AMEnORRéIA PRIMáRIA. COMpARTIMENTO I: DISTúRBIOS DO TRATO DE SAÍDA OU órgão-alvo UTERINO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AMEnORRéIA PRIMáRIA. COMpARTIMENTO I: DISTúRBIOS DO TRATO DE SAÍDA OU órgão-alvo UTERINO"

Transcrição

1 Unidade 1 - Adolescência Amenorréia Primária CAPÍTULO 2 AMEnORRéIA PRIMáRIA DEfINIçãO Amenorréia primária é a ausência de menstruação até os 14 anos de idade, na ausência de crescimento ou desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, ou até os 16 anos independentemente da presença desses caracteres. CLASSIfICAçãO As causas da amenorréia primária podem ser divididas de acordo com a localização anatômica da disfunção: COMpARTIMENTO I: DISTúRBIOS DO TRATO DE SAÍDA OU órgão-alvo UTERINO 1. Síndrome de Rokitansky-Küster-Hauser (Agenesia Mülleriana) É uma causa relativamente comum de amenorréia primária, perdendo apenas para a disgenesia gonadal. Clínica: As pacientes afetadas possuem vagina sólida até seu quinto inferior, útero rudimentar em forma de cordões bicornes ou ainda normal, porém sem conduto ao intróito, trompas hipoplásicas e genitália externa feminina. A função ovariana e o cariótipo feminino são normais. Aproximadamente 1/3 das pacientes apresenta anormalidades do trato urinário (rim ectópico, agenesia renal, rim em ferradura e ductos coletores anormais), sendo necessária a investigação radiológica em todos os casos 29

2 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand conirmados. Além disso, 12% ou mais apresentam anormalidades esqueléticas, a maioria de coluna. 2. Síndrome da insensibilidade a andrógenos (feminização testicular) A paciente com feminização testicular é um pseudo-hermafrodita masculino. É descrita na literatura como a terceira causa de amenorréia primária. Clínica: O crescimento e o desenvolvimento são normais, embora possam ser indivíduos mais altos que a média e eunucóides. As mamas são grandes, porém com pouco tecido glandular real, os mamilos são pequenos e as aréolas são claras. Os pequenos lábios são subdesenvolvidos e a vagina é pouco profunda. Possui cariótipo XY e gônadas masculinas. Esses pacientes produzem testosterona, porém não respondem a andrógenos. Devido à presença do hormônio anti-mülleriano, o desenvolvimento do ducto mülleriano é inibido, daí a ausência de útero, trompas e porção superior da vagina. Mais de 50% apresentam hérnia inguinal (testículos parcialmente descidos). 3. Septo vaginal transverso Causa relativamente rara de amenorréia primária. Clínica: Dores pélvicas cíclicas, sintomas de obstrução e urgência miccional pela falta de canalização do terço distal da vagina. 4. Hímen imperfurado Clínica: Geralmente a queixa principal é um desconforto na região vulvar e perineal por mucocolpo e/ou hematocolpo, visualizado através do exame ginecológico. Diagnóstico dos distúrbios do trato de saída ou órgão-alvo uterino» História clínica, exame físico geral e exame ginecológico: estadiar o desenvolvimento sexual secundário pelos critérios de Tanner, demonstrar permeabilidade vaginal e sinais de feminização testicular incompleta com aumento de clitóris.» Toque retal: pode-se palpar uma vagina não tunelizada descrita como cordão ibroso anterior ao reto ou ainda massas de consistência cística no caso de criptomenorréia. 30

3 Unidade 1 - Adolescência Amenorréia Primária» Teste da progesterona: tem a função de evidenciar a permeabilidade do trato de saída na presença de níveis adequados de estrogênio. Consiste na administração de 10 mg diários de acetato de medroxiprogesterona por 10 dias, após o qual, dentro de 3 a 7 dias, poderá ou não haver sangramento.» Ultrassonograia e a laparoscopia: proporcionam diagnósticos precisos acerca dos órgãos intrapélvicos.» Investigação laboratorial: (dosagens de FSH, LH, TSH e prolactina) nessas pacientes encontra-se normal.» Cromatina sexual de Barr estabelece um diagnóstico diferencial entre a síndrome de Rokitansky-Küster-Hauser (cromatina positiva) e a síndrome da feminização testicular (cromatina negativa). A constituição cromossômica do indivíduo se dá deinitivamente pela cariotipagem. Terapêutica:» Apoio psicológico: fundamental no tratamento de pacientes com agenesia mülleriana e feminização testicular.» Tunelização artiicial da vagina (neovagina) deve ser instituída quando a adolescente deseja o coito. No caso da feminização testicular deve-se realizar a extirpação dos testículos devido à alta incidência de neoplasia gonadal após a puberdade. Na variedade completa a castração é protelada até que exista adequado desenvolvimento das características sexuais secundárias e na variedade incompleta a castração deve ser realizada logo que se faça o diagnóstico para se evitar virilização. Na presença de hérnia inguinal, os testículos devem ser removidos logo que se diagnostique sua presença. A castração deve ser seguida de reposição hormonal. No septo vaginal transverso e no hímen imperfurado o tratamento é basicamente cirúrgico. COMpARTIMENTO II: DISTúRBIOS OvARIANOS 1. Disgenesia gonadal As disgenesias gonadais (anormalidades na diferenciação das gônadas) englobam: Síndrome de Turner: É a principal causa de amenorréia primária. O cariótipo é 45XO. Clínica: As pacientes apresentam baixa estatura, pescoço alado, tórax em escudo, aumento do ângulo do cotovelo e desenvolvimento 31

