Pereira, Escadinhas da Praia e Avenida 24 de Julho, autor ilegível, e (3) o próprio Plano de Melhoramentos do Porto de Lisboa, de O reflexo desta opção política para Lisboa foi a progressiva libertação de diversas ocupações industriais que antes tinham lugar na ribeira central e ocidental, de que constituem exemplo o encerramento do Arsenal da Marinha, em 1938, com a sua relocalização no Alfeite, ou, já em 1944, a transferência da Fábrica de Gás da vizinhança imediata da Torre de Belém para a Matinha. Dispensando a referência a outros exemplos, importa destacar o momento alto que teve lugar em 1940 com a realização da Exposição do Mundo Português. Ideia lançada em 1929 e assumida pelo poder político em 1938, a exposição comemorativa da fundação da nacionalidade em 1140 e da sua restauração em 1640, foi naturalmente acolhida nos 56 hectares do «admirável cenário de Belém, diante dos Jerónimos, símbolo do espaço imperial preservado ao largo dos séculos» [França, 1982, p.23]. Tendo vinculado definitivamente este território ao uso da cidade ainda que mantendo o corredor do caminho-de-ferro e a faixa de jurisdição da administração portuária, a Exposição de 1940 teve por base a construção de uma arquitectura efémera, não gerando uma ocupação definitiva. Este fenómeno teve particular expressão ao nível do edificado não tanto no espaço público tendo apresentado como resultado o derrube de parte substancial dos edifícios depois de 1940, assim fazendo regressar à zona alguma indefinição urbana que só veio a ser resolvida mais tarde, já no final década de 80. Inseparável da reforma de Duarte Pacheco e da assumpção da ribeira oriental como o área industrial de Lisboa, este conjunto de iniciativas de renovação urbana nos terrenos ribeirinhos, ganhos ao Tejo pelo aterro portuário do final do século XIX, apresentou como denominador comum a valorização de troços da ribeira central e ocidental, entendidos como espaços nobres da cidade, no quadro de uma perspectiva global sobre a frente ribeirinha da cidade. 13

14 Cinco Gerações de Renovação Urbana na Ribeira de Lisboa 3. A RENOVAÇÃO URBANA NA DÉCADA DE 60 E OS GRANDES PROJECTOS MODERNISTAS DE SUBSTITUIÇÃO DA RIBEIRA O segundo momento na renovação urbana da ribeira de Lisboa teve lugar nas décadas de 50 a 70, com particular destaque para a década de 60, e conheceu como protagonista os serviços técnicos da CML. Incidindo sobre a ribeira de jurisdição municipal, particularmente nas áreas de encontro entre a ribeira pré-industrial e a ribeira industrial, este segundo momento apresentou como denominador comum a proposta de demolição das áreas intervencionadas e a sua substituição integral por uma nova configuração urbana, muitas vezes sob influência do movimento moderno assim assumindo uma postura renovadora e fortemente intervencionista, associada a uma desvalorização da herança cultural e patrimonial. Como podemos observar e recorrendo a dois exemplos, por sorte grande parte destas propostas não conheceram concretização significativa tendo presente o volume de estudos produzidos pelos serviços municipais neste período, ainda que em muitos casos a existência de grandes estudos de conjunto não realizados seja legível a partir de intervenções singulares, efectivamente concretizadas de acordo com essas propostas. A este conjunto de intervenções de renovação urbana, promovidas pelos serviços municipais, importa acrescer os casos de renovação urbana e/ou loteamento realizados em parcelas industriais de dimensão significativa, por iniciativa de particulares, verificando-se nos actos de gestão municipal a mesma forma de encarar a ribeira. Estudo do Conjunto para a Rua do Mirante, Rua da Bica do Sapato, Rua de Santa Apolónia e Calçada dos Centeiros, autor ilegível, 1973 Um dos exemplos paradigma deste segundo momento pode ser o Estudo do quarteirão formado pela Rua das Janelas Verdes, Travessa José António Pereira, Escadinhas da Praia e Avenida 24 de Julho, datado de 1962, no qual era proposta a substituição integral de todo o quarteirão hoje reconhecido por integrar vários edifícios de valor de diferentes períodos por um conjunto de blocos modernistas sobre pilotís, organizando o interior de quarteirão mediante uma sucessão de blocos perpendiculares, apoiados num muro interior que vencia a diferença de cota existente. Desta proposta, foi apenas efectivamente concretizado um loteamento composto