MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE
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- Marina Almada Anjos
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1 MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE ORIENTAÇÕES PARA A PRODUÇÃO DA DISSERTAÇÃO DO MESTRADO Rosália Corrêa Belém/Pará 2012
2 APRESENTAÇÃO Durante o período de existência do Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente foram produzidas muitas dissertações de excelente qualidade. Entretanto, estas produções não apresentavam uniformidade no que se refere às suas estruturas físicas. Os mestrandos elaboravam as suas dissertações com base nas diferentes orientações que recebiam dos seus orientadores e, até mesmo, buscando informações em sites que esclarecem sobre as normas que orientam a elaboração do trabalho escrito. O resultado disso era o desacordo entre os modelos de dissertações adotadas pelos mestrandos e a total ausência de padronização. Outro desacordo que se destaca nesta produção acadêmica corresponde ao procedimento metodológico. Sabemos que os próprios livros de metodologia sugerem essa confusão, quando classificam tipos de métodos; tipos de pesquisas, técnicas de pesquisa e abordagens de formas diferentes. Porém, para os alunos que estão executando as suas pesquisas e carecem de esclarecimentos para assumirem uma metodologia adequada aos seus objetos de estudo, esta confusão causa incertezas e insegurança. Portanto, adotar um padrão de estrutura física da dissertação e a orientação de alguns autores acerca da definição dos elementos que compõem o procedimento metodológico das pesquisas, parece muito proveitoso para as produções futuras e àquelas que estão em andamentos. Ressalto que tal orientação não representa um estímulo ao distanciamento dos autores que apresentam outras definições e menos ainda à limitação da criatividade dos pesquisadores, apenas indica uma direção a ser seguida. É com este propósito que apresento estas orientações para os nossos alunos/mestrandos. Professora Rosália Corrêa
3 SUMÁRIO 1 CONHECIMENTO E CIÊNCIA 5 2 O MÉTODO CIENTÍFICO 6 3 A PESQUISA CIENTÍFICA TÉCNICAS DE PESQUISA TIPOS DE PESQUISA Tipos de pesquisa quanto à sua natureza Tipos de Pesquisa quanto à abordagem do problema proposto Tipo de pesquisa quanto aos objetivos Tipo de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos 11 4 O PROJETO DE PESQUISA DEFINIÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA PROCEDIMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE 12 PESQUISA: 4.3 ESTRUTURA FÍSICA DO PROJETO ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO 14 PROJETO DE PESQUISA 4.5 A PROPOSTA DE PESQUISA E O VÍNCULO COM AS LINHAS DE 15 PESQUISA DO CURSO 4.6 A PROPOSTA DE PESQUISA E O VÍNCULO COM OS PROJETOS EM 16 DESENVOLVIMENTO 5 A DISSERTAÇÃO DEFINIÇÃO DE DISSERTAÇÃO (colocar modelo da estrutura da 16 Dissertação conforme a ABNT) 5.2 ESTRUTURA FÍSICA DA DISSERTAÇÃO ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DA 17 DISSERTAÇÃO 6 A ORIENTAÇÃO DA DISSERTAÇÃO ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR ORIENTADOR E A RELAÇÃO 20 ORIENTADOR/ORIENTANDO 6.2 A FREQUENCIA DOCENTE/DISCENTE 21 7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A QUALIFICAÇÃO DA DISSERTAÇÃO 21
4 7.2 A DEFESA DA DISSERTAÇÃO 21 8 A RELAÇÃO DAS DISCIPLINAS COM A PRODUÇÃO DA DISSERTAÇÃO 22 E A AVALIAÇÃO DAS DISCIPLINAS 9 A SUBMISSÃO AO COMITÊ DE ÉTICA 22 REFERÊNCIAS 23 ANEXO 1: MODELOS DE CAPA E FOLHA DE ROSTO DO PROJETO DE 24 PESQUISA ANEXO 2: MODELOS DE CAPA; FOLHA DE ROSTO; FICHA 25 CATALOGRÁFICA E FOLHA DE APROVAÇÃO DA DISSERTAÇÃO ANEXO 3: MODELO DE FOLHA DE FREQUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO 27 ANEXO 4: MODELO DE FICHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO 28 ANEXO 5: FICHA DE AVALIAÇÃO DA DEFESA DO MESTRADO 29 ANEXO 6: ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PAPER 30
