CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS. Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS. Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional"

Transcrição

1 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional UMA ABORDAGEM ALTERNATIVA DE CREDIT SCORING USANDO ANÁLISE DISCRIMINANTE: eficiência na concessão de crédito para o segmento de pessoas físicas no Brasil Marcos dos Santos Dutra BELO HORIZONTE 2008

2 Marcos dos Santos Dutra UMA ABORDAGEM ALTERNATIVA DE CREDIT SCORING USANDO ANÁLISE DISCRIMINANTE: eficiência na concessão de crédito para o segmento de pessoas físicas no Brasil Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Modelagem Matemática e Computacional do CEFET-MG, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Modelagem Matemática e Computacional. Orientadora: Prof. Dra. Elenice Biazi Belo Horizonte 2008 ii

3 Dutra, Marcos dos Santos D978a Uma abordagem alternativa de credit scoring usando análise 2008 discriminante: eficiência na concessão de crédito para o segmento de pessoas físicas no Brasil f. Orientadora: Elenice Biazi Dissertação (mestrado) Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. 1. Análise discriminatória Teses. 2. Administração de crédito Brasil. 3. Estatística matemática. I. Biazi, Elenice. II. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. III. Título. CDD Elaboração da ficha catalográfica por Biblioteca-Campus II / CEFET-MG iii

4 Marcos dos Santos Dutra Uma abordagem alternativa de credit scoring usando análise discriminante: eficiência na concessão de crédito para o segmento de pessoas físicas no Brasil Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional do CEFET-MG. Belo Horizonte, Prof. Dra. Elenice Biazi (Orientadora) CEFET-MG Prof. Dr. Wagner Moura Lamounier UFMG Prof. Dr. Sérgio Ricardo de Souza CEFET-MG Prof. Dr. Allbens Atman Picardi Faria CEFET-MG iv

5 AGRADECIMENTOS Grande é minha lista de agradecimentos (o que me torna uma pessoa de sorte). Primeiramente, agradeço a Deus, por ter-me concedido o privilégio de realizar mais um sonho de minha vida. Agradeço à minha esposa, Cris, pelo incentivo, amor e carinho nesses momentos não partilhados. Agradeço à minha mãe, Maria Elza, pelo cuidado, amor e ensinamentos indispensáveis à minha formação. Agradeço ao meu pai, Célio, por não medir esforços para ajudar-me em minhas decisões. Agradeço a meus irmãos, Marcelo, Amarildo e Ângela, pelo apoio e incentivo fundamentais para que eu pudesse prosseguir nessa caminhada. Agradeço ao meu tio Epifânio, meu sogro Hélio e minha sogra Elizabete, pelo carinho e incentivo. Agradeço à Professora Dra. Elenice Biazi, pelo incentivo, paciência, orientações e, principalmente, por sua amizade ao longo desses dois anos. Incluo, de forma especial, o Professor Dr. Sérgio Ricardo de Souza, pelo incentivo e sugestões que permearam este trabalho. Agradeço aos amigos Nédson e Marcus Tadeu, sempre disponíveis para discussões de algumas questões relevantes e importantes aqui desenvolvidas. Agradeço de forma carinhosa às minhas amigas Maria José e Luciana, pela disponibilidade nos momentos que precisei. Agradeço ao CAPES, pela bolsa concedida durante os dois anos de curso. v

6 Quanto mais vivo, mais profundamente me convenço de que o que faz a diferença entre o homem e outro homem é a energia, uma determinação invencível, uma decisão tomada e mantida até a vitória final. Fowell Buxton vi

7 RESUMO Nestes últimos anos, após o Plano Real, o volume de crédito mostrou expressivo crescimento, principalmente o crédito para pessoas físicas, o que pode ser explicado pela estabilização da inflação e a conseqüente queda da taxa de juros. Paralelamente, observa-se que o sistema financeiro brasileiro tem apresentado excesso de liquidez, gerado principalmente por investimentos externos. Diante desse cenário, é fundamental que as instituições financeiras, além de tornarem mais ágil o processo de concessão de crédito e controlar a inadimplência, sejam capazes de ampliar a concessão de crédito de forma eficaz. Assim, a gestão do risco de crédito vem alcançando uma posição de destaque nas instituições financeiras e, conseqüentemente, existe um maior interesse por modelos de credit scoring. Contudo, esses modelos inibem a gestão de riscos por oferecerem apenas duas opções: rejeição ou aceitação da operação. Dessa forma, não permitem à instituição financeira o controle do nível de risco, ou seja, ser mais ou menos agressiva na concessão de crédito. Neste trabalho, é proposta uma metodologia alternativa de credit scoring capaz de atender às tendências atuais que induzem a operar com uma menor aversão ao risco, ou seja, com maior agressividade, resguardando a relação risco-retorno. Entre as diversas metodologias existentes, optou-se neste trabalho pela estatística de análise discriminante. Essa metodologia, que apresenta a vantagem de classificar os indivíduos em grupos, de acordo com seu grau de risco, torna-se uma das aplicações mais difíceis em credit scoring, devido às fortes pressuposições necessárias à correta avaliação dos tipos de dados envolvidos. No entanto, através da aplicação de técnicas sofisticadas em estatística, conseguiu-se viabilizar o uso da análise discriminante, mesmo quando há violações de pressuposições. Os resultados indicam que o modelo proposto é conveniente e eficiente quando há violações das pressuposições da análise discriminante. Contudo, é fundamental o uso combinado de técnicas poderosas em estatística. A transformação de Box-Cox (1964) e a técnica de influência local de Cook (1986) são algumas delas. Palavras-chave: análise discriminante, credit scoring, influência local, transformação de Box-Cox. vii

