Diabetes e Outros Distúrbios na Homeostasia dos Hidratos de Carbono

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1 Diabetes e Outros Distúrbios na Homeostasia dos Hidratos de Carbono Carlos Alberto Pereira Vaz Técnico Superior de Laboratório carlosvaz@laboratoriopioledo.pt

2 A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde. Quando não tratada adequadamente, causa doenças tais como enfarte do coração, AVC, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, entre outras complicações. Embora ainda não haja uma cura definitiva para a Diabetes, há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.

3 Glicose

4 Glicose A glicose no organismo deriva de: Da degradação dos hidratos de carbono provenientes da dieta ou das reservas presentes no organismo na forma de glicogénio Da síntese endógena a partir de proteínas ou do glicerol, fracção dos triglicerídeos.

5 Glicose A glicose é a aldohexose mais importante para a manutenção energética do organismo. Em condições normais, a glicose sanguínea (glicemia) é mantida em valores apropriados por meio de vários mecanismos homeostáticos

6 Glicose Após a ingestão de um alto teor em carbohidratos como se comportam os níveis de glicose? Remoção pelo fígado de 70% da glicose transportada via circulação porta (absorção); Parte dos 70% é oxidada e outra é convertida em glicogénio para ser utilizada como combustível durante o jejum; O excesso de glicose é parcialmente convertido em ácidos gordos e triglicerídeos incorporados nas VLDL e transportados para as reservas (tecido adiposo); Liberação de insulina pelas células β do pâncreas; Aumento da captação da glicose pelos tecidos periféricos; Inibição da libertação do glucagina; Outras hormonas (adrenalina, GH, glicocorticóides, T4) e enzimas, além de vários mecanismos de controle, também actuam na regulação da glicemia.

7 Glicose Durante um jejum de carbohidratos como se comportam os níveis de glicose? Degradação do glicogénio que se encontra no fígado (reserva); Síntese de glicose no fígado; Uma pequena quantidade de glicose é produzida nos rins a partir de glucose-6-fosfato

8 Regulação da Concentração de Glicose no Sangue Glicogénese conversão da glicose em glicogénio, a mais importante reserva de polissacarídeo no fígado e músculo. Glicogenólise degradação do glicogénio em glicose e outros produtos intermediários. Gluconeogénese formação de glicose a partir de outras fontes (não carbohiratos), tais como, aminoácidos, glicerol ou lactato.

9 Regulação da Concentração de Glicose no Sangue A manutenção dos valores de glicose no sangue, depende essencialmente: Da capacidade do pâncreas segregar insulina; Da capacidade da insulina levar a glicose até aos tecidos periféricos; Da capacidade da insulina suprimir a produção de glicose hepática;

10 Glicose Níveis em jejum entre 70 e 110 mg/dl. Após ingestão de uma refeição com um elevado teor de glicose, a glicose sanguínea normalmente não ultrapassa os 170 mg/dl.

11 Insulina Acção Hipoglicemiante Hormona com peso molecular de 5808 Da, consiste em duas cadeias (A e B) com 51 aminoácidos, ligadas por duas pontes dissulfeto. A insulina nos animais é semelhante imunológicamente e biológicamente. Promove o transporte de glucose para o interior das células Promove a síntese de proteínas e ácidos gordos Inibe a degradação de proteínas em aminoácidos do tecido adiposo em ácidos gordos

12 Glucagina Acção Hiperglicemiante Polipeptídeo com 29 aminoácidos, segregado pela células α pancreáticas. Estimula a produção de glicose no fígado pela glicogenólise e gluconeogénese.

13 GH Acção Hiperglicemiante Peptídeo segregado na pituitária anterior. Estimula a gluconeogénese, aumenta a lipólise e tem efeito antagonista da insulina

14 Epinefrina Acção Hiperglicemiante Uma catecolamina segregada na medula adrenal. Estimula a degradação do glicogénio. Promove a libertação de ácidos gordos do tecido adiposo. Estimula a secreção de glucagina e inibe a secreção da insulina

15 Cortisol Acção Hiperglicemiante Segregado no cortex adrenal em resposta a ACTH. Estimula a gluconeogénese e diminui a degradação de proteínas e gorduras.

