CALCULOS TRABALHISTAS PARA PETIÇÃO INICIAL
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- Leandro Cabral Leão
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1 SHIGUEMORI CURSOS E PALESTRAS CALCULOS TRABALHISTAS PARA PETIÇÃO INICIAL COORDENAÇÃO E ELABORAÇÃO: GERSON SHIGUEMORI Avenida Liberdade, 21 4º andar - Conj. 411 São Paulo SP CEP: Telefone/Fax: (11) demais localidades Site: contato@shiguemori.com.br
2 Cálculos Trabalhistas para Petição Inicial e Contestação SALDO DE SALÁRIO: O salário não poderá ser pago em prazo superior a 30 dias, nos termos do artigo 459 Consolidado, devendo ser computado eventuais comissões, ajuda de custo e diárias que ultrapassarem a 50% do salário, conforme artigo 457 parag. 2º CLT e Súmulas 101 e 318 TST. Obtém-se o valor do saldo salarial tomando por base o salário e dividindo o mesmo por 30 e multiplicando pelo número de dias trabalhados. Se o reclamante recebe o salário por hora, dia, semana ou quinzena, deve ser levado em conta o divisor de 220 para aqueles que cumprem jornada de 08 horas e 44 semanais, nos termos dos artigos 64 e 65 da CLT. A Súmula 431 do TST prevê para os empregados que trabalham 40 hs. Semanais, a aplicação do divisor 200. Súmula nº 431 do TST SALÁRIO-HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA CLT). 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200 (redação alterada na sessão do tribunal pleno realizada em ) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora. Para os bancários, a Súmula 124 prevê o divisor 150 e 200 em caso de haver ajuste individual expresso ou coletivo, ou o divisor 180 e 220 para os demais casos: Súmula nº 124 do TST BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em ) Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e I O divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário, se houver ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sábado como dia de descanso remunerado, será: a) 150, para os empregados submetidos à jornada de seis horas, prevista no caput do art. 224 da CLT; b) 200, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do 2º do art. 224 da CLT. contato@shiguemori.com.br 1
3 II Nas demais hipóteses, aplicar-se-á o divisor: a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art. 224 da CLT; b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do 2º do art. 224 da CLT. SALÁRIO IN NATURA Se o empregado recebe salário IN NATURA, nos termos do artigo 458 da CLT, deve ser levado em conta o real valor da utilidade, exceto se o empregado recebe salário mínimo (Súmula 258 TST) Súmula nº 258 do TST SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. SALÁRIO NÃO ESTIPULADO: Prevalece a regra do artigo 460 da CLT, devendo ser considerado o salário daquele que fizer o mesmo serviço na empresa ou que for habitualmente pago a serviço semelhante. SALÁRIO POR TEMPO NÃO TRABALHADO: Deve ser calculado o valor do salário até a efetiva rescisão contratual, vez que a jornada de trabalho pressupõe-se o tempo a disposição do empregador e não o efetivamente trabalhado, nos termos do art. 4º da CLT. PISO SALARIAL DA CATEGORIA. Verificar a diferença de piso salarial, junto a Convenção Coletiva da categoria profissional, se houver, e calcular sobre todos os meses trabalhados. SALÁRIO PAGO POR COMISSÃO Se o empregado recebe por comissões sobre vendas, deverá receber ao menos o salário mínimo ou piso salarial, devendo ser complementado pelo empregador quando o empregado não atingir este valor, sendo vedado contato@shiguemori.com.br 2
4 descontar no mês subseqüente o valor pago a título de complemento, nos termos do art. 78 parag. Único da CLT e art. 3º da lei 8716/93. GORJETAS: São aqueles valores cobrados pelo empregados ou espontaneamente pagas diretamente pelo cliente, previstas no art. 457 da CLT, e também em normas coletivas e integram a remuneração, exceto para fins de aviso prévio, adicional noturno, horas extras e dsr, integrando portanto férias, décimo terceiro salário, depósitos fundiários, nos termos da Súmula 354 do TST. Súmula nº 354 do TST GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. GUELTAS: Trata-se de gratificação ou prêmios, pagos com certa habitualidade por fornecedores ou terceiros, aos empregados de uma certa empresa, com anuência do empregador em sua atividade fim, com objetivo de aumento nas vendas. Um entendimento minoritário é de que as gueltas se origina de uma relação particular entre o empregado e terceiros, e assim sendo, as gueltas não teriam natureza salarial. Outro entendimento é de que há natureza salarial nas gueltas, porque a relação comercial seria entre o terceiro geralmente fornecedor, com o empregador para o aumento das vendas, e o empregado seria somente um executor, que deverá cumprir o encargo dentro do contrato de trabalho, sendo assim, as gueltas teriam natureza salarial e teriam reflexos na forma das gorjetas, por analogia a súmula 354 do TST. HORAS EXTRAS: contato@shiguemori.com.br 3
