especial vizinhos Bons MARROCOS QUANDO CHOVE EM RABAT, CHOVE EM LISBOA Pág. 6 MARROCOS E PORTUGAL KARIMA BENYAICH

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1 especial MARROCOS KARIMA BENYAICH QUANDO CHOVE EM RABAT, CHOVE EM LISBOA Pág. 6 MARROCOS E PORTUGAL Bons vizinhos DR

2 02 03 EDITORIAL CONFERÊNCIA INTERNACIONAL ANA NABAIS Humildade e olhos no futuro Texto de António Salaviza Manso MARROCOS/PORTUGAL UMA PARCERIA ESTRATÉGICA Recentemente, depois de décadas de ausência, tive a oportunidade de regressar a África, que tinha conhecido na juventude. Tendo por destino um país ainda marcado pela pobreza e uma profunda desigualdade na distribuição das riquezas, ia preparado para ter um profundo choque. E regressei, de facto, chocado. Mas por razões diferentes das que esperava. Vinha de um Sul que explodia de vida e oportunidades, do convívio com um povo que dia a dia trabalhava e batalhava pela vida sempre com um sorriso nos olhos, acreditando num futuro melhor, e estava de volta à minha Europa. Um continente em estado pré-comatoso. E esta nossa velha Europa sobranceira que se cuide. Foi berço do progresso, de conquistas civilizacionais que são hoje património de toda a humanidade. Deu novos mundos ao mundo. Mas hoje, mergulhada em profunda crise estrutural, que nos entra pelos bolsos dentro e põe em causa paradigmas que sustentaram o nosso bem-estar e crescimento durante décadas, a Europa terá de, humildemente, olhar com muito mais atenção, e respeito, para estes novos mundos do Hemisfério Sul. A História, como a vida é feita de ciclos. E hoje a hora é, também, a da África. Com tristeza já não visito Marrocos há uns anos. Na última vez que lá estive a economia estava estagnada e impressionava particularmente o flagelo do sub-emprego e desemprego entre os muitos jovens de uma população jovem. O artesanato dominava e a indústria não era visível. Hoje, em Tânger está instalada uma das maiores fábrica de automóveis do mundo, o ritmo acelerado do crescimento económico destes nossos vizinhos tão próximos e os níveis da sua taxa de desemprego, quando comparados com os mesmos valores em Portugal, envergonham-me. Quebrar as barreiras que nos separam, acabar com burocracias que travam o investimento produtivo, liberalizar o comérciojustoealivrecirculaçãode pessoas e mercadorias entre ambas as margens sul e norte do Mediterrâneo que nos une, e promover a transferência de tecnologias e partilha de saberes e culturas é a tarefa urgente que europeus e africanos têm de assumir com firmeza. A bem do futuro de todos nós. Aos nossos amigos marroquinos que connosco organizaram a Conferência Marrocos/Portugal: uma parceria estratégica deixo aqui uma palavra: Obrigado FICHA TÉCNICA: Caderno especial SOL Produção: NOVO CONTEÚDO, SA Coordenação Editorial: António Salaviza Manso Textos: Catarina Beato Publicidade: Emanuel Gonçalves (Coordenação), Filipa Rodrigues e Cristina Caratão Marketing: Ana Barbado Design gráfico: Francisco Alves e Hugo Monteiro Infografia: Helder Brites Tratamento de imagem: Júlio Rodrigues e Luís Torres Produção: Mário Silva AMBOSOSPAÍSESQUEREMESTREITARRELAÇÕES.PORTUGAL PRECISA DO MERCADO MARROQUINO. MARROCOS PRECISA DA EXPERIÊNCIA PORTUGUESA País amigo. A expressão é consensual para os responsáveis políticos de Portugal e Marrocos, presentes na Conferência Marrocos/Portugal: uma parceria estratégica, que reconhecem a proximidade geográfica eahistória comum como factores potencializadores desta amizade já antiga. Chegamos em menos tempo a Rabat do que a Madrid, exemplificou Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. Recordando os tempos de juventude em que praticava windsurf na praia marroquina de Essaouira, Paulo Portas referiu a primeira viagem ao estrangeiro que fez como ministro: Marrocos. A escolha do destino prendeu-se, exactamente, com a importância recíproca dos mercados dos dois países e pela forma como a diplomacia pode ser facilitadora das relações comerciais. Portugal é o pais europeu que, por razões virtuosas, poderá ter uma relação mais forte com Marrocos, explicou. Sobre o interesse das empresas portuguesas por Marrocos, apesar de reconhecer que podemos fazer mais e melhor, Paulo Portas referiu o aumento significativo de 18% nas nossa exportações, registado em O enorme dinamismo do mercado marroquino, com vários programas públicos de modernização de infra-estruturas (portos, TGV, estradas e auto estradas, plano nacional de construção de habitação social e projecto de energias solar e eólica, assim como urbanismo, saneamento e recolha de lixo), é uma oportunidade para as empresas portuguesas encontrarem mercados alternativos e contrariarem a crise internacional que assola a zona Euro. O Magreb é uma oportunidade para criar empregos e empresas, são 100 milhões de habitantes, afirmou Youssef Amrani, ministro-delegado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Marrocos que, ao lado de Paulo Portas, destacou África como o Continente do futuro em termos económicos. Portugal e Marrocos podem trabalhar juntos no Continente do futuro, afirmou. Mas contrariar a crise passa também pelo investimento de Marrocos em Portugal. Dessa forma, Paulo Portas revelou que existem marroquinos candidatos ao visto gold português que confere direitos especiais de residência e acesso à nacionalidade para cidadãos estrangeiros que efectuem transferências financeiras, comprem propriedades ou tragam, para Portugal, empresas Mais de 200 participantes A Conferência Marrocos/Portugal: uma parceria estratégica foi organizada pelo semanário SOL com o apoio da Delegação Oficial de Turismo de Marrocos e o alto patrocínio da Embaixada do Reino de Marrocos em Portugal. No dia 17 de Maio, a sala principal do Hotel Tivoli recebeu mais de 200 pessoas, entre as 8h30, hora em que os participantes começaram a ser recebidos, e as 18h30. Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Youssef Amrani, ministro-delegado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do Reino de Marrocos presidiram à sessão de abertura da conferência. Políticos e empresários, num total de mais de 20 oradores, falaram das oportunidades e desafios na relação entre os dois países e partilharam a sua experiência em áreas como o turismo, a construção, o imobiliário e a engenharia. O almoço foi serviço no terraço do Hotel Tivoli, onde uma vista fantástica sobre Lisboa acompanhou as conversas entre portugueses e marroquinos. A sessão de encerramento contou com o discurso de Karima Benyaich, Embaixadora de Marrocos em Portugal. Toda a informação sobre a Conferência Marrocos/Portugal: uma parceria estratégica está disponível no dossier especial no site JOSÉ SÉRGIO com relevante criação de postos de trabalho. Portugal precisa muito dos países amigos para os sectores que já tiverem uma enorme importância em termos de empregos e criação de riqueza afirmou Sérgio Monteiro, secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. A experiência de Portugal deverá ser partilhada com Marrocos, tanto a nível empresarial como em termos de conceitos como as Parcerias Público Privadas (PPP), no contexto actual de investimento público por parte do Reino de Marrocos. Youssef Amrani, ministro-delegado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Marrocos, comparou Marrocos com Portugal dos anos 70: existe muito trabalho para fazer em termos de habitação, urbanismo, transportes, tratamento de águas, resíduos e lixos. Por sua vez, Sérgio Monteiro descreveu Portugal como um showroom de apresentação das capacidades técnicas que as empresas portuguesas, detentoras de uma enorme experiência e capacidade de adaptação, têm em áreas fundamentais para o momento de desenvolvimento que Marrocos vive. Turismo: duas ofertas que não são apenas de sol e praia O turismo é um sector fundamental tanto para Portugal Sílvio Madaleno, presidente da Newshold, recebeu Paulo Portas na chegada à conferência Paulo Portas na Sessão de Abertura, ladeado pelos ministros marroquinos Youssef Amrani (Negócios Estrangeiros) e Nabil Benabdellah (Habitação), e por Mário Ramires, CEO da Newshold como para Marrocos. Esta afirmação, feita por Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado de Turismo, na Conferência organizada pelo SOL, é sustentada pelo peso do sector no PIB dos dois países Adolfo Mesquita Nunes elogiou as empresas de turismo em Portugal que têm conseguido, apesar da conjuntura, aumentar a sua facturação nos últimos anos, 5,6% em 2012 em comparação com o ano anterior, e contribuído para atenuar os efeitos da crise no país. Portugal apresenta-se como um destino de excelência mas, de acordo com as palavras de Adolfo Mesquita Nunes, tem que investir mais na animação turística. Por seu lado, Marrocos quer ser um dos 20 principais destinos turísticos a nível mundial e uma referência em termos de turismo sustentável. Este é um dos pontos que integra a visão estratégica do Reino de Marocos para o sector do turismo até 2020, apresentada por Jamal Younés Kilito, Director Geral do Office National Marocain du Tourisme. Autenticidade, diversidade, qualidade e sustentabilidade são as palavras-chave para as linhas de acção a desenvolver. O objectivo de Marrocos passa, mesmo, por tornar o turismo o motor cultural e económico do país e, até 2020, duplicar a capacidade de acolhimento de turistas, o número de visitantes e mais que duplicar as receitas, afirmou o Director Geral do Office National Marocain du Tourisme. Referindo-se aos dois países, que partilham o espaço do Mediterrâneo, o secretário de Estado português mostrou-se totalmente disponível para intensificar os acordos de cooperação, como forma de adaptação aos novos desafios. E terminou, em tom de piada, desejando que a estratégia de Marrocos seja bem sucedida desde que não signifique menos turistas para Portugal. Democracia e estabilidade política na orla do Mediterrâneo A facilidade de relação entre os dois países, para além da proximidade, passa pela partilha de vivências democráticas e pela estabilidade e iniciativa política de Marrocos, pioneiro em importantes reformas sociais e económicas. Youssef Amrani fez referência ao dinamismo da economia marroquina, impulsionado pela estratégia do rei Mohammed VI, que quis ter um Estado moderno e democrático que funciona e permite criar riqueza para responder às expectativas dos jovens. O ministro do Reino de Marrocos reforçou o interesse em tornar cada vez mais forte a parceria entre Portugal e Marrocos que partilham valores. Marrocos é determinante para a estabilidade da região do Magreb, referiu Paulo Portas e a estabilidade do Mediterrâneo é uma garantia da segurança da Europa, acrescentou o ministro, realçando a preponderância da União para o Mediterrâneo. Partilhamos uma visão Euro-Mediterrânea, reforçou Youssef Amrani, que já foi secretário geral desta União para o Mediterrâneo. Sobre as relações diplomáticas entre os dois países, o ministro português de Estado e dos Negócios Estrangeiros falou na importância das Cimeiras regulares. As relações diplomáticas e económicas entre os dois países deverão manter um contacto permanente para que seja possível garantir que os interesses estão alinhados, afirmou, por sua vez, o secretário de Estado das Obras Públicas Transporte e Comunicações, Sérgio Monteiro. Queremos trabalhar, primeiro com os amigos, por isso, para nós, Portugal e Marrocos podem fazer mais e melhor. Estrategicamente estamos sintonizados, concluiu o ministro- -delegado dos Negócios estrangeiros e da Cooperação de Marrocos, Youssef Amrani.

