Repleto de idéias e estratégias geniais

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1 Aprenda Xadrez Garry com Kasparov Repleto de idéias e estratégias geniais 1

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3 Sumário Notação Algébrica... 4 LIÇÃO 1 Por Que Estudar Xadrez?... 5 LIÇÃO 2 Idéias e Técnicas... 8 LIÇÃO 3 Equilíbrio Material LIÇÃO 4 A Importância do Centro LIÇÃO 5 Como Ganhar Espaço LIÇÃO 6 Estruturas de Peões LIÇÃO 7 Dinamismo e Iniciativa LIÇÃO 8 Evitando Desastres na Abertura LIÇÃO 9 Negligenciando os Princípios da Abertura LIÇÃO 10 O Objetivo da Abertura LIÇÃO 11 A Escolha da Abertura LIÇÃO 12 A Arte do Planejamento LIÇÃO 13 Forçando as Continuações LIÇÃO 14 Sacrifícios de Dama LIÇÃO 15 Estratagemas Táticos LIÇÃO 16 O Final LIÇÃO 17 Métodos de Ataque LIÇÃO 18 Ataque ou Defesa LIÇÃO 19 Contra-ataque LIÇÃO 20 A Oposição LIÇÃO 21 O Ataque no Final LIÇÃO 22 Fortalezas no Tabuleiro LIÇÃO 23 A Beleza do Xadrez LIÇÃO 24 Dedique-se Bastante Índice de Jogos e Posições

4 Notação Algébrica Os lances que aparecem neste livro são escritos segundo a "notação algébrica", uma denominação pomposa para descrever um método muito simples de se anotar os movimentos. Os leitores que já estiverem familiarizados com o sistema podem passar direto para as lições propriamente ditas; mas aqueles que só conhecem anotação descritiva ou que tenham pouca experiência em xadrez irão considerar útil o material que se segue. Partimos do princípio de que os nossos leitores já sabem jogar xadrez. Cada peça é representada por um símbolo, conforme se segue: Peão Cavalo Bispo Torre Dama Rei p n b r q k çtmvwlvmt% æoooooooo% å % ä % ã + + X + +% â % ápppppppp% àrnbqkbnr% As casas do tabuleiro são descritas por meio de um sistema de coordenadas, a cada uma correspondendo um par formado por uma letra e um número a letra para a coluna e o número para a fileira (veja o diagrama). A casa marcada com um X é denominada "e4". O princípio é exatamente o mesmo aplicado no jogo "batalha naval". Não há mistério algum nisto! 4

5 LIÇÃO 1 Por Que Estudar Xadrez? A proposta da revista Sport in the URSS, de publicar uma série de lições minhas para os seus leitores, me pegou um pouco de surpresa; porque eu mesmo ainda estou estudando as sutilezas do xadrez. Depois de pensar um pouco, eu resolvi que, escrever a respeito da minha compreensão e da minha interpretação dos fundamentos do xadrez, também seria útil para mim. Eu sou um apaixonado pelo xadrez; esta paixão já dura muitos anos e é para sempre. Eu estou sempre estudando xadrez, e estudando minuciosamente. Mesmo quando eu analiso aquilo que já fiz e traço planos para o futuro, não consigo deixar de me impressionar diante da inesgotabilidade do xadrez e de me tornar cada vez mais convencido da sua imprevisibilidade. Veja por você mesmo: já foram disputados milhões de partidas e milhares de livros foram escritos, sobre vários aspectos do jogo. E assim mesmo não existe um método ou uma fórmula capaz de garantir a vitória. Não há critérios, matematicamente comprovados, para avaliar-se sequer um lance, quanto mais uma posição. Os experts em xadrez não têm dúvidas de que, na maioria das posições, há mais de uma continuação recomendável e cada um escolhe o "melhor" lance com base na sua própria experiência, capacidade analítica e até mesmo caráter. Nem mesmo a possibilidade do emprego de computadores, para análise, parece séria no presente, uma vez que ainda não foi encontrado um algoritmo [definitivo] da partida de xadrez, e não há programa algum capaz de lidar confiavelmente com suas complicações múltiplas. E por que falar a respeito de detalhes, posições e estágio da partida 5

6 quando nem mesmo há uma resposta para a pergunta O que é o xadrez? Um esporte, uma arte ou uma ciência? Alguns dirão: Os jogadores de xadrez participam de torneios e disputam partidas, lutam para vencer e o resultado é importante para eles - o que significa que o xadrez é um esporte. Ele desenvolve a força de vontade e ajuda as pessoas a se tomarem mais fortes. E como pode alguém convencer outro da correção da opinião daqueles que sempre se impressionam com a beleza das combinações e da lógica das táticas do xadrez? Para estes um engenhoso sacrifício da Dama em uma partida perdida é uma fonte de prazer, ao passo que uma partida monótona, forçada, os deixa indiferentes. Para estes o xadrez é uma arte, capaz de trazer felicidade e de dar sentido aos momentos de lazer. Ao mesmo tempo, há também muitos entusiastas capazes de passar noites em claro resolvendo um problema do tipo: Por que as Pretas moveram a Torre para a casa d8 em vez de mover o Cavalo para a casa c6? Por que a posição das Pretas é melhor? Para estes o xadrez é principalmente uma ciência baseada no raciocínio lógico. Eu gosto do xadrez pela sua versatilidade e pela sua multiplicidade. Foi a beleza e o brilhantismo dos golpes táticos que me cativaram ainda na infância. Primeiro admirando este brilhantismo, e depois buscando-o nas minhas próprias partidas, e a seguir tentando jogar bonito - tais foram os estágios do meu crescimento - como um prisioneiro da arte do xadrez. Mas depois veio a época em que comecei a competir com os outros, a tomar parte em torneio após torneio, e isto quer dizer que tive que começar a trilhar o caminho do xadrez como esporte. Eu ainda gosto de jogar bonito, mas não mais posso ser indiferente aos meus resultados; a se vou ganhar ou terminar nas últimas posições. Eu quero vencer, eu quero derrotar todos, mas quero fazê-lo com estilo, em um combate esportivo honesto. O ex-campeão mundial, Mikhail Botvinnik, que eu considero meu professos é um acadêmico do xadrez, cujo trabalho me ajudou a abordar o xadrez cientificamente. Ele despertou em mim o prazer de pesquisar e de resolver os inumeráveis problemas do jogo. Ao longo de meus 6

7 preparativos para as competições, e durante minhas análises de partidas e aberturas, de repente, percebi que estava tentando estudar meticulosa e metodicamente, com uma persistência típica de um pesquisador. Estou convencido de que a minha afeição por todos estes aspectos do xadrez irá contribuir para preservar a minha paixão, pelo resto da minha vida. Meus pais me ensinaram a mover as peças quando eu tinha cinco anos, e eu fiquei fascinado. Um ano mais tarde, fui levado para um grupo de xadrez no Clube de Jovens Pioneiros em Baku, onde eu me imaginava em um reino de jogadores de xadrez. Desejando convencer-nos do caráter paradoxal do xadrez, o nosso instrutor arrumou as peças sobre o tabuleiro, logo em uma das primeiras sessões; veja o diagrama a seguir. Esta posição, onde os pequenos Peões derrotam o inimigo, era tão surpreendente que parecia um conto de fadas, e tomei-me incapaz de viver sem o xadrez desde então. Sempre admirei esta posição. Eu sempre gostei de atacar desde a infância; ainda gosto de jogar na ofensiva. Dediquei muito tempo para estudar os ç + V +tl% æ+ +p+ Oo% å % ä % ã % â+ Q + + % ápp OoOpP% à+ +r+ +k% fundamentos, que parecem não ter nenhuma influência direta no jogo mas que - estou convencido - são necessários tanto para um Grande Mestre quanto para um amador que queira melhorar o seu jogo e obter agradáveis resultados em torneios. Para atingir o seu alto padrão de jogo, um Grande Mestre tem que gastar milhares de horas estudando centenas de partidas. Seu talento jamais se desenvolveria sem tamanho trabalho. Se você gosta de jogar xadrez mas não tem tempo para dedicar-se a um estudo independente, mas assim mesmo quer derrotar seus amigos, você terá que gastar algumas dezenas de horas debruçado sobre o tabuleiro. Nesta série de artigos, tento expor a minha compreensão dos fundamentos, em uma linguagem que seja clara para todos, e falar sobre as sutilezas que são imprescindíveis aos verdadeiros amantes do xadrez. 7