4 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand sexual secundário retardado, além de amenorréia hipoestrogênica hipergonadotróica. Apresentações clínicas menos comuns: coarctação da aorta e anormalidades do sistema coletor renal. Mosaicismo: A principal variedade de mosaicismo (múltiplas linhagens celulares com variada composição dos cromossomos sexuais) na disgenesia gonádica é XO/XX. Clínica: No caso em que a maioria das células possui cariótipo XO, as características apresentam semelhança com a síndrome de Turner (síndrome turniforme). A presença de um componente XX pode levar a diferentes graus de desenvolvimento feminino inclusive com reprodução. Mais comumente essas pacientes são baixas e a menopausa é precoce. A presença de um cromossomo Y no cariótipo exige a excisão gonadal. Disgenesia gonadal XY (síndrome de Swyer): Presumivelmente, o que ocorre nesses casos é uma falha no desenvolvimento ou uma eliminação dos testículos (regressão testicular) antes da diferenciação genital externa ou interna. O cariótipo é 46XY. Clínica: Ocorre a falta de desenvolvimento sexual com presença de órgãos genitais internos femininos infantis na forma de cordões ibrosos. Disgenesia gonadal XX (agenesia gonadal): É conhecida como disgenesia gonadal pura. O cariótipo é 46XX. A alteração se encontra no gen receptor de FSH. Clínica: Inexistem estigmas da síndrome de Turner ou anomalias extragenitais. A única anomalia encontrada são as gônadas em ita. Síndrome dos ovários resistentes: É causa rara de amenorréia primária, cuja característica fundamental é a refratariedade às gonadotroinas. Clínica: Desenvolvimento deiciente das características sexuais secundárias com folículos ovarianos aparentemente normais. Diagnóstico dos distúrbios ovarianos O diagnóstico inicialmente se faz através da história clínica, exame físico e exame ginecológico (atentar para o estadiamento do desenvolvimento sexual pelos critérios de Tanner), com os achados já descritos acima. A ultrassonograia para a evidenciação dos órgãos sexuais internos é mandatória. 32

5 Unidade 1 - Adolescência Amenorréia Primária A laparoscopia com biópsia gonadal para esclarecimento do status cromossomal do indivíduo pode ser necessária. Dosagem das gonadotroinas hipoisárias: Tanto nas disgenesias gonadais como na síndrome dos ovários resistentes ocorre um hipogonadismo hipergonadotróico, encontramos altos níveis de FSH (e algumas vezes de LH), com baixos níveis de estradiol. O raio X de punhos deve ser realizado para a determinação da idade óssea e posterior tratamento. A cromatina sexual de Barr não é suiciente para um diagnóstico completo da variedade de disgenesia gonádica, sendo importantíssima a cariotipagem desses indivíduos para a evidenciação da presença de cromossomo Y. Na presença da síndrome de Turner deve-se descartar anormalidades cardiovasculares e renais. Terapêutica: Nos distúrbios ovarianos se faz necessária a substituição hormonal a partir da idade óssea de anos. A substância de escolha para o início da terapêutica é o estradiol ou valerato de estradiol (evita-se o etinilestradiol) com acréscimo da progesterona seis meses depois. Na presença de cromossomo Y (alguns mosaicismos e disgenesia gonadal XY) é mandatória a extirpação gonadal pelo risco de malignização tumoral. COMpARTIMENTO III: DISTúRBIOS DA HIpófISE ANTERIOR A amenorréia primária de causa hipoisária é muito rara. As causa principais são: processos inlamatórios (síilis, tuberculose, doenças autoimunes) e tumores com ou sem atividade endócrina (craniofaringeoma). A hiperprolactinemia é a causa principal de amenorréia hipoisária secundária, sendo rara na amenorréia primária. Esta é desencadeada principalmente por prolactinoma e hipotireoidismo. Clínica: Esta se baseia pela clínica característica da patologia de base e nos casos de grandes tumores por sintomas de compressão (cefaléia, distúrbios neurológicos, diminuição do campo visual etc.). Diagnóstico A história clínica, o exame físico e o exame ginecológico devem estar presentes em todas as avaliações diagnósticas. Raio X de sela túrcica e eventualmente tomograia computadorizada e ressonância magnética para evidenciação de tumor. Dosagens de prolactina e TSH para se evidenciar hiperprolactinemia ou hipotireoidismo. 33

6 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand Terapêutica Tratamento da patologia de base, tratamento cirúrgico de acordo com a natureza do tumor. Nos casos de prolactinomas, somente após adequada avaliação do tumor se pode decidir pela cirurgia ou tratamento com bromocriptina. COMpARTIMENTO Iv: DISTúRBIOS HIpOTALâMICOS Pacientes com amenorréia hipotalâmica (hipogonadismo hipogonadotróico) têm deiciência na secreção pulsátil de GnRH. É causa mais comum de amenorréia secundária. Dentre algumas causas podemos citar: anorexia nervosa, desnutrição, tensão emocional e obesidade (não hipogonadotróica e sim por anovulação). A síndrome de Kallmann (hipogonadismo hipogonadotróico associado a anosmia por sulcos olfatórios hipoplásicos ou ausentes) se encontra entre as causas menos comuns. 34

Amenorréia. Amenorréia Secundária: Ausência de menstruação por três ciclos menstruais normais ou por seis meses (em mulher que já menstruou)

Amenorréia. Amenorréia Secundária: Ausência de menstruação por três ciclos menstruais normais ou por seis meses (em mulher que já menstruou) Amenorréia Amenorréia Definição: Amenorréia Primária: Ausência de menstruação aos 14 anos de idade sem características sexuais visíveis, ou aos 16 anos de idade na presença de características secundárias

Leia mais

Saúde reprodutiva das adolescentes - Amenorreias

Saúde reprodutiva das adolescentes - Amenorreias Saúde reprodutiva das adolescentes - Amenorreias Helena Solheiro Coimbra, 17 Novembro de 2017 WORKSHOP - SAÚDE REPRODUTIVA DAS ADOLESCENTES NÚCLEO DE GINECOLOGIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA DA SPG 17 de

Leia mais

AMENORRÉIA PRIMÁRIA: FLUXOGRAMA DE INVESTIGAÇÃO

AMENORRÉIA PRIMÁRIA: FLUXOGRAMA DE INVESTIGAÇÃO UNITERMOS AMENORRÉIA PRIMÁRIA: FLUXOGRAMA DE INVESTIGAÇÃO AMENORREIA. Maria Rita Ronchetti Maicon Cigolini Betina Bojunga Carvalho Sara Kvitko de Moura Mariangela Badalotti KEYWORDS AMENORREIA. SUMÁRIO

Leia mais

Distúrbios menstruais na adolescência

Distúrbios menstruais na adolescência Distúrbios menstruais na adolescência Cláudia Braga Monteiro Abadesso Cardoso Maria Alice Neves Bordallo Irregularidades menstruais - definição e classificação. Anovulação crônica. Amenorréia primária

