Final de vida. VI Seminário do Conselho Jurisdicional. Número 20 Janeiro ISSN

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1 Número 20 Janeiro 2006 Número 20 Janeiro ISSN Final de vida VI Seminário do Conselho Jurisdicional

2 Conselho Jurisdicional "CUIDADOS SEGUROS" 2.º CICLO DE DEBATES Na sequência da actividade desenvolvida em 2005, de debate nas regiões,, o Conselho Jurisdicional entende levar a cabo o 2.º CICLO DE DEBATES, que decorrerá em Fevereiro e Março de Está subordinado ao tema "Cuidados seguros", centrando-se numa problemática actual e relevante, no âmbito ético-deontológico. Braga 11 de Março de 2006 (9h 30m - 12h 30m) Auditório do Hospital de São Marcos Secção Regional do Norte fax: / srnorte@ordemenfermeiros.pt Coimbra 18 de Março de 2006 (9h 30m - 12h 30m) Auditório do Centro de Congressos dos H.U.C. Secção Regional do Centro fax: / srcentro@ordemenfermeiros.pt Ponta Delgada 29 de Março de 2006 (9h 30m - 12h 30m) Auditório da Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada Secção Regional da R. A. Açores fax: / sracores@ordemenfermeiros.pt São agendados cinco debates, um em cada Região, e pretende-se reflectir em conjunto sobre os aspectos da prática de cuidados que se relacionam com a perspectiva ética da gestão do risco e os caminhos para cuidados antónio freitas i i n f o r m aç ão e c o n f i d e n c i a l i da d e I I Q u e s tõ e s é t i c a s da P r át i c a d e E n f e r m a g e m I I i Q u e s tõ e s é t i c a s da s r e l aç õ e s p ro f i s s i o n a i s I V d o d i r e i to ao c u i da d o V é t i c a d e E n f e r m a g e m Funchal 23 de Fevereiro de 2006 (14h 30M - 17H 30M) Auditório da Casa da Luz Secção Regional da R. A. Madeira fax: / srmadeira@ordemenfermeiros.pt Inscreva-se previamente seguros. Faro 24 de Março de 2006 (14H 30M - 17h 30M) Auditório Campus de Gabelas da Universidade de Faro Secção Regional do Sul fax: / srsul@ordemenfermeiros.pt por ou fax

3 Editorial Bastonária ARQUIVO OE Cara(o) Colega Mesmo estando ciente das dificuldades que envolvem o juízo em causa própria, considero que o Seminário de Ética, organizado anualmente pelo Conselho Jurisdicional, é já imprescindível, no panorama da enfermagem nacional. Muitos são os argumentos que sustentam esta minha convicção, mas, se mais não houvesse, bastaria a extraordinária adesão que sempre tem por parte dos enfermeiros para confirmar e privilegiar este espaço de reflexão e debate no plano nacional da Ordem. Inscreveram-se este ano mais de mil enfermeiros e muitos mais foram os que manifestaram interesse em nele participar. Embora lamente que muitos não tenham tido a oportunidade de assistir a tão relevantes comunicações e de partilhar experiências e dúvidas com os seus autores, bem como de lhes colocar questões ou solicitar opiniões, a Ordem não consegue ultrapassar as barreiras que os tempos e os espaços impõem. Mas é nosso dever proporcionar a todos os membros o acesso ao acervo documental do que todos partilharam. É, pois, com enorme satisfação que a Ordem dos Enfermeiros lhe disponibiliza, mais uma vez, através da Revista que hoje lhe chega e graças à amabilidade dos autores, os textos de todas as comunicações proferidas no VI Seminário de Ética sobre o Final de Vida. Recordo que, já em 2004, a Revista da Ordem dos Enfermeiros dedicou integralmente um número à divulgação das comunicações do V Seminário de Ética dedicado ao aprofundamento da Ética de Enfermagem. Gostaria de vos dizer que as inúmeras manifestações de agrado que recebemos e a elevada procura que este número continua a ter legitimam esta opção editorial, que é também um serviço prestado aos membros. O tema escolhido para o seminário deste ano final de vida é um tema de especial interesse para a maioria dos enfermeiros. Sendo sempre de difícil abordagem pela enorme carga emocional que, na maior parte das vezes, transporta ou desperta em cada indivíduo, os enfermeiros têm dedicado muito tempo ao estudo de assuntos e aspectos especialmente relevantes para melhor lidarem com pessoas em final de vida, nos contextos em que exercem a profissão. As escolhas do Conselho Jurisdicional, que cuidadosamente preparou esta actividade, revelam-nos perspectivas diferentes sobre realidades que julgamos conhecer bem. Ao longo das intervenções que foram feitas e dos textos que agora poderá ler, podem encontrar- se tratadas desde a problemática ético-legal às questões da morte ao longo do ciclo vital, isto é, nas diferentes etapas da nossa vida: a infância, a adolescência, a juventude, a idade adulta e a velhice. Mas também as questões mais abrangentes foram abordadas, como as relacionadas com o sentido da vida e o sofrimento humano, com o suicídio e com a eutanásia. São contributos de enfermeiros e de outros profissionais que se têm dedicado a aprofundar questões que nos inquietam a todos. É justo aqui manifestar o nosso agradecimento pela riqueza com que todos nos brindaram e que todos partilhámos.