por 4 edifícios: da autoria do arquitecto José Câmara Lumelino, que conheceu aprovação em Um segundo exemplo será a proposta de renovação urbana prevista para a zona de Pedrouços, em documentos de 1962 e de 1964, que se ilustram por extractos constantes em processos municipais. Também aqui foi prevista a demolição total dos tecidos urbanos preexistentes a poente do Largo da Princesa, abrangendo desde o lado norte da Rua da Praia de Pedrouços até à Av. da Índia, incluindo a supressão total do traçado da Rua Fernão Mendes Pinto. Tal como no caso anterior, apenas foram efectivamente concretizadas intervenções localizadas de renovação. Em ambos os exemplos apresentados, os estudos municipais mereceram aprovação por parte do Presidente da CML. A renovação urbana promovida pela cidade nas década de 50 a 70 ficou marcada pela proposta dos grandes projectos modernistas para a substituição da ribeira pré-industrial e industrial sob administração municipal, os grandes conjuntos «modernos», período em que os projectos efectivamente realizados são, felizmente, mínimos os suficientes para servir de testemunho de uma época. Na ribeira oriental, então mais esquecida e menos exposta, esta dinâmica renovadora prolongou-se até década de 80, constituindo exemplos, (1) o Estudo de Conjunto para a Rua do Mirante, Rua da Bica do Sapato, Rua de Santa Apolónia e Calçada dos Centeiros, de 1973, ou (2) a adaptação do edifício de 1888 da Companhia Oriental de Fiação e Tecidos a Centro Empresarial Invil Tejo, a partir de A REDESCOBERTA DA RIBEIRA COMO VALOR CULTURAL, 1980/1994 A década de 80 marcou em Lisboa o início de uma viragem na forma como era encarada a sua frente ribeirinha, através de uma sequência de várias iniciativas que suscitaram um amplo debate e promoveram a emergência de novos valores ligados à história, à cultura e ao património. Nesta mudança, o primeiro momento de maior visibilidade terá sido, eventualmente, o projecto da Casa dos Bicos, cuja carga patrimonial tinha início num edifício de fachada original, construído entre 1521 e 1523, que havia conhecido em 1968 um projecto de adaptação a Casa de Goa por parte do arquitecto Raul Lino executado entre 1969 e 1974, mantendo os 2 pisos com que o edifício tinha ficado depois do terramoto de

15 Cinco Gerações de Renovação Urbana na Ribeira de Lisboa Casa dos Bicos, reconvertida e ampliada em 1981, com coordenação por José Santa-Rita e Manuel Vicente O projecto dos arquitectos José Santa-Rita e Manuel Vicente (1980/81, construído durante 1982 e 1983), veio propor a reposição dos quatro pisos originais, optando por reconstruir os dois pisos superiores. Esta opção suscitou um debate sobre as metodologias de intervenção em edifícios património, tendo incidido particularmente sobre o partido arquitectónico adoptado nessa ampliação e o desenho dos vãos. A intervenção no edifício de propriedade municipal foi ainda coordenada com o projecto do espaço público dianteiro desenvolvido dentro da equipa pelo arquitecto Alberto Oliveira, tendo assim conferido um maior destaque ao edifício dentro do conjunto histórico e da praça onde se integra. Com a projecção que assumiu, esta intervenção na Casa dos Bicos excedeu uma simples transformação à escala da parcela. O assumir do carácter relevante do edifício, a iniciativa pública de o valorizar mediante um destaque urbano, e o debate em torno dos valores e das opções de projecto assumidas na ampliação, constituíram então sinais do início de uma inversão de valores relativamente à forma como a ribeira de Lisboa tinha sido encarada nas décadas anteriores. Ainda que se tenham conhecido grandes projectos de renovação urbana durante a década de 80, o mote estava lançado e veio encontrar o final da década como momento de charneira, em que, definitivamente, a ribeira passou a ser encarada como valor cultural. Dois dos principais marcos dessa alteração foram o Concurso de Ideias organizado pela então Associação de Arquitectos Portugueses (1988), um evento de grande projecção com diversas iniciativas e debates públicos associados, e o Plano de Salvaguarda de Ajuda-Belém (1987/89), coordenado pelo Prof. Manuel da Costa Lobo e realizado a propósito da construção do Centro Cultural de Belém. Citando o primeiro destes exemplos, é este momento que Vítor Matias Ferreira aponta quando se refere à «emergência de uma consciencialização colectiva que reconhece o passado das frentes ribeirinhas ligado a usos mais económicos e tem como preocupações presentes uma sensibilidade de natureza ambiental, estética e lúdica» [FERREIRA, 1997, p.151]. Concurso de ideias para a renovação da zona Ribeirinha de Lisboa, Associação de Arquitectos Portugueses, 1988 Concurso de Ideias para a Renovação da Zona Ribeirinha de Lisboa, Associação de Arquitectos Portugueses,

