COMUNICADO. ANEXO: As impugnações. Impugnação da PREGÃO Nº 15/2007. Senhores Licitantes,

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1 COMUNICADO Impugnação da PREGÃO Nº 15/2007 Senhores Licitantes, Comunicamos a quem possa interessar, que as empresas VOETUR CARGAS & ENCOMENDAS LTDA e ENCOMENDAS E TRANSPORTE DE CARGAS PONTUAL, apresentaram impugnação ao Edital do Pregão nº 15/2007, e que as mesmas encontram-se disponível nesta CPL. Brasília, 12 de abril de CLEUBER LOPES ALVES Pregoeiro ANEXO: As impugnações.

2 ILMO. SR. PREGOEIRO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO. PREGÃO N.º 15/2007 PROCESSO N.º / ENCOMENDAS E TRANSPORTES DE CARGAS PONTUAL LTDA., com sede no Aeroporto Internacional de Brasília, Terminal de Cargas, Hangar PONTUAL, Brasília/DF, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º / , neste ato representada pelo seu Sócio Diretor, Sr. Osvaldo Gonçalves de Oliveira, brasileiro, casado, portador da C.I. n.º SSP/DF e inscrito no CPF/MF sob n.º , vem, respeitosamente, nos Autos do Processo Licitatório Pregão em epígrafe, interpor IMPUGNAÇÃO AO EDITAL, conforme previsão do art. 12 do Decreto n.º 3.555/2000 e item 9.1 do Edital, pelos fatos e fundamentos de direito que passa a expor. O epigrafado Pregão tem por objeto: Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de remessa e

3 cargas de materiais: didáticos, de divulgação, eletrônicos, de informática, livros, banners, folders, catálogos, jornais, apostilas, fitas, provas, formulários e processos, que sejam necessários transportar com rapidez por via aérea, no sistema porta-a-porta, em âmbito nacional e internacional, para atender aos diversos Órgãos do Ministério da Educação, conforme condições e exigências estabelecidas no Termo de Referência Anexo I, deste Edital. DOCUMENTOS HABILITATÓRIOS De acordo com o art. 13 do Decreto n.º 3.555/2000, a Administração somente poderá exigir os documentos relativos à habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômicofinanceira, regularidade fiscal e o cumprimento do art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal. Não estabelece entretanto, quais documentos são aptos a fazer prova de cada um dos incisos. Para tanto, necessário buscar o contido na Lei n.º 8.666/93, a qual, em seu art. 28, V, assim dispõe: Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em:

4 V decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir. (grifou-se). Logo, tem-se que os documentos que provem que a empresa licitante possui autorização para funcionamento e para o exercício de suas atividades, quando a atividade assim o exigir, são essenciais à segurança da contratação, objetivo buscado pelo legislador. Nesse contexto se inserem dois documentos pertinentes ao ramo de atividade das Licitantes que devem acorrer a este certame e ao objeto do mesmo, não exigidos no Edital. São eles: Registro no IATA International Air Transport Association e Declaração de Idoneidade Creditícia. A IATA é uma associação representativa, pró-ativa e neutra do transporte aéreo internacional, tendo por missão representar e servir o setor de aviação, atendendo a empresas aéreas, agentes de viagem, de carga, passageiros, etc. A IATA é uma associação internacional, funcionando verdadeiramente como órgão regulador do transporte aéreo internacional. E não é só isso. É a IATA que possibilita a interligação das empresas aéreas do mundo todo, superando barreiras de linguagem, hábitos e políticos. 1 1 Baseado no Site Oficial da IATA, disponível em:

