Editor: IPDMAQ Revisão: Adson Vasconcelos Diagramação e Finalização: Projeto e Imagem Produção Gráfica: Hélio Ramos

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1 1 a edição São Paulo 2008

2 Editor: IPDMAQ Revisão: Adson Vasconcelos Diagramação e Finalização: Projeto e Imagem Produção Gráfica: Hélio Ramos Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Tecnologia industrial básica : Diretrizes para o setor de máquinas e equipamentos. 1. ed. São Paulo : IPDMAQ Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Bibliografia. ISBN Equipamento industrial 2. Máquinas 3. Tecnologia industrial CDD Índice para catálogo sistemático: 1. Máquinas e equipamentos : Tecnologia industrial Todos Os Direitos Reservados Proibida a reprodução, sem autorização do editor.

3 sumário Apresentação Introdução TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA NORMALIZAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO TÉCNICA Os benefícios e objetivos da normalização Níveis de normalização O processo de normalização e seus princípios Normas nacionais Normas internacionais A importância da normalização no comércio internacional A normalização e o Código de Defesa do Consumidor As normas voluntárias e a regulamentação técnica (normas obrigatórias) As normas e regulamentos técnicos e as empresas da indústria mecânica AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE Certificação Acreditação O Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade SBAC...48

4 4.4 Certificação voluntária e compulsória (obrigatória) Regras para os Organismos de Certificação Mecanismos para o reconhecimento A avaliação da conformidade e as empresas da indústria. mecânica METROLOGIA Infra-estrutura brasileira para Metrologia O Comitê Brasileiro de Metrologia CBM O papel do Inmetro na Metrologia A metrologia e as indústrias mecânicas Estudos de Caso Brapenta Cooper Tools HB-Domnick Hunter Moretzsohn Ferramentas Ltda Romi Roteiro para Diagnóstico em TIB Planejamento Levantamento e análise preliminar de informações Diagnóstico do(s) produto(s) Elaborar o Plano Estratégico Gestão do processo Conclusão Siglas Glossário Sites recomendados Referências bibliográficas... 95

5 Apresentação O Setor de Bens de Capital e a Inovação Tecnológica O setor de bens de capital, constituído pelos fabricantes de máquinas e equipamentos, foi escolhido como uma das prioridades da Política de Desenvolvimento Produtivo, lançada pelo Governo Federal, em maio de 2008, pois, por participar de todas as cadeias produtivas da economia, fornecendo máquinas e equipamentos, possui papel determinante na difusão de novas tecnologias. Atualmente, a questão da inovação tecnológica é assunto de grande importância, já que é fator preponderante para sobrevivência e aumento da competitividade no mercado globalizado. Neste contexto e com o objetivo de contribuir para termos um setor de bens de capital inovador e competitivo, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ABIMAQ, criou o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos IPDMAQ, que tem por finalidade estimular ações empresariais em pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas empresas nacionais. O IPDMAQ tem como tema central a inovação tecnológica e como visão de futuro inserir a inovação no plano estratégico da empresa, de forma permanente, para que a indústria de máquinas e equipamentos do Brasil torne-se sustentável e competitiva internacionalmente.

6 Como missão, incentivar e apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos e a melhoria dos existentes, que possam resultar em inovações tecnológicas que venham a aumentar a competitividade das empresas brasileiras do setor de bens de capital (fabricantes de máquinas e equipamentos). O Projeto TIB O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Indústria de Máquinas e Equipamentos IPDMAQ, firmou com o Ministério da Ciência e Tecnologia MCT, um convênio denominado Projeto Capacitação de Recursos Humanos em Tecnologia Industrial Básica, com o objetivo de difundir a cultura TIB (metrologia, normalização e regulamentação técnica e a avaliação da conformidade, que compreende inspeções, ensaios e certificações). As ações previstas neste convênio envolveram a realização de eventos técnicos nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Joinville, Piracicaba, Porto Alegre, Ribeirão Preto, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em decorrência das discussões tratadas durante os eventos técnicos, surgiu a idéia de elaborarmos esta obra intelectual, direcionada especificadamente para o setor de bens de capital, com o propósito de apresentar diretrizes e de orientar os empresários e profissionais do setor sobre temas relacionados a Tecnologia Industrial Básica. Assim, é com grande satisfação que ora oferecemos este livro, que tem como maior propósito disponibilizar informação de forma adequada para subsidiar um processo de tomada de decisão, pois, no mundo atual, marcado pela acirrada globalização, para se tornar ator cada vez mais presente no cenário econômico internacional, deter informações sobre as funções da TIB é fator decisivo para alcançar o completo desenvolvimento da empresa. Com essa iniciativa e conscientes de havermos feito, neste momento, o máximo ao nosso alcance, oferecemos aos empresários do setor de bens de capital esta obra, intitulada: TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA DIRETRIZES PARA O SETOR DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. Não seria exato dizer que este livro esgota o tema tratado, no entanto, o ideal esperado é que ocorra uma melhor compreensão dos assuntos

7 apresentação tratados normalização, regulamentação técnica, avaliação da conformidade e metrologia e a inserção consciente destes temas no centro das preocupações e realizações das empresas, pois temos certeza que essas ferramentas devem fazer parte da cultura interna de todas as empresas que visam competir em um mercado globalizado. Estamos certo de que este livro será de grande utilidade e auxiliará todas as empresas do setor de bens de capital a entenderem a importância do tema Por fim, agradecemos ao Ministério da Ciência e Tecnologia MCT e todos os seus colaboradores, que se mostraram acolhedores e nos proporcionaram ajuda valiosa e imprescindível para realização deste livro. Celso Vicente Presidente do IPDMAQ