5 1 CONHECIMENTO E CIÊNCIA A noção de conhecimento advém da clareza de que existem, e sempre existirão, lacunas a serem preenchidas, por novas descobertas, nas diferentes áreas do universo científico. Partindo dessa perspectiva, a busca por respostas para superar tais falhas pressupõe uma relação entre o sujeito que deseja conhecer e o objeto a ser conhecido. E, considerando que o sujeito procura respostas para o seu desconhecimento, significa que ele questiona. Portanto, o ponto de partida para o conhecimento é o questionamento sobre algo ainda ignorado, e os elementos desse processo podem ser pensados nesta ordem: o sujeito pensante; o objeto ignorado; o questionamento sobre o objeto ignorado, e a assimilação do objeto pelo sujeito. Nessa direção é possível dizer que o conhecimento ocorre quando o sujeito que identificou o objeto ignorado superou esse desconhecimento ao encontrar a resposta para o seu questionamento. Esse é o princípio do conhecimento. A TRAJETÓRIA DO CONHECIMENTO: SUJEITO REFLEXIVO OBJETO IGNORADO QUESTIONAMENTO SOBRE O OBJETO IGNORADO ASSIMILAÇÃO DO OBJETO PELO SUJEITO = CONHECIMENTO A ilustração acima pressupõe que o conhecimento parte de um sujeito reflexivo, aquele que consegue olhar o mundo a sua volta, pensar sobre o que vê; identificar lacunas e questionar sobre elas. E a academia, pela dinâmica dos acontecimentos no seu cotidiano, é um espaço que fomenta esse processo, valorizando continuamente as novas descobertas. Portanto, o aluno mestrando deve se ocupar, constantemente, da tarefa de refletir e questionar sobre o mundo que o circunda, procurando respostas nas diferentes fontes que estão ao seu alcance. O conhecimento é um processo continuo que não se esgota, ao absorver um objeto antes ignorado, o sujeito desperta para o fato de que essa resposta trouxe, no seu conteúdo, novos questionamentos que necessitam de outras respostas, os quais também vão originar novas perguntas e assim sucessivamente. Assim, as respostas encontradas sempre trazem pistas para outros questionamentos, e eliminam
6 qualquer possibilidade de finitude do processo do conhecimento que sempre irá se adequar ao tempo e ao espaço nos quais ele acontece. Se o conhecimento é um processo, a ciência é um dos seus resultados. A ciência é um tipo de conhecimento que, pelas suas especificidades, garante um resultado mais exato, objetivo, seguro, embora passível de críticas e de questionamentos, e sua validade não é eterna e nem absoluta. A ciência é o conhecimento que a academia tende a valorizar com mais afinco, porque ela responde, com maior rigor, aos questionamentos que são levantados sobre os objetos desconhecidos e, além de responder, é também capaz de fazer recomendações baseadas em orientações mais sólidas e seguras. Tudo isso faz da ciência um conhecimento reconhecido e credibilizado pela academia. Porém, vale destacar que essa posição privilegiada da ciência deve-se ao método científico, este elemento garante à ciência a precisão dos seus resultados. Ao adotar o método científico, o cientista está se amparando num recurso que lhe permite desenvolver o processo do conhecimento com disciplina, rigor, segurança e o mais próximo possível da exatidão, em relação aos dados que ele produz. Entretanto, é necessário lembrar que não existe ciência totalmente verdadeira, as falhas sempre estarão presentes, e isso é salutar na medida em que elas estimulam novos resultados. A academia é responsável por produzir e reproduzir ciência e isso envolve todos aqueles que dela participam. Docentes e discentes são parte do processo de construção do conhecimento científico e devem interagir a partir de uma relação de troca de informação e parceria, superando a relação que prevaleceu no passado de transmissor (professor) e receptor (aluno) do conhecimento. Para isso o aluno mestrando deve conhecer o método científico e a sua aplicação na produção científica, para que possa reconhecer e valorizar este recurso nas suas elaborações individuais, associando-o às perspectivas teóricas que serão utilizadas adequadamente aos seus objetos de estudo. 2 O MÉTODO CIENTÍFICO O Método Científico reúne um conjunto de elementos práticos e teóricos que se destinam a indicar o rumo apropriado para descobrir as respostas dos questionamentos que são feitos sobre o objeto de estudo. É o recurso que facilita o
