LIGAÇÕES VIGA-PILAR DE ESTRUTURAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO: ANÁLISE COM ÊNFASE NA DEFORMABILIDADE AO MOMENTO FLETOR. Anamaria Malachini Miotto
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- Arthur Figueiroa Cruz
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1 LIGAÇÕES VIGA-PILAR DE ESTRUTURAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO: ANÁLISE COM ÊNFASE NA DEFORMABILIDADE AO MOMENTO FLETOR Anamaria Malachini Miotto Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Engenharia de Estruturas. ORIENTADOR: Prof. Dr. Mounir Khalil El Debs São Carlos 2002
2 Ao meu pai Laert, minha mãe Maria de Lourdes, minhas irmãs Aline e Denise e minha avó Lucinda.
3 AGRADECIMENTOS A Deus, por estar sempre presente ao meu lado. Ao Prof. Mounir Khalil El Debs, pela objetiva e fundamental orientação e sobretudo pela sua amizade. Ao Prof. João Bento de Hanai, pela orientação no início do trabalho e pela sua amizade. Aos meus pais e às minhas irmãs, por tudo que fizeram por mim como pessoa e profissional. A quem eu devo tudo o que sou. Às amigas, Andréa Reis, Suzana Campana e Vanessa Castilho, pelo carinho, incentivo e paciência com que me confortaram nos momentos mais difíceis. Aos demais amigos e colegas, em especial, Kristiane, Luciana, Tatiana, Osvaldo, Rejane, Aline, Mônica, Fabiana e Joel, pelo grande apoio e maravilhosa convivência nesses anos. Ao colega Marcelo de Araújo Ferreira, pelas inúmeras contribuições. Ao Engenheiro Luís Vicente e aos técnicos Amauri, Jorge, Mário, Mauri, Valdir, João, Juliano e Fabiano do Laboratório de Estruturas da EESC-USP, pelo auxílio prestado na realização dos ensaios físicos. À empresa Premoldados Protendit, pelo apoio e fornecimento das lajes prémoldadas utilizadas nos ensaios. Aos professores do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP. Aos funcionários do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, especialmente a Rosi Aparecida Jordão Rodrigues e Maria Nadir Minatel pela eficiência nos serviços prestados e também pelo carinho. À FAPESP, pelo apoio financeiro concedido. A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.
4 SUMÁRIO LISTA DE SÍMBOLOS... i RESUMO... vi ABSTRACT... vii 1 INTRODUÇÃO Considerações iniciais Objetivos Metodologia Apresentação do trabalho REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Deformabilidade das ligações Definição Determinação da relação momento fletor-rotação Método dos Componentes Estudos encontrados na literatura Ensaios físicos em ligações Método dos componentes Mecanismos básicos de deformação Modelos mecânicos e analíticos Simulações numéricas em ligações semi-rígidas DEFINIÇÃO DO PROGRAMA EXPERIMENTAL Ligação viga-pilar nº Considerações iniciais Simulações numéricas Programa experimental Ligação viga-pilar nº Considerações iniciais Programa experimental Quadro resumo do programa experimental PROGRAMA EXPERIMENTAL Ligação viga-pilar nº
5 4.1.1 Características dos modelos Esquema de ensaio Materiais Concreto Aço Almofada de apoio do modelo Moldagem e cura dos componentes Montagem do modelo Instrumentação Instrumentação interna Instrumentação externa Procedimento de ensaio Apresentação dos resultados Considerações iniciais Fissuração dos modelos Deformação dos modelos Determinação da curva momento-rotação Modelo Modelo Comparação entre os modelos 1.2 e Simulação numérica de estrutura típica Ligação viga-pilar nº Características dos modelos Esquema de ensaio Materiais Concreto Graute Aço Moldagem e cura dos elementos Montagem do modelo Preenchimento dos furos das vigas e espaços entre as vigas e o pilar Posicionamento das lajes Preenchimento dos furos dos pilares Preenchimento dos espaços entre as lajes e o pilar Moldagem e cura da capa de concreto Instrumentação Instrumentação interna