8 ABSTRACT After the Plano Real, the credit volume has shown expressive growth, mainly the consumer credit, what can be explained by the stabilization of the inflation and the consequent fall of the interest rate. As a matter of fact, it is observed that the Brazilian financial system has been presenting liquidity excess generated mainly by external investments. In this scenario it is fundamental that the financial institutions not only become more agile in the process of credit concession and control of lack of payment, but are also able to enlarge the credit concession in an effective way. Thus, the administration of credit risk is reaching a prominence position in the financial institutions and consequently there is a larger interest in methods of credit scoring. These models, however, inhibit the management of risks as they offer only two options, refusal or acceptance of the operation. This does not allow the financial institution the control of the level of risk, that is, the choice to be mores or less aggressive in the credit concession. In this paper an alternative methodology of credit scoring is proposed, which is able to fulfil the current tendencies that induce financial operations with smaller aversion to risk, that is, greater aggressiveness while protecting the relation risk-return. In this paper, among the several existing methodolies, the statistical methodology of discriminant analysis was chosen. This methodology that presents the advantage of classifying the individuals in groups according to its risk degree, becomes one of the most difficult applications in credit scoring due to the strong assumptions for the correct evaluation of the types of data involved. However, through the application of sophisticated statistical techniques the use of the discriminant analysis became possible even when there are violations of assumptions. The results indicate that the proposed model is appropriate and efficient when there are violations of assumptions in discriminant analysis. However, it is fundamental the combined use of powerful techniques in statistics. The Box-Cox (1964) transformation and the technique of local influence of Cook (1986) are some of them. Key-words: discriminant analysis, credit scoring, local influence, Box-Cox transformation. viii

9 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Distribuição dos escores de crédito de contas boas e ruins em um modelo de scoring de crédito FIGURA 2: Problema de classificação ix

10 LISTA DE TABELAS TABELA 1: Classificação da função discriminante de Fisher (dados sem transformação) 61 TABELA 2: Classificação da função discriminante de Fisher (método stepwise) TABELA 3: Classificação da função discriminante de Fisher (dados transformados) TABELA 4: Classificação da função discriminante de Fisher retirados 22 pontos influentes TABELA 5: Classificação da função discriminante de Fisher retirados 68 pontos influentes TABELA 6: Classificação da função discriminante de Fisher procedimento TABELA 7: Classificação da função discriminante de Fisher procedimento TABELA 8: Teste de Box seção (DFFITS) TABELA 9: Teste de Box seção (influência local procedimento 1) TABELA 10: Teste de Box seção (influência local procedimento 2) TABELA 11: Classificação da função discriminante quadrática seção (DFFITS) TABELA 12: Classificação da função discriminante quadrática seção (influência local procedimento 1) TABELA 13: Classificação da função discriminante quadrática seção (influência local procedimento 2) TABELA 14: Validação cruzada seção (procedimento 2) TABELA 15: Resultado da classificação do modelo final x

11 LISTA DE QUADROS QUADRO 1: Variáveis necessárias para a classificação das operações de crédito QUADRO 2: Variáveis explicativas do modelo de credit scoring QUADRO 3: Composição dos grupos estudados QUADRO 4: Proposta de tratamento dos dados, passos a serem seguidos, propósitos e os processos estatísticos utilizados xi

12 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1: Carteira de operações de crédito dez/ GRÁFICO 2: Carteira de operações de crédito dez/ GRÁFICO 3: Evolução da relação de crédito/pib no Brasil GRÁFICO 4: Crédito em relação ao PIB n mundo mai/ GRÁFICO 5: Spread bancário no Brasil (jul/1994 a out/2003) GRÁFICO 6: Qui-Quadrado (Q-Q ployt) GRÁFICO 7: Probabilidades com envelopes GRÁFICO 8: Resíduo de Pearson GRÁFICO 9: Resíduo studentizado GRÁFICO 10: Diagonal da matriz H (Leverage) GRÁFICO 11: Distância de Cook GRÁFICO 12: DFFITS GRÁFICO 13: Influência local caso variáveis explanatórias xii

13 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO Justificativa Problema Objetivos Objetivo geral Objetivos específicos REFERENCIAL TEÓRICO DOS MODELOS DE CREDIT SCORING Surgimento dos modelos de credit scoring Difusão dos modelos de credit scoring no Brasil Vantagens e desvantagens dos modelos de credit scoring tradicionais METODOLOGIA Análise discriminante Problema Premissas Função discriminante linear de Fischer Função discriminante quadrática Robustez da função discriminante linear e quadrática Métodos de verificação das premissas da análise discriminante Método stepwise Normalidade multivariada Comparando matrizes de covariância Análise de diagnósticos Diagonal da matriz H (Leverage) Resíduo de Pearson xiii

14 Resíduo studentizado Distância de Cook DFFITS Influência local Metodologia de influência local Variáveis explanatórias em regressão linear Técnicas gráficas Transformação de Box-Cox (1964) Validação do modelo Método de Wilk Validação cruzada Reclassificação das observações dos dois grupos que apresentarem maior quantidade de observações misturadas Base de dados APLICAÇÃO A metodologia alternativa de credit scoring Passo 1: Preparação da base de dados Passo 2: Análise discriminante de Fisher Passo 3: Aplicação do método stepwise Passo 4: Análise discriminante de Fisher Passo 5: Verificação da normalidade multivariada Passo 6: Transformações de Box-Cox Passo 7: Análise discriminante de Fisher Passo 8: Análises de diagnósticos Influência local Passo 9: Reanálise dos dados xiv

15 Leverage DFFITS Influência local caso variáveis explanatórias Passo 10: Teste de Box Passo 11: Função discriminante quadrática Validação do modelo CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE ANEXO xv

