NUTRIÇÃO EQÜINA. Alimentando o Cavalo Atleta. Fernando Queiroz de Almeida Instituto de Veterinária UFRRJ

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "NUTRIÇÃO EQÜINA. Alimentando o Cavalo Atleta. Fernando Queiroz de Almeida Instituto de Veterinária UFRRJ"

Transcrição

1 NUTRIÇÃO EQÜINA Alimentando o Cavalo Atleta Fernando Queiroz de Almeida Instituto de Veterinária UFRRJ

2 REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS ENERGIA PROTEÍNA MINERAIS VITAMINAS ÁGUA

3 ENERGIA DIETÉTICA Carboidratos não-estruturais Amido Sacarose Carboidratos estruturais Glicose Glicogênio Celulose AGV Glicose Hemiceluloses Triglicerídeos Lipídeos Ácidos graxos Triglicerídeos Glicerol Glicose

4 CARBOIDRATOS Compostos pelos elementos: Carbono (C) Hidrogênio (H) Oxigênio (O) (CH 2 O) n, onde n 3. Presença de Fósforo (P), Nitrogênio (N), Enxofre (S)

5 CARBOIDRATOS NOS VEGETAIS Metabolismo intermediário Armazenamento de energia Papel estrutural FIXAÇÃO DA ENERGIA FOTOSSINTÉTICA 6 CO H 2 O Kcal C 6 H 12 O O 2 Glicose

6 GLICOSE 6-P GLICOSE 1-P FRUTOSE 6-P SACAROSE 6-P GLICOSE SACAROSE CELULOSE AMIDO (Transporte) (Estrutural) (Armazenamento) LEHNINGER (1985).

7 CLASSIFICAÇÃO E ESTRUTURA AÇÚCARES: Moléculas relativamente simples Solúveis em água Monossacarídeos e Oligossacarídeos NÃO AÇÚCARES: Moléculas complexas Insolúveis em água ou formam soluções coloidais Polissacarídeos

8 AÇÚCARES: GLICOSE Ocorre livre em plantas, frutas, mel, sangue, LCR, etc Molécula básica para síntese do amido e da celulose Principal produto digestão de CHOs - monogástricos Fonte imediata de energia FRUTOSE Ocorre livre em folhas verdes, frutos e mel, na sacarose (dissacarídeo) e em frutosanas. Essencial no metabolismo como frutose-1- e 6-fosfato GALACTOSE Não ocorre na natureza, exceto como produto de fermentação. Combinada com a glicose forma a lactose, açúcar do leite.

9 AÇÚCARES: DISSACARÍDEOS SACAROSE: Ocorre na cana-de-açúcar e beterraba Glicose - Frutose MALTOSE: Produto da hidrólise do amido ou do glicogênio Glicose - Glicose LACTOSE: Ocorre no leite como produto da glândula mamária Galactose - Glicose CELOBIOSE: Produto da hidrólise da celulose.

10 POLISSACARÍDEOS AMIDO: Carboidratos de reserva das plantas. Amilose: Fração mais solúvel. De 10 a 20 % do amido. Polímero de glicose com ligações α-1,4. Amilopectina: Fração mais insolúvel. De 80 a 90 % do amido. Polímero de glicose com ligações α-1, 4 e α-1,6. GLICOGÊNIO: Armazenamento de glicose na célula animal. Forma prontamente mobilizável de glicose. CELULOSE: Polímero glicose unidas por ligações β-1,4. Função estrutural dos vegetais. É o composto orgânico mais abundante da biosfera. HEMICELULOSES: Associada à celulose na parede vegetal

11 Ligninas Não é um carboidrato, mas são encontradas em estreita associação com os carboidratos da parede celular. A celulose de células não lignificadas são facilmente degradadas pela microflora celulolítica do trato digestivo dos herbívoros. A proporção de ligninas que reveste a célula aumenta com a maturidade da planta e interfere com a digestão. FIBRA DIETÉTICA Polissacarídeos e ligninas não digeridos ou absorvidos no trato gastointestinal. (Van SOEST, 1985)

12 GORDURAS Uso dietético: Aumento da densidade energética Redução dos distúrbios digestivos associados com a ingestão de elevadas quantidades de carboidratos solúveis Redução do stress pelo calor Níveis usuais de 10% ou menos nas dietas

13 ENERGIA A energia não é um nutriente per se. É considerada a energia consumida que é convertida em outras formas de energia química, energia mecânica e calor que ocorre após várias reações enzimáticas e bioquímicas. O conteúdo energético de uma dieta determina a quantidade da dieta consumida por dia e, portanto afeta a ingestão dos outros nutrientes.

14 Medição da energia: A energia química dos alimentos é expressa em joules (J) (Sistema Internacional) e, também pode ser expressa em unidades de calorias (cal) 4,184 J = 1 cal 1cal é a quantidade de energia necessária para elevar 1g de água de 14,5C a 15,5C 1 Kcal = 1000 cal 1 Mcal = 1000 Kcal NRC - Calorias ou Joules INRA - Unite Fouragire Cheval (UFC) 1 UFC = 2250 Kcal

15 Conceitos de energia Energia Bruta (EB) - Energia Fecal Energia Digestível (ED) Energia Metabolizável (EM) Energia Líquida (EL) - Energia Urinária - Produção de Gases - Incremento calórico Energia de mantença Energia de produção

16 PROTEÍNA Cerca de 18% do organismo na base MSDeseng Requerimentos diários - função das perdas endógenas, deposição e secreção de proteínas Valor biológico - proteína de alta qualidade com níveis de aminoácidos próximos das exigências nutricionais dos animais

17 CLASSIFICAÇÃO Proteínas Simples - compostas por aminoácidos Proteínas Conjugadas - outros grupos químicos Ácido fosfórico - fosfoproteínas Carboidratos - glicoproteínas Lipídeos - lipoproteínas Pigmentos - cromoproteínas Ácidos Nucléicos - nucleoproteínas

18 ESTRUTURA

19 NITROGÊNIO PROTÉICO Elemento Composição (%) Carbono 51,0 a 55,0 Hidrogênio 6,5 a 7,3 Nitrogênio 15,5 a 18,0 Oxigênio 21,5 a 23,5 Enxofre 0,5 a 2,0 Fósforo 0,0 a 1,5 MAYNARD e LOOSLI (1974) PROTEÍNA DIETÉTICA = Teor de Nitrogênio x 6,25 Teor de médio de nitrogênio - 16,0% (100 / 16 = 6,25)

20 NITROGÊNIO NÃO-PROTÉICO Compostos Aminas Amidas Nitratos Alcalóides Exemplos Putrescina, Histamina, Tiramina, etc Uréia, Alantoína, Nitratos e Nitritos Ricina, Quinina, Solanina, etc. McDONALD et al. (1988)

