Enraizamento de estacas semilenhosas de variedades de videira (Vitis vinifera L.)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Enraizamento de estacas semilenhosas de variedades de videira (Vitis vinifera L.)"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA UNIVERSIDADE DO PORTO Enraizamento de estacas semilenhosas de variedades de videira (Vitis vinifera L.) João do Sacramento Andrade Brazão Orientadora: Doutora Sara Barros Queiroz Amâncio Co-orientador: Doutor José Eduardo Jorge Eiras Dias JÚRI: Presidente: Doutor Jorge Manuel Rodrigues Ricardo da Silva, Professor Associado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Vogais: Doutor Antero Lopes Martins, Professor Associado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa; Doutora Sara Barros Queiroz Amâncio, Professora Associada do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa; Doutor Augusto António Vieira Peixe, Professor Auxiliar da Universidade de Évora. Mestrado em Viticultura e Enologia LISBOA 2009

2

3 UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA UNIVERSIDADE DO PORTO Enraizamento de estacas semilenhosas de variedades de videira (Vitis vinifera L.) Dissertação apresentada no Instituto Superior de Agronomia para obtenção do grau de Mestre João do Sacramento Andrade Brazão Orientadora: Doutora Sara Barros Queiroz Amâncio Co-orientador: Doutor José Eduardo Jorge Eiras Dias JÚRI: Presidente: Doutor Jorge Manuel Rodrigues Ricardo da Silva, Professor Associado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Vogais: Doutor Antero Lopes Martins, Professor Associado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa; Doutora Sara Barros Queiroz Amâncio, Professora Associada do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa; Doutor Augusto António Vieira Peixe, Professor Auxiliar da Universidade de Évora. Mestrado em Viticultura e Enologia LISBOA 2009

4 AGRADECIMENTOS Ao concluir este trabalho cabe-me expressar o meu sincero agradecimento a todas as pessoas que, graças ao seu apoio e incentivo, tornaram possível a sua realização: à Senhora Professora Sara Amâncio pela disponibilidade para orientar este trabalho, pelos ensinamentos, apoio e interesse demonstrado na resolução das dificuldades que foram surgindo e pela revisão critica do texto; ao Doutor Eiras Dias pela amizade, pela confiança demonstrada no meu trabalho e por todo o apoio e facilidades concedidas à execução do mesmo; à Doutora Elsa Gonçalves pelos conhecimentos transmitidos e pela preciosa ajuda no tratamento estatístico dos resultados; à Rede Nacional de Selecção da Videira, nas pessoas do Professor Antero Martins e do Doutor Luís Carneiro, e à Viti-Oeste de Horto-Poense, nas pessoas dos Srs. Norberto Cardoso e Arménio Cardoso, por terem disponibilizado os materiais vegetais necessários à realização deste trabalho; a todos os colegas do INIA-Dois Portos (ex-estação Vitivinícola Nacional) pela força anímica e apoio prestado, em especial ao Engº Curvelo Garcia pelo incentivo e facilidades concedidas; ao Professor Rogério de Castro pelas palavras de incentivo para a conclusão do trabalho; a toda a minha família e amigos pela compreensão da minha ausência nesta fase do meu percurso profissional.

5 ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS ÍNDICE DE QUADROS LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS RESUMO ABSTRACT Pág. i ii iii iv v I. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS 1 II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3 2. ENRAIZAMENTO DE ESTACAS HERBÁCEAS E SEMILENHOSAS Aspectos gerais do enraizamento de estacas Aspectos biológicos da rizogénese adventícia Influência dos reguladores de crescimento na rizogénese adventícia Auxinas Auxinas no enraizamento da videira Citocininas Giberelinas Ácido abscísico Etileno Compostos auxiliares e cofactores de enraizamento Factores internos e externos que afectam o enraizamento de estacas Factores internos Tipo de estaca Estado de desenvolvimento Estado nutricional Factores externos Condições ambientais Substrato Aspectos principais do enraizamento de estacas herbáceas e semilenhosas Auxinas Presença de folha Tipo de estaca Estado de desenvolvimento Condições ambientais e substrato de enraizamento 27 III. MATERIAL E MÉTODOS Locais do trabalho Material vegetal Preparação e tratamento das estacas Substrato e condições ambientais 33

6 3.5 Modalidades ensaiadas Parâmetros analisados Análise dos resultados 36 IV. RESULTADOS Influência do tipo de estaca e da concentração de ácido naftalenoacético no enraizamento de estacas semilenhosas de videira Influência do ácido naftalenoacético no enraizamento de estacas semilenhosas de diferentes variedades de videira Comparação da estimativa da produção de material de propagação de videira pelos processos de multiplicação clássico e por estacas semilenhosas 51 V. DISCUSSÃO Influência do tipo de estaca Influência da concentração de ANA Influência da casta Correlação entre variáveis relativas às raízes Comparação da estimativa da produção de material de propagação vegetativa através das duas técnicas de multiplicação 61 VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS 64 VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 65

7 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 3.1 Aspecto geral da estufa e das plantas iniciais das castas estudadas. 31 Figura 3.2 Aspecto de uma estaca antes da plantação. 33 Figura 3.3 Aspecto de uma mini-estufa com estacas a enraizar. 34 Figura 3.4 Fases dos processos de produção de gomos por multiplicação clássica e por estacas semilenhosas. 35 Figura 4.1 Percentagens médias de enraizamento obtidas em estacas das castas Aragonez e Malvasia Fina. 40 Figura 4.2 Percentagens médias de abrolhamento obtidas em estacas das castas Aragonez e Malvasia Fina. 40 Figura 4.3 Percentagens médias de enraizamento obtidas em estacas tratadas com diferentes concentrações de ANA. 41 Figura 4.4 Percentagens médias de abrolhamento obtidas em estacas tratadas com diferentes concentrações de ANA. 41 Figura 4.5 Percentagens médias de enraizamento obtidas em diferentes tipos de estacas. 41 Figura 4.6 Percentagens médias de abrolhamento obtidas em diferentes tipos de estacas. 41 Figura 4.7 Número médio de raízes por estaca enraizada, em função do tipo de estaca e da concentração de ANA, na casta Malvasia Fina. 42 Figura 4.8 Número médio de raízes por estaca enraizada, em função do tipo de estaca e da concentração de ANA, na casta Aragonez. 42 Figura 4.9 Influência da concentração de ANA no número médio de raízes por estaca enraizada. 43 Figura 4.10 Influência do tipo de estaca no número médio de raízes por estaca enraizada. 43 Figura 4.11 Percentagens médias de enraizamento obtidas em estacas de diferentes castas. 45 Figura 4.12 Percentagens médias de abrolhamennto obtidas em estacas de diferentes castas. 45 Figura 4.13 Médias do comprimento total das raízes e do comprimento da maior raiz observadas em estacas semilenhosas de várias castas, tratadas e não tratadas com ANA. 47 Figura 4.14 Médias do peso seco das raízes observadas em estacas semilenhosas de várias castas, tratadas e não tratadas com ANA. 48 Figura 4.15 Correlação entre o comprimento total e o número de raízes obtida no conjunto das castas propagadas por estacas semilenhosas. 50 Figura 4.16 Correlação entre o comprimento total e o peso seco das raízes obtida no conjunto das castas propagadas por estacas semilenhosas. 50 Pág. i

8 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 3.1 Castas estudadas nos diferentes ensaios. 32 Quadro 4.1 Valores médios das percentagens de enraizamento e de abrolhamento de diferentes tipos de estacas semilenhosas das castas Malvasia Fina e Aragonez, tratadas com diferentes concentrações de ANA. 38 Quadro 4.2 Resultados referentes ao ajustamento do modelo linear generalizado (modelo Probit) aos dados do enraizamento e do abrolhamento de estacas semilenhosas das castas Malvasia Fina e Aragonez. 39 Quadro 4.3 Estimativas das diferenças entre os efeitos da casta, da concentração de ANA e do tipo de estaca no enraizamento e no abrolhamento de estacas semilenhosas das castas Malvasia Fina e Aragonez resultantes do ajustamento do modelo linear generalizado (modelo Probit). 40 Quadro 4.4 Valores médios das percentagens de enraizamento e de abrolhamento de estacas semilenhosas de várias castas, tratadas e não tratadas com ANA. 44 Quadro 4.5 Resultados referentes ao ajustamento do modelo linear generalizado (modelo Logit) aos dados do enraizamento e do abrolhamento de estacas semilenhosas de variedades de várias castas. 44 Quadro 4.6 Estimativas das diferenças entre os efeitos da casta no enraizamento e no abrolhamento de estacas semilenhosas de várias castas resultantes do ajustamento do modelo linear generalizado (modelo Logit). 45 Quadro 4.7 Valores médios do número de raízes e do número de raízes pequenas por estaca enraizada, observados em estacas semilenhosas de várias castas, tratadas e não tratadas com ANA. 46 Quadro 4.8 Resultados referentes ao ajustamento do modelo linear generalizado (modelo log-linear) aos dados do número de raízes e do número de raízes pequenas em estacas semilenhosas de várias castas. 47 Quadro 4.9 Resultados referentes à análise de variância relativa aos dados do comprimento total, do comprimento da maior raiz e do peso seco das raízes de estacas semilenhosas de várias castas, tratadas e não tratadas com ANA. 49 Quadro 4.10 Efeitos da casta e da hormona sobre o comprimento total, o comprimento da maior raiz e o peso seco das raízes de estacas semilenhosas de várias castas. 49 Quadro 4.11 Valores médios estimados e intervalos de confiança para a média do número médio de gomos/planta obtidos pelos processos de multiplicação clássica e por estacas semilenhosas nas castas Malvasia Fina e Aragonez. 51 Quadro 4.12 Comparação do número médio de gomos produzidos pelos processos de multiplicação clássico e por estacas semilenhosas de videira nas castas Malvasia Fina e Aragonez. 52 Quadro 4.13 Valores médios estimados e intervalos de confiança para a média do diâmetro das varas produzidas pelos processos de multiplicação clássico e por estacas semilenhosas na casta Malvasia Fina. 53 Quadro 4.14 Valores médios estimados e intervalos de confiança para a média do diâmetros da varas produzidas pelos processos de multiplicação clássico e por estacas semilenhosas na casta Aragonez. 53 Pág. ii

9 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS α nível de significância % percentagem 16L/8N 16h Luz/8h Noite ABA ácido abscísico AG ácido giberélico AIA ácido indolacético AIA-O ácido indolacético oxidase AIB ácido indolbutírico ANA ácido naftalenoacético BAP benzilaminopurina CCC cloromequato clorídrico C/N carbono/azoto CO 2 dióxido de carbono cv. cultivar ºC graus Celsius EAN Estação Agronómica Nacional HR humidade relativa HSD Honestly Significant Differences INIA Instituto Nacional de Investigação Agrária ISA Instituto Superior de Agronomia K 3 Fe(CN) 6 ferricianeto de potássio KMnO 4 permanganato de potássio M molar MnSO 4 sulfato de manganês Nº número p valor-p PAC paclobutrazol R 2 coeficiente de determinação Ru Ruggeri vs versus v/v volume/volume iii

10 RESUMO Os trabalhos de selecção massal e clonal da videira desenvolvidos em Portugal, nos últimos 30 anos, conduziram à obtenção de clones de várias castas com elevado potencial genético, actualmente em multiplicação para a produção de materiais base e certificado. Tendo em vista a multiplicação acelerada desses clones, o presente trabalho teve como principal objectivo estudar a influência do tipo de estaca (basal, média e terminal), da concentração de ácido naftalenoacético (ANA, 0, 10 e 100 mg/l) e da casta (Arinto, Malvasia Fina, Aragonez e Trincadeira), no enraizamento de estacas semilenhosas. Paralelamente, procurou-se estimar o ganho da produção de material de propagação vegetativa de videira mediante a utilização de estacaria semilenhosa quando comparado com o processo de multiplicação clássico. Os factores tipo de estaca, concentração de auxina e casta influenciaram a percentagem de enraizamento, tendo-se verificado resultados significativamente inferiores nas estacas terminais, nas estacas tratadas com 100 mg/l de ANA e na casta Malvasia Fina, respectivamente. Os resultados mostraram que a estacaria semilenhosa permite a obtenção de uma quantidade de gomos/garfos de videira significativamente superior à produzida pelo processo clássico. Palavras-chave: auxina, enraizamento, estacas semilenhosas, gomos/garfos, Vitis vinifera. iv