7 alcance dos resultados esperados. Ele aponta a direção que deve ser seguida, a partir das teorias e das técnicas a serem utilizadas na busca do conhecimento. Porém, é necessário esclarecer que a escolha de determinadas teorias e técnicas não são aleatórias, ela está em conformidade com o objeto de estudo selecionado. Alguns estudiosos da Metodologia Científica (GIL, 1994; FACHIN, 1993, e outros) dividem o Método Científico em dois eixos: geral ou de raciocínio e específicos ou de procedimento. Para eles, os métodos de raciocínio são aqueles que consideram os fundamentos e a forma lógica de pensar o objeto estudado, estes métodos estão relacionados ao plano geral da pesquisa. Já os métodos de procedimentos correspondem à aplicação prática adotada na investigação do objeto de estudo e estão relacionados às etapas mais concretas da pesquisa. Os métodos dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico são formas de pensar racionalmente o objeto de estudo, enquanto os demais métodos são formas de proceder para garantir a apreensão do objeto. A dedução consiste em pensar o objeto partindo de uma premissa geral para se chegar a situações específicas, neste caso a conclusão deverá ser compatível com a premissa geral. Esta forma de raciocínio parte do complexo para o simples; a indução consiste na relação inversa, parte-se de uma situação específica para se chegar a uma conclusão que representa uma sucessão de fatos semelhantes. Neste caso, parte-se do simples para o complexo; o método hipotético-dedutivo tem origem na percepção de uma lacuna no conhecimento e sugere a elaboração de hipóteses que devem ser testadas na tentativa de falseá-las e encontrar respostas o mais próximo possível da verdade; o método dialético é uma forma de raciocínio que prevê contradições inerentes ao objeto de estudo e que a superação de tais contradições sugerem novas verdades passíveis de outras contradições; o método fenomenológico corresponde ao conhecimento do objeto de estudo a partir das noções de quem vivencia a experiência. Os métodos comparativo, histórico, estatístico, ecológico, sistêmico e etnográfico, são exemplos de métodos de procedimento. O método comparativo busca identificar similitude e diferenças entre dois ou mais fenômenos estudados; o método histórico pretende identificar ocorrências do passado que possam explicar determinadas situações do presente; o método estatístico é aplicado ao estudo de certos aspectos da realidade quando se quer medir o grau de correlação entre dois ou mais fenômenos; o método ecológico corresponde ao estudo das relações
8 existentes entre o homem e o meio em que vive, consiste na análise do processo de interação entre os fatos sociais e os elementos da natureza; o método sistêmico parte do princípio de que a mudança de qualquer um dos elementos que compõe o sistema implica na alteração de todos os outros, os fenômenos são compreendidos como um todo estruturado e devem ser analisados dessa forma; o método etnográfico tem origem na antropologia social, e o seu significado etimológico pode ser descrição cultural, pois corresponde ao estudo da sociedade e da cultura, seus valores e práticas, a partir de sua descrição densa, a qual ultrapassa a mera compilação de fatos externos ao pesquisador; o método experimental reproduz o fenômeno investigado em condições criadas pelo pesquisador, o qual seleciona unidades de estudo equivalentes e aplica estímulos diferenciados a cada uma delas, é o chamado grupo de controle, o objeto de estudo é submetido à influência de determinadas variáveis, sob condições controladas, para que sejam observados os resultados. Estes são apenas alguns exemplos de métodos, mas vale ressaltar que existem outros, que podem ser utilizados, dependendo do objeto a ser investigado. 3 A PESQUISA CIENTÍFICA É um exercício prático de busca e apreensão do conhecimento. Trata-se de uma prática intelectual e técnica submetida a uma organização prévia, a qual prevê disciplina, estudo, sistematização, análise e interpretação. A pesquisa científica obedece à lógica do ciclo, o qual reúne três etapas: Planejamento; execução e resultados, nesta ordem. PLANEJAMENTO EXECUÇÃO RESULTADOS A etapa do Planejamento corresponde à elaboração do Projeto de Pesquisa, o qual corresponde à materialização de um planejamento que nos permite realizar a pesquisa com objetividade, clareza, exatidão e sem perda de tempo, utilizando as informações adquiridas com critérios pré-estabelecidos e disciplina. Para a elaboração desta etapa o pesquisador define, inicialmente, o assunto sobre o qual deseja pesquisar; o seu objeto de estudo e a problematização deste objeto. A partir daí, ele elabora os demais elementos que compõem o Projeto.