21 AMINOÁCIDOS Descrição de cerca de 40 aminoácidos Exigências dos animais - 21 aminoácidos Essenciais Semi-essenciais Não essenciais Lisina Tirosina Ac. Glutâmico Treonina Cistina Glutamina Metionina Taurina Glicina Valina Arginina Serina Leucina Prolina Isoleucina Ac. Aspártico Histidina Asparagina Fenilalanina Triptofano Alanina

22 Aspectos Gerais da Digestão nos Eqüinos

23 EQÜINOS (Equus caballus) Herbívoros não-ruminantes Pastejadores Gramíneas, leguminosas e arbustos Estacionalidade - qualidade e quantidade (JANIS, 1976)

24 Considerações Anatômicas e Fisiológicas Estômago - pequeno, ingestão de pequenas quantidade de alimentos Taxa de passagem: de 1 a 5 horas Intestino delgado - duodeno, jejuno e íleo digestão enzimática 16 a 24 metros de comprimento Taxa média de passagem de 1,5 horas Intestino grosso - ceco, cólon e reto Digestão microbiana Taxa de passagem de 30 a 40 horas

25 Conteúdo total e parcial do trato gastrintestinal do eqüino, suíno e bovino Conteúdo total Estômago Intestino delgado Ceco Colon (+ reto) litros litros % litros % litros % litros % Suíno Equino Bovino WOLTER (1982)

26 CARBOIDRATOS CHO solúveis Digestão enzimática no intestino delgado Digestão microbiana no ceco-cólon CHO estruturais Digestão microbiana no ceco-cólon

27 LACTASE / SACARASE / MALTASE Atividade das dissacaridases na mucosa do intestino delgado de animais adultos de várias espécies (U / g proteína) Espécie Maltase Sacarase Lactase Equina Bovina ,7-5 Suína < 10 Canina Felina KIENZLE & RADICKE (1993)

28 AMILASE PANCREÁTICA Atividade da amilase pancreática no intestino delgado em diferentes espécies (unidade / g de mucosa / minuto) Sítios no intestino delgado Equino _ Récem-nascido ,99 0,42 0,27 2,51 5,05 _>1 semana < 1 ano 3,80 1,47 0,90 0,85 1,11 1,83 _ Adulto 3,42 2,31 2,89 2,35 2,79 1,83 Coelho 13,53 18,18 17,96 18,94 16,98 19,44 Suíno 13,10 15,40 18,60 12,20 25,60 10,20 Cão 55,50 74,90 46,10 45,50 46,70 15,80 WOLTER (1982)

29 Fatores que afetam a digestão pré-cecal do amido Fonte de amido: aveia > sorgo > milho > cevada Digestibilidade (%) Milho Aveia Sorgo Pré-cecal 78,2 91,1 94,3 _Relativa 80,3 94,9 97,2 Pós-ileal 72,7 33,1 40,5 _Relativa 19, ,8 Total 97,0 96,0 97,0 ARNOLD et al. (1983)

30 Efeito do volumoso Efeito da forragem na digestibilidade pré-cecal do amido de milho triturado consumo de amido (g/kg PV/refeição) tipo de forragem ingestão de forragem (g/kg PV/refeição) digestibilidade do amido (%) 1,1 feno de alfafa 12 65,0 2,2 feno de alfafa 9 60,3 3,2 feno de alfafa 6 54,7 3,4 feno de alfafa 3 66,0 2,2 forragem verde 4,9 47,3 2,2 feno de gramínea 3,9 20,0 KIENZLE (1994)

31 Processamento do amido Aumento da digestibilidade com o aumento da desintegração do grão e da estrutura do grânulo de amido Digestibilidade pré-cecal do amido (%) Processamento Aveia Milho Cevada Grão inteiro 83,5 28,9 - Laminado 85,2-21,4 Moído - 29,9 - Triturado - 45,6 - Triturado + amilase - 57,7 - Expandido - 90,1 - MEYER et al. (1993)

32 PROTEÍNA QUALIDADE x DIGESTIBILIDADE x REQUERIMENTOS Composição aminoacídica Proporção entre os aminoácidos Digestibilidade pré-cecal da proteína e aminoácidos Variabilidade na composição aminoacídica

33 AVALIAÇÃO DA PROTEÍNA DIETÉTICA Coeficiente de Digestibilidade (CD) MS Cons x (% PB) - MS Fecal x (%PB) CD Proteína (%) = x 100 MS Cons x (%PB) MS Cons x (%PB) - Fluxo MS Ileal x (%PB) CD Pré-cecal (%) = x 100 MS Cons x (%PB)

34 Digestibilidade aparente pré-cecal, pós-ileal e total da proteína do Feno de Capim Bermuda e do Feno de Alfafa Digestibilidade (%) Feno de Alfafa (15 % PB) Feno de Alfafa (18,1 % PB) Capim Bermuda (11,7 % PB) Pré-cecal 1,31 21,0 9,56 Relativa 1,98 28,45 16,77 Pós-ileal 65,66 66,88 52,5 Relativa 98,02 71,55 83,23 Total 66,10 73,84 57,05 GIBBS et al. (1988)

35 Digestibilidade aparente pré-cecal, pós-ileal e total da proteína de alimentos concentrados Digestibilidade (%) Milho 8,9% PB Aveia 13,5%PB Sorgo 10,3%PB F. Soja 48,65% PB F. Algodão 43,69% PB Pré-cecal 48,1 53,9 70,7 52,5 81,2 Relativa 49,4 60,9 75,9 59,9 95,5 Pós-ileal 97,8 75,1 76,5 83,7 20,1 Relativa 51,6 39,1 24,1 43,0 4,4 Total 98,1 88,5 93,1 92,1 84,9 GIBBS et al. (1996)

36 Efeito do volumoso no coeficiente de digestibilidade aparente dos nutrientes Item Proporção volumoso:concentrado ER 40:60 60:40 80:20 100:00 CDMS (%) 67,3 57,2 50,6 42,5 1 CDPB (%) 64,0 69,2 62,3 44,5 2 CDEB (%) 71,2 61,1 54,5 48,6 3 CDFDN (%) 44,6 51,3 43,4 47,4 46,7 CDFDA (%) 33,6 42,9 32,6 38,8 36,9 1 - Y = 82,67 0,40* X ( r 2 = 99,0) 2 - Y = 19,67 + 1,68* X 0,014* X 2 (R 2 = 100,0) 3 - Y = 84,85 0,37* X ( r 2 = 98,0) X - Nível de volumoso na dieta. * (P < 0,05) OLIVEIRA (2001)

37 Efeito do volumoso no CDPB 80,00 y = 19,67 + 1,68X - 0,014X 2 r 2 = 100,0 60,00 CDPB (%) 40,00 20,00 0, Nível de volumoso (% na dieta) Estimativa do coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta (CDPB) em função do nível de volumoso nas dietas.