4 Editorial Bastonária Ficha técnica Duas das comunicações apresentadas trouxeram-nos os resultados de estudos realizados. Um aborda alguns aspectos da forma como os enfermeiros vivenciam a morte, e o nosso colega holandês deu-nos conhecimento dos resultados de outro, numa comunicação que problematiza a questão da eutanásia no seu país. Os resultados de ambos falam por si. Sem querer fazer interpretações, não posso deixar de me inquietar com as consequências que uma tão grande exposição ao final da vida de quem cuidamos e uma tão grande proximidade naquele momento têm na vida profissional e pessoal dos enfermeiros. Durante o Seminário, foi afirmado: O enfermeiro é habitualmente considerado como alguém que a tudo resiste. É bem verdade que as suas vivências profissionais quotidianas o expõem a situações-limite que, muitas vezes, nem em cenários de guerra se encontram. São grandes os impactes emocionais e estes não são só causados por imagens de violência física... Com estas notas, gostaria de deixar aqui também expressa a minha certeza de que o tempo e o espaço de partilha que o Seminário proporcionou àqueles que puderam estar presentes, bem como aquilo que aqui fica escrito tornar-se-ão num importante instrumento de trabalho individual e colectivo, capaz de gerar outros tempos e espaços de partilha. Pertencerão estes aos nossos quereres e às nossas dificuldades, relacionados com o apoio prestado a cada pessoa de quem cuidamos e que é portadora de uma Vida em fase final. Precisamos de ser cada vez mais capazes de lidar com a realidade que recusamos dentro de nós, para podermos garantir, assumindo uma postura profissional, que vivenciamos com o outro a sua realidade. Este tempo de trabalho das nossas próprias vivências, na prática dos cuidados de enfermagem em final de vida, é um tempo de investimento na melhoria da qualidade dos cuidados que os enfermeiros devem oferecer aos cidadãos, porque lhes permitirá, estando melhor consigo próprios, assumir melhor a sua responsabilidade profissional. Façamos o caminho para que este seja um espaço de respeito pelas vontades e liberdades. Saudações amigas da vossa Bastonária Maria Augusta Sousa Propriedade: Ordem dos Enfermeiros Av. Almirante Gago Coutinho, Lisboa Tel.: / Fax: mail@ordemenfermeiros.pt Director: Maria Augusta Sousa Coordenador: António Manuel Conselho editorial: Amílcar Carvalho, Élvio Jesus, Graça Machado, Jacinto Oliveira, Sérgio Gomes, Margarida Filipe, Nelson Guerra, Teresa Chambel, Teresa Oliveira Marçal Colaboraram neste número: Aaldert Mellema, Abílio Oliveira, Armandina Antunes, Filipe Almeida, Lucília Nunes, Lurdes Martins, Manuela Amaral, M.ª Isabel Renaud Norberto Silva, Pedro Ferrari, Rogério Gonçalves, Rui Nunes, Sérgio Deodato e Susana Pacheco. Secretariado: Tânia Graça Av. Almirante Gago Coutinho, Lisboa Tel.: / Fax: revista@ordemenfermeiros.pt ISSN: Consultoria em Língua Portuguesa: Letrário Design Gráfico: Pedro Gonçalves Paginação, Pré-impressão, Impressão e Distribuição: DPI-G Design Produção Gráfica e Imagem, Estrada de Benfica n.º 304 A, Lisboa Periodicidade: Trimestral Tiragem: exemplares Distribuição gratuita aos membros da Ordem dos Enfermeiros Depósito legal n.º /00 Ordem dos Enfermeiros Sede: Av. Almirante Gago Coutinho, Lisboa Tel.: / Fax: mail@ordemenfermeiros.pt Secção Regional da R. A. dos Açores: R. Dr. Armando Narciso, Ponta Delgada Tel.: / Fax: sracores@ordemenfermeiros.pt Secção Regional do Centro: Av. Bissaya Barreto, 191, c/v Coimbra Tel.: / Fax: srcentro@ordemenfermeiros.pt Secção Regional da R. A. da Madeira: R. 31 de Janeiro, Funchal Tel.: / Fax: srmadeira@ordemenfermeiros.pt Secção Regional do Norte: R. Latino Coelho, Porto Tel.: / Fax: srnorte@ordemenfermeiros.pt Secção Regional do Sul: Rua Castilho, 59, 8.º Esq Lisboa Tel.: / Fax: srsul@ordemenfermeiros.pt