3 04 05 Paulo Portas e Mário Ramires Sessão de Abertura: Mário Ramires foi o anfitrião, numa mesa com a presença dos membros do Governo português Paulo Portas e Sérgio Monteiro, e dos ministros marroquinos Youssef Amrani e Nabil Benabdellah Filipe Passadouro, Kamal Lahlou, Karim Lamrini, Sílvio Madaleno e José Marquitos Sérgio Monteiro, secretário de Estado das Obras Públicas, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e de Marrocos Mesa do painel Marrocos Moderno, moderado por Sarsfield Cabral, com António Manso (que apresentou a comunicação da Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário), Badr El Kanouni (Grupo Al Omrane) e Karim Lamrini (Federação de Promotores Imobiliários Marroquinos) Fouad Lahbabi, vice-presidente do Turismo de Marrocos, Younés Kilito, director-geral do Office National du Tourisme, Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT Sílvio Madaleno e Cristina Almeida (de costas) Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo Uma assistência sempre interessada Uma intervenção da embaixadora de Marrocos, Karima Benyaiche, num dos momentos de debate Diogo Gomes Araújo (SOFID), Alfredo Casimiro (Grupo Urbanos), José Roquette (Grupo Pestana), Miguel Ruas da Silva (Tecnimede) e José Maria Teixeira (presidente da Associação Portugal-Marrocos) O reencontro de Guilherme Costa e José Marquitos, ex-homens-fortes da RTP José António Saraiva, Karima Benyaiche e Kamal Lahlou (director da revista marroquina Challenge, parceira do SOL nesta iniciativa) OdirectordoSOL no encerramento da conferência FOTOSDEANANABAISEJOSÉSÉRGIO

4 06 07 KARIMA BENYAICH EMBAIXADORA DE MARROCOS EM PORTUGAL UMA RELAÇÃO HISTÓRICA SEM NUVENS ESTÁ HÁ QUATRO ANOS EM PORTUGAL E O NOSSO PAÍS JÁ SE LHE COLOU À PELE. KARIMA BENYAICH, MÃE DE DOIS FILHOS, É A EMBAIXADORA DE SUA MAJESTADO O REI DE MARROCOS. ACREDITA PROFUNDAMENTE NAS REFORMAS POLÍTICAS ENCETADAS PELO SEU MONARCA E DEFENDE UMA CADA VEZ MAIS FORTE RELAÇÃO ENTRE OS DOIS PAÍSES. Quando chove em Lisboa, chove em Rabat. A proximidade de Portugal e Marrocos é explicada assim por Karima Benyaich, Embaixadora do Reino de Marrocos em Portugal há quatro anos, gosta de se apresentar como Embaixadora de Sua Majestade o Rei. Karima Benyaich é uma mulher que acredita profundamente em todas as reformas políticas que têm vindo a acontecer no seu país. O seu maior motivo de orgulho, e por isso o refere tantas vezes, é tudo aquilo que tem sido feito pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no seu país. Solo fértil em oportunidades, Marrocos é também, um país, onde a modernidade está aliada à tradição. Qual tem sido a sua experiência como Embaixadora de Marrocos em Portugal? Tem sido uma experiência fantástica. Lembro-me bem do dia em que cheguei a Portugal, há quatro anos. Na altura havia apenas três ligações aéreas semanais entre os dois países. Pensei então que era inconcebível dois países estarem tão longe quando estão tão próximos geograficamente. Hoje, as coisas já são diferentes. A oferta da Royal Air Maroc e da TAP aumentou imesno. Temos já 33 voos semanais. Uma das minhas primeiras preocupações foi estreitar relações entre os dois povos. E politicamente? As relações políticas são muito boas. Existe, desde 1994, o Tratado de Amizade, Boa Vizinhança e Cooperação entre a República Portuguesa e o Reino de Marrocos. Vamos na 12º Cimeira entre os dois países. Tem sido fundamental promover a comunicação de Marrocos, aqui em Portugal, mas também a imagem de Portugal em Marrocos, e esta comunicação tem que ser contínua. Politicamente temos uma relação regular e próxima. Exemplo disso foi a primeira viagem de Paulo Portas, como ministro dos Negócios Estrangeiros, a Marrocos. Partilhámos também a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Existe uma forte relação política bilateral e multilateral. Mas há quatro anos, quando cheguei a Portugal, existia um grande desconhecimento. O minha preocupação tem sido também a de estabelecer pontes entre a sociedade civil, o tecido económico e empresarial e também entre as universidades e os próprios meios de comunicação. De que forma tem sido feita essa ponte entre os dois países? Trabalhamos em diversas áreas e diferentes sectores. Temos convidado jornalistas portugueses para ir a Marrocos, fazer a cobertura de eventos, e jornalistas marroquinos para virem a Portugal. Existem vários acordos entre as universidades portuguesas e marroquinas. É disso exemplo o recente protocolo assinado pela Universidade Nova e sete universidades de Marrocos, para a mobilidade de estudantes e intercâmbios. Já existem algumas universidades estrangeiras em Marrocos, porque não uma universidade portuguesa? Portugal está em 22º lugar, a ní- JOSÉ SÉRGIO vel mundial, em termos de qualidade do ensino universitário. O que é óptimo. É uma grande vantagem para os marroquinos estudarem em Portugal, assim como existirem professores marroquinos a ensinarem aqui. A língua portuguesa não tem que ser uma fronteira. Quando se começa a aprender uma língua, é cada vez mais fácil. Quando cheguei a Portugal quis aprender a língua portuguesa, não podia viver aqui sem a conhecer. Portugal é uma grande nação, com um povo fantástico. Tenho conhecido muita gente diferente. Tem sido uma experiência de uma enorme riqueza para mim. Não sei quando sairei de Portugal mas ficarei, para sempre marcada, tatuada, por Portugal, pela sua beleza e pelas suas gentes. Há grandes oportunidades no mercado marroquino eportugal também pode ser uma plataforma para as empresas marroquinas Que balanço faz da Conferência Marrocos/Portugal: uma parceria estratégica, organizada pelo semanário Sol com o alto patrocínio da embaixada? Podemos felicitar-nos por este evento. Primeiro pela qualidade e nível dos participantes. Fomos honrados pela presença de Paulo Portas e dos secretários de Estado portugueses das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e do Turismo. Estiveram presentes dois ministros marroquinos, com imensa