38 Digestibilidades aparentes pré-cecal, pós-ileal e total da proteína dietética Nível de PB 7,45 10,26 13,23 16,04 18,51 ER Digestibilidade aparente da PB (%) Pré-cecal 35,42 48,88 46,78 43,05 44,24 Y= 44,81 Pós-ileal 22,19 28,82 50,44 53,33 66,24 1 Total 54,11 70,74 74,53 74,88 81,79 2 Digestibilidade aparente relativa da PB Pré-cecal 65,11 69,38 62,75 57,23 54,43 Pós-ileal 34,89 30,62 37,25 42,77 45,57 1 -Y= - 7, ,88804 * PB r 2 = 0, Y = 8, ,00134 * PB - 0, * PB 2 R 2 = 0,9407 (P < 0,05), pelo teste de t ALMEIDA et al (1998)

39 GORDURAS

40 Digestibilidade pré-cecal e pós-ileal do extrato etéreo em dietas para eqüinos contendo diferentes níveis de gordura animal Digestibilidade (%) Dieta Porcentagem de gordura na dieta Controle Pré-cecal 56,52 53,45 59,40 68,68 68,99 66,76 _ Relativa 90,88 87,12 92,88 99,36 104,16 103,22 Pós-ileal 11,27 13,53 4,65-4,30-12,35-12,22 _ Relativa 9,12 12,88 7,13 0,64-4,16-3,73 Total 62,92 63,39 65,76 68,70 65,99 64,23 SWINNEY et al. (1995)

41 Digestibilidade da fibra em detergente neutro (FDN), energia, proteína e matéria seca em dietas para eqüinos contendo diferentes níveis de gordura animal Dieta Porcentagem de gordura na dieta Digestibilidade (%) Controle FDN 56,31 58,34 59,94 60,59 53,71 49,18 Energia 70,62 71,12 71,38 74,05 68,96 69,00 Proteína 67,64 70,95 73,40 77,74 72,71 76,49 Matéria Seca 81,88 81,25 81,92 84,67 80,38 79,16 SWINNEY et al. (1995)

42 REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS Idade Raça Sexo Temperamento Estado nutricional Cavaleiro Umidade relativa Temperatura ambiente Treinamento NRC (1989)

43 Energia para Mantença Energia Digestível (ED = Mcal/kg) Peso Vivo (PV) : 200 a 600 kg: ED = 1,4 + 0,03 PV Peso Vivo (PV): maior que 600 kg: ED = 1,82 + 0,0383 PV - 0, PV 2

44 Energia para Atividade Física Energia Digestível (ED) Mcal/kg MS Dieta Leve - Passo, adestramento, trote lento, etc. ED = 1,25 x ED mantença Moderada - Trote rápido, concurso hípico, etc. ED = 1,50 x ED mantença Intensa - Corridas, pólo, enduro, tração, etc. ED = 2,0 x ED mantença

45 Exigências Energéticas para Atividade Física (Eqüino Kg PV) Atividade Exigência de Energia Digestível (Mcal) Mantença 16,40 16,40 16,40 16,40 16,40 16,40 4 h passo 1,00 1 h trote curto 2,75 1 h trote alongado / galope curto 6,15 4 h trote curto 11,00 1 h galope alongado ou salto 11,35 1 h trabalho intenso 19,35 Total 17,40 19,15 22,65 27,40 27,75 35,35 Percentual acima da mantença +6% +17% +38% +67% +69% +118% Fonte: FRAPE (1998)

46 PROTEÍNA Mantença - 40 g PB/Mcal/ED/dia Dieta de Mantença - 10% PB Dieta para Atividade Física - 11 a 12% PB Excesso de ingestão de proteína Redução de reabsorção renal de Ca e P Sobrecarga metabólica do fígado Aumento das exigências de água e eletrólitos Redução do rendimento atlético

47 Exigências de Proteína Bruta (g/dia) Peso Vivo (PV) Categoria 400 kg 500 kg 600kg Mantença Trabalho Leve Trabalho Moderado Trabalho Intenso FONTE: NRC (1989)

48 Água Qualidade - limpa Temperatura - fresca Abundância - suficiente, freqüente e regular Redução do Consumo - palatabilidade e acesso Redução na ingestão dos alimentos Redução no desempenho Predisposição aos distúrbios gastrointestinais

49 Exigência de água (litros/kg MS consumida) (Eqüino 500 Kg PV) Atividade Física Mantença Leve Moderada Intensa 3 3 a 4 4 a 6 7 a 10 Fonte: NRC (1989), FRAPE (1998) Perda de peso em eqüinos em competição Evento Perda de Peso (Kg) 1 Galope 4,5 a 7,3 Corrida m 5,5 a 15 Cross 3 horas 11 a 45 Enduro 80 km 30 a 50 1 Água - 90% da perda de peso Fonte: NRC (1989)

50 MINERAIS Suor - hipertônico em relação ao plasma Excreção de minerais pelo suor Sódio (Na), Potássio (K) e Cloro (Cl) Concentração de eletrólitos no plasma e suor dos eqüinos (mmol/l) Na K Cl Ca Mg Plasma 140 3,5-4, Suor FONTE: SNOW (1985)

51 Exigências diárias de Ca, P, Mg, K, Na, Cl e Fe (Eqüino kg PV) Nutriente Mantença Atividade Física Leve Moderada Intensa Cálcio (g) 20,0 25,0 30,0 40,0 Fósforo (g) 14,0 18,0 21,0 29,0 Magnésio (g) 7,5 9,4 11,3 15,1 Potássio (g) 25,0 31,2 37,4 50,0 Sódio (g) 10,0 20,0 50,0 125,0 Cloro (g) 10,0 25,0 70,0 175,0 Ferro (g) 0,2 0,3 0,6 1,2 FONTE: NRC (1989)

52 Programa Nutricional & Desempenho Atlético Potencial genético Incremento no desempenho x nutrição? Nutriente mágico? Dietas não balanceadas menor desempenho Dietas não balanceadas suplementação

53 Modalidades Esportivas Corridas - PSI, QM, Árabe e Trotadores Resistência - Árabe, MM, Crioula e Mestiços Concurso Hípico - Hanoveriana, BH Adestramento Clássico Concurso Completo de Equitação (CCE) Provas de Rédeas, Laço, Baliza, etc. Pólo