5 São aquelas trabalhadas após a JORNADA CONTRATADA, nos termos do artigo 59 Consolidado, acrescidas de no mínimo 50% (Art. 7º inciso XVI da CF/88). BANCO DE HORAS Previsto no artigo 59 parágrafo 2º Consolidado, devendo ser remunerado o excedente não compensado se ocorrer a rescisão contratual, de forma idêntica a horas extras. INTERVALOS INTRAJORNADA E ENTRE JORNADAS: O intervalo intrajornada encontra-se previsto no artigo 71 da CLT e o entre jornadas no art. 66, sendo que se inobservados transformam-se em horas indenizadas, calculadas com acréscimo de no mínimo 50% sobre a hora normal, art. 71 parágrafo 4º CLT.devendo também ser observada a Súmula 437 do TST: OJSBDI1 355-TST INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO 4º DO ART. 71 DA CLT (DJ ) O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional. Súmula nº 437 do TST INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nº s 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou contato@shiguemori.com.br 4
6 reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e 4º da CLT. SERVIÇOS DE MECANOGRAFIA Nos termos do artigo 72 da CLT, o intervalo será de 10 minutos a cada 90 minutos, não deduzidos da duração normal do trabalho, sendo que a Súmula 346 do TST equiparou o digitador ao mecanografo. SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS: Indenização prevista na Súmula 291 do E.TST. Súmula nº 291 do TST HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. (nova redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR ) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. SOBREAVISO Será a situação onde o empregado fica a disposição do empregador, fora de sua jornada normal de trabalho, aguardando ser chamado em regime de plantão ou equivalente, por meios telemáticos ou informatizados, sendo remunerado a base de 1/3 da hora normal para cada hora de sobreaviso, acrescido de reflexos em aviso prévio, férias, décimo terceiro salário, depósito fundiários e dsr s. Súmula nº 428 do TST SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, 2º DA CLT (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em ) -Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. contato@shiguemori.com.br 5
7 II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. HORAS IN ITINERE: Nos termos do art. 58, parag. 2º da CLT, e súmulas 90 e 320 do TST, serão aquelas dispendidas pelo empregado até o local de trabalho e para seu retorno, quando o local de trabalho for de dificil acesso ou não servido por transporte público e o empregador fornecer a condução. AVISO PRÉVIO: Previsto nos artigos 487 a 491 da CLT e corresponde a um mês de trabalho, podendo ser descontado do empregado caso o mesmo não cumpra o aviso prévio. A lei 12506/11 prevê o direito do empregado a aviso prévio proporcional, sendo devido 03 dias para cada ano trabalhado. Súmula TST nº AVISO PRÉVIO - SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS REDUZIDAS DA JORNADA DE TRABALHO - É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. (Res 14/85 - DJU ). FÉRIAS Nos termos do artigo 129 da CLT, o empregado terá direito a férias de 30 dias, a cada 12 meses trabalhados, ou 1/12 avos por mês ou fração superior a 14 dias (Art. 146 parag. Único CLT) descontados as faltas injustificadas previstas no artigo 130, devendo serem concedidas dentro do período concessivo, sob pena de multa do artigo 137 Consolidado e Súmula 81 do TST. A Súmula 261 do TST prevê o direito a férias ao empregado que requer sua demissão com menos de 12 meses de contrato. As férias serão pagas com acréscimo de 1/3 nos termos do artigo 7º inciso XVII da CF/88, podendo ainda o empregado converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário, nos termos do artigo 143 Consolidado, se requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO contato@shiguemori.com.br 6