16 1. INTRODUÇÃO Assaf Neto e Silva (1997) definem crédito como sendo uma troca de bens no presente por bens futuros. Assim, pode-se definir uma operação de crédito como a troca de um valor atual pela promessa de pagamento futuro. No ambiente das finanças, quando acontece uma concessão de recursos, a instituição financeira passa a possuir o chamado risco de crédito. Jorion (1997) afirma que esse risco pode ser definido como a possibilidade de a contraparte não cumprir as obrigações monetárias contratuais relativas às transações financeiras. Esse não cumprimento das obrigações contratuais é chamado inadimplência e deve ser monitorado. Assim, se não existirem metodologias eficazes de previsão da inadimplência e controle no processo de concessão de limites, as operações de crédito podem levar a economia a um processo de desaquecimento, em decorrência da retração das fontes financiadoras. Um melhor entendimento e aperfeiçoamento do processo de gestão do crédito deve levar a uma expansão dos níveis de crédito concedidos em decorrência do maior grau de certeza das instituições bancárias quanto às perdas nos financiamentos. A incerteza quanto à veracidade do compromisso tem levado os bancos a elaborarem modelos mais sofisticados para estimar a chance de não pagamento. O objetivo principal dos modelos é obter um conjunto de parâmetros que demonstrem a real chance de o devedor honrar a dívida. Um desses modelos é chamado credit scoring 1. Huang, Chen e Wang (2006) afirmam que os modelos de credit scoring são desenvolvidos para aceitar ou rejeitar candidatos ao crédito de acordo com suas características, tais como idade, renda e condição conjugal. Santos e Fama (2007) complementam essa definição explicando que o modelo, que se fundamenta em uma forma estatística desenvolvida com base nas principais informações cadastrais dos clientes, atribui a elas pesos de acordo com a importância destacada em suas políticas internas de crédito. Como resultado final, obtém-se um sistema de pontuação que possibilita o cálculo de valores que serão interpretados em conformidade com a classificação de risco adotada, as quais recomendarão a aprovação ou a recusa dos financiamentos pleiteados pelas pessoas físicas. 1 Neste trabalho será mantido o termo em inglês credit scoring, que significa pontuação de crédito, por ser um termo usado nas instituições financeiras, mesmo as oficiais, como o Banco do Brasil. 16

17 Ao somar as pontuações de todos os clientes, define-se uma pontuação mínima, ou seja, o ponto de corte (ver figura 1), que será a base para aprovação ou recusa do crédito. Distribuição dos Escores de Crédito de Contas Boas e Ruins em um Modelo de Scoring de Crédito Porcentagem das Contas Contas Ruins Escore de Corte Contas Boas Escore de Crédito Fonte: Caouette, Altman e Narayanan (1999) Santos e Fama (2007) recomendam um intervalo estatístico de confiança a partir do ponto de corte que permitiria a aprovação ou recusa de clientes através de uma análise em comitê. Conforme afirmam Huang, Chen e Wang (2006), profissionais e pesquisadores têm desenvolvido uma variedade de modelos estatísticos para credit scoring, como os modelos discriminantes lineares, os de regressão logística, dos k-vizinhos mais próximos, de programação genética, de árvore de decisão e de redes neurais. Caouette, Altman e Narayanan (1999) afirmam que, na maioria das vezes, os modelos de credit scoring apresentam alguns problemas como a violação da normalidade multivariada que podem afetar sua validade estatística. Entretanto, dificilmente são encontrados na literatura métodos que visem solucionar ou mesmo amenizar esses problemas de violação. A maior razão para isso é a necessidade de sigilo, já que boas e sofisticadas técnicas trazem vantagens competitivas e, portanto, as instituições que as utilizam procuram não as divulgar. O que existe em abundância são discussões acerca dos problemas das metodologias estatísticas, sendo, no entanto, dificilmente encontrado algum estudo empírico revelando todas as etapas do processo de formação até a aplicação do modelo. Outra questão relevante é que os modelos de credit scoring, além de aceitarem na maior parte das vezes clientes que sempre pagam em dia, podendo a operação não ser muito rentável em termos de juros e multa por atraso no pagamento, também inibem a gestão de risco; esses problemas motivaram a escolha do tema no presente estudo. 17

18 A análise discriminante apesar de criticada pelos problemas de violação de pressuposições (normalidade multivariada, ausência de pontos influentes e igualdade das matrizes de covariância), que podem inviabilizar o uso desta técnica possui aplicação bastante usual em modelos de credit scoring, sendo Altman (1968) o pioneiro em sua utilização. Além disso, ela possui vantagem em relação ao tempo de processamento despendido, quando comparada a outros métodos, tais como o logístico, árvore binária e k- vizinhos mais próximos, entre outros. Essa vantagem é de suma importância para tais modelos 2, levando em conta que um menor tempo de processamento significa maior agilidade na concessão. Nesse contexto, será proposta neste trabalho a metodologia estatística de análise discriminante, fazendo uso combinado de técnicas que visem amenizar ou mesmo resolver os problemas de violação de suas pressuposições. Este estudo está dividido em seis capítulos. O capítulo 1 preocupa-se em localizar a necessidade da existência de metodologias eficazes de gestão de riscos, identificar o problema da pesquisa, caracterizar as justificativas para o tema e expor os objetivos a serem atingidos. O capítulo 2 apresenta o contexto histórico dos modelos de credit scoring, desde a sua origem à sua difusão. No capítulo 3, é apresentada a metodologia estatística usada para o desenvolvimento do modelo proposto. Já no capítulo 4, são apresentadas as variáveis necessárias para a divisão dos grupos e as variáveis explicativas para a formulação do modelo em questão. Desenvolve-se no capítulo 5 o modelo propriamente dito de avaliação na concessão de crédito. A conclusão e sugestões para estudos futuros se dão no capítulo Justificativa Uma questão abordada na literatura de modelos de concessão de crédito remete à discussão da divisão dos créditos em classes do tipo bom e ruim. Vasconcelos (2002) explica que o foco da maior parte dos modelos é a divisão de acordo com o risco de atraso no pagamento, ou seja, de acordo com o comportamento de inadimplência da carteira de crédito. 2 Um trabalho interessante que apresenta de forma comparativa os principais métodos de discriminação é encontrado em Sanda (1990). 18