5 Sumário Sumário N.º 20 Janeiro 2006 ARQUIVO OE 04 Palavras de apresentação 06 Autonomia e morte 14 A morte no ciclo vital Morte em pediatria 16 Olhar inquieto. O jovem perante a morte 31 A morte no ciclo vital: perspectiva da enfermagem 35 A morte no ciclo vital Comentário de Rui Nunes 38 A morte no ciclo vital Comentário de Jacinto Oliveira 41 Cuidado no final de vida Dos deveres para com o doente terminal 46 A morte vista da Urgência 53 Final de Vida 57 Lidar com a morte na equipa de enfermagem ARQUIVO OE ARQUIVO OE ARQUIVO OE 62 O papel dos enfermeiros nas decisões de fim de vida 66 Cuidado no final de vida Comentário de Delfim Oliveira 70 Cuidado no final de vida Comentário de Lucília Nunes 71 Da finitude e fragilidade humana 78 VI Seminário CJ Final de vida. Conclusões

6 Palavras de apresentação Lucília Nunes Presidente do Conselho Jurisdicional ARQUIVO OE e pela importância que lhe é atribuída nas questões colocadas face a esta circunstância de prestação de cuidados. Foi, em 2005, coincidência feliz que decorresse na Semana Nacional de Cuidados Paliativos, a que nos associámos. A morte acontece ao longo do ciclo de vida, e abordámos diferentes perspectivas, em painel multidisciplinar designado A morte no ciclo vital, considerando a perspectiva pediátrica, do adolescente e jovem adulto e da intervenção de enfermagem. Em relação ao Cuidado no final de vida, foram debatidos os temas relacionados com os deveres para com o doente terminal, a morte vista da Urgência, os cuidados paliativos, a tríade enfermeiro-família-doente terminal, o lidar com a morte no seio da equipa de enfermagem e o papel dos enfermeiros nas decisões de fim de vida. Neste tema, destaca-se a participação de Aaldert Mellema, enfermeiro holandês, membro de uma organização nacional, a propósito da vivência da eutanásia entre os enfermeiros. Com periodicidade anual, o Seminário tem o propósito geral de responder a necessidades expressas ou a temas considerados pertinentes e relevantes para a prática profissional, procurando contribuir para o aprofundamento e para a divulgação do Código Deontológico do Enfermeiro. Neste VI Seminário (Porto, 11 de Outubro, 2005), o Conselho Jurisdicional pretendeu continuar a promover a reflexão ético-deontológica, numa temática relevante e ao encontro do definido no Artigo 87 do Código Deontológico do Enfermeiro, relativo aos deveres para com o doente terminal. Sendo certo que aos enfermeiros compete a prestação de cuidados ao longo do ciclo vital, decorre, também, o acompanhamento das pessoas, das famílias e dos conviventes significativos nos processos de morrer. Escolhemos, para este seminário, o tema Final de Vida pela pertinência, pela relevância As conferências inicial e final foram momentos de explicitação em relação à autonomia e morte e à fragilidade e finitude humana. As Conclusões sintetizam e reúnem os tópicos mais relevantes das actividades do dia. Como ocorreu com o seminário de 2004, entendeu-se relevante a publicação dos textos por forma a ampliar a partilha e a promover a continuação do debate e da reflexão; neste sentido, uma palavra de especial agradecimento aos prelectores e comentadores por esta (mais uma) colaboração. A exemplo de anos anteriores, o Seminário teve elevada adesão por parte dos colegas. Num balanço geral, contou com 972 participantes: 881 enfermeiros, 80 estudantes de Enfermagem e 11 profissionais de outras áreas. Destes, 163 fizeram avaliação escrita no questionário fornecido da análise dos questionários, verifica-se que a maioria possui