8 Capítulo 1 Introdução Este livro destina-se, primordialmente, aos empresários do setor de bens de capital. Foi planejado e concebido de forma a apresentar para as empresas fabricantes de máquinas e equipamentos uma visão integrada e estratégica dos principais serviços tecnológicos da Tecnologia Industrial Básica TIB: normalização e regulamentação técnica, avaliação da conformidade e metrologia. O livro está estruturado em três partes: A primeira, de ordem mais teórica, na qual os conceitos e fundamentos sobre normalização e regulamentação técnica, avaliação da conformidade e metrologia são apresentados sob a ótica do setor de bens de capital. A segunda parte é dedicada a apresentação de exemplos da utilização das ferramentas TIB. Nela, relatamos estudos de casos de empresas do setor que usaram destes serviços tecnológicos para atingir seus objetivos e vencer os desafios mercadológicos encontrados. A intenção deste capítulo é demonstrar como estes serviços afetam o dia a dia das empresas. Por fim, na terceira parte, apresentamos um roteiro prático para as empresas estruturarem a busca e a gestão de informações sobre normas e regulamentos técnicos aplicáveis aos seus negócios. O objetivo deste livro é contribuir com conhecimento e orientação para as empresas estruturarem suas estratégias empresariais, levando em consideração informações tecnológicas relacionadas aos serviços de TIB.

9 Capítulo 2 TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA No contexto atual da economia mundial, as transações comerciais são cada vez mais sujeitas a requisitos técnicos. O atendimento a esses requisitos é feito pelas empresas ajustando os seus produtos ou serviços e demonstrando esse atendimento aos seus clientes e, por vezes, também às autoridades regulamentadoras. Para atender a esses requisitos técnicos são usados recursos e organizações especializadas, como laboratórios, organismos de inspeção e outros. Esse conjunto de recursos e organizações é chamado de infra-estrutura tecnológica. Em virtude da importância que os requisitos técnicos têm hoje nos mercados, os países vêm dando crescente atenção à sua infra-estrutura tecnológica e aos serviços tecnológicos utilizados para suportar as exigências do mercado. Isso ocorre tendo em vista a evolução das relações comerciais entre os países e, fundamentalmente, dos mecanismos utilizados na competição e para proteção dos mercados. Para o Brasil, a situação mostra-se altamente desafiadora, pois o País encontra-se em posição intermediária quanto à infra-estrutura tecnológica em relação aos demais países industrializados. Assim, a compreensão sobre o funcionamento das componentes dessa infra- -estrutura (redes de laboratórios, organismos especializados, bases de dados, etc.) e o investimento nestas atividades são de incontestável

10 relevância para a consolidação e crescimento do País, bem como para a inovação e competitividade do setor produtivo brasileiro. A Tecnologia Industrial Básica TIB é um conjunto de ferramentas tecnológicas que provê a base tecnológica para o desenvolvimento industrial. Envolve, entre outras, a normalização, a regulamentação técnica, a avaliação da conformidade (inspeção, certificação, ensaios, etc.), a metrologia, a informação tecnológica e a propriedade industrial. No contexto desta publicação, concentrar-se-á a atenção nas atividades de normalização e regulamentação técnica, na avaliação da conformidade e na metrologia, que constituem o núcleo central da TIB. Embora essas disciplinas tenham uma origem histórica relativamente independente umas das outras, uma das principais razões para a construção do conceito da TIB é que estas ferramentas precisam ter consistência e ser articuladas entre si de maneira que possam ser utilizadas de maneira eficaz. É importante destacar que as ferramentas da TIB são mecanismos facilitadores das transações comerciais, isto é, são ferramentas técnicas para mediação das relações de fornecimento e para facilitar essas relações, como se verá mais adiante. Assim, elas não são um fim em si mesmo, mas instrumentos para o desenvolvimento da economia e dos negócios, além da regulação dos mercados. Por esse motivo, no Brasil têm sido envidados esforços importantes para capacitação, tanto das estruturas especializadas dedicadas à TIB (organismos especializados como o Inmetro, a ABNT e os institutos de ciência e tecnologia, dentre outros) quanto das próprias empresas e as organizações empresariais. O domínio adequado das ferramentas da TIB é um fator decisivo para a competitividade. Por outro lado, essas ferramentas são também os meios necessários para o desenvolvimento, demonstração, disseminação e consolidação da tecnologia, estabelecendo a confiança nas relações de mercado e facilitando a comunicação entre os agentes econômicos. A possibilidade de estabelecer requisitos para os produtos com base técnica, de maneira objetiva, e de verificar o atendimento desses requisitos permite estabelecer mecanismos que promovem a confiança entre os agentes econômicos, de maneira a que todos os envolvidos possam de maneira previsível acordar o que se espera de cada produto ou serviço, seja sobre o seu desempenho, seja sobre as suas características ou ainda a maneira como foi produzido ou fornecido. Aliado a isso, uma base 10

11 Capítulo 2 tecnológica comum conhecida e acordada por todos permite que várias partes independentes possam debruçar-se sobre os requisitos e os processos de fabricação, suas tecnologias e seu desenvolvimento. Assim, pode-se demonstrar o atendimento aos requisitos de maneira clara e objetiva. A existência dessa base comum acordada, tornada disponível, permite disseminar a tecnologia e também consolidá-la. Historicamente, o termo Tecnologia Industrial Básica TIB foi concebido pela extinta Secretaria de Tecnologia Industrial STI, do antigo Ministério da Indústria e do Comércio MIC, no final da década de 1970, para expressar em um conceito único as funções básicas do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Sinmetro. No início da década de 1980, o governo brasileiro estabeleceu, com recursos do Banco Mundial, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico PADCT que incluía o subprograma TIB. Este foi um marco nas iniciativas para promover a capacitação brasileira nesses temas de uma maneira articulada, estruturada e sistêmica. A TIB pode ser entendida como um dos tipos de famílias da tecnologia, conforme representado na figura 1. Tecnologias de produto Informação tecnológica Geração Tecnologia Industrial Básica M N A C Utilização Tecnologias de gestão Propriedade intelectual Tecnologias de processo Tecnologia de suporte Marketing Projeto de produto Projeto de processo Serviços Legenda: M Metrologia N Normalização AC Avaliação da Conformidade Figura 1 Famílias da tecnologia (Palestra MCT/ Reinaldo Ferraz, 22/agosto/2002, São Paulo.) 11