16 Cinco Gerações de Renovação Urbana na Ribeira de Lisboa 5. O «TRAUMA POZOR»: TRANSFORMAÇÃO DA RIBEIRA NA PEQUENA ESCALA E A ABERTURA À CIDADE, 1995/2003 O ano de 1994 revelou-se rico em acontecimentos relativos à ribeira de Lisboa e marcou a ocorrência de uma forte polémica que tem influenciado as opções de transformação do corredor ribeirinho desde então até à actualidade. Num contexto em que a CML finalizava os trabalhos do Plano Director Municipal de Lisboa e desenvolvia diversos estudos urbanísticos para partes da ribeira p.e., Algés/Pedrouços, Baluarte do Livramento, Bom Sucesso, Alcântara-Rio, a APL decidiu apresentar ao público o Plano de Ordenamento do Porto de Lisboa (POZOR), organizando para o efeito uma exposição com o título o rio como destino privilegiado; inaugurada em 29 de Junho de 1994, na Estação Marítima de Alcântara, que exibia a proposta de Terry Farrell, Miguel Correia e Alcino Soutinho para uma urbanização da frente ribeirinha, inspirada no modelo das Docklands de Londres. Esta proposta deu origem a uma contestação pública generalizada e a uma escala sem precedentes, com reacções contundentes de personalidades dos mais variados sectores e com forte expressão nos meios de comunicação social. O POZOR viria a conhecer uma segunda versão em 1995, virada então para o planeamento da infra-estrutura portuária; contudo, as áreas sem uso portuário não foram alvo de propostas. Desde então, passou a reinar a desconfiança institucional e a CML assumiu uma «colaboração crítica» com a APL. Como consequência, ficou até hoje instituída na sociedade a não-aceitação de nova construção nas áreas sem uso portuário da frente ribeirinha atitude de reacção que designo por «trauma POZOR». Entre 1995 e 2003, as intervenções realizadas pela APL nos seus terrenos foram sempre localizadas, visando a abertura da cidade ao rio e o desenvolvimento de programas de equipamento, espaço público e recreio, numa acção de cooperação silenciosa e discreta com a CML como testemunham os vários escritos deixados por Natércia Rego Cabral e Teresa Craveiro. 6. A RENOVAÇÃO URBANA DA RIBEIRA MUNICIPAL NA VIRAGEM PARA 2000 POZOR-Plano de Ordenamento do Porto de Lisboa, coordenação por Terry Farrel e Miguel Correia. Tendo presente a existência de estudos anteriores em muitas dessas áreas, importa registar a importante expressão que conheceram os projectos urbanos para as grandes áreas de reconversão da ribeira de jurisdição municipal, na viragem para a década de Independentemente das polémicas sobre a figura jurídica adoptada, a ribeira central e ocidental conhece, desde então, projectos para a transformação das grandes áreas industriais desafectadas, de que constituem exemplos: (1) o projecto para o Aterro da Boavista, em curso por Miguel Correia e Norman Foster; (2) a renovação concluída em Alcântara-Rio, incluindo os terrenos da antiga CUF, por Frederico Valssassina, ainda que, os estudos conjuntos com Manuel Mateus para Alcântara XXI tenham aparentemente conhecido a mesma sorte das várias propostas anteriores; (3) a renovação das instalações da antiga Construtora Moderna, em Pedrouços, depois de demolido o edifício da década de 50 de Jorge Segurado; (4) a reconversão do edifício da Fábrica Osram em 2001 por Raul de Abreu e Miguel Varela Gomes. Na ribeira oriental esta dinâmica conhece, igualmente, um significativo desenvolvimento, registando-se o esforço de ordenamento geral, protagonizado pelo Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental (PUZRO) de 2001, entretanto não aprovado na sequência de planos de estrutura ensaiados em 1992 e De igual forma, é sobre as grandes parcelas industriais desafectadas que a renovação urbana vem conhecendo propostas, constituindo como exemplos, entre outros: (1) o projecto de Renzo Piano e Adriano Cale Lucas para Braço de Prata, na sequência de polémicas anteriores chegando a existir, em 2002, estudos para a sua ampliação até à Matinha; (2) o projecto ainda não conhecido para a Matinha, desenvolvido na Gabinete de Manuel Salgado; (3) o loteamento da área sul do recinto dos Olivais da EPAL, sobre a Avenida de Pádua, proposto por José Lamas em 1998, bem como para os terrenos contíguos da Petrogal, por João Paciência. A viragem para 2000 marcou, assim, o início de um processo generalizado de renovação urbana nas grandes parcelas industriais da ribeira de jurisdição municipal; para além das questões associadas à integração destes loteamentos ou planos de pormenor localizados no tecido urbano envolvente e numa visão de conjunto para a ribeira de Lisboa, a principal 16