11 ROOTING OF GRAPEVINE (Vitis vinifera L.) VARIETIES SOFTWOOD CUTTINGS ABSTRACT From the massal and clonal selection of grapevine developed in Portugal for the last 30 years, clones of several varieties with high genetic potential were obtained, which are currently used for multiplication to produce basic and certificate materials. In order to allow the rapid multiplication of selected clones of grapevine, this work evaluate the influence of the cutting types (basal, middle and terminal), naphthaleneacetic acid (NAA) concentrations (0, 10 and 100 mg/l) and varieties (Arinto, Malvasia Fina, and Aragonez Trincadeira) on the rooting of softwood cuttings. At the same time, this work also tried to estimate the gain in material production for the vegetative propagation of grapevine through the use of softwood cutting when compared to the classical process of multiplication. Cutting type, NAA concentration and variety have affected the percentage of rooting, and only for terminal cuttings, cuttings treated with the concentration of 100 mg/l and the variety Malvasia Fina the results were significantly lower. Finally, results have indicated that the use of softwood cuttings allowed to obtain a significantly higher number of buds/vine scions than produced by conventional process. Key words: auxin, buds/vine scions, rooting, softwood cuttings, Vitis vinifera. v

12 Introdução e Objectivos I. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS Em Portugal, a cultura da vinha expande-se por todo o território continental e algumas ilhas das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, desempenhando um papel económico e social de grande relevo. A importância do sector vitivinícola reflecte-se também a nível internacional, uma vez que coloca Portugal como 5º produtor europeu e 10º produtor mundial de vinho (OIV, 2004). É de realçar ainda o enorme património de castas cultivadas em Portugal, na sua maioria exclusivas e de grande qualidade, nas quais foi experimentalmente comprovada a existência de variabilidade genética intravarietal através dos trabalhos de selecção massal e clonal (Martins et al., 2005). Em Portugal, a selecção massal e clonal da videira iniciou-se em 1978, através da denominada Rede Nacional de Selecção da Videira, a qual é constituída por Universidades, Organismos do Ministério da Agricultura, Associações e Empresas privadas (Martins et al., 2001). Fruto do intenso trabalho desta Rede, actualmente o sector vitivinícola nacional tem à sua disposição um conjunto de clones seleccionados de elevado potencial genético, o qual tem contribuído para a melhoria da qualidade dos vinhos e, por conseguinte, do rendimento dos viticultores. No entanto a obtenção de clones certificados de variedades de videira, a partir de metodologias de selecção apropriadas, pressupõe, por parte do obtentor, a manutenção em cultura de um pequeno número de plantas plantas iniciais ou de partida representativas de cada clone, em condições de elevada defesa sanitária. Todavia estas plantas iniciais não produzem material enxertável em quantidade suficiente para entregar aos viveiristas para a instalação de vinhas-mãe de garfos e posterior multiplicação, de forma a responderem à procura do mercado. Por isso, segundo Martins et al. (2007), torna-se necessário proceder à sua multiplicação, em vários ciclos vegetativos, dependendo do número de plantas pretendidas, processo este que conduz a que o material vegetativo passe duas vezes por viveiro e duas vezes por plantação no terreno antes de chegar às mãos dos viticultores, com riscos de infecção em cada um destes ciclos. Atendendo a que o processo clássico de multiplicação dos clones de videira é lento e não se coaduna com as necessidades do mercado, torna-se necessário recorrer a técnicas de multiplicação rápida desses novos materiais. A prémultiplicação acelerada é uma necessidade sempre que se seleccionarem novos clones. Só com a capacidade de prémultiplicar um qualquer novo clone com grande rapidez conseguir-se-á responder, em cada momento, aos novos objectivos que forem sendo definidos pelos viticultores (Martins et al., 2001). 1

13 Introdução e Objectivos Neste sentido, Martins et al. (2007) ensaiaram um processo de multiplicação que consiste em ampliar o número de plantas iniciais e produzir material vegetativo em grandes quantidades, com recurso à macropropagação em estufa, por enraizamento directo em vaso com substrato inerte e fertirrigação. Estes autores obtiveram assim varas em quantidade e com calibres adequados para a produção de plantas em vaso (depois de enxertadas), para fornecimento directo aos viveiristas, para efeito de instalação de parcelas produtoras de material certificado. No entanto, em determinados clones com maior procura, a quantidade de plantas produzidas através do processo atrás referido não foi suficiente para satisfazer as necessidades dos viveiristas. Assim, considera-se necessário estudar outras técnicas que permitam aumentar ainda mais a quantidade de material vegetativo a partir das plantas produzidas por aquele processo. Não só pela necessidade de multiplicar um material vegetal muito limitado em quantidade (variedades e/ou clones novos), mas também por razões de ordem sanitária, nomeadamente viroses transmissíveis pelo solo, desde meados da década de 80 do século passado, o ENTAV (Établissement National Technique pour l Amélioration de la Viticulture), em França, tem recorrido com sucesso a métodos de produção intensivos sem solo, utilizando estacas herbáceas, ou seja, material não lenhoso. Esta técnica de produção de material lenhoso enxertável, em estufa, constitui um progresso considerável em comparação com os métodos de produção clássicos (Boidron e Auran, 1994). Atendendo a que diversos estudos com a aplicação desta técnica apontam para a existência do efeito da variedade no sucesso da mesma e desconhecendo-se experiências de propagação de castas portuguesas através de material vegetativo não lenhoso, considerou- -se importante estudar a multiplicação de algumas castas por este processo. Neste contexto, o principal objectivo deste trabalho foi o de estudar o comportamento de algumas castas portuguesas com clones homologados quando propagados por estacas semilenhosas, mais concretamente o efeito do tipo de estaca e da concentração de uma auxina sintética o ácido naftalenoacético (ANA) no enraizamento dessas estacas. Paralelamente, pretendeu-se estimar o ganho da quantidade de material de propagação vegetativa obtido por esta técnica quando comparada com o material produzido pelo processo clássico de multiplicação de variedades de videira. 2

14 Revisão bibliográfica II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2. ENRAIZAMENTO DE ESTACAS HERBÁCEAS E SEMILENHOSAS 2.1 Aspectos gerais do enraizamento de estacas A propagação vegetativa ou assexuada é uma técnica de propagação descoberta desde as civilizações antigas e que o Homem tem utilizado para a regeneração das plantas, consistindo na multiplicação de plantas e na preservação das suas características (Hartmann et al., 2002). Esta técnica tem subjacente a totipotência das células vegetais, que se baseia no facto de que tais células vivas de uma planta possuem a informação genética necessária e/ou suficiente para originar uma planta inteira e independente (Hartmann et al., 1990). Sob o ponto de vista do melhoramento genético, a propagação vegetativa oferece uma série de vantagens, como, por exemplo, as plantas que apresentam características desejáveis poderem ser seleccionadas e mantidas clonadas, ou seja, serem reproduzidas em qualquer fase do programa de melhoramento genético, seja qual for o método de melhoramento utilizado, com expressivo ganho de tempo principalmente nas espécies de ciclo longo (Atroch et al., 2007). A estacaria é considerada a principal técnica de propagação vegetativa de muitas culturas hortícolas, frutícolas e ornamentais. A razão principal para o seu emprego é a capacidade de reproduzir, de uma forma exacta, as características genéticas de qualquer planta individual (Hartmann et al., 2002), a qual, vista à escala de um reduzido número de gerações de multiplicação, garante uma homogeneidade genética dos descendentes (Martins, 1993). É, portanto, uma técnica importante do ponto de vista agronómico, uma vez que permite a multiplicação em larga escala de uma única planta em tantas quantas a planta-mãe o permitir (Mindêllo Neto et al., 2004; Atroch et al., 2007; Carvalho et al., 2007) e, como tal, é bastante utilizada em viticultura. Em viticultura, a preferência do consumidor por variedades tradicionais de características conhecidas reforça a importância da sua manutenção. Assim, a propagação vegetativa é o método mais apropriado para a disseminação de cultivares de videira, quer a nível regional, quer a nível internacional (Smart et al., 2003). Para além disso, Roberto et al. (2006) referem que a propagação de plantas por estaca possibilita a redução da fase juvenil e, por consequência, do período improdutivo. No entanto, do ponto de vista genético, a propagação vegetativa apresenta como principal desvantagem a tendência para a redução da variabilidade genética, uma vez que, em programas de selecção clonal, o melhorador procura sempre o máximo de expressão dos 3

15 Revisão bibliográfica caracteres numa única planta, anulando, assim, a utilização de níveis intermédios de variabilidade genética (Atroch et al., 2007). Neste processo de propagação, as estacas utilizadas podem ser obtidas a partir de diferentes porções vegetativas das plantas, tais como caules, folhas e raízes, sendo as primeiras usadas com maior frequência, devido à sua simplicidade e baixo custo operacional (Hartmann et al., 2002). No presente trabalho, abordaremos os aspectos relacionados com as estacas originadas dos caules. As estacas caulinares usadas na propagação vegetativa de espécies lenhosas podem ser classificadas de acordo com a natureza do tecido do caule, sendo esta dependente da época de colheita das mesmas. Estas estacas podem ser agrupadas, basicamente, em três grupos: lenhosas, semilenhosas e herbáceas. As estacas lenhosas, colhidas no Inverno, são maduras e dormentes, enquanto as semilenhosas são parcialmente atempadas e colhidas durante o período de crescimento. As chamadas estacas herbáceas são provenientes de rebentos novos, possuem uma consistência macia e suculenta e devem ser propagadas na Primavera ou no início do Verão (Hartmann et al., 2002). A necessidade de propagação de plantas com valor comercial levou ao interesse pela formação de raízes adventícias (Smart et al., 2003), sendo o início do desenvolvimento de um sistema radicular funcional apresentado como o ponto crítico da propagação vegetativa por intermédio de estacas (Hartmann et al., 2002; Mayer et al., 2006). Segundo Pio et al. (2005), a capacidade de formação de raízes, a qualidade do sistema radicular formado e o desenvolvimento posterior da planta propagada são factores que influenciam a viabilidade deste método de propagação vegetativa. Por outro lado, a capacidade de uma estaca emitir raiz depende das características da planta que lhe deu origem, do tratamento recebido e da interacção de determinados factores que se encontram presentes nas células dessa estaca, assim como de substâncias produzidas nas suas folhas e gomos (Bortolini, 2006). Segundo Smart et al. (2003), as cultivares de Vitis vinifera são extremamente prolíferas na formação de raízes adventícias, sendo este aspecto constatado pelos resultados de vários trabalhos em diversas variedades de Vitis vinifera (Warmund et al., 1986; Thomas e Schiefelbein, 2001, 2004). Por outro lado, os porta-enxertos de videira, de um modo geral, não apresentam grandes dificuldades de enraizamento quando propagados por meio de estacaria lenhosa, sendo esta característica herdada dos seus progenitores, principalmente dos oriundos das espécies Vitis riparia e Vitis rupestris (Biasi et al., 1997; Monteguti et al., 2008). No entanto, existem relatos de que os híbridos obtidos de Vitis berlandieri, Vitis cinerea e videiras muscadíneas (Vitis rotundifolia) enraízam com mais dificuldade quando 4