19 Candidatos a crédito com risco muito baixo e que pagam suas prestações pontualmente conseguem-no com taxas de juros mais baixas, além de não pagarem juros e multas por atrasos; não são, no entanto, muito rentáveis. Analogamente, candidatos com risco muito alto e que atrasam o pagamento de suas prestações podem ser bastante rentáveis, desde que as taxas de juros de suas operações sejam suficientemente altas e que os atrasos não sejam prolongados. Contudo, se a análise não for bem feita, o lucro obtido com uma venda adicional pode ser totalmente comprometido com as despesas de cobrança de um mau pagador ou com a perda do crédito. Caouette, Altman e Narayanan (1999) comentam que o posicionamento em relação ao crédito tem mudado na sociedade. Enquanto palavras como devedor ou tomador são consideradas depreciativas (têm conotações de ato vergonhoso e de miséria), ao serem substituídas modernamente por alavancador 3 denotam motivo de orgulho. De fato, os norte-americanos são bombardeados por todos os lados com convites para aumentar os empréstimos que tomam [...]. Até pessoas com problemas de crédito [...] são logo vistas como bons riscos de crédito por estarem livres de dívidas. (CAOUTTE, ALTMAN e NARAYANAN, 1999, p.12). No mesmo raciocínio, observa-se, na carteira de ativos bancários 4, a existência de produtos de renegociação de dívidas, desenvolvidos para atender pessoas físicas e jurídicas, que reconhecem dificuldades em manter as bases inicialmente acordadas no contrato. Esse tipo de cliente pode ser visto como alavancador, sugerindo a possibilidade de aumentar significativamente o lucro da instituição credora. Assim, é proposta uma nova metodologia para mensuração do risco de crédito, utilizando uma técnica estatística denominada análise discriminante, sendo incluído, no modelo, um novo grupo de clientes que obtiveram dificuldades em manter o acordo contratual, mas que renegociaram e liquidaram a dívida. Com essa inclusão, é possível ampliar o nível de concessão de crédito, resguardando a relação risco-retorno. A motivação da escolha desse tema é devida a duas problemáticas identificadas, descritas a seguir. 3 O termo alavancador é usado aqui no sentido da utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de lucro de uma empresa, aumentando, conseqüentemente, o grau de risco da operação. 4 Também conhecida como carteira de contas a receber, a carteira de ativos bancários é um registro de todas as contas e saldos das vendas a crédito de uma empresa. 19

20 a) Aumento substancial das operações concedidas a pessoas físicas no Brasil após o Plano Real, apesar de, numa perspectiva internacional, a relação crédito/ PIB ser muito baixa. A expansão das operações de crédito no Brasil após o Plano Real foi abrangente em vários segmentos da economia. Entretanto, as operações de crédito para pessoas físicas foram as que mais cresceram nos últimos anos. As informações consolidadas divulgadas pelo Banco Central do Brasil para cada modalidade de crédito mostram que, já no início de 1999, o saldo das operações concedidas a pessoas físicas representava um volume superior a 50% do saldo total das operações concedidas a pessoas jurídicas, conforme gráfico 1. Carteira de Crédito % 65% GRÁFICO 1: Carteira de operações de crédito dez/1999 Fonte: adaptado de Banco Central do Brasil. PF PJ O gráfico 2 mostra que, em 2006, o saldo das operações concedidas a pessoas físicas representa um volume de apenas seis pontos percentuais a menos que as operações concedidas a pessoas jurídicas. Carteira de Crédito % 47% PF PJ GRÁFICO 2: Carteira de operações de crédito dez/2006 Fonte: adaptado de Banco Central do Brasil. 20

21 Apesar de a expansão das operações de crédito no Brasil ser abrangente em vários segmentos da economia, sendo explicada, principalmente, pelo aumento do crédito para pessoas físicas, o volume de crédito como proporção do nível de Produto Interno Bruto (PIB) tem-se mostrado muito baixo, numa perspectiva internacional. O Banco Central apurou a relação crédito/pib 5, no ano 2007, em 36,5%, nível muito baixo se comparado a outros países, tanto desenvolvidos como em desenvolvimento. O gráfico 3 mostra a evolução do crédito em relação ao PIB entre 1994 e 2007, evidenciando uma queda e recente recuperação da participação do crédito. Participação do crédito no PIB % participação 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 36,40% 36,50% 35,80% 31,00% 28,70% 31,00% 29,70% 26,90% 30,70% 27,80% 25,80% 26,60% 26,00% 23,90% GRÁFICO 3: Evolução da relação crédito/pib no Brasil ANO Fonte: adaptado de Banco Central do Brasil. O gráfico 4 mostra a relação crédito/pib de vários países em O Chile apresentou uma relação crédito/pib de 70%, ainda assim considerada baixa em relação a países desenvolvidos como EUA, com 146%, e Alemanha, com 120%. GRÁFICO 4: Crédito em relação PIB no mundo mai/2007 Fonte: Banco do Brasil. 5 A experiência internacional sugere uma relação causal entre desenvolvimento financeiro e crescimento econômico. Um trabalho interessante, citado por Andrezo e Lima (1999), foi realizado por King e Levine. 21

22 Apesar do desenvolvimento financeiro do Brasil ser considerável nos últimos anos, há amplas evidências empíricas e suporte teórico considerável que sugerem que o nível de crescimento do crédito ainda é muito baixo no País. b) Críticas da aplicação da análise discriminante em modelos de credit scoring. A análise discriminante tem, em modelos de credit scoring, uma de suas aplicações mais difíceis de serem implementadas. Isso acontece por dois motivos: a amostra disponível é composta por supostos bons pagadores, isto é, clientes que foram considerados pelo analista de crédito como bons pagadores e, portanto, merecedores de crédito. A população de maus clientes para o modelo é criada, basicamente, a partir dos erros do analista, ou seja, clientes que tiveram o crédito e não o honraram; a análise é feita considerando três tipos de variáveis (binárias, contínuas e discretas), apesar de, na literatura, modelos que consideram três tipos de variáveis conjuntamente serem pouco explorados. Entretanto, Caouette, Altman e Narayanan (1999) afirmam que a análise discriminante tem sido freqüentemente aplicada em modelos de credit scoring. Um modelo alternativo seria o de Krzanowski, denominado, em inglês, de location model, introduzido por Olkin e Tate (1961) e utilizado em análise discriminante inicialmente por Chang e Afifi (1974). Posteriormente, Krzanowski (1975, 1980, 1982, 1986) escreveu diversos artigos que demonstram viabilidade a sua aplicação daí muitos pesquisadores nomearem esse método com o seu nome. Em credit scoring, modelos que utilizam outros métodos quantitativos, além da análise discriminante, são objetos de contínua investigação, sempre visando à melhoria das decisões de crédito, apesar de alguns pesquisadores, como Sanda (1990), acreditarem que não existe um método que seja sempre melhor que os demais. A EQUIFAX, conforme relatado por Adriano Blatt 6, apresenta a técnica de análise matemática que melhor se adapta às necessidades das empresas na área de risco: a análise discriminante aplicada às decisões de crédito (EQUIFAX, 2007). Dessa forma, neste trabalho serão usadas técnicas sofisticadas capazes de amenizar os problemas de violações de pressuposições da análise discriminante, o que, conseqüentemente, tornará o modelo de score mais eficiente. O presente trabalho justifica-se então por tratar de um tema de fundamental importância para as empresas que trabalham com crédito a pessoas físicas, pois, além de 6 É o autor brasileiro com maior quantidade de livros publicados versando sobre o tema. 22

