CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARA FACULDADE CEARENSE CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO LIDIANE ARAÚJO DOS SANTOS

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1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARA FACULDADE CEARENSE CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO LIDIANE ARAÚJO DOS SANTOS ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO PARA PESSOA FÍSICA EM UMA ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO FORTALEZA 2013

2 LIDIANE ARAÚJO DOS SANTOS ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO PARA PESSOA FÍSICA EM UMA ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO Monografia submetida à aprovação da Coordenação do Curso de Administração do Centro de Ensino Superior do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Administração. Orientador: Prof. Ms. Francisco Almeida Barroso FORTALEZA 2013

3 LIDIANE ARAÚJO DOS SANTOS ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO PARA PESSOA FÍSICA EM UMA ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO Monografia como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração, outorgado pela Faculdade Cearense - FAC, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data de aprovação: / / BANCA EXAMINADORA FRANCISCO ALMEIDA BARROSO, Ms. Orientador RICARDO CESAR DE OLIVEIRA BORGES, Ms. Membro EUGENIO XIMENES ANDRADE, Esp. Membro PHRYNE AZULAY BENAYON, Ms. Membro

4 Aos meus pais Francisco Anselmo e Francisca Feliciano; Aos meus irmãos Wellington, Alessandra e Wesley; Ao meu querido sobrinho e afilhado Lucas; Ao meu esposo Pedro Henrique; E a minha amada filha Yara.

5 AGRADECIMENTOS Tenho que agradecer a todos que de alguma maneira me apoiaram, encorajaram e orientaram na realização deste estudo. Primeiramente a Deus que me deu força, discernimento e tranquilidade para a elaboração deste trabalho. Em seguida a minha família por todo apoio. Aos meus pais que sempre me incentivam nos estudos e me apoiam a realizar meus sonhos, encorajando a jamais desistir. Aos meus irmãos Wellington e Wesley, pelas vezes em que tive problemas com meu computador e eles se prontificaram a resolver. A minha irmã Alessandra, que muito me ajudou nas atividades domésticas que não pude desempenhar. Ao meu esposo Pedro Henrique, por toda a sua compreensão nos momentos em que tive de me ausentar. Agradeço também seu incentivo a persistir nos meus sonhos e o suporte emocional que me ofereceu ao longo desta longa jornada. A minha filha Yara por entender que este momento foi importante para minha formação. Ao professor Francisco Almeida Barroso, meu orientador, pela confiança, acompanhamento e paciência. Pela oportunidade de aprendizagem a partir dos seus questionamentos, críticas e sugestões, para redação e enriquecimento desta monografia. Agradeço a todos os professores da graduação, pelos ensinamentos e conhecimentos transmitidos dentro e fora de sala. Aos membros da banca examinadora e aos professores Leandro Belizário, Marcos Falcão e João Queiroz pelas maravilhosas aulas, contribuições e conselhos. Agradeço aos funcionários da Biblioteca FaC pela qualidade de seus serviços prestados. Aos colegas da graduação, em especial a Lidiane Marques, Ana Márcia Andrade, Patrícia Furtado e Beatriz Peixoto pelo companheirismo e apoio.

6 Quero agradecer a todos da Administradora estudada que tornaram possível este trabalho. Em especial à diretoria, ao gestor do risco e à secretária que, com presteza e atenção, compartilharam comigo suas experiências e vivências.

7 A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. Albert Einstein

8 RESUMO O presente trabalho procura identificar os principais modelos de avaliação de risco na concessão de crédito pessoa física. Para tanto, é realizada uma analogia entre a teoria e a prática através de um estudo de caso junto a uma administradora de cartões de crédito. São apresentados conceitos relacionados ao risco de crédito, modelos de concessão e recuperação de crédito e mercado de cartões de crédito, além de um diagnóstico do mercado de crédito e o perfil da empresa estudada. Conclui-se que a gestão do risco do objeto pesquisado, assim como o processo de análise de crédito, está em conformidade com o sugerido pela literatura. Foi observada a presença de uma política de concessão de crédito que analisa dados comportamentais, quantitativos e qualitativos de cada cliente. Palavras-chave: Risco de crédito; Análise de crédito; Modelos de concessão de crédito.

9 ABSTRACT This work seeks to identify the main models of risk assessment in lending an individual. Therefore, it is through an analogy between theory and practice through a case study with a credit card administrator. Concepts are presented related to credit risk, concession models and recovering credit and market credit cards, in addition to a diagnostics of the credit market and the profile of the studied company. We conclude that the risk of the researched object, as well as the process of credit analysis, conforms to that suggested by the litherature. We observed a politic of concession of credit that analyzes behavioral data, quantitative and qualitative of each client. Keywords: Credit risk, Credit analysis, Concession models and recovering credit market.

10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABECS - Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços ANUCC - Associação Nacional dos Usuários de Cartões de Crédito BACEN Banco Central do Brasil CDLs - Câmaras de Dirigentes Lojistas CPF - Cadastro de Pessoas Físicas FPD - First Peymond Defaul IOF Imposto sobre Operações Financeiras MIS - Management Information System POS - Point of Sale RG Carteira de Identidade SERASA - Centralização dos Serviços Bancários S/A SPC - Sistema de Proteção ao Crédito TAD Taxa de Adesão TEF Transferência Eletrônica de Fundos

11 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Quantidade de cartões por função dos cartões (em milhões) Gráfico 2 Faturamento por função dos cartões (em R$ bilhões) Gráfico 3 Evolução do saldo de crédito com cartão de crédito parcelado

12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO PESSOA FÍSICA Crédito Política de crédito Risco de crédito Modelos de avaliação de pessoa física Análise qualitativa Caráter Capacidade Capital Colateral & covenants Condição Conglomerado Análise quantitativa Gestão do risco CARTÃO DE CRÉDITO Importância Mercado de cartão de crédito no Brasil METODOLOGIA Natureza da pesquisa Tipologia da pesquisa Objeto de estudo Instrumento de pesquisa Procedimentos operacionais da pesquisa Coleta de dados ESTUDO DE CASO Apresentação da empresa... 49

13 5.2 Análise e discussão dos resultados CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE A ANEXO I... 69

14 13 1 INTRODUÇÃO No atual mundo dinâmico dos negócios, a competição é acirrada entre as organizações interessadas em um mercado que cresce constantemente e que não dá sinais de exaustão. O Brasil é um país que coloca neste mercado um grande contingente de novos potenciais consumidores a cada ano e que, por sua vez, utiliza-se preferencialmente de diferentes formas de pagamento em alternativa ao dinheiro. Com o objetivo de aumentar a renda, promover a geração de novos empregos e assim, consequentemente, incentivar a economia do país, o governo vem estimulando o consumo por meio de instituições financeiras, fazendo uso da Política Monetária e Fiscal. Dessa forma, leva os empresários a investir na sua produção e estrutura, aumentando a oferta e estimulando os consumidores a expandirem seu orçamento. Com esta estratégia, o governo consegue aumentar ou antecipar um consumo desejado. Atualmente verifica-se na economia do país um elevado crescimento das carteiras de crédito das organizações. Alguns fatores contribuem para que isso ocorra, como por exemplo: a entrada de novos consumidores no mercado (jovens que entram no mercado de trabalho), o incremento da longevidade do brasileiro e a migração social, ou seja, pessoas que até recentemente viviam abaixo da linha da pobreza conseguem hoje participar do consumo privado. A diversificação dos produtos de crédito também tem contribuído para este crescimento, estando presente os cartões de crédito em suas diversas modalidades (bandeiras internacionais, regionais, private labes) os quais são ofertados através do marketing direto, telemarketing e varejistas. O Brasil é hoje a economia do consumo, do gasto, onde tudo se compra à prazo: imóveis, veículos, eletrônicos, roupas, passagens aéreas, joias, dentre outros. E o principal motivo dessa multiplicação de parcelas é o volume de crédito em nossa economia que triplicou nos últimos cinco anos. (MOSCHELLA e SALOMÃO, 2011). Conforme dados do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) BRASIL (2013), a facilidade com que o crédito é concedido tem possibilitado às pessoas realizar seus sonhos na busca pela qualidade de vida, como comprar o veículo