12 Ao mesmo tempo em que a infra-estrutura de serviços tecnológicos, compreendidos pela Tecnologia Industrial Básica, reflete o status da tecnologia aplicada à produção, esta também produz impacto direto na comercialização de bens e serviços, o que traz conseqüências ao desempenho das empresas e interfere no fluxo do comércio internacional. Os impactos dizem respeito aos requisitos estabelecidos para os produtos, seja pelas normas técnicas, seja pelos regulamentos técnicos, à maneira de determinar que são atendidos, mediante a metrologia, seja ainda pela maneira de demonstrar esse atendimento ao mercado, pelo uso das ferramentas e métodos da avaliação da conformidade. Assim, é fundamental abordar os conceitos e os mecanismos associados ao funcionamento de tal infra-estrutura, especialmente dos serviços tecnológicos de Normalização, Avaliação da conformidade e Metrologia, pois estes são a base para a construção dos mecanismos comerciais entre as empresas e os países. Esses temas são interdependentes e estão estruturalmente interligados. Metrologia Normalização Avaliação da Conformidade Inspeção Ensaios Certificação Outros Propriedade Intelectual Patentes Software Cultivares Topografia de Circuitos Direitos de Autor Informação Tecnológica Tecnologias de Gestão Qualidade Meio Ambiente Relações de trabalho Sistemas Complexos Conhecimento Tecnologia Marketing Design Segurança da Informação etc. Figura 2 Organização das funções de TIB (Ministério da Ciência e Tecnologia Programa Tecnologia Industrial Básica e Serviços Tecnológicos para Inovação e Competitividade, 2001, p. 23.) 12

13 Capítulo 3 NORMALIZAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO TÉCNICA A normalização é o estabelecimento de regras comuns para as atividades humanas e seus resultados. Essas regras são estabelecidas de comum acordo entre os interessados nessas atividades e nos seus resultados. Assim, a normalização é uma atividade humana que vem sendo realizada, de uma maneira ou de outra, desde que o homem vive em sociedade. As necessidades humanas levaram a definições de padrões; o homem começou a estimar dimensões, massas e distâncias para construir, produzir, colher sua alimentação ou comercializar a sua produção. Assim, as sociedades humanas desenvolveram-se lançando mão de regras para diversas atividades. Freqüentemente, os governos estabeleciam regras para as transações comerciais, criavam e mantinham padrões de medidas, regras para as construções, procedimentos para a produção de produtos e bens, regras de segurança, enfim, uma série de padrões e regras para o ordenamento das atividades humanas. O mundo dos negócios também sentiu necessidade de estabelecer regras para as suas atividades, neste caso estabelecidas de comum acordo entre os produtores. Papel importante tiveram as associações de artífices e os colégios de profissionais, procurando estabelecer as regras das boas práticas. No entanto, a normalização como é conhecida hoje foi forjada a partir da Revolução Industrial. Naquela época, a transformação da produção artesanal em fabricação em grande escala, com a utilização de máquinas,

14 gerou a necessidade de utilização de padrões e regras que permitissem a produção de peças intercambiáveis e produtos com características e desempenho predefinidos. A indústria mecânica nascia e já envolvia a especialização da produção, a necessidade de padronização de alguns insumos e de equipamentos ou peças intermediárias, o estabelecimento de especificações para os produtos, a realização de ensaios em materiais e componentes, a sistematização da atividade de projeto, enfim, uma série de atividades técnicas para as quais a existência de normas era essencial e condição para a sua realização. Assim, desde o início da indústria mecânica, a normalização constitui-se num tema central e de grande importância para a produção. A atividade de normalização, por muito tempo, sob o ponto de vista das empresas, estava principalmente centrada nos diversos mercados nacionais, ou seja, cada país desenvolvia o seu conjunto de normas para orientar o seu mercado interno. Desta maneira, o seu desenvolvimento acompanhava o próprio desenvolvimento industrial dos países, sendo, muitas vezes, percebida como uma atividade própria daqueles mais desenvolvidos. Atualmente, a normalização ganhou uma nova importância e vem sendo utilizada como um instrumento que viabiliza a globalização dos mercados e o estabelecimento de novas bases para a competitividade das empresas. A atividade de normalização não é uma atividade estática, muito pelo contrário, as normas técnicas representam as bases para o presente, mas também para o desenvolvimento futuro. A normalização pode ser descrita como a tradução, em termos tecnológicos, das expectativas em relação a um produto, serviço ou processo. Assim, uma norma que especifica um produto descreve quais são as características relevantes desse produto, que lhe definem a função ou o desempenho, utilizando a linguagem da tecnologia e baseando-se na experiência e na ciência. As normas técnicas podem ser aplicáveis a produtos, serviços, processos, sistemas de gestão, competências de pessoas e são estabelecidas pelo consenso das partes interessadas. São documentos que estabelecem requisitos de qualidade, requisitos de desempenho, requisitos de segurança, procedimentos, formas, dimensões, classificações ou terminologias e glossários. Podem ainda estabelecer a maneira de medir ou de determinar características do produto. 14