23 oferecer uma metodologia alternativa de credit scoring que permitirá ampliar o nível de concessão de crédito, resguardando a relação risco/retorno 7, propõe a aplicação de técnicas sofisticadas em estatísticas que viabilizam a aplicação da análise discriminante, mesmo quando as pressuposições necessárias à correta discriminação dos dados são violadas. 1.2 Problema As instituições financeiras captam e administram recursos de terceiros com o objetivo de maximizar o lucro. Entretanto, alguns administradores são mais agressivos que outros e, por isso, algumas empresas são mais propensas à utilização de dívidas para sua alavancagem financeira. Gitman (2001) define risco no sentido mais básico como sendo a chance de perda financeira. Ele explica ainda que os administradores geralmente procuram evitar o risco, com tendência a serem conservadores em vez de agressivos ao aceitarem-no. Bernstein (2000) cita que, quanto à etimologia, a palavra risco vem do italiano antigo risicare, que significa ousar, sendo portanto uma opção e não um destino. E continua: a capacidade de administrar riscos e com ela a vontade de correr riscos e fazer opções ousadas são elementos chaves da energia que impulsiona o sistema econômico. Entende-se por risco exposição à sorte ou perigo. Os chineses têm uma definição melhor: para representar riscos eles combinam dois símbolos, o de perigo e o de oportunidade. Cada investidor tem de fazer uma análise de custo-benefício entre as recompensas que potencialmente vêm com as oportunidades e os riscos decorrentes do perigo. (BERNSTEIN, 2000, p.62). Os modelos de credit scoring tradicionais inibem a ação da gestão de risco, tirando do gestor as opções de decisões agressivas. Além disso, apesar de a análise discriminante ser freqüentemente utilizada em modelos de credit scoring tradicionais, se não houver estratégias eficazes capazes de amenizar ou resolver os problemas de violações, pode-se ter um modelo impreciso. 7 Administradores financeiros geralmente tendem a ser conservadores em vez de agressivos ao aceitarem riscos, ou seja, para certo aumento no risco, eles exigem um aumento no retorno. 23

24 Segundo Groppel e Nikbakht (1999, apud SOETHE, 2004, p.14), risco e retorno são a base sobre a qual são tomadas decisões racionais e inteligentes de investimento. Assim, na maioria dos casos, o sucesso das instituições financeiras encontra-se diretamente associado ao potencial de mensurar seu ambiente de risco e usufruir dos mecanismos de gerenciamento e/ou monitoramento de tais operações. Conquistar retornos mais expressivos sobre os investimentos realizados, seja pelos proprietários ou pelos acionistas das empresas, tem sido o grande motivador da adoção de estratégias mais arrojadas nos mercados competitivos. Atualmente, o sistema brasileiro tem apresentado excesso de liquidez, segundo afirma Carneiro (2007). Essa liquidez é gerada, principalmente, por investimentos externos que, de acordo com as informações do Banco Central, no ano de 2003 somavam US$ 10,1 bilhões, apresentando recorde ao somar US$ 34,616 bilhões em Diante disso, os bancos têm aumentado o nível de alavancagem, sendo, conseqüentemente, induzidos a trabalhar com uma menor aversão ao risco. Um bom exemplo disso é apresentado no Diário do Comércio, explicado por Lisboa, analista de bancos da agência Moody s: A qualidade das carteiras pode variar de acordo com as garantias exigidas pelos bancos. Com a competição, algumas instituições tendem a ser mais agressivas e diminuir o volume de créditos como garantia, precisando realocá-los para uma classificação de risco maior (o que vai além da classificação AA a C), explica Lisboa. Ela aponta o Santander como um exemplo de banco que teve uma mudança de mix de carteira. O banco ficou mais agressivo no varejo, o que imputa um risco maior, principalmente quando se refere a cartão de crédito e crédito pessoal. (DIÁRIO DO COMÉRCIO, 2008) Se os bancos não estiverem preparados, porém, a agressividade na concessão de crédito pode contribuir para a sua fragilização e até mesmo quebra. Diante dessas perspectivas, o problema da pesquisa relaciona-se com o tratamento dos dados e a viabilização da inclusão de um terceiro grupo, chamado intermediário, em credit scoring; pergunta-se então: é possível a construção de um modelo funcional 8, usando análise discriminante, capaz de controlar a inadimplência e ao mesmo tempo contribuir para a ampliação da concessão de crédito além do estabelecido pelos modelos tradicionais de credit scoring? 8 Na literatura de credit scoring, não é apresentada a proporção mínima de acertos considerada aceitável à construção do modelo. Uma exceção é encontrada em Caouette, Altman e Narayanan (1999), que consideram o modelo funcional, se apresentar uma taxa de sucesso superior a 80%. Em Rêgo (2004), é afirmado que, em um modelo discriminante, um percentual de classificação inferior a 60% indicaria sua fragilidade. 24

Construção de Modelos de Previsão de Risco de Crédito Utilizando Técnicas de Estatística Multivariada

Construção de Modelos de Previsão de Risco de Crédito Utilizando Técnicas de Estatística Multivariada MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Construção de Modelos de Previsão de Risco de Crédito Utilizando Técnicas de Estatística Multivariada Equipe

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I! A utilização de escores na avaliação de crédito! Como montar um plano de amostragem para o credit scoring?! Como escolher as variáveis no modelo de credit

Leia mais

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé?