5 Em outros termos, pode-se dizer que é a IATA que operacionaliza o transporte aéreo internacional. Eis a importância, que se ressalta, vital, do registro da agência de carga na IATA. Importante observar que essa associação também funciona como órgão certificador, conferindo praticamente, título a quem a ela se filia, como prova de capacidade e possibilidade econômica, organizacional e de logística suficientes para atuar no transporte internacional segundo os padrões também internacionais. Assim, as empresas de transporte aéreo, ou as agências de carga aérea, que possuírem registro no IATA terão condições efetivas de bem cumprir o objeto do certame, em âmbito internacional. Ora, não basta entregar as cargas e encomendas e ser autorizada pela ANAC a fazê-lo. É preciso ter condições reais de superar quaisquer eventuais problemas ocorridos no exterior. Eis a importância desse Registro. Pode-se dizer, sem receio de exageros, que o registro na IATA equivale a uma credencial internacional, que permite acesso a informações, sistemas e procedimentos restritos do transporte aéreo internacional. E nunca é demais lembrar a importância da Eficiência e da Eficácia em Administração Pública. É bem verdade que objetiva-se no pregão o menor preço, sem sombra de dúvida. Entretanto, de nada valerá o menor preço se a carga ou encomenda não for entregue em tempo hábil, por conta, por

6 exemplo, de uma restrição alfandegária não resolvida a contento. Relativamente à regularidade creditícia, como é sabido, é da natureza dessa prestação de serviços, transporte de carga aérea, a necessidade de crédito estabelecido e seguro com as Companhias Aéreas. Se a futura contratada for uma agência de carga aérea, por sua natureza intrínseca, ela necessitará de crédito junto às Companhias para embarcar as cargas e encomendas e, dias após, efetuar os competentes pagamentos. Caso seja a agência/licitante desprovida desse crédito, clara está sua impossibilidade de cumprir o contrato, motivo pelo qual a exigência é não apenas válida, regular e legal mas, antes, indispensável à Licitação. Trata-se nada mais nada menos que aplicação do Princípio da Seleção da Proposta mais Vantajosa. Afinal, a maior valia reside não apenas e exclusivamente no menor preço, mas num grau de qualidade suficiente para atender as exigências administrativas. Aliás, também em razão da regularidade creditícia, as agências de carga aérea possuem autorização para emitir conhecimentos aéreos das próprias companhias aéreas, proporcionando, através dessa prática, aumento incomensurável na velocidade de atendimento ao cliente e, igualmente, com isso, sanando inúmeros problemas operacionais e logísticos. Não se trata, dessa maneira, de requisitos vãos, indiferentes ao resultado da contratação. Ao revés, tem-se

7 nessas exigências garantias efetivas de cumprimento do objeto editalício. Também não se está com esses documentos, restringindo o caráter competitivo do certame. Na verdade, apenas se cumpre, realmente, a vontade e a necessidade da Administração, que é ver o objeto cumprido integralmente. Assim, exigência tão importante quanto o registro no IATA é declaração de no mínimo 03 (três) companhias aéreas de que nada consta em seus registros que desabone a empresa declarada/licitante, eis que esta honra seus compromissos com presteza e zelo. Desconsiderar-se os argumentos supra sob o comando da ampliação da disputa, através do maior número de licitantes e propostas possíveis, com vistas a alcançar-se a proposta mais vantajosa, qual seja, a proposta de menor preço, precisa ser considerado com certa parcimônia. Comprar bem, contratar bem, pode não necessariamente ser sinônimo de comprar/contratar o mais barato. O mais barato, simplesmente, pode ser produto ou serviço de baixa qualidade, ou insatisfatório, insuficiente para realizar a vontade da Administração que, por sua vez, redunda no interesse público. Assim, tem-se por ideal o pleno atendimento do binômio custo/benefício. O melhor serviço, pelo menor preço. Eis a vontade do legislador e a necessidade de quem contrata. E o melhor serviço também precisa ser seguro, também precisa ter reais condições de efetivar-se durante a vigência contratual. Aliás, em excelente trabalho, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, através de seu Banco de Controle de Qualidade,

8 editou o Manual do Banco de Controle de Qualidade, de Joucenyr da Silva e Genarino da Rocha Carvalho, cuja íntegra pode ser obtida no site cujo objetivo é exatamente satisfazer o binômio custo/benefício: Entre os problemas, que não são poucos, enfrentados pela Administração pública do Brasil, a aquisição de materiais sem qualidade é o mais latente. Seja na área da educação, saúde, judiciário e etc., as compras têm sido uma dor de cabeça para o administrador. Comprar bem não significa comprar o mais barato, ou seja, pelo menor preço. Não foi esta a intenção do legislador ao estabelecer o critério do menor preço na lei 8666/93. O legislador, fazendo uma interpretação teleológica, tinha como meta o menor preço entre os produtos de mesma qualidade. Embora uma palavra subjetiva, a qualidade pode ser aferida sem que contrariemos os princípios da lei 8666/93 e os do direito administrativo. Em diversos pontos da lei a preocupação com a qualidade é ressaltada, o que nos leva a crer que: o critério do menor preço não deve ser compreendido literalmente. O art. 7º 5º chama a atenção para a indicação de marca e a qualidade do produto, nos casos onde não haja similaridade e seja tecnicamente justificável.

