Identificação do beneficiário final na prevenção dos crimes financeiros. Wolney José dos Anjos Setembro/2012
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- Rubens Teixeira Alcaide
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1 Identificação do beneficiário final na prevenção dos crimes financeiros Wolney José dos Anjos Setembro/2012 1
2 Agenda - Supervisão de PLD/CFT - Deficiências identificadas. - Beneficiário final - Conceito - Recomendação Internacional - Resultados preliminares de TH 2
3 SUPERVISÃO DE PLD/CFT Itens avaliados: Política Institucional Estrutura Organizacional Política Conheça Seu Cliente Procedimentos e ferramentas Treinamento Auditoria Política Conheça Seu Funcionário 3
4 SUPERVISÃO DE PLD/CFT TIPOS DE TRABALHOS: - Verificação Especial - IM-PLD - SRC - Análise Horizontal 4
5 Resumo das deficiências: DEFICIÊNCIAS IDENTIFICADAS Declaração de propósito: pouco acrescenta ao processo de análise e monitoramento de operações suspeitas. Monitoramento reforçado: não realizado para situações expressas na norma. - Estruturas inadequadas; - Terceirização, no país e no exterior, do monitoramento e análise das operações; 5
6 DEFICIÊNCIAS IDENTIFICADAS Testes cadastrais: Não aplicados a todos os clientes permanentes. Não levaram em conta o risco de LD/FT do cliente. Procedimentos rotineiros aplicados de maneira dispersa considerados inadequadamente como substitutos dos testes previstos. Não incluiram a verificação de informações de renda e de beneficiário final. 6
7 Testes cadastrais: DEFICIÊNCIAS IDENTIFICADAS - Nível de adequação não mensurado ou distorcido. - O resultado imediato não foi a atualização cadastral. - Testes sistêmicos de fácil execução não foram sequer considerados por muitos dos bancos. 7
8 DEFICIÊNCIAS IDENTIFICADAS Uso de listas internacionais no combate ao financiamento do terrorismo: Não realização de varredura da base de dados. Diferenças no grau de coincidência do nome do cliente com o de lista para análise de alerta. Não utilização da lista quando do início de relacionamento. 8
9 BENEFICIÁRIO FINAL Conforme definição do Gafi, o beneficiário final é o indivíduo que de fato possui ou controla um cliente ou em nome da qual uma transação está sendo conduzida. 9
10 BENEFICIÁRIO FINAL Alguns países, principalmente europeus, definem o beneficiário final como qualquer indivíduo que possui através de uma ou mais ações participação de, no mínimo 25%, do capital da empresa, podendo ser, portanto, um ou mais indivíduos. 10
11 BENEFICIÁRIO FINAL O percentual de 25% consta na Terceira Diretiva Européia sobre Lavagem de Dinheiro, a qual se encontra em processo de revisão em decorrência das alterações nas recomendações do GAFI (fev/2012). 11
12 BENEFICIÁRIO FINAL Resposta do setor privado ao Gafi por ocasião da proposta de alteração das 40 Recomendações: a dificuldade de se obter tal identificação; a possibilidade de se estabelecer um limite para definir o beneficiário final; o custo e o esforço para cumprimento das exigências de obtenção de informações cadastrais; 12
13 BENEFICIÁRIO FINAL Resposta do setor privado ao Gafi por ocasião da proposta de alteração das 40 Recomendações: - a possibilidade de se estabelecerem exceções à necessidade de identificação; - atuação do setor público no sentido de contribuir com medidas que facilitem a tarefa de identificação do beneficiário final. 13
14 BENEFICIÁRIO FINAL Resposta do Gafi ao setor privado: - O Gafi reconhece que nem sempre é possível identificar o beneficiário final. - Não sendo possível ou havendo dúvidas quanto ao BF e tendo falhando as tentativas de identificá-lo por outros meios que não a participação na empresa, a identificação poderia então recair sobre o indivíduo que ocupa cargo de alta direção. 14
15 BENEFICIÁRIO FINAL Resposta do Gafi ao setor privado: - Não concorda com a utilização de um percentual de participação como limite para identificação do BF. - Reconhece que em alguns casos sem citá-los pode se utilizar limites, mas que cabe a cada país determinar e justificar o limite que decida utilizar. 15