Leia mais

PUBERDADE PRECOCE E TARDIA

PUBERDADE PRECOCE E TARDIA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ LIPED-UNIOESTE RESIDÊNCIA MÉDICA DE PEDIATRIA PUBERDADE PRECOCE E TARDIA Acadêmico

Leia mais

Determinação e Diferenciação Sexuais

Determinação e Diferenciação Sexuais Determinação e Diferenciação Sexuais Profa. Dra. Ester Silveira Ramos Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo esramos@rge.fmrp.usp.br Sexo genético Sexo gonadal Genitália interna

Leia mais

Aspectos Genéticos da Determinação e da Diferenciação Sexuais

Aspectos Genéticos da Determinação e da Diferenciação Sexuais Aspectos Genéticos da Determinação e da Diferenciação Sexuais Profa. Dra. Ester Silveira Ramos Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo esramos@fmrp.usp.br Sexo genético Sexo gonadal

Leia mais

A FIGURA 1 apresenta alterações cutâneas potencialmente associadas a anormalidades endócrinas.

A FIGURA 1 apresenta alterações cutâneas potencialmente associadas a anormalidades endócrinas. Questão 1 A FIGURA 1 apresenta alterações cutâneas potencialmente associadas a anormalidades endócrinas. Escolha a alternativa que indica o conjunto de associações mais adequado aos quadros apontados nos

Leia mais

Tratamento das Anomalias da Diferenciação Sexual e Opção de Sexo de Criação

Tratamento das Anomalias da Diferenciação Sexual e Opção de Sexo de Criação Tratamento das Anomalias da Diferenciação Sexual e Opção de Sexo de Criação Manual SPSP Durval Damiani A partir da constatação de uma anomalia da diferenciação sexual, com graus variados de ambigüidade

Leia mais

Universidade Federal de Pernambuco Disciplina de Ginecologia. Amenorréia Primária. Diagnóstico Etiológico

Universidade Federal de Pernambuco Disciplina de Ginecologia. Amenorréia Primária. Diagnóstico Etiológico Universidade Federal de Pernambuco Disciplina de Ginecologia Amenorréia Primária Diagnóstico Etiológico Prof. Sabino Pinho Otto Dix (1891 1969) Amenorréia Conceito: É a ausência temporária ou definitiva

Leia mais

SEXO GENÉTICO SEXO GONADAL SEXO GENITAL SEXO COMPORTAMENTAL. DETERMINAÇÃO DO SEXO GONADAL Cromossomos XY

SEXO GENÉTICO SEXO GONADAL SEXO GENITAL SEXO COMPORTAMENTAL. DETERMINAÇÃO DO SEXO GONADAL Cromossomos XY SEXO GENÉTICO SEXO GONADAL SEXO GENITAL SEXO COMPORTAMENTAL DETERMINAÇÃO DO SEXO GENÉTICO A penentração de um óvulo (X) por um esperma (X ou Y) é o evento chave na determinação do sexo do indivíduo. A

Leia mais

SEXO GENÉTICO SEXO GONADAL SEXO GENITAL SEXO COMPORTAMENTAL. DETERMINAÇÃO DO SEXO GONADAL Cromossomos XY

SEXO GENÉTICO SEXO GONADAL SEXO GENITAL SEXO COMPORTAMENTAL. DETERMINAÇÃO DO SEXO GONADAL Cromossomos XY SEXO GENÉTICO SEXO GONADAL SEXO GENITAL SEXO COMPORTAMENTAL DETERMINAÇÃO DO SEXO GENÉTICO A penentração de um óvulo (X) por um esperma (X ou Y) é o evento chave na determinação do sexo do indivíduo. A

Leia mais

Cromossomos sexuais e suas anomalias

Cromossomos sexuais e suas anomalias Cromossomos sexuais e suas anomalias Síndrome de Turner ou Monossomia do cromossomo X A Síndrome de Turner, descrita na década de 40, é característica do sexo feminino e ocorre numa proporção de 1:2500

Leia mais

Glândulas endócrinas:

Glândulas endócrinas: Sistema Endócrino Glândulas endócrinas: Funções: Secreções de substâncias (hormônios) que atuam sobre célula alvo Hormônios: Substâncias informacionais distribuídas pelo sangue. Eles modificam o funcionamento

Leia mais

Manejo Ambulatorial de Massas Anexiais

Manejo Ambulatorial de Massas Anexiais Instituto Fernandes Figueira FIOCRUZ Departamento de Ginecologia Residência Médica Manejo Ambulatorial de Massas Anexiais Alberto Tavares Freitas Tania da Rocha Santos Abril de 2010 Introdução Representam

Leia mais

Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes;

Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes; Reprodução Humana Reprodução Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes; Ocorre a reprodução sexuada. Na mulher os órgãos sexuais são os ovários, que produzem os óvulos; no homem, são

Leia mais

Sistema Reprodutor 1

Sistema Reprodutor 1 Sistema Reprodutor 1 APARELHO REPRODUTOR MASCULINO 2 Funções Reprodutivas Espermatogênese: formação do esperma Regulação das funções sexuais masculinas pelos diversos hormônios Ato sexual masculino 3 Anatomia

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, Células e Tecidos Gametogênese. Prof. Daniele Duó

BIOLOGIA. Moléculas, Células e Tecidos Gametogênese. Prof. Daniele Duó BIOLOGIA Moléculas, Células e Tecidos https://www.qconcursos.com Prof. Daniele Duó - A reprodução sexuada começa com a formação dos gametas, denominado gametogênese. espermatogênese ovulogênese ou ovogênese

Leia mais

Ciclo Reprodutivo Feminino Parte I. Embriogênese do aparelho reprodutor feminino e desenvolvimento puberal

Ciclo Reprodutivo Feminino Parte I. Embriogênese do aparelho reprodutor feminino e desenvolvimento puberal Ciclo Reprodutivo Feminino Parte I. Embriogênese do aparelho reprodutor feminino e desenvolvimento puberal Disciplina de Reprodução Humana Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP - USP Profa Dra

Leia mais

Mario Vicente Giordano UNIRIO / SOGIMA 2016

Mario Vicente Giordano UNIRIO / SOGIMA 2016 Mario Vicente Giordano UNIRIO / SOGIMA 2016 Anamnese / Exame Físico Disfunção Ovulatória Anormalidades Uterinas Permeabilidade Tubária Análise Seminal Atenção! Associação de Fatores... diagnóstico anamnese