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé? 1 INTRODUÇÃO As empresas, inevitavelmente, podem passar por períodos repletos de riscos e oportunidades. Com a complexidade da economia, expansão e competitividade dos negócios, tem-se uma maior necessidade

Leia mais

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 %

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 % ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA A partir de 2005 foi iniciado um processo de alongamento dos prazos das carteiras de renda fixa da PSS, que propiciou bons ganhos por oito anos seguidos até o final

Leia mais

Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO

Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO INTRODUÇÃO Todo problema de decisão envolve julgamento sobre um conjunto conhecido de alternativas; Informações Disponíveis (Dados) Conhecidos com certeza;

Leia mais

PERFIL DE INVESTIMENTOS PERFIL DE INVESTIMENTO

PERFIL DE INVESTIMENTOS PERFIL DE INVESTIMENTO PERFIL DE INVESTIMENTOS O QUE É? É a opção dada ao participante para que indique os percentuais de seu saldo que devem ser alocados em Renda Fixa e em Renda Variável (ações), de acordo com a sua aptidão

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

Sistema de Informações de Crédito do Banco Central Solidez para o Sistema Financeiro Nacional Facilidades para os tomadores de empréstimos

Sistema de Informações de Crédito do Banco Central Solidez para o Sistema Financeiro Nacional Facilidades para os tomadores de empréstimos Sistema de Informações de Crédito do Banco Central Solidez para o Sistema Financeiro Nacional Facilidades para os tomadores de empréstimos Transparência para a sociedade istema de Informações de Crédito

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança?

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança? Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança Novas regras 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança? Por ter parte de sua remuneração (chamada de adicional)

Leia mais

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo:

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo: PESQUISA DE JUROS Após longo período de elevação das taxas de juros das operações de crédito, as mesmas voltaram a ser reduzidas em setembro/2014 interrompendo quinze elevações seguidas dos juros na pessoa

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

Parte V Financiamento do Desenvolvimento Parte V Financiamento do Desenvolvimento CAPÍTULO 9. O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS CAPÍTULO 10. REFORMAS FINANCEIRAS PARA APOIAR O DESENVOLVIMENTO. Questão central: Quais as dificuldades do financiamento

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

DELIBERAÇÃO CVM Nº 731, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2014

DELIBERAÇÃO CVM Nº 731, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2014 Aprova a Interpretação Técnica ICPC 20 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de limite de ativo de benefício definido, requisitos de custeio (funding) mínimo e sua interação. O PRESIDENTE DA

Leia mais

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira

ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira ANEXO F: Conceitos Básicos de Análise Financeira Juros e Taxas de Juros Tipos de Empréstimos Valor Atual Líquido Taxa Interna de Retorno Cobertura de Manutenção de Dívidas Juros e Taxa de Juros Juro é

Leia mais

Evolução Recente das Principais Aplicações Financeiras

Evolução Recente das Principais Aplicações Financeiras Evolução Recente das Principais Aplicações Financeiras As principais modalidades de aplicação financeira disponíveis no mercado doméstico caderneta de poupança, fundos de investimento e depósitos a prazo

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 1/18 Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 2/18 Módulo 4 - Princípios de Investimento Neste módulo são apresentados os principais fatores para a análise de investimentos,

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições financeiras que especifica. O Banco Central do Brasil,

Leia mais

Perfil de investimentos

Perfil de investimentos Perfil de investimentos O Fundo de Pensão OABPrev-SP é uma entidade comprometida com a satisfação dos participantes, respeitando seus direitos e sempre buscando soluções que atendam aos seus interesses.

Leia mais

CARTILHA PERFIS DE INVESTIMENTOS

CARTILHA PERFIS DE INVESTIMENTOS CARTILHA PERFIS DE INVESTIMENTOS OBJETIVO GERAL O PrevMais prevê para o Benefício de Renda Programada a possibilidade de que os participantes optem por perfis de investimento, em épocas préestabelecidas,

Leia mais

www.pwc.com.br Gerenciamento de capital e ICAAP

www.pwc.com.br Gerenciamento de capital e ICAAP www.pwc.com.br Gerenciamento de capital e ICAAP Como desenvolver uma abordagem eficaz de gerenciamento de capital e um processo interno de avaliação da adequação de capital (ICAAP) A crise financeira de

Leia mais

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI Prof. Fernando Rodrigues Nas empresas atuais, a Tecnologia de Informação (TI) existe como uma ferramenta utilizada pelas organizações para atingirem seus objetivos.

Leia mais

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Roberto Meurer * RESUMO - Neste artigo se analisa a utilização dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Uma análise econômica do seguro-saúde Francisco Galiza Outubro/2005 www.ratingdeseguros.com.br

Uma análise econômica do seguro-saúde Francisco Galiza Outubro/2005 www.ratingdeseguros.com.br Uma análise econômica do seguro-saúde Francisco Galiza Outubro/2005 www.ratingdeseguros.com.br Um dos ramos mais importantes do mercado segurador brasileiro é o de saúde. Surgido sobretudo com uma opção

Leia mais

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO 1. OS CRITÉRIOS DE DECISÃO Dentre os métodos para avaliar investimentos, que variam desde o bom senso até os mais sofisticados modelos matemáticos, três

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 3.721. Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito.

RESOLUÇÃO Nº 3.721. Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito. RESOLUÇÃO Nº 3.721 Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito. O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público

Leia mais

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto 4 Segmentação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a segmentação do áudio em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas. É importante mencionar que as mudanças

Leia mais

NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES

NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES Setembro de 2015 O CEMEC não se responsabiliza pelo uso dessas informações para tomada de decisões de compra

Leia mais

ESTUDO DE VIABILIDADE. Santander, Victor - Unioeste Aula de Luiz Eduardo Guarino de Vasconcelos

ESTUDO DE VIABILIDADE. Santander, Victor - Unioeste Aula de Luiz Eduardo Guarino de Vasconcelos ESTUDO DE VIABILIDADE Santander, Victor - Unioeste Aula de Luiz Eduardo Guarino de Vasconcelos Objetivos O que é um estudo de viabilidade? O que estudar e concluir? Benefícios e custos Análise de Custo/Benefício

Leia mais

Risco de Crédito. Risco de Crédito. 1. Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito

Risco de Crédito. Risco de Crédito. 1. Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito 1. Estrutura de Gerenciamento de Em observância à resolução 3.721/2009 do Banco Central do Brasil, o Banco GMAC S.A, doravante denominado Chevrolet Serviços Financeiros, instituiu sua estrutura de gerenciamento

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Escolha de Portfólio. Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

Escolha de Portfólio. Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Escolha de Portfólio considerando Risco e Retorno Aula de Fernando Nogueira da Costa Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Relação entre risco e

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO II RELATÓRIO ANALÍTICO 15 1 CONTEXTO ECONÔMICO A quantidade e a qualidade dos serviços públicos prestados por um governo aos seus cidadãos são fortemente influenciadas pelo contexto econômico local, mas

Leia mais

O FGTS TRAZ BENEFÍCIOS PARA O TRABALHADOR?