16 BENEFICIÁRIO FINAL Resposta do Gafi ao setor privado: - Entende que a identificação do BF é parte essencial do processo de identificação do cliente, para que se possa classificá-lo quanto ao risco de LD. - Reconhece, no entanto, a existência de situações de não obrigatoriedade de identificação quando há fortes evidências de baixo risco de LD/FT. 16
17 Legislação do BC: BENEFICIÁRIO FINAL - Conforme o parágrafo 2º do artigo 2º da Circular 3.461/09, dentre as obrigações de coleta e manutenção das informações cadastrais de clientes permanentes que são pessoa jurídica, está a de obtenção de informação sobre o beneficiário final. 17
18 Legislação do BC: BENEFICIÁRIO FINAL A identificação de BF é necessária para que a IF inicie ou dê prosseguimento a relação já existente com o cliente. No caso de não ser possível identificar o BF, a Circular 3.461/09 estabelece em seu artigo 10, Inciso IV, que as IF adotem procedimentos de especial atenção. 18
19 Legislação do BC: BENEFICIÁRIO FINAL Os procedimentos de especial atenção são: I - monitoramento reforçado; II - análise da necessidade das comunicações das operações ao COAF; III - avaliação da alta gerência quanto ao interesse no início ou manutenção do relacionamento com o cliente. 19
20 BENEFICIÁRIO FINAL Legislação do BC: Clientes permanentes cujos relacionamentos tenham sido iniciados antes da Circular 3.461/09: a atualização das informações cadastrais (BF incluída) deve ser efetuada em conformidade com os testes de verificação estabelecido no 5º do art. 2º. 20
21 BENEFICIÁRIO FINAL Legislação do BC: De acordo com o item 5 da Carta-Circular 3.430/10, as IF devem reunir informações que permitam conhecer a estrutura de propriedade e de controle, identificando a cadeia de controle societário até a(s) pessoa(s) natural(is) que detém(êm), em última instância, o controle sobre a pessoa jurídica cliente. 21
22 BENEFICIÁRIO FINAL Legislação do BC: A Circular 3.461/09 não estabelece percentual para a identificação do BF, mas estabelece como exceção de identificação BF, conforme 3º do artigo 2º, as companhias abertas ou entidade sem fins lucrativos, para as quais as informações cadastrais devem abranger as pessoas naturais autorizadas a representálas, bem como seus controladores, administradores e diretores. 22
23 Análise Hoizontal BENEFICIÁRIO FINAL Critérios de identificação do BF Informações requeridas Documentação suporte Dificuldades de identificação Situações de não identificação Clientes anteriores a Circular 3.461/09 Atualização cadastral Testes cadastrais Registro da informação Uso da informação no monitoramento 23
24 Identificação do BF: RESULTADOS PRELIMINARES - Sem percentual definido e sem levar em conta o risco de LD/FT. - Sem limite e identificação terceirizada. - 10% de participação societária. - BF = sócio majoritário. - BF = 25% de participação (cliente de médio ou baixo risco de LD); e 10% de participação, o cliente de alto risco. 24
25 Identificação do BF: RESULTADOS PRELIMINARES Considera-se BF o indivíduo detentor de, no mínimo, 20% de participação, sem levar o risco de LD em consideração. Considera-se BF o indivíduo detentor de 25% de participação. Caso o cliente sediado em país com restrições ou Uruguai = 10%. 25
26 RESULTADOS PRELIMINARES Informações requeridas do BF: As previstas na Circular para os clientes permanentes. As constantes em estatuto/contrato social. Documento de identificação, CPF, estado civil, produtos de interesse, ocupação, profissão e renda, endereços e telefones, informações acerca do valor dos bens/patrimônio. Nome, CPF, data e local de nascimento, endereço e telefone. 26
27 RESULTADOS PRELIMINARES Informações requeridas do BF: Nome, CPF, se participa ou não do quadro social ou administrativo, % de participação, cargo, início da participação. Nome, CPF e percentual de participação. As previstas na Res /93. Nome, nacionalidade; % de participação direta ou indireta. Nome, participação societária. 27