Leia mais

Glândulas endócrinas:

Glândulas endócrinas: SISTEMA ENDÓCRINO Glândulas endócrinas: Funções: Secreções de substâncias (hormônios) que atuam sobre célula alvo Regulação do organismo (homeostase) Hormônios: Substâncias químicas que são produzidas

Leia mais

Desordens da Diferenciação Sexual. Mariana de Melo Gadelha Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF 06/08/2010

Desordens da Diferenciação Sexual. Mariana de Melo Gadelha Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF  06/08/2010 Desordens da Diferenciação Sexual Mariana de Melo Gadelha Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br 06/08/2010 Menino... ... ou Menina? Quando não se pode responder a essa pergunta sem

Leia mais

19/11/2009. Sistema Reprodutor Masculino Adulto. Formação do sistema genital. Sistema reprodutor feminino adulto. 1ª Etapa: Determinação sexual

19/11/2009. Sistema Reprodutor Masculino Adulto. Formação do sistema genital. Sistema reprodutor feminino adulto. 1ª Etapa: Determinação sexual Desenvolvimento do Sistema Sistema Reprodutor Masculino Adulto Reprodutor Masculino e Feminino Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Sistema reprodutor feminino adulto Formação do sistema genital 1ª Etapa:

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS P1-4º BIMESTRE 8º ANO FUNDAMENTAL II Aluno (a): Turno: Turma: Unidade Data: / /2016 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Identificar as principais mudanças pelas quais o indivíduo passa

Leia mais

ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO. Elisângela Mirapalheta Madeira Medica Veterinária, MC

ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO. Elisângela Mirapalheta Madeira Medica Veterinária, MC ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO Elisângela Mirapalheta Madeira Medica Veterinária, MC Introdução Glândulas Endócrinas Hipotálamo Hipófise Gônadas Glândula pineal Glândulas Endócrinas Hipotálamo Glândulas

Leia mais

SIC. Casos Clínicos GINECOLOGIA OBSTETRÍCIA. volume 6 GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

SIC. Casos Clínicos GINECOLOGIA OBSTETRÍCIA. volume 6 GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA SIC Casos Clínicos volume 6 GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA GINECOLOGIA OBSTETRÍCIA AUTORES Rodrigo da Rosa Filho Graduado em Medicina e especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Reprodução Humana pela

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR. Profª Talita Silva Pereira

SISTEMA REPRODUTOR. Profª Talita Silva Pereira SISTEMA REPRODUTOR Profª Talita Silva Pereira O sistema reprodutor masculino é formado: Testículos Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra. Pênis e Escroto Glândulas anexas: próstata, vesículas

Leia mais

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Endócrino Humano Parte 2. Prof.ª Daniele Duó

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Endócrino Humano Parte 2. Prof.ª Daniele Duó BIOLOGIA Identidade dos Seres Vivos Parte 2 https://www.qconcursos.com Prof.ª Daniele Duó Principais órgãos que constituem o sistema endócrino são: o o o o o o o Hipófise; Hipotálamo; Tireóide; Paratireóide;

Leia mais

AS ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS EM HUMANOS

AS ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS EM HUMANOS AS ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS EM HUMANOS Incidência global de anormalidades cromossômicas em recém-nascidos = 1 em 160 nascimentos. Frequência total de anormalidades cromossômicas em abortos espontâneos =

Leia mais

Problemas de Crescimento BAIXA ESTATURA. Viviane Cunha Cardoso Departamento de Puericultura e Pediatria FMRP-USP

Problemas de Crescimento BAIXA ESTATURA. Viviane Cunha Cardoso Departamento de Puericultura e Pediatria FMRP-USP Problemas de Crescimento BAIXA ESTATURA Viviane Cunha Cardoso Departamento de Puericultura e Pediatria FMRP-USP Problemas de Crescimento Crescimento é um indicador bastante sensível para medidas de saúde

Leia mais

Determinação do sexo

Determinação do sexo Determinação do sexo No reino animal sexo é um dos fenótipos mais visíveis John Wiley & Sons, Inc. Esse dimorfismo, as vezes é determinado por fatores ambientais John Wiley & Sons, Inc. Exemplo Em uma

Leia mais

Diplofase. Haplofase

Diplofase. Haplofase Prof. Bruno Uchôa Diplofase Haplofase O sexo de um indivíduo é determinado, geneticamente, de acordo com os cromossomas sexuais que se encontram no ovo. As estruturas masculinas e femininas desenvolvem-se

Leia mais

Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Puericultura e Pediatria

Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Puericultura e Pediatria Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Departamento de Puericultura e Pediatria Endocrinologia da Criança e do Adolescente ATRASO PUBERAL * Dra. MÔNICA F. STECCHINI & PROF. SONIR

Leia mais

Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Do grego: Hormon = estimular Hormônios são substâncias químicas produzidas por um grupo de células

Leia mais

Infertilidade. Propedêutica básica do casal infértil

Infertilidade. Propedêutica básica do casal infértil Propedêutica básica do casal infértil Conceitos -INFERTILIDADE: Ausência de contracepção após um ano de tentativa, sem a utilização de um método contraceptivo. -FECUNDIBILIDADE: É a probabilidade de se

Leia mais

Fisiologia Animal sistema endócrino

Fisiologia Animal sistema endócrino Fisiologia Animal sistema endócrino Biologia Frente 2 Aulas 55 a 60 Diler Inspire-se Quem define a hora do nascimento? Inspire-se O que faz a mãe produzir leite e amamentar? Inspire-se Como nos tornamos

Leia mais

hormônios do sistema genital masculino gônadas masculinas

hormônios do sistema genital masculino gônadas masculinas Gônadas masculinas Os hormônios do sistema genital masculino são produzidos nas gônadas masculinas, muito conhecidas como testículos. São os hormônios que determinam as características sexuais secundárias,

Leia mais

ATRASO PUBERAL. Sonir R. Antonini Endocrinologia da Criança e do Adolescente Departamento de Puericultura e Pediatria

ATRASO PUBERAL. Sonir R. Antonini Endocrinologia da Criança e do Adolescente Departamento de Puericultura e Pediatria ATRASO PUBERAL Sonir R. Antonini Endocrinologia da Criança e do Adolescente Departamento de Puericultura e Pediatria ATRASO PUBERAL Introdução Classificação etiológica Investigação clínica Investigação

Leia mais

AMENORRÉIA Cynthia Salgado Lucena Caso Clínico/ Abril- 2011

AMENORRÉIA Cynthia Salgado Lucena Caso Clínico/ Abril- 2011 AMENORRÉIA Cynthia Salgado Lucena Caso Clínico/ Abril- 2011 ASPECTOS GERAIS: Mamas presentes/ FSH nl/ útero ausente: Agenesia mülleriana e sínd de resistência completa aos androgênios. Dosar testosterona.