6 Instrumentação externa Procedimento de ensaio Modelo Modelo Apresentação dos resultados Considerações iniciais Fissuração dos modelos Determinação da curva momento-rotação Modelo Modelo Simulação numérica de estrutura típica MODELOS ANALÍTICOS PARA AS LIGAÇÕES Considerações iniciais Ligação viga-pilar nº Considerações iniciais Protótipo Protótipo Ligação viga-pilar nº Considerações iniciais Momento fletor negativo Momento fletor positivo Síntese dos modelos ANÁLISE DOS RESULTADOS Considerações iniciais Ligação viga-pilar nº Comparação com as simulações numéricas Considerações iniciais Modelagem Resultados Comparação com o modelo analítico Considerações sobre a análise dos resultados da ligação nº Ligação viga-pilar nº Comparação com as simulações numéricas Considerações iniciais Modelagem Resultados
7 6.3.2 Comparação com o modelo analítico Considerações sobre a análise dos resultados da ligação nº CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES Considerações finais Conclusões Sugestões para pesquisas futuras REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE 1 - Dimensionamento dos modelos da ligação nº1 APÊNDICE 2 - Dimensionamento dos modelos da ligação nº2
8 Lista de símbolos i LISTA DE SÍMBOLOS a b A A 0 A c,ef A s A sb b b p d D m - alongamento do chumbador; - área; - área da superfície de apoio efetiva do elastômero; - área de concreto efetiva; - área da armadura de continuidade; - área da seção transversal do chumbador; - largura de seção transversal; - largura do pilar; - altura útil; - deformabilidade ao momento fletor da ligação; D njg - deformabilidade da junta em m/mpa [BARBOZA (2002)]; D njs e e j E E a E a2 - deformabilidade à compressão da junta viga/consolo; - espaço entre a viga e o consolo; - espessura da junta; - módulo de elasticidade do material; - módulo de elasticidade da argamassa da almofada; - módulo de elasticidade da almofada depois da fissuração do modelo; E ainicial - módulo de elasticidade da almofada antes da fissuração do modelo; E ccapa E ccapat E cse E g E gt E s f - módulo de elasticidade do concreto da capa; - módulo de elasticidade do concreto da capa à tração; - módulo de elasticidade secante equivalente; - módulo de elasticidade do graute; - módulo de elasticidade do graute à tração; - módulo de elasticidade do aço; - flecha do consolo;
9 Lista de símbolos ii f 1 f 2 f c f cb f cc - resistência à tração para um estado de tensão hidrostática biaxial; - resistência à compressão para um estado de tensão hidrostática bi-axial; - resistência do concreto à compressão axial; - resistência do concreto à compressão bi-axial; - valores da resistência dos concretos nos quais o chumbador está inserido; f ccapa f ccapat f ccapat,sp f cg f cgt f cgt,sp f ct f ct,sp f t f u f y f yb - resistência da capa de concreto à compressão; - resistência do concreto da capa à tração direta; - resistência do concreto da capa à tração indireta; - resistência do graute à compressão; - resistência do graute à tração direta; - resistência do graute à tração indireta; - resistência do concreto à tração direta; - resistência do concreto à tração indireta; - resistência à tração axial; - resistência última do aço; - resistência ao escoamento do aço; - resistência ao escoamento do chumbador; F - força aplicada no modelo; F - função do estado de tensões principais (σ xp, σ yp, σ zp ); F a F b F c - força de reação no plano horizontal; - força atuante nos chumbadores; - resultante de compressão; F i - força na mola i; F r F t F vy - força de reação no plano vertical; - resultante de tração; - força responsável pela formação da segunda rótula plástica no chumbador; G - módulo de deformação transversal;