16 Revisão bibliográfica propagados através de estacas lenhosas (Goode Jr. et al., 1982; Williams e Antcliff, 1984; Biasi e Boszczwski, 2005; Bordin et al., 2005; Mayer et al., 2006; Monteguti et al., 2008). Com o aparecimento de sistemas de propagação que proporcionam uma elevada humidade controlada por uma neblina de vapor de água, os investigadores começaram a desenvolver técnicas para a propagação da videira através de estacas herbáceas com folhas, nomeadamente das espécies atrás referidas que apresentam maior dificuldade de enraizamento por estacaria lenhosa (Goode Jr. e Lane, 1983), uma vez que aquele ambiente permite que as estacas se mantenham vivas até que ocorra o enraizamento (Howard, 2004). Deste modo, vários investigadores usaram estufas ou câmaras com sistemas de nebulização para o enraizamento de estacas herbáceas e semilenhosas de diversas variedades de videira (Egger et al., 1985; Moretti e Borgo, 1985; Warmund et al., 1986; Anaclerio et al., 1992; Leonel e Rodrigues, 1993; Biasi et al., 1997; Rezende e Pereira, 2001; Villa et al., 2003; Keeley et al., 2004; Roberto et al., 2004a, c, d; Bordin et al., 2005; Biasi e Boszczowski, 2005; Machado et al., 2005; Roberto et al., 2006; Faria et al., 2007). Por se tratar dum assunto directamente relacionado com o nosso estudo, os principais aspectos relacionados com a formação de raízes adventícias em estacas herbáceas são mais adiante abordados (ponto 2.5). 2.2 Aspectos biológicos da rizogénese adventícia O sucesso da propagação vegetativa por estaca requer apenas que se forme um novo sistema de raízes adventícias, uma vez que um potencial sistema de rebentos (o gomo) já se encontra presente na estaca (Hartmann et al., 2002). Este processo de propagação é bastante importante na produção de plantas viáveis de numerosas espécies, nomeadamente de videira, pelo que se considera pertinente conhecer, o melhor possível, as fases e aspectos relacionados com a formação de raízes adventícias. De uma maneira geral, são denominadas raízes adventícias as que são formadas a partir de caules ou folhas, ou em explantes de tecidos de caule ou folha. A palavra adventícia deriva do latim adventicius, que significa estrangeiro ou estranho, sendo os órgãos originados em locais da planta diferentes dos locais ditos normais, ou seja no embrião ou na raiz primária, designados por adventícios (Barlow e Palma, 1997). O termo raiz adventícia é frequentemente utilizado em vários contextos, sendo, para alguns, a formação de uma raiz adventícia induzida por meios de algum modo artificiais, nomeadamente com o auxilio de reguladores de crescimento, surgindo em locais da planta 5

17 Revisão bibliográfica onde, caso contrário, nunca se formariam. Para outros autores, as raízes adventícias não são necessariamente induzidas artificialmente, surgindo normalmente no decurso do processo de desenvolvimento (Barlow e Palma, 1997). Por isso, Hartmann et al. (2002) preconizam a existência de dois tipos de raízes adventícias: raízes pré-formadas e raízes induzidas. As raízes iniciais pré-formadas ou latentes geralmente mantêm-se dormentes até que os caules sejam seccionados em estacas e estas colocadas sob condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento e à emergência de primórdios radiculares, podendo, também, surgir antes da realização das estacas. Por outro lado, as raízes induzidas desenvolvem-se apenas depois das estacas serem cortadas, em resposta ao corte, sendo consideradas como formadas de novo. A formação de raízes adventícias em estacas ocorre a partir de modificações morfológicas e fisiológicas (Carvalho et al., 2007), estando dependente da desdiferenciação das células vegetais e posterior desenvolvimento de um sistema de raízes (Hartmann et al., 2002). O processo de desdiferenciação é a capacidade de as células anteriormente desenvolvidas e diferenciadas iniciarem divisões celulares e formarem um novo ponto de crescimento meristemático (Hartmann et al., 2002). Apesar de todas as plantas possuírem a capacidade para regenerar órgãos a partir de células indiferenciadas (Howard, 2004), verifica-se que esta característica é mais acentuada nalgumas células e partes das plantas do que noutras (Hartmann et al., 2002), e que nem sempre este processo é simples e rápido, pois a desdiferenciação e a diferenciação celulares podem ser influenciadas por diversos factores endógenos (Carvalho et al., 2007). Uma série de mudanças morfológicas está associada à formação de raízes em estacas, tais como a formação ou não de calo, o desenvolvimento do primórdio radicular e a emergência da raiz (Thomas e Schiefelbein, 2002). No entanto a definição, a natureza e a designação das diferentes etapas do processo de formação de raízes adventícias parecem não ser consensuais, assim como a sequência exacta dos eventos que ocorrem nessas etapas são inequivocamente difíceis de definir no tempo e no espaço (Blakesley et al., 1991). Apesar disso, o enraizamento de estacas, de uma forma simplista, pode ser dividido em duas fases: a iniciação do meristema radicular e o seu subsequente crescimento. Porém Hartmann et al. (2002), de um modo geral, dividem o processo de formação de raízes adventícias em quatro fases que, no essencial, incluem o seguinte: Desdiferenciação de células específicas diferenciadas; Formação de raízes iniciais a partir de células localizadas próximo dos feixes ou tecidos vasculares, que se tornaram meristemáticas por desdiferenciação; Desenvolvimento das raízes iniciais em primórdios radiculares organizados; Crescimento e emergência das raízes adventícias. 6

18 Revisão bibliográfica Uma vez iniciada a formação de raízes adventícias nas estacas, ocorre uma considerável actividade metabólica, como o desenvolvimento de novos tecidos radiculares e o crescimento das raízes através e para fora do tecido do caule (Hartmann et al., 2002). Em condições favoráveis ao enraizamento, forma-se um calo nas extremidades basal das estacas (Thomas e Schiefelbein, 2002; Thomas et al., 2003). O calo é uma massa irregular de células parênquimatosas em diversos estados de lenhificação que geralmente se desenvolvem na base das estacas quando colocadas em condições ambientais favoráveis ao enraizamento, havendo relatos que as primeiras raízes aparecem com frequência através do calo, conduzindo à suposição de que a formação do calo é essencial para o enraizamento (Hartmann et al., 2002). No entanto Hartmann et al. (2002) referem que, em espécies de fácil enraizamento, a formação do calo e a das raízes são processos independentes, sendo a sua ocorrência simultânea devida à dependência de semelhantes condições internas e ambientais. Estes autores referem, ainda, que nalgumas espécies a formação de calo é um precursor da formação de raízes adventícias, enquanto noutras o excesso de calo pode impedir o enraizamento. É de referir, ainda, que o efeito do ferimento na base das estacas, causado pela segmentação das mesmas, parece mostrar-se benéfico para o enraizamento de diversas espécies lenhosas, por estimular a divisão celular e a formação de calos. A actividade celular na área ferida é estimulada pelo aumento da taxa respiratória e dos teores de auxinas, carbo-hidratos e etileno, resultando na formação de raízes nas margens da lesão (Hartmann et al., 2002). Por outro lado, Carvalho et al. (2007) referem que o enraizamento de estacas semilenhosas de pessegueiro foi favorecido pelo corte lateral da casca das estacas e admitem que as lesões na base das estacas permitem que haja rompimento de uma possível barreira física formada por anéis de esclerênquima, que podem impedir a emergência das raízes. A iniciação da rizogénese adventícia é devida à interacção entre determinados factores existentes nos tecidos e a translocação de substâncias localizadas nas folhas e nos gomos (Mindêllo Neto, 2006), sendo regulada por uma série de compostos internos, incluindo reguladores de crescimento, tais como auxinas e citocininas, compostos azotados, como a espermina e espermidina, hidratos de carbono e factores genéticos (Smart et al., 2003). No entanto cada estádio do processo de desenvolvimento na formação de raízes adventícias, marcado por uma sequência de eventos histológicos, apresenta diferentes exigências em termos de reguladores de crescimento, tais como auxinas, citocininas e ácido giberélico (Hartmann et al., 2002). 7

19 Revisão bibliográfica Relativamente aos factores genéticos, alguns autores relatam que a potencialidade de uma estaca formar raízes é variável com a espécie e cultivar, podendo classificá-las entre espécies ou cultivares de fácil, médio ou difícil capacidade de enraizamento (Bastos et al., 2005). Esta classificação é também preconizada por Hartmann et al. (2002), de acordo com o seguinte: plantas de fácil enraizamento, que possuem nos seus tecidos substâncias endógenas necessárias à iniciação radicular, não sendo necessária a aplicação de qualquer substância exógena para que nas estacas se formem raízes; plantas relativamente fáceis de enraizar, que têm nos seus tecidos os cofactores necessários, mas não possuem auxinas suficientes. Neste caso, o sucesso no enraizamento das estacas obtém-se com a aplicação de auxinas exógenas; plantas de difícil enraizamento, que não apresentam um ou mais cofactores, independentemente da quantidade de auxinas endógenas. Nestas plantas, a aplicação de auxinas exógenas, só por si, não é suficiente para o enraizamento das estacas. 2.3 Influência dos reguladores de crescimento na rizogénese adventícia A formação de raízes em estacas é directa ou indirectamente influenciada por todas as classes de reguladores de crescimento: auxinas, citocininas, giberelinas, ácido abscísico e etileno, bem como compostos auxiliares e cofactores de enraizamento, tais como inibidores/retardadores do crescimento, poliaminas e compostos fenólicos (Hartmann et al., 2002). Os reguladores de crescimento podem definir-se como promotores ou inibidores do enraizamento. Em termos gerais, o conceito de promotores e inibidores do enraizamento adventício pode ser usado para definir compostos, conhecidos e desconhecidos, que foram encontrados para promover ou inibir o enraizamento, quando aplicados em estacas caulinares. O modo de acção da maioria dos promotores e inibidores do enraizamento é obscuro, sabendo-se, no entanto, que muitas destas substâncias actuam por intermédio de um efeito químico e que, independentemente da sua identidade química, concentrações sub-letais promovem o enraizamento, enquanto elevadas concentrações se tornam inibitórias (Wilson e van Staden, 1990). Segundo relatado por Gontijo et al. (2003), tão importante quanto a concentração dos reguladores de crescimento na indução da rizogénese adventícia é a existência de um adequado balanço hormonal endógeno, especialmente entre auxinas, giberelinas e citocininas, ou seja, um equilíbrio entre promotores e inibidores do processo de iniciação radicular. Estes autores referem ainda que a maneira mais comum de promover esse 8