9 Depois da elaboração do Projeto segue-se a etapa da execução que consiste da busca das informações necessárias para alcançar os objetivos pretendidos e para responder aos questionamentos e/ou superar lacunas do conhecimento acerca do objeto de estudo apresentado no Projeto. Esta etapa também é conhecida como Coleta dos dados. A etapa final, que corresponde aos Resultados, é elaborada a partir da obtenção dos dados, da análise e interpretação destes. Segundo a orientação de Triviños (1996, p.161), o processo de análise segue esta ordem: forma: pré-análise (organização do material), descrição analítica dos dados (codificação, classificação, categorização), interpretação referencial (tratamento e reflexão). Para Gil (1999, p.166): A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos. O resultado da pesquisa pode ser apresentado por meio de diferentes formas de trabalho, dependendo dos propósitos da pesquisa. As formas de apresentar o resultado são as seguintes: Relatórios de Pesquisa; Artigo Científico; Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); Monografia; Dissertações; Teses e Comunicações para apresentação em eventos. Cada uma dessas formas de apresentação do resultado possui estrutura distinta, que deve ser considerada pelo pesquisador. 3.1 TÉCNICAS DE PESQUISA São recursos utilizados pelo pesquisador por ocasião da realização da coleta de dados, através dos quais ele obtém as informações necessárias para alcançar o resultado previsto. São exemplos de técnicas de pesquisa: A Observação O Questionário O Formulário Entrevista (Dirigida ou Informal) Grupo Focal; Análise de discurso Análise de Conteúdo
10 História de vida História oral Pesquisa Bibliográfica 3.2 TIPOS DE PESQUISA Em relação aos tipos de pesquisa, foi considerada a classificação de Gil (2002) para fins de organização do procedimento metodológico Tipos de pesquisa quanto à sua natureza: Pesquisa Pura, Teórica ou Básica: desenvolve conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista; Pesquisa Aplicada: realizada com o propósito de gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos; Tipos de Pesquisa quanto à abordagem do problema proposto: Pesquisa Qualitativa: busca interpretar o fenômeno que investiga. É a interpretação das interpretações dos sujeitos sobre as suas perspectivas, os fatos que testemunham e as suas práticas. Privilegia a análise de microprocessos por meio do estudo das ações sociais dos indivíduos e dos grupos, e parte do princípio de que o homem é produto e produtor de um constructo mental intersubjetivo, o qual orienta a sua percepção sobre a realidade Este tipo de pesquisa dispensa medidas numéricas e análises estatísticas, seu foco são os aspectos mais profundos e subjetivos do objeto de estudo;.pesquisa Quantitativa: A pesquisa quantitativa pressupõe a mensuração dos dados de um universo pesquisado ou de uma amostra que o represente de forma estatisticamente comprovada. A amostra pode ser aleatória ou por extratos pré-definidos. Este tipo de pesquisa é apropriado quando o pesquisador trata o objeto como uma realidade externa e objetiva e ele pretende realizar uma análise das relações entre os fatores que estão presentes no universo pesquisado. Para isso, o pesquisador busca medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras, usa medidas numéricas para testar construções científicas e hipóteses, ou busca padrões numéricos relacionados a conceitos cotidianos;