experiências nas áreas em que trabalham. Também marcaram presença os presidentes de grandes empresas, dos sectores mais importantes. Destaco, por outro lado, a elevada qualidade das intervenções e a riqueza dos intercâmbios entre os participantes. Foi uma plataforma para conhecer as grandes reformas que estão a ser feitas no Reino de Marrocos, por Sua Majestade o Rei Mohammed VI, como a nova reforma da Constituição. No plano económico, existem programas ambiciosos e realizáveis: o Plano de Emergência para a indústria e offshoring, o Plano Envol para a biotecnologia, microeletrónica e nanotecnologia, o Plano Halieutis para a valorização dos produtos de pesca, o Plano Maroc Vert para o desenvolvimento de uma agricultura intensiva e moderna, o Plano Energia para a produção de energias renováveis. Gostaríamos de partilhar tudo isto com as empresas portuguesas. Há grandes oportunidades no mercado marroquino, mas também porque precisamos do o know-how das empresas portuguesas. E podemos trabalhar em conjunto, noutros mercados, no Continente africa- no. Os acordos de comércio livre assinados por Marrocos, inserem o Reino num área que engloba 55 países, são mil milhões de consumidores. Mas Portugal também pode ser uma plataforma para as empresas marroquinas. Neste momento, por exemplo, existe um grupo marroquino que vai abrir um grande hotel em Lisboa. Ficou claro nesta Conferência que é possível fazer mais e melhor nas relações entre Portugal e Marrocos. Como? Estamos a trabalhar nesse sentido. As relações económicas são já muito fortes. Existem cerca de 200 empresas portuguesas em Marrocos, como o Grupo Pestana, Conduril, o Grupo Amorim, Eusébio, Tecnovia, Urbanos e tantas PME. Há muitos portugueses a visitar Marrocos e marroquinos que escolhem Portugal como destino turístico... Mas com todas as nossas potencialidades, como a proximidade geográfica e uma relação histórica sem nuvens, é possível fazer mais. Oquefaltafazer? Temos que aprofundar ainda mais as nossas relações económicas. E isso passa, por exemplo, pela abertura de uma linha marítima de mercadorias e de passageiros entre Marrocos e Portugal, para responder à procura cada vez maior. Temos muitos pontos comuns, muitas coisas que nos unem. Fazer mais passa, também, por repetir encontros como esta conferência, em Portugal e em Marrocos, promovendo o conhecimentos de ambas a partes. Estes encontros têm que ser feitos mais regularmente. >

5 08 JOSÉ SÉRGIO > É preciso partilhar a experiência das empresas portuguesas em Marrocos, falar das oportunidades e dos desafios. Marrocos não é um mercado fácil, há muita concorrência de outros países mas está muito próximo do mercado europeu e as normas são as mesmas. O Reino de Marrocos tem um estatuto avançado junto da União Europeia, graças a Portugal. Depois da visita de Durão Barroso, este ano, trabalharemos para um acordo ainda mais completo. Falava numa relação histórica sem nuvens. Porquê? Quando Portugal saiu da última cidade marroquina que ocupava, em 1774, o Rei D. José I e o Marquês de Pombal assinaram de imediato um acordo de amizade com um tratado de comércio e navegação que possibilitou aos dois países cooperarem na luta contra a pirataria. Anos antes, Portugal e Marrocos tinham sofrido, infelizmente, o grande terramoto de 1755, que atingiu Lisboa e Rabat. Hoje, existe um Épreciso partilhar a experiência das empresas portuguesas. Mas, Marrocos não é um mercado fácil, há muita concorrência de outros países acordo de cooperação entre os institutos sísmicos dos dois países. Marrocos foi o primeiro país árabe e africano a ter um representação oficial em Portugal, em Como recordava há pouco, Marrocos foi o primeiro país visitado pelo senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. Só este ano, quatro cidades portuguesas foram geminadas com cidades marroquinas (Mértola/Chefchouen, Oeiras/ Mohammedia, Faro/Tanger e Santa Maria da Feira/Kenitra). Mas também existem encontros económicos, muitas iniciativas. Há uma enorme dinâmica entre os dois países. Para além da proximidade geográfica e história entre os dois países, os empresários portugueses referem a estabilidade política como umadospontosmaisfortesdemarrocos. Concorda? Desde a independência, em 1962, a Constituição aboliu o partido único. Neste momento estamos numa nova reforma da Constituição, onde existe uma verdadeira separação dos poderes, igualdade de direitos entre mulheres e homens. É um país muçulmano aberto e de tolerância. Com Portugal tatuado na pele Karima Benyaich refere-se sempre ao rei como Sua Majestade, o Rei. Uma distância institicional que contraria a proximidade entre ambos. Karima Benyaich estudou com Mohammed VI e os seus quatros irmãos no mesmo colégio e tem uma história que os aproxima. É filha de Fadel Benyaich e de uma senhora espanhola, Carmen, nome que usou até casar e se converter ao Islão, passando a chamar-se Karima. Fadel Benyaich era médico do rei Hasan II quando, aos 37 anos, foi assassinado para proteger o monarca, numa tentativa de golpe de Estado. Karima, a mais velha dos irmãos, a quem foi dado o novo nome da mãe, tinha dez anos quando perdeu o pai. Depois de ter concluído a Escola Primária e Secundária no Colégio Real de Rabat, foi para a Universidade de Montreal, no Canadá onde concluiu o mestrado em Ciências Económicas, opção Finanças e Comércio. Trabalhou 21 anos no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Marrocos. Está há quatro anos em Portugal como Embaixadora do Reino de Marrocos. Mãe de dois filhos, é presidente do festival Vozes de Mulheres de Tetuão, tem uma enorme admiração pelo trabalho de reformas políticas e sociais que tem sido feito por Sua Majestade, Mohammed VI, principalmente no que diz respeito aos direitos das mulheres, num país que consegue conciliar modernidade e tradição. Portugal, garante, enquanto mostra a belíssima sala marroquina que mandou construir na residência oficial e bebe um chá de menta, ficar-lhe-á tatuado, para sempre, na pele.