8 Previsto no artigo 7º, inciso VIII da CF/88 e Leis 4090/62 e 4749/65, sendo devido a todo empregado, na proporção de 1/12 avos para cada mês trabalhado ou fração de 15 dias de sua remuneração, sendo que a metade da remuneração deve ser paga entre Fevereiro a novembro ou quando das férias, se for requerido em janeiro, e a outra metade até o dia 20 de Dezembro, sendo indevido na demissão por justa causa. Adiantamento Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento do 13º salário, metade do salário do empregado recebido no mês anterior, E SERÁ PAGO POR OCASIÃO DAS FÉRIAS, SE O EMPREGADO O REQUERER NO MÊS DE JANEIRO DO CORRESPONDENTE ANO. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE Nos termos do artigo 192 Consolidado, o adicional de insalubridade será pago em percentuais incidentes sobre o salário mínimo, sendo 10% para o grau mínimo, 20% para o grau médio e 40% para o grau máximo, com os devidos reflexos em aviso prévio, férias, décimo terceiro salário, depósitos fundiários e dsrs. O artigo 193 prevê o adicional de periculosidade que será de 30% sobre o salário base do empregado, sem os acréscimos de adicionais, sendo que para os eletricitários, incidirá sobre a totalidade da remuneração Súmula 191 TST e Lei 7369/85. Obrigatória perícia para determinação do adicional OJ 278 TST. DESCANSO SEMANAL REMUNERADO DSR. Nos termos da Lei 605/49 será devida a todo empregado que trabalhar integralmente durante a semana, sendo calculado na seguinte proporção: a) Para os empregados que cumprem jornada de 44 hs. semanais, 1/6 da remuneração mensal; b) Para os empregados que cumprem jornada de 36 hs. semanais, 1/5 da remuneração mensal; c) Podendo também ser utilizado o calculo que divide a remuneração por dias úteis do mês, multiplicando o resultado pelo número de domingos e feriados daquele mês. LICENÇA MATERNIDADE E ESTABILIDADE DA GESTANTE. contato@shiguemori.com.br 7
9 A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo de seu salário, nos termos do artigo 392 e 392-A da CLT. Possui também direito a estabilidade desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, nos termos do artigo 10, inciso II b do ADCT da CF/88 e Súmula 244 TST. Súmula nº 244 do TST GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em ) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. Até o filho completar seis meses de idade, terá direito a empregada a dois descansos de meia hora cada um, nos termos do artigo 396 da CLT. Em caso de prorrogação de jornada, a mulher terá direito a 15 minutos de descanso no mínimo, antes do início do período extraordinário, nos termos do artigo 384 da CLT. EQUIPARAÇÃO SALARIAL Nos termos do artigo 461 da CLT e Súmula 6 do TST, a todo trabalho igual corresponderá igual salário, e sendo desconhecido o salário do paradigma, deve ser levado em conta a proximidade do valor, valendo-se dos artigos 396 e 400 do CPC. ADICIONAL NOTURNO Será devido o adicional para o empregado que trabalhar no horário compreendido entre 22:00 hs. e 05:00 hs. do dia seguinte, salvo nos casos de revezamento, na proporção de 20% sobre a hora normal, nos termos do artigo 73 da CLT, sendo a hora reduzida para 52m30s. contato@shiguemori.com.br 8
10 Incide o adicional na prorrogação da jornada noturna, nos termos da Súmula 60 do TST. Súmula nº 60 do TST ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ ) II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, 5º, da CLT. (ex- OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em ) FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO FGTS. Previsto na lei 8036/90 e determina o depósito de 8% mensalmente em conta vinculada ao FGTS em nome do empregado e 40% sobre o total dos depósitos em caso de demissão imotivada. Conforme a Súmula 362 do TST, é quinquenal a prescrição para reivindicar depósitos fundiários, observado o prazo de 02 anos após o término do contrato com a modulação do inciso II e a Súmula 206 prevê que a prescrição trabalhista sobre parcela salarial alcança também o reflexo em FGTS. Súmula nº 206 do TST FGTS. INCIDÊNCIA SOBRE PARCELAS PRESCRITAS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS. Súmula nº 362 do TST FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material DEJT divulgado em 12, 15 e I Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de , é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em , aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de (STF-ARE /DF). SEGURO DESEMPREGO - NOVAS REGRAS A PARTIR DE 11/01/2016. Lei 7998/90. Benefício concedido ao empregado que tendo trabalhado no mínimo durante seis meses e demitido sem justa causa, receberá os seguintes valores, nos termos da lei 8.900/94, sendo devido ao doméstico que tiver depósitos em conta vinculada ao FGTS, nos termos da lei 10208/01. contato@shiguemori.com.br 9