15 Capítulo 3 A normalização é uma atividade da sociedade e pode ser descrita como a sua auto-regulação, uma vez que é essencialmente voluntária e construída de comum acordo entre os interessados, tendo como base o consenso. Hoje em dia, a normalização é conduzida por organizações especializadas, normalmente os organismos de normalização. Por vezes, normas técnicas são desenvolvidas por estruturas mais informais, como consórcios de empresas ou de outras partes interessadas. Recentemente, por exemplo, têm sido desenvolvidas normas técnicas sob a liderança de organizações não-governamentais, como as de cunho ambientalista ou sociais. No entanto, a maioria das normas técnicas é desenvolvida por organismos de normalização. Estes organismos usualmente são entidades privadas, muitas vezes de cunho tecnológico. A idéia central é que representantes das partes interessadas no assunto a ser normalizado se reúnam com o objetivo de estabelecer as normas técnicas e o façam usando um processo participativo. 3.1 Os benefícios e objetivos da normalização Na prática, a aplicação de normas técnicas promove a melhoria da competitividade das empresas, da segurança, da saúde, da preservação ambiental, e da qualidade. As normas técnicas promovem a racionalização da produção, facilitando, com isso, a relação entre produtor e consumidor, pois abrangem desde a concepção do produto, fabricação e distribuição, até a administração de estoques, emissão de pedidos e controle de recebimento de insumos. O uso de normas, contribui para a melhoria do funcionamento do mercado por meio de linguagem precisa e comum. Isto se dá nas mais variadas situações e contextos: o uso pela empresa para produzir e avaliar seus produtos; na relação comercial da empresa com seus clientes ou seus fornecedores; pelo consumidor para a tomada de decisão na compra de um produto ou serviço; pelos órgãos governamentais na fiscalização de requisitos relacionados com saúde, segurança ou meio ambiente; 15

16 no estabelecimento e na aplicação de mecanismos de avaliação de conformidade (auditorias, inspeções ou ensaios); na aplicação de procedimentos para garantir a conformidade (certificação, declaração do fornecedor ou qualificação de fornecedores); por um país ou empresa importadora para a garantia do atendimento aos requisitos que estabelece como necessários; pela Justiça para a verificação do cumprimento da legislação; para a condução de pesquisas científicas e estudos confiáveis (passíveis de reprodução e repetição); etc. A normalização traz muito benefícios qualitativos e quantitativos para as empresas, dos quais se podem mencionar a racionalização do uso dos recursos, a uniformidade do trabalho, o registro do conhecimento tecnológico, o controle dos produtos e processos, a redução do desperdício, a melhoria da qualidade de produtos e serviços e o aumento da produtividade. A atividade de normalização reflete tanto o estágio atual da economia quanto gera impactos nos estágios de desenvolvimento, produção, distribuição, comercialização dos produtos e serviços. Dos principais impactos percebidos, pode-se destacar, entre outros: a possibilidade objetiva de comparação entre produtos, processos ou serviços; as melhorias em qualidade, quantidade e regularidade de produção; a redução de litígios; a eliminação de desperdícios; o aumento da produtividade; a construção de bases claras para a concorrência; a redução de custos. Os principais objetivos da normalização são (CNI, 2002 a, p ): Facilitação da Comunicação ao estabelecer as características ou os resultados esperados para um produto (processo ou serviço), de maneira objetiva, demonstrável e verificável, acaba-se por estabelecer uma linguagem comum entre quem fornece e quem compra. Simplificação implica na redução de variedades de modelos e de procedimentos. 16

17 Capítulo 3 Proteção ao Consumidor o estabelecimento de requisitos mínimos para o desempenho de um produto é uma das formas de se assegurar que a sua colocação no mercado levam em conta as expectativas dos consumidores. As normas técnicas correspondem ao que a sociedade estabeleceu como o mínimo legítimo necessário, o qual pode ser verificado de forma independente. Economia a redução do custo de produtos e serviços por meio da sistematização, racionalização e otimização dos processos e das atividades produtivas leva à conseqüente economia para clientes e fornecedores. A normalização é uma atividade tecnológica com finalidades econômicas. Segurança, saúde e meio ambiente o processo de normalização é certamente um dos momentos mais adequados para estabelecer os requisitos destinados a assegurar a proteção da vida humana, da saúde e do meio ambiente. Eliminação das barreiras técnicas ao comércio a adoção de normas internacionais ou regionais, evitando-se a diversidade de normas e regulamentos nacionais, muitas vezes conflitantes, elaborados para produtos e serviços pelos diferentes países, contribui para a eliminação ou superação dos obstáculos ao comércio. 3.2 Níveis de normalização A atividade de normalização, no âmbito voluntário, é desenvolvida em diversos níveis, relacionados com a abrangência da sua aplicação e da participação no seu desenvolvimento. Os níveis de normalização são: Tabela 1 Níveis de normalização Níveis de Normalização Nível empresarial Ex.: Normas Petrobras ou procedimentos de gestão da qualidade Conceito São as normas elaboradas por uma empresa ou grupo de empresas com a finalidade de orientar as compras, a fabricação, as vendas e outras operações. Servem ainda para documentar o conhecimento técnico da empresa. 17

18 Tabela 1 Níveis de normalização (continuação) Níveis de Normalização Nível de associação Ex.: Normas da ASTM American Society for Testing and Materials ou normas da ASME American Society of Mechanical Engineering Nível nacional Ex.: Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT ou normas da Associação Alemã de Normas Técnicas DIN Nível regional Ex.: Normas da Associação Mercosul de normalização AMN ou normas do Comitê Europeu de Normalização CEN; Nível internacional Ex.: Normas ISO ou normas IEC; Conceito São as normas desenvolvidas no âmbito de entidades associativas e técnicas para o uso dos seus associados. Comumente são utilizadas de forma mais ampla, podendo se tornar referências importantes no comércio em geral. São as normas elaboradas pelas partes interessadas (governo, indústrias, consumidores e comunidade científica de um país) e emitidas por um Organismo Nacional de Normalização, reconhecido como autoridade para torná-las públicas. Aplicam-se ao mercado de um país e, freqüentemente são reconhecidas pelo seu ordenamento jurídico como a referência para as transações comerciais. Normalmente são voluntárias, isto é, cabe aos agentes econômicos decidirem se as usam ou não como referência técnica para uma transação. Neste nível, as normas técnicas são estabelecidas por um Organismo Regional de Normalização para aplicação num conjunto de países (uma região, como a Europa ou o Mercosul). São denominadas Normas Regionais e aplicáveis ao conjunto de países representados no Organismo Regional. As Normas Internacionais são normas técnicas, de abrangência mundial, estabelecidas por um Organismo Internacional de Normalização. Estes Organismos Internacionais de Normalização atuam em campos específicos, como a International Organization for Standardisation ISO (a maioria dos setores), a International Electrotechnical Commission IEC (área elétrica e eletrônica) e a International Telecommunications Union ITU-T (Telecomunicações). As Normas Internacionais são reconhecidas pela Organização Mundial do Comércio OMC como a base para o comércio internacional. 3.3 O processo de normalização e seus princípios Como mencionado, a atividade de desenvolver normas técnicas pressupõe a aplicação de um processo que assegure a construção do consenso e a qualidade dos documentos resultantes. A definição 18