54 Particularidades do homem e do cavalo atleta Características Homem Cavalo 1 Velocidade máxima (km/h) Proporção de Músculo (% PV) Peso do coração (% PV) 0,40 0,86 Capacidade aeróbia + ++ Capacidade anaeróbia + ++ Glicogênio muscular Produção de lactato + ++ Poder tampão + ++ Sudorese Concentração de eletrólitos no suor + ++ Fibras musculares IIB IIA I Reservas energéticas (Kcal) ATP 1,2 9,1 Fosfocreatina 3,6 45,0 Glicogênio a Lipídeos a Eqüinos da raça Quarto de Milha FONTE: WOLTER (1992)

55 TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES Tipo I - Contração lenta Metabolismo aeróbio (oxidativo) Substrato: glicogênio e lipídeos Resistência Tipo IIB - Contração rápida Metabolismo anaeróbio (glicólise) Substrato: glicogênio Velocidade Tipo IIA - Contração rápida Metabolismo aeróbio (oxidativo) Substrato: glicogênio e lipídeos Velocidade e resistência

56 Atividade Concentração de Nutrientes na Dieta de Eqüinos (na MS) ED PB Lis Ca P Mg K Vit A Física Mcal/Kg (%) (%) (%) (%) (%) (%) (IU/Kg) Mantença 2,00 8,0 0,28 0,24 0,17 0,09 0, Leve 2,45 9,8 0,35 0,30 0,22 0,11 0, Moderada 2,65 10,4 0,37 0,31 0,23 0,12 0, Intensa 2,85 11,4 0,40 0,35 0,25 0,13 0, Fonte: NRC (1989)

57 Consumo Dietético nos Eqüinos (% PV) Categoria Volumoso Concentrado Total Volumoso: Concentrado Vol Conc (%) (%) Mantença 1,5 2,0 0 0,5 1,5 2, Leve 1,0 2,0 0,5 1,0 1,5 2, Moderada 1,0 2,0 0,75 1,5 1,75 2, Intensa 0,75 1,5 1,0 2,0 2,0 3, Fonte: NRC (1989)

58 Forragens Composição química e consumo de forragens Composição (%) Consumo de MS (g MS/dia) Forrageira PB FDA Kg 0,75 % PV Alfafa 23,5 34,1 129,8 3,0 Lab-Lab 15,4 41,3 109,1 2,4 Soja Perene 12,1 51,4 95,2 2,1 Capim Jaraguá 9,8 45,0 101,5 2,1 Capim Coast-cross-1 6,9 43,6 83,2 1,8 Capim Estrela 10,0 47,6 67,2 1,4 Capim Colonião 4,3 53,4 76,5 1,7 Fonte: Adaptado de TOSI (1989)

59 Valor Nutritivo das Forragens EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO - ED e CDPB ED = 4,22 0,11 FDA + 0,332 PB + 0,00112 (FDA) 2 (R 2 = 0,80) CDPB (%) = - 2,5 + 0,74 PB NRC (1989) ED = 5,0285-0,0144 MO - 0,0424 FDA (R² = 0,89) ED = 3,7868-0,044 FDA (R² = 0,87) CDPB (%) = 38, ,7381 PB (r² = 0,53) ALMEIDA et al. (1999)

60 Alimentos Concentrados Aveia - inteira ou laminada Fibra Energia digestível Densidade Milho - triturado, moído ou extrusado Energia digestível Proteína bruta Digestibilidade do amido Sorgo / Farelo de trigo / Melaço

61 Alimentos Concentrados Óleo Vegetal / Gordura Animal Densidade energética Pulverulência Dieta total - 5 a 20% Concentrado Protéico Farelo de soja Farelo de algodão Farinha de glúten de milho

62 Manejo da Alimentação Alimentar o cavalo individualmente Avaliar com freqüência o peso e condição corporal Fornecer a dieta três a quatro vezes durante o dia em intervalos regulares e pontuais Período noturno - fornecer maior quantidade de feno para maximizar as reservas intestinais de energia, água e eletrólitos

63 Manejo da Alimentação Fornecer 1/3 da dieta (0,75 a 1,0% PV) como volumoso de boa qualidade Umedecer os alimentos muito pulverulentos Fornecimento de água - à vontade Sal mineral - disponível no cocho

64 Alimentação no dia da competição

65 Cavalos em Desempenho Máximo Exercício de Curta Duração Esforço anaeróbio Duração de ± 3 minutos PSI e QM Minimizar peso corporal Feno - remover 12 horas antes do evento Ração - suspender 8 horas antes do evento Água - sem restrições

66 Cavalos em Desempenho Moderado Exercício de Média Duração FC entre 50 a 75% da FC máxima Exercícios por várias horas Várias disciplinas eqüestres Feno - freqüente, pequenas quantidades Ração - suspender 8 horas antes do evento Água - sem restrições

67 Cavalos em Exercício de Longa Duração e Baixa Intensidade Exercícios durante todo o dia Competições de Enduro Feno - acesso livre a foragem de alta qualidade Fibra - alta digestibilidade e baixa conteúdo protéico Ração - suspender ou reduzir durante o evento Água - sem restrições Eletrólitos - fornecer antes e início do evento (prevenir desidratação intensa)

68 Conclusões

69 TREINAMENTO ADEQUADO DIETA BALANCEADA VELOCIDADE RESISTÊNCIA

70

MANEJO ALIMENTAR DO CAVALO ATLETA

MANEJO ALIMENTAR DO CAVALO ATLETA MANEJO ALIMENTAR DO CAVALO ATLETA SUYANNE CRUZ CRMV 2297 COORDENADORA TÉCNICA DE EQUINOS INTRODUÇÃO Causo Dados do CA$H 2 anos QM 450Kg Adquirido em Leilão Excelente Genética Manejo Para Corrida... Suplementos

Leia mais

NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS

NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS IMPORTÂNCIA Conhecer fundamentos básicos de nutrição avaliar dietas e alimentos Interações entre nutrientes e o animal Exigências Cães e gatos Quantidade diária de nutrientes Manejo

Leia mais

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PRODUÇÃO DE LEITE EM SISTEMAS PASTORIS

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PRODUÇÃO DE LEITE EM SISTEMAS PASTORIS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PRODUÇÃO DE LEITE EM SISTEMAS PASTORIS Fatores que determinam o sistema de produção de leite Terra área/limitações Capital investimento/tecnologia Mão de obra capacitação/tecnologia

Leia mais

Biologia Molecular (Parte I)

Biologia Molecular (Parte I) Biologia Molecular (Parte I) Introdução 1. Substâncias Inorgânicas 1.1. Água A água faz pontes de hidrogênio Polaridade Propriedades da água Solvente Universal Participa de reações químicas vitais Adesão

Leia mais

Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos. Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos 28/08/2012

Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos. Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos 28/08/2012 Animais Monogástricos Digestão e Absorção de Carboidratos Animais monogástricos e ruminantes Prof. Dr. Bruno Lazzari de Lima Principais fontes de glicídeos: Polissacarídeos. Amido. Glicogênio. Dextrinas.