15 14 próprio, fazer a tão desejada viagem, comemorar a festa de quinze anos da filha, pagar a faculdade do filho. Contudo, esta qualidade de vida geralmente não é legítima e dura pouco tempo, devido à falta de um bom orçamento familiar. As pessoas fazem uso do crédito sem mensurar a real necessidade da compra ou fazem pouco questionamento sobre as taxas de juros aplicadas em cada operação de crédito. Grande parte dos consumidores ignora o valor da taxa de juros do financiamento na hora de decidir a compra. Importa-se apenas em saber se o valor da parcela cabe no bolso, deixando de analisar o preço final do produto. O problema é que as linhas de créditos para pessoas físicas que mais crescem no país são as que cobram os juros mais elevados, estando em primeiro lugar os cartões de crédito e isto deve-se a maior facilidade de acesso. Esta concessão de crédito acelerada e a atração pelas parcelas que cabem no bolso têm levado os brasileiros a comprarem como nunca, levando a um alto índice de endividamento, pois acabam por não conseguirem pagar as dívidas. Atualmente milhões de famílias brasileiras vivenciam o problema do superendividamento, e este custo é altíssimo. Os bancos têm sofrido perdas de crédito estimadas em cerca de R$ 100 bilhões. Este fato atrapalha não só o sono e a vida das famílias inadimplentes, uma vez que os bons pagadores também são obrigados a arcar com taxas mais elevadas para compensar os inadimplentes (LOUREIRO, 2013). A forma de concessão deste crédito deve ser bem elaborada e acompanhada por estas instituições, uma vez que há a possibilidade de um cliente tornar-se inadimplente e não ter mais condições financeiras de honrar as dívidas assumidas. Isso resultaria em atrasos ou acúmulos do montante, atingindo um valor difícil de realizar a sua quitação. A gestão financeira tem papel fundamental de acompanhar e atuar estrategicamente sobre estes processos, visto que a sua falta pode comprometer sua premissa básica: a maximização do lucro da empresa. Este lucro pode ser diretamente afetado face ao retorno esperado não ser efetivado conforme o esperado. (GITMAN, 2004).

16 15 O risco de crédito existente em toda operação que envolva crédito pode ser minimizado se os fatores que antecedem à sua concessão forem bem gerenciados, avaliados e acompanhados. O risco de inadimplência, portanto, tem se constituído em um dos principais fatores críticos do crédito, haja visto as elevadas taxas de juros praticadas no Brasil. Cada vez mais os credores procuram se especializar na gestão de crédito, no sentido de minimizar o risco de inadimplência. Embora já existam modelos de análise de risco de crédito avançados, ainda há muito que ser feito. Uma vez que os cartões de crédito ou as administradoras de cartões de crédito praticam taxas de juros exorbitantes para compensar uma inadimplência também elevada, apresenta-se um grande desafio: encontrar critérios mais eficazes para reduzir o risco destas operações na tomada de concessão do crédito. Diante desse contexto formulou-se a seguinte questão a ser respondida por esta pesquisa: Quais os critérios utilizados na análise de risco de crédito pessoa física em uma admnistradora de cartões de crédito? Para responder a este questionamento e apresentar tais critérios, a pesquisa tem por objetivo geral identificar os critérios utilizados na análise de crédito de pessoa física em uma administradora de cartões de crédito. E como objetivos específicos, foram propostos os seguintes: - Identificar os principais modelos de avaliação de risco de pessoa física apresentados pela literatura; - Demonstrar a importância do cartão de crédito como meio de pagamento no Brasil; - Analisar a forma de atuação de uma Administradora na análise de risco de crédito de seus clientes pessoa física. Para atender a um pedido da diretoria da empresa pesquisada, a mensão do seu nome não será feita e, ao longo do trabalho, será tratada como Administradora de Cartão de Crédito ou somente Administradora. O estudo e desenvolvimento da monografia foi realizado em decorrência da necessidade das empresas que concedem crédito ficarem atentas ao risco de crédito que estão submetidas, uma vez que não é possível mensurar o risco que

17 16 cada cliente pode apresentar somente com a experiência vivida, é preciso buscar informações no mercado.com essa perspectiva, este trabalho procura conhecer as técnicas de análise de risco de crédito pessoa física, em geral, as utilizadas na concessão de cartão de crédito. Este trabalho também almeja verificar na prática, através da realização de um estudo de caso em uma Administradora de Cartões de Crédito, os critérios utilizados na concessão de crédito. O estudo está estruturado da seguinte forma: introdução, análise de risco de crédito pessoa física, cartão de crédito, metodologia, estudo de cado e considerações finais. A Introdução, concebida como primeiro capítulo, apresenta um panorama geral sobre crédito, a formulação do problema e a justificativa do tema, assim como os objetivos da pesquisa e a estrutura do trabalho. No segundo capítulo foi desenvolvido um referencial teórico a partir dos conceitos de crédito, risco de crédito, política de crédito e gestão do risco, enumerando as técnicas existentes para se analisar o risco de crédito pessoa física. As informações gerais a respeito do cartão de crédito e seu mercado, onde o objeto de estudo está inserido, são apresentadas no capítulo seguinte, em que é possível verificar de maneira geral o comportamento e crescimento deste segmento. A metodologia da pesquisa foi abordada no capítulo quatro, em que é descrita a forma de execução da pesquisa: explicativa, descritiva, bibliográfica e estudo de caso. O capítulo cinco traz o estudo dos fatores de risco da concessão de cartão de crédito utilizados em uma administradora de cartões de crédito, através da realização de um estudo de caso. As considerações finais do estudo foram sintetizadas no capítulo seis, no qual se apresentam os resultados da pesquisa e as considerações finais.

