CONTRIBUIÇÕES DO PIBID- GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE- CAMPUS CEDETEG, PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR

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1 CONTRIBUIÇÕES DO PIBID- GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE- CAMPUS CEDETEG, PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR Kelly Regina Stori Acadêmica do curso de Geografia Licenciatura da Universidade Estadual do Centro- Oeste UNICENTRO. Bolsista do PIBID- Geografia- CAPES. kelly_rs1@hotmail.com Fábio Dinilson Fontoura Acadêmico do curso de Geografia Bacharelado da Universidade Estadual do Centro- Oeste UNICENTRO. fabiodfontoura@hotmail.com Resumo: O presente trabalho tem por objetivos abordar as contribuições que o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência PIBID permite aos seus participantes. A abordagem dessas contribuições foi possível através de experiências adquiridas ao longo do programa, sendo verificados os diários de memórias onde ficavam registradas as ações ocorridas tanto em reuniões como nas atividades realizadas. Palavras-chave: PIBID, formação, professores Introdução O presente trabalho objetiva apresentar as contribuições que o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência, PIBID, do curso de Geografia da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, particularmente, do campus CEDETEG, Guarapuava PR traz aos ses participantes. Desta maneira busca-se expor algumas atividades realizadas envolvendo os participantes do projeto,disciplinar, Interação universidade e educação básica: diálogos e ações colaborativas no ensino Geografia, no período de 2012 e Dentre os objetivos do mesmo destaca-se: a) Aproximar universidade da educação básica; b)contribuir com a formação do estudante de licenciatura, no sentido de inseri-lo no universo escolar de forma mais permanente; c)produzir conhecimento sobre a escola, a Geografia Escolar e metodologias de ensino, de forma a contribuir também com o professor em exercício na escola; d) proporcionar

2 experiências interdisciplinares de trabalho entre demais áreas do conhecimento; e) elaborar materiais pedagógicos voltados para a educação ambiental, dentre outros; Nesse período o projeto foi desenvolvido nas escolas públicas da educação básica: Colégio Estadual Vereador Heitor Rocha Kramer, Colégio Estadual do Campo Profa. Maria de Jesus Pacheco Guimarães. Metodologia: Materiais e Métodos Este trabalho resulta do acompanhamento das discussões e reflexões acerca das experiências com o PIBID-Geografia. Sendo primeiramente realizado a analise do projeto submetido e aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior, CAPES; o diário de memórias das discussões realizadas pelo grupo de acadêmicos, supervisores e coordenadores das reuniões de grupo, atividades realizadas nas escolas e materiais produzidos e livros que abordam a formação de professores. O mesmo é resultante de uma pesquisa qualitativa, com análise documental e pesquisa participante (BRANDÃO, 1984). PIBID e a formação de professores O PIBID foi constituído como uma política pública através do decreto 7.219/2010. Sendo uma iniciativa da CAPES que visa o aperfeiçoamento e a valorização de professores da educação básica. Através do programa os acadêmicos são inseridos em escolas publicas, onde desenvolvem atividades didático-pedagógicas, sendo que estes são orientados por um docente de licenciatura e um professor da escola. Por meio do PIBID são concedidas bolsas aos alunos de licenciatura, participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvida por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede de ensino, e aos professores, supervisores dos acadêmicos na escola.

3 De acordo com a CAPES o PIBID objetiva: Incentivar os docentes de nível superior para a educação básica, contribuindo assim para a formação do magistério; elevar a qualidade da formação inicial dos professores; inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionandolhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem;incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como coformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério; e contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. (BRASIL, 2010, p.03) Partindo-se da premissa de que ser professor, antes de mais nada é uma profissão, e esta é constantemente moldada e aperfeiçoada no próprio campo de atuação desse profissional, como também nos demais espaços que fazem parte do seu cotidiano, o professor na sua conjuntura, ao ser formado ele também forma, a educação bem como a formação desses profissionais precisa ser entendida e pensada no sentido de que o sujeito não seja apenas um receptor de informações, que como Freire (1996) discorre, o conhecimento não deve ser transmitido de forma bancaria, é necessário no entanto, que haja acima de tudo, uma interação entre os sujeitos envolvidos nesse processo, sobretudo a criticidade e a reflexão são instrumentos fundamentais para tal. Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe e que são a mim transferidos [...] é preciso que pelo contrário, desde o começo do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se ao ser formado. É nesse sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é a ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discencia. [...] Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender( FREIRE, 1996).