20 Revisão bibliográfica equilíbrio é pela aplicação exógena de reguladores de crescimento sintéticos, como o ácido indolbutírico (AIB), que podem elevar o teor de auxina nos tecidos. No entanto existem relatos de que estacas de videiras, muitas vezes, induzem raízes sem tratamentos exógenos de auxina (Kawai, 1997), nomeadamente durante o período de crescimento activo (Julliard, 1967). Para além de aumentar a percentagem de estacas enraizadas, Bastos et al. (2005) referem que o uso de reguladores de crescimento tem por finalidade acelerar a iniciação radicular, aumentar o número e a qualidade das raízes formadas e uniformizar o enraizamento Auxinas O termo auxina deriva da palavra grega auxein que significa crescer, tendo sido usado pela primeira vez por Frits Went, em 1926, quando descobriu que um composto não identificado provocava a curvatura em direcção à luz do coleóptilo de aveia, fenómeno este designado por fototropismo. Mais tarde, este mesmo investigador desenvolveu uma técnica que permitiu isolar a substância responsável por aquele fenómeno e quantificar o seu efeito. Graças a esta técnica, em meados da década de 30, Went isolou a primeira hormona vegetal, designada por auxina, sendo quimicamente identificada por ácido indol-3-acético (AIA) (Taiz e Zeiger, 2002). O AIA é considerado a principal auxina de ocorrência natural nas plantas (Hartmann et al., 2002). No entanto o AIB, embora em menor abundância que o AIA, também é referido como uma substância de ocorrência natural nas plantas (Ludwig-Müller e Epstein, 1994). As auxinas compõem o grupo de reguladores de crescimento que apresenta o maior efeito na formação de raízes em estacas (Kracke et al., 1981), sendo referido que o AIA é necessário para iniciar a divisão celular no periciclo das raízes, para promover a divisão celular e para a manutenção da viabilidade das células durante o desenvolvimento das raízes laterais (Taiz e Zeiger, 2002). Além do papel na formação de raízes, estas substâncias intervêm em diversas actividades das plantas, tais como o crescimento do caule, a inibição de gemas laterais, a abscisão de folhas e frutos e a activação das células do câmbio, entre outras (Blakesley et al., 1991), assim como estimulam a divisão celular, sendo o seu efeito na síntese de ácidos nucléicos e proteínas importante para o mecanismo de desenvolvimento da parede celular (Figueiredo et al., 1995). É ainda referido que as auxinas poderão provocar a activação do câmbio e a desdiferenciação das células parênquimatosas (Julliard, 1973). As substâncias auxínicas formam-se naturalmente nas partes das plantas em crescimento activo, tais como gomos e folhas jovens, sendo posteriormente transportadas, através do 9

21 Revisão bibliográfica floema, para a base das estacas, onde se concentram e, deste modo, juntamente com outras substâncias nutritivas, estimulam a formação das raízes (Hartmann et al., 2002; Monteguti et al., 2008). O AIA pode ser encontrado naturalmente nas plantas nas formas livre ou conjugada. Embora o AIA na sua forma livre seja biologicamente mais activo, a grande maioria é encontrada na forma conjugada (Taiz e Zeiger, 2002). No entanto a conjugação do AIA permite que este fique inactivo em termos funcionais mas potencialmente conversível em AIA livre, servindo de fonte de auxina durante a maior parte do processo de enraizamento (Riov, 1993). Segundo Riov (1993), em várias espécies, a aplicação exógena de conjugados pode ser mais eficiente no enraizamento do que a aplicação da correspondente auxina livre, referindo, ainda, que a eficiência das várias auxinas na indução de raízes adventícias parece depender da estabilidade dos seus conjugados. No que diz respeito aos níveis de AIA endógeno durante o processo de enraizamento adventício, existem relatos que as altas concentrações de auxina necessárias nos primeiros eventos do enraizamento são posteriormente inibitórias para a organização dos primórdios radiculares e subsequente crescimento, daí a importância do papel do complexo enzimático AIA-oxidase/peroxidase na regulação endógena da concentração da auxina, uma vez que, por efeito da AIA-oxidase, a auxina sofre degradação oxidativa atingindo níveis que são óptimos para as posteriores fases do desenvolvimento das raízes (Jarvis, 1986). Por outro lado, durante o processo de enraizamento in vitro de estacas de castanheiro, Ballester et al. (1999) detectaram maior quantidade de AIA endógeno nos rebentos maduros do que nos juvenis, sugerindo que o nível de AIA pode não ser o factor limitante na ausência de capacidade de enraizamento dos rebentos maduros. De acordo com o referido por Botelho et al. (2005a), a auxina, dependendo da concentração e do tempo de exposição, inibe ou estimula o crescimento e a diferenciação dos tecidos, existindo um nível óptimo para estas respostas fisiológicas que, por sua vez, depende directamente dos níveis endógenos dessas substâncias. No entanto as concentrações exactas não são claras, sabendo-se que doses abaixo dos níveis críticos são insuficientes e que doses acima desse nível impedem a formação de raízes e gomos (Pacheco, 2007). Segundo Kawai et al. (2004), durante o processo de enraizamento, o nível de auxina deve ser elevado para a formação do primórdio radicular e baixo para a emergência da raiz. Com o objectivo de promover e acelerar o enraizamento de estacas, habitualmente, são usados reguladores de crescimento sintéticos do grupo das auxinas, os quais conduzem a uma maior percentagem de formação de raízes, assim como a uma melhor qualidade e uniformidade das mesmas (Carvalho et al., 2005). Actualmente, o AIB e o ANA são as 10

22 Revisão bibliográfica auxinas mais amplamente usadas para o enraizamento de estacas, por serem os compostos mais eficazes no estímulo da iniciação de raízes adventícias em estacas de muitas espécies (Jarvis, 1986; Hartmann et al., 2002). Vários estudos têm confirmado que a auxina é requerida para a iniciação das raízes adventícias em estacas, e, na verdade, foi demonstrado que as divisões celulares iniciais da primeira raiz dependem, quer da auxina aplicada, quer da auxina endógena (Hartmann et al., 2002). O AIB é provavelmente a principal auxina sintética de uso geral porque não é tóxica para a maioria das plantas, mesmo em altas concentrações. Segundo é relatado por Botelho et al. (2005a), o AIB é também bastante efectivo para um grande número de espécies, sendo relativamente estável e, por isso, pouco susceptível à acção dos sistemas enzimáticos de degradação das auxinas. A estabilidade do AIB, o seu lento transporte do local da aplicação para a base da estaca e a sua conversão em AIA na estaca são, provavelmente, os factores que fazem deste composto um bom promotor do enraizamento (Epstein e Lavee, 1984). Contudo, nas estacas tratadas com este composto, é possível encontrar resultados variáveis, consoante a espécie ou cultivar utilizada, o tipo de estaca, a época do ano, a concentração, entre outras (Machado et al., 2005). No que diz respeito ao ANA, sabe-se que é também um regulador de crescimento totalmente estável à luz e não degradado pelo sistema AIA-oxidase. No entanto, é um composto mais tóxico que o AIB e, por isso, tem de ser usado em concentrações mais baixas (Hartmann et al., 2002). Tal foi demonstrado por Al-Salem e Karam (2001), em estacas lenhosas de Arbutus andrachne L., onde a percentagem de enraizamento, o número, o comprimento e o peso seco das raízes das estacas basais, quando tratadas com AIB, foram superiores aos que se obtiveram quando tratadas com a mesma concentração de ANA. Por outro lado, Ono et al. (1992), num estudo sobre o enraizamento de estacas caulinares de Coffea arabica, verificaram que aparentemente o ANA foi mais eficaz que o AIB no estímulo da formação de raízes. No entanto estes autores referem que a eficácia do ANA ou do AIB no processo de enraizamento é muito variada, respondendo algumas espécies melhor ao ANA e outras ao AIB. Conforme já referido, nota-se uma considerável evidência que a auxina exógena não é necessária durante todas as fases da produção de raízes adventícias, havendo mesmo dados que sugerem uma acção inibitória numa fase tardia (Blakesley et al., 1991). Apesar disso, um estímulo hormonal é indispensável à rizogénese (Julliard, 1967). Quanto ao timing do tratamento com auxina, Sá (1996) refere que esta deve ser aplicada imediatamente após o corte dos rebentos, relatando ainda que foi observado em Vigna radiata que a absorção e translocação da auxina bem como o enraizamento diminuíram 11

23 Revisão bibliográfica progressivamente à medida que aumentou o intervalo de tempo entre o corte e a aplicação da hormona Auxinas no enraizamento da videira No que diz respeito à influência das auxinas na formação de raízes adventícias em estacas de videira, num estudo com dois porta-enxertos, Kracke et al. (1981) constataram a existência de uma correlação positiva entre os níveis de auxinas endógenas e a percentagem de enraizamento. Estes autores verificaram que o porta-enxerto Kober 5BB apresentou um nível mais elevado de auxina endógena do que o 140 Ru, o que provavelmente justifica a sua maior capacidade de enraizamento, o qual também é considerado como de fácil enraizamento. Como já referido anteriormente, as auxinas endógenas são produzidas em órgãos jovens das plantas, nomeadamente nos gomos, tendo-se verificado que em estacas lenhosas de videira estes exerceram uma influência determinante sobre o número e a repartição das raízes, verificando-se mesmo que a supressão do gomo, antes de colocar as estacas no meio de enraizamento, suprimiu completamente a rizogénese (Julliard, 1973). No entanto esta noção não é totalmente apoiada pelos resultados de Smart et al. (2003), que demonstraram que, apesar dos gomos dormentes terem exercido algum controlo sobre a formação de raízes adventícias em Vitis vinifera, este aspecto não foi evidente em dois porta-enxertos híbridos americanos. Estes autores defendem que estes resultados não consensuais podem estar relacionados com diferentes estados fisiológicos dos gomos (idade ou dormência) do material vegetal utilizado. O enraizamento de estacas de videira é também influenciado pela concentração da auxina, ocorrendo o seu efeito benéfico só até uma concentração máxima. Este facto é demonstrado através dos resultados de estudos com estacas semilenhosas de porta- -enxertos, onde se verificou um aumento da mortalidade das estacas com o aumento da concentração de AIB (Biasi et al., 1997; Machado et al., 2005). Biasi et al. (1997) atribuiram a esta situação o efeito tóxico ou inibitório das concentrações mais elevadas de AIB. Por outro lado, estes resultados são também explicados pelo facto de que a eficiência do tratamento com AIB pode variar com o tipo e o estado nutricional da estaca, assim como pelas estacas já poderem apresentar um teor de auxina endógena suficiente para que ocorra o enraizamento, sendo ineficiente a aplicação de auxina exógena (Faria et al., 2007). Quanto à influência do tipo de auxina no enraizamento de estacas de videira, contrariamente ao relatado por Al-Salem e Karam (2001) e por Hartmann et al. (2002) para outras espécies, num ensaio de propagação in vitro de micro-estacas de Vitis vinifera L. cv. Pinot Noir, Heloir et al. (1997) observaram que, para a mesma concentração de auxina, os explantes tratados 12

24 Revisão bibliográfica com ANA apresentaram um maior número de raízes, mas de menor comprimento do que os tratados com AIB Citocininas As citocininas constituem um dos mais importantes grupos de hormonas, essenciais ao desenvolvimento das plantas pela regulação da divisão celular (Hartmann et al., 2002), para além de participarem nos processos de crescimento e desenvolvimento vegetal (Roberto et al., 2006). As regiões da planta onde se observa maior síntese de citocininas livres são os meristemas radiculares. Após a sua formação nas raízes, as citocininas parecem mover-se pelo xilema até à parte aérea, onde se podem acumular em níveis altos nas folhas (Roberto et al., 2006). Durante o período de enraizamento, a citocinina é gradualmente metabolizada a favor da emergência e do crescimento das raízes latentes ou simplesmente inactivada pelos tecidos da planta, sendo este declínio interrompido e invertido após a formação das raízes (Okoro e Grace, 1978). A formação de raízes adventícias é geralmente favorecida por uma relação auxina/citocinina elevada, enquanto uma relação baixa favorece a formação de gomos adventícios. Verifica- -se, assim, que as estacas de espécies que apresentam naturalmente um nível elevado de citocininas têm maior dificuldade em enraizar do que aquelas com níveis baixos de citocininas. A influência das citocininas na iniciação da rizogénese pode depender da fase particular da iniciação e da concentração da hormona. Alguns autores sugerirem que os poucos casos de sucesso com a aplicação exógena de citocininas indicam que estas podem ter um papel indirecto que pode manifestar-se através dos efeitos no rejuvenescimento e na acumulação de carbo-hidratos na base das estacas (Hartmann et al., 2002). Kawai (1997), estudando o efeito da aplicação de benzilaminopurina (BAP) em estacas lenhosas de videira, constatou que esta citocinina suprimiu completamente o enraizamento dessas estacas apesar de ter verificado, nas mesmas, um grande aumento do AIA extraível. Outros trabalhos mostram também que as citocininas inibiram o enraizamento de estacas de videira da variedade Delaware (Fujii e Nakano, 1974), sendo raras as experiências que mostraram que as citocininas promoveram a formação de raízes adventícias em estacas (Kawai, 1997) Giberelinas As giberelinas são, como as auxinas, reguladores de crescimento, mas os seus efeitos, ao contrário do AIA, revelam-se melhor em plantas intactas do que em estacas. São principalmente conhecidas pelos seus efeitos na promoção do alongamento dos caules, 13