Leia mais

Anovulação. Profª. Keyla Ruzi

Anovulação. Profª. Keyla Ruzi Anovulação Profª. Keyla Ruzi Síndrome da Anovulação Crônica Caracteriza-se pela ausência persistente de ovulação. 15 a 20% da população feminina em idade fértil. Pode ocorrer em condições fisiológicas

Leia mais

T AT A A T M A E M NT N O

T AT A A T M A E M NT N O Interpretação de exames laboratoriais em RHA Técnicas de Reprodução Assistida Dr. Pedro Augusto Araujo Monteleone pedro@monteleone.med.br 24 de fevereiro de 2012 exames laboratoriais em RHA DIAGNÓSTICO

Leia mais

exames laboratoriais em RHA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROGNÓSTICO SEGUIMENTO RESULTADO

exames laboratoriais em RHA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROGNÓSTICO SEGUIMENTO RESULTADO Interpretação de exames laboratoriais em RHA Técnicas de Reprodução Assistida exames laboratoriais em RHA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROGNÓSTICO SEGUIMENTO RESULTADO Esquema Prático de Avaliação do Casal Infértil

Leia mais

SECONDARY AMENORRHEA: INITIAL INVESTIGATION AMENORREIA SECUNDÁRIA: ABORDAGEM DIAGNÓSTICA INICIAL

SECONDARY AMENORRHEA: INITIAL INVESTIGATION AMENORREIA SECUNDÁRIA: ABORDAGEM DIAGNÓSTICA INICIAL SECONDARY AMENORRHEA: INITIAL INVESTIGATION AMENORREIA SECUNDÁRIA: ABORDAGEM DIAGNÓSTICA INICIAL UNITERMOS AMENORREIA; AMENORREIA SECUNDÁRIA Rita Guidotti Feio Marília Maia de Gonçalves Pedro Paes Mariangela

Leia mais

Amenorréia. Profª. Keyla Ruzi

Amenorréia. Profª. Keyla Ruzi Amenorréia Profª. Keyla Ruzi Amenorréia Conceito: ausência de menstruação em uma época na qual ela deveria ocorrer. Exclui-se períodos de amenorréia fisiológica, como na gravidez e lactação, antes da menarca

Leia mais

DISTOPIA TESTICULAR. CONCEITUANDO Denomina-se distopia testicular a ausência do testículo na bolsa testicular.

DISTOPIA TESTICULAR. CONCEITUANDO Denomina-se distopia testicular a ausência do testículo na bolsa testicular. DISTOPIA TESTICULAR CONCEITUANDO Denomina-se distopia testicular a ausência do testículo na bolsa testicular. É MUITO COMUM Ocorre em 0,5% dos nascidos a termo e em 5,4% nos prematuros. Sua distribuição

Leia mais

Glândulas exócrinas e endócrinas

Glândulas exócrinas e endócrinas Sistema Endócrino Glândulas exócrinas e endócrinas Tipos de Glândulas Glândulas exócrinas: liberam sua secreção fora do corpo ou dentro de uma cavidade.ex: Glândulas salivares, sudoríparas, sebáceas,...

Leia mais

INTRODUÇÃO BOA LEITURA!

INTRODUÇÃO BOA LEITURA! INTRODUÇÃO A mulher é, sabidamente, a que mais procura manter a saúde em dia. Esse cuidado tem início logo na adolescência, com a primeira menstruação. É quando o ginecologista passa a fazer parte da rotina

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Anatomia Genitália externa: pênis e bolsa escrotal; Órgãos reprodutores internos: testículos culos, epidídimos dimos, ductos(deferente, ejaculador e uretra) e as glândulas

Leia mais

As principais manifestações Puberdade (Marshall e Tanner) Crescimento rápido: aceleração seguida de desaceleração do esqueleto e órgãos internos;

As principais manifestações Puberdade (Marshall e Tanner) Crescimento rápido: aceleração seguida de desaceleração do esqueleto e órgãos internos; As principais manifestações Puberdade (Marshall e Tanner) Crescimento rápido: aceleração seguida de desaceleração do esqueleto e órgãos internos; Desenvolvimento das gônadas; Desenvolvimento dos órgãos

Leia mais

Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes;

Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes; Reprodução Humana Reprodução Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes; Ocorre a reprodução sexuada. Na mulher os órgãos sexuais são os ovários, que produzem os óvulos; no homem, são

Leia mais

Gametogênese Ovogênese. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Embriologia molecular

Gametogênese Ovogênese. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Embriologia molecular Gametogênese Ovogênese Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Embriologia molecular Cél germinativa primordial (CGP) CGP Oogônias Inicia antes do nascimento Depois entra em repouso Na puberdade termina a diferenciação

Leia mais

ENCCEJA RESUMO. Reprodução e contracepção. Natureza 1

ENCCEJA RESUMO. Reprodução e contracepção. Natureza 1 Reprodução e contracepção RESUMO A reprodução é uma característica dos organismos vivos, que produzem descendentes que contenham os seus genes, fazendo-os semelhantes para perpetuar a vida. Reproduzir

Leia mais

Conhecer a morfologia do complexo hipotálamo-hipófise.

Conhecer a morfologia do complexo hipotálamo-hipófise. Conhecer a morfologia do complexo hipotálamo-hipófise. Compreender o mecanismo de regulação do hipotálamo sobre a hipófise. Conhecer a ação das principais hormonas sexuais femininas estrogénios e progesterona.