11 3.2.3 Tipo de pesquisa quanto aos objetivos: Exploratória: Visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses para pesquisas posteriores; Descritiva: realiza a descrição das características do fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis; Explicativa: identifica os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Explica a razão, o porquê das coisas Tipo de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos: Bibliográfica: elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet; Documental: elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico; Estudo de caso: corresponde ao estudo profundo de uma unidade social (instituição, grupos; comportamento, etc.) que permita um conhecimento amplo e detalhado. Levantamento: considera a interrogação direta das pessoas cujo comportamento ou situação se deseja conhecer. 4 O PROJETO DE PESQUISA 4.1 DEFINIÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA Consiste na proposta da pesquisa que será realizada, reunindo todos os elementos necessários para efetivá-la. Estes elementos indicam os procedimentos teóricos e práticos que orientam a pesquisa. O Projeto de Pesquisa corresponde à primeira etapa do ciclo da Pesquisa (Planejamento) apresentada no tópico 5 Pesquisa Científica, sendo o ponto de partida para a produção da Dissertação. A composição do Projeto obedece à seguinte estrutura, conforme a NBR 15287, de 1/0/2011 (ABNT):
12 TEMA; PROBLEMA DA PESQUISA; HIPÓTESE OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS); JUSTIFICATIVA; REFERENCIAL TEÓRICO OU REVISÃO TEÓRICA; METODOLOGIA; CRONOGRAMA; ORÇAMENTO; REFERÊNCIAS APÊNDICES E/OU ANEXOS. 4.2 PROCEDIMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: Escolher a área de especialização (Assunto) que possui maior conhecimento, tendo em vista as disciplinas que cursou na fase teórica do mestrado. Se escolher uma área sobre a qual não dispõe de nenhum conhecimento teórico ou não participou de nenhuma pesquisa, certamente levará mais tempo para produzir a dissertação; Delimitar com precisão o tema a ser investigado; Conversar com os orientadores e pesquisadores da especialidade escolhida, a fim de obter esclarecimentos sobre especificidades do tema que poderão ser estudados, e também para obter informações sobre a bibliografia; Iniciar as leituras por obras de caráter geral, resenhas e conclusões de dissertações e teses onde, em geral, estão indicadas as linhas de pesquisas futuras. O objetivo dessas leituras é a delimitação do problema ou questão a investigar; Escolher o método a ser empregado no estudo, pois a qualidade da dissertação depende da adequação do método ao tema, aos objetivos e às hipóteses; isso determina, na maioria das vezes, a estrutura de todo o trabalho.
13 4.3 ESTRUTURA FÍSICA DO PROJETO Estrutura Elementos Apresentação Pré-textuais Textuais Pós-textuais CAPA FOLHA DE ROSTO LISTA DE ILUSTRAÇÃO LISTA DE TABELAS LISTA DE SIGLAS LISTA DE SÍMBOLOS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 1.2 PROBLEMA 1.3 HIPÓTESE 1.4 OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos 1.5 JUSTIFICATIVA 2 REFERENCIAL TEÓRICO 3 METODOLOGIA 4 CRONOGRAMA 5 ORÇAMENTO REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO APÊNDICE ANEXO 4.4 ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA Modelos de Capa e Folha de Rosto estão apresentados no anexo 1. TEMA (OBJETO DE ESTUDO) é uma especificidade que se origina da área de especialização (assunto), considerando a generalidade do assunto e a impossibilidade de alcança-lo em sua amplitude, o pesquisador define um quadro menor para investigar. O pesquisador deve contextualizar de forma sucinta o tema de sua pesquisa com vistas à situação ou o contexto no qual o problema será inserido;
