Anatomia e Fisiologia do apêndice cecal
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- Laura Martins Bandeira
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1 APENDICITE AGUDA
2 Histórico Descrita pela primeira vez por Lorenz Heister em Em 1827, Melin publicou artigo sobre inflamação aguda do apêndice, recomendado sua retirada cirúrgica.
3 Anatomia e Fisiologia do apêndice cecal O apêndice cecal situa-se normalmente na fossa ilíaca direita, podendo variar de posição durante a fase embriológica, de acordo com a rotação intestinal sobre a artéria mesentérica superior. O comprimento do apêndice cecal varia entre 3 e 20 cm sendo em média de 10 cm. Sua base de implantação se dá na junção da tênias do ceco. As artérias nutridoras do apêndice cecal são ramos da artéria ileoceco-apendicocólica, que, por sua vez é um ramo da artéria mesentérica superior.
4 Etiologia Fator Obstrutivo: É o principal responsável pela patogênese da apendicite aguda. Elementos responsáveis - fecalitos, cálculos, vermes, corpos estranhos, sementes ou hiperplasia linfóide reativa. Fator não obstrutivo: Infecção é a responsável pela gênese da apendicite.
5 Fases Evolutivas da Apendicite Fase inicial ou catarral: Serosa congesta, rugosa e apêndice endurecido. Fase supurativa(flegmonosa): Serosa muito espessada e com exudato fibrino purulento. Fase necrótica (Gangrenosa): Serosa com pontos de necrosa focal ou difusa de cor verde escura.
6 Manifestações Clínicas Dor abdominal Vômitos Anorexia Alteração do hábito intestinal Febre moderada ( 38,5ºC)
7 Exame Físico Temperatura axilo retal com diferença acima de 1ºC Sinal de Blumberg Sinal de Rovsing Sinal do músculo psoas Sinal do obturador Peristaltismo abolido ou diminuido Toque retal Toque vaginal
8 Exames Laboratoriais Hemograma Exame de urina Proteína C reativa
9 Exames de Imagem Raios X simples de abdome Principais sinais radiológicos encontrados Fecalito Nível líquido Desaparecimento da imagem da gordura préperitoneal Escoliose destro-côncava Ausência da sombra do músculo psoas à direita pneumoperitônio junto ao ceco. Ultrasom de abdome TC de abdome
10 Diagnóstico Diferencial Gastroenterocolite Linfadenite mesentérica Doença inflamatória pélvica Ruptura do folículo ovariano Litíase ou infecção de vias urinárias Cisto de ovário torcido Gravidez tubária rota Diverticulite de Meckel e cecal Ileíte aguda de Crohn Úlcera péptica perfurada
11 Complicações Peritonite generalizada Abscessos Obstrução intestinal
12 Tratamento Cirúrgico: Apendicectomia Vias de acesso: Incisão de MacBurney Incisão de Rockey-Davis Incisões verticais Via Laparoscópica
13 Complicações pós operatórias Infecção da ferida cirúrgica Abscesso intracavitário Obstrução intestinal por brida Fístulas enterocutâneas
14 DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON
15 Definição São formações saculares que podem ser encontradas em todo o tubo digestivo, localizando-se entretanto com maior freqüência ao longo do cólon.
16 Classificação: Congênitos (verdadeiros): Pois apresentam as 3 camadas do cólon (mucosa muscular e serosa) Adquiridos ou pseudodivertículos: São hérnias da mucosa através da camada muscular
17 Doença Diverticular Divertículos verdadeiros Divertículos falsos: Doença diverticular hipotônica Doença diverticular hipertônica
18 Etiopatogenia A doença diverticular não tem origem esclarecida, presume-se que ela seja adquirida por atividade colônica anormal ou por modificação da dieta alimentar. No indivíduo idoso a doença diverticular é decorrente de processo degenerativo crônico, ateriosclerótico, ocorrendo difusamente em todo o cólon. No indivíduo jovem decorre de fatores neuropsicogênicos e higienodietéticos, acometendo quase que exclusivamente o sigmóide.