7 o título profissional de enfermeiro (83%), 9% são enfermeiros especialistas e 7% estudantes de Enfermagem. Relativamente à idade dos participantes, a maioria encontra-se na faixa etária dos anos (51%), 29% na faixa dos e 11% na dos anos. Quanto ao local de trabalho, verifica-se a predominância do hospital (66%), havendo 9% a trabalhar em centros de saúde e 7% em escolas superiores de saúde / enfermagem. A avaliação dos trabalhos foi globalmente muito positiva, pois a maioria considerou a metodologia, os conferencistas, os meios audiovisuais, o secretariado e o espaço físico adequados, com valores superiores a 90%. Das sugestões dadas, destacam-se a proposta de mais tempo para o debate e o cumprimento dos tempos das comunicações. Dos comentários, os mais referidos são, pela positiva, a participação do enfermeiro holandês e, pela negativa, o apoio precário da restauração (bar). Uma nota relevante, que o Conselho Jurisdicional se apraz em registar, relaciona-se com o preenchimento e com a entrega dos questionários de avaliação, onde, além de ajuizarem sobre o evento em si, os colegas foram generosos em sugestões e comentários, contributos preciosos para o desenvolvimento de um trabalho que procurará responder às necessidades, aos interesses e às expectativas. A todos, um bem-haja! Consideramos que este VI Seminário foi mais um passo no caminho por ora percorrido e, naturalmente, encontramos aspectos a melhorar e a promover, designadamente no que se reporta aos espaços de debate e à partilha de experiências vividas e de reflexões, em contextos de trabalho. Neste aspecto, esperamos que o Ciclo de Debates nas secções regionais, iniciado em 2005 e que nos propomos continuar em 2006, possa potencializar a partilha de experiências e a reflexão conjunta sobre os aspectos que mais preocupam na prática diária. O enquadramento ético e deontológico da profissão filia-se, em primeira instância, no desígnio de uma prestação de cuidados de enfermagem de qualidade que respeita os direitos das pessoas, bem como as responsabilidades próprias da profissão. Os caminhos a percorrer dependem de todos nós, do que soubermos, pudermos e formos capazes de realizar: a bem daqueles a quem prestamos cuidados, a bem da profissão, a bem de um agir reflectido de ser enfermeiro. oe ARQUIVO OE

8 Autonomia e morte Sérgio Deodato Vogal do Conselho Jurisdicional ARQUIVO OE A proposta para esta conferência inicial do VI Seminário de Ética é a de reflectirmos um pouco sobre a ligação ou, talvez mais, a confrontação entre o exercício da autonomia e a morte. Tentaremos olhar a morte à luz do exercício da autonomia individual, questionando-nos, nomeadamente, sobre um eventual direito a morrer. Pretendemos seguir este olhar na dupla perspectiva ética e jurídica, na convicção de que se relacionam com o agir do enfermeiro e concorrem para a deontologia profissional. Seguindo a ideia de Paulo Ferreira da Cunha, no seu livro O Tímpano das Virtudes, reflectiremos desta forma transdisciplinar, trazendo também a arte a esta conferência. Neste livro, o autor discute as relações entre a ética e o direito a partir da apreciação dos frescos pintados por Rafael (um pintor renascentista) numa sala do Vaticano: a Stanza della Segnatura (cujo nome deriva do facto de aí ter funcionado um tribunal eclesiástico Tribunal della Signatura Gratiae). O pintor chamou aos seus frescos a Filosofia, o Direito, a Teologia e a Poesia e pintou-os nas paredes e no tecto desta sala. A autonomia A autonomia da pessoa é hoje aceite (pelo menos no espaço sociopolítico e geográfico onde nos inserimos) como um princípio ético basilar. Notemos que o conceito actual de autonomia deve muito ao pensamento de Kant. Para este filósofo, só sendo autónoma a pessoa pode agir como ser moral, escolhendo e respeitando a lei moral. Contrapõe a autonomia à heteronomia, ou seja, a um agir de forma obediente sem reflexão crítica. O crescimento e o desenvolvimento pessoal devem conduzir à maturidade que permite o exercício desta autonomia 1. Ou seja numa primeira nota, ou numa primeira pincelada, diriamos que a autonomia resulta do processo de desenvolvimento pessoal e que nos permite, concretamente, o