6 10 11 MARROCOS É UM MERCADO CHEIO DE DINAMISMO E OPORTUNIDADES Estratégia de cooperação a longo prazo LISBOA É A CAPITAL MAIS PRÓXIMA DE RABAT A AICEP TEM SIDO FUNDAMENTAL NO APOIO ÀS EMPRESAS PORTUGUESAS QUE ESTÃO A DESCOBRIR MARROCOS. Marrocos é um país em crescimento e as oportunidades são inúmeras. É desta forma que Pedro Reis, presidente da AICEP Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externodescreve Marrocos, apontando a importância deste mercado para as empresas portuguesas. Ambiente, energias renováveis, componentes para o sector automóvel, fileira agroalimentar, construção civil e obras públicas, ou mesmo os bens de consumo em geral, são as principais áreas em que a procura em Marrocos apresenta um enorme dinamismo. Em 2012, este país do Norte de África, ocupava já a décima terceira posição no ranking das exportações portuguesas, registando um aumento de 18,3% face a Temos assistido a um alargamento sustentado da base exportadora nacional para Marrocos, o que se tem traduzido também num aumento de vendas para o mercado. Nos dois primeiros meses deste ano registou-se um aumento de 48%, das nossas exportações, colocando Marrocos no décimo lugar no ranking dos países clientes e o terceiro fora do espaço europeu, explica Pedro Reis. A exportação de metais, combustíveis, plásticos, produtos alimentares e vestuário encontram-se entre os grupos de produtos que mais contribuíram para esse crescimento. Pedro Reis salienta, ainda, a importância da criação de parcerias estratégicas com empresas locais, como forma de abordagem aos países da Africa Ocidental francófona, com os quais Marrocos mantém excelentes relações políticas e económicas. Mas este país do Magrebe tem outros pontos fortes que o tornam um mercado muito apetecível, principalmente para Portugal, cuja capital é a mais próxima de Rabat. A grande estabilidade política é apontada como um dos aspectos de maior importância na tomada de decisões de investimento no exterior. A grande abertura comercial do país, o elevado nível de apoio ao investimento estrangeiro, bem como, os acordos de livre circulação que Marrocos celebrou com a UE, os EUA e a Turquia, são aspectos que importa aproveitar e rentabilizar, refere o presidente da AICEP. Já para não falar da proximidade geográfica e do peso estratégico da realidade do Mediterrâneo, acrescenta. Os riscos de investir em Marrocos existem mas o presidente da AICEP considera que são equivalentes aos que uma empresa teria de enfrentar num mercado desenvolvido ou europeu. Os insucessos de empresas portuguesas registados neste país devem-se essencialmente ao desconhecimento da cultura de negócios, à forma como o mercado se organiza em termos legais e comerciais e às dificuldades de comunicação em língua francesa, aponta Pedro Reis. Nada que não seja contornável com trabalho prévio por parte das exportadoras. Trunfos de Marrocos: Proximidade geográfica com Portugal. Hospitalidade e simpatia do povo marroquino para com os portugueses. Existência de acordos com a União Europeia. Banca marroquina das mais bem organizadas do Magreb. Em curso, vários programas públicos de modernização de infraestruturas (portos, TGV, estradas e auto estradas, Plano Nacional de Construção de Habitação Social e Projecto de Energias Solar e Eólica). Plataforma industrial para a Europa no âmbito da indústria automóvel e indústria aeronáutica. Indústrias do ambiente (tratamento de águas, resíduos ou lixos) com potencial interesse, em face da aproximação da legislação a` regulação europeia. Zona franca de Tânger oferece condições vantajosas para a instalação de indústrias de exportação. Logística, a curto prazo, com forte potencial de desenvolvimento. Canais de distribuição com grande potencial para as empresas portuguesas. Sector do Turismo em grande evolução (sector imobiliário e procura de serviços de qualidade). Preferência pela instalação no território de empresas estrangeiras em detrimento da venda dos produtos/serviços no mercado. A existência de facilidades aduaneiras pode ajudar a internacionalização. Fonte: AICEP Apesar da proximidade geográfica as relações económicas e culturais entre MarrocosePortugalainda têm um largo caminho a percorrer, comvantagemparaambasaspartes. Ao longo da sessão da Conferência Portugal/Marrocos organizada pelo SOL, que tive a honra de moderar, foi evidente o interesse dos empresários portugueses do sector da construção e obras públicas em participarem no esforço marroquino de aumento e melhoria de infra- -estruturas. Mas em muitos outros sectores, desde o turismo à indústria transformadora, passando pelas pescas, importa também intensificar o intercâmbio. Portugal conta, na sua raiz histórica, com uma importante contribuição árabe, ainda hoje bem visível em muitas palavras da nossa língua, incluindo nomes de terras e povoações. Os descobrimentos portugueses começaram pelo Norte de África e designadamente pelo território que hoje é Marrocos. Os conflitos armados que então aconteceram foram produto da época, devendo ser vistos nesse contexto. Hoje, os