25 Revisão bibliográfica podendo suprimir a iniciação radicular, interferindo com processos ao nível molecular, particularmente a transcrição (Hartmann et al., 2002). A giberelina mais abundante nos vegetais é o ácido giberélico (AG), sendo este largamente referido como inibidor da formação de raízes adventícias em estacas de várias espécies vegetais (Jarvis, 1986). Esta ideia é, de certo modo, apoiada por Kawai (1997), ao constatar que a aplicação de AG inibiu temporariamente o enraizamento de estacas lenhosas de videira, não tendo verificado uma redução significativa dos níveis de auxina endógena, comparados com os níveis do controlo. Keeley et al. (2003) referem ainda a existência de uma relação inversa entre o teor de giberelinas nas estacas e a sua capacidade para formar raízes adventícias. A inibição da formação de raízes por acção das giberelinas parece depender do estado de desenvolvimento do enraizamento e das condições ambientais a que são submetidas as estacas (Jarvis, 1986), levando a que muitas vezes a acção do AG na formação de raízes seja confusa. Alguns autores referem mesmo que os mecanismos bioquímicos e fisiológicos, através dos quais as giberelinas aplicadas inibem a rizógenese adventícia, mantêm-se desconhecidos (Hartmann et al., 2002) Ácido abscísico O ácido abscísico (ABA) é um dos reguladores de crescimento que apresenta um papel importante no enraizamento de plantas, atendendo aos seus efeitos antagónicos na acção das giberelinas e das citocininas, as quais podem inibir o enraizamento, bem como à sua influência na capacidade das estacas resistirem ao stress hídrico, durante a propagação (Hartmann et al., 2002). Em situações de stress hídrico, o ABA é sintetizado nos tecidos das plantas, sendo posteriormente transportado para outros tecidos ou órgãos, onde a sua acumulação vai aumentar as relações hídricas da planta, provocando o fecho dos estomas (Hartung e Turner, 1997) e, deste modo, protegendo a dessecação das folhas. Porém vários trabalhos realizados com o objectivo de estudar o efeito do ABA na formação de raízes adventícias mostraram resultados contraditórios. Aparentemente estes resultados dependeram da concentração da hormona e das condições ambientais e nutricionais das plantas-mãe de onde as estacas foram colhidas (Hartmann et al., 2002). No que diz respeito ao efeito do ABA no enraizamento de estacas lenhosas de videira, em certas situações verificou-se a inibição temporária da formação de raízes (Kawai, 1997), enquanto noutras este regulador de crescimento promoveu o enraizamento (Fujii e Nakano, 1974). Segundo Kawai (1997), a inibição do enraizamento por efeito do ABA é justificada pela supressão da actividade do gomo. Por outro lado, num estudo sobre os níveis 14

ARBORICULTURA I. Elementos sobre a anatomia e fisiologia da formação de raízes adventícias. Por: Augusto Peixe

ARBORICULTURA I. Elementos sobre a anatomia e fisiologia da formação de raízes adventícias. Por: Augusto Peixe ARBORICULTURA I Elementos sobre a anatomia e fisiologia da formação de raízes adventícias Por: Augusto Peixe Tipos de Estacas Estacas Caulinares Lenhosas Semi-lenhosas Herbáceas Evolução de meristemas

Leia mais

Todos os seres vivos apresentam uma série de respostas a estímulos exteriores, tais como a luz, a temperatura, a gravidade, o fotoperíodo ou o toque

Todos os seres vivos apresentam uma série de respostas a estímulos exteriores, tais como a luz, a temperatura, a gravidade, o fotoperíodo ou o toque HORMONAS VEGETAIS Todos os seres vivos apresentam uma série de respostas a estímulos exteriores, tais como a luz, a temperatura, a gravidade, o fotoperíodo ou o toque mecânico (contacto). Apesar de não

Leia mais

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA Propagação vegetativa em espécies florestais: Enxertia Estaquia Microestaquia Enxertia União de partes de uma planta em outra, de forma que as duas partes de plantas diferentes passem

Leia mais

Uma das características básicas da vida é a capacidade de responder a estímulos do meio

Uma das características básicas da vida é a capacidade de responder a estímulos do meio Hormonas vegetais Uma das características básicas da vida é a capacidade de responder a estímulos do meio Em resposta a factores externos, as plantas produzem mensageiros químicos, as hormonas vegetais

Leia mais

Valter Francisco Hulshof Eng. Agrônomo

Valter Francisco Hulshof Eng. Agrônomo REGULADORES DE CRESCIMENTO MAIS QUATRO FITORMÔNIOS DE DESTAQUE Valter Francisco Hulshof Eng. Agrônomo Holambra - SP GIBERELINAS Descobertas por cientistas japoneses na segunda metade do séc. XX que estudavam

Leia mais

EFEITO DA CASTA NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS SEMILENHOSAS DE VIDEIRA

EFEITO DA CASTA NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS SEMILENHOSAS DE VIDEIRA Ciência e Téc. Vitiv. 25 (1) 9-14. 2010 EFEITO DA CASTA NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS SEMILENHOSAS DE VIDEIRA EFFECT OF THE VARIETY ON THE ROOTING OF GRAPEVINE SOFTWOOD CUTTINGS João Brazão 1, Elsa Gonçalves

Leia mais

Regulação do crescimento e desenvolvimento vegetal:

Regulação do crescimento e desenvolvimento vegetal: Regulação do crescimento e desenvolvimento vegetal: Fatores internos de controle LCE SLC0622- Biologia 3 2016 Hormônios Vegetais ou Fitormônios: fatores internos de controle Regulam o desenvolvimento e

Leia mais

2. Efeito da variação dos factores ambientais no desenvolvimento das plantas 2.3. Regulação do ciclo vegetativo: Dominância/controlo apical

2. Efeito da variação dos factores ambientais no desenvolvimento das plantas 2.3. Regulação do ciclo vegetativo: Dominância/controlo apical 2. Efeito da variação dos factores ambientais no desenvolvimento das plantas 2.3. Regulação do ciclo vegetativo: 2.3.1. Dominância/controlo apical 2.3.2. Dormência/Quebra de dormência 2.3.3. Senescência

Leia mais

Hormônios Vegetais Regulação do crescimento

Hormônios Vegetais Regulação do crescimento Hormônios Vegetais Regulação do crescimento Interações de fatores no desenvolvimento vegetal Genoma da planta Codificação de enzimas catalisadoras de reações bioquímicas de desenvolvimento Estímulos ambientais

Leia mais

O controle do crescimento e do desenvolvimento de um vegetal depende de alguns fatores:

O controle do crescimento e do desenvolvimento de um vegetal depende de alguns fatores: O controle do crescimento e do desenvolvimento de um vegetal depende de alguns fatores: Disponibilidade de luz Disponibilidade de água Nutrientes minerais Temperatura Um outro fator que regula o crescimento

Leia mais

Aspectos teóricos da propagação de plantas (parte 2) e Estaquia

Aspectos teóricos da propagação de plantas (parte 2) e Estaquia Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ/USP LPV 0448 - Fruticultura Nas plantas propagadas podem ocorrer variações Aspectos teóricos da propagação de plantas (parte

Leia mais

Morfologia e Fisiologia das Plantas Frutíferas

Morfologia e Fisiologia das Plantas Frutíferas Morfologia e Fisiologia das Plantas Frutíferas Sistema Radicular: Raízes Pêlos absorventes Parte Aérea: Tronco Ramos Gemas Folhas Flores Frutas Estrutura Sistema Radicular a) Fixação da planta no solo;

Leia mais

Substâncias orgânicas produzidas pelo vegetal que atuam em pequenas doses e em diferentes órgãos das plantas.

Substâncias orgânicas produzidas pelo vegetal que atuam em pequenas doses e em diferentes órgãos das plantas. Fitormônios Fitormônios Substâncias orgânicas produzidas pelo vegetal que atuam em pequenas doses e em diferentes órgãos das plantas. Auxina Giberelina Citocinina Ácido abscísico Etileno Locais de produção:

Leia mais

Princípios de propagação de fruteiras

Princípios de propagação de fruteiras Universidade Federal de Rondônia Curso de Agronomia Fruticultura I Princípios de propagação de fruteiras Emanuel Maia emanuel@unir.br www.emanuel.acagea.net Multiplicação das plantas Estruturas especializadas

Leia mais

Agente laranja: auxina + dioxina

Agente laranja: auxina + dioxina Agente laranja: auxina + dioxina (hormônio vegetal) (conservante) Utilizado entre 1961 e 1971 pelo exército dos EUA durante a Guerra do Vietnã. Mensageiros químicos altamente específicos; Produzidos pelo

Leia mais

BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento

BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento Prof. Marcelo C. Dornelas ula 3: uxinas (Parte II) Funções biológicas das auxinas Devido ao transporte polar das auxinas, gerado pelo posicionamento

Leia mais

09/06/2011. Hormônios Vegetais (Fitormônios) Hormônios Vegetais. Ação hormonal na floração.

09/06/2011. Hormônios Vegetais (Fitormônios) Hormônios Vegetais. Ação hormonal na floração. Hormônios Vegetais (Fitormônios) Hormônios Vegetais Os fitormônios, como também são chamados os hormônios vegetais, são substâncias orgânicas atuantes nos diferentes órgãos das plantas: raiz, caule, folhas,

Leia mais

Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil 8

Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil 8 PROPAGAÇÃO DE DOIS TIPOS DE ESTACAS HERBÁCEAS DO PORTA- ENXERTO DE VIDEIRA PAULSEN 1103 SUBMETIDAS A DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDÓLBUTÍRICO. 1 HAMANN, Jonas Janner 2 ; FRONZA, Diniz 3 ; MEYER,

Leia mais

INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE CULTURA NA TAXA DE MULTIPLICAÇÃO DE EXPLANTES DE Gypsophila cv. Golan

INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE CULTURA NA TAXA DE MULTIPLICAÇÃO DE EXPLANTES DE Gypsophila cv. Golan INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE CULTURA NA TAXA DE MULTIPLICAÇÃO DE EXPLANTES DE Gypsophila cv. Golan Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X ) Resumo ( ) Relato de Caso AUTOR PRINCIPAL: Chirlene

Leia mais

BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento. Aula 12b: Propagação Vegetativa

BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento. Aula 12b: Propagação Vegetativa BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento Prof. Marcelo C. Dornelas Aula 12b: Propagação Vegetativa A propagação vegetativa como um processo de manutenção da diversidade Ao contrário da reprodução

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 18 MOVIMENTOS E CRESCIMENTO VEGETAL, HORMÔNIOS E FOTOPERÍODO

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 18 MOVIMENTOS E CRESCIMENTO VEGETAL, HORMÔNIOS E FOTOPERÍODO BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 18 MOVIMENTOS E CRESCIMENTO VEGETAL, HORMÔNIOS E FOTOPERÍODO Crescimento Inibição Produção Raízes Gemas Caules Produção de Etileno 10-11 10-9 10-7 10-5 10-3 10-1 Concentração

Leia mais

Conservação da diversidade genética e selecção de castas do Norte de Portugal Elsa Gonçalves

Conservação da diversidade genética e selecção de castas do Norte de Portugal Elsa Gonçalves I ENCONTRO DE VITICULTURA GALICIA NORTE DE PORTUGAL OURENSE, 6 DE XUÑO DE 2017 Conservação da diversidade genética e selecção de castas do Norte de Portugal Elsa Gonçalves Grupo de trabalho no Norte de