14 PROBLEMA DA PESQUISA indica qual a dificuldade que se pretende resolver/ responder ou a lacuna do conhecimento a ser superada. Em geral, é um questionamento sobre algo que desconhecemos e que será respondido com a realização da pesquisa. Vale lembrar que a pergunta deve ser clara, direta e objetiva, o que certamente facilitará a obtenção da resposta no decorrer da pesquisa; HIPÓTESE é uma suposição relacionada ao problema da pesquisa, elaborada a partir do conhecimento teórico e prático acerca do assunto. Responde de forma provisória ao problema da pesquisa. Com a descoberta da investigação a hipótese pode ser refutada ou corroborada. OBJETIVO GERAL Indica uma ação ampla, ou seja, a meta que se deseja alcançar com a realização da pesquisa. Por ser uma ação o verbo utilizado deve ser na forma verbal de infinito: identificar, compreender, descobrir, caracterizar, descrever, levantar, traçar, analisar, explicar, etc.; OBJETIVOS ESPECÍFICOS são ações pormenorizadas e como tal também são apresentados como indicação das metas que levarão à realização do objetivo geral; JUSTIFICATIVA demonstra a importância do objeto de estudo pesquisado, apresentando dados gerais que possam justificar a pesquisa sobre o tema para os avanços de ordem científica, social, profissional, institucional e pessoal, além de informar as motivações pessoais da escolha. Sua elaboração pressupõe um conhecimento prévio sobre o assunto, sendo que isso é alcançado com as informações obtidas por meio de leituras. REFERENCIAL TEÓRICO constitui um quadro teórico cujo pesquisador circunscreve o seu objeto de estudo com vistas a explicá-lo, utilizando os seus conceitos e buscando identificar categorias analíticas para a sua pesquisa, visando à proposição do desenho metodológico. Destaco o que o diz Minayo (1994, p.19) sobre teoria: é um conhecimento de que nos servimos no processo de investigação como um sistema organizado de proposições, que orientam a obtenção dos dados e a análise dos mesmos, e de conceitos, que veiculam o seu sentido. METODOLOGIA consiste na descrição do procedimento metodológico que vai orientar a realização da pesquisa. Este procedimento inclui os métodos utilizados (de raciocínio e de procedimento); os tipos de pesquisa; a
15 abordagem; as técnicas; o local de realização da pesquisa, no caso de pesquisa de campo; os sujeitos pesquisados (os informantes); e o universo ou amostra (população total ou parcial), em casos de pesquisas que envolvem o método estatístico; CRONOGRAMA é um mapa das atividades da pesquisa e o período em que elas deverão ocorrer. O cronograma é flexível, mas o pesquisador deve tentar obedecê-lo com o maior rigor possível, para alcançar os melhores resultados em sua pesquisa; ORÇAMENTO Diz respeito às despesas com a pesquisa referente a todos os recursos materiais e humanos que serão utilizados. Para fins de Dissertação, este não é um elemento obrigatório; REFERÊNCIAS: listagem dos autores utilizados para a elaboração do Projeto. Deve ser apresentada na ordem alfabética do sobrenome dos autores; APÊNDICE: apresenta elementos complementares elaborados pelo próprio pesquisador. Em geral no apêndice consta o modelo do instrumento da pesquisa que será utilizado na coleta dos dados (questionário, formulário ou roteiro de entrevista). ANEXOS: elementos complementares que não são de autoria do autor do Projeto. 4.5 A PROPOSTA DE DISSERTAÇÃO E O VÍNCULO COM AS LINHAS DE PESQUISA DO CURSO A compatibilidade entre os temas de dissertações e as linhas do curso é um dos critérios que indica a existência de sintonia e coerência entre as partes que integram um Programa de Pós-graduação, ao mesmo tempo em que demonstra a qualidade do curso no sentido do avanço do conhecimento e da produção científica. Com vistas a manter a qualidade do curso e promover a ampliação das produções acadêmicas, o Programa estabelece à adequação das propostas dos alunos mestrandos às duas linhas gerais abaixo relacionadas. a) Gestão, Planejamento e Dinâmica Socioambiental Urbana; b) Planejamento, Tecnologia e Infraestrutura em Ambientes construídos.