exercício da nossa cidadania. É à luz desta transdisciplinaridade que, para falar de autonomia e morte, vos convido a entrar na Stanza della Segnatura e sobre o seu interior lançar alguns olhares. É que estes frescos, pela sua beleza e pelo seu sentido, poderão ajudar-nos a reflectir sobre a morte, enquadrada no exercício dos direitos em resultado da autonomia individual, exactamente porque sugerem olhares diferentes para o tema em análise. Como corolário da autonomia individual de cada pessoa, ou na essência desta autonomia, encontra-se o autogoverno sobre si próprio, traduzido na liberdade de tomar decisões sobre si e sobre a sua vida. Contudo, segundo Michel Renaud, esta liberdade está longe de se limitar a ser pura possibilidade de escolha; a liberdade humana Para começar, olhemos o tecto da Stanza, onde está pintada a Justiça que, tal como a autonomia, constitui um princípio ético. 1 THOMPSON, Ian; E. MELIA, Kath M.; BOYD, Kenneth M Ética em Enfermagem. 4.ª ed. Loures: Lusociência, ISBN p. 184.

9 é a realização do espírito na humanidade do ser humano 2. Isto significa que, quando exercemos a nossa autonomia, não o fazemos para um fim qualquer, escolhendo o que nos apetece simplesmente, mas escolhemos com um fim humano. E, assim, existem, a priori, hipóteses de escolha que não são sequer equacionadas para tomar uma decisão. Lembrando o filme A Ilha, se tenho uma doença grave no fígado, não escolho retirar o fígado a outra pessoa para ficar curado. Não me realizaria como humano esta decisão. Na escolha para o meu tratamento, poderia considerar múltiplas hipóteses, mas nunca equacionaria esta. de si para o outro 5, o sentido para a vida. É este encontro com o outro que nos permite, através da relação estabelecida, perceber o sentido que fazemos para o outro e logo descobrir que a nossa vida faz sentido (só faz sentido) com o outro. Parece-nos, assim, que a reflexão sobre uma decisão que ponha fim à nossa vida terá sempre de incluir a dimensão do sentido da vida. Analisar um possível direito de dispor da vida (utilizando a eutanásia ou o suicídio assistido), sem equacionar esta dimensão, distorce a reflexão, limitando-a ao subjectivismo isolado aquilo que cada um poderá pensar livremente, mas não humanamente. Michel Renaud considera que o sentido filosoficamente mais rico da liberdade não é o da liberdade de escolha, mas o da liberdade enquanto realização de si mesmo 3. Estamos, assim, a enquadrar a autonomia e, concretamente, a exteriorização dela numa reflexão mais profunda, assente no sentido da vida. Na abordagem ética do tema da morte (como noutros, de resto), a autonomia individual deve ser discutida tendo como pano de fundo o sentido da vida. Isolar a liberdade de agir daquilo que fundamenta o próprio agir pode conduzir-nos a caminhos desviantes do objecto essencial da reflexão. A abordagem do eventual direito a morrer, enquanto titularidade individual para livremente decidir matar-se, não tendo em conta o sentido que damos à vida humana, pode levar-nos a conclusões que contemplem o exercício deste direito, com base numa liberdade sem fundamento verdadeiramente humano.... a autonomia individual deve ser discutida tendo como pano de fundo o sentido da vida. De outra perspectiva, diríamos, portanto, que o agir livremente no âmbito da autonomia individual consubstancia-se numa liberdade responsável. Os actos decididos livremente na consciência de cada um originam consequências para o próprio e para os outros, na medida das relações estabelecidas. Deste modo, o exercício da liberdade não ocorre de forma ilimitada, mas sim tendo em conta os limites impostos pela desumanidade das consequências que estes podem originar. É a este propósito que alguns autores falam em autarcia, definindo-a como a autonomia da pessoa enquanto cortada de todas as suas ligações com os outros 6. Se falamos