10 Lista de símbolos iii h h a h ef - altura de seção transversal; - espessura da almofada de apoio; - altura efetiva; h l - altura livre; I 1 - momento de inércia no estádio I; I 2 - momento de inércia no estádio II; I b - momento de inércia da barra; K i - coeficiente de rigidez do componente i; K m M M 1 M 2 M r M y M u - rigidez ao momento fletor da ligação; - momento fletor atuante na ligação; - momento de tombamento da estrutura; - momento de segunda ordem, causado pelos deslocamentos horizontais; - momento de fissuração; - momento de plastificação; - momento último; p - pressão de contato; S - superfície de ruptura; w - abertura da fissura; x - posição da linha neutra de seção transversal; x 1 - posição da linha neutra de seção transversal no estádio I; x 2 x 3 - posição da linha neutra de seção transversal no estádio II; - posição da linha neutra de seção transversal no estádio III; x c z - comprimento da região comprimida do consolo; - braço de alavanca; Letras gregas α crit δ δ t - ângulo de inclinação limite do chumbador; - deslocamento devido à deformação por compressão do concreto; - deslocamento devido à deformação por tração do concreto da capa; i - deformação da mola i;
11 Lista de símbolos iv l j - leitura do defletômetro; l cj - encurtamento da junta vertical; l hv - deslocamento horizontal da viga; ε c ε ccapat ε cmt ε j ε sm - deformação por compressão; - deformação por tração do concreto da capa; - deformação média por tração no concreto; - deformação da junta; - deformação média no aço na seção fissurada; ε y - deformação de escoamento do aço; φ φ φ b γ z l l 0 l c l d l e - rotação da ligação; - diâmetro; - diâmetro do chumbador; - coeficiente de instabilidade; - comprimento; - comprimento livre do chumbador; - comprimento do consolo; - comprimento do dente gerber; - distância do chumbador mais tracionado à extremidade oposta do consolo; l emb l p - comprimento de embutimento do chumbador; - comprimento do chumbador, considerado no cálculo do deslocamento horizontal; l s l s,max l v l φ λ τ,lig ν ρ s,ef σ c - comprimento de contribuição do chumbador; - comprimento máximo limite para a ocorrência de uma fissura; - comprimento da viga; - distância do chumbador menos tracionado à extremidade livre do consolo; - deformabilidade ao cisalhamento da ligação; - coeficiente de Poisson; - taxa efetiva de armadura; - tensão de compressão;
12 Lista de símbolos v σ ccapat σ cj σ sb - tensão de tração no concreto da capa; - tensão de compressão atuante na junta; - tensão atuante no chumbador; τ - tensão de aderência; µ - coeficiente de atrito entre as superfícies em contato.
13 Resumo vi RESUMO MIOTTO, A. M. (2002). Ligações viga-pilar de estruturas de concreto pré-moldado: análise com ênfase na deformabilidade ao momento fletor. São Carlos. Tese (doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. No presente trabalho foram estudadas duas ligações viga-pilar de estruturas de concreto pré-moldado com ênfase na deformabilidade ao momento fletor. A primeira é muito utilizada em galpões com sistema estrutural de pórticos para telhado com duas águas. A segunda é utilizada em estruturas de edifícios com múltiplos pavimentos. Foram realizados ensaios físicos em dois modelos de cada tipo de ligação. Com base nos resultados experimentais, foram propostos modelos analíticos, baseados no Método dos Componentes, e realizadas simulações numéricas, baseadas no Método dos Elementos Finitos, através dos quais determinou-se a curva momento-rotação das ligações em estudo. As curvas momento-rotação teóricas, para as duas ligações estudadas, ficaram bastante próximas das experimentais. De acordo com os resultados, pode-se dizer que a primeira ligação teve um comportamento próximo ao de uma ligação perfeitamente rígida. Isso porque, para uma estrutura típica, ela transmitiu mais de 90% do momento equivalente ao de uma estrutura monolítica. A segunda ligação também garantiu uma boa transferência de momento fletor. Observou-se que, ao considerar a semi-rigidez dessa ligação na análise estrutural, há uma redução significativa no momento na base dos pilares mais solicitados, o que permite uma redução na armadura dos pilares e nas dimensões da fundação. Palavras-chave: estruturas de concreto, concreto pré-fabricado, concreto prémoldado, ligações, deformabilidade, semi-rigidez, pórticos planos.