16 4.6 A PROPOSTA DE DISSERTAÇÃO E O VÍNCULO COM OS PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO A participação dos alunos mestrandos nos Projetos de pesquisas dos docentes do Programa de Mestrado é outro critério que valoriza o curso. Os alunos devem conhecer os projetos em desenvolvimento e deles extrair sub-temas para as suas dissertações. Com isso, os alunos se vinculam aos Projetos do professores/orientadores, na condição de participante dos grupos de pesquisa do Programa. 5 A DISSERTAÇÃO 5.1 DEFINIÇÃO DE DISSERTAÇÃO A dissertação é uma produção acadêmica que discorre sobre determinado tema, de forma abrangente e sistemática com vistas ao título de mestre. Sua elaboração não prevê originalidade, mas requer uma revisão bibliográfica cuidadosa, a sistematização das ideias apresentadas e conclusões sobre o tema estudado. De acordo com Pereira (1989), a Dissertação deve revelar conhecimento da bibliografia atualizada em relação ao tema em estudo e capacidade de sistematização de ideias oriundas de informações pertinentes. Para Severino (2002, p. 152), a Dissertação deve demonstrar uma proposição e não apenas explanar um assunto. É necessário que o aluno mestrando assimile a seriedade da pesquisa que resultará na elaboração da sua dissertação e obedeça às etapas pré-definidas com disciplina e rigor. A qualidade da dissertação depende da forma como a pesquisa foi conduzida. A eficiência na elaboração da dissertação também depende da escolha de um método adequado ao objeto de estudo e dos objetivos propostos. Depois de concluída a redação da dissertação e a sua defesa, o aluno poderá tirar do seu conteúdo elementos para a produção de um artigo e apresentá-lo para publicação em uma revista de circulação nacional. Conforme a subseção 3.10 da NBR 14724:2011 (ABNT), Dissertação é:
17 [...] documentação que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção do título de mestre. Com base na seção 4 da referida norma segue, abaixo, a estrutura da Dissertação. 5.2 ESTRUTURA FÍSICA DA DISSERTAÇÃO Estrutura Elementos Apresentação Pré-textuais Textuais Póstextuais CAPA FOLHA DE ROSTO FOLHA DE APROVAÇÃO DEDICATÓRIA AGRADECIMENTO EPÍGRAFE RESUMO EM PORTUGUÊS RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA LISTA DE ILUSTRAÇÃO LISTA DE TABELAS LISTA DE SIGLAS LISTA DE SÍMBOLOS SUMÁRIO INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO APÊNDICE ANEXO 5.3 ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ELEMENTOS DA ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO Modelo de Capa; de Folha de rosto; Ficha Catalográfica e Folha de aprovação estão apresentados no anexo 2.
18 O RESUMO é uma síntese da discussão que será apresentada posteriormente em detalhes. É apresentado num único parágrafo com, no máximo 500 (quinhentas) palavras para dissertações e teses. O resumo deve ser escrito, em letras de tamanho inferior às do corpo do texto e com entrelinhamento simples. Abaixo deste deverão constar, no mínimo 03 (três) e no máximo 05 (cinco) palavras-chave, separadas por ponto; O SUMÁRIO apresenta as principais divisões, seções e outras partes da dissertação, na mesma ordem em que o conteúdo é apresentado, acompanhadas dos respectivos números das páginas. Os títulos das seções primárias são apresentados em letras maiúsculas e em negrito, os títulos das seções secundárias, em letras maiúsculas sem negrito, e das seções terciárias com a primeira letra maiúscula e com negrito (exemplo em anexo). O alinhamento de todas essas divisões e subdivisões é junto à margem esquerda. Os números das páginas são alinhados pela margem direita superior, e o título SUMÁRIO deve ser centralizado; A INTRODUÇÃO é o primeiro capítulo da Dissertação, no qual deve constar: uma formulação clara do tema; a sua justificativa; a problemática que foi levantada; os objetivos pretendidos; a exposição metodológica que orientou a busca da solução do problema e uma síntese relacionando as partes constituintes do trabalho. Não deverá apresentar resultados nem conclusões; DESENVOLVIMENTO corresponde à parte principal do texto que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto de forma clara, objetiva e precisa. O conteúdo é dividido em capítulos, sendo que cada capítulo tratará de um subtema derivado do tema geral proposto. Essa exposição supõe três momentos: explicação (tornando evidente o que estava implícito, obscuro ou complexo); discussão (comparando as várias posições que se contrapõem) e demonstração (aplicando a argumentação apropriada à natureza do trabalho, partindo de verdades estabelecidas para a produção de novas verdades). A palavra DESENVOLVIMENTO não deve constar no conteúdo da Dissertação; CONCLUSÃO ou CONSIDERAÇÕES FINAIS é a parte final do texto, onde se afirma, sinteticamente, a ideia central do trabalho e dos pormenores apresentados no texto; os comentários sobre a contribuição da pesquisa e a