O FGTS TRAZ BENEFÍCIOS PARA O TRABALHADOR? O FGTS TRAZ BENEFÍCIOS PARA O TRABALHADOR? FERNANDO B. MENEGUIN 1 O FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, regido pela Lei nº 8.036, de 11/05/90, foi instituído, em 1966, em substituição à estabilidade

Leia mais

Projeto Supervisionado

Projeto Supervisionado Projeto Supervisionado Caio Almasan de Moura ra: 095620 Indice 1. Introdução 2. Principal Projeto: Modelo de Score 2.1. Objetivo... pg 3 2.2. Agentes Envolvidos... pg 3 2.3. Contextualização... pg 3 2.4.

Leia mais

Crédito. Adm. Geral. Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I

Crédito. Adm. Geral. Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I Adm. Geral Prof. Marcelo dos Santos Título da aula: Decisões de Investimento e Financiamento I Para que Estudar Análise de Investimento e Financiamento? Garantir melhores decisões financeiras na empresa;

Leia mais

Educação Financeira. Crédito Consignado. Módulo 3: Gerenciamento de dívidas

Educação Financeira. Crédito Consignado. Módulo 3: Gerenciamento de dívidas Educação Financeira Crédito Consignado Módulo 3: Gerenciamento de dívidas Objetivo Auxiliar no gerenciamento de dívidas e de como quitá-las, conscientizando as pessoas da importância em diminui-las e de

Leia mais

5 Conclusões e Recomendações

5 Conclusões e Recomendações 5 Conclusões e Recomendações 5.1 Conclusões O objetivo deste estudo foi utilizar a base de dados de clientes de uma empresa para desenvolver um modelo de regressão logística que determine o risco de cancelamento

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração da NBC T 1 citada nesta Norma para NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL. RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.213/09 Aprova a NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e

Leia mais

RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013

RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013 1 RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013 Pesquisa realizada pelo Uni-FACEF em parceria com a Fe-Comércio mede o ICC (Índice de confiança do consumidor) e PEIC (Pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor)

Leia mais

Índice. 1. A educação e a teoria do capital humano...3. Grupo 7.2 - Módulo 7

Índice. 1. A educação e a teoria do capital humano...3. Grupo 7.2 - Módulo 7 GRUPO 7.2 MÓDULO 7 Índice 1. A educação e a teoria do capital humano...3 2 1. A EDUCAÇÃO E A TEORIA DO CAPITAL HUMANO Para Becker (1993), quando se emprega o termo capital, em geral, o associa à ideia

Leia mais

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Resolução de três questões do ICMS RO FCC -2010 Vamos analisar três questões do concurso do ICMS RO 2010, da FCC, que abordam alguns pronunciamentos do CPC. 35) Sobre

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - 2007 (Anexo específico de que trata o art. 4º, 4º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)

Leia mais

Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos

Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos Avaliação da Viabilidade Econômico- Financeira em Projetos Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos Elias Pereira Apresentação Professor Alunos Horário 19:00h às 23:00 h com 15 min. Faltas Avaliação

Leia mais

Sumário. 1 Introdução. Demonstrações Contábeis Decifradas. Aprendendo Teoria

Sumário. 1 Introdução. Demonstrações Contábeis Decifradas. Aprendendo Teoria Sumário 1 Introdução... 1 2 Instrumentos Financeiros e Conceitos Correlatos... 2 3 Classificação e Avaliação de Instrumentos Financeiros... 4 4 Exemplos s Financeiros Disponíveis para Venda... 7 4.1 Exemplo

Leia mais

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS O percentual de famílias endividadas em Santa Catarina caiu de 93% em julho para 90% em agosto.

Leia mais

Integração ESG. Raquel Costa. 27/maio/2015 PUBLIC

Integração ESG. Raquel Costa. 27/maio/2015 PUBLIC Integração ESG Raquel Costa 27/maio/2015 Integração em todas as atividades Política de Sustentabilidade Avaliação de Sustentabilidade na Gestão de Renda Variável e Renda Fixa Avaliação de Sustentabilidade

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui CURSO MASTER In Business Economics Master in Business Economics 1 vire aqui DISCIPLINAs O aluno poderá solicitar a dispensa das disciplinas básicas: Matemática Básica, Estatística Aplicada e Contabilidade.

Leia mais

Notas metodológicas. Objetivos

Notas metodológicas. Objetivos Notas metodológicas Objetivos Qual é a população de empresa em um determinado ano? Esta é aparentemente uma pergunta simples, entretanto, existem inúmeras questões envolvidas na definição, identificação

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES ANÁLISE DE REQUISITOS PARA RELATOR E AVALIADOR DA BANCA EXAMINADORA ESBOÇO ESQUEMÁTICO CONSIDERAÇÕES INICIAIS Esta breve análise pretende abordar

Leia mais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Fábio Pires 1, Wyllian Fressatti 1 Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pires_fabin@hotmail.com wyllian@unipar.br RESUMO. O projeto destaca-se

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O VIDA FELIZ FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ 07.660.310/0001-81 OUTUBRO/2015

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O VIDA FELIZ FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ 07.660.310/0001-81 OUTUBRO/2015 Esta lâmina contém um resumo das informações essenciais sobre o Vida Feliz Fundo de Investimento em Ações. As informações completas sobre esse fundo podem ser obtidas no Prospecto e no Regulamento do fundo,

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

CAP. 4b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA

CAP. 4b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA CAP. b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA A influência do Imposto de renda Do ponto de vista de um indivíduo ou de uma empresa, o que realmente importa, quando de uma Análise de investimentos, é o que se ganha

Leia mais

4º PAINEL: INVESTIMENTO PRIVADO, INVESTIMENTO PÚBLICO E MERCADO DE CAPITAIS NO BRASIL

4º PAINEL: INVESTIMENTO PRIVADO, INVESTIMENTO PÚBLICO E MERCADO DE CAPITAIS NO BRASIL SEMINARIO FIESP REINDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL: CHAVE PARA UM PROJETO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO 4º PAINEL: INVESTIMENTO PRIVADO, INVESTIMENTO PÚBLICO E MERCADO DE CAPITAIS NO BRASIL 26 agosto 2013 Carlos