18 17 2 ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO PESSOA FÍSICA Neste capítulo o estudo aborda os conceitos teóricos sobre crédito, política de crédito, risco de crédito, modelos de avaliação de risco de crédito pessoa física e gestão de risco. 2.1 Crédito A definição da palavra crédito, dependendo do contexto do qual se esteja tratando, pode apresentar vários significados. Ferreira (2001, p. 204) define a palavra crédito por cessão de mercadoria, serviço ou dinheiro, para pagamento futuro, e ainda acrescenta que trata da segurança de que alguma coisa é verdadeira, que tem boa reputação, boa fama e que transmite confiança. Num sentido restrito, Silva (2008, p. 45) define crédito como a entrega de um valor presente mediante uma promessa de pagamento. Enquanto que para uma instituição financeira, que tem o crédito como sua principal atividade, este é definido por colocar à disposição do cliente (tomador de recursos) certo valor sob forma de empréstimo ou financiamento, mediante uma promessa de pagamento numa data futura (SILVA: 2008, p. 45). Segundo esta linha de pensamento é possível afirmar que não somente as pessoas físicas podem satisfazer suas necessidades por meio do crédito, como também as empresas, onde podem suprir suas necessidades de capital de giro ou de investimentos permanentes. Para Silva (2008), a intermediação financeira é, em essência, a principal atividade de uma instituição financeira. Desse modo, emprestar dinheiro e financiar a aquisição de bens deve ser sua principal fonte de renda. Dessa forma, verifica-se que o crédito possui um papel importante no fomento ao desenvolvimento da economia, uma vez que possibilita às empresas

19 18 aumentar seu nível de atividade, estimula o consumo influenciando a demanda e ajuda as pessoas físicas a obter bens e serviços. O crédito se destaca, por tanto, como um poderoso instrumento para o desenvolvimento econômico devido a troca de bens e serviços que proporciona, porém o seu não pagamento afeta toda a cadeia produtiva. O que parece ser uma situação isolada, por conta da imprudência de alguns, no final, acaba afetando negativamente toda a economia. Para Manfio, (2007, p. 30) conceder crédito [...] é a ciência e a arte de dizer o sim, dentro de um objetivo e uma estratégia organizacional que define qual o tamanho do risco que se pode (e não o que se quer) correr. Sob o ponto de vista empresarial de Guimarães e Chaves Neto (2002), a concessão de crédito significa a transferência da posse de um bem ou de uma quantia em dinheiro, mediante a promessa de um pagamento futuro. Com base neste conceito, entende-se o crédito à disposição de uma pessoa, física ou jurídica, como a capacidade da mesma em obter dinheiro, produtos ou serviços mediante compromisso de pagamento num determinado período de tempo. O crédito para pessoas físicas pode ser feito de várias formas. O que irá determinar o tipo mais conveniente será a modalidade da compra. Essas diversas formas de concessão de crédito são conhecidas no mercado como linhas de crédito e podem ser oferecidas às pessoas físicas através do financiamento do próprio estabelecimento comercial, pelo financiamento de instituições financeiras e pelo uso dos cartões de crédito. (SILVA, 2008). Ainda de acordo com Silva (2008), existe um universo muito amplo onde os consumidores podem ter acesso ao crédito e a escolha destas alternativas deve integrar a estratégia do próprio negócio do fornecedor do crédito. A maneira como este crédito é concedido e as formas como o seu pagamento é controlado são determinantes para o sucesso ou fracasso tanto da parte credora como da parte devedora. Como parte credora tem-se as instituições que concedem o crédito e como parte devedora as pessoas tomadoras do mesmo. Para Silva (2008) o crédito pode tornar estas partes altamente endividadas, assim como pode ser forte componente de um processo inflacionário.

20 Política de crédito Políticas são instrumentos determinantes de padrões decisórios para resolução de problemas semelhantes, que são reincidentes em uma organização. Já a política de crédito é estabelecida de acordo com as aplicações de recursos oriundos da natureza operacional. Segundo Matias (2007), as políticas de crédito causam profundos impactos na decisão do crédito. Para ele, as empresas utilizam as políticas de crédito com a pretensão de diminuir o risco de crédito ao mesmo tempo em que espera-se um aumento no volume de vendas. A definição de política de crédito dada por Silva (2008, p. 80), trata de: um guia para a decisão de crédito, porém não é decisão; rege a concessão de crédito, porém não concede o crédito; orienta a concessão de crédito para o objetivo desejado, mas não é objetivo em si. Para Miura e Davi apud Oliveira (2010), a política de crédito não deve se voltar ao risco excessivo em prol da maximização do lucro, deve apontar o grau de risco de cada perfil de clientes para que a instituição trabalhe dentro de um risco calculado. Referente a avaliação de riscos de crédito, Miura e Davi apud Oliveira (2010, p. 25) continuam: Não deve trabalhar com hipóteses absurdas de difícil ou total impossibilidade de ocorrência. Fatos devem ser analisados. Não se devem criar hipóteses pessimistas para negar o crédito, nem otimistas para conceder todos os créditos. Crédito é a análise de fatos e informações. Riscos devem ser relatados e avaliados. Não se deve omiti-los, nem buscar desculpas para abrandá-los. A realidade, o raciocínio correto e o bom senso devem prevalecer em todas as fases da concessão de crédito. Sabe-se que toda empresa vive dos resultados positivos dos negócios e que esses resultados somente retornarão à empresa se o devedor cumprir com as suas obrigações.

21 20 Portanto, para uma concessão de crédito com liquidez e qualidade, devese ter uma política de crédito baseada nas necessidades dos clientes em equilíbrio com os objetivos da empresa, que é o lucro. Para Schrickel (2000, p. 33), a política de crédito deve ser lúcida, flexível e pragmática, ou seja, realista em relação ao mercado, mutável ao longo do tempo, e auxiliadora da concretização dos negócios. 2.3 Risco de crédito O profissional das instituições credoras que administra o processo de análise, concessão e acompanhamento do crédito ao consumidor precisa compreender qual a renda e a capacidade de pagamento do cliente e também ser capaz de perceber determinadas sutilezas da natureza humana. (SILVA, 2008). Visto que as necessidades e desejos pelo consumo atingem pessoas de todas as faixas salariais, sendo que com graus de intensidades e prioridades diferentes, Silva (2008) considera ser possível que as pessoas passem por apertos financeiros e se deparem diariamente bombardeadas pelo apelo à compra e pela facilidade em adquirir um crédito. Trata-se de uma competição acirrada entre as empresas que procuram, por meio de ações de marketing, conquistar e convencer as pessoas a tomarem o crédito. Estas pessoas muitas vezes esquecem, ou não se preocupam, em saber quanto custa esse dinheiro que tanto se pretende vender, podendo gerar prejuízos para a instituição credora. Diante deste contexto e da definição do crédito em seu sentido restrito, entende-se que existe uma expectativa pela parte credora em receber o pagamento em dinheiro do montante que foi concedido em sua data acordada (SILVA, 2008). Esta expectativa de recebimento é entendida tanto por Silva (2008) como por Manfio (2007) como o risco do negócio. Isto porque cada vez que uma instituição financeira concede um crédito está assumindo o risco de não ter o retorno esperado, uma vez que o cliente pode não cumprir com a promessa de pagamento. Para Silva (2008, p. 56) o risco de crédito é a probabilidade de que o recebimento não ocorra e é por este motivo que existe uma preocupação das