8 LIÇÃO 2 Idéias e Técnicas Antes de discutir os fundamentos da partida de xadrez, eu gostaria de mostrar um trecho de uma partida, e apresentar alguns comentários meus preparados especificamente para o jogador de nível médio. Espero que, após ler a minha análise, você seja capaz de ver, por si mesmo, que qualquer um que queira prover seus movimentos de significado e beleza precisa de muito conhecimento. G. Kasparov F. Gheorghiu Moscou d4 Os jogadores experientes sabem que este lance, assim como o lance do Peão do Rei para a casa e4, é o mais lógico e direto, ou para falar de modo mais simples, o melhor para se iniciar uma partida. Cada um de vocês pode chegar à mesma conclusão, após estudar por duas ou três horas os princípios básicos que guiam os primeiros estágios da partida: colocar as próprias peças em ação tão rápido quanto possível e assumir o controle do centro do tabuleiro Cf6 Este é um dos melhores movimentos para as Pretas. As Pretas põem uma peça em jogo e impedem que o adversário conduza seu Peão para a casa e4, de modo a consolidar seu domínio sobre o centro. 2.c4 Agora as Brancas impedem o avanço do Peão da Dama para a casa d5, pois, neste caso, após 3.cd as Pretas terão de escolher entre 3... Dxd5 4.Cc3, quando as Brancas desenvolvem o Cavalo ao passo que as Pretas têm que mover novamente a Dama, desacelerando o desenvolvimento 8

9 de suas peças, ou ficando para trás no desenvolvimento, conforme costuma dizer-se. Se as Pretas tornarem o Peão com o Cavalo via 3... Cxd5, permitirão que as Brancas joguem 4.e4 e mantenham um forte par de Peões no centro, todos eles controlando posições importantes no lado das Pretas, ou seja, as casas c5, d5, e5 e f5. Vamos voltar às primeiras linhas da nossa análise do movimento 2.c4, onde dissemos que as Brancas impedem.... Este é o início de um conflito consciente no jogo de xadrez. Idéias se chocaram, o combate começou. Quanto maior for a habilidade e o conhecimento de um jogador, tanto melhor estará ele capacitado a detectar a ocorrência de tais microconflitos, dos quais há dezenas em uma partida, e tanto melhor será também o seu julgamento sobre as conseqüências e as ações futuras e6 As Pretas abrem uma passagem para o Bispo, e, como se querendo compensar o tempo perdido, preparam-se para levar o seu Peão da Dama para a casa d5. 3.Cf3 As Brancas têm uma boa gama de continuações fortes, inclusive os lances 3.Cc3 e até mesmo 3.Bg5 ou 3.Bf4. São primordiais à compreensão dos princípios de desenvolvimento rápido das peças e a sua implementação prática durante a abertura b6 As Pretas preocupam-se com o seu Bispo na casa c8 e preparam-se para colocá-lo em ação na posição principal de combate na casa b7 ou na posição alternativa a6. 4.a3 Para entender este movimento, aparentemente passivo, é necessária uma compreensão profunda de medidas preventivas em uma partida. Este movimento discreto das Brancas evita que o Bispo Preto possa exercer uma pressão ativa a partir da casa b4, e ao mesmo tempo prepara a condução do Cavalo Branco à casa c3 onde ele pode desempenhar um papel vital na luta pelo centro Bb7 5.Cc3 Ambos os lados tentam colocar logo as peças em jogo, de modo a consolidar seu poder de fiscalização das casas centrais do tabuleiro d5 As Pretas fortalecem, radicalmente, a sua posição no centro. Mesmo assim, o Lance d5 tem as 9

10 suas desvantagens, um vez que bloqueia a diagonal do Bispo na casa b7. 6.cd Cxd5 Após 6...ed, o Bispo na casa b7 teria sido bloqueado pelo seu próprio Peão e correria o risco de continuar imobilizado por algum tempo. Embora uma tal característica na posição das Pretas não seja capaz de, por si só, determinar o sucesso das Brancas, é o acúmulo consistente de pequenas vantagens como esta que permite a um Grande Mestre virar o jogo a seu favor. çtm WlV T% æovo +ooo% å O +o+ +% ä+ +m+ + % ã + P + +% âp N +n+ % á P +pppp% àr BqKb+r% 7.Dc2 Um outro microconflito se desenvolve na partida em torno do lance e4, que permitiria às Brancas ocuparem o centro. Ao escolher este lance as Brancas levam em consideração que após 7.e4? Cxc3 8.bc Bxe4 as Pretas ganham um Peão c5 As Pretas poderiam acabar com o plano das Brancas jogando 7... f5, mas o custo seria muito alto. Elas ficariam com um Peão fraco e atrasado na casa e6. 8.e4 Cxc3 9.bc Aqui há um novo ganho por parte das Brancas. Elas conseguiram colocar um forte par de Peões no centro e estão lutando pelo controle da quinta fileira, isto é, de território inimigo. Os jogadores de xadrez chamam isto de vantagem em espaço Be7 10.Bb5+ Bc6 11.Bd3 Em xadrez nem sempre uma linha reta corresponde à menor distância entre dois pontos. Ao mover o Bispo para d3, em dois lances, as Brancas colheram mais benefícios do que teriam feito caso o tivessem movido para lá diretamente. As Pretas tiveram que abdicar do lance mais natural contra o xeque, porque após 10.Bb5+ Cc6 11.e5 Tc8 12.Da4 Dc7 13.Dxa7 Ta8? 14.Bxc6+ as Brancas venceriam. O Bispo das Pretas fica em uma posição infeliz na casa c6, atrapalhando as suas próprias peças. Os jogadores de xadrez costumam se referir a 10

11 tais casos como mau posicionamento de peça e pobre coordenação de forças" Cbd7 O Bispo ocupando a casa c6 forçou o Cavalo a um papel passivo, impedindo que pudesse exercer um papel ativo naquela casa, de onde ele atuaria sobre o centro controlado pelas Brancas. Pode ser que as Pretas não quisessem dar às Brancas a vantagem do par de Bispos após O-O 12.Ce5, mas este teria sido o menor de dois males, uma vez que na situação presente o Rei Preto permanece no centro. Teria sido mais razoável se as Pretas buscassem a segurança do seu monarca retirando-o do centro, tão logo quanto possível Já que as Pretas demoram a colocar seu Rei em segurança, as Brancas decidem abrir o centro a qualquer custo (removendo os Peões das colunas centrais). Para isto elas afastam o seu Rei da zona de combate deixando a área livre para a ação das Torres h6 Uma medida preventiva, similar ao lance 4.a3, que impediu o lance das Pretas... Bb4. Mas O-O seria mais adequado. O seqüenciamento preciso das operações é um componente importante da partida, e o Grande Mestre Florian Gheorghiu escolheu um momento infeliz para medidas preventivas. 13.Td1 As Brancas centralizam a Torre, antevendo a abertura da coluna da Dama Dc7 Já é tarde demais para as Pretas rocarem. Depois de O-O 14.d5 (um sacrifício de Peão) ed (14... Bb7? é uma jogada fraca, pois com 15.de fe 16.Bb5! as Pretas teriam problemas por causa do seu Cavalo preso na casa d7) 15.ed Bb7 16.c4 Bf6 17.Bb2 as Brancas obtêm um forte Peão passado no centro. 14.d5! çt+ +l+ T% æo WmVoO % å Ov+o+ O% ä+ Op+ + % ã + +p+ +% âp Pb+n+ % á +q+ PpP% àr Br+ K % 11