19 Capítulo 3 internacional de norma técnica, estabelecida pela ISO, é: documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso e comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Dessa definição podem se destacar alguns pontos importantes. Em primeiro lugar, a idéia de que a norma técnica fornece regras para atividades ou seus resultados visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação. Isso quer dizer que a norma tem por finalidade a otimização, seja do ponto de vista econômico, seja da segurança (ou aspectos como a saúde ou a proteção do meio ambiente, por exemplo). Outro ponto importante é o que se refere a para uso comum e repetitivo, na qual se destaca a situação em que há vários atores fornecendo e vários usando ou comprando. Isto é, espera-se que a norma seja aplicada em situações em que vários atores a usarão freqüentemente, da mesma maneira. Assim, processos que são propriedade de alguém, como os objeto de patentes, não são objeto de normalização, uma vez que não há vários atores fornecendo e o que o faz estabelece unilateralmente as características. Dito de outra forma, não há espaço para o estabelecimento de regras de maneira consensual entre todos os interessados. Um terceiro ponto que caracteriza uma norma é ser construída por consenso entre os interessados. O processo de construção da norma é conduzido por um organismo reconhecido, o organismo de normalização, que é o encarregado de zelar pelo processo de desenvolvimento da norma e pela construção do consenso. Esse organismo é reconhecido pelas partes interessadas como tendo a autoridade e a legitimidade para aprovar a norma. Os organismos de normalização, portanto, são os responsáveis pelo desenvolvimento das normas e pela sua aprovação. Nessa atividade, os organismos de normalização seguem alguns princípios que estão consagrados internacionalmente. Esses princípios são a voluntariedade, representatividade, paridade, consenso, transparência e atualização. O princípio da voluntariedade refere-se a que a participação no processo de normalização é voluntário. A vontade das partes envolvidas é fundamental para que o processo de normalização se estabeleça e aconteça; sem ela não há como obter uma norma. A voluntariedade 19

20 diz respeito tanto à participação no desenvolvimento da norma (isto é, ninguém é obrigado a participar) quanto ao seu uso. De fato, o uso de uma norma deve ser o resultado de uma decisão racional em que se percebe mais vantagens no seu uso do que em não usá-la. A força da normalização técnica é justamente o resultado de que o seu uso é fruto de uma decisão que lhe reconhece valor e vantagens no seu uso. Por outro lado, caso as normas técnicas fossem obrigatórias haveria um efeito de inibição à inovação e ao desenvolvimento tecnológico, uma vez que produtos inovadores poderiam não atender a uma norma, ou então poderia nem existir uma norma aplicável, o que colocaria hipoteticamente tal produto numa situação de ilegalidade. Naturalmente, há casos em que os riscos para a sociedade do uso ou realização de algumas atividades é tão grande que não é razoável que se espere que se adotem apenas regras voluntárias. Nesse caso, o Estado pode decidir que determinadas regras devam ser cumpridas e se estabelecem documentos obrigatórios. Esses documentos são os regulamentos técnicos e sobre eles se falará mais adiante. No entanto, é importante ressaltar que um dos conceitos chave da normalização é a sua voluntariedade. O princípio representatividade refere-se a necessidade de que haja participação dos produtores, dos consumidores e de outras partes interessadas (universidades, laboratórios, institutos de pesquisa, governo), de modo que a opinião de todos os interessados seja considerada no estabelecimento da norma e ela reflita de fato o entendimento comum. Assim, é importante que o processo de normalização procure que os envolvidos na sua elaboração sejam representativos dos diversos interesses envolvidos. Os organismos de normalização envidam esforços para que a representatividade das partes interessadas seja assegurada. Muito ligado ao princípio anterior, o princípio da paridade trata de que os diversos interesses envolvidos estejam representados de maneira equilibrada. Usualmente, de maneira simplificada, os diversos interesses envolvidos são classificados em fornecedores, consumidores ou usuários e neutros, estes abrangendo o governo, os institutos de pesquisa, a academia, etc. O que se procura é um equilíbrio na representação e no processo de tomada de decisões, evitando-se assim a imposição de um sobre as demais por conta do número maior de 20

21 Capítulo 3 representantes. Assim, deve existir um processo estabelecido para a elaboração das normas de modo a assegurar o equilíbrio das diferentes opiniões. O princípio do consenso é um dos mais importantes e define o processo pelo qual um texto é submetido a apreciação, comentários e aprovação de uma comunidade, técnica ou não, a fim de que se obtenha um texto o mais próximo possível da realidade de aplicação. Tem o objetivo de atender aos interesses e às necessidades da comunidade. Assim, as decisões não são tomadas por votação, mas antes constrói-se um compromisso de interesse mútuo, em que as diversas partes chegam a um acordo. A regra do consenso não deve, portanto, ser confundida com unanimidade, uma vez que esta implicaria no direito de veto de uma parte. A construção do consenso é uma atividade laboriosa que requer o empenho de todos os participantes para ser logrado. Por isso, o processo de normalização requer tempo. Por vezes, o tempo pode parecer excessivo para as partes interessadas, em particular nos dias de hoje em que a velocidade da introdução de inovações tecnológicas é muito alta. Contudo, é importante destacar que a força das normas técnicas como meio de regulação do mercado deriva em grande parte do fato delas serem o resultado do consenso entre todos os interessados. Considerando-se que o uso das normas é, regra geral, voluntário, o consenso assegura que ela representa a solução aceitável para as partes interessadas, sem a predominância de nenhum interesse em particular. Desse modo, as regras que governam o processo estabelecido pelo organismo de normalização devem assegurar a busca do consenso de maneira eficaz e eficiente, sem o desperdício de tempo e demoras na sua elaboração. O princípio da atualização trata da necessidade das normas acompanharem a evolução tecnológica de maneira que as novas técnicas que vão sendo adotadas sejam incorporadas, evitando que iniba a inovação tecnológica. Nesse sentido, as normas técnicas devem ser periodicamente revisadas, de maneira a se assegurar que estão atualizadas em relação à tecnologia disponível e em uso. Por fim, o último princípio é o da transparência que trata de assegurar que o processo de normalização é aberto, público e previsível. É importante que todos os interessados possam tomar conhecimento do desenvolvimento das normas do seu interesse ou que possam vir a 21