22 21 instituições financeiras em avaliar de forma criteriosa as pessoas que demandam por crédito e também a necessidade de acompanhar o comportamento destas durante todo o contrato. O risco existente nas operações realizadas pelas instituições refere-se à possibilidade desta não receber os créditos concedidos, seja o valor principal ou principal mais juros, prometidos pelos clientes que mantém transações em sua carteira (ASSAF NETO, 2008). Para Manfio (2007) os riscos estão presentes em todas as atividades e no dia-a-dia dos negócios, tendo como principal objetivo para tal envolvimento a busca pelo lucro. E quanto maior for o risco assumido numa operação, maior deve ser a taxa cobrada para compensar as perdas prováveis da carteira de crédito (SILVA: 2008, p. 354). Para Assaf Neto (2008), a taxa de juros pode ser entendida de forma mais simples como o preço da mercadoria dinheiro e, no contexto de uma operação financeira, como a remuneração que o tomador de um crédito paga ao credor do recurso. Para Gitman (2004) a taxa de juros representa o custo do dinheiro. A taxa de juros, segundo Gitman (2004, p. 226), representa o custo do dinheiro, também conhecida no mercado como a compensação por um compromisso não honrado na data acordada. É uma maneira que a instituição financeira tem de cobrar pelos dias em atraso, fazer render o seu dinheiro e de certa forma educar o tomador a pagar as parcelas em dias. Conforme Assaf Neto (2008), em momentos de instabilidade do ambiente econômico as taxas de juros de mercado sofrem certa elevação como reflexo natural da incerteza associada às decisões de seus agentes. E para que o crédito às pessoas físicas seja realizado com segurança, a literatura sugere que a instituição utilize ferramentas que auxiliam na concessão e na gestão de risco. Silva (2008, p. 27) assegura que a função de crédito consiste em avaliar a capacidade de pagamento do tomador, visando assegurar a reputação e a solidez do banco.

23 Modelos de avaliação de pessoa física As instituições financeiras precisam ter modelos e critérios diferenciados para cada cliente, uma vez que as necessidades são diferentes. Segundo Silva (2008, p. 96): A definição do tipo de análise e sua abrangência é seguramente um dos pontos importantes na avaliação do risco dos clientes. Muitas vezes, alguns bancos copiam os formulários de outros bancos e passam a usar os mesmos indicadores e a mesma forma de analise para uma carteira de clientes com perfil diferente. Isto pode levar ao uso de padrões e critérios inadequados. Quando um banco trabalha com clientes de atividades, portes e regiões diferentes, muitas vezes, precisará ter critérios de análises também diferentes. Com base nesse contexto, a concessão de crédito para pessoas físicas é feita através de uma análise qualitativa e/ou quantitativa. A primeira, também conhecida com julgamental, passa pelas variáveis subjetivas chamadas Cs do Crédito, uma vez que este é planejado, desenvolvido e decidido por pessoas. E a quantitativa, ou estatística, possibilita uma decisão rápida com a expectativa de adequado nível de segurança (SILVA, 2008). Matias (2007, p. 69) acrescenta a análise de crédito comportamental onde o analista de crédito avalia a concessão do crédito conforme sua análise pessoal. Muito utilizado no varejo, onde a filosofia de concessão de crédito é vestir o produto no cliente [...]. A utilização destes modelos é sugerida pela literatura como forma de tentativa de minimizar os riscos inerentes ao negócio, uma vez que não podem ser eliminados da operação. O objetivo é evitar a concessão do crédito aos maus pagadores (MATIAS, 2007, p. 68). Para Manfio (2007), não é possível que a instituição fique imune ao risco do crédito uma vez que está inseparavelmente ligado à sua atividade principal. Contudo, é possível a sua mensuração, correção e gerenciamento para se ter uma carteira mais sadia e com menos erros na operação.

24 Análise qualitativa Segundo Manfio (2007), o processo decisório passa por inúmeras cabeças e mãos e cada decisão é um passo que poderá levar a organização ao sucesso ou não. Por esse motivo acredita que um dos principais aspectos da gestão de risco é o bom senso e a inteligência estratégica de cada pessoa que toma a decisão. Nesse processo, tem-se que a decisão é de cunho julgamental subjetiva e baseia-se na experiência adquirida, disponibilidade de informações, sensibilidade e autoconfiança de cada analista quanto ao risco do negócio. São estas as pessoas que farão com que as metas sejam atingidas e os resultados alcançados (SILVA: 2008, p. 346). A autoconfiança, segundo Welch (2005, p. 59), energiza, dando ao pessoal a coragem para ousar, para assumir riscos e para superar os próprios sonhos. É o combustível das equipes vencedoras. Para Silva (2008, p. 348): A análise julgamental é aquela em que entra a experiência do analista ou do gestor de crédito, de forma geral. Nesse sentido, a experiência interna de crédito com o cliente, a análise das restrições e do seu comportamento de crédito no mercado é um ponto de análise, bem como os dados relacionados à atividade profissional e sua estabilidade, como [...] solidez da empresa empregadora [...] e o equilíbrio entre renda e gasto. As razões que levam o cliente ao não cumprimento da promessa são intrínsecas e diretamente relacionadas à sua idoneidade, capacidade de pagamento da dívida assumida e de fatores externos adversos. Segundo Matias (2007), o processo tradicional de análise de pessoas físicas utiliza a análise dos Seis C s de Crédito (Caráter, Capital, Condição, Capacidade, Colateral & Covenants e Conglomerado), onde as informações sobre cada um deles são reunidas de forma a tornar a análise qualitativa mais efetiva.

25 Caráter No estudo dos C s do crédito, o caráter abrange as informações que refletem a idoneidade do cliente no mercado de crédito, o compromisso em honrar dívidas e a pontualidade. Para Silva (2008) trata da intenção que o devedor tem de cumprir com a promessa de pagamento. Para a análise deste critério as instituições financeiras devem dispor de informações históricas de clientes, podendo ser fontes internas ou externas, que evidenciam a intenção de pagamento e a pontualidade de suas dívidas. As informações internas podem ser obtidas por meio do histórico das transações entre a instituição e o cliente. Este histórico deve conter informações sobre a pontualidade, atrasos, renegociações e perdas financeiras resultantes da inadimplência do cliente. Para Matias (2007) compreende também a análise de informações existentes sobre o comportamento do cliente com outras instituições. As informações externas são dados extraídos de empresas especializadas em coleta, armazenamento e comercialização de informações relacionadas à idoneidade do cliente no mercado de crédito (SANTOS, 2011). Como exemplos tem-se o SPC e a Centralização dos Serviços Bancários S/A (SERASA). Segundo Freitas, Siqueira e Paulo (2008, p.599), Serasa trata de: [...] uma empresa privada que presta informações precisas e confiáveis a bancos, entidades de classe e empresas de todos os portes e ramos, por meio da utilização de tecnologia em crédito, informática e telecomunicações. Possui o maior banco de dados sobre pessoas, empresas e grupos econômicos, e participa da maior parte das decisões de crédito realizadas no país. O SPC trata de um sistema de informações das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) cujo objetivo é auxiliar a tomada de decisão na concessão de crédito por parte de empresas em todo o País (SPC BRASIL: 2013, s/p) Capacidade Esta variável refere-se ao julgamento subjetivo da habilidade do cliente em administrar sua própria renda. Para medir esta variável em cadastros de pessoas