12 Aquele que está em vantagem deve agir rápido. Esta era uma das máximas do grande pensador do xadrez e primeiro campeão mundial Wilhelm Steinitz ( ), que formulou as leis básicas da estratégia enxadrística. Uma análise da herança clássica deixada pelos corifeus do passado é útil para todos os entusiastas do xadrez e uma necessidade para aqueles que desejam estudar seriamente e melhorar seu jogo. Na partida anterior as Brancas sacrificaram apenas um Peão para obter tudo o que queriam: abrir as colunas centrais, amarrar as peças Pretas na coluna da Dama e manter o Rei adversário no centro. As Brancas visivelmente venceram o primeiro estágio da partida a abertura e fizeram por meio de um plano de ação consistente. No entanto, para capitalizar tais vantagens, é preciso agir de modo rápido e preciso. 12

13 LIÇÃO 3 Equilíbrio Material De modo a avaliar corretamente o equilíbrio de forças em um tabuleiro, é preciso, antes de tudo, estar ciente do valor comparativo das peças. O Rei ocupa uma posição excepcional aqui, ele não tem preço. Ele não pode ser trocado, e qualquer ameaça ao mesmo deve ser eliminada, ou a partida termina imediatamente. A peça mais poderosa é a dama, que em média costuma ter o valor de uma Torre, um Bispo e um Peão e meio. Uma Torre tem aproximadamente o valor de um Cavalo ou Bispo e um Peão e meio. E por último, um Bispo ou um Cavalo são mais ou menos equivalentes a três Peões. Mas além do valor nominal de cada peça, há um valor real que se modifica ao longo da partida. Esta noção mais sutil e importante reflete a importância de cada peça no que se refere à sua carga de trabalho, em um dado momento (na hora de um lance), e às suas perspectivas, que decorrem da posição específica no tabuleiro e do plano de jogo. A avaliação correta da força real de cada peça, a cada lance, determina em grande parte a extensão do potencial de um jogador. A noção de vantagem material no xadrez reside no desequilíbrio de forças. Quando um lado obtêm uma vantagem material, ele tenta aumentá-la, de modo a quebrar a resistência de seu adversário; ou mantém a vantagem, trocando tantas peças quanto possível para entrar na fase final. Mas às vezes acontece de um jogador entregar material deliberadamente. Eu, por exemplo, gosto de atacar a posição do Rei, e não hesito em sacrificar peças em troca dos Peões, de modo a derrubar sua defesa. Foi deste modo que joguei, 13

14 algum tempo atrás, com Lajos Portisch, um Grande Mestre húngaro. Depois dos primeiros 16 lances chegamos à seguinte posição: ç +t+ Tl+% æovw VoOo% å O +o+ +% äm % ã +pp + +% âp +b+n+ % á B +qppp% à+ +r+rk % Se nós imaginássemos que o Peão na casa d4 não estivesse no tabuleiro, veríamos que os Bispos Brancos atacam exatamente os dois Peões Pretos que protegem o Rei, que não tem nenhuma outra proteção. Tudo isto exige um ataque-relâmpago cujos fins - roubar do Rei suas últimas defesas - justificam os meios, que neste caso representam a perda de um Peão Branco e do formidável par de Bispos. Em primeiro lugar é necessário abrir caminho para o Bispo na casa b2. 17.d5! ed 18.cd Bxd5 O próximo passo é eliminar as defesas do Rei. 19Bxh7+ Rxh7 20 Txd5 Agora, quando o Rei busca proteger-se atrás do seu Peão, o Bispo restante vem e, ao custo de sua vida, aniquila de vez o último refúgio do Rei Preto Rg8 21.Bxg7 Rxg7 ç +t+ T +% æo W VoL % å O + + +% äm +r+ + % ã % âp + +n+ % á + +qppp% à+ + +rk % Uma série de sacrifícios deixou o Rei Preto encarando o nada, em uma posição na qual a Dama Branca representa a maior ameaça. 22.Ce5! Td8 23.Dg4+ Rf8 24.Df5 f6 25.Cd7+ Txd7 Se Rf7 as Brancas vencem imediatamente com 26.Dh7+ Re6 27.Te1+ Rxd5 28.De4+ Rd6 29.De6 mate. 26.Txd7 27.Dh7 Dc5 Tc7 14

15 ç + + L +% æo TrV +q% å O + O +% äm W + + % ã % âp % á + + PpP% à+ + +rk % Há um certo equilíbrio material na posição acima. Uma Torre e um Peão Brancos confrontam um Bispo e um Cavalo. Ainda assim as peças Pretas estão mal posicionadas, especialmente o Rei, e as Brancas penetraram na sétima horizontal com duas de suas peças mais fortes. O final da batalha está próximo. Tudo dependerá de quão rápido as Brancas possam trazer uma de suas Torres para a casa g3. No entanto, o último lance das Pretas arma discretamente uma cilada, para os jogadores afoitos. 28.Dh8+ Se as Brancas tivessem jogado 28.Td3 de imediato as conseqüências seriam desastrosas, já que as Pretas fariam um sacrifício de Dama Dxf2! 29.Rxf2 Bc5+ e Txh7 a seguir. A réplica 29.Txf2? é ainda pior, seguindo-se mate com Tc1+ 30.Tf1 Bc5+ 31.Txf1 mate Rf7 29.Td3 Xc4 30.Tfd1 Nunca é demais pôr em jogo as suas reservas Ce5 31.Dh7+ Re6 É impossível recuar com Rf8 porque se seguiria um novo sacrifício com 32.Td8+! Bxd8 33.Txd8 mate. O Rei é obrigado a dirigir-se para o centro do tabuleiro, e em noventa e nove por cento dos casos, isto é sinônimo de derrota. 32.Dg8+ Rf5 33.g4+ Rf4 34.Td4+ Rf3 35.Db3+ E as Pretas abandonam. Não é preciso dizer que todos os jogadores devem conhecer e respeitar os princípios básicos do xadrez, inclusive os valores relativos das peças, mas é exatamente a diversidade de exceções a esta regra, que torna o xadrez um jogo tão fascinante. Tais exceções levam a situações de equilíbrio incomuns, onde o caminho correto costuma ser encontrado pela intuição e pela experiência. Como parte das minhas experiências eu lembro de um trecho de uma partida, disputada entre 15