17 Cinco Gerações de Renovação Urbana na Ribeira de Lisboa dificuldade destas intervenções colocou-se na sua relação com o rio e com a ribeira de jurisdição da APL, matéria que o recente entendimento entre a CML e a APL permite agora contornar permitindo, finalmente, abordar estes territórios na sua globalidade, repondo as ligações transversais, sem o «risco ao meio» administrativo a dividir o planeamento da metade interior do planeamento da metade ribeirinha. 7. A TRANSFORMAÇÃO DA RIBEIRA QUE SE SEGUE, QUE PARADIGMAS? Ainda que com vicissitudes ao nível da sua discussão pública, o projecto dos edifícios da Agência Europeia de Segurança Marítima e Observatório Europeu de Droga e Tóxico-dependência, no Cais do Sodré, desenvolvido por Manuel Tainha desde 2004 hoje em fase de conclusão da obra parece ter constituído um pré-aviso do entendimento agora atingido entre a CML e a APL, consubstanciado na transferência de jurisdição de troços da frente ribeirinha sem utilização portuária, condicionada por propostas prévias de ordenamento e por procedimentos de administração. Encontrando-se este processo em desenvolvimento, importa por agora registar que esta alteração constitui uma oportunidade única para o desenvolvimento de um novo paradigma na transformação da ribeira de Lisboa, ultrapassando dificuldades que, como observado, marcaram estas dinâmicas durante décadas. Significará pois o novo regime o advento de um novo processo de transformação? O primeiro passo agora dado atenção que faltam dar muitos mais de seguida permite inovar em qualidade, por relação aos procedimentos anteriores, criando condições para por exemplo, (1) desenvolver estudos integrados para a transformação de toda a ribeira, ultrapassando o anterior «risco ao meio» administrativo e retomando o tema das ligações transversais, e (2) desenvolver um novo modelo institucional e uma nova capacidade de execução. Com o passo agora dado, a transformação da ribeira de Lisboa pode ser também um «projecto especial» [Busquets, 1998], integrando os terrenos ribeirinhos sem utilização portuária, a infra-estrutura longitudinal de acessibilidade, a ribeira industrial municipal e a ribeira préindustrial, numa realidade territorial coerente finalmente assumindo um conceito único, que é a Ribeira de Lisboa. Bibliografia citada: BUSQUETS, Joan (1998); Barcelona: os proyectos especiais. Motores da nova dinâmica na cidade existente / Barcelona. Los proyectos especiales. Motores de la nueva dinámica en la ciudad existente; in: TRIGUEIROS, Luiz; SAT, Claudio (edición); Lisboa Expo 98; Lisboa; Blau; pp.15/16. COSTA, João Pedro (2007); La Ribera entre Proyectos. Formación y transformación del territorio portuario, a partir del caso de Lisboa; Barcelona; Dissertação de Doutoramento ETSAB-UPC. Disponivel em: FRANÇA, José Augusto coord. (1982). Os anos 40 na arte portuguesa. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian. NABAIS, António; RAMOS, Paulo (1987); 100 Anos do Porto de Lisboa; Lisboa; APL. FERREIRA, Vitor Matias; et all (1997); Lisboa, a Metrópole e o Rio; Lisboa; Bizâncio. Vista da antiga Fábrica Osram, na Avenida 24 de Julho, reconvertida para habitação por Raul de Abreu e Miguel Varela Gomes,