26 25 físicas, o analista de crédito verifica dados pessoais do cliente como por exemplo o nível do cargo e estabilidade no emprego e o estado civil, para que assim possa checar se o mesmo será capaz de cumprir com o valor solicitado. O objetivo desta análise é determinar se o cliente tem a capacidade de gerar receitas compatíveis com a amortização da dívida. Segundo Matias (2007), os indicadores para analisar esta variável nas pessoas físicas refere-se a renda disponível, salário, gastos fixos e comprometimento de renda Capital A análise da variável capital tem como objetivo medir a situação financeira do cliente, levando-se em conta a composição (qualitativa e quantitativa) dos recursos, onde são aplicados e como são financiados. Segundo Matias (2007), esta variável indica a situação patrimonial do tomador, de forma a dimensionar seu potencial de pagamento, através de informações financeiras e demonstrações contábeis. Estes dados fornecem informações relevantes para a análise da situação econômico-financeira do tomador. Segundo Silva (2008) a mensuração desta variável é feita a partir da análise de índices financeiros do cliente. Em análise de pessoas físicas, usualmente, esta medida se dá através de Demonstrativos de Pagamentos como decore e contracheques, e da Declaração de Imposto de Renda, visando sempre a veracidade das informações prestadas Colateral & covenants O colateral refere-se à capacidade do cliente em oferecer garantias complementares no processo de concessão de crédito (SILVA, 2008). Para Matias (2007), essas garantias podem ser reais (bens móveis e imóveis), pessoais (avais e fianças) ou covenants 1. 1 Covenants constituem-se em cláusulas condicionantes de gestão com o objetivo de garantir que o tomador de recursos preserve o fluxo de caixa para pagamento dos compromissos.

27 26 No mercado, estas garantias são oferecidas pelo cliente como forma de minimizar os riscos de inadimplência e da perda parcial ou total de pagamento Condição Essas informações estão relacionadas à sensibilidade da capacidade de pagamento dos clientes diante da ocorrência de fatores externos como mudanças macroeconômicas, variações de câmbio, sazonalidade de mercados e de produtos (MATIAS, 2007). Como exemplo tem-se a estabilidade profissional Conglomerado São as informações relevantes à avaliação de crédito referente a outras pessoas ou empresas pertencentes ao mesmo grupo de clientes, e possibilita a avaliação mais homogênea para todo o grupo (MATIAS, 2007). Leva em consideração se as pessoas ou empresas coligadas podem afetar a capacidade de pagamento das dívidas da empresa objeto de avaliação. Em pessoas físicas, essa variável considera a análise familiar da solicitante de crédito. Como exemplo tem-se os cônjuges e dependentes Análise quantitativa A análise quantitativa apoia-se no uso de modelos estatísticos. Matias (2007) conceitua modelo como a forma estatística de se repetir uma experiência, e os modelos estatísticos como um meio produzido de solução de problema. Para Matias (2007, p. 70), a análise quantitativa representa o acúmulo de conhecimento, experiência e experimentação humanos que pode ser aplicado à explicação da maneira como as pessoas se comportam ou as coisas funcionam. O modelo julgamental, segundo Freitas (2008), demanda mais tempo de análise, enquanto que a estatística é utilizada para agilizar as decisões do crédito massificado. Crédito de massa é toda e qualquer transação financeira que acontece

28 27 em grandes quantidades de eventos e que implica um compromisso de liquidez futura (MANFIO, 2007). De acordo com Matias (2007), diversas técnicas estatísticas têm sido criadas, cada uma para fins específicos, de acordo com as necessidades de cada organização fornecedora de crédito. Dentro deste contexto, o meio de controle do risco mais utilizado na concessão de crédito é, segundo Freitas (2008), o score, que significa uma pontuação mínima dada ao cliente, que a empresa define como risco aceitável. Para Manfio (2007), o score é uma ferramenta estatística que analisa as informações do cliente e faz uma previsão sobre o seu comportamento futuro. A construção desta análise é baseada no histórico anterior de uma amostra de outros clientes que tinham as mesmas características e comportamento similar. Matias (2007) acrescenta que a determinação das informações lançadas no sistema de score, além de serem obtidas por dados históricos, levam em consideração a análise dos seis C s de Crédito. Este sistema consiste em atribuir um determinado valor a cada característica avaliada do novo cliente e em seguida os dados obtidos são usados na elaboração de um score. Este score determina um perfil para aquele cliente classificando-o em bom ou ruim, e com base nesta informação deve-se tomar a devida decisão de conceder ou não o crédito de acordo com as políticas e estratégias da empresa (FREITAS, 2008). A funcionalidade deste modelo se dá apenas quando os dados fornecidos pelos clientes em sua ficha cadastral são verdadeiros. Para melhor avaliar o risco do crédito, Manfio (2007) divide os modelos de score em três tipos: Credit Score, Behaviour Score e Collection Score. Segundo Manfio (2007), Credit Score trata de um modelo baseado em dados cadastrais dos clientes sendo predominantemente utilizado em decisões de crédito onde se deseja realizar a inclusão de novos proponentes/clientes em sua carteira.

29 28 Para Freitas (2008), a operacionalização do Credit Score se dá quando a empresa imputa os dados do potencial cliente no sistema e imediatamente recebe a resposta de aprovação ou recusa do crédito. Para o desenvolvimento deste modelo é preciso coletar uma amostra representativa de proponentes que se tornaram clientes. E posteriormente deve aguardar por um período de desempenho e classificá-lo como bom ou ruim, segundo o que a política da empresa entenda como bom ou ruim para seu negócio (MANFIO,2007). Este período de desempenho é conhecido no mercado como safra, e segundo Manfio (2007), equivale ao tempo de maturação da carteira de clientes visto que um cliente não se torna bom ou ruim imediatamente. De acordo com Matias (2007): a validade do Credit Score depende da atualização dos dados, para que se faça valer estatisticamente a avaliação de devedores que possuem características entre si. ( 2007, p. 70). O segundo modelo Behaviour Score ou pontuação comportamental trata de uma aplicação da metodologia estatística que requer uma base de dados e recursos tecnológicos melhor estruturados e que possibilitem a manutenção dos registros do comportamento de crédito dos clientes (FREITAS: 2008, p. 353). Enquanto o Credit Score é utilizado para analisar as características de um possível novo cliente, o Behaviour Score avalia o comportamento do cliente que já pertence à carteira da empresa. Segundo a definição de Manfio (2007, p. 129): BEHAVIOUR SCORE é a denominação dada aos modelos estatísticos que são baseados em dados COMPORTAMENTAIS dos clientes (internos e externos); utilizados predominantemente nas decisões relacionadas à manutenção ou renovação de linhas e produtos para já clientes. A diferença entre esses dois modelos até agora citados está no tipo de informações utilizadas. Enquanto que no modelo de Credit Score utiliza-se para análise as informações fornecidas pelo cliente em sua ficha cadastral, no modelo de Behaviour Score os dados de referência e relevância são os correspondentes ao comportamento do cliente ao longo do tempo, visto que sofre alterações mês a mês.