Leia mais

Hormônios Vegetais (Fitormônios)

Hormônios Vegetais (Fitormônios) Hormônios Vegetais (Fitormônios) Hormônios Vegetais Os fitormônios, como também são chamados os hormônios vegetais, são substâncias orgânicas atuantes nos diferentes órgãos das plantas: raiz, caule, folhas,

Leia mais

ENXERTIA DE PLANTAS FRUTÍFERAS

ENXERTIA DE PLANTAS FRUTÍFERAS ENXERTIA DE PLANTAS FRUTÍFERAS Prof. Angelo P. Jacomino Fruticultura - LPV 0448 2017 1 - Introdução Multiplicação Sexuada X Assexuada SEXUADA: - Facilidade; - Baixo custo. ASSEXUADA: - Características

Leia mais

Seleção de fontes e manejo na propagação vegetativa

Seleção de fontes e manejo na propagação vegetativa Seleção de fontes e manejo na propagação vegetativa Plantas genótipo idêntico: estaquia mergulhia enxertia estruturas especiais: estolhos, bulbos, cormos, rizomas, tubérculos, xilopódios micropropagação

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DO POTENCIAL DE PRODUÇÃO DO SECTOR VIVEIRISTA VITÍCOLA

CARACTERIZAÇÃO DO POTENCIAL DE PRODUÇÃO DO SECTOR VIVEIRISTA VITÍCOLA CARACTERIZAÇÃO DO POTENCIAL DE PRODUÇÃO DO SECTOR VIVEIRISTA VITÍCOLA Ricardo ANDRADE VITICERT Rua Cândido dos Reis, 1 Polígono do IVV 2560-312 TORRES VEDRAS geral@viticert.mail.pt RESUMO O sector viveirista

Leia mais

MULTIPLICAÇÃO DE ESTACAS DE OLIVEIRA SOB NEBULIZAÇÃO

MULTIPLICAÇÃO DE ESTACAS DE OLIVEIRA SOB NEBULIZAÇÃO MULTIPLICAÇÃO DE ESTACAS DE OLIVEIRA SOB NEBULIZAÇÃO Maria A. Rodrigues 1, José N.Velez 1 & Mariana D. Regato 1 1 Escola Superior Agrária de Beja Rua Pedro Soares Apartado 158 7801-902-Beja Telefone: 284

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Embrapa Belém, PA 2014 ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO PROMOVEM ENRAIZAMENTO IN VITRO DE

Leia mais

ABSORÇÃO. - A absorção de água e sais minerais acontece principalmente pela raiz, na região dos pêlos absorventes;

ABSORÇÃO. - A absorção de água e sais minerais acontece principalmente pela raiz, na região dos pêlos absorventes; FISIOLOGIA VEGETAL - É o estudo dos mecanismos responsáveis por manter o equilíbrio das funções da planta. - São a absorção de nutrientes e água, o transporte das seivas, fatores reguladores do crescimento

Leia mais

Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros

Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros Fisiologia Vegetal 1. Conceito: Ramo da botânica destinado a estudar as funções vitais das plantas. Absorção; Transpiração; Condução; Fotossíntese; Fotoperíodos;

Leia mais

Hormônios vegetais Prof.: Eduardo

Hormônios vegetais Prof.: Eduardo Prof.: Eduardo Fitormônios: É um composto orgânico sintetizado em alguma parte do vegetal que pode ser transportado para outra parte e assim em concentrações muito baixas causar uma resposta fisiológica

Leia mais

Instituto Politécnico de Bragança

Instituto Politécnico de Bragança II Encontro Europeu da Castanha. Produção e Marketing de Material de Propagação do Castanheiro. Qualidade, garantia sanitária e legislação Instituto Politécnico de Bragança Maria Eugénia Gouveia A utilização

Leia mais

Bipartição. Comum nos seres unicelulares (bactérias, amibas, paramécias)

Bipartição. Comum nos seres unicelulares (bactérias, amibas, paramécias) Bipartição Comum nos seres unicelulares (bactérias, amibas, paramécias) O progenitor perde a sua individualidade, dando origem a dois indivíduos idênticos. Consiste na divisão de uma célula em duas células

Leia mais

O MATERIAL VEGETAL : UM INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DURADOURO

O MATERIAL VEGETAL : UM INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DURADOURO DUFOUR O MATERIAL VEGETAL : UM INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DURADOURO, 1 O MATERIAL VEGETAL : UM INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DURADOURO Marie-Catherine DUFOUR Service Vigne et Vin Chambre d Agriculture

Leia mais

5º Congresso Florestal Nacional, A Floresta e as Gentes, IPV Viseu, Maio 2005.

5º Congresso Florestal Nacional, A Floresta e as Gentes, IPV Viseu, Maio 2005. Manuseamento da Semente de Quercus suber L. para Produção de Plantas de Qualidade *Silva, C. A.; **Loureiro, A.; **Carvalho, J.P. * DGRF - CENASEF, Centro Nacional de Sementes Florestais, Parque Florestal

Leia mais

MERISTEMAS E DESENVOLVIMENTO. Forma e função nas plantas vasculares : BIB 140

MERISTEMAS E DESENVOLVIMENTO. Forma e função nas plantas vasculares : BIB 140 MERISTEMAS E DESENVOLVIMENTO Forma e função nas plantas vasculares : BIB 140 Tópicos a serem abordados: Desenvolvimento Meristemas Célula vegetal Crescimento Alongamento Divisão celular Diferenciação celular

Leia mais

HORMÔNIOS VEGETAIS. Katia Christina Zuffellato-Ribas

HORMÔNIOS VEGETAIS. Katia Christina Zuffellato-Ribas HORMÔNIOS VEGETAIS Katia Christina Zuffellato-Ribas HORMÔNIO VEGETAL COMPOSTO ORGÂNICO, NÃO NUTRIENTE, DE OCORRÊNCIA NATURAL, PRODUZIDO NA PLANTA, O QUAL, EM BAIXAS CONCENTRAÇÕES (10-4 A 10-6 M), PROMOVE,

Leia mais

FISIOLOGIA E NUTRIÇÃO DA VIDEIRA

FISIOLOGIA E NUTRIÇÃO DA VIDEIRA FISIOLOGIA E NUTRIÇÃO DA VIDEIRA aaa Aspectos hormonais do crescimento fitormônios e reguladores de crescimento a Prof. Leonardo Cury Bento Gonçalves/RS 1 Introdução! Hormônio: Palavra de origem grega

Leia mais

A. CONDUÇÃO DE SEIVA BRUTA

A. CONDUÇÃO DE SEIVA BRUTA 01 10 FISIOLOGIA VEGETAL H9 Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos. H13 Reconhecer

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES EXPLANTES E COMBINAÇÕES DE REGULADORES VEGETAIS (BAP E ANA) NO CULTIVO IN VITRO DE Physalis pubences L.

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES EXPLANTES E COMBINAÇÕES DE REGULADORES VEGETAIS (BAP E ANA) NO CULTIVO IN VITRO DE Physalis pubences L. AVALIAÇÃO DE DIFERENTES EXPLANTES E COMBINAÇÕES DE REGULADORES VEGETAIS (BAP E ANA) NO CULTIVO IN VITRO DE Physalis pubences L. Douglas Junior Bertoncelli 1 *,2, Marisa de Cacia Oliveira 1 1 Universidade

Leia mais

ENRAIZAMENTO IN VITRO E ACLIMATIZAÇAO EM VERMICULITA DE PIMENTA- DO-REINO (Piper nigrum L.)

ENRAIZAMENTO IN VITRO E ACLIMATIZAÇAO EM VERMICULITA DE PIMENTA- DO-REINO (Piper nigrum L.) ENRAIZAMENTO IN VITRO E ACLIMATIZAÇAO EM VERMICULITA DE PIMENTA- DO-REINO (Piper nigrum L.) AMARAL, Leila Márcia Souza ; LEMOS, Oriel Filgueira de ; MELO, Elane Cristina Amoras, ALVES, Sérgio Augusto Oliveira,

Leia mais

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 59 FISIOLOGIA VEGETAL

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 59 FISIOLOGIA VEGETAL BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 59 FISIOLOGIA VEGETAL Como pode cair no enem (ENEM) Na transpiração, as plantas perdem água na forma de vapor através dos estômatos. Quando os estômatos estão fechados,

Leia mais

Propagação da Videira. Profª. Paula Iaschitzki Ferreira Instituto Federal de Santa Catarina

Propagação da Videira. Profª. Paula Iaschitzki Ferreira Instituto Federal de Santa Catarina Propagação da Videira Profª. Paula Iaschitzki Ferreira Instituto Federal de Santa Catarina Definição Propagação é a multiplicação dirigida de plantas pela via sexual ou pela vegetativa. Como ocorre? Dois

Leia mais

Propagação assexuada de frutíferas temperadas e tropicais

Propagação assexuada de frutíferas temperadas e tropicais Propagação assexuada de frutíferas temperadas e tropicais Bruna de Souza Silveira (1) ; Ana Cardoso Clemente Ferreira filha de Paula; (2) Paulino da Cunha Leite (3) (1) Estudante de Agronomia; Instituto

Leia mais

Aula 13 Hormônios Vegetais

Aula 13 Hormônios Vegetais BIOLOGIA III Hormônios Vegetais Atributos dos seres vivos: responder a estímulos ambientais. Fitormônios: estimulam ou inibem atividades específicas (às vezes compartilhada). BIOLOGIA III Hormônios Vegetais

Leia mais

MULTIPLICAÇÃO RÁPIDA DE PORTA-ENXERTOS DE VIDEIRA MEDIANTE ESTAQUIA SEMILENHOSA EM URUGUAIANA-RS

MULTIPLICAÇÃO RÁPIDA DE PORTA-ENXERTOS DE VIDEIRA MEDIANTE ESTAQUIA SEMILENHOSA EM URUGUAIANA-RS MULTIPLICAÇÃO RÁPIDA DE PORTA-ENXERTOS DE VIDEIRA MEDIANTE ESTAQUIA SEMILENHOSA EM URUGUAIANA-RS RAPID PROPAGATION OF ROOTSTOCK OF GRAPEVINE SEMIHARDWOOD CUTTINGS IN URUGUAIANA-RS Uirá do Amaral 1, Dienice

Leia mais

MACROPROPAGAÇÃO DO MIRTILO SOB EFEITO DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB) EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES E TEMPOS DE IMERSÃO

MACROPROPAGAÇÃO DO MIRTILO SOB EFEITO DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB) EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES E TEMPOS DE IMERSÃO MACROPROPAGAÇÃO DO MIRTILO SOB EFEITO DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB) EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES E TEMPOS DE IMERSÃO Giovanna CERQUEIRA 1 ; Renata A. MOREIRA 2 ; Lucas P. S. SANTOS 3 ; Paula C. BORGES 4

Leia mais

MATA NACIONAL DO ESCAROUPIM

MATA NACIONAL DO ESCAROUPIM MATA NACIONAL DO ESCAROUPIM Visita de Estudo sobre o Programa de Melhoramento Genético de Pinheiro bravo para o Volume e Forma do Tronco Diagrama ombrotérmico Estação meteorológica de Salvaterra de Magos

Leia mais

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TIPO DE PODA SOBRE O RENDIMENTO E QUALIDADE DA CASTA VERDELHO RESUMO

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TIPO DE PODA SOBRE O RENDIMENTO E QUALIDADE DA CASTA VERDELHO RESUMO ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TIPO DE PODA SOBRE O RENDIMENTO E QUALIDADE DA CASTA VERDELHO João Brazão 1, José A. Aguiar 2 RESUMO Com o intuito de estudar a influência de vários tipos de poda na casta Verdelho,

Leia mais

Unidade 4 jcmorais 2012

Unidade 4 jcmorais 2012 Unidade 4 jcmorais 2012 Qual é a importância da Biotecnologia na resolução dos problemas de alimentação? A produção de maiores quantidades de alimentos dependerá do desenvolvimento de novas técnicas e

Leia mais

PRODUÇÃO DE MUDAS DE MAMONEIRA

PRODUÇÃO DE MUDAS DE MAMONEIRA PRODUÇÃO DE MUDAS DE MAMONEIRA (Ricinus communis L.) A PARTIR DA ESTIMULAÇÃO DE ESTACAS PELO ÁCIDO 3-INDOLACÉTICO (AIA) E PELO ÁCIDO INDOL BUTÍRICO (AIB) Francynês C. O. Macedo 1 ; Máira Milani 2 ; Julita

Leia mais

Franca, Mariana Almeida Micropropagação de cana-de-açúcar cultivar RB Mariana Almeida Franca. Curitiba: f. il.