portugueses e os marroquinos têm um relacionamento cordial e amigo. União Mediterrânica Em matéria económica, estando Portugal integrado na União Europeia desde 1986, o relacionamento com Marrocos e com outros países do Sul do Mediterrâneo passa muito pelas instâncias comunitárias. Convém recordar, a propósito, que Marrocos, bem como a Tunísia, chegaram a solicitar a adesão à então Comunidade Económica Europeia. Adesão que não se concretizou, visto constar dos tratados europeus que apenas podem fazer parte da CEE, depois UE, países da Europa. Mas esse pedido de adesão mostra como Marrocos e a Tunísia se sentem próximos do continente europeu. A União Europeia lançou em 1995 ochamadoprocessodebarcelona,visandoaaproximaçãoentreospaíses do Norte e do Sul da bacia mediterrânica. Embora se tenha desenvolvido o diálogo político e de segurança entre as duas margens ao longo desses doze anos, o Processo de Barcelona ficou claramente aquém das expectativas. Por isso, a França tomou a iniciativa de promover, em 2008, a União para o Mediterrâneo. EssaUniãofoiinicialmentepensada para incluir, do lado europeu, apenasospaísesribeirinhos.masacabou por integrar, a Norte, todos os 27 EstadosmembrosdaUE.A Uniãopara o Mediterrâneo tem sede em Barcelona,dispondoaídeumsecretariado. Interesse estratégico Não faltam problemas sérios a requerer o reforço da cooperação no quadro da União para o Mediterrâneo. Decerto que questões como o conflito israelo-palestiniano, embora condicionem naturalmente as relações entre a Europa e os seus outros parceiros na União, em boa parte estão fora do alcance desta. Mas a União pode e deve ajudar o diálogo em matéria de migrações, por exemplo. Por outro lado, a recente evolução política registada em vários países onde se manifestou a chamada primavera árabe e que em alguns casos levou a guerras civis sangrentas, como tragicamente acontece na Síria trouxe uma motivação adicional para aprofundar o diálogo diplomático e político entre a UE e os outros parceiros na União Mediterrânica. Noplanoeconómico,acrisedasdívidas soberanas na zona euro e a estagnação generalizada nas economias europeias não facilitam que se atinja um dos objectivos principais dauniãomediterrânica:acriaçãode uma zona euro-mediterrânica de comércio livre até A reforma da PolíticaAgrícolaComumdaEU, por exemplo, deveria ter em conta as queixasdeexcessivoproteccionismo formuladas,muitasvezescomrazão, pelospaísesdosuldomediterrâneo. É do interesse estratégico e também económico dos europeus acelerar o crescimento das economias do Sul do Mediterrâneo, de maneira a criar aí emprego, aliviando a pressão migratória em direcção à Europa. Mas os interesses gerais e de longo prazo são frequentemente prejudicados por interesses imediatos e sectoriais. Espero que a União para o Mediterrâneo dê uma contribuição positiva para ultrapassar esses obstáculos, que os políticos bem conhecem. Francisco Sarsfield Cabral

7 12 13 AMPA FACILITADORA DE NEGÓCIOS BILATERAIS A AMPA, ASSOCIAÇÃO DE NEGÓCIOS PORTUGAL MARROCOS, NASCIDA EM 2007 POR INICIATIVA DO EMBAIXADOR PORTUGUÊS, APOIA AS EMPRESAS NA- CIONAIS QUE QUEREM APROVEITAR TO- DASASOPORTUNIDADESDOMERCADO MARROQUINO Em 2012 Marrocos passou a ser o 13 cliente português a nível mundial e o segundo em África. Apenas nos primeiros dois meses de 2013, as exportações portuguesas para o mercado marroquino cresceram 48% para milhões de euros, passando a ser o décimo maior cliente de Portugal. Os dados foram divulgados por José Maria Teixeira, presidente da Associação de Negócios Portugal Marrocos (AMPA) durante a Conferência Marrocos/Portugal: uma parceria estratégica. A AMPA nasceu em 2007, por iniciativa do embaixador de Portugal nesse país, com o objectivo de colmatar a falta de uma Câmara de Comércio luso-marroquina. Actualmente existem mais de mil empresas portuguesas a exportar para Marrocos e cerca de 180 empresas fisicamente presentes naquele país. O PIB do Reino de Marrocos registou uma média de crescimento de 4,3% nos últimos cinco anos e perspectiva-se que este aumento anual possa ser de 4,8%, nos próximos três. Com mais de 400 associados, a AMPA trabalha em três frentes: divulgação das competências portuguesas no mercado marroquino, divulgação do mercado marroquino às empresas portuguesas e apoio e estímulo à constituição de parcerias entre empresários dos dois países. Historicamente, Marrocos tem uma forte ligação a França, solidificada em termos de trocas comerciais. Esta ligação é vista como uma oportunidade para o desenvolvimento de parcerias Portugal/Marrocos que se complementam em termos de mercados externos. Enquanto Portugal surge como um facilitador no acesso das empresas marroquinas aos países de língua oficial portuguesa, Marrocos é uma porta para as empresas portuguesas chegarem aos países francófonos. Para alcançar estes objectivos de divulgação e estímulo ao conhecimento mútuo e às relações comerciais entre os dois países, a AMPA organiza diversos eventos: almoços/debates com a presença de personalidades políticas marroquinas; conferências