30 29 Para Manfio (2007, p. 140), o comportamento é refletido ao longo do tempo e não somente em uma situação estática. Para o desenvolvimento deste modelo também se faz necessário definir o bom do mau cliente, e para tal é preciso coletar uma amostra do passado, avaliar os perfis por meio do comportamento apresentado, ponderar as variáveis que influenciam este comportamento e aplicar aos clientes que estão na base interna prevendo comportamento similar no futuro (MANFIO, 2007). Matias (2007) ressalta que a cada mudança na economia faz-se necessário uma adaptação do score dentro do sistema, conforme o novo cenário apresentado. A importância deste modelo para a organização é, segundo Silva (2008), a possibilidade de a empresa identificar na mudança comportamental do cliente um sinal de alarme para uma revisão de relacionamento de crédito com ele. Segundo Matias (2007, p. 70), as instituições financeiras, geralmente, concedem crédito para consumidores que possuem a melhor pontuação, pois esses pontos ajudarão a prever quem possui mais condições de cumprir a promessa de pagamentos futuros. O terceiro modelo de score utilizado ao longo do ciclo de crédito é o Collection Score, que segundo Manfio (2007), trata de análises por meio de dados comportamentais de clientes inadimplentes, que já estejam em processo de cobrança. Sua utilização se dá predominantemente nas decisões relacionadas à priorização de estratégias na cobrança de clientes inadimplentes. O processo de cobrança se faz necessário visto o risco que a operação apresenta ao negócio da empresa. Para Silva (2008, p. 357), a cobrança é parte importante do ciclo do negócio e assume cada vez mais um papel relevante e reconhecido nas organizações empresariais e instituições financeiras. Para Manfio (2007, p. 102), cobrar é uma arte cuidadosa e complexa, que envolve atendimento, conhecimento e objetividade. Isso implica que, no momento da recuperação do crédito, deve existir uma tratativa especializada na busca de vender ao cliente os benefícios da regularização de sua situação junto à empresa. Por trás desse esforço a empresa tenta suprir sua

31 30 necessidade em recuperar aquele crédito e também a de manter o relacionamento construído com aquele cliente. Devido ao crescimento significativo da procura e da oferta de crédito para um mesmo cliente, a recuperação creditícia passou a demandar uma maior quantidade de recursos humanos, mais treinamentos para a capacitação do atendimento, compensação diferenciada, investimento em tecnologia e, principalmente, foco (MANFIO, 2007). Para Silva (2008, p. 357), a atividade de recuperação de crédito precisa ser conduzida por profissionais treinados e experientes, com investimento em recursos humanos e materiais necessários para operacionalizar seus negócios de forma estruturada. Como forma de atender a demanda das empresas credoras por este serviço, seja por estratégia de negócio ou por falta de competência, empresas terceirizadas têm se especializado para oferecer seus serviços fazendo uso de ferramentas inteligentes, modelos de negócios objetivos e alto nível de treinamento(manfio, 2007). 2.5 Gestão do risco Para um melhor entendimento sobre gestão do risco, Freitas, Siqueira e Paulo (2008, p. 343) definem gestão no contexto geral: Gestão é uma das partes do patrimônio de uma unidade gestora relativa à entidade administrada, que representa demonstrações, acompanhamento e controles distintos. Ato de gerir a parcela do patrimônio público, sob a responsabilidade de uma determinada unidade. Aplica-se o conceito de gestão a fundos, entidades supervisionadas e a outras situações em que se justifique a administração distinta. De acordo com (2006), gerenciar um negócio trata de fazer planejamento, orçamento, ter organização, solucionar os problemas, controlar os processos, desenvolver estratégias, dentre outras atividades. Para Silva (2008, p. 354) a gestão do crédito deve ser entendida com o parte importante e integrante do plano de negócio de cada empresa.

32 31 A gestão do risco de crédito massificado vai considerar as alternativas de recebimento de vendas à prazo, estando entre elas o cartão de crédito com parcelamento da loja ou financiado pela própria administradora do cartão de crédito com cobrança de encargos financeiros (SILVA, 2008). Frente as definições de gestão, Manfio (2007) define a gestão de risco como o ato de tomar decisões com base em um conjunto de informações concretas presentes no dia a dia da operação. A esse processo contínuo de transformação de dados em informações para auxílio da tomada de decisão, Manfio (2007) o define por Management Information System (MIS) que significa Sistema de Informações Gerenciais. O principal objetivo do MIS é direcionar a otimização de resultados por meio da relação risco x recompensa relevante para o negócio, sempre por meio de indicadores. Esses indicadores avaliam a qualidade dos dados, dos processos, políticas, perfis de clientes e previsão de lucratividade (MANFIO, 2007). A gestão do risco de crédito requer um forte apoio de Tecnologia da Informação, de estatística, de tecnologia de crédito e conhecimento de negócios (SILVA, 2008, p. 356). Para a construção e uso do MIS é preciso estruturar os processos, sistemas e pessoas da organização, uma vez que se faz necessário o uso de processos para registrar os dados, sistemas para transformar os dados em informações e pessoas para analisar e interpretar as informações e direcionar as decisões a serem tomadas. Manfio (2007) classifica as inúmeras funções do MIS em três principais objetivos. Primeiramente, é tornar possível olhar o passado e fazer uma análise dos resultados obtidos com as estratégias e políticas utilizadas na época e como se comportava a carteira de clientes. Em seguida, possibilitar a avaliação do presente, verificando a qualidade dos processos e como está a performance das pessoas envolvidas. E, por fim, permitir a previsão do futuro baseado nas informações acima coletadas, antevendo o que provavelmente possa acontecer. Conforme a Serasa (2012, s/p): O uso coordenado de informações consistentes e abrangentes de marketing e crédito, scorings e ratings avançados, sistemas de decisão de alta performance e softwares de gestão completos permite um resultado ainda

33 32 melhor para os negócios, possibilitando a tomada mais rápida de decisões, com menor risco e maior rentabilidade. Um bom MIS, segundo Manfio (2007), precisa ter ligação com a realidade da instituição (prático), fazer sentido claro e ser de fácil entendimento (coerente), indicar algo (objetivo), e estar presente em cada oportunidade sempre que necessário. Uma oportunidade identificada no segmento financeiro foi o cartão de crédito, um meio de pagamento eletrônico que ganhou grande mercado e tem mobilizado a economia. Seu conceito e atuação serão tratados no capítulo seguinte.