16 Mikhail Tal e Oscar Panno, em çt+vw Tl+% æ+ + V Oo% åo % ämoo N + % ã +mp O +% â+b+q+ +p% ápp B Pp+% àrn+ R K % Sem que houvessem concluído o desenvolvimento de suas peças, os adversários iniciaram um embate feroz em que o equilíbrio material de forças perdeu a sua importância imediata. A coisa vital ali era avaliar corretamente o alcance e a eficácia das peças Cxb3 19.Cc6 As Brancas pretendem tomar a Dama com este lance, mas entregam material demais em troca Cxa1 20.Cxd8 Bf5! 21.Df3 Taxd8 22.Txe7 Bxb1 23.Bxf4 Txd4 A posição se alterou, além de qualquer possibilidade de reconhecimento, em cinco lances. ç + + Tl+% æ+ + R Oo% åo % ä+oo + + % ã +mt B +% â+ + +q+p% ápp + Pp+% àmv+ + K % Dois Cavalos e uma Torre não valem, de algum modo, menos que uma Dama e, além disto, o Bispo Branco não se encaixa adequadamente no jogo. Obviamente o resultado desta luta dependerá da agilidade da Dama Branca. 24.Dg4! Bg6 25.De6+ Bf7 26.Df5 Cc2 27.b3 Bg6 Tal temia mais um contraataque Preto iniciando-se com Td1+ 28.Rh2 Cd2. As Pretas acabam por jogar um lance sólido que força as Brancas a complicarem o jogo ainda mais. 28.Txg7+ Rxg7 29.Bh6+ Rxh6 30.Dxf8+ Rg5 31.bc bc Mais uma vez a posição transformou-se radicalmente. As Brancas têm apenas a Dama e alguns Peões no ataque. 16

17 ç + + Q +% æ o% åo+ + +v+% ä+ O + L % ã +o+ + +% â p% áp+m+ Pp+% à+ + + K % 32. g3 Be4 33.h4+ Rg4 34.Rh2 Bf5! Panno visa entregar uma peça (35.f3+ Rxf3 36.Dxf5+ Re3) de modo a trazer o Rei para o flanco da Dama. Por isso é que as Brancas a recusam, preferindo a oportunidade de manter o Rei inimigo no flanco direito, ao alcance dos seus Peões. 35.Df6 h6 36.De5 Te4 37.Dg7+ Rf3 38.Dc3+ Ce3 Um empate mais simples dar-se-ia com Rxf2 39.Dxc2+ Rf3. ç % æ % åo % ä+ O + +o% ã +o+ +vp% â+ + TlP % áp % à+ + Q K % 39.Rg1 Bg4 40.fe h5 41.De1 Txe Te6 42.e4 c3 poderia ser outro caminho alternativo para um empate, já que as peças Pretas acabariam defendendo umas às outras, como Rei Branco imobilizado em uma jaula. 42.Df1+ Re4 43.Dxc4+ Rf3 44.Df1+ Re4 45.Dxa6 Agora a Dama Branca conta com o auxílio do Peão passado na casa a2. Foi este Peão que definiu o resultado do combate, mas tratase de assunto para uma outra lição. 17

18 LIÇÃO 4 A Importância do Centro As casas e4, d4, e5 e d5 no centro do tabuleiro são muito importantes. Elas comparam-se a uma colina do alto da qual pode se ver todo o campo de batalha ou lançar um ataque nocauteador a qualquer alvo no tabuleiro. ç % æ % å % ä+ + d5+ e5 + % ã + d4 + e4+ +% â % á % à % Expressões tais como "luta pelo centro", "controle do centro" e "minar o centro" também refletem instantes cruciais da batalha e são velhas conhecidas de qualquer jogador experiente. A luta pelo centro começa mesmo nos primeiros lances. O lado que conquista uma vantagem no centro (ou o ocupa) geralmente garante uma facilidade de mover suas peças, de um lado para outro do tabuleiro, o que constitui uma vantagem para suas forças. Cem anos atrás o combate pelo centro era bem mais descomprometido e cavalheiresco. As Brancas em geral corriam e ocupavam o centro com os seus Peões e dispunham-se razoavelmente a sacrificar material. Os gambitos, ou as aberturas em que se entregava material, estavam muito em voga. 1.e4 e5 2.f4! ef Atualmente a resposta mais comum é o contra-gambito 2... d5 3.ed d4!, tornando o combate central mais sutil. 3.Cf3 Wilhelm Steinitz ( ), oficialmente considerado o primeiro campeão mundial, gostava de jogar 3.d4, de modo a permitir 18

19 3... Dh4+ 4.Re2. Ele acreditava que ter uma vantagem no centro era mais importante, do que uma boa proteção para o Rei g5 4.Bc4 g4 5.O-O! gf 6.Dxf3 Df6 7.d3 Bh6 8.Cc3 Ce7 9.Bxf4 d6 10.Bxh6 Dxh6 11.Dxf7+ Rd8 12.Tf6 Dg5 13.Taf1 çtmvl + T% æooo Mq+o% å + O R +% ä+ + + W % ã +b+p+ +% â+ Np+ + % áppp+ +pp% à+ + +rk % Esta foi a continuação de uma das partidas disputadas pelo grande enxadrista russo Mikhail Chigorin, em As Brancas sacrificaram uma peça e desencadearam um forte ataque, onde a sua superioridade no centro desempenhou um papel decisivo. O eminente enxadrista americano Paul Morphy ( ) ilustrou de modo mais prático a estratégia das Brancas no centro. P. Morphy - J. Arnous de Rivière Paris e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Bc5 4.b4 Bxb4 5.c3 Bc5 6.O-O d6 7.d4 ed 8.cd Bb6 9.Cc3 çt+vwl+mt% æooo +ooo% å VmO + +% ä % ã +bpp+ +% â+ N +n+ % áp+ + PpP% àr Bq+rK % Naquela época esta posição interessantíssima não ficava nada a dever à atual popularidade da abertura espanhola. Ao sacrificar um Peão, as Brancas obtém uma clara vantagem no centro, onde elas mantêm um poderoso par de Peões que, se usado como um escudo sólido, permite que as 19

20 Brancas reagrupem suas forças conforme necessário. As Brancas também estabeleceram um forte controle sobre o centro do adversário, i.e., dois ataques contra duas defesas à casa e5 e três ataques à casa d5, que não conta com defesa alguma. As Pretas não podem jogar 9... Cf6 porque aí se expõem ao ataque 10.e5! de 11.Ba3! Bxd4 12.Db3! Be6 13.Bxe6 fe 14.Dxe6+ Ce7 15.Cxd4 ed 16.Tf1! çt+ Wl+ T% æooo M Oo% å + +qm +% ä % ã + O + +% âb N + + % áp+ + PpP% àr + R K % Considera-se que a melhor resposta para as Pretas é 9... Bg4, continuando após 10.Bb5 com Bd7 ou Rf8. J. Arnous de Rivière fez um lance natural, mas infeliz, que permitiu, às Brancas, tirar partido de uma outra vantagem, do seu par de Peões no centro - a sua mobilidade. De fato, enquanto os Peões estão fixos na casa e4 e d4 eles provocam uma situação à qual as Pretas podem se adaptar. Mas cada um destes Peões pode avançar, criando novas situações para as quais as Pretas terão que achar uma defesa, o que é consideravelmente mais difícil. Por isto é que um "centro móvel" de Peões é um fator importante na hora de se avaliar as chances de ambos os lados na batalha que se anuncia Df6 10.Cd5 Dg6 11.Cf4! Df6 12.e5! O Peão central avançou e criou uma situação na qual as Pretas, em vez de desenvolver suas peças, têm de se preocupar com a defesa do seu Rei. Será preciso um esforço formidável, já que a maior parte das peças Pretas está ainda presa nas suas posições iniciais. É neste ponto que as Brancas - valendo-se da sua vantagem com relação ao número de peças efetivamente envolvidas no combate - executam uma operação típica: abrir o centro (eliminando os seus próprios Peões e também os do inimigo) para dar passagem às peças maiores. Quando o centro está aberto, o papel das peças aumenta consideravelmente, e o seu posicionamento é revestido de uma importância crítica. 20