14 Abstract vii ABSTRACT MIOTTO, A. M. (2002). Precast concrete beam-to-column connections: emphasis on the deformability analysis. São Carlos. Tese (PhD Thesis) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. The present research deals with the study of two types of precast beam-to-column connections with emphasis on the deformability analysis. The first one is extensively used in precast concrete portal frames with sloping beams. The second one is used in multi-storey framed structures. Experimental tests on two models of each type of beam-to-column connections were done. Based on the experimental results, analytical models, based on the Component Method, were proposed and numerical simulations, based on the Finite Element Method, were developed, which provide the moment-rotation curves of the studied connections. The theoretical moment-rotation curves, for both studied connections, are in good agreement with the experimental ones. According to the results, the first connection had almost the same behaviour of a rigid one. It transmitted about 90% of the bending moment of an equivalent monolithic structure. The second connection also transmitted a good portion of bending moment. It was observed that when its semi-rigidity is considered on the structural analysis there was a significant reduction on the column base bending moment and on the foundation dimensions. Key-words: Concrete structures, Precast concrete, Connections, Deformability, Semi-rigidity, Portal frames.
15 Capítulo 1 - Introdução 1 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Dentre as linhas de pesquisa no campo das estruturas de concreto pré-moldado destaca-se o estudo das ligações entre os seus elementos. Isso porque o conhecimento do comportamento de um sistema estrutural de concreto prémoldado está diretamente relacionado ao conhecimento do comportamento de suas ligações, que são responsáveis, entre outros, pela redistribuição dos esforços da estrutura. Por sua vez, as ligações são regiões de comportamento complexo, onde ocorrem concentrações de tensões, e portanto, merecem atenção especial por parte dos pesquisadores e projetistas. Segundo ORDONEZ et al. (1974), a influência das ligações na construção de concreto pré-moldado é tão preponderante que alguns especialistas afirmam que a dificuldade em seu projeto e em sua execução é que têm impedido a superação dos métodos construtivos convencionais pelos pré-moldados. As ligações entre elementos pré-moldados, em geral, não se comportam da forma considerada na análise estrutural, onde são idealizadas de maneira a permitir ou impedir os deslocamentos relativos entre os elementos. Sabe-se que aquelas classificadas como articulações freqüentemente possuem razoáveis rigidez à flexão e resistência. Outras classificadas como rígidas podem apresentar deformações à flexão e ao cisalhamento consideráveis. Enfim, as ligações entre elementos de concreto pré-moldado apresentam uma certa deformabilidade quando solicitadas, e por isso são denominadas na literatura de semi-rígidas. A deformabilidade de uma ligação refere-se à perda de sua forma original quando a estrutura é solicitada. Para o caso de uma ligação viga-pilar solicitada a momento
16 Capítulo 1 - Introdução 2 fletor, a deformabilidade corresponde à mudança do ângulo inicialmente formado entre a viga e o pilar. A idealização de cálculo usualmente adotada pode ser eficaz para uma grande parcela das estruturas de concreto pré-moldado, mas certamente não é a mais econômica. Considerando o efeito da semi-rigidez obtém-se significantes economias ligadas à redução da mão de obra necessária para a realização de ligações rígidas ou à redução das dimensões da estrutura no caso de ligações articuladas. Apesar do conceito de ligações semi-rígidas datar do começo do século - os primeiros estudos sobre o tema são atribuídos a Wilson e Moore que em 1917 realizaram testes para determinar a rigidez de ligações viga-pilar rebitadas em estruturas metálicas - a incorporação do comportamento real da ligação na análise estrutural tem sido evitada devido a um aumento na complexidade dos cálculos e também a uma falta de dados suficientes e confiáveis. Ao se projetar estruturas semi-rígidas, a rigidez das ligações se torna um parâmetro de projeto. Para estruturas nas quais o esforço predominante é o momento fletor, esse parâmetro é descrito pela curva momento-rotação da ligação. A maneira mais precisa de se determinar a curva momento-rotação de uma ligação é a experimentação em laboratórios. O uso dessa técnica, que requer dinheiro e tempo, é basicamente limitado a atividades científicas e pode conseqüentemente não ser diretamente aplicável na prática corrente. Portanto, também devem ser definidos métodos capazes de determinar o comportamento nodal sob carregamentos estáticos e cíclicos para o uso em projeto. Um pré-requisito para o desenvolvimento de um modelo confiável para a ligação é o conhecimento das diferentes fontes de deformação e resistência dessa ligação. Esse é o objetivo do Método dos Componentes, que permite a determinação da deformabilidade e da resistência de uma ligação através da associação de seus mecanismos de deformação e resistência, respectivamente. A vantagem desse método é que um engenheiro é capaz de calcular as propriedades mecânicas de qualquer ligação pela sua decomposição em seus componentes relevantes.