temáticas para a divulgação do know-how português. A última aconteceu em Casablanca, com a presença dos arquitectos Souto Moura e Siza Vieira. São também organizadas actividades culturais e lúdicas, como a semana gastronómica, com a presença da fadista Cuca Roseta e apresentação do filme Fado, ou o torneio de golfe para empresários dos dois países. No apoio logístico às empresas, a AMPA presta serviços de secretariado, apoio administrativo e tradução. O mérito das crescente relações comerciais entre os dois países é atribuído, pelo presidente da AM- PA, ao bom trabalho governamental e das embaixadas dos respectivos países, em termos de divulgação. Mas há ainda muito caminho para percorrer, aponta José Maria Teixeira. O conhecimento mútuo e a confiança recíproca são palavras-chave para que as relações comerciais se intensifiquem. É preciso criar laços, é preciso que os marroquinos conheçam Portugal enquanto país. José Maria Teixeira, presidente da AMPA, foi o moderador do Painel A experiência das Empresas Portuguesas em Marrocos JOSÉ SÉRGIO O CEO da SOFID foi um dos oradores na Conferência organizada pelo SOL DIOGO GOMES DE ARAÚJO ASEMPRESASPORTUGUESAS DEVIAM APOSTAR EM MARROCOS OMERCADOMARROQUINOÉSOFISTICADO, EXIGEQUALIDADEEPROFISSIONALISMO Oenorme potencial de Marrocos justificaria dez vezes mais empresas portuguesas a apostar neste mercado do que aquelas que existem. É nisto que acredita Diogo Araújo, CEO da SOFID, instituição financeira de desenvolvimento externo, criada em 2007 para suprir a necessidade de uma entidade financeira no mercado para apoiar a entrada de empresas portuguesas em países emergentes. Marrocos está à distância de uma hora, mas ainda existe o medo da língua e da cultura, afirmou Diogo Araújo. A SOFID é uma entidade bancária, regulada pelo Banco de Portugal que se distingue de um banco comercialporque não aceita depósitos, financiando-se através do mercado e dos accionistas (Estado 60%, CGD 10%, BES 10%, BPI 10% e BCP 10%). A ideia inicial era arrancar com um capital de 20 milhões de euros, mas o projecto acabou por se concretizar com 10 milhões de euros e o compromisso dos accionistas de reforçar o investimento em O contexto de crise a nível internacional e as pressões sobre o sistema bancário levaram a que este reforço nunca tivesse acontecido. Este montante é importante porque o valor do capital limita a acção da SOFID que só pode emprestar 2,5 milhões de euros por projecto, explica o seu CEO. Neste momento a SOFID apoia 27 empresas em 8 países, sendo uma delas em Marrocos (ver caixa). Para Diogo Araújo, Marrocos é um dos países prioritários para investimentosmasaacçãodaso- FID está limitada à procura. Achamos que Marrocos tem um enorme potencial e as empresas portuguesas encontrariam aqui boas oportunidades de negócio. Marrocos está à distância de uma hora mas existeomedodalínguaeda cultura. Diogo Araújo acredita no potencial das segundas e terceiras gerações dos emigrantes portuguesas em França que, dominando a língua, podem fazer uma forte aposta no mercado marroquino. Mas alerta: o mercado de Marrocos é sofisticado, exige qualidade e profissionalismo. Vibeiras Maroc, projecto apoiado pela SOFID A Vibeiras Maroc é uma empresa de prestação de serviços de arquitetura paisagista, construção e manutenção de espaços verdes, parques, jardins e relvados. Esta criação desta empresa inseriu-se no processo de internacionalização iniciado em 2010 pela Vibeiras, que integra o grupo Mota-Engil. O projeto de investimento apresentado à SOFID, no montante global de cerca de 840 mil euros, consistiu na aquisição de equipamento operacional e de viaturas de transporte, tendo em vista responder de forma eficaz à procura de serviços de manutenção de espaços verdes, designadamente através da prestação de um serviço chave na mão. O apoio da SOFID traduziu-se no financiamento de 600 mil euros O projeto contribuirá para a criação de cerca de uma centena de postos de trabalho directos e terá impactos positivos no ambiente e na qualidade de vida dos marroquinos, designadamente através da construção e ampliação de espaços arborizados e ajardinados. ANA NABAIS

8 14 15 TECNIMEDE MARROCOS PONTO DE PARTIDA PARA TODAAÁFRICA AFARMACÊUTICAPORTUGUESATECNI- MEDE ESTÁ A CONSTRUIR UMA FÁBRICA EM MARROCO. DEVERÁ ESTAR CONCLUÍ- DA EM Uma fábrica de medicamentos do grupo farmacêutico português Tecnimede, num investimento superior a 14 milhões de euros, será realidade em Marrocos no início de Esta éagrande aposta do Grupo Tecnimede através da sua filial Tecnimede Marrocos, fundada em 1999, e que se dedica ao desenvolvimento e comercialização de produtos farmacêuticos. A Tecnimede é o segundo maior grupo farmacêutico português. Nasceu em 1980 e emprega hoje 620 pessoas. Em 2012 registou vendas superiores a 108 milhões euros. A fábrica da Tecnimede em Marrocos começou a ser construída em Outubro de 2012 com um investimento de 14 milhões de euros. A expectativa é que a obra esteja concluída no início de 2014 e crie 65 novos postos de trabalho, perspectiva Miguel