4 Essa perspectiva que se concretiza ao se adotar as experiências vividas e adquiridas ao longo do tempo, como componentes que propiciam o verdadeiro significado do ensino-aprendizagem. por meio da vivencia e experiências trocadas com outros sujeitos envolvidos no meio educacional, torna possível a construção de novas metodologias e nova postura no enfrentamento das adversidades que perpassam o meio escolar. O PIBID nesse contexto, busca promover trabalhos e metodologias inovadoras que irão colaborar tanto com o professor da escola como na formação do licenciado. Funcionamento do PIBID-Geografia Unicentro- Campus CEDETEG No projeto do PIBID ocorrido entre 2012 e 2013, ocorreram várias ações, na Universidade e na Escola. Sendo estabelecido primeiramente um cronograma para organizar essas atividades e a sua execução, sendo ainda que o projeto atendeu as demandas surgidas ao longo do encaminhamento do mesmo. Dentre essas ações pode-se destacar: na Universidade ocorreram reuniões periódicas semanais, nas quais foram discutidos textos para auxilio nas reflexões pertinentes ao programa, e ao processo de ensino-aprendizagem, tendo como foco o ensino de geografia, formação de professores, temas, conceitos e conteúdos específicos da área. Além disso, nestas reuniões foram elaborados vários artigos referentes à Geografia, que foram publicados nos mais variados eventos envolvendo o assunto, onde os integrantes do PIBID fizeram viagens para apresentação desses trabalhos. Como forma de organizar todo o trabalho desenvolvido no projeto, durante os encontros eram abordados assuntos relevantes às questões operacionais e de planejamento das atividades que, posteriormente, seriam realizadas nas escolas onde os acadêmicos bolsistas estavam inseridos. Ao ocorrerem esses espaços de diálogos, onde as discussões referentes a educação e a geografia em si eram realizadas coletivamente, envolvendo os docentes da Universidade (coordenadores), os professores das escolas participantes( supervisores) e os acadêmicos (bolsistas) buscava-se aparatos reflexivos para se pensar o ensino, e também como o PIBID estaria contribuindo de fato no processo de formação dos bolsistas engajados no projeto.

5 Na escola, ocorria a realização de observações, tanto da pratica e exercício da docência, como da escola em seu conjunto (funcionamento, embates, desafios, etc), através de um estudo dirigido, investigativo e sistematizado do PDT de cada escola envolvida, bem como dos PCNs de geografia, foi possível conhecer a realidade na qual a escola estava envolvida e como o ensino-aprendizagem é pensado. Através dessas observações realizadas semanalmente, os acadêmicos divididos em duplas preparavam aulas e materiais pedagógicos que eram utilizados sob a observação e coordenação do professor, além dessas serem primeiramente discutidas e reelaboradas nas reuniões de equipe, na Universidade. Concomitante a estas ações ocorreram também atividades de cunho cultural na Semana de Consciência Negra realizada no Colégio Estadual Vereador Heitor da Rocha Kramer, onde os acadêmicos bolsistas juntamente com os professores auxiliaram os alunos no preparo de materiais que retratassem este cenário da história do povo afrodescendente. Em ambos os Colégios foi realizado um questionário, que foi aplicado pelos acadêmicos do PIBID nos entorno de cada Colégio, esse questionario de cunho socioeconomico e ambiental serviu para melhor conhecer a realidade onde o Colégio estava inserido, pois o publico que esses colégios atendiam estava concentrado nessas áreas. Resultados e Discussões Algumas contribuições do PIBID verificadas até o momento para a formação dos acadêmicos destaca-se: Integração dos diferentes agentes do meio de ensino, professores universitários, professores da rede básica de ensino e acadêmicos em formação, permitindo assim trocas de experiências. Integração universidade-escola. Há uma contribuição mútua nesta integração pela retroalimentação na formação de professores. Enquanto, o professor coordenador, da Universidade, por meio da aproximação com a escola, conhece mais o espaço de trabalho do futuro docente sob sua responsabilidade e, com isso, pode melhorar sua

6 prática na formação inicial do licenciando, o professor supervisor, ao se aproximar da Universidade se atualiza em debates, temas, metodologias que nesta, são objetos de pesquisa e ensino. A produção de conhecimento tanto dos acadêmicos, como dos demais envolvidos no processo, onde podem ser elaboradas ou reelaboradas práticas pedagógicas próprias. Conclusões O presente texto buscou apresentar algumas das contribuições e abordagens possibilitadas pelo PIBID, na qual torna-se expressa a importância do mesmo na formação dos acadêmicos de Geografia, devido as possibilidades de vivencia tanto da pratica pedagógica, como do conjunto de elementos que envolvem o processo de ensino-aprendizagem. Referências BRANDÃO, C. R. Repensando a Pesquisa Participante. São Paulo: Brasiliense, BRASIL. Decreto n de 24 de junho de Diário Oficial da República Federativa do Brasil, poder legislativo, Brasília, 25 de junho de 2010.p.04.Disponível:< D_ pdf>. Acesso em: 10 jul 2014 FREIRE, Paulo; Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa/.são Paulo: Paz e Terra, SAVIANI, Dermeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação. Campinas, V. 14, 2009.