Leia mais

MACRONUTRIENTES INTRODUÇÃO

MACRONUTRIENTES INTRODUÇÃO MACRONUTRIENTES I INTRODUÇÃO Dos elementos químicos encontrados na natureza, quatro são encontrados com maior frequência na composição química dos seres vivos. Esses elementos são o carbono (C), o oxigênio

Leia mais

Metabolismo dos Glicídios

Metabolismo dos Glicídios QUÍMCA E BIOQUÍMICA Curso Técnico em Nutrição e Dietética Metabolismo dos Glicídios Professor: Adriano Silva Os hidratos de carbono são as biomoléculas mais abundantes do nosso planeta 100b de toneladas

Leia mais

NUTRIÇÃO DO CAVALO ATLETA

NUTRIÇÃO DO CAVALO ATLETA NUTRIÇÃO DO CAVALO ATLETA Fernando Queiroz de Almeida Instituto de Veterinária Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro EQUINOS (Equus caballus) Herbívoros não-ruminantes Pastejadores Gramíneas, leguminosas

Leia mais

NRC Gado Leiteiro Nutrição para máxima eficiência produtiva e reprodutiva

NRC Gado Leiteiro Nutrição para máxima eficiência produtiva e reprodutiva Gado de Leite 1/34 NRC Gado Leiteiro Nutrição para máxima eficiência produtiva e reprodutiva Antonio Ferriani Branco /34 Animais não têm exigência para um alimento específico Os alimentos consumidos são

Leia mais

PROTEÍNA. Lisina (ARC 1981) Aminoácidos Essenciais. Aminoácidos Essenciais - suínos. Fenilalanina Arginina

PROTEÍNA. Lisina (ARC 1981) Aminoácidos Essenciais. Aminoácidos Essenciais - suínos. Fenilalanina Arginina omposição de um Protetor Hepático comercial PROTEÍNA Fórmula: Aspartato de L-ornitina...2,0 g loridrato de L-arginina...7,5 g L-citrulina...0,5 g Acetil metionina...1,0 g loridrato de colina...1,0 g Levulose...10,0

Leia mais

NUTRIENTES. Profª Marília Varela Aula 2

NUTRIENTES. Profª Marília Varela Aula 2 NUTRIENTES Profª Marília Varela Aula 2 NUTRIENTES NUTRIENTES SÃO SUBSTÂNCIAS QUE ESTÃO INSERIDAS NOS ALIMENTOS E POSSUEM FUNÇÕES VARIADAS NO ORGANISMO. PODEM SER ENCONTRADOS EM DIFERENTES ALIMENTOS, POR

Leia mais

Nutritime. Uso do concentrado protéico de arroz na dieta de suínos, aves e peixes (salmão e truta).

Nutritime. Uso do concentrado protéico de arroz na dieta de suínos, aves e peixes (salmão e truta). Uso do concentrado protéico de arroz na dieta de suínos, aves e peixes (salmão e truta). 1) Caracterização O concentrado protéico de arroz (CPA) é um produto oriundo do processamento do arroz para produção

Leia mais

Felipe Couto Uchoa Eng. Agr. M.Sc

Felipe Couto Uchoa Eng. Agr. M.Sc Felipe Couto Uchoa Eng. Agr. M.Sc - Pai, Ferrari é um carro vermelho, que tem um cavalinho? - Exatamente, meu filho, porque? - Acho que vi uma, acabou de passar pela gente... Conjunto de processos implicados

Leia mais

Biologia Molecular - I. Prof. Fernando Belan - Classe A

Biologia Molecular - I. Prof. Fernando Belan - Classe A Biologia Molecular - I Prof. Fernando Belan - Classe A Introdução CHONPS Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio, Fósforo e Enxofre. Moléculas Orgânicas > Proteínas e Ácidos Nucleicos; Carboidratos,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE DISCIPLINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE DISCIPLINA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE DISCIPLINA DEPARTAMENTO: TECNOLOGIA E CIÊNCIA DOS ALIMENTOS IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA: CÓDIGO NOME ( T - P ) TCA 1004 BROMATOLOGIA ANIMAL (2-3) OBJETIVOS

Leia mais

Emprego de matérias primas para pet food que não competem com a alimentação humana. Márcio Antonio Brunetto FMVZ/USP

Emprego de matérias primas para pet food que não competem com a alimentação humana. Márcio Antonio Brunetto FMVZ/USP Emprego de matérias primas para pet food que não competem com a alimentação humana Márcio Antonio Brunetto FMVZ/USP Sub-ordem Caniformia Classe Mamíferos Ordem Carnivora Sub-ordem Feliformia Canedae Procyonidae

Leia mais

COMPONENTES ORGÂNICOS: CARBOIDRATOS. Glicídios ou Açúcares

COMPONENTES ORGÂNICOS: CARBOIDRATOS. Glicídios ou Açúcares COMPONENTES ORGÂNICOS: CARBOIDRATOS Glicídios ou Açúcares COMPOSIÇÃO DOS CARBOIDRATOS Compostos constituídos principalmente de: Carbono, Hidrogênio Oxigênio Principal fonte de energia para os seres vivos.

Leia mais

Professor Antônio Ruas

Professor Antônio Ruas Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: BIOLOGIA GERAL Aula 4 Professor Antônio Ruas 1. Temas: Macromoléculas celulares Produção

Leia mais

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS METABOLISMO DE CARBOIDRATOS FACULDADE UNIÃO DE GOYAZES Prof. MSc. Jean Carlos Rodrigues Lima CRN 1/6002 SISTEMA DIGESTIVO DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS BOCA: - Mastigação reduz tamanho das partículas - Secreções

Leia mais

Felipe Couto Uchoa Eng. Agr. M.Sc

Felipe Couto Uchoa Eng. Agr. M.Sc Felipe Couto Uchoa Eng. Agr. M.Sc ? Entendimento do sistema digestivo FUNDAMENTOS Uso eficiente de Volumosos Hábitos alimentares Uso dados científicos Nível de desempenho CONCEITOS Pasto x Baias Pastagens,

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica CARBOIDRATOS

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica CARBOIDRATOS Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica CARBOIDRATOS Prof. Raimundo Jr MSc Carboidratos Características gerais: São os compostos mais abundantes Possuem diferentes

Leia mais

Professor Antônio Ruas

Professor Antônio Ruas Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: BIOLOGIA GERAL Aula 4 Professor Antônio Ruas 1. Temas: Macromoléculas celulares Produção

Leia mais

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto Bioquímica: orgânicos e inorgânicos necessários à vida Leandro Pereira Canuto Toda matéria viva: C H O N P S inorgânicos orgânicos Água Sais Minerais inorgânicos orgânicos Carboidratos Proteínas Lipídios

Leia mais

AVALIAÇÃO DE CONCENTRADO PROTEICO DE SOJA SELECTA EM PEIXES

AVALIAÇÃO DE CONCENTRADO PROTEICO DE SOJA SELECTA EM PEIXES AVALIAÇÃO DE CONCENTRADO PROTEICO DE SOJA SELECTA EM PEIXES Banco de dados de digestibilidade dos nutrientes de ingredientes tradicionais e novos para nutrição de Truta e Striped Bass F.T. Barrows 1, T.G.