19 abertura para novas propostas. Neste item do trabalho também são admitidas sugestões e/ou recomendações. REFERÊNCIAS corresponde à listagem das obras que foram citadas no conteúdo da Dissertação. O sistema de ordenação das Referências, adotado é o de ordem alfabética, sem a separação por tipo de obra. As referências devem ser alinhadas somente à margem esquerda do texto, de forma a se identificar cada documento e apresentadas em espaço simples (1,0), separadas entre si por espaço 1,5. GLOSSÁRIO é uma lista de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições. É apresentada em ordem alfabética. APÊNDICE é um elemento opcional que consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação. ANEXO outro elemento opcional que consiste em um texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. A NBR 14724:2011 (ABNT), também recomenda que os trabalhos acadêmicos sejam elaborados em papel formato A4 de cor branca ou papel reciclado; com margens superior e esquerda 3 cm e inferior e direita 2 cm; o trabalho deve ser digitado em cor preta com fonte de tamanho 12 para todo o conteúdo, exceto as citações com mais de três linhas, as notas de rodapé, as legendas e fontes das ilustrações e das tabelas, a paginação e os dados internacionais de catalogação na publicação (ficha catalográfica colocada no verso na folha de rosto), que devem ser em tamanho menor e uniforme(recomenda-se fonte 10). O trabalho deve ser digitado com espaçamento 1,5 entre as linhas, exceto as citações de mais de três linhas, as notas de rodapé, as referências, as legendas das ilustrações e das tabelas, o texto que aparece na folha de rosto e na folha de aprovação onde consta o tipo do trabalho, o objetivo, o nome da instituição e a área de concentração, que devem ser digitados em espaço simples. Para efeito de paginação, todas as folhas devem ser contadas sequencialmente a partir da folha de rosto, mas a numeração deve constar a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior. A NBR 14724:2011 não estabelece um tipo de fonte mas recomenda-se para a Dissertação Time New Roman ou Arial.
20 Os autores que constam no conteúdo do trabalho podem ser citados das seguintes formas: por meio de citação direta; de citação indireta; de citação da citação (com o uso do apud) ou em notas de rodapé. 6 A ORIENTAÇÃO DA DISSERTAÇÃO 6.1 ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR ORIENTADOR E A RELAÇÃO ORIENTADOR/ORIENTANDO Neste item cabe destacar a relevância do caráter profissional desta relação. Professor/orientador e aluno/mestrando devem entender a orientação como uma das fases do processo de construção da Dissertação. Dessa forma, devem firmar um compromisso que prevê disciplina e prazos de ambos os lados, para garantir o êxito da orientação e a qualidade do trabalho final. Orientar, neste caso, significa empoderar o orientando a buscar os recursos necessários para a sua produção, incentivando-o a despertar para a sua capacidade de pesquisar e de descobrir o melhor caminho para ter um resultado exitoso, por meio de esclarecimentos acerca do objeto de estudo apresentado pelo orientando; da metodologia adequada; da indicação bibliográfica pertinente e da correção da produção do orientando durante todo o processo de construção da Dissertação. Mas, vale lembrar que a orientação não é uma camisa de força que tira do orientando a possibilidade de ser criativo e de realizar o seu estudo sobre um tema que considera relevante, pois, embora a vinculação do objeto de estudo dos alunos/orientandos às linhas de pesquisas previamente definidas e aos Projetos de Pesquisas desenvolvidos pelos professores/orientadores seja uma exigência do Mestrado, isso não significa que o professor /orientador deva escolher o objeto de estudo do seu orientando, o que cabe a ele são os esclarecimentos sobre a forma como este objeto de estudo pode se adequar às tais exigências. Ao aluno/orientando cabe, inicialmente, a tarefa de refletir sobre as disciplinas do curso, a sua vivencia acadêmica e a própria realidade ao seu redor para construir um objeto de estudo sobre o qual pretende investigar. Esta tarefa exige leitura, estudo e observação constantes para evitar situações que se repetem nos cursos de pós-graduação a exemplo do aluno que, no final do curso, ainda não sabe o que
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