34 33 3 CARTÃO DE CRÉDITO Uma das formas que as instituições financeiras emprestam dinheiro aos consumidores é por meio de cartões magnéticos. Esses plásticos representam um meio de pagamento que permite o titular realizar operações de crédito ou débito. 3.1 Importância O surgimento do cartão de crédito representa uma das maiores revoluções no crédito pessoal. Este é o meio de pagamento que vem ganhando espaço e preferência no mercado de crédito (GUIMARÃES E CHAVES NETO, 2002). Os cartões são emitidos por um banco ou empresa financeira e gerenciados por uma administradora de cartões de crédito, cuja responsabilidade também se dá pelo cadastramento dos lojistas onde o cartão será aceito. Essas administradoras são conhecidas no mercado com a bandeira do cartão. Segundo Ferreira (2012, p. 01): As administradoras de Cartões de Crédito não são empresas financeiras e sim empresas prestadoras de serviço, que fazem a intermediação entre os portadores de cartões, os estabelecimentos afiliados, as bandeiras (Visa, Mastercard etc.) e as instituições financeiras. Eventualmente, para, entre outras razões, contornar as dificuldades legais e fiscais envolvidas na cobrança das taxas de juros do parcelamento das vendas a prazo através do cartão, as administradoras estão se transformando em instituições financeiras. As lojas cadastradas pela administradora do cartão recebem o nome de rede credenciada ou estabelecimentos afiliados e se dá a partir de um contrato firmado entre as partes (lojista e administradora) onde são negociadas todas as condições da operação. Mediante a utilização do cartão de crédito, as pessoas podem realizar compras na rede credenciada da bandeira a qual pertença seu plástico e efetuar o

35 34 pagamento na loja de forma prática. As compras podem ser realizadas em única prestação, com o valor do pagamento à vista, ou de forma parcelada. A função débito é outro tipo de operação disponibilizada em alguns tipos de cartões. A operação de crédito se diferencia do débito por se tratar de um produto para pagamento no futuro. As compras pagas na função débito tem o valor total subtraído rapidamente da conta corrente ou de poupança do cliente. Para a ativação desta função, é necessário que o cliente tenha uma conta corrente ou poupança ativa em um banco, com saldo disponível, para cobrir a transação (FINANÇAS PRÁTICAS, 2013). O mercado opera com cartões ligados às grandes bandeiras (Diners, MarterCard e Visa, por exemplo), e também com cartões de instituições financeiras, lojas ou redes de supermercados (SILVA: 2008, 345). Esse último tipo citado por Silva recebe o nome de Cartão Private Label que significa cartão do lojista. O cartão private label funciona como um cartão de crédito pré-aprovado com a personalização da logomarca do lojista em parceria com uma administradora de cartões. Segundo a Brasilcard (2013, s/p) trata-se de uma ferramenta comercial eficaz na fidelização de clientes, fixando a marca, alavancando vendas e criando um produto próprio e exclusivo para utilização somente na rede credenciada do lojista. As vantagens oferecidas ao lojista que adquire um cartão private label são citadas pela Brasilcard (2013) como: estratégia de marketing para criar campanhas personalizadas, ganho no volume de vendas por aumento no números de clientes, substituição dos carnês e cheques pré-datados e, principalmente, cartão próprio e com total acesso administrativo a base de dados de clientes. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços 2 (ABECS) fornecidos em 2013, o cartão de crédito é um instrumento de pagamento com limite predefinido pela instituição emissora do cartão. Este limite é determinado a partir da análise de vários fatores, como, por exemplo, seu salário ou renda mensal, e seu histórico de adimplência, podendo ser utilizado nos diversos estabelecimentos da Rede Credenciada. 2 Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) foi criada em 1971 para representar oficialmente o setor de meios eletrônicos de pagamento no Brasil.

36 35 O seu pagamento se dá uma vez por mês através de uma fatura emitida pela administradora do cartão e enviada ao cliente, onde o cliente paga o valor que pegou emprestado. Este importante mecanismo de pagamento funciona como uma linha de crédito pré-aprovada, onde o usuário adquire a vista do fornecedor o bem pretendido e paga a certo termo à emissora do cartão, podendo, ou não, ainda ser parcelada dita compra junto a emissora. Como resta inequívoco a operação é representada por um contrato complexo, envolvendo elementos de compra e venda, abertura de crédito e prestação de serviços (MOTTA 3 :2013, p. 01). Também conhecido no mercado como dinheiro de plástico, o cartão de crédito é uma forma automática, segura e prática de realizar as compras. Com o seu uso é possível minimizar os riscos de perdas financeiras e de se tornar menos suscetível a possíveis roubos ou furtos de dinheiro em espécie. Este sistema automático atingiu proporções que tornam obrigatória a permanente busca de técnicas que permitam o gerenciamento de um grande número de portfólios de empréstimos aos mais diversificados e descentralizados consumidores, de modo a obter simultaneamente o maior retorno possível (GUIMARAES e ANSELMO NETO: 2002, p. 2). A preferência pelo uso do cartão de crédito também atinge os donos de lojas, pois o risco de crédito é inteiramente da administradora do cartão ficando o lojista ileso de inadimplência quanto aos pagamentos feitos por este meio. A ideia de conceder crédito em estabelecimentos comerciais cadastrados é, segundo o Corta Contas (2013), uma ideia muito antiga, mas que apenas em 1950 ganhou um marco histórico de forma completamente espontânea. A história relata que um grupo de executivos de Nova York havia acabado de jantar em um restaurante e, após o recebimento da conta, perceberam que tinham esquecido seus talões de cheques e não possuíam dinheiro para pagar. O dono do restaurante, diante de conhecidos executivos da cidade, concordou com o pagamento da conta em outro dia, sendo oferecido, em troca, o cartão de visita de 3 Advogado em São Paulo-SP. Membro Honorário do IBDB. Conselheiro do IBDI.

37 36 um dos executivos e a assinatura na nota de suas despesas, selando uma forma de comprometimento. Após este episódio alguns destes executivos tiveram a ideia de criar o primeiro cartão de crédito, sendo nomeado como Diners Club, com uma tradução literal em português como "clube dos jantadores". Este cartão era inicialmente aceito em vinte e sete restaurantes e distribuído para aproximadamente 200 pessoas. Ainda segundo o Corta Contas (2013), a ideia de criação do cartão de crédito é uma forma de conceder um valor crédito pré-determinado e representado através de um documento legítimo e único ao titular, conhecido como cartão magnético, concedendo a este o direito de adquirir bens e serviços em estabelecimentos cadastrados. O valor utilizado deve ser saldado na data do vencimento acordada através do pagamento da fatura do cartão. De acordo com Corta Contas (2013), alguns pontos de atenção devem ser tomados pelo consumidor antes de aceitar a oferta de um cartão de crédito feito por alguma administradora. Dentre eles a sugestão é que seja efetuado o pagamento da fatura do cartão em dia para evitar juros de atrasos, uma vez que os juros aplicados na rolagem de dívidas do cartão são considerados um dos mais altos praticados hoje em dia no mercado; ter controle do valor já gasto e não aceitar um limite de crédito muito acima das possibilidades de pagamento. Também sugere que o consumidor dê preferência aos cartões que não cobram anuidade no primeiro ano, e que oferecem desconto para as anuidades dos demais cartões. Inclusive já existem opções no mercado de cartões com anuidades totalmente isentas. Corta Contas (2013) acrescenta ainda que o cliente deve escolher uma data de vencimento do cartão que fique próxima do dia do recebimento do salário para que o controle orçamentário seja melhor administrado. Para Freitas (2008, p. 345), o uso do cartão de crédito é: Outra forma de as pessoas obterem bens e serviços para pagamento na data de vencimento da respectiva fatura, para pagamento com parcelamento na loja (sem juros) ou parcelado pelo próprio cartão de crédito com os respectivos encargos financeiros.