21 Esta etapa exige um timing que só se consegue com cálculo e precisão excepcionais de 13.de Df5 As Pretas não podem, certamente, tomar o Peão com Cxe5? 14.Cxe5! Dxe5? 15.Tel, após o que as Brancas ganham a Dama. E o Peão do Rei continua a movimentar-se para a frente. 14.e6 çt+v+t+mt% æooo +ooo% å Vm+p+ +% ä+ + +w+ % ã +b+ N +% â+ + +n+ % áp+ + PpP% àr Bq+rK % f6 As Pretas não melhoram a sua situação com fe 15.Cxe6 Bxe6 16.Bxe6! Df6 17.Dd7+ Rf8 18.Bb2! (por isso é que o Peão saiu da casa e5) Dxb2 19.Df7 mate. Agora o Peão na casa e6 divide o contingente das Pretas em dois e o seu valor é revestido de uma importância ainda maior. As Brancas só precisam impedir que o Rei Preto consiga fugir para um dos lados. 15.Ch4! Dc5 16.Be3! Dg5 Se Dxg4 segue 17.Dh5+ 17.Cf3 Da5 18.Bxb6 Dxb6 19.Cd5 Da5 20.Cd2! Agora as Pretas não podem fazer nada contra a ameaça à Torre em a8 após 21.Cb3 e 22.Cxc7+, nem contra a ameaça não menos importante Dh5+. O fim está próximo Cd4 21.Cb3 Cxb3 22.ab Dc5 23.Dh5+ Rd8 Com g6 24.Cxf6+, perde-se a Dama. 24.Tad1 çt+vl +mt% æooo + Oo% å + +po +% ä+ Wn+ +q% ã +b+ + +% â+p+ + + % á + + PpP% à+ +r+rk % Não há como fugir das graves conseqüências do xeque descoberto (25.Cb6+; o Cavalo deixa a coluna da Dama expondo o Rei inimigo à Torre), portanto as Pretas abandonaram. 21

22 É essencial que cada lado preste atenção à formação dos Peões no centro e tente fazer com que os seus predominem. Às vezes apenas um Peão se mantém no centro. Esta situação cria novos problemas como, por exemplo, ocupar um "posto avançado" no centro, que de modo geral permite que as peças possam ser utilizadas de modo mais vantajoso, determinando assim uma superioridade em relação ao adversário. T. Petrosian - Kozma Munique Cf3 Cf6 2.d4 e6 3.Bg5 c5 4.e3 b6?! O modo despretensioso como as Brancas jogam a abertura, diminuiu a vigilância das Pretas e permitiu que, por causa deste lance aparentemente natural, seu adversário ocupasse um posto avançado no centro com uma peça. 5.d5! ed 6.Cc3 Bb7 7.Cxd5! Bxd5 8.Bxf6 Dxf6 9.Dxd5 As Brancas têm um forte posto na casa d5, já que as Pretas não podem forçar a saída da Dama desta posição nos próximos lances. çtm +lv T% æo +o+ooo% å O + W +% ä+ Oq+ + % ã % â+ + Pn+ % áppp+ PpP% àr + Kb+r% Ao mesmo tempo, as debilidades das Pretas na coluna da Dama são permanentes e podem adquirir grande importância. Os enxadristas experientes nunca dão início a ataques nos flancos sem antes consolidar suas posições no centro. No diagrama a seguir, as Brancas, sem terem feito o necessário Cc3, iniciaram um ataque de Peões na ala do Rei. Isoladamente não é uma ameaça muito grande. Em uma partida por correspondência, entre Neergard e Simagin, em 1964, as Pretas provaram o perigo que ele representa para as Brancas (!) de modo bastante convincente b5!! 2.cb d5!! 3.ed e4! 4.Dxe4 22

23 çt+ WtVl+% æoo+m+o+o% å + Ov+o+% ä+ + O + % ã +p+p+pp% â+p+qbp+ % áp+ +n+ +% à+ +rkb+r% A 4.fe seguir-se-ia 4... Ce5!, mas ainda assim as Brancas ficam em uma posição desconfortável Bxg4 5.Df4 Bh5 6.Rf2 Ce5 7.Bg2 Bd6 8.Da4 Tc8! 9.Td2 Df6 Em poucos lances a posição Branca, que parecia sólida, desmoronou a partir de um contraataque no centro no momento correto. A partida continuou: ç +t+t+l+% æo + +o+o% å + V Wo+% ä+p+pm +v% ãq+ + + P% â+p+ Bp+ % áp+ RnKb+% à r% 10.Bg5 Df5 11.Cf4 Bxf3 12.Bh3 Se 12.Bxf3 Cxf3 13.Rxf3 segue-se Tc3+ 14.Rf2 Bc5+ 15.Rf1 Tf3+ 16.Rg2 Dg Bg4 13.Rg2 Tc2 e as Brancas abandonam, pois a seqüência 14.Thd1 Bxh3+ 15.Cxh3 Df3+ ou 14.Tf2 Txf2+ 15.Rxf2 Cd3+ é decisiva. Portanto, tente controlar as casas centrais, protegê-las e nunca subestime o seu valor! 23

24 LIÇÃO 5 Como Ganhar Espaço Uma vez que o xadrez á jogado em uma área limitada, as 64 casas de um tabuleiro, a dimensão do espaço, isto é, do número de casas conquistadas por cada lado, para o posicionamento de suas peças, têm, em geral, grande importância no desenvolvimento do jogo. No início, as Brancas e as Pretas controlam a mesma área. Geralmente, qualquer jogada na abertura visa ao controle de um número maior de casas, de preferência no território inimigo. Os Peões, ao pressionar as peças maiores do adversário e dar maior liberdade para as próprias peças, desempenham o papel principal no ganho de espaço. Mas seu movimento tem de ser necessariamente acompanhado do apoio das outras peças, ou irão sucumbir logo. Um enxadrista experiente tenta sempre assegurar a sua superioridade no centro do tabuleiro, delimitado pelas colunas c e f, onde estão as melhores posições para as peças. Para tomar a nossa discussão mais específica, vamos analisar duas partidas. A primeira foi jogada no final do século passado. S. Tarrasch R. Charousek Nuremberg d4 d6 2.e4 Cf6 3.Cc3 g6 4.f4 Bg7 5.Cf3 O-O 6.Be2 çtmvw Tl+% æooo OoVo% å + O Mo+% ä % ã + PpP +% â+ N +n+ % áppp+b+pp% àr BqK +r% 24