Franca, Mariana Almeida Micropropagação de cana-de-açúcar cultivar RB Mariana Almeida Franca. Curitiba: f. il. F814 Franca, Mariana Almeida Micropropagação de cana-de-açúcar cultivar RB966928. Mariana Almeida Franca. Curitiba: 2016. 64 f. il. Orientador: João Carlos Bespalhok Filho Dissertação (Mestrado) Universidade

Leia mais

INDUÇÃO DE RAÍZES EM ESTACAS DO ALGODOEIRO ARBÓREO EM CONDIÇÕES EX VITRO

INDUÇÃO DE RAÍZES EM ESTACAS DO ALGODOEIRO ARBÓREO EM CONDIÇÕES EX VITRO INDUÇÃO DE RAÍZES EM ESTACAS DO ALGODOEIRO ARBÓREO EM CONDIÇÕES EX VITRO Julita Maria Frota Chagas Carvalho (Embrapa Algodão / julita@cnpa.embrapa.br), Francisco Pereira de Andrade (Embrapa Algodão), Cristiane

Leia mais

AGRICULTURA DE PRECISÃO. Exemplo da avaliação do efeito da topografia e da rega sobre a variabilidade espacial e temporal da produtividade do milho.

AGRICULTURA DE PRECISÃO. Exemplo da avaliação do efeito da topografia e da rega sobre a variabilidade espacial e temporal da produtividade do milho. Artigo publicado na revista Vida Rural, Vida Rural, nº 1708, p.32-34 AGRICULTURA DE PRECISÃO. Exemplo da avaliação do efeito da topografia e da rega sobre a variabilidade espacial e temporal da produtividade

Leia mais

TÉCNICAS DE CULTURA DE TECIDOS DE PLANTAS

TÉCNICAS DE CULTURA DE TECIDOS DE PLANTAS TÉCNICAS DE CULTURA DE TECIDOS DE PLANTAS 1.MICROPROPAGAÇÃO 2.MICRO-ENXERTIA 3.RESGATE DE EMBRIÕES 4.CULTURA E FUSÃO DE PROTOPLASTOS 5.CULTURA DE CELULAS EM SUSPENSAO 6.CULTURA DE ANTERAS Prof. Dr. Luiz

Leia mais

MICROPROPAGAÇÃO E ACLIMATAÇÃO DE PLÂNTULAS DE MORANGUEIRO. Palavras chaves: Micropropagação. Isolamento de meristema. Explante. Mudas sadias.

MICROPROPAGAÇÃO E ACLIMATAÇÃO DE PLÂNTULAS DE MORANGUEIRO. Palavras chaves: Micropropagação. Isolamento de meristema. Explante. Mudas sadias. MICROPROPAGAÇÃO E ACLIMATAÇÃO DE PLÂNTULAS DE MORANGUEIRO Tamires Oviedo 1, Fabiana Raquel Mühl 2, Neuri Antonio Feldmann 3, Anderson Rhoden 3 Palavras chaves: Micropropagação. Isolamento de meristema.

Leia mais

Parede primária e secundária. Lomandraceae, Monocotiledônea

Parede primária e secundária. Lomandraceae, Monocotiledônea Parede primária e secundária Lomandraceae, Monocotiledônea Lamela média Cordia trichotoma Corte transversal caule Parede primária e secundária Parede primária Constituição 65% de água 25% celulose 25%

Leia mais

Síntese: meristemas, sementes, raízes e brotos foliares; Transporte: xilema; Atuam estimulando o crescimento de caules e folhas (pouco efeito sobre

Síntese: meristemas, sementes, raízes e brotos foliares; Transporte: xilema; Atuam estimulando o crescimento de caules e folhas (pouco efeito sobre Síntese: meristemas, sementes, raízes e brotos foliares; Transporte: xilema; Atuam estimulando o crescimento de caules e folhas (pouco efeito sobre raízes); Elongação celular: estimula a entrada de água

Leia mais

AUXINAS. Katia Christina Zuffellato-Ribas

AUXINAS. Katia Christina Zuffellato-Ribas AUXINAS Katia Christina Zuffellato-Ribas AUXINAS = AUXIEN = CRESCER, AUMENTAR PRIMEIRO HORMÔNIO VEGETAL FINAL DO SÉCULO XIX Charles Darwin 1881 The Power of Moviment in Plants HORMÔNIOS VEGETAIS GRUPO

Leia mais

Efeito do Etileno na Abcisão Foliar

Efeito do Etileno na Abcisão Foliar Efeito do Etileno na Abcisão Foliar Trabalho nº4 Daniela Costa e Sousa Filipa França de Barros Luís Manuel M. V. L. Tavares Marta Filipa P. M. Gonçalves Fisiologia Vegetal Licenciatura em Bioquímica Com

Leia mais

Mecanismo Hidroativo = Depende da quantidade de água disponível

Mecanismo Hidroativo = Depende da quantidade de água disponível TRANSPIRAÇÃO: PERDA DE ÁGUA NA FORMA DE VAPOR - 90% da água absorvida nas raízes é perdida nas folhas pela transpiração. - A TRANSPIRAÇÃO CUTICULAR é um processo físico que não é regulado pela planta e

Leia mais

Agente laranja: auxina + dioxina

Agente laranja: auxina + dioxina Agente laranja: auxina + dioxina (hormônio vegetal) (conservante) Utilizado entre 1961 e 1971 pelo exército dos EUA durante a Guerra do Vietnã. Mensageiros químicos altamente específicos; Produzidos pelo

Leia mais

PRODUÇÃO DE MUDAS DE AMOREIRA-PRETA

PRODUÇÃO DE MUDAS DE AMOREIRA-PRETA PRODUÇÃO DE MUDAS DE AMOREIRA-PRETA João Paulo Tadeu Dias 1 ; Elizabeth Orika Ono 2 A cultura da amoreira-preta (Rubus sp.) surge como opção para a diversificação do cultivo de frutas, pois apresenta rusticidade

Leia mais

HORMÔNIOS VEGETAIS OU FITORMÔNIOS

HORMÔNIOS VEGETAIS OU FITORMÔNIOS HORMÔNIOS VEGETAIS OU FITORMÔNIOS São substâncias ativas, em quantidades mínimas que induzem efeitos especiais crescimento e desenvolvimento vegetal ( estimulando ou inibindo ). Ex. Auxinas, Giberelinas,

Leia mais

VITICULTURA. Melhoramento em viticultura. Por: Augusto Peixe

VITICULTURA. Melhoramento em viticultura. Por: Augusto Peixe VITICULTURA Melhoramento em viticultura Por: Augusto Peixe OBJECTIVOS DO MELHORAMENTO Tal como na grande maioria das espécies, os objectivos do melhoramento para a videira, passam pela obtenção de variedades

Leia mais

SOBREVIVÊNCIA DE ESTACAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM SUBSTRATOS COM DIFERENTES DOSES DE AIB PLANTADAS EM TUBETE

SOBREVIVÊNCIA DE ESTACAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM SUBSTRATOS COM DIFERENTES DOSES DE AIB PLANTADAS EM TUBETE 5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG SOBREVIVÊNCIA DE ESTACAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM SUBSTRATOS COM DIFERENTES

Leia mais

PROPAGAÇÃO DE PORTA-ENXERTOS DE VIDEIRA (Vittis sp.) SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM ÁCIDO INDOLBUTÍRICO

PROPAGAÇÃO DE PORTA-ENXERTOS DE VIDEIRA (Vittis sp.) SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM ÁCIDO INDOLBUTÍRICO CDD: 634.8 PROPAGAÇÃO DE PORTA-ENXERTOS DE VIDEIRA (Vittis sp.) SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM ÁCIDO INDOLBUTÍRICO PROPAGATION OF VINE ROOTSTOCKS (Vittis sp.) TREATED WITH IBA Marcello Sozim 1, Ricardo Antonio

Leia mais

INIBIDORES. Katia Christina Zuffellato-Ribas

INIBIDORES. Katia Christina Zuffellato-Ribas INIBIDORES Katia Christina Zuffellato-Ribas ÁCIDO ABSCÍSICO DESCOBERTO NA DÉCADA DE 60 ABSCISINA ESTADOS UNIDOS DORMINA INGLATERRA É UM RETARDANTE DO CRESCIMENTO HORMÔNIO DA DORMÊNCIA DE GEMAS ABA ESCALA

Leia mais

PRINCIPAIS FITORMÔNIOS

PRINCIPAIS FITORMÔNIOS FITORMÔNIOS São substâncias orgânicas químicas que atuam em diferentes partes do vegetal, como raiz, caule, folha, flor e fruto. São sintetizados em pequenas porções. Responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento

Leia mais

Enraizamento de estacas semilenhosas de mirtilo com diferentes tipos de lesões

Enraizamento de estacas semilenhosas de mirtilo com diferentes tipos de lesões Enraizamento de estacas semilenhosas de mirtilo com diferentes tipos de lesões Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: FISCHER, Doralice Lobato de Oliveira Doralice Lobato

Leia mais

Título da Pesquisa: Palavras-chave: Campus: Tipo Bolsa Financiador Bolsista (as): Professor Orientador: Área de Conhecimento: Resumo

Título da Pesquisa: Palavras-chave: Campus: Tipo Bolsa Financiador Bolsista (as): Professor Orientador: Área de Conhecimento: Resumo Título da Pesquisa: Produção de mudas de figo em hidroponia Palavras-chave: Fruticultura, Estacas, Enraizamento, Propagação. Campus: Bambuí Tipo de Bolsa: PIBITI Financiador: CNPq Bolsista (as): William

Leia mais

Influência do Clima na Bioconversão Vegetal Parte II Deficiência Hídrica

Influência do Clima na Bioconversão Vegetal Parte II Deficiência Hídrica UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ" DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB 306 Meteorologia Agrícola 1 o Semestre de 2017 Prof Fábio Marin Influência do Clima

Leia mais

MERISTEMAS E DESENVOLVIMENTO. Prof. Dra. Eny Floh Prof. Dra. Veronica Angyalossy

MERISTEMAS E DESENVOLVIMENTO. Prof. Dra. Eny Floh Prof. Dra. Veronica Angyalossy MERISTEMAS E DESENVOLVIMENTO Prof. Dra. Eny Floh Prof. Dra. Veronica Angyalossy Tópicos a serem abordados: Desenvolvimento Meristemas - Célula vegetal Crescimento Alongamento Divisão celular Diferenciação

Leia mais

TRANSPIRAÇÃO. perda de vapor d água. pelos ESTÔMATOS. pela CUTÍCULA VISTO DE CIMA 2 CÉLULAS GUARDA. Que regulam a abertura do OSTÍOLO.