22 afetá-los, estejam participando ativamente do processo ou não. Assim, a transparência implica que o processo de normalização deve ser aberto e dele deve-se dar publicidade de maneira a que os potenciais interessados ou afetados possam dele tomar conhecimento e participar se assim o entenderem. Cada país industrializado tem sua estrutura própria para desenvolvimento das normas técnicas nacionais. No Brasil, a entidade responsável pelo processo de normalização é a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, reconhecida formalmente pelo Estado através da Resolução Conmetro n o 07/1992 como o Fórum Nacional de Normalização. Tipicamente, o processo de normalização tem 4 etapas: planejamento; elaboração; aprovação; publicação. Na etapa de planejamento é que se decide que normas serão desenvolvidas. Inclui a identificação e qualificação das demandas, a caracterização dos temas a serem abordados, o estabelecimento de prioridades e o estabelecimento de um plano de normalização. É uma etapa de fundamental importância para se assegurar a relevância da atividade de normalização, pois é por meio dela que se assegura o desenvolvimento das normas necessárias para a sociedade; que estão realmente sendo demandadas pelas empresas e que esse atendimento à demanda é realizado levando-se em conta as prioridades que a própria sociedade reconhece. É na etapa de elaboração que os textos são desenvolvidos. É uma crítica tanto porque a qualidade dos textos normativos é diretamente dela decorrente, bem como a legitimidade percebida, pelas partes interessadas, do texto resultante. É talvez a etapa mais custosa do processo de normalização. De uma forma geral, esta atividade é efetuada por voluntários, representando as diversas partes interessadas. É de grande relevância o efetivo envolvimento da partes interessadas na etapa de desenvolvimento dos projetos de norma de maneira a se assegurar que estes: atendem às necessidades identificadas na fase de planejamento; 22

23 Capítulo 3 apresentam soluções aceitáveis para as partes interessadas sem criar distorções desnecessárias no mercado nem privilegiar nenhum interesse em particular em detrimento de outros; apresentam soluções eficazes; constituem-se em uma base efetiva para o desenvolvimento tecnológico do setor; são consideradas legítimas e, portanto, com boa probabilidade de serem utilizadas; adotam uma solução técnica proposta consistente, embasada cientificamente ou suportada pela experiência e é aceitável. Aqui se percebe, portanto, a importância da participação das empresas no processo de desenvolvimento das normas. É o momento em que os aspectos técnicos serão estabelecidos. Desse modo, é a ocasião em que as empresas podem influenciar decisivamente nos seus resultados, assegurando-se que a norma reflita de fato os seus interesses. Na etapa de aprovação, o texto proposto se converte formalmente numa norma técnica. Usualmente, envolve uma consulta mais ampla a um público que não participou do desenvolvimento do projeto de norma, na etapa anterior, de modo a que se possa assegurar que houve oportunidade para conhecimento e apreciação pelos interessados e que o projeto de norma não afeta adversamente nenhum interesse em particular de modo ilegítimo. Nessa etapa, o organismo de normalização procura assegurar que as entidades profissionais, empresariais e técnicas tomam conhecimento da consulta. A realização da consulta ampla é uma etapa necessária do processo de aprovação para se assegurar que: a norma resolve o problema proposto; levou em conta todos os interesses e a participação de todos os interessados; houve uma ampla consulta. Efetuada a consulta, os comentários e sugestões são consolidados e toma-se a decisão de aprovação formal da norma técnica. Por fim, na etapa de publicação a norma é disponibilizada para a sociedade. Usualmente, os organismos de normalização desenvolvem as suas atividades de maneira participativa, por meio de grupos ou comitês. Tipicamente são constituídos comitês técnicos para os temas ou 23

24 setores objeto da normalização, com a participação de representantes dos interessados. É no âmbito destes comitês que se desenvolvem as etapas de planejamento, desenvolvimento do projeto de norma e, pelo menos em parte, de aprovação, já descritos. Freqüentemente, os comitês desdobram-se em grupos de trabalho para desenvolvimento de atividades específicas. Dessa forma, percebe-se aqui a importância da participação das empresas no processo de normalização e de como esta participação é fundamental para a qualidade das normas resultantes e, também, para as empresas se assegurarem que os seus interesses são refletidos nas normas Normas nacionais A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos, fundada em Sua função central é gerenciar o processo de elaboração e revisão das normas técnicas brasileiras, As normas técnicas são elaboradas no âmbito dos denominados Comitês Brasileiros CB, ou das Comissões de Estudo Especiais CEE ou ainda dos Organismos Setoriais de Normalização ONS. Esses órgãos são constituídos por representantes das partes interessadas. Os CB e as CEE são órgãos internos da ABNT e os ONS são organizações reconhecidas formalmente pela ABNT como competentes para o desenvolvimento de normas em setores específicos. Cada comitê é formado por um conjunto de comissões de estudo, as quais discutem e preparam os textos das normas técnicas nacionais. Os comitês brasileiros são constituídos para cada conjunto de assuntos ou então para setores específicos da economia. Os comitês devem funcionar guiados pelas demandas da sociedade brasileira. No caso da indústria mecânica, vários ABNT/CB são responsáveis por normas técnicas que a afetam. Um exemplo é o ABNT/CB-04 Máquinas e equipamentos mecânicos, que tem como objetivo a normalização no campo de máquinas e equipamentos mecânicos, e normas básicas para projetos mecânicos, no que concerne a terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades. Outro comitê nacional diretamente relacionado com a indústria mecânica é o ABNT/CB-48 Máquinas rodoviárias, o qual atua para a normalização no campo de máquinas rodoviárias e afins, compreendendo classificação de uso, simbologia, 24