de uma autonomia cujo exercício se desenvolve afastado da normal relação com os outros, sem ter em conta as consequências nos outros com os quais vivemos, então não será uma verdadeira autonomia. Vasco Magalhães 4 considera que o sentido da vida reside na própria pessoa. A pessoa que encontra na transcendência o ir Pelos actos que praticamos e, nomeadamente, pelos efeitos produzidos nos outros e em nós, temos de responder ou assumir 2 RENAUD, Michel A Dignidade Humana. Reflexão retrospectiva e prospectiva. «Cadernos de Bioética». Coimbra: Centro de Estudos de Bioética. 23 (Ago. 2000) RENAUD, Michel Liberdade e consenso. «Cadernos de Bioética». Coimbra: Centro de Estudos de Bioética. 36 (2004) MAGALHÃES, Vasco O sentido da vida. «Cadernos de Bioética». Coimbra: Centro de Estudos de Bioética. 30 (2002) MAGALHÃES, Vasco O sentido da vida. «Cadernos de Bioética». Coimbra: Centro de Estudos de Bioética. 30 (2002) RENAUD, Isabel Comentário. In: PRESIDÊNCIA do Conselho de Ministros Tempo de Vida e Tempo de Morte. Conselho de Ética para as Ciências da Vida. Lisboa, ISBN p. 61.

10 a responsabilidade pelo acto praticado. É este fundamento que preside aos diferentes tipos de responsabilidade que assumimos na vida em sociedade todos os dias. Aqui é próxima a passagem ao domínio jurídico, onde a responsabilidade se encontra dividida conforme o tipo de acção praticada e, sobretudo, tendo em conta o resultado que produziu. É assim que falamos em responsabilidade civil, penal ou disciplinar. Responsabilidade civil, se provocamos um dano em alguém; penal, se praticamos um crime; e disciplinar, se violamos um dever profissional. Se passarmos à deontologia, a liberdade responsável constitui uma dimensão essencial do agir ético. Por isto se entende que a liberdade responsável surja como um valor da prática ética, no respeito pela dignidade da pessoa cuidada e tendo em atenção o bem comum. Assim se encontra no nosso código deontológico 7 como valor universal a observar, no Artigo 78, n.º 2, alínea b. Mas, para além da dimensão heteronómica da liberdade responsável, interessa-nos igualmente a vertente pessoal das consequências dos actos que praticamos. Ou seja, discutir se a autonomia individual permite a tomada de decisões que, não tendo consequências (aparentes) para os outros, podem prejudicar ou terminar a vida. É neste âmbito que se inclui a reflexão sobre os actos que provoquem a morte, como o suicídio, o suicídio assistido ou a eutanásia. Ou seja, é nesta perspectiva da autonomia e da liberdade do agir que pretendemos reflectir sobre um eventual direito a morrer. O ambiente acolhedor da Stanza della Segnatura permitir-nos-á, com toda a certeza, reflectir com tranquilidade. Proponho um olhar para os frescos alusivos ao Direito, que Rafael pintou em ligação com as virtudes e com a justiça de forma destacada (hierarquizando justiça virtudes direito, pintando nesta ordem do tecto para as paredes, ou seja, de cima para baixo). Tentaremos reflectir a ligação entre a autonomia e o exercício dos direitos 7 CÓDIGO Deontológico do Enfermeiro. Incluso no Decreto-Lei n.º 104/98, de 21 de Abril. Artigo 78, n.º 2, alínea b. na tentativa de clarificar uma posição sobre a forma como a autonomia pode fundamentar um eventual direito de decidir sobre o fim da vida. Autonomia e direitos humanos A autonomia individual, sendo inerente à condição humana, manifesta-se ou exterioriza-se através dos direitos. Trata-se dos direitos inerentes à condição humana: os direitos humanos, consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem e em outras convenções internacionais, na Constituição e em diversas leis. A nossa deontologia profissional, exposta no Código Deontológico e em diversos pareceres emitidos pelo Conselho Jurisdicional, consagra como valor profissional o respeito pelos direitos humanos. De resto, seguindo o pensamento de Lucília Nunes 8, os deveres do enfermeiro previstos no Código têm correlação com os direitos consagrados aos cidadãos nossos clientes, na medida em que a cada dever corresponde um ou mais direitos das pessoas cuidadas. O enfermeiro assume deveres para proteger e salvaguardar os direitos do cidadão a quem presta cuidados. Como pano de fundo, ou como fundamento ético, o Artigo 78 do Código Deontológico prevê, no seu n.