17 Capítulo 1 - Introdução 3 CHEFDEBIEN (1996) afirma que o desenvolvimento de modelos, devidamente calibrados por meio de resultados experimentais, capazes de simular o comportamento das ligações pré-moldadas, parece ser uma tendência bastante atrativa. Porém, essa é uma tarefa difícil devido à multiplicidade de interfaces e materiais utilizados. Uma outra opção é a realização de simulações numéricas através da utilização de programas de computador baseados no Método dos Elementos Finitos. Na década de 70 Krishnamurthy deu início ao desenvolvimento de modelos de ligações em 3D através do Método dos Elementos Finitos, na área das estruturas metálicas. Atualmente, existem tanto programas acadêmicos quanto comerciais capazes de simular quase todos os fenômenos complexos: atrito, escorregamento, contato, interação parafuso-concreto, aderência, entre outros. Entretanto, ainda existem dificuldades na elaboração de um modelo de elementos finitos capaz de representar de maneira precisa o comportamento real da ligação sem, contudo, exigir grande esforço e custo computacional. No caso de ligações entre elementos de concreto pré-moldado há ainda um agravante: a modelagem do particular comportamento do concreto (não-linearidade física), que tem sido motivo de muita pesquisa. A adequação de modelos que permitam a determinação do comportamento de ligações com diferentes geometrias e carregamentos é uma ferramenta valiosa, porém esses modelos precisam ser calibrados com ensaios experimentais. Pelo que se conhece, estudos experimentais mais abrangentes e com divulgação mais expressiva em ligações entre elementos de concreto pré-moldado foram iniciados na década de 60, através da realização de um programa de pesquisa experimental desenvolvido pela Portland Cement Association (PCA). Na Europa, América do Norte e Japão existem resultados experimentais para uma grande parte de configurações de ligações (metálicas, mistas e pré-moldadas). No Brasil, particularmente no caso das estruturas de concreto pré-moldado, não existe essa ampla disponibilidade de dados. Na EESC-USP a pesquisa em ligações foi iniciada por BALLARIN (1993) que escreveu um estado-da-arte, reuniu as bases de
18 Capítulo 1 - Introdução 4 fundamentação teórica e apresentou as principais necessidades de pesquisa nessa área no Brasil. FERREIRA (1993) em sua dissertação de mestrado desenvolveu analiticamente algumas expressões para a determinação da deformabilidade de alguns tipos de ligações pré-moldadas. Mais recentemente, FERREIRA (1999) realizou um estudo experimental sobre dois tipos de ligações pré-moldadas onde foram observados seus comportamentos à torção, cisalhamento e flexão. Dessa forma, as expressões primeiramente apresentadas em FERREIRA (1993) foram aperfeiçoadas com base nos resultados obtidos através do estudo experimental. SOARES (1998) em sua dissertação de mestrado avaliou teórica e experimentalmente a deformabilidade à flexão da ligação viga-pilar executada através de consolo e chumbador, encontrada em galpões pré-moldados (Figura 1.1). Figura Ligação viga-pilar estudada por SOARES (1998) (Ligação nº1). BARBOZA (2002) em sua tese de Doutorado apresenta uma análise teóricoexperimental do comportamento de juntas de argamassa solicitadas à compressão, com o objetivo de propor recomendações de projeto que caracterizem a deformabilidade e a resistência da junta, visando um melhor aproveitamento da capacidade resistente do sistema pré-moldado. Para o preenchimento da junta foram utilizados materiais comercialmente disponíveis e almofada de apoio de material flexível. Dando continuidade à linha de pesquisa do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, em particular ao estudo desenvolvido por SOARES (1998),