Leia mais

SISTEMA ENDÓCRINO. Hipotálamo Paratireóide

SISTEMA ENDÓCRINO. Hipotálamo Paratireóide INTRODUÇÃO O sistema endócrino é composto por um grupo de tecidos especializados chamados glândulas cuja função é produzir e liberar na corrente sanguínea substâncias chamadas s. Os hormônios são transportados

Leia mais

CICLO MENSTRUAL CICLO OVARIANO CICLO UTERINO. Prof.ª Patrícia Silva de Medeiros Ajes - Guarantã do Norte/MT

CICLO MENSTRUAL CICLO OVARIANO CICLO UTERINO. Prof.ª Patrícia Silva de Medeiros Ajes - Guarantã do Norte/MT CICLO MENSTRUAL CICLO OVARIANO CICLO UTERINO Prof.ª Patrícia Silva de Medeiros Ajes - Guarantã do Norte/MT Ciclo Menstrual Fisiologia do Ciclo Menstrual A primeira menstruação da vida da mulher chama-

Leia mais

CAPÍTULO 18. MIOMAS SUBMUCOSOS: ESTADIAMEnTOS PARA TRATAMEnTO HISTEROSCÓPICO. 1. INTRODUçãO

CAPÍTULO 18. MIOMAS SUBMUCOSOS: ESTADIAMEnTOS PARA TRATAMEnTO HISTEROSCÓPICO. 1. INTRODUçãO CAPÍTULO 18 MIOMAS SUBMUCOSOS: ESTADIAMEnTOS PARA TRATAMEnTO HISTEROSCÓPICO 1. INTRODUçãO Leiomiomas uterinos são os tumores mais frequentes do trato genital feminino, clinicamente aparentes em 25% das

Leia mais

Sistema reprodutor masculino e feminino: origem, organização geral e histologia

Sistema reprodutor masculino e feminino: origem, organização geral e histologia Sistema reprodutor masculino e feminino: origem, organização geral e histologia CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS TEGUMENTAR, LOCOMOTOR E REPRODUTOR Profa. Msc. Ângela Cristina Ito Sistema reprodutor

Leia mais

SISTEMA HIPOTÁLAMO- HIPOFISÁRIO

SISTEMA HIPOTÁLAMO- HIPOFISÁRIO SISTEMA HIPOTÁLAMO- HIPOFISÁRIO Localização Importância -controle de secreção de vários hormônios -controle de vários processos fisiológicos: reprodução desenvolvimento e crescimento metabolismo energético

Leia mais

Sistema Endócrino. Móds 33 e 34. Prof. Rafa

Sistema Endócrino. Móds 33 e 34. Prof. Rafa Sistema Endócrino Móds 33 e 34 Prof. Rafa Hipófise Hipófise Anterior ou Adenoipófise Hipófise Posterior ou Neuroipófise Hormônios da Adenoipófise: GH (Crescimento) ou (STH) Somatotrófico: formação óssea

Leia mais

Sistemas Humanos. Sistema Genital Compreende o conjunto de órgãos com função reprodutora, sendo diferente entre homens e mulheres.

Sistemas Humanos. Sistema Genital Compreende o conjunto de órgãos com função reprodutora, sendo diferente entre homens e mulheres. Sistemas Humanos Prof. Leonardo F. Stahnke Sistema Compreende o conjunto de órgãos com função reprodutora, sendo diferente entre homens e mulheres. Hipófise 1 Além da produção de testosterona e androgênio

Leia mais

SUMÁRIO SOBRE A FEBRASGO 4 O QUE É 5 SINTOMAS 6 DIAGNÓSTICO 7 TRATAMENTO 8 ENTENDA A ENDOMETRIOSE 9 ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE

SUMÁRIO SOBRE A FEBRASGO 4 O QUE É 5 SINTOMAS 6 DIAGNÓSTICO 7 TRATAMENTO 8 ENTENDA A ENDOMETRIOSE 9 ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE ENDOMETRIOSE 1 SUMÁRIO SOBRE A FEBRASGO 4 O QUE É 5 SINTOMAS 6 DIAGNÓSTICO 7 TRATAMENTO 8 ENTENDA A ENDOMETRIOSE 9 ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE 10 ENDOMETRIOSE NA ADOLESCÊNCIA 11 3 SOBRE A FEBRASGO A

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências da Natureza Disciplina: Ciências Ano: 8º Ensino Fundamental Professora: Raquel Lara Ciências Atividades para Estudos Autônomos Data: 7 / 8 / 2018 Aluno(a): Nº: Turma:

Leia mais

Fisiologia Endócrina do Sistema Reprodutivo

Fisiologia Endócrina do Sistema Reprodutivo Fisiologia Endócrina do Sistema Reprodutivo Profa. Letícia Lotufo Função Reprodutiva: Diferenciação sexual Função Testicular Função Ovariana Antes e durante a gravidez 1 Diferenciação sexual Sexo Genético

Leia mais

AMENORRÉIA. mas se completarão após prazo variável. A síndrome de Kallman é caracterizada

AMENORRÉIA. mas se completarão após prazo variável. A síndrome de Kallman é caracterizada 8 HANS WOLFGANG HALBE Professor Assistente Livre Docente, Departamento de Obstetrícia e Ginecologia, F.M.U.S.P., Chefe do Grupo de Ginecologia Endócrina do Departamento de Clínica Médica F.M.U.S.P, AMENORRÉIA

Leia mais

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino. Professora: Karin

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino. Professora: Karin Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino Professora: Karin Função? O sistema reprodutor feminino é o responsável por desempenhar toda a trajetória de reprodução, desde a ovulação até a expulsão do bebê

Leia mais

Aluno(a): N o : Turma:

Aluno(a): N o : Turma: Querido(a) aluno(a), Os assuntos trabalhados neste Estudo Autônomo estão relacionados aos conteúdos do Sistema Endócrino (Capítulo 14) e do Sistema Genital (Capítulo 15) do seu livro didático. Antes de

Leia mais

Ambiguidade Genital, Hipospádia e Criptorquidia

Ambiguidade Genital, Hipospádia e Criptorquidia Curso de Graduação em Medicina / FMRP- USP Ambiguidade Genital, Hipospádia e Criptorquidia Sonir R. Antonini Livre-Docente - Professor Associado Endocrinologia da Criança e do Adolescente Departamento

Leia mais

Definição. Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital;

Definição. Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital; PROLAPSO GENITAL Definição Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital; Sistema de Fixação dos Órgãos Pélvicos Aparelho de Suspensão Conjunto de ligamentos

Leia mais

Sumário. 1. Visão geral da enfermagem materna Famílias e comunidades Investigação de saúde do paciente recém nascido...