11 Deverá ser requerido entre 07 a 120 dias da data da rescisão contratual. As regras para o seguro desemprego 2016 mudaram, agora tem direito ao seguro desemprego o trabalhador demitido sem justa causa que: - tenha recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, relativos: a) por pelo menos 18 meses nos últimos 24 meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando da primeira solicitação; b) por pelo menos 12 meses nos últimos 16 meses imediatamente anteriores à data da dispensa, quando da segunda solicitação; e c) por cada um dos 06 meses imediatamente anteriores à data da dispensa quando das demais solicitações. Essas mudanças foram promovidas pela Medida Provisória nº 665, de 30/12/2014 que altera a Lei nº 7.998/1990. estabelecendo novas regras para a manutenção e concessão do seguro desemprego, a partir de 1º/03/2015. Quantidade de parcelas Seguro Desemprego 2016 Conforme estabelece as novas regras seguro desemprego 2016, a quantidade de parcelas variam de acordo o numero de parcelas e o tempo de serviço nos 36 meses. - para a primeira solicitação: a) 04 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 18 e no máximo 23 três meses, no período de referência; ou b) 05 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 24 meses, no período de referência; - para a segunda solicitação: a) 04 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses, no período de referência; ou b) 05 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 24 meses, no período de referência; e contato@shiguemori.com.br 10
12 - a partir da terceira solicitação: S H I G U E M O R I a) 03 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 06 meses e no máximo 11 meses, no período de referência; b) 04 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses, no período de referência; ou c) 05 parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo 24, no período de referência. Tabela Seguro Desemprego 2016 Confira os novos valores O valor da tabela seguro desemprego 2016 varia entre R$ 880,00 e R$ 1.542,24. O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do Salário Mínimo atual. No calculo do seguro desemprego leva-se em consideração o salário médio dos últimos 3 meses anteriores a dispensa do trabalhador. Confira a Tabela Seguro Desemprego 2016: Faixa de salário médio Valor da parcela Até R$ 1.360,70 Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%). De R$ 1.360,71 até R$ 2.268,05 Acima de R$ 2.268,05 O que exceder a 1.360,70 multiplica-se por 0.5 (50%) e soma-se a 1.088,56. O valor da parcela será de R$ 1.542,24 invariavelmente. MULTA ARTIGO 467 CLT. Havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar em primeira audiência a parte incontroversa, sob pena de pagamento com acréscimo de 50% sobre estas verbas. MULTA ARTIGO 477 CLT. contato@shiguemori.com.br 11
13 Em caso de rescisão contratual, não havendo cumprimento de aviso prévio, o empregador terá 10 dias para pagar as verbas rescisórias e no primeiro dia útil em caso de cumprimento, sob pena de pagamento de multa no valor de um salário do reclamante. DANO MORAL: O valor da reparação de Dano Moral é inestimável, vez que até o momento, o Judiciário não conseguiu mensurar o valor desta reparação, ficando a critério exclusivo do Magistrado o valor a ser arbitrado, observado o valor pleiteado, nos termos do art. 492 do CPC, que para tal finalidade, levará em consideração a dimensão do dano, a extensão, se houve seqüelas, a condição financeira e social do reclamante e reclamado, e cuidará para que o valor não represente o ganho fácil ou se transforme em forma de locupletamento ilícito. PRESCRIÇÃO TRABALHISTA: Deverá ser observado o art. 11 da CLT e art. 7º, inc. XXIX da CF/88, bem como a Súmula 153 do TST que confronta o art. 332, parag. 1º e art. 487-II do CPC, sendo a ação declaratória imprescritível, nos termos do art. 11, parag. 1º da CLT, não havendo contagem de prescrição para menores, nos termos do art. 440 da CLT, devendo ser argüida por quem a aproveita, nos termos do art. 193 do CC. VALOR DA CAUSA: O art. 840 da CLT é omisso quanto a sua obrigatoriedade na petição inicial, mas o art. 769 da CLT declina que na omissão será utilizado subsidiariamente a legislação processual comum, e neste sentido o art. 292 do CPC obriga a petição inicial a indicar o valor da causa, que servirá para estabelecer as custas processuais em caso de improcedência da ação e extinção do feito, nos termos do art. 789 da CLT, bem como estabelecer o rito processual. PARA REFLEXÃO: COMBATI O BOM COMBATE, CUMPRI A MINHA MISSÃO E GUARDEI A FÉ Apóstolo Paulo. contato@shiguemori.com.br 12
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