25 Apenas cinco lances feitos, mas as vantagens em espaços das Brancas são grandes: três Peões controlam casas importantes na quinta fila, que é território do adversário. Com o apoio das demais peças eles poderão avançar ainda mais, aumentando o controle sobre o território inimigo. No xadrez moderno, um método estratégico confiável para combater tais cadeias de Peões é um imediato contra-ataque de Peões (geralmente com o apoio das demais peças) com o objetivo de impedir a progressão dos Peões inimigos; ou ao menos abrir espaço para as próprias peças, através de trocas de Peões. Ao mesmo se segue uma ofensiva de Peões contra os Peões adversários buscando quebrar a cadeia em seções isoladas, ou "ilhas". A variante 6...c5! 7.d5 e6 8.O-O ed 9.ed ilustra bem este método. Charousek, um dos jogadores mais fortes da época, também tenta restringir a cadeia de Peões Brancos, mas sem sucesso. Ele bloqueia a movimentação de suas peças e, mais importante, toma impossível um ataque ao centro de Peões Brancos. A posição das Pretas se torna extremamente delicada após mais três lances d5 7.e5 Ce8 8.Be3 e6 çtmvwmtl+% æooo +ovo% å + +o+o+% ä+ +op + % ã + P P +% â+ N Bn+ % áppp+b+pp% àr +qk +r% Sob a proteção do tridente de Peões nas casas d4-e5-f4, as peças Brancas dispõem de bastante espaço para manobrar e podem ser reagrupadas em qualquer ponto do tabuleiro, O grande jogador alemão, Tarrasch, resolve o problema de explorar esta superioridade de um modo muito simples: ele inicia um ataque de Peões no flanco do Rei. Os seus Peões irão abrir espaço para as peças mais importantes, e as peças Pretas, confinadas às duas ultimas fileiras, acabarão por atrapalharem-se umas às outras não conseguindo organizar uma defesa. 9.h4! Uma das regras básicas do xadrez é: "Uma ofensiva nos flancos é melhor contestada por um contra-ataque no centro." 25

26 Infelizmente ao efetuar o lance 6... d5 as Pretas perderam esta chance e tiveram o seu destino selado Cc6 10.h5 Ce7 11.g4 f5 12.hg Cxg6 13.Bd3 h6 14.g5 Rh7 15.De2 Th8 16.Dg2 c5 17.gh çt+vwm+ T% æoo+ + Vl% å + +o+mp% ä+ OoPo+ % ã + P P +% â+ NbBn+ % áppp+ +q+% àr + K +r% As Pretas abandonaram tendo em vista as inevitáveis perdas de material, e.g. se Bxh6 18.Dg5! A segunda partida ilustra os métodos modernos de obter uma vantagem em espaço. Esta partida tem uma importância especial para mim por representar a minha primeira vitória, jogando uma partida posicional contra um adversário forte em uma competição de alto nível. G. Kasparov T. Georgadze Minsk e4 e5 2.Cf3 d6 3.Bc4 Be7 4.d3 Este lance não foi por medo, mas por querer evitar as variantes desta abertura que se seguem a 4.d4 ed 5.Cxd4, bastante estudadas pelo meu adversário Cf6 5.c3 O-O 6.O-O c6 7.Bb3 Be6 8.Bc2 h6 9.Te1 Cbd7 10.Cbd2 Dc7 Ambos os jogadores jogam sem pressa, parecendo manobrar com o mesmo sucesso, mas isto não é verdade. As Brancas são as primeiras a conquistar espaço. 11.d4! Tfe8 12.h3! çt+ +t+l+% æoowmvoo % å +oovm O% ä+ + O + % ã + Pp+ +% â+ P +n+p% áppbn Pp+% àr BqR K % 26

27 Limitar as oportunidades do adversário (nem o Bispo ou o Cavalo podem chegar à casa g4 agora) também é um meio de se ganhar espaço Cf8 13.c4! Cg6 As Pretas não desejam abrir o centro, liberando jogo às peças Brancas, após ed 14.Cxd4 Rb6 15.C2f3! Bxc4 16.Cf5. Pelo contrario, as Pretas abandonam a área sob fiscalização do tridente c4-d5-e4. 14.d5 Bd7 As Pretas deveriam ter jogado cd para obter espaço para manobrar no flanco da Dama com... b5! posteriormente. 15.Cb1! Bf8 16.Cc3 c5? 17.Ba4 Em uma posição restringida como esta, a maior parte das trocas seria favorável às Pretas, mas este não é o caso do seu Bispo de casas brancas. Ele defende casas importantes e é também a peça menor que tem mais potencial a6 18.Bxd7 Cxd7 19.g3 Be7 20.h4! As Brancas decidiram pela estratégia de limitar a mobilidade das peças Pretas na ala do Rei, e prepararam-se para uma ruptura na ala da Dama Cf6 21.Ch2 Dd7 22.a4 Dh3 23.Df3 Dd7 24.a5! As Brancas cruzaram a linha central também no flanco da Dama, pressionando ainda mais as Pretas. A sua expansão é agora evidente para ambos os jogadores, mas as Pretas, incapazes de manobrar suas reservas, não podem fazer nada a respeito Cf8 25.Bd2 Tec8 26.Cf1 Cg4 27.Ca4 Bd8 28.Tec1 Tab8 29.b4! cb 30.Bxb4 h5 31.Cb6! Em princípio esta parece tratar-se de uma continuação ç TtV Ml+% æ+o+w+oo % åon O + +% äp +po +o% ã Bp+p+mP% â+ + +qp % á + + P +% àr R +nk % 27

28 ilógica, pois poder-se-ia exercer uma pressão maior na coluna b. Mas as Brancas planejavam abrir a coluna c e é muito importante ter um ponto de entrada à disposição. A casa c7 é a melhor cabeça-deponte para um ataque das Brancas Bxb6 32.ab De7 33.Da3 Td8 A última oportunidade de resistir era impedir o avanço do Peão da coluna c sacrificando a Torre em troca de um Bispo Tc5! 34.Bxc5 dc. Ainda assim as Brancas manteriam todas as chances de vitória. Agora, porém, a ofensiva das Brancas se desenvolve rapidamente e de acordo com o planejado. 34.f3 Ch6 35.c5 dc 36.Bxc5 Df6 37.Rg2 Te8 38.Be3 Cd7 39.Tab1 De7 As Pretas perderam no tempo, por não terem efetuado 40 lances nas duas horas e trinta de que dispunham. Porém, após 40.Dxe7 Txe7 41.Tc7 a posição das Pretas seria desesperadora. Conclusão: valorize o espaço, obtenha tanta vantagem em espaço quanto puder. Mas não seja ganancioso demais, a sua estrutura de Peões muito avançada pode ser bloqueada e destruída, com as peças adversárias correndo ao ataque por entre as brechas abertas, e aí qualquer resultado é possível. 28

29 LIÇÃO 6 Estruturas de Peões Embora os Peões sejam os elementos mais fracos, eles freqüentemente determinam a progressão e o resultado de uma partida. Se algum dos lados tem uma vantagem de 2 ou 3 Peões, esta vantagem é na maior parte das vezes suficiente para forçar uma vitória. A situação é mais complexa quando há um número igual de Peões. Ai a avaliação da posição dá-se pelo exame do posicionamento dos mesmos. Antes da partida iniciar-se, os Peões estão alinhados nas suas casas originais. Ao avançar eles se apoiam mutuamente e limitam a mobilidade das peças adversárias. Os enxadristas experientes freqüentemente sacrificam material para conseguir uma linha de Peões móvel, flexível, onde os mesmos se protegem mutuamente, conforme o diagrama a seguir: T. Petrosian - H. Pfleger URSS vs. Alemanha Ocidental 1960 çt+ +l+ T% æ+vw Vo+o% åoo +o+o+% ä+ M P + % ã +p+ P +% â+ N + + % ápbq+b+pp% à+ +r+rk % 1.Cd5! ed 2.cd Agora os Peões nas casas d5 e e5 tomaram-se o fator decisivo Dc8 Veja o diagrama a seguir 3.e6! O-O 4.Dc3 f6 5.d6 Ca4 29