16 T4 Acção Hiperglicemiante Segregada pela glândula da tiróide, não está directamente envolvida na homeostasia da glicose, mas estimula a glicogenólise. Aumenta a taxa de absorção de açucares ao nível intestinal.

17 Somatostatina Acção Hiperglicemiante Peptídeo com 14 aminoácidos encontrado no tracto gastrointestinal, no hipótalamo e nas células δ do pâncreas. Embora a somatostatina não tenha um efeito directo no metabolismo dos hidratos de carbono, esta inibe a libertação da GH. Adicionalmente a somatostatina inibe a libertação de insulina e de glucagina.

18 Diabetes Mellitus Grupo de doenças metabólicas, de etiologias múltiplas, caracterizado por hiperglicemia crónica com alteração do metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas, resultante de defeitos na secreção de insulina, na sua acção ou em ambos.

19 Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus Tipo I Insulino dependente Destruição autoimune da células β Diabetes Mellitus Tipo II Não insulino dependente Resistente a insulina/insuficiência de células β Diabetes Gestacional Intolerância a glucose

20

21 Diabetes Mellitus Diagnóstico Laboratorial

22 Glicose plasmática em jejum (sem ingestão calórica durante as últimas 8 horas) 126 mg/dl Concentração da glicose após 2 horas de carga a 200 mg/dl, utilizando uma carga oral com dose de 75 gr de glicose anidra dissolvida em agua.

23 Curva Tolerância à Glicose

24 Teste O Sullivan Uso de 50 gr de glicose Uso de 75 gr de glicose Doseamento 2 horas após Uso de 100 gr de glicose Doseamento de 1, 2 e 3 horas após

25 100 gr PTGO [glicose] 75 gr PTGO [glicose] mg/dl mmol/l mg/dl mmol/l Jejum hora hora hora

26

27 Diabetes Gestacional Rasteio às semanas em todas as grávidas. Teste O Sullivan Positivo = glicose 140 mg/dl, 1h após carga de 50g de glicose

28 Hemoglobina Glicosilada Os eritrócitos normais conté hemoglobina A (97% do total), HbA2 (2,5%) e HbF (0,5%) Foram detectadas sub-frações da hemoglobina A, identificadas como HbA1a, HbA1b e HbA1c As hemoglobinas glicosiladas são obtidas pela adição espontânea de glicose ao grupo amino livre das proteínas hemoglobínicas por reações não-enzimáticas O estudo destas hemoglobinas é realizado, principalmente, pela medida da sub-fração HbA1c em pacientes com diabetes mellitus

29 Frutosamina A glicose liga-se aos grupos amino das proteínas formando uma base, que após um rearranjo molecular transforma-se numa cetoamina estável denominada genericamente frutosamina. É análoga a hemoglobina glicosilada e com meia-vida de 2 a 3 semanas, o que a torna de grande utilidade na monitorização a curto prazo, particularmente em pacientes portadores de hemoglobinopatias, por não sofrer interferências de variantes das hemoglobinas.

30 Peptídeo C Estudo da hipoglicemia; Tumores Classificação da Diabetes Mellitus; Actividade das células β; Monitorização de terapia; Pancreactomia Transplantes

31 Bibliografia Arneson, W., Brickell, J. Clinical Chemistry A Laboratory Perspective. F. A. Davis Company 1st edition (2007) Burnett, D., Crocker, J. The Science of Laboratory Diagnosis. John Wiley & Sons Ldt, 2nd edition (2005) Burtis, Carl A. Tietz, Fundamentals of Clinical Chemistry. Saunders Elsevier, 6th edition (2008) Guyton, A. C. Textbook of Medical Physiology. Saunders Elsevier, 11th edition (2006) Henry, J. B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. Editora Manole Lda, 19ª edição (1999) Ravel, R. Laboratório Clínico: Aplicações Clínicas dos Dados Laboratoriais. Guanabara Koogan, 6ª edição (1997) Wallach, J. Interpretation of Diagnostic Tests. Lippincott Williams & Wilkins, 8th edition (2007)

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