19 Quadro Clínico Doença diverticular não complicada Dor discreta em hipogástrio e fossa ilíaca esquerda Distensão abdominal Flatulência Alteração discreta dos hábitos intestinais Doença diverticular com processo infeccioso Dor abdominal em fossa ilíaca esquerda Alteração do hábito intestinal Febre Suboclusão intestinal Náuseas e vômitos Disúria e pneumatúria
20 Diagnóstico Exame físico Exame proctológico Toque retal Retossigmoidoscopia Clister opaco Rx simples de abdome Arteriografia seletiva Colonoscopia TC de abdome Ultrasom de abdome
21 Doença Diverticular do Cólon
22 Diagnóstico Diferencial CA de cólon Apendicite aguda Doença inflamatória do cólon Endometriose Cólica uretral esquerda
23 Complicações Hemorragia Infecção (abscessos) Perfuração Fístulas Obstrução intestinal
24 Tratamento Doença não complicada Dieta rica em resíduo Tratamento da obstipação intestinal Redução de peso, nos obesos Doença diverticular sintomática Dieta rica em resíduo Tratamento da obstipação intestinal Antiespasmódicos Diverticulite Aguda Repouso no leito Dieta sem resíduos Antibióticos
25 Indicações Cirúrgicas Relativas: Jovens Falha no tratamento clínico Hemorragia reincidente Absolutas: Perfurações livres ou bloqueadas Obstrução aguda ou crônica Fístulas Infecções urinárias frequentes Associação com câncer
26 Cirurgias mais indicadas Ressecção com anastomose primária Doença diverticular não complicada Perfurações localizadas Fístulas internas ou externas Obstrução crônica Hemorragias agudas Ressecção e anastomose primária com colostomia de proteção Abdome agudo perfurado com peritonite localizada Hemorragias graves com divertículos em todo o cólon, onde o paciente foi submetido a colectomia total Colostomia sem ressecção e drenagem Processo inflamatório extenso grave Grandes abscessos Perfurações em que o estado geral do paciente seja ruim Obstrução intestinal aguda Cirurgia de Hartman Ressecção com colostomia e fístula cutânea
27 PERITONITES
28 Definição Processo inflamatório do peritônio
29 Classificação Quanto à evolução: Aguda Crônica Quanto à origem: Bacteriana Não bacteriana Quanto à patogenia: Primária Secundária Quanto à extensão do comprometimento Difusa Localizada
30 Peritonite primária Processo infeccioso raro onde apenas uma bactéria está envolvida. Sendo as mais frequentes: estreptococos e pneumococos. Geralmente tem foco infeccioso distante A via hematogênica é a responsável por sua patogênese. A via de contaminação ascendente pode ocorrer no sexo feminino.
31 Quadro Clínico Dor abdominal Febre alta Calafrios Vômitos Diarréias
32 Exame Físico Aparente queda do estado geral Abdome distendido e difusamente doloroso Peristalse diminuída
33 Diagnóstico Laboratorial Leucocitose com desvio para esquerda Cultura positiva para pneumococos ou estreptococos
34 Tratamento Clínico com antibióticos
35 Peritonite Secundária Decorrem de: Penetração direta de bactérias do ambiente através de feridas traumáticas ou cirúrgicas. Processos infecciosos na parede de órgãos intra-abdominais
36 Fisiopatologia Elementos importantes: Formação de aderências Sequestro de líquidos Choque Falência de múltiplos órgãos
37 Quadro Clínico Sintomatologia Dor abdominal Vômitos Parada de eliminação de gases e fezes Exame Físico Palidez cutâneo mucosa Batimento de asa de nariz Taquicardia Febre Respiração superficial Desconforto respiratório Icterícia Choque Exame do Abdome Aumento da tensão da musculatura abdominal Dor à palpação e descompressão brusca Peristaltismo abolido Toque retal ou vaginal
38 Exames Complementares Exames Laboratoriais Leucocitocitose com desvio para esquerda Exames Radiológicos (Rx simples de abdome) Pneumoperitonio Sinais de líquido fora de alças Níveis hidroaéreos em alças intestinais Opacidades localizadas Cúpulas frênicas elevadas
39 Peritonite
40 Diagnóstico Diferencial Pleurites e pneumonias Obstrução intestinal Úlcera peptica Infarto agudo do miocárdio Intoxicação por chumbo Porfiria Febre familiar do mediterrâneo
41 Tratamento Objetivos: Tratamento da dor e do choque Combate à infecção Combate ao íleo paralítico Correção do desequilíbrio metabólico e nutritivo Remoção das causas que desencadeiam a peritonite tratamento das complicações
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