25 Capítulo 3 categorias, segurança, operação e manutenção, no que concerne à terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades. As comissões de estudo funcionam com uma composição tripartite, de representantes do setor produtivo, de consumidores ou usuários e de neutros (laboratórios, institutos de pesquisa, universidades, governo, etc), de forma que todas as partes interessadas naquele assunto específico possam participar do processo. A participação é aberta a qualquer interessado. Quando os membros da comissão de estudo atingem o consenso de que o texto da norma pode ser considerado pronto, encaminham tal texto para a administração central da ABNT que por sua vez o disponibiliza por um período de 60 dias a toda sociedade brasileira, num processo chamado de Consulta nacional. O texto fica disponível na internet ( e qualquer um, mesmo aqueles que não participaram do processo de discussão na comissão de estudo, pode votar se concorda ou não com o texto. Após esse prazo, o texto, os votos e os comentários recebidos retornam à comissão de estudo para análise. Se for considerado aprovado, o texto é posteriormente publicado pela ABNT como uma norma técnica brasileira, passando a ser a referência normativa nacional sobre determinado assunto. Se não for considerado aprovado, retorna para a comissão de estudo para que o revise, levando em conta os pontos e as questões levantados na consulta nacional, para seguir de novo todo o processo. Os comitês brasileiros, a partir das demandas das comissões de estudo, preparam anualmente um programa de trabalho, que inclui a lista dos assuntos a ser normalizados e as normas existentes que deverão ser revisadas. Os programas de trabalho de cada comitê compõe o Plano Anual de Normalização da ABNT. Deve-se aqui destacar que o planejamento da normalização é uma etapa de importância estratégica, pois que, ao se decidir que normas vão ser elaboradas, também está se decidindo sobre que normas não serão elaboradas, pelo menos no momento. De fato, os planos de normalização são uma verdadeira agenda estratégica setorial, o que significa que é conveniente que as empresas participem da sua discussão e formulação. A maneira de participar na concepção e elaboração dos planos dos Comitês Brasileiros é de duas formas: por 25

26 meio da participação nas comissões de estudo (e aqui deve-se notar que se limita esta participação aos temas que já são objeto de normalização, uma vez que já existe a comissão) ou então diretamente nos Comitês Brasileiros. O processo de planejamento varia um pouco de comitê para comitê. No caso dos ABNT/CB-4 e ABNT/CB-48, ambas as secretarias são desempenhadas pela ABIMAQ e uma consulta a essas secretarias orientará a melhor maneira de participar no processo de planejamento desses comitês. Para acompanhar o processo de planejamento dos demais comitês, a orientação é procurar as respectivas secretarias, cuja informação está disponível na página da ABNT na Internet. As comissões de estudo da ABNT estão sempre abertas para que qualquer pessoa possa participar do processo de normalização. A ABNT no início de 2008, conforme a tabela 4, contava com 55 Comitês Brasileiros e quatro Organismos de Normalização Setorial, envolvendo cerca de 750 Comissões de Estudo e a participação de cerca de técnicos nos trabalhos de normalização. As Normas Brasileiras são identificadas pela designação ABNT NBR seguida por um número. Por exemplo, ABNT NBR 6384 identifica a Norma Brasileira para classificação de metal duro, segundo grupos de usinagem. Tabela 2 Comitês brasileiros (CB e ONS) ABNT/CB ou ABNT/ONS 01 Mineração e Metalurgia 02 Construção Civil 03 Eletricidade 04 Máquinas e Equipamentos Mecânicos 05 Automotivo 06 Metro-Ferroviário 07 Navios, Embarcações e Tecnologia Marítima 08 Aeronáutica e Espaço 09 Gases Combustíveis 10 Química 11 Couro e Calçados 12 Agricultura e Pecuária 13 Bebidas 14 Finanças, Bancos, Seguros, Comércio, Administração e Documentação 26

27 Capítulo 3 Tabela 2 Comitês brasileiros (CB e ONS) (cont.) ABNT/CB ou ABNT/ONS 15 Mobiliário 16 Transporte e Tráfego 17 Têxteis e do Vestuário 18 Cimento, Concreto e Agregados 19 Refratários 20 Energia Nuclear 21 Computadores e Processamento de Dados 22 Isolação Térmica e Impermeabilização 23 Embalagem e Acondicionamento 24 Segurança contra incêndio 25 Qualidade 26 Odonto-Médico-Hospitalar 27 (*) Tecnologia Gráfica (ABTG Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) 28 Siderurgia 29 Celulose e Papel 30 Tecnologia Alimentar 31 Madeiras 32 Equipamentos de Proteção Individual 33 Joalheria, Gemas, Metais Preciosos e Bijuteria 34 (*) Petróleo (IBP Instituto Brasileiro de Petróleo) 35 Alumínio 36 Análises Clínicas e Diagnóstico In Vitro 37 Vidros Planos 38 Gestão Ambiental 39 Implementos Rodoviários 40 Acessibilidade 41 Minérios de Ferro 42 Soldagem 43 Corrosão 44 Cobre 45 Pneus e Aros 46 Áreas Limpas e Controladas 47 Amianto Crisotila 48 Máquinas Rodoviárias 49 Óptica e Instrumentos Ópticos 50 Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore Petróleo e Gás Natural 27