Leia mais

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Cesar Soares Barbosa Diretor de Previdência É responsável também pela gestão dos recursos garantidores dos planos de benefícios administrados pela Sabesprev,

Leia mais

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV INVESTIMENTOS Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV Uma questão de suma importância para a consolidação e perenidade de um Fundo de Pensão é a sua saúde financeira, que garante

Leia mais

Política de Suitability

Política de Suitability Política de Suitability Outubro 2015 1. OBJETIVO O objetivo da Política de Suitability ( Política ) é estabelecer procedimentos formais que possibilitem verificar a adequação do investimento realizado

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Sistema bancário e oferta monetária contra a recessão econômica 1 BC adota medidas para injetar

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO A Um Investimentos S/A CTVM, conforme definição da Resolução nº 3.721/09, demonstra através deste relatório a sua estrutura do gerenciamento de risco de crédito.

Leia mais

UNIDADE 4. Introdução à Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas

UNIDADE 4. Introdução à Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas UNIDADE 4. Introdução à Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas 4.1 Motivação Sistemas de Informação são usados em diversos níveis dentro de uma organização, apoiando a tomada de decisão; Precisam estar

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

Conclusão. Patrícia Olga Camargo

Conclusão. Patrícia Olga Camargo Conclusão Patrícia Olga Camargo SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros CAMARGO, PO. A evolução recente do setor bancário no Brasil [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica,

Leia mais

Sugestões do FGC para uma Orientação Internacional de Seguro Depósito

Sugestões do FGC para uma Orientação Internacional de Seguro Depósito Sugestões do FGC para uma Orientação Internacional de Seguro Depósito (Abril, 2002) Ana Carla Abraão Costa Economista Os sistemas de seguro depósito, a par dos problemas de perigo moral e seleção adversa

Leia mais

Iniciantes Home Broker

Iniciantes Home Broker Iniciantes Home Broker Para permitir que cada vez mais pessoas possam participar do mercado acionário e, ao mesmo tempo, tornar ainda mais ágil e simples a atividade de compra e venda de ações, foi criado

Leia mais

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 No passado, até porque os custos eram muito baixos, o financiamento da assistência hospitalar

Leia mais

Relatório de Pesquisa. Março 2013

Relatório de Pesquisa. Março 2013 Relatório de Pesquisa SONDAGEM CONJUNTURAL DO VAREJO BRASILEIRO Março 2013 SONDAGEM CONJUNTURAL DO VAREJO BRASILEIRO Pesquisa realizada pela CNDL e SPC Brasil. Foram ouvidos em todo o país 615 varejistas.

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 23 (IASB BV 2011) Índice OBJETIVO 1 Item ALCANCE 2

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE II

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE II O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE II! Como implementar o escore de crédito?! Como avaliar o escore de crédito?! Como calcular a função discriminante usando o Excel?! Como aplicar a função

Leia mais

Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação Profa. Patricia Maria Bortolon

Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação Profa. Patricia Maria Bortolon Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação O que é Inflação? Inflação É a elevação generalizada dos preços de uma economia O que é deflação? E a baixa predominante de preços de bens

Leia mais

Neste contexto, o Fluxo de Caixa torna-se ferramenta indispensável para planejamento e controle dos recursos financeiros de uma organização.

Neste contexto, o Fluxo de Caixa torna-se ferramenta indispensável para planejamento e controle dos recursos financeiros de uma organização. UNIDADE II FLUXOS DE CAIXA Em um mercado competitivo, a gestão eficiente dos recursos financeiros, torna-se imprescindível para o sucesso da organização. Um bom planejamento do uso dos recursos aliado

Leia mais

O SEGURO DE VIDA COM COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA NO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO UMA ANÁLISE TRIBUTÁRIA

O SEGURO DE VIDA COM COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA NO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO UMA ANÁLISE TRIBUTÁRIA O SEGURO DE VIDA COM COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA NO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO UMA ANÁLISE TRIBUTÁRIA O presente trabalho trata do seguro de vida com cobertura por sobrevivência, com especial enfoque

Leia mais

Questões de informações de Crédito na América Latina BRASIL

Questões de informações de Crédito na América Latina BRASIL Questões de informações de Crédito na América Latina BRASIL Papel das Centrais de Informações Comerciais Os objetivos das centrais de informação de crédito são: Apoio à gestão de risco de crédito para

Leia mais

O que é e como funciona uma operação de swap

O que é e como funciona uma operação de swap O que é e como funciona uma operação de swap! O que é Swap! O que é Hedge! Mecanismo básico de funcionamento de uma operação de Swap Autores: Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)! Administrador de Empresas

Leia mais

Gerenciamento do Risco de Crédito

Gerenciamento do Risco de Crédito Gerenciamento do Risco de Crédito Documento TESTE INTRODUÇÃO O Conselho Monetário Nacional (CMN), por intermédio da Resolução no. 3.721 do Banco Central do Brasil (BACEN), determinou às instituições financeiras

Leia mais

Gerenciamento de Riscos Risco de Liquidez

Gerenciamento de Riscos Risco de Liquidez Gerenciamento de Riscos Risco de Liquidez 5. Risco de Liquidez O Risco de Liquidez assume duas formas distintas, porém intimamente relacionadas: risco de liquidez de ativos ou de mercado e risco de liquidez

Leia mais

Proposta da CVM pode reduzir acesso a investimentos isentos de IR; mercado questiona

Proposta da CVM pode reduzir acesso a investimentos isentos de IR; mercado questiona Página 1 de 5 Proposta da CVM pode reduzir acesso a investimentos isentos de IR; mercado questiona Associações pedem à CVM que seja menos rigorosa em norma que deve aumentar limite para que investidores

Leia mais

Especial Lucro dos Bancos

Especial Lucro dos Bancos Boletim Econômico Edição nº 90 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Especial Lucro dos Bancos 1 Tabela dos Lucros em 2014 Ano Banco Período Lucro 2 0 1 4 Itaú Unibanco

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Certificado de Recebíveis Imobiliários Instrumento de captação de recursos e de investimentos no mercado imobiliário O produto O Certificado

Leia mais