9 No art. 14 exige a adequada caracterização do objeto, na busca da qualidade do bem pretendido. O art. 15 7º, inciso I, contém a exigência da especificação completa do bem, visando não comprar o que simplesmente é ofertado pelo mercado, mas sim o que atende à especificação do órgão requisitante, com a qualidade pretendida. No inciso III, do dispositivo acima citado, também há uma demonstração clara da preocupação com a qualidade no armazenamento. O art. 43 3º possibilita diligência da comissão de licitação em razão de dúvida sobre a qualidade do produto apresentado. (entendemos que a amostra prévia evita a dúvida da qualidade no momento de adjudicação) Por derradeiro, o art. 73 detalha o recebimento, alertando para que a preocupação com a qualidade não se restrinja à aquisição, mas ocorra em todo o processo. Nesta breve apresentação, desejo que o administrador inicie uma nova forma de ver a lei. Ao invés de apontar as falhas, busque alternativa, fazendo uma leitura, com bons olhos, mais amistosa e sagaz da lei que rege as licitações e contratos públicos (Lei 8666/93). Muito embora o Manual cujo trecho se transcreveu acima refira-se a compras e não a serviços, como no caso desse

10 Pregão, tem-se perfilado o entendimento adotado para a expressão melhor proposta existente nas normas licitatórias, por um Tribunal de Justiça, órgão responsável, através de seus Desembargadores, por dizer o direito aplicável ao caso concreto. No mencionado Manual, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deixa claro, sem sombra de dúvida, que não se coaduna com seus interesses simplesmente comprar o produto mais barato. Satisfaz as necessidades desse Tribunal comprar produto de qualidade por baixo preço. DOS PEDIDOS Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos desse Procedimento Licitatório, Pregão n.º 15/2007, consta, tendo em vista o melhor direito, é a presente para requerer-se a ALTERAÇÕES NO EDITAL, com sua conseqüente republicação no prazo legal, para nova oportunidade de confecção de propostas e reunião de documentos, objetivando garantia do cumprimento do edital, para incluir entre os documentos para Habilitação, o registro no IATA - International Air Transport Association e Declarações de Idoneidade Creditícia de no mínimo 03 (três) companhias aéreas. Termos em que, P. Deferimento.

11 Brasília/DF, 11 de Abril de ENCOMENDAS E TRANSPORTES DE CARGAS PONTUAL LTDA.

12 Ao Ilmo.sr. Cleuber Lopes Alves Pregoeiro MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO Referência: Pregão Eletrônico N 15/2007 A Voetur Cargas & Encomendas Ltda, empresa estabelecida no Aeroporto Internacional de Brasília Terminal de Cargas Aéreas de Brasília, DF, inscrita sob o CNPJ nº / , como interessada no procedimento licitatório em epígrafe, vem, perante V. Sa., nos termos da Lei 8.666/93, quanto a documentação de habilitação. IMPUGNAÇÃO O preâmbulo do edital estipula que a documentação referente à habilitação e as propostas comerciais deverão ser entregues no dia 16 de abril de 2007, segunda-feira. A empresa Voetur Cargas e Encomendas Ltda. questiona a falta de mais itens para habilitação das empresas concorrentes a este certame. DECRETO Nº 5.450/2005 Art. 19. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao pregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital. O OBJETO DA LICITAÇÃO Contratação de Empresa especializada para a prestação de serviços de remessa de encomendas e cargas de materiais: didáticos, de divulgação, eletrônicos, de informática, livros, banners, folders, catálogos, jornais, apostilas, fitas, provas, formulários e processos, que sejam necessários transportar com rapidez por via aérea, no sistema porta-a-porta, em âmbito nacional e internacional, para atender aos diversos Órgãos do Ministério da Educação, conforme condições e exigências estabelecidas no Termo de Referência Anexo I, deste Edital.

