LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO MÉDIO PROF. DENILSON SATURNINO 1 ANO PROF.ª JOYCE MARTINS
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1 LÍNGUA PORTUGUESA 1 ANO PROF.ª JOYCE MARTINS ENSINO MÉDIO PROF. DENILSON SATURNINO
2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Cultura A pluralidade na expressão humana 2
3 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 10.2 Conteúdo Classicismo 3
4 CONTEÚDOS E HABILIDADES Habilidades Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando os aspectos do contexto histórico-social e político. Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Identificar informações explícitas em textos. Estabelecer relações entre textos literários da contemporaneidade e entre diferentes manifestações literárias e culturais de diferentes épocas. 4
5 REVISÃO Humanismo Poesia palaciana Fernão Lopes Gil Vicente 5
6 DESAFIO DO DIA Amor é fogo que arde sem se ver - Luís Vaz de Camões 6
7 DESAFIO DO DIA Como o eu lírico caracteriza o Amor? 7
8 Luís Vaz de Camões 8
9 Poesia lírica Medida velha (redondilhas) Medida nova (decassílabos) 9
10 Tipos de composição Sonetos Éclogas Odes Oitavas Elegias 10
11 Temas Neoplatonismo amoroso Reflexão filosófica (sobre os desconcertos do mundo) Natureza (confidente amorosa do amante que sofre) 11
12 Transforma-se o amador na cousa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho logo mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, Pois consigo tal alma está ligada. 12
13 Mas esta linda e pura semideia, Que, como um acidente em seu sujeito, Assim como a alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia: [E] o vivo e puro amor de que sou feito, Como a matéria simples busca a forma. Luís Vaz de Camões 13
14 Ao Desconcerto do Mundo Os bons vi sempre passar No mundo graves tormentos; E para mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. 14
15 Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só para mim, Anda o mundo concertado. Luís Vaz de Camões 15
16 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Leia o texto e responda. Busque Amor novas artes, novo engenho, Para matar-me, e novas esquivanças; Que não pode tirar-me as esperanças, Que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças, Andando em bravo mar, perdido o lenho. 16
17 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Mas, conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que me mata e não se vê; Que dias há que na alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como, e dói não sei por quê. 17
18 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA 1. De acordo com o eu lírico do texto, o Amor gera: a) segurança; b) esperança; c) sofrimento; d) dúvidas; e) ciúmes. 18
19
20 Poesia épica 20
21 Inspiração clássica Odisseia e Ilíada de Homero. Eneida de Virgílio. Homero Virgílio 21
22 Epopeia clássica: presença de uma persona ou voz épica; existência de um herói superior (semideus); narração de uma intriga dos deuses, divididos em partidos ; descrição de uma ação humana surpreendente; inserção do universo maravilhoso da mitologia; presença de um banquete em que um aedo (cantor ou poeta) canta aventuras passadas ou profetiza vitórias futuras de um povo; 22
23 narrativa in medias res; linguagem elevada em que o poeta demonstra total domínio da língua. 23
24 Os lusíadas Plano histórico Plano mítico 24
25 Divisão do poema 1 Parte Introdução proposição invocação dedicatória 2 Parte Narração 3 Parte Epílogo 25
26 Os Lusíadas - proposição 26
27 Os lusíadas - invocação 27
28 Os lusíadas - dedicatória 28
29 Os lusíadas - epílogo 29
30 Os lusíadas: muitas vozes para narrar. Vasco da Gama Paulo Gama Ninfa Tétis 30
31 Inês de Castro 31
32 Velho do Restelo 32
33 Gigante Adamastor 33
34 Acesso à obra 34
35 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA (UFSCar-2003) A questão seguinte baseia-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes. Mas um velho, de aspeito venerando, (= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito: 35
36 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! 36
37 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Dura inquietação d alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana. 37
38 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA 1.Os versos de Camões foram retirados da passagem conhecida como O Velho do Restelo. Nela, o velho a) abençoa os marinheiros portugueses que vão atravessar os mares à procura de uma vida melhor. b) critica as navegações portuguesas por considerar que elas se baseiam na cobiça e busca de fama. c) emociona-se com a saída dos portugueses que vão atravessar os mares até chegar às Índias. d) destrata os marinheiros por não o terem convidado a participar de tão importante empresa. e) adverte os marinheiros portugueses dos perigos que eles podem encontrar para buscar fama em outras terras. 38
39 DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Clacissismo: Contexto social e histórico; Características gerais do período; Luís Vaz de Camões; Poesia épica: Os Lusíadas; Poesia Lírica. 39
40
41 INTERATIVIDADE FINAL Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. 41
42 INTERATIVIDADE FINAL Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Fernando Pessoa 42
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