30 çt+w+l+ T% æ+v+ Vo+o% åoo + +o+% ä+ MpP + % ã + + P +% â % ápbq+b+pp% à+ +r+rk % 5... Dxe6 não e uma boa jogada, já que se perde a Dama após 6.Bc4. 6.Dxc8 Tfxc8 7.Ba1 Tc2 8.de Txe2 9.Td8+ Rg7 10.Tc1 Seria um erro promover a Dama com 10.e8D, já que após Txg2+!! 11.Rh1 Tg3+ as Brancas tomam um xeque-mate inesperado. çt+ R + +% æ+v+ P L % åoo +poo+% ä % ãm+ + P +% â % áp+ +t+pp% àb R + K % Txe6 11.Tc7 Agora há a ameaça de 12.e8D Rh6 12.Bxf6 E as Pretas abandonam. Como pode alguém lidar com uma potente falange de Peões? E preciso usar de uma solução radical: destruir toda a linha, ou ao menos o elo central. Em outras palavras, quebrar a linha em duas entidades separadas, incapazes de protegeremse mutuamente. No entanto costuma acontecer que o meio mais eficaz de combater uma linha móvel de Peões seja contendo a sua mobilidade ou preparando um bloqueio. O que pode ser feito, por exemplo, vulnerando as casas em frente aos Peões. A linha de Peões Pretos nas casas c4, d5 e e6 pode ser contida por um Bispo Branco posicionado na. diagonal a1-h8. ç % æ % å + +o+ +% ä+ +o+ + % ã +o+ + +% â % á B + + +% à % Mas se o avanço dos Peões Pretos for apoiado por um Cavalo 30

31 Preto na casa c6, somente o Bispo Branco não será capaz de parar o avanço da cadeia de Peões. O melhor método para montar uma barricada é bloqueando Peões com Peões. Se os Peões Pretos nas casas c4, d5 e e6 fossem bloqueados não por um Bispo mas por três Peões colocados nas casas c3, d4 e e5, tal barreira seria intransponível. ç % æ % å + +o+ +% ä+ +op + % ã +op + +% â+ P + + % á % à % No xadrez moderno os dois lados tentam restringir a mobilidade dos Peões desde o início da partida. Veja esta abertura, por exemplo: 1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cc3 Bb4 4.e3 c5 5.Bd3 Cc6 6.Cf3 Bxc3+ 7.bc d6 8.e4 e5 çt+vwl+ T% æoo+ MoOo% å + O M +% ä+ OpO + % ã +p+p+ +% â+ Pb+n+ % áp+ + PpP% àr BqK +r% Conforme se vê, três Peões c4, d5 e e4 enfrentam a oposição de uma estrutura das Pretas nas casas c5 e e5, apoiada por um Peão na casa d6. Isto mostra-se suficiente para tomar a posição no centro estável. Nem todos os jogadores, no entanto, tentam restringir a mobilidade dos Peões com tamanha meticulosidade. As propriedades dinâmicas das linhas de Peões oferecem grandes oportunidades de combinações, que pode levar a complicações interessantes, principalmente quando ambos os jogadores preferem uma partida aberta. Por outro lado, uma cadeia de Peões estacionária, bloqueada, geralmente leva a uma partida lenta e não muito espetacular. Você já deve ter esbarrado na literatura enxadrística com expressões do tipo "Peão débil", "Peão isolado" e etc. Cada uma destas denota uma falha na estrutura 31

32 de Peões que restringe a sua mobilidade e aumenta a sua vulnerabilidade. Aqui se segue um exemplo simples: ç % æ % å L + + +% ä % ã K + + +% â % á P + + +% à % Apesar do obstáculo representado pelo Rei Preto, as Brancas, jogando corretamente, podem não só proteger o Peão como também forçar a sua promoção. Mas assim que movermos o Rei, digamos, para a coluna a, o Peão se torna fraco porque pode ser facilmente atacado pelo Rei inimigo. Outras fraquezas comuns na formação de Peões são Peões dobrados ou triplicados na mesma coluna. Portanto, é muito raro que alguém os enfileire voluntariamente. Sua defesa é difícil, principalmente nos finais, onde podem se tomar a fonte de muitos problemas. Mas há exceções a todas as regras, especialmente no xadrez. Aqui está um final que foi disputado de fato, há 55 anos, por dois jogadores poloneses, Tulkowski e Wojceiwski, em Poznan. ç + T + +% æor+ + Ol% å V + + O% ä+ O + + % ã +o+ P +% â+ N + P % ápp + +p+% à+ + + K % Após os lances óbvios 1... Td2 2.Ca4 começam a ocorrer milagres no tabuleiro Txb2 Acontece que os defeitos da estrutura de Peões (dê uma olhada nos Peões Pretos) podem ser compensados por um jogo criativo. As Pretas entregam sua Torre sem nenhum motivo aparente. 3.Cxb2 c3 Acontece que após 4.Cd3 c4+ o Bispo que até então estivera dormindo entra no jogo, e o decide. 5.Txb6 cd 6.Rf2 c2 7.Tc6 d2 e um Peão é promovido. 4.Txb6 32

33 ç % æor+ + Ol% å V + + O% ä+ O + + % ã + + P +% â+ O + P % ápn + +p+% à+ + + K % À jogada óbvia 4... ab seguese 5.Cd3 e as Brancas vencem com uma peça a mais. As Pretas, no entanto, respondem com 4... c4! Agora a casa d3 é tomada ao Cavalo e após 5.Cxc4 o Peão da coluna c é promovido. Será possível que duas peças não sejam capazes de conter dois Peões aleijados rastejando pela coluna c? 5.Tb4 Parece que as Brancas vão vencer já que não há defesa contra o lance 6.Txc a5! Trata-se de uma verdadeira ode aos Peões. O Peão deixado para trás que não tomou a Torre agora define o combate em um salto que parece irreal. Agora a Txc4 segue-se 6... cb, sendo que a Torre não pode voltar para b4 e o Peão na coluna b é promovido. Um final surpreendentemente belo! Mesmo tais finais clássicos podem ser examinados criticamente. O que aconteceria se as Brancas jogassem 2.a4 como resposta a 2... Txb2 com 3.a5? Um final semelhante aconteceu dois anos depois entre Sanz e Ortueta, em Madri, com leves diferenças na posição dos Peões na ala do Rei. Nós concluímos a nossa breve introdução às peculiaridades das estruturas de Peão com este exemplo. Você encontrará uma descrição mais detalhada dos termos, regras e exceções mencionados nesta lição em manuais de xadrez. Gostaria de recomendar aos principiantes que se atenham aos princípios comuns de estabelecer e consolidar uma estrutura de Peões evitando enfraquecê-la tanto quanto possível. Os enxadristas experientes podem usar das exceções. É a capacidade de avaliar quando tais exceções se aplicam que em grande medida toma o xadrez tão belo e cheio de surpresas. 33

34 LIÇÃO 7 Dinamismo e Iniciativa As regras do xadrez são semelhantes às de qualquer outro esporte. E não se aplicam apenas aos esportes: aqueles que são mais ativos, habilidosos e criativos é que têm sucesso. O que é então o dinamismo no jogo de xadrez? Na minha opinião, dinamismo é o fortalecimento da própria posição a cada lance e as ameaças colocadas sobre as peças inimigas. Para que os lances sejam bemsucedidos é preciso que sejam adequados à estratégia do jogo e baseados em fundamentos táticos sólidos. Um enxadrista com a reputação de ser um indivíduo enérgico tenta impor o seu próprio estilo ao adversário, forçando-o a lidar com vários problemas. Para ilustrar estes princípios, vamos analisar uma partida disputada pelo então campeão mundial, Anatoly Karpov. A. Karpov -I. Dorfman Moscou e4 e5 2.Cf3 d6 3.d4 cd 4.Cxd4 Cf6 5.Cc3 e6 6.g4 Be7 7.g5 Cfd7 8.h4 Alguns dos resultados da abertura são óbvios: as Brancas limitaram as peças adversárias na ala do Rei às duas últimas fileiras, com o Cavalo na casa d7 bloqueando o Bispo na casa c8 e até a própria Dama, parcialmente Cc6 9.Be3 a6 10.De2!? Veja o diagrama a seguir. É uma idéia interessante e ativa, que leva a uma disposição 34