38 37 As pessoas que recorrem a serviços de crédito em todo o país quando não honram com a promessa de pagamento no futuro gera a inadimplência na carteira de clientes das instituições financeiras. Para melhor administrar os indicadores da inadimplência é preciso fazer continuamente a avaliação do risco de crédito. A preferência pelo cartão de crédito sobre outras formas de pagamento é uma das explicações para o aumento da inadimplência nas classes sociais, principalmente na classe C. Números do Banco Central revelam que o cartão de crédito das pessoas físicas é campeão de inadimplência, ou seja, é a linha de crédito que possui o maior percentual de atrasos acima de 90 dias, critério utilizado pela autoridade monetária para calcular as operações inadimplentes. Ao todo, a pesquisa do BC envolve 20 linhas de financiamento, sendo 13 para empresas e 7 para pessoas físicas (MARTELO:2012, s/p). Segundo Freitas, Siqueira e Paulo (2008, p. 371) a palavra inadimplência significa dívidas globais vencidas e não honradas. É o não cumprimento de obrigações contratuais [...] No jargão do mercado financeiro diz-se do calote. O mesmo que default. Segundo Guimarães e Chaves Neto (2002, s/p) a inadimplência é um dos maiores problemas, senão o maior, enfrentado pelas administradoras de cartão de crédito. Para o vasto mercado de pessoas físicas, o aumento das concessões de crédito vem gerando uma elevada taxa de retorno ("spread") aos Bancos e, em contrapartida, uma maior exposição ao risco de inadimplência, ou seja, a do não recebimento (parcial ou total) das parcelas do crédito (SANTOS e FAMÁ:2006, s/p). Segundo a reportagem televisionada pelo Jornal Hoje em primeiro de novembro de dois mil e doze a maioria dos consumidores inadimplentes pertence à classe C. A Serasa (2013) acredita que planejar faz toda a diferença na hora de controlar os gastos e ganhos, uma vez que se é muito importante honrar com os compromissos firmados. E a sua ausência gera inadimplência e queda na qualidade

39 38 de vida devido às preocupações com as dívidas assumidas. Como consequência também aumenta o comprometimento de renda pelo fato de assumir prestações que chegam bem próximas da renda total mensal ou, o mais comum, chegam a ultrapassá-la. Economistas defendem a tese de que a falta de noções elementares de planejamento financeiro tem suas origens nas décadas de inflação alta, onde se vivia num ambiente em que os preços eram reajustados quase todos os dias, dessa forma fazia pouco sentido projetar o orçamento para os meses seguintes (MOSCHELLA; SALOMÃO, 2011). A compra compulsiva é um estado de descontrole que visa a minimizar sentimentos negativos. Nesse contexto, o cartão de crédito pode ser um elemento impulsionador de compras que podem ter como possíveis conseqüências a geração de dívidas e problemas de relacionamentos (OLIVEIRA, Ikeda; SANTOS:, 2003, p.01). Segundo o Corta Contas (2013), o crédito facilitado é muito tentador ao uso, porém, trata-se apenas de uma ilusão o fato de achar que ter crédito significa poder usá-lo sem qualquer medida estratégica, já que os gastos serão cobrados do titular. No caso de dívidas atrasadas, as altas taxas cobradas pelas emissoras de cartão de crédito podem tornar-se um grande problema para o orçamento familiar. 3.2 Mercado de cartão de crédito no Brasil Sobre a intermediação financeira na economia, Assaf Neto (2008, p. 56) afirma que esta desenvolve-se de forma segmentada, com base em quatro subdivisões estabelecidas para o mercado financeiro: Mercado Monetário, Marcado de Crédito, Mercado de Capitais e Mercado Cambial. O cartão de crédito é um instrumento de pagamento inserido no Mercado de Crédito por ter a finalidade de oferecer serviços financeiros para os consumidores através de um limite pré-estabelecido, propiciando que estes tenham suas necessidades de bens ou serviços supridas.

40 39 A visão fundamental do Mercado de Crédito segundo Assaf Neto (2008, p.62) é a de suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos dos vários agentes econômicos, seja por meio da concessão de créditos às pessoas físicas, seja por empréstimos e financiamentos às empresas. Ainda segundo Assaf Neto (2008), as operações desse mercado são tipicamente realizadas por instituições financeiras bancárias, devidamente autorizadas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Diante deste cenário, Carrara (2013) afirma que as administradoras de cartões de crédito não são consideradas instituições financeiras visto serem empresas não sujeitas a autorização de funcionamento por parte do Banco Central do Brasil, onde não dependem de regulação e fiscalização deste órgão. Portanto, não integram o Sistema Financeiro Nacional. O objeto social das administradoras de cartão de crédito é a prestação de serviços de administração de cartões de crédito, e tem sua receita oriunda das taxas de prestação de serviços que cobra dos usuários e de seus filiados (CARRARA: 2013, s/p). No tocante a taxa de juros, dados do BACEN (2013, s/p) revelam que: A taxa média geral de juros das operações de crédito, computadas as operações com recursos livres e direcionados, manteve-se em 18,5% a.a. em abril, registrando redução acumulada de 4,1 p.p. nos últimos doze meses. Nos empréstimos às famílias, a taxa média de juros recuou 0,1 p.p. no mês e 5 p.p. em doze meses, situando-se em 24,3% a.a. A variação mensal decorreu da retração de 0,1 p.p. no crédito livre, taxa de 34,4% a.a., destacando-se os declínios em cheque especial e crédito pessoal, e do aumento de 0,1 p.p. nas operações envolvendo recursos direcionados, taxa de 6,7% a.a., para a qual contribuíram as elevações nas taxas médias dos créditos imobiliário e rural. Segundo Tombini (2013) os gestores das administradoras de cartão de crédito são os bancos, que, por estarem legalmente dentro da alçada do BC, permitem que a autoridade monetária possa tomar a frente da regularização. A Associação Nacional dos Usuários de Cartões de Crédito (ANUCC) (2013) apresenta na tabela, em anexo I, as taxas de juros aplicados pelas principais administradoras de cartões de crédito, onde demonstra que não existe um padrão

41 40 estabelecido, ficando cada uma livre de determinar qual será aplicada em suas transações. Uma administradora pode ofertar crédito a apartir da utilização de recursos próprios ou de terceiros. E torna-se passível de fiscalização por recolher o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O mercado de cartões de crédito é um segmento da economia que se encontra bastante concorrido uma vez que o produto tem obtido uma demanda elevada nos últimos tempos. Segundo matéria do Diário do Nordeste (2013), dados revelam que as transações feitas no ano de 2012 totalizam R$ 8,1 bilhões, com alta de 11,5% nos cartões de crédito e 16,7% nos cartões de débito, com volumes de 4 bilhões e 4,1 bilhões, nessa ordem. Atualmente, este tipo de crédito é oferecido por diversas instituições financeiras, dentre elas bancos e administradoras de cartões de crédito. Para acompanhar de perto toda a evolução deste mercado, a ABECS (2013) atua por meio do levantamento de informações, dados e tendências que ilustram os cenários e perspectivas do setor. O gráfico 1 apresenta o número de cartões por funções existentes no mercado, de acordo com os dados oferecidos pela pesquisa realizada pela ABECS (2013) para o 1º trimestre de O mesmo expressa que a maior quantidade de cartões emitidos são referentes a função débito, estando em segundo lugar a função crédito e em terceiro os cartões de rede e loja. Gráfico 1: Quantidade de cartões por função dos cartões (em milhões) Adaptado pela autora. Fonte:

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