28 RESULTADOS PRELIMINARES Consultas realizadas para identificação: - QSA - Consulta Quadro de Sócios e Administradores. Consultas externas AGRUPE/SERASA e informações do cliente em entrevista. Serasa/Experian, Receita Federal, World Check, Wiki Corporation, site e mídia. Registros comerciais; relatórios anuais do cliente; Serasa; declaração prestada por membros da alta administração do cliente. 28
29 RESULTADOS PRELIMINARES Dificuldades para identificação: Empresas sediadas no exterior. Empresas com participação pulverizada. Necessidade de abrir vários níveis de controle. 29
30 Casos de não identificação: RESULTADOS PRELIMINARES Não foram informados os procedimentos adotados quando o BF não é identificado. Não há, pois todos os clientes PJ devem ter BF identificados.se não identificados, não se inicia ou se mantém o relacionamento. Marcação automática no cadastro do cliente com código específico de BF não identificado". 30
31 Casos de não identificação: RESULTADOS PRELIMINARES - Empresas com participação estrangeira e/ou com ações ao portador: identificam-se os administradores e as pessoas naturais autorizadas a representá-las. O cliente mantido é submetido a monitoramento reforçado. - O cliente passa a ser classificado como de alto risco, sendo mais facilmente capturado pela ferramenta de PLD. 31
32 Casos de não identificação: RESULTADOS PRELIMINARES Aumento do score de risco do cliente no sistema de monitoramento. Informações preenchidas eletronicamente pelo cliente. Caso a informação de BF não conste, o cadastro é enviado ao Compliance para análise. A colocação do cliente em especial atenção não é automática, mas sim resultante dessa análise. 32
33 RESULTADOS PRELIMINARES Identificação de clientes anteriores a Circular 3.461/09: Em andamento. Conforme rotina de atualização cadastral (um ano) e apontamento da ferramenta de PLD. Conforme processo de atualização cadastral: dois anos. 33
34 Atualização cadastral RESULTADOS PRELIMINARES Decorrente de apontamentos de PLD e de rotinas de atualização (clientes de maior risco = um ano). Risco do cliente alto:anual; médio e baixo: dois anos. Quando da renovação do limite de crédito e quando o cliente apontado no sistema PLD tiver seu cadastro com data de atualização superior a dois anos. 34
35 Atualização cadastral RESULTADOS PRELIMINARES Atualização cadastral de acordo com risco alto; um ano; médio: 1,5 anos; baixo: dois anos. Atualização a cada dois anos. Atualização anual. Atualização: dois anos, para captação; um ano, operações de crédito. 35
36 TESTES CADASTRAIS RESULTADOS PRELIMINARES Várias IF não incluíram a verificação da informação sobre o BF. Verificada informação de BF, mas apenas dos clientes admitidos após à Circular 3.461/09. Testes cadastrais incluíram a verificação da informação de BF. 36
37 RESULTADOS PRELIMINARES Registro da informação sobre o BF Informação de BF específica no sistema de cadastro. Informação de BF não consta do cadastro de cliente, mas sim em formulário eletrônico de KYC. Informação de BF apenas em arquivo físico. As informações de BF constam do cadastro eletrônico. 37
38 RESULTADOS PRELIMINARES USO DAS INFORMAÇÕES NO MONITORAMENTO: BF não é parâmetro de seleção de clientes. BF não é parâmetro da ferramenta, mas é verificada no procedimento de análise de operações atípicas. BF não consta da ferramenta de seleção, nem consta dos procedimentos de análise de operações atípicas. 38
39 RESULTADOS PRELIMINARES USO DAS INFORMAÇÕES NO MONITORAMENTO: - O sistema de PLD leva em conta o risco do cliente como parâmetro, sendo a não informação de BF fator incremental de risco do cliente o que conduz esse cliente a monitoramento reforçado. - Cliente com BF não identificado passa a ser classificado como de alto risco e, dessa forma, mais facilmente capturado pela ferramenta de PLD. 39
40 FIM Wolney José dos Anjos 40
PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO IDENTIFICAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E CADASTRO DE CLIENTES
SUMÁRIO ITEM INDICE FOLHAS 1 Diretriz 2 2 Objetivo 2 3 Referencias 2 4 Funções Envolvidas 2 5 Procedimentos 2 6 Formulários Aplicáveis 6 7 Avaliação da Eficácia 7 REGISTRO DAS ALTERAÇÕES REVISÃO DATA ALTERAÇÃO
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