28 Tabela 2 Comitês brasileiros (CB e ONS) (cont.) 28 ABNT/CB ou ABNT/ONS 51 (*) Embalagem e Acondicionamento Plásticos (INP Instituto Nacional do Plástico) 52 Café 53 Normalização em Metrologia 54 Turismo 55 Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento 56 Carne e Leite 57 Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos 58 (*) Ensaios não-destrutivos (ABENDE Associação Brasileira de Ensaios Não- Destrutivos) 59 Fundição (*) Organismo de Normalização Setorial. ( Janeiro/2008.) Normas internacionais No nível internacional, as normas internacionais são desenvolvidas fundamentalmente no âmbito da International Organization for Standardisation ISO. Além da ISO, existem a International Electrotechnical Commission IEC, que cuida especificamente dos temas relacionados ao setor elétrico e eletrônico, e a International Telecommunications Union ITU-T (é um braço da ITU, que é um órgão da Organização das Nações Unidas ONU), que trata de questões relativas ao campo das telecomunicações. Há ainda outras organizações, como a Organização Marítima Internacional IMO, a Organização Mundial de Saúde OMS ou a Organização Internacional do Trabalho OIT, que, dentre as suas diversas atividades, também desempenham atividades de normalização. A ISO foi fundada em 1947 e é uma organização privada, sem fins lucrativos. É uma federação dos Organismos Nacionais de Normalização (ONN) e é reconhecida como um organismo internacional de normalização por organizações como a OMC. Seu papel é a elaboração das normas internacionais, por meio da conciliação dos interesses de fornecedores, consumidores, governos, comunidade científica e demais representantes da sociedade civil organizada. Atualmente (dados de Dezembro de 2007), a ISO conta com membros de 157 países, e existem

29 Capítulo 3 mais de documentos técnicos internacionais publicados (normas, guias, relatórios, especificações, entre outros). As normas são desenvolvidas no âmbito dos Comitês Técnicos (ISO/TC), que são constituídos pelos membros da ISO que neles se inscrevem como participantes (membros P) ou observadores (membros O). As decisões nos comitês são tomadas pelos membros P; estes têm a obrigação de votar em todos os assuntos formalmente submetidos a votação, e, sempre que possível, estar presente às reuniões internacionais. Já os membros O recebem as informações sobre o andamento dos trabalhos, mas não têm a obrigação de votar os documentos. Cada comitê tem uma secretaria técnica, que é assumida por um Organismo Nacional de Normalização, dentre os membros P do comitê. Quando necessário, os ISO/TC são subdivididos em subcomitês (ISO/SC), que funcionam da mesma maneira. São ainda constituídos grupos de trabalho (ISO/WG) para o desenvolvimento de temas específicos, como preparar uma minuta de norma. Em Janeiro de 2008, a ISO contava com 201 comitês, 542 subcomitês e grupos de trabalho, além de 63 outros grupos de estudo especiais (ad hoc). O programa de trabalho da ISO contava com itens de trabalho. Ao longo de 2007 foram realizadas 701 reuniões técnicas, correspondendo a cerca 7 reuniões em cada dia útil, em algum lugar do mundo. As normas ISO são voluntárias, cabendo aos seus membros decidirem se as adotam como normas nacionais ou não. Contudo, como as normas ISO são reconhecidas como as referências técnicas para o comércio internacional, é cada vez mais freqüente os países as adotarem como normas nacionais. Quando isto ocorre, as normas nacionais adotam também a designação que têm na ISO, complementada com o código nacional respectivo, de maneira a ficar claro que se trata da adoção na íntegra de uma norma ISO. Assim, por exemplo, no Brasil, a identificação ABNT NBR ISO 6892, significa que se trata da adoção com Norma Brasileira da norma ISO 6892, que é a norma para Materiais metálicos Ensaio de tração à temperatura ambiente. A participação na elaboração de normas da ISO é feita por intermédio da ABNT, pelos seus Comitês Brasileiros específicos. Assim, um ABNT/CB inscreve-se como membro-p ou membro-o, de acordo com a sua conveniência e recursos para a participação, quando então 29

30 passa a receber os textos em discussão. O Comitê analisa os textos e discute-os e então envia as posições brasileiras para o Comitê da ISO para consideração. Pode ainda participar fisicamente nas reuniões dos TC da ISO nos quais está inscrito, enviando delegações. As posições submetidas aos TC da ISO, bem como as delegações, devem apresentar posições de consenso nacionais sobre os temas em discussão. Cabe ao ABNT/CB construir estas posições de consenso nacionais. Especificamente, os ABNT/CB-4 e ABNT/CB-48 têm uma participação intensa nos trabalhos de normalização da ISO. Diversos ISO/TC tratam de assuntos do interesse da indústria mecânica brasileira e, conseqüentemente, os referidos ABNT/CB têm se articulado para participar da discussão de normas sobre esses assuntos. Como exemplo, pode-se mencionar os seguintes ISO/TC dos quais o ABNT/CB-4 participa: Como membro P: ISO/TC 10 documentação técnica de produtos; ISO/TC 11 caldeiras e vasos de pressão; ISO/TC 23 tratores e maquinaria para agricultura e silvicultura; ISO/TC 30 medição do escoamento de fluidos em condutos fechados; ISO/TC 39 máquinas ferramenta; ISO/TC 58 cilindros de gás; ISO/TC 108 vibração mecânica e choque; ISO/TC 113 hidrometria; ISO/TC 115 bombas; ISO/TC 153 válvulas; ISO/TC 164 testes mecânicos de metais; ISO/TC 199 segurança de maquinaria; ISO/TC 213 especificação e verificação dimensional e geométrica de produtos. Como membro O ISO/TC 01 Parafusos; ISO/TC 02 Roscas; ISO/TC 04 Rolamentos; ISO/TC 24 Peneiras, Peneiração e Métodos de Classificação; ISO/TC 29 Ferramentas Manuais; 30

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