º 3, alínea b, o respeito pelos direitos humanos na relação com os clientes como um princípio orientador da actividade dos enfermeiros. E, nos artigos 81, 82 e 83, prevêem-se, em concreto, os direitos que o enfermeiro deve proteger no seu exercício profissional: como o direito à vida, os direitos da pessoa idosa, os direitos da criança, entre outros. Da mesma maneira, quando reflectimos sobre a ética de enfermagem (como o fizemos no seminário do ano passado), inclui-se, naturalmente, a dimensão do respeito pelos direitos humanos, nomeadamente como um valor em relação à Pessoa assistida 9. 8 NUNES, Lucília Equacionando direitos humanos e necessidades em cuidados. «Revista da Ordem dos Enfermeiros». 4 (Nov. 2001) NUNES, Lucília A especificidade da Enfermagem. In: NEVES, Maria do Céu Patrão; PACHECO, Susana Para uma Ética de Enfermagem. Desafios. COIMBRA: Gráfica de Coimbra, ISBN pp

11 De todos, o direito à vida assume um especial destaque por ser a vida humana que permite o exercício dos outros direitos. Só faz sentido falar em direitos humanos ou direitos de personalidade como direitos ligados à vida 10, cuja titularidade e cujo exercício dependem da vida. E o enfermeiro, de acordo com a alínea a, do Artigo 82 do Código Deontológico, assume o dever de defender a vida humana em todas as circunstâncias. É neste contexto, em que reflectimos sobre autonomia e direitos humanos, que talvez valha a pena levantar a seguinte questão: a liberdade de decidir sobre si como corolário da autonomia poderá, então, justificar a prática de actos que comprometam seriamente ou ponham fim à vida? Ou, de outro modo, encaramos como possível a existência de um direito a morrer? Dois caminhos poderemos seguir neste ponto da nossa reflexão: ou consideramos que a autonomia de cada um é absoluta, o que permite que o exercício da liberdade justifique o direito de decidir morrer; ou, de outra forma, encaramos a vida humana como valor supremo, o que exige respeito e protecção por todos, incluindo o próprio. E, perante estas possibilidades de escolha, assumimos, deliberadamente, uma posição. Começamos por discutir o conceito de direito a morrer no confronto com o de direito à vida. Olhando agora, na mesma sala onde nos encontramos, o fresco Tímpano das Virtudes, onde Rafael pintou as virtudes e encontrando-se na parede, acima do fresco do Direito ou das leis, poderemos entender, como Paulo Ferreira da Cunha, que as virtudes presidem às leis, o que significa que no exercício dos direitos pessoais que são atribuídos ou reconhecidos pelas leis, a mediação é feita pelas virtudes. Direito à vida versus direito a morrer O direito à vida é um direito de personalidade, portanto, inerente a cada um, pelo simples facto de se ser pessoa. Está consagrado no Artigo 3.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, no Artigo 24 da Constituição da República Portuguesa e com especial protecção no Código Penal. No nosso código deontológico, está salvaguardado no Artigo 82, como vimos. 10 Mesmo que alguns se dirijam à memória da pessoa depois de morta, só existem por que houve vida. Sendo um direito de personalidade, inclui um conjunto de características que lhe dão um estatuto próprio no mundo ARQUIVO OE