18 THE PLAN OF INTERVENTION TO SAFEGUARD VENICE AND ITS LAGOON DELEGATED TO THE STATE Consorzio Venezia Nuova for the Ministry of Infrastructure - Venice Water Authority dramatic event which took place on 4 November That day, Venice and the other towns and villages in the lagoon were completely submerged under a metre of water. The severity of the flood which shocked the entire world made the fragility of Venice and its precious ecosystem clearly evident. The State therefore decided to intervene with a body of special legislation defining a series of instruments and guidelines to protect Venice and its lagoon, considered inseparable. Specific responsibilities were identified and attributed to each body involved in safeguarding Venice. In particular, the State, in other words, the Ministry of Infrastructure and its technical organ, the Venice Water Authority, was made Venice. November 4th, Venice, the lagon islands and the lagoon itself were submerged under more than a metre of water. The damage was incalculable. The Venice lagoon is the largest in the Mediterranean with a surface area of 550 km² and separated from the sea by a thin barrier island interrupted by three gaps, the inlets of Lido, Malamocco and Chioggia, through which tides propagate in the lagoon. On the mainland side it is defined by a boundary line. It is both a natural and an artificial environment in equilibrium between land and sea and characterised by a rich and complex morphological fabric whose elements (mudflats, salt marshes, channels and creeks) play a fundamental role in flushing and lagoon biodiversity. To talk about the Italian State s extraordinary commitment to safeguarding Venice and its lagoon ecosystem, you need to go back to a 18

19 The Plan of Intervention to safeguard Venice and it s lagoon delegated to the state responsible for physical protection from flooding and restoring the balance of the lagoon ecosystem. These objectives were translated into systemic and complex action in a General Plan of Interventions which considered the lagoon ecosystem as a single entity to be defended in the complex totality of its aspects. Since then, through the Consorzio Venezia Nuova, concessionary for activities to safeguard Venice and its lagoon, the Water Authority has implemented numerous important measures. Many kilometres of the coastline have been widened and reinforced. Local protection of particularly low-lying parts of built up areas by raising and consolidating quaysides has reached an advanced stage of implementation. Measures to reconstruct and protect morphological elements particularly at risk from erosion have been implemented throughout the lagoon and important action has been taken to secure polluted sites. Finally, Mose, a system designed to protect the lagoon from the devastation of high waters, is being constructed at the inlets of Lido, Malamocco and Chioggia. Venice. High waters 19

20 The Plan of Intervention to safeguard Venice and it s lagoon delegated to the state The Mose System to defend Venice from high waters The lagoon inlets where Mose System is beign Construct. Introduction The flood of 4 November 1966 was a harsh indication of the fragility of Venice and its lagoon ecosystem. Unfortunately, the risk of a similar or even worse event is ever present. But together with the threat of a catastrophic event, since the beginning of the 1900s, flooding has become ever more frequent and intense as a result of the profound change in the relationship between the water and land occurring in particular during the last 100 years. As a result of the combined effect of a rise in sea level (eustatism) and a drop in land level (subsidence), built up areas in the lagoon are today an average of 23 cm lower in relation to sea level than at the beginning of the 20th century. Flooding is causing problems for the inhabitants and damage to architectural structures and buildings over ever greater areas and is becoming ever more critical as the tide level increases. To definitively protect the city and lagoon from all floods including extreme events, a system of mobile barriers has been developed, able to temporarily separate the lagoon and the sea. In normal tidal conditions, the mobile barriers made up of rows of gates rest in caissons on the bed in the inlets, completely invisible and without modifying exchanges between the sea and the lagoon. The gates are normally full of water which weighs them down and keeps them inside the caissons. When a high tide above the protection level is forecast, compressed air is pumped into the gates, replacing the water. Buoyancy causes them to rotate around the axis of the hinge until they emerge and the row of gates thus blocks the tide from entering the lagoon. Opening manoeuvres last 30 minutes, closing manoeuvres, 15 minutes. The gates remain in the raised position throughout the tidal event which lasts an average of 4.5 hours and occurs 20

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