35 çt+vwl+ T% æ+o+mvooo% åo+moo+ +% ä+ + + P % ã + Np+ P% â+ N B + % áppp+qp +% àr + Kb+r% equilibrada de peças. Karpov coloca a sua Dama na coluna do Rei de modo que a mesma não fique na frente da Torre na casa d1 e ao mesmo tempo contribua para criar ameaças de combinações. A Dama não bloqueia o Bispo na casa f1 que pode ir para h3 e jogar Bxe6 posteriormente. Conforme você pode ver, o lance das Brancas é eficiente e pressiona as Pretas Dc7 11 O-O-O b5 A resposta adversária é forçada. As Pretas são empurradas para trás e tentam encontrar algum jeito de impedir que as Brancas executem algum lance decisivo. Mas o jogo já vai adiantado e o último movimento das Pretas tem mais a ver com desespero que com uma ação justificável. 12.Cxc6 Dxc6 13.Bd4! Esta jogada é muito desagradável para as Pretas, porque o lance natural O-O irá levar logo à derrota devido ao ataque por parte dos Peões Brancos, ao passo que e5 cria um ponto fraco na estrutura Preta na casa d b4 çt+v+l+ T% æ+ +mvooo% åo+woo+ +% ä+ + + P % ã O Bp+ P% â+ N + + % áppp+qp +% à+ Kr+b+r% As Pretas tentam forçar a saída do Cavalo de uma posição de controle da casa d5. Elas jogam de modo lógico, mas sua estratégia carece de um embasamento sólido e as suas peças estão mal posicionadas. Como podem as Brancas explorar estas fraquezas? 14.Cd5! Este é um lance extremamente eficaz já que o Bispo na casa d4 se torna mais forte e a Dama Branca entra no combate, para a surpresa das Pretas. 35

36 14... ed 15.Bxg71 Tg8 16.ed Dc7 17.Bf6 As Brancas ganharam dois Peões em troca do Cavalo e boas perspectivas de ataque contra o Rei inimigo que fica preso no meio do tabuleiro Ce5! É o único jeito de resistir. Uma vez que há a ameaça de Bg4 as Brancas não têm tempo para jogar 18.f4. As Pretas têm que procurar reduzir o potencial de ataque das Brancas. 18.Bxe5 de 19.f4 Agora um ataque de Peões substitui o ataque das peças. As Pretas não têm como evitar que as Brancas conectem os seus Peões pois após e4 seguir-se-ia a seqüência vencedora 18.d6 Bxd6 19.Dxe4+ etc Bf5 çt+ +l+t+% æ+ W Vo+o% åo % ä+ +povp % ã O + P P% â % áppp+q+ +% à+ Kr+b+r% 20.Bh3 O desejo de restringir o contra-jogo do adversário é típico do estilo do campeão do mundo. As Brancas poderiam ter jogado 20.fe sem correr o risco de Tc8 por causa de 21.Th2 Da5 22.Dxa6 Dxa6 23.Bxa6. Karpov decide-se por trocar os Bispos de casas Brancas eliminando assim qualquer risco à casa c Bxh3 21.Txh3 Tc8 22.fe Na minha opinião, 22.b3 e4 23.Dxe4 Tf8 24.f5 seria melhor, porque assim a Dama Preta não poderia entrar no jogo Dc4! As Pretas põem sua Dama em uma posição ativa e o equilíbrio parece alterar-se. 23.Tdd3 Manobras de Torre ao longo da terceira fila também fazem parte das táticas preferidas do campeão. Neste caso, este lance não só precede a troca de Damas como também serve ao propósito de melhorar a coordenação das peças Brancas. A coordenação das peças é um fator muito importante que de fato define a força de um jogador de xadrez. A habilidade de coordenar a movimentação de cada uma das peças e de 36

37 cada Peão de modo que eles hajam em conjunto e sob um único plano, ao mesmo tempo em que se protegem mutuamente, é uma grande arte. Aqui novamente ambas as Torres na terceira fileira estão prontas a apoiar o progresso dos Peões centrais, ao passo que a Dama protege a casa c2 e está pronta para apoiar as Torres. A dupla de Peões (d5, e5), protegida por suas próprias peças, é muito poderosa. Estes Peões podem forçar o adversário para a última fileira e desorganizar as suas ações Df4+ Esta parece ser a melhor resposta. Se Dxa2 24.d6. 24.Rbl Tc4! 25.d6 Te4! ç + +l+t+% æ+ + Vo+o% åo+ P + +% ä+ + P P % ã O +tw P% â+ +r+ +r% áppp+q+ +% à+k+ + + % 26.The3 As Brancas têm de trocar outro par de peças, abandonando qualquer esperança de explorar a localização desfavorável do Rei e da Torre das Pretas. A falta de coordenação das peças do adversário é resultado do mau posicionamento da Torre na casa g8 e da limitação da sua mobilidade Txe3 27.Txe3 Dxh4 O contra-sacrifício Txg5 28.hg Bxg5 seria ineficaz por causa da má localização do Rei: 29.d7+ Td8 30.Dxa6 Dxe3 31.Dc8+ Re7 32.De8 mate. 28.Df3! Os Peões Brancos dividem as forças das Pretas em duas partes e não há uma defesa adequada às ameaças de Dc6+ ou Da8+. Um Peão defendido, que penetre fundo na posição do adversário ou a conquista de um posto avançado similar, desorganiza as forças do adversário e divide em duas unidades mais fracas Dxg5 29.Te1 Dg2?! 30.Df5 Tg6 31.Tf1 Dd5 32.de Rxe7 33.Df4! As Brancas recuperaram a peça e mantiveram o ataque. O pequeno número de peças restantes só melhora, ligeiramente, as chances 37

38 de sobrevivência das Pretas. Quando somente restam algumas poucas peças no ataque tudo depende da força das defesas do Rei. Neste caso o Rei Preto não tem praticamente defesa alguma e tudo o que as Brancas precisam é de precisão no ataque, o que não falta ao campeão mundial de então. ç % æ+ + Lo+o% åo+ + +t+% ä+ +wp + % ã O + Q +% â % áppp+ + +% à+k+ +r+ % a5 34.Dh4+ Re8 35.Dxh7+ Df3 36.Dh8+ Re7 37.Dh4+ Re8 38.Dc4! Db7 39.b3 Te6 40.Tg1! Txe5 41.Tg8+ Re7 42.Dh4+ Rd7 43.Df6+ Te7 44.Df5+ Rd6 45.Dxa5 Te5 46.Dd8+ Re6 47.Rb2! f6 48.Tf8 Dg7 49.Dc8+ Rd5 50.Dc4+ E as Pretas abandonam. Portanto, tente ser enérgico e você poderá realmente gozar dos benefícios. Deixe as suas peças interagirem bem, e ajudarem-se mutuamente. Assim você experimentará os louros da vitória com mais freqüência que a amargura da derrota. 38

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