Sumário. 1. Visão geral da enfermagem materna Famílias e comunidades Investigação de saúde do paciente recém nascido... Sumário Parte I Papéis e relacionamentos 1. Visão geral da enfermagem materna...23 O processo de enfermagem...25 Planejamento familiar...26 Gestação na infância ou na adolescência...26 Gestação após os

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Parte 1. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Parte 1. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Parte 1 Profª. Lívia Bahia Anatomia e Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino O sistema reprodutor feminino consiste nas estruturas externas

Leia mais

PUBERDADE PRECOCE. Sonir R. R. Antonini

PUBERDADE PRECOCE. Sonir R. R. Antonini PUBERDADE PRECOCE Sonir R. R. Antonini antonini@fmrp.usp.br Endocrinologia da Criança e do Adolescente Departamento de Puericultura e Pediatria FMRP / USP PRINCIPAIS EVENTOS PUBERAIS GONADARCA (Ativação

Leia mais

GUIA SOBRE ENDOMETRIOSE

GUIA SOBRE ENDOMETRIOSE GUIA SOBRE ENDOMETRIOSE INTRODUÇÃO +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++3

Leia mais

A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o S é r g i o V. N. G a i a E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 A N T Ó N I O S É R G I O

A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o S é r g i o V. N. G a i a E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 A N T Ó N I O S É R G I O A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s A n t ó n i o S é r g i o V. N. G a i a E S C O L A S E C U N D Á R I A / 3 A N T Ó N I O S É R G I O BIOLOGIA Módulo 1 12º CTec CURSO CIENTÍFICO-HUMANÍSTICO DE

Leia mais

PRÉ-REQUISITO R4 ENDOSCOPIA GINECOLÓGICA (403) ORGANIZADOR

PRÉ-REQUISITO R4 ENDOSCOPIA GINECOLÓGICA (403) ORGANIZADOR RESIDÊNCIA MÉDICA (UERJ-FCM) 0 PRÉ-REQUISITO (R) / 0 PROVA ESCRITA PRÉ-REQUISITO R ENDOSCOPIA GINECOLÓGICA (0) 0 RESIDÊNCIA MÉDICA (UERJ-FCM) 0 PRÉ-REQUISITO (R) / 0 PROVA ESCRITA OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA

Leia mais

BIOLOGIA FRENTE A SÉRIE: 9º ANO SÍNDROMES. Profª. LUCIANA ARAUJO

BIOLOGIA FRENTE A SÉRIE: 9º ANO SÍNDROMES. Profª. LUCIANA ARAUJO BIOLOGIA FRENTE A SÉRIE: 9º ANO SÍNDROMES Profª. LUCIANA ARAUJO SÍNDROMES Down Patau Edwards Klinefelter Turner Triplo X Duplo Y SÍNDROME DE DOWN - CARIÓTIPO Fonte: http://www.dreamstime.com/ SÍNDROME

Leia mais

SISTEMA GENITAL FEMININO

SISTEMA GENITAL FEMININO SISTEMA GENITAL FEMININO PROF STUART - BIOLOGIA Anatomia Feminino PROF STUART - BIOLOGIA 1 Anatomia Feminino PROF STUART - BIOLOGIA 1) Anatomia a) Pequenos e grandes lábios: Delimitam a entrada da vagina

Leia mais

PROIBIDA A REPRODUÇÃO

PROIBIDA A REPRODUÇÃO Página 1 Protocolo do Complexo de Regulação do Estado do Rio de Janeiro POP-2000--002 01 1 / Protocolo do SOLICITANTE do SER Página 2 Protocolo do Complexo de Regulação do Estado do Rio de Janeiro POP-2000--002

Leia mais

ORGANIZADOR. Página 1 de 6

ORGANIZADOR. Página 1 de 6 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 07 PEDIATRIA (R) / ( 4) PROVA DISCURSIVA Página de 6 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 07 PEDIATRIA (R) / ( 4) PROVA DISCURSIVA PEDIATRIA ) Menina de oito anos apresenta, há dois dias, febre

Leia mais

Anovulação Crônica. Rui Alberto Ferriani Setor de Reprodução Humana Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP USP

Anovulação Crônica. Rui Alberto Ferriani Setor de Reprodução Humana Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP USP Anovulação Crônica Rui Alberto Ferriani Setor de Reprodução Humana Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP USP Hipotálamo Pico de LH Ovulação 28 dias Níveis Sanguíneos de Gonadotrofinas Ovulação

Leia mais

EXERCÌCIOS GLOBAIS. - as células 3 são duas vezes mais numerosas do que as 2; - as células 4 são duas vezes mais numerosas do que as 3;

EXERCÌCIOS GLOBAIS. - as células 3 são duas vezes mais numerosas do que as 2; - as células 4 são duas vezes mais numerosas do que as 3; EXERCÌCIOS GLOBAIS 1. Atente às figuras 1 e 2 e responda às questões que se seguem: A fig.1 mostra um corte esquemático de uma estrutura estudada e a sua análise mostra que: - as células 3 são duas vezes

Leia mais

ENDOMETRIOSE: CONHEÇA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS

ENDOMETRIOSE: CONHEÇA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS ENDOMETRIOSE: CONHEÇA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS INTRODUÇÃO 3 ENDOMETRIOSE 5 ENDOMETRIOSE E GRAVIDEZ 11 A IMPORTÂNCIA DE CONTAR COM AJUDA ESPECIALIZADA EM FERTILIDADE 14 CONCLUSÃO 16 SOBRE A CLÍNICA ORIGEN

Leia mais

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein Tumores Ginecológicos Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein Tumores Ginecológicos Colo de útero Endométrio Ovário Sarcomas do corpo uterino Câncer de

Leia mais

DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER

DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER Universidade Federal do Maranhão MESTRADO: SAÚDE DO ADULTO E DA CRIANÇA DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER MÓDULO: MECANISMO DA CARCINOGÊNESE DO HPV NAS LESÕES CERVICO-VAGINAIS 3ª Etapa - CITOLOGIA HORMONAL Prof.