19 Capítulo 1 - Introdução 5 o presente trabalho destina-se ao estudo da deformabilidade de duas ligações vigapilar de concreto pré-moldado. A primeira, conforme ilustra a Figura 1.1, é executada sobre consolo com chumbadores, muito utilizada em galpões com sistema estrutural de pórticos para telhado com duas águas. A segunda ligação, apresentada na Figura 1.2, foi definida em conjunto com a empresa Premoldados Protendit, interessada em desenvolver um estudo em conjunto com a Escola de Engenharia de São Carlos EESC-USP. Essa ligação não é igual a que vem sendo executada na prática, mostrada na Figura 1.3. De acordo com os fabricantes, o tipo de ligação que vem sendo executada é considerado pelos projetistas como articulação, pois o pilar tem um comportamento de pilar isolado, sem transferir momento fletor (Figura 1.3). armadura de continuidade capa de concreto estrutural laje pré-moldada chumbador graute não-retrátil almofada de apoio vista superior capa de concreto pilar Figura Ligação viga-pilar nº2. Na ligação apresentada na Figura 1.2, a presença da armadura longitudinal, passando dentro e ao redor do pilar, e do concreto de preenchimento garante a transmissão de momento fletor, que deve ser quantificada através do
20 Capítulo 1 - Introdução 6 desenvolvimento do presente trabalho. Essa transferência de esforços, mesmo que parcial, é bastante importante pois permite reduções nas seções transversais dos pilares, que deixariam de se comportar como um único elemento engastado na base. Cabe ressaltar que para isso, ou seja, para a execução da ligação nº2 (apresentada na Figura 1.2) não são necessárias mudanças significativas no trabalho de campo e nem mesmo na fábrica. armadura da capa capa de concreto laje pré-moldada chumbador graute não-retrátil elastômero vista superior capa de concreto pilar Figura Ligação viga-pilar utilizada correntemente. O interesse no estudo desses dois tipos de ligação viga-pilar é justificado pela grande utilização das ligações nº1 e nº2 na Indústria de Estruturas de Concreto Prémoldado no Brasil. A primeira, em estruturas de galpões com telhado com duas águas cujo sistema construtivo tem sido disseminado enormemente, sobretudo entre os fabricantes que já produziam elementos leves, como elementos pré-fabricados para lajes de forro e piso. E a segunda em estruturas com mais de um pavimento, destinadas a construção de fábricas, indústrias e até edifícios comerciais. Conforme já adiantado, o estudo da ligação nº1 foi iniciado por SOARES (1998) que realizou um ensaio em um modelo da ligação. Porém, como pode ser observado nas sugestões para pesquisas futuras do trabalho de SOARES (1998), se faz necessária a
21 Capítulo 1 - Introdução 7 continuação da investigação científica para que se possa tornar o estudo desse tipo de ligação mais abrangente. 1.2 OBJETIVOS O objetivo principal do presente trabalho é avançar o conhecimento a respeito do comportamento de dois tipos de ligações entre elementos de concreto pré-moldado. Para isso estabeleceram-se os seguintes objetivos específicos: Contribuir para a sistematização dos conhecimentos teóricos existentes sobre a deformabilidade de ligações em estruturas de concreto pré-moldado; Aumentar a quantidade de dados disponíveis sobre o comportamento ao momento fletor, no que diz respeito à rigidez e à resistência, de duas ligações viga-pilar bastante utilizadas no Brasil, através da realização de ensaios sobre modelos físicos; Aplicar modelos numéricos, baseados no Método dos Elementos Finitos, para avaliar o comportamento das ligações estudadas e calibrá-los através dos resultados experimentais; Avaliar o comportamento dos mecanismos de deformação e resistência presentes nessas ligações e a sua influência no comportamento global da ligação; E por último, propor modelos analíticos para a determinação da relação momento fletor-rotação dessas ligações a fim de contribuir para a viabilização da análise das estruturas de concreto pré-moldado considerando a deformabilidade de suas ligações. 1.3 METODOLOGIA Para atingir os objetivos mencionados no item anterior foi utilizada a seguinte metodologia de trabalho: a) Definição das ligações viga-pilar a serem estudadas A determinação das ligações a serem estudadas foi feita com base numa pesquisa sobre as ligações utilizadas no Brasil. Essa pesquisa foi iniciada por SOARES (1998), através da qual se definiu a ligação nº1, e foi concluída no Doutorado. Durante a