TRANSPIRAÇÃO. perda de vapor d água. pelos ESTÔMATOS. pela CUTÍCULA VISTO DE CIMA 2 CÉLULAS GUARDA. Que regulam a abertura do OSTÍOLO. Fisiologia Vegetal perda de vapor d água TRANSPIRAÇÃO CONSTANTE pela CUTÍCULA REGULÁVEL pelos ESTÔMATOS VISTO DE CIMA 2 CÉLULAS GUARDA Que regulam a abertura do OSTÍOLO Cloroplastos Fatores que afetam

Leia mais

Enraizamento de estacas de mini-ixora (Ixora coccinea Compacta) sob diferentes substratos e reguladores de enraizamento

Enraizamento de estacas de mini-ixora (Ixora coccinea Compacta) sob diferentes substratos e reguladores de enraizamento Enraizamento de estacas de mini-ixora (Ixora coccinea Compacta) sob diferentes substratos e reguladores de enraizamento Marcelo Dumont Moura ; Sheila Isabel do Carmo Pinto (2) Estudante de Agronomia. Instituto

Leia mais

A ACTIVIDADE BIOLÓGICA NO SOLO: INTERESSE E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

A ACTIVIDADE BIOLÓGICA NO SOLO: INTERESSE E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO A ACTIVIDADE BIOLÓGICA NO SOLO: INTERESSE E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Eric CHANTELOT ITV Nîmes-Rodilhan O papel da actividade biológica A formação do solo (pedogénese) e a nutrição das plantas são condicionadas

Leia mais

NOVOS CLONES DE VIDEIRA RESULTANTES DE SELECÇÃO GENÉTICA DE ELEVADA EFICIÊNCIA. Elsa Gonçalves, Antero Martins

NOVOS CLONES DE VIDEIRA RESULTANTES DE SELECÇÃO GENÉTICA DE ELEVADA EFICIÊNCIA. Elsa Gonçalves, Antero Martins NOVOS CLONES DE VIDEIRA RESULTANTES DE SELECÇÃO GENÉTICA DE ELEVADA EFICIÊNCIA Elsa Gonçalves, Antero Martins Uma metodologia de selecção da videira que se distingue pela sua elevada eficiência genética

Leia mais

A QUALIDADE DAS PLANTAS E FLORES: ASPETOS A CONSIDERAR NA CADEIA DE ABASTECIMENTO. Domingos Almeida

A QUALIDADE DAS PLANTAS E FLORES: ASPETOS A CONSIDERAR NA CADEIA DE ABASTECIMENTO. Domingos Almeida 1 A QUALIDADE DAS PLANTAS E FLORES: ASPETOS A CONSIDERAR NA CADEIA DE ABASTECIMENTO Domingos Almeida Universidade de Lisboa Instituto Superior de Agronomia Santarém 24 de fevereiro de 2017 Advertências

Leia mais

Botânica Ecologia e suas interações.

Botânica Ecologia e suas interações. Profº Leonardo Eduardo Ferreira Fozdo Iguaçu, 28 de Julho, 2017. Botânica Ecologia e suas interações. Fotossíntese, Fase Clara, Fase Escura. Bioenergética Autótrofos: Sintetizam alimento orgânico a partir

Leia mais

Propagação in vitro de helicônia (Heliconia spp.) a partir de embriões zigóticos e embriogênese somática

Propagação in vitro de helicônia (Heliconia spp.) a partir de embriões zigóticos e embriogênese somática Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Agronomia Programa de Pós-Graduação em Agronomia Melhoramento Genético de Plantas Propagação in vitro de helicônia (Heliconia spp.) a partir de

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA) COORDENADORIA DO CURSO DE AGRONOMIA ANO DA ÚLTIMA REVISÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA) COORDENADORIA DO CURSO DE AGRONOMIA ANO DA ÚLTIMA REVISÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA) COORDENADORIA DO CURSO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (ICA) CARGA HORÁRIA SEMESTRAL CÓDIGO ANO DA ÚLTIMA REVISÃO

Leia mais

AS VARIEDADES RESISTENTES EM PORTUGAL Situação em 2018

AS VARIEDADES RESISTENTES EM PORTUGAL Situação em 2018 Variedades resistentes, alternativa aos fungicidas? Reflexão AS VARIEDADES RESISTENTES EM PORTUGAL Situação em 2018 Porto, 5 de dezembro de 2018 Grupo de Trabalho sobre Variedades Resistentes José Eiras

Leia mais

INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE HORMONAS NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ORNAMENTAIS

INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE HORMONAS NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ORNAMENTAIS INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE HORMONAS NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ORNAMENTAIS M. Regato; V. Carvalho Escola Superior Agrária de Beja Rua Pedro Soares Apartado 158 7801-902-Beja Telefone: 284 314300 e-mail:

Leia mais

LISTA RECUPERAÇÃO FINAL - BIOLOGIA 3ª SÉRIE (fisiologia vegetal e hormônios vegetais) PROFESSOR: WELLINGTON

LISTA RECUPERAÇÃO FINAL - BIOLOGIA 3ª SÉRIE (fisiologia vegetal e hormônios vegetais) PROFESSOR: WELLINGTON 1. Analise as imagens de uma mesma planta sob as mesmas condições de luminosidade e sob condições hídricas distintas. Os estômatos desta planta estão a) abertos na condição 1, pois há intenso bombeamento

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PAULO R. C. CASTRO ESALQ/USP CANA-DE-AÇÚCAR: RELAÇÕES HÍDRICAS E ESTRESSE STAB - 2016 PROPRIEDADES EDÁFICAS CICLO DA CANA, TEMPERATURA E CHUVA Fonte: Casagrande, A. A., 1991.

Leia mais

Modelando a Fotossíntese e a Respiração Vegetal

Modelando a Fotossíntese e a Respiração Vegetal UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CEN0257 - Modelagem de Sistemas Agrícolas e Ecológicos 1 o Semestre de 2017 Modelando a Fotossíntese e a Respiração Vegetal Crescimento de Plantas Cultivadas Fotossintese Respiração

Leia mais

Biologia. Alexandre Bandeira (Julio Junior) Fisiologia Vegetal

Biologia. Alexandre Bandeira (Julio Junior) Fisiologia Vegetal Fisiologia Vegetal Fisiologia Vegetal 1. Uma criança gravou a inicial de seu nome no tronco de uma jaqueira, a 1,5m do solo. Após alguns anos, ao observar a árvore percebeu que ela estava muito mais alta

Leia mais

COMUNICAÇÃO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS HERBÁCEAS DO PORTA-ENXERTO DE VIDEIRA RIPARIA DE TRAVIÚ TRATADAS COM AUXINAS

COMUNICAÇÃO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS HERBÁCEAS DO PORTA-ENXERTO DE VIDEIRA RIPARIA DE TRAVIÚ TRATADAS COM AUXINAS COMUNICAÇÃO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS HERBÁCEAS DO PORTA-ENXERTO DE VIDEIRA RIPARIA DE TRAVIÚ TRATADAS COM AUXINAS RESUMO Estudou-se o efeito do ácido indol-butírico (AIB) e ácido naftalenoacético (ANA)

Leia mais

IV Workshop sobre Tecnologia em Agroindústrias de tuberosas tropicais MANDIOCA COMO FONTE DE CARBOIDRATO

IV Workshop sobre Tecnologia em Agroindústrias de tuberosas tropicais MANDIOCA COMO FONTE DE CARBOIDRATO IV Workshop sobre Tecnologia em Agroindústrias de tuberosas tropicais MANDIOCA COMO FONTE DE CARBOIDRATO Sílvio José Bicudo Departamento Produção Vegetal FCA/UNESP Botucatu-SP - 2006 1 - Introdução A mandioca

Leia mais

Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática

Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática Uma elevada percentagem de produtos que consumimos é produzida, mantida ou degradada por microorganismos. O conhecimento do metabolismo microbiano permitirá

Leia mais

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata).

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata). AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata). Rezanio Martins Carvalho (bolsista do PIBIC/CNPq), Fabiano André Petter

Leia mais

UERJ 2016 e Hormônios Vegetais

UERJ 2016 e Hormônios Vegetais UERJ 2016 e Hormônios Vegetais Material de Apoio para Monitoria 1. O ciclo de Krebs, que ocorre no interior das mitocôndrias, é um conjunto de reações químicas aeróbias fundamental no processo de produção

Leia mais

Enraizamento in vitro de Aechmea setigera, bromélia endêmica da Amazônia, Acre, Brasil

Enraizamento in vitro de Aechmea setigera, bromélia endêmica da Amazônia, Acre, Brasil http://dx.doi.org/10.12702/viii.simposfloresta.2014.58-644-1 Enraizamento in vitro de Aechmea setigera, bromélia endêmica da Amazônia, Acre, Brasil João R. A. Leão 1, Janaína M. Vasconcelos 2, Andrea Raposo

Leia mais

24/11/2005 Por: Augusto Peixe

24/11/2005 Por: Augusto Peixe Genética e Melhoramento de Plantas 24/11/2005 Por: Augusto Peixe Melhoramento em espécies multiplicadas vegetativamente -Dois tipos de plantas -As que podem também reproduzir-se sexualmente -Aquelas em

Leia mais

AULA 2 Propagação assexuada Micropropagação Macropropagação Enxertia Borbulhia Mergulhia Amontoa Alporquia Estaquia Katia Christina Zuffellato-Ribas

AULA 2 Propagação assexuada Micropropagação Macropropagação Enxertia Borbulhia Mergulhia Amontoa Alporquia Estaquia Katia Christina Zuffellato-Ribas AULA 2 Propagação assexuada Micropropagação Macropropagação Enxertia Borbulhia Mergulhia Amontoa Alporquia Estaquia Katia Christina Zuffellato-Ribas PROPAGAÇÃO ASSEXUADA (VEGETATIVA) MICROPROPAGAÇÃO MACROPROPAGAÇÃO

Leia mais

Tecnologias para produção de mudas de pequenas frutas e frutas nativas. Márcia Wulff Schuch Prof Titular Fruticultura FAEM/UFPel P PP

Tecnologias para produção de mudas de pequenas frutas e frutas nativas. Márcia Wulff Schuch Prof Titular Fruticultura FAEM/UFPel P PP Tecnologias para produção de mudas de pequenas frutas e frutas nativas Márcia Wulff Schuch Prof Titular Fruticultura FAEM/UFPel P PP Introdução o Pequenas frutas e Frutas nativas Alto potencial econômico

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE DISCIPLINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE DISCIPLINA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE DISCIPLINA DEPARTAMENTO: BIOLOGIA IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA: CÓDIGO NOME ( T - P ) BLG 1036 FISIOLOGIA VEGETAL (4-2) OBJETIVOS - ao término da disciplina

Leia mais

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE ABACATEIRO (Persea sp.), POR ESTAQUIA(1)

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE ABACATEIRO (Persea sp.), POR ESTAQUIA(1) PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE ABACATEIRO (Persea sp.), POR ESTAQUIA(1) Samar Velho da Silveira(2) Paulo Vítor Dutra de Souza(3) Otto Carlos KoIler(4) (1) Estudo financiado pela FINEP. (2) Eng. Agr., aluno do

Leia mais

Utilização de 6-benzilaminopurina na indução de brotações laterais de caules de abacaxizeiro cultivados em viveiros

Utilização de 6-benzilaminopurina na indução de brotações laterais de caules de abacaxizeiro cultivados em viveiros Utilização de 6-benzilaminopurina na indução de brotações laterais de caules de abacaxizeiro cultivados em viveiros Nome dos autores: Mayara Thayse Sousa da Silva; Clovis Maurílio de Souza Nome do Aluno

Leia mais

FISIOLOGIA VEGETAL FISIOLOGIA VEGETAL 24/05/2017. Prof. Leonardo F. Stahnke

FISIOLOGIA VEGETAL FISIOLOGIA VEGETAL 24/05/2017. Prof. Leonardo F. Stahnke FISIOLOGIA VEGETAL Prof. Leonardo F. Stahnke FISIOLOGIA VEGETAL A fisiologia vegetal é a parte da biologia que estuda o funcionamento do organismo das plantas, que inclui: Nutrição vegetal; Crescimento

Leia mais