Ruas da Silva, vice presidente do Grupo Tecnimede. Este responsável explica a grande aposta no país do Magreb: Marrocos surgiu como uma opção natural pela proximidade geográfica e pela estabilidade política do país. Por outro lado tem uma legislação idêntica à da União Europeia e tem vários acordos comerciais com a zona Euro. A sua política protecionista é positiva para as empresas que produzem no território. Presente no norte de África a filial Tecnimede Marrocos conta com 85 colaboradores. Depois de vários anos no mercado marroquino através de parcerias com empresas locais, adaptou a sua estratégia de gestão à legislação local, na qual é obrigatório produzir internamente os produtos farmacêuticos que são vendidos no mercado marroquino. O responsável explica que um dos factores da decisão de construir uma fábrica teve a ver com as condições impostas por Marrocos às empresas farmacêuticas. Marrocos ainda tem uma legislação proteccionista ao nível da indústria farmacêutica, obrigando a que todas as empresas que queiram trabalhar em Marrocos fabriquem localmente. Apesar de ao longo dos anos terem existido alguns problemas nomeadamente em termos de adaptação à cultura e à legislação local, o projecto avançou e a Tecnimede Marrocos está bem posicionada no mercado. No futuro, e depois da decisão de investir e construir a fábrica, a Tecnimede Marrocos quer aumentar a sua presença no país aproveitando todas as oportunidades criadas pelo dinamismo do mercado marroquino. Com a abertura da nova fábrica, o objectivo é exportar, a partir de Marrocos, para outros países de África, mas também para a Europa, Médio Oriente e Ásia. O gestor da farmacêutica portuguesa garante que, para crescer, a Tecnimede tem de aumentar as exportações. E Marrocos é o ponto de partida. O Grupo Tecnimede reconhece que a dinâmica do mercado marroquino tem sido um factor motivador, principalmente porque se encontra em contraciclo com a realidade dos mercados europeus. GRUPO PESTANA APOSTA EM CASABLANCA JOSÉ ROQUETTE, ADMINISTRADORDOMAIS IMPORTANTE GRUPOPORTUGUÊS DAÁREA HOTELEIRAREAFIRMAAINTENÇÃODE CRESCER EM MARROCOS. No coração de Casablanca, frente ao mar, surge o hotel Pestana Casablanca. Abriu há poucos meses e é a mais recente aposta de internacionalização do Grupo Pestana. O hotel está integrado no Anfa Place Living Resort, um moderno complexo multifunções concebido pelogabinetedearquitecturafoster epartners,quedispõedeinfraestruturas necessárias para viagens de negóciosoudelazer, financialclub, shopping center e beach club. Marrocos é um país no qual o grupo tinha a ambição de entrar desde há alguns anos. A intenção é ter uma presença crescente a médio, longo prazo, afirmava José Roquette, administrador do Grupo Pestana, em 2010, quando foi assinado o acordo para gestão deste espaço. Olhamos para o país com ambição. É um destino turístico, de negócios e de lazer, que tem um enorme potencial de crescimento, acrescentou, dizendo que esse objectivo poderia passar por investir em Marraquexe ou em zonas mais costeiras. Presente em 10 países A visão mantém-se. Marrocos é um destino multifacetado com o desejo de diferenciação em que o produto cultural é chave.por outro lado é já muito fácil chegar a Marrocos, havendo um grande equilíbrio entre o low-cost e o charter. Mas também há dificuldades, o que exige outras prespectivas de abordagem e desafios: O destino de Marrocos actua em mercados tradicionais com produtos convencionais, com alguma originalidade mas baixo nível de inovação, com despesa média moderada/baixa e sazonalidade forte, caracteriza o administrador do Grupo Pestana que, onde investe gosta de levar sempre o seu modo de gerir. Por isso opta por formar os recursos humanos de acordo com os critérios de qualidade e pormenor do grupo e exportar o modelo de gestão. Algumas questões burocráticas e administrativas têm sido desafios com que o grupo hoteleiro se têm deparado, pelo que é preciso pensar com ambição mas agir com prudência, concluiu José Roquette. O Grupo Pestana estás presente em dez países (Portugal, Inglaterra, Alemanha, Brasil, Argentina, Venezuela, Moçambique, África do Sul, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe). Em 2010, marcando o início da entrada na Europa, o Grupo abriu a sua primeira unidade em Londres. Em Maio de 2011, abriu o Pestana Berlim Tiergarten, na capital alemã foi um ano em grande, com a abertura de muitas e novas unidades internacionais: Miami, Bogotá e Casablanca. Luanda será o primeiro destino do Grupo em Angola. Recentemente foi anunciado também o seu terceiro investimento na Argentina, o Pestana Buenos Aires Golf & Residences. Na área do lazer, o Grupo Pestana possui 47 hotéis, 12 empreendimentos de Vacation Club, 6 campos de golfe, 3 empreendimentos imobiliário/turístico, 2 concessões de jogo para casino, Casino da Madeira e Casino em S. Tomé e Príncipe e participação numa companhia de aviação charter e um operador turístico. O universo destas entidades emprega mais de colaboradores.

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