22 Capítulo 1 - Introdução 8 realização desse levantamento foi estabelecido um contato com a empresa Premoldados Protendit, a partir do qual definiu-se a ligação nº2. b) Revisão bibliográfica Através da revisão bibliográfica foi realizado um levantamento dos conhecimentos teóricos e experimentais existentes na literatura técnica sobre a deformabilidade de ligações em estruturas de concreto pré-moldado. c) Simulações numéricas Protótipos das ligações em estudo foram modelados numericamente, através da utilização do programa ANSYS 5.5, que tem o Método dos Elementos Finitos como base para o seu sistema de análise. Com a realização das simulações foi avaliada a influência de diversos parâmetros no comportamento das ligações, a fim de auxiliar a definição do programa experimental. Posteriormente, esses modelos foram calibrados com base nos resultados experimentais. d) Ensaios físicos Foram realizados ensaios físicos em protótipos das ligações para a obtenção do comportamento real, explorando os parâmetros de influência mais significativos de acordo com a simulação numérica. Durante a execução dos ensaios foi observado o comportamento dos mecanismos básicos de deformação e resistência, assim como o comportamento global das ligações. e) Análise dos resultados Foram feitas análises dos resultados obtidos com os ensaios físicos, principalmente no que diz respeito aos mecanismos de deformação e resistência das ligações. Conhecidos esses mecanismos propôs-se modelos analíticos para a determinação da relação momento fletor-rotação e da resistênca das ligações estudadas. 1.4 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO O presente trabalho foi dividido em 7 capítulos, cujos conteúdos são resumidos a seguir:
23 Capítulo 1 - Introdução 9 No capítulo 1 é feita uma breve introdução ao tema da pesquisa desenvolvida, sendo apresentadas as duas ligações viga-pilar de concreto pré-moldado estudadas. Nesse capítulo também são listados os objetivos do presente trabalho e a metodologia utilizada para alcançá-los. No capítulo 2 apresenta-se a revisão bibliográfica realizada. Ambos a fundamentação teórica e os estudos encontrados na literatura (considerados pertinentes) são apresentados nesse capítulo. O capítulo 3 apresenta a definição do programa experimental, enquanto que, no capítulo 4 é apresentado o programa experimental propriamente dito, onde estão descritos as características dos modelos, os esquemas de ensaio, os materiais utilizados, a moldagem e montagem dos modelos, a instrumentação utilizada, os procedimentos de ensaio e os resultados obtidos. No capítulo 5 são apresentados os modelos analíticos propostos para a determinação das curvas momento fletor-rotação das ligações estudadas. No capítulo 6 é desenvolvida a análise dos resultados. Nesse capítulo também são apresentadas as simulações numéricas e as comparações entre os resultados experimentais e os teóricos, obtidos através dos modelos analíticos e das simulações numéricas. O capítulo 7 traz as considerações finais, as conclusões do trabalho e ainda algumas sugestões para pesquisas futuras envolvendo o tema abordado.
24 Capítulo 2 - Revisão Bibliográfica 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 DEFORMABILIDADE DAS LIGAÇÕES Conforme apresentado no capítulo 1, o presente trabalho refere-se ao estudo da deformabilidade de dois tipos de ligação viga-pilar utilizados na Indústria Brasileira de Estruturas de Concreto Pré-moldado. Ao longo do desenvolvimento do trabalho foi dada ênfase à avaliação da deformabilidade ao momento fletor de ambas as ligações estudadas, uma vez que esse é o esforço predominante nos respectivos sistemas estruturais Definição Segundo EL DEBS (2000), a deformabilidade de uma ligação é definida como o deslocamento relativo entre os elementos que compõem a ligação, causado por um esforço unitário atuante na direção desse deslocamento. Assim, a deformabilidade ao momento fletor da ligação entre uma viga e um pilar está associada à rotação da viga em relação à forma indeformada do nó, conforme mostrado na Figura 2.1. M M M φ ligação indeformável ligação deformável Figura Deformabilidade ao momento fletor em uma ligação viga-pilar [EL DEBS (2000)]. Com base na definição apresentada e na Figura 2.1, tem-se: D m φ = M K = M m (2.1) φ
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