13 A NECESSIDADE DE SEREM FEITAS NOVAS EXIGÊNCIAS PARA EFEITOS DE HABILITAÇÃO E JULGAMENTO. Públicos estabelece que O inciso IV do artigo 30 da Lei de Licitações e Contratos Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á: IV prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso. 1. IATA (INTERNATIONAL AIR TRANSPORT ASSOCIATION) Visto que após analise minuciosa no edital acima citado, verificamos a falta de exigência do registro junto ao IATA (INTERNATIONAL AIR TRANSPORT ASSOCIATION), saliento ainda que o certame em epigrafe é para a contratação de transportes aéreo nacional e Internacional. Tem sua obrigatoriedade em caso de contratação. Ocorre Senhor Pregoeiro, que a falta desta exigência frustra um dos princípios norteadores do certame, pois põem em pé de igualdade empresas irregulares com as que se apresentam de forma idônea ante a Administração além de apresentar uma grave ameaça a segurança da contratação. senão vejamos: O Regulamento do Pregão (art. 4º, único) veda expressamente tal prática, Art. 4º (...) Parágrafo único. As normas disciplinadoras da licitação serão sempre interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os interessados, desde

14 que não comprometam o interesse da Administração, a finalidade e a segurança da contratação. (grifamos) 2. DAS CARTAS DAS COMPANHIAS AÉREAS Estranhamente não consta do Edital uma exigência que se mostra essencial. Refere-se a Cartas das companhias aéreas, comprovando que a licitante possui idoneidade creditícia com suas obrigações contratuais e financeiras perante as mesmas. 3. DO SEGURO é obrigatório a contratação de apólice de seguro pela contratada contra os seguintes sinistros: roubo/furto/avaria do material transportado. Não estão cobertos documentos, dinheiro em espécie, jóias, animais, plantas, armas de fogo e munição para arma de fogo. O valor máximo segurado deve ser idêntico ao valor informado na ORDEM DE SERVIÇO. Tal seguro deverá ser do tipo RCTR-C (seguro para transporte rodoviário), RCTA-C (seguro para transporte aéreo) e RFC-DC (seguro contra roubos e furtos). A apólice de seguro feita pela CONTRATADA deverá ser entregue no ato de assinatura do contrato. Cara Senhor Julgador, a falta desta observância não pode prosperar, eis que não se coaduna com o objeto licitado, sendo, portanto, VEDADA pelo Regulamento do Pregão e pela Lei nº 8.666/93 (aplicada subsidiariamente ao caso), pois fere a igualdade entre as proponentes do certame.

15 Esta afirmação encontra base legal no entendimento da própria Administração. Pois a exigência de tal documento deixou de depender da discricionariedade do agente publico e sim passou a ser vinculado aos termos da legislação supra citada. Ocorre Senhor Julgador que é visível à necessidade da Administração em requer tais documentos aos participantes e visto que estas exigências não são elementos frustradores do caráter competitivo deste certame e sim um instrumento que assegura ao Estado a contratação de uma empresa documentalmente correta e que atende a todos os ditames da legislação pertinente ao seu ramo de atividade. Ademais a prosperar a não exigência de tais documentos ferirá um dos princípios norteadores da licitação. Senão vejamos o exposto no Art. 3º da Lei 8.666/93 aplicada ao caso Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Pois partindo do princípio da igualdade entre os licitantes, não incluindo tais solicitações no ato da apresentação dos documentos de Habilitação, a Administração estará beneficiando empresas não autorizada a exercerem os serviços licitados, desigualem os iguais ou igualam os desiguais, favorecendo a uns e desfavorecendo a outros.

16 O PEDIDO À vista do exposto, requer seja o Edital objeto da presente retificado, nos termos acima aduzidos. Nesses Termos, Pede Deferimento. Brasília-DF, 11 de abril de VOETUR CARGAS E ENCOMENDAS. FONE: FAX: licitacao@voeturcargas.com.br