12 10 jurídico, com uma posição de superioridade face às outras categorias de direitos. Das diversas características dos direitos de personalidade, destacamos o carácter absoluto e a indisponibilidade. Sendo absolutos, impõem-se erga omnes, o que significa que são respeitados por todos. A indisponibilidade significa que não podem estar disponíveis no comércio jurídico, sendo também irrenunciáveis, ou seja, indisponíveis também para o próprio. 11 Sendo a vida um direito de personalidade, numa perspectiva jurídica, podemos considerá-la indisponível, inclusive para o próprio. Se é um direito que integra a própria personalidade e que suporta todos os outros direitos, não fará sentido pensar em liberdade de exercício, até porque não se trataria de liberdade, porque este é um conceito ligado à vida, que só existe nas pessoas vivas. Assim, sendo indisponível, não pode cada pessoa extinguir a sua titularidade. Há direitos dos quais podemos extinguir a respectiva titularidade: se eu oferecer a minha caneta, extingo o direito de propriedade que tenho sobre ela, sem qualquer problema jurídico, ético, moral ou disciplinar. Mas querer extinguir a titularidade do direito que tenho sobre a minha vida pensamos tratar-se de um domínio diferente. Nesta perspectiva, actos como o suicídio, o suicídio assistido ou a eutanásia, não configurando um agir ético, não poderão ser aceites pela ordem jurídica, nem pela nossa deontologia profissional, exactamente porque implicam dispor da vida, extinguindo a titularidade do direito à vida. É, de resto, o que se passa entre nós, no nosso ordenamento jurídico e deontológico. A eutanásia não está prevista na lei, pelo que qualquer acto que provoque a morte de outro é considerado homicídio, nos termos dos artigos 131 a 133 do Código Penal. No plano deontológico, no enunciado de posição de 2002, também a Ordem dos Enfermeiros recusa a eutanásia, considerando-a como uma posição extremada. O suicídio, não podendo, naturalmente, ser penalizado relativamente ao agente, está criminalizado para quem incita ou ajuda, nos termos do Artigo 135, e para quem o publicita, nos termos do Artigo 139 do Código Penal. Leva-nos, assim, a crer que a nossa ordem jurídica e a nossa deontologia protegem a vida humana, não através de cada ser humano em particular, mas protege-a em geral, como uma comunidade humana. De tal forma, que mesmo em consequência de um acto de vontade, como o suicídio, o nosso Direito condena-o, por via indirecta, relativamente a terceiros intervenientes. Ou seja, não consagra, no nosso entendimento, um direito a morrer. De outra perspectiva, podemos discutir se esta indisponibilidade terá ou não fundamento na propriedade da vida. É que, se aceitarmos a disponibilidade da vida e, como consequência, a prática de actos que lhe ponham fim, estamos a transformar a vida humana num bem negociável e a colocá-la ao nível dos direitos de propriedade. De resto, é este o raciocínio seguido por quem defende o direito a morrer: dispomos da nossa vida porque somos donos de nós (lembram-se que anteriormente tínhamos concluído que dispor da propriedade da caneta ou de qualquer outro bem do qual se é dono é juridicamente possível, normal). O Padre Feytor Pinto considera (a este respeito, e marcando uma posição católica) que a indisponibilidade da vida pelo próprio deriva do facto de não termos sobre ele propriedade, uma vez que ela é de uma humanidade em crescimento 12. Esta é a perspectiva da vida como um bem supremo, com valor que supera a vontade de cada um. É a sacralidade da vida entendida como fora do domínio da pessoa, porque atribuída por Deus. E, portanto, não sendo escolhido o início por cada um de nós, também não fará sentido que possamos decidir do seu fim. 11 ASCENSÃO, José de Oliveira Teoria Geral do Direito Civil. Vol. I. Lisboa: FDL, p PINTO, Feytor O direito de morrer: Perspectiva teológica e ética. In: ASSOCIAÇÃO dos Médicos Católicos Portugueses Da Vida à Morte. Coimbra: Gráfica de Coimbra, pp

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