Leia mais

INTRODUÇÃO METABOLISMO DA ENERGIA BALANÇO ENERGÉTICO A ENERGIA ENERGIA DOS ALIMENTOS 19/06/2013 NUTRIENTES FORNECEDORES DE ENERGIA

INTRODUÇÃO METABOLISMO DA ENERGIA BALANÇO ENERGÉTICO A ENERGIA ENERGIA DOS ALIMENTOS 19/06/2013 NUTRIENTES FORNECEDORES DE ENERGIA METABOLISMO DA ENERGIA BALANÇO ENERGÉTICO MESTRANDA: JUPYRA DURÃES SATIRO DOS SANTOS. ORIENTADOR: ALEXANDRE LESEUR CO- ORIENTADOR: JOSÉ ANTONIO DE FREITAS LINHA DE PESQUISA: PRODUÇÃO ANIMAL INTRODUÇÃO

Leia mais

A Química da Vida. Gabriela Eckel

A Química da Vida. Gabriela Eckel A Química da Vida Gabriela Eckel Água A água é um composto químico formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Sua fórmula química é H2O. Porém, um conjunto de outras substâncias como, por

Leia mais

Boca -Faringe - Esôfago - Estômago - Intestino Delgado - Intestino Grosso Reto - Ânus. Glândulas Anexas: Glândulas Salivares Fígado Pâncrea

Boca -Faringe - Esôfago - Estômago - Intestino Delgado - Intestino Grosso Reto - Ânus. Glândulas Anexas: Glândulas Salivares Fígado Pâncrea Sistema Digestório Boca -Faringe - Esôfago - Estômago - Intestino Delgado - Intestino Grosso Reto - Ânus Glândulas Anexas: Glândulas Salivares Fígado Pâncrea A maioria dos mamíferos mastiga o alimento

Leia mais

Metabolismo energético e digestão de amido em gado de leite: o que se sabe e que ferramentas podem melhorar o desempenho

Metabolismo energético e digestão de amido em gado de leite: o que se sabe e que ferramentas podem melhorar o desempenho Metabolismo energético e digestão de amido em gado de leite: o que se sabe e que ferramentas podem melhorar o desempenho MARCOS NEVES PEREIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS Curva de lactação e consumo

Leia mais

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga CARBOIDRATOS Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza. Para muitos carboidratos, a fórmula geral é: [C(H2O)]n, daí o nome "carboidrato", ou "hidratos de carbono" -São moléculas que

Leia mais

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Alexandre Havt Gliconeogênese Fontes de Energia para as Células Definição Via anabólica que ocorre no fígado e, excepcionalmente

Leia mais

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo.

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo. Oi, Somos do curso de Nutrição da Universidade Franciscana, e esse ebook é um produto exclusivo criado pra você. Nele, você pode ter um gostinho de como é uma das primeiras aulas do seu futuro curso. Ficou

Leia mais

CABOIDRATOS, FIBRAS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E ÁGUA

CABOIDRATOS, FIBRAS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E ÁGUA CABOIDRATOS, FIBRAS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E ÁGUA ÁGUA É o componente majoritário dos seres vivos; Na carne pode chegar a 70% e nas verduras até 95%; É o solvente universal; Desempenha diversas funções:

Leia mais

O papel da suplementação na Pecuária Leiteira

O papel da suplementação na Pecuária Leiteira O papel da suplementação na Pecuária Leiteira Nutrição e Suplementação... São a mesma coisa? Nutrição / Desnutrição Nutrição / Desnutrição Nutrição / Desnutrição Nutrição É o processo biológico pelo qual

Leia mais

Princípios de formulação de alimentos para cães e gatos. Aulus Carciofi

Princípios de formulação de alimentos para cães e gatos. Aulus Carciofi Princípios de formulação de alimentos para cães e gatos Formulação É o atendimento das exigências nutricionais dos animais por meio da combinação de ingredientes Nutrição Alimentação Alimentos (ingredientes)

Leia mais

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes CONCEITOS BÁSICOS ESPORTISTA - Praticante de qualquer atividade física com o intuito da melhoria da saúde ou de lazer, sem se preocupar com alto rendimento. ATLETA

Leia mais

Função. Fonte de energia. Reserva de energia. Função estrutural 29/03/2012. Função, digestão e disponibilidade e metabolismo dos carboidratos

Função. Fonte de energia. Reserva de energia. Função estrutural 29/03/2012. Função, digestão e disponibilidade e metabolismo dos carboidratos Significacarbonohidratados(CH 2 O) n Sintetizados plantas e bactérias Fonte primária de energia Principal carboidrato: glicose Professor Luciano Hauschild 1 Função Fonte de energia Função, digestão e disponibilidade

Leia mais

3/6/2010. Biomoléculas orgânicas mais abundantes na

3/6/2010. Biomoléculas orgânicas mais abundantes na Universidade Federal de Mato Grosso Disciplina de Bioquímica Bioquímica dos Carboidratos Prof. Msc. Reginaldo Vicente Ribeiro Introdução Carboidratos são polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas ou substâncias

Leia mais

Prof. Raul Franzolin Neto Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Universidade de São Paulo Campus de Pirassununga E_mail:

Prof. Raul Franzolin Neto Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Universidade de São Paulo Campus de Pirassununga E_mail: INGESTÃO DE ALIMENTOS Prof. Raul Franzolin Neto Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Universidade de São Paulo Campus de Pirassununga E_mail: rfranzol@usp.br 1 RUMINANTES E SELEÇÃO DE ALIMENTOS

Leia mais

MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO

MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO RECOMENDAÇÃO - AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ATLETA 60-70% CHO ENDURANCE - 1,2 1,4g/ kg PTN FORÇA -

Leia mais

Exigências nutricionais e manejo de alimentação dos animais Genetiporc

Exigências nutricionais e manejo de alimentação dos animais Genetiporc Exigências nutricionais e manejo de alimentação dos animais Genetiporc Sumário INTRODUÇÃO...........................................................................................................................04

Leia mais

Nutrição Animal: Carboidratos

Nutrição Animal: Carboidratos UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO/ CAMPUS DE SINOP CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA Nutrição Animal: Carboidratos Douglas dos Santos Pina Carboidratos: Abrangem