Leia mais

CAPÍTULO 10. GRAVIDEZ ECTÓPICA: DIAGnÓSTICO PRECOCE. 1. DEfINIçãO:

CAPÍTULO 10. GRAVIDEZ ECTÓPICA: DIAGnÓSTICO PRECOCE. 1. DEfINIçãO: Unidade 3 - Ginecologia Gravidez Ectópica: Diagnóstico Precoce CAPÍTULO 10 GRAVIDEZ ECTÓPICA: DIAGnÓSTICO PRECOCE 1. DEfINIçãO: Implatação do ovo fora da cavidade endometrial, como, por exemplo, nas tubas,

Leia mais

ENTENDA A INFERTILIDADE FEMININA E AS DOENÇAS QUE A CAUSAM

ENTENDA A INFERTILIDADE FEMININA E AS DOENÇAS QUE A CAUSAM ENTENDA A INFERTILIDADE FEMININA E AS DOENÇAS QUE A CAUSAM INTRODUÇÃO 3 AFINAL, O QUE É A INFERTILIDADE FEMININA? 5 QUAIS AS PRINCIPAIS DOENÇAS QUE CAUSAM INFERTILIDADE? 7 QUAIS OS EXAMES PARA DIAGNOSTICAR

Leia mais

Infertilidade e Perda Fetal. Caracterização da Contribuição dos Distúrbios Genéticos

Infertilidade e Perda Fetal. Caracterização da Contribuição dos Distúrbios Genéticos Infertilidade e Perda Fetal Caracterização da Contribuição dos Distúrbios Genéticos Esterilidade e Infertilidade 1.Conceitos: Esterilidade casais que mantêm relações sem proteção durante no mínimo um ano(antes

Leia mais

AS 7 DOENÇAS QUE CAUSAM A INFERTILIDADE NO HOMEM E NA MULHER

AS 7 DOENÇAS QUE CAUSAM A INFERTILIDADE NO HOMEM E NA MULHER AS 7 DOENÇAS QUE CAUSAM A INFERTILIDADE NO HOMEM E NA MULHER INTRODUÇÃO 3 ENDOMETRIOSE 5 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) 10 MIOMATOSE 14 VARICOCELE 17 ENDOMETRITE CRÔNICA 20 DOENÇA INFLAMATÓRIA

Leia mais

É composto por : Sistema reprodutor Vulva (órgão genital externo). Vagina Útero Duas tubas uterinas Tem Dois ovários Função: secretar o óvulo (célula

É composto por : Sistema reprodutor Vulva (órgão genital externo). Vagina Útero Duas tubas uterinas Tem Dois ovários Função: secretar o óvulo (célula É composto por : Sistema reprodutor Vulva (órgão genital externo). Vagina Útero Duas tubas uterinas Tem Dois ovários Função: secretar o óvulo (célula sexual) e abrigar e fornecer condições para o desenvolvimento

Leia mais

Importância dos. em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador

Importância dos. em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador Importância dos marcadores tumorais em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador Definição Macromoléculas (principalmente proteínas) Origem Gênese tumoral Resposta do organismo

Leia mais

BIOLOGIA. Hereditariedade e Diversidade da Vida Mutações e alterações cromossômicas. Prof. Daniele Duó

BIOLOGIA. Hereditariedade e Diversidade da Vida Mutações e alterações cromossômicas. Prof. Daniele Duó BIOLOGIA Hereditariedade e Diversidade da Vida Mutações e alterações cromossômicas Prof. Daniele Duó - As mutações são espontâneas e podem ser silenciosas, em alguns casos, podem ainda ser letais, ou ainda

Leia mais

15 minutos de... BAIXA ESTATURA

15 minutos de... BAIXA ESTATURA 15 minutos de... BAIXA ESTATURA Definição de baixa estatura = conceito gráfico Avaliação do crescimento depende de outros fatores... Dois irmãos adolescentes procuram o pediatra para saber porque a altura

Leia mais

SISTEMA ENDÓCRINO. Prof.ª Leticia Pedroso

SISTEMA ENDÓCRINO. Prof.ª Leticia Pedroso SISTEMA ENDÓCRINO Prof.ª Leticia Pedroso Sistema Endócrino Existem no nosso organismo várias glândulas endócrinas (produzir e secretar hormônios para dentro do sangue). Hormônios: substâncias químicas

Leia mais

Sylvia Cavalcanti. Dispareunia e vaginismo:qual a diferença e como fazer este diagnóstico?

Sylvia Cavalcanti. Dispareunia e vaginismo:qual a diferença e como fazer este diagnóstico? Sylvia Cavalcanti Dispareunia e vaginismo:qual a diferença e como fazer este diagnóstico? PRINCÍPIOS DA ESPÉCIE HUMANA ROGER X BUSCA DO PRAZER FUGA DA DOR Disfunções sexuais Disfunção do desejo Estímulo

Leia mais

Sistema Endócrino. Móds 56 ao 58 Biologia B Prof. Rafa

Sistema Endócrino. Móds 56 ao 58 Biologia B Prof. Rafa Sistema Endócrino Móds 56 ao 58 Biologia B Prof. Rafa Epitélio Glandular: produção e eliminação de secreções Tipos: Exócrinas: canal de saída lacrimais, mamárias, sudoríparas Endócrinas: sem canal de saída

Leia mais

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Endócrino Humano Parte 1. Prof.ª Daniele Duó

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Endócrino Humano Parte 1. Prof.ª Daniele Duó BIOLOGIA Identidade dos Seres Vivos Parte 1 https://www.qconcursos.com Prof.ª Daniele Duó Constituído por um grupo de órgãos, algumas vezes referidos como glândulas endócrinas ou de secreção interna. Estas

Leia mais

Abstinência periódica. Métodos tabela de Ojino Knauss (tabelinha ou calendário) método de Billings ou do muco cervical método da temperatura basal

Abstinência periódica. Métodos tabela de Ojino Knauss (tabelinha ou calendário) método de Billings ou do muco cervical método da temperatura basal EO Karin Abstinência periódica Métodos tabela de Ojino Knauss (tabelinha ou calendário) método de Billings ou do muco cervical método da temperatura basal Mariel Hidalgo - Porto Alegre/2007 Métodos

Leia mais