Leia mais

CIÊNCIAS - ALIMENTOS. Prof. Mário Castro 1º Bimestre CEF 02 ESCOLA PAROQUIAL

CIÊNCIAS - ALIMENTOS. Prof. Mário Castro 1º Bimestre CEF 02 ESCOLA PAROQUIAL CIÊNCIAS - ALIMENTOS Prof. Mário Castro 1º Bimestre - 2014 CEF 02 ESCOLA PAROQUIAL NUTRIÇÃO Nutrição: É o conjunto de processo integrados que envolve a digestão, respiração, circulação e excreção. Digestão:

Leia mais

Conceitos atuais do metabolismo de aminoácidos e proteínas na glândula mamária de ruminantes lactantes

Conceitos atuais do metabolismo de aminoácidos e proteínas na glândula mamária de ruminantes lactantes Universidade Federal de Pelotas www.ufpel.edu.br/nupeec Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária Conceitos atuais do metabolismo de aminoácidos e proteínas na glândula mamária de ruminantes lactantes

Leia mais

Alimentos fonte e importância de nutrientes na dieta. Deborah Bauer - Nutricionista Mestranda em Alimentos e Nutrição (UNIRIO)

Alimentos fonte e importância de nutrientes na dieta. Deborah Bauer - Nutricionista Mestranda em Alimentos e Nutrição (UNIRIO) Alimentos fonte e importância de nutrientes na dieta Deborah Bauer - Nutricionista Mestranda em Alimentos e Nutrição (UNIRIO) Alimentos x Nutrientes? Água Minerais Carboidratos Alimentos Vitaminas?Compostos

Leia mais

Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Carboidratos e metabolismo

Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Carboidratos e metabolismo Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Carboidratos e metabolismo Profª Larissa dos Santos Carboidratos Os carboidratos (também conhecidos como oses, osídeos, glicídios ou simplesmente

Leia mais

Carboidrato. Curso: Farmácia 3º período Prof. Helder Braz Maia

Carboidrato. Curso: Farmácia 3º período Prof. Helder Braz Maia Carboidrato Curso: Farmácia 3º período Prof. Helder Braz Maia Introdução O que são os carboidratos? Conhecidos como hidratos de carbono, sacarídeos ou açúcares; São as biomoléculas mais abundantes na natureza.

Leia mais

DIGESTÃO É UMPROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

DIGESTÃO É UMPROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO OS NUTRIENTES TODA A SUBSTANCIA PRESENTE NA ALIMENTAÇÃO QUE PODE SER APROVEITADA PELO ORGANISMO HUMANO E DE OUTROS ANIMAIS PARA A MANUTENÇÃO DE SUAS ATIVIDADES É DENOMINADA NUTRIENTES. DIGESTÃO É UMPROCESSO

Leia mais

Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Proteínas

Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Proteínas Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Proteínas Profª Larissa dos Santos Introdução As proteínas (ou também conhecidas como polipeptídeos) são as macromoléculas mais abundantes

Leia mais

ALBUMINA. Proteína do ovo como suplemento

ALBUMINA. Proteína do ovo como suplemento ALBUMINA Proteína do ovo como suplemento INTRODUÇÃO Composto 100% natural, obtido da pasteurização e da secagem instantânea da clara de ovo, sem qualquer tipo de conservantes. A proteína é o elemento fundamental

Leia mais

Composição química. Profª Maristela. da célula

Composição química. Profª Maristela. da célula Composição química Profª Maristela da célula Compostos inorgânicos Água Sais minerais Compostos orgânicos Carboidratos Lipídios Proteínas Ácidos nucleicos Vitaminas Água Solvente universal Atua no transporte

Leia mais

EQUINOS RAÇÕES, SUPLEMENTOS MINERAIS E TECNOLOGIAS

EQUINOS RAÇÕES, SUPLEMENTOS MINERAIS E TECNOLOGIAS EQUINOS RAÇÕES, SUPLEMENTOS MINERAIS E TECNOLOGIAS NUTRINDO OS CICLOS DA VIDA O Grupo Premix tem como objetivo oferecer soluções integradas em nutrição. Com a missão de contribuir para evolução do agronegócio,

Leia mais

Composição química da célula

Composição química da célula Composição química da célula Introdução Evidência da evolução Todas as formas de vida tem a mesma composição química! Substâncias inorgânicas Substâncias orgânicas Água e sais minerais Carboidratos, lipídios,

Leia mais

BIOQUÍMICA CELULAR. Ramo das ciências naturais que estuda a química da vida. Prof. Adaianne L. Teixeira

BIOQUÍMICA CELULAR. Ramo das ciências naturais que estuda a química da vida. Prof. Adaianne L. Teixeira BIOQUÍMICA CELULAR Ramo das ciências naturais que estuda a química da vida Prof. Adaianne L. Teixeira Principais elementos químicos dos seres vivos CARBONO (C) (Essencial) HIDROGÊNIO (H) OXIGÊNIO (O) NITROGÊNIO

Leia mais

Monômero. Dímero O P S. Polímero

Monômero. Dímero O P S. Polímero C H Monômero Dímero N O P S Polímero H 2 O Reação de síntese + H 2 O Síntese por desidratação Carboidratos São moléculas orgânicas ligadas ao fornecimento imediato de energia. Participam da composição

Leia mais

A Mandioca na Alimentação Animal

A Mandioca na Alimentação Animal XIII Congresso Brasileiro da Mandioca A Mandioca na Alimentação Animal Botucatu- SP 16 de Julho de 2009 João Luís Homem de Carvalho jluizhc@uol.com.br POR QUE UTILIZAR A MANDIOCA, PLANTA INTEGRAL, NA ALIMENTAÇÃO

Leia mais

Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos

Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos 1/9 /9 3/9 POLPA CÍTRICA Coproduto do processamento de laranjas, limões, tangerinas e outras frutas cítricas; É o resíduo que permanece depois da extração do suco, representam 50-70% do peso da fruta original;

Leia mais

Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão

Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Multidisciplinar 1/21 Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão Antonio Ferriani Branco 2/21 As exigências de cálcio (NRC, 2001) Coeficiente de absorção de 30% para forrageiras

Leia mais

Ruminantes. Ovinicultura e caprinicultura: Alimentação e Nutrição. Bovinos Ovinos Caprinos. Bufalos Girafas Veados Camelos Lamas

Ruminantes. Ovinicultura e caprinicultura: Alimentação e Nutrição. Bovinos Ovinos Caprinos. Bufalos Girafas Veados Camelos Lamas Ruminantes Ovinicultura e caprinicultura: Alimentação e Nutrição 2015, Hugo Novo e Laura Moura Anatomia e Fisiologia do Sistema Digestivo Bovinos Ovinos Caprinos Bufalos Girafas Veados Camelos Lamas Anatomia

Leia mais

BIOQUÍMICA. Profª Renata 9º ano / 2018

BIOQUÍMICA. Profª Renata 9º ano / 2018 BIOQUÍMICA Profª Renata 9º ano / 2018 Sais minerais Proteínas Estão presentes em pequenas quantidades nas células. Substâncias inorgânicas. São essenciais para o metabolismo. A carência de sais minerais

Leia mais

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA. Prof.(a):Monyke Lucena

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA. Prof.(a):Monyke Lucena COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA Prof.(a):Monyke Lucena Composição Química da Célula Substâncias Inorgânicas Substâncias Orgânicas Água Sais Minerais Carboidratos Lipídios Proteínas Ácidos Nucléicos Composição

Leia mais

Energia: medidas e. necessidade

Energia: medidas e. necessidade Energia: medidas e necessidade Bioenergética Energia é quantitativamente o item mais importante da dieta do animal. Todos os padrões alimentares se baseiam nas necessidades energéticas. Definição => energia

Leia mais

RAÇÃO ALGOMIX SUÍNOS PRÉ-INICIAL

RAÇÃO ALGOMIX SUÍNOS PRÉ-INICIAL Classificação do Produto: Ração para suínos pré-inicial. Indicação do Produto: Ração pronta para alimentação de suínos em fase pré-inicial (07 a 35 dias de idade). Espécie animal a que se destina: Suínos.

Leia mais

Constituintes químicos dos seres vivos

Constituintes químicos dos seres vivos REVISÃO Bioquímica Constituintes químicos dos seres vivos S A I S I N O R G Â N I C O S CARBOIDRATOS São denominados: açúcares, hidratos de carbono, glicídios ou glicosídeos Energia para o trabalho celular

Leia mais

SISTEMA DIGESTÓRIO. 8º ano/ 2º TRIMESTRE Prof Graziela Costa 2017

SISTEMA DIGESTÓRIO. 8º ano/ 2º TRIMESTRE Prof Graziela Costa 2017 SISTEMA DIGESTÓRIO 8º ano/ 2º TRIMESTRE Prof Graziela Costa 2017 Tubo Digestório Boca -Faringe - Esôfago - Estômago - Intestino Delgado - Intestino Grosso Reto - Ânus Glândulas Anexas: Glândulas Salivares

Leia mais

Volumosos. Volumosos. Volumosos. Volumosos. Alimentos utilizados na alimentação Animal. Marinaldo Divino Ribeiro

Volumosos. Volumosos. Volumosos. Volumosos. Alimentos utilizados na alimentação Animal. Marinaldo Divino Ribeiro Alimentos utilizados na alimentação Animal Marinaldo Divino Ribeiro EMV Depto de Produção ão Animal - UFBA Alimentos Volumosos (pelo menos 25% de de FDN na na MS) MS) Concentrados Outros Forragens secas

Leia mais

Monossacarídeos. açúcares simples. Monossacarídeos. Carboidratos formados por C, H, O

Monossacarídeos. açúcares simples. Monossacarídeos. Carboidratos formados por C, H, O Carboidratos formados por C, H, O Bioquímica Profa. Janara Glicídios, glícides, glucídeos, açúcares ou hidratos de carbono; 3grupos: - monossacarídeos - dissacarídeos - polissacarídeos 1 2 Monossacarídeos

Leia mais

Uso de amilase exógena na nutrição de vacas em lactação: melhorando a utilização de nutrientes e desempenho animal. Marcos Neves Pereira

Uso de amilase exógena na nutrição de vacas em lactação: melhorando a utilização de nutrientes e desempenho animal. Marcos Neves Pereira Uso de amilase exógena na nutrição de vacas em lactação: melhorando a utilização de nutrientes e desempenho animal Marcos Neves Pereira Digestão do amido Digestibilidade aparente do amido no trato digestivo

Leia mais

BIOLOGIA Biologia Molecular 1ª parte

BIOLOGIA Biologia Molecular 1ª parte BIOLOGIA Biologia Molecular 1ª parte Professora: Brenda Braga 2015 Substâncias Inorgânicas Água Participa de reações químicas A água faz ligações de hidrogênio. Dissolve substâncias (hidrofílicas). Sua

Leia mais

Bioquímica Prof. Thiago

Bioquímica Prof. Thiago Bioquímica Prof. Thiago Glicídios, Carboidratos formados por C, H, O glícides, glucídeos, açúcares ou hidratos de carbono; 3 grupos: - monossacarídeos - dissacarídeos - polissacarídeos Monossacarídeos

Leia mais

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula Genética

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula Genética Prof. Marcelo Langer Curso de Biologia Aula Genética CÓDIGO GENÉTICO Uma linguagem de códons e anticódons, sempre constituídos por 3 NUCLEOTÍDEOS. 64 CODONS = 4 tipos diferentes de nucleotídeos, combinação

Leia mais

UNIVERSO TERRA SERES VIVOS ORIGEM

UNIVERSO TERRA SERES VIVOS ORIGEM UNIVERSO TERRA SERES VIVOS ORIGEM BIOLOGIA Surgiu da observação, da curiosidade de se compreender a vida e da utilização da natureza em benefício humano Grande salto com Aristóteles Baseada na observação

Leia mais

BIOLOGIA MOLECULAR. Água, Sais Minerais, Glicídios e Lipídios. Biologia Frente A Laís Oya

BIOLOGIA MOLECULAR. Água, Sais Minerais, Glicídios e Lipídios. Biologia Frente A Laís Oya BIOLOGIA MOLECULAR Água, Sais Minerais, Glicídios e Lipídios Biologia Frente A Laís Oya E-mail: laisfernandabio@gmail.com Composição dos seres vivos: 99% da massa corporal dos seres vivos é composta por

Leia mais

As bases bioquímicas da vida

As bases bioquímicas da vida As bases bioquímicas da vida Água, Sais Minerais, Carboidratos, Lipídios, Proteínas e Vitaminas 1º Ano Profª Priscila F Binatto Constituintes Bioquímicos da Célula Água e Minerais Carboidratos Lipídios

Leia mais

Água, Sais e Carboidratos

Água, Sais e Carboidratos Água, Sais e Carboidratos A Bioquímica estuda as reações químicas dos organismos vivos e tem revelado inúmeras substancias presentes nas células e em outras que ela participa. A bioquímica estuda as moléculas

Leia mais

Unipampa - Campus Dom Pedrito Disciplina de Suinocultura II Profa. Lilian Kratz Semestre 2017/2

Unipampa - Campus Dom Pedrito Disciplina de Suinocultura II Profa. Lilian Kratz Semestre 2017/2 Unipampa - Campus Dom Pedrito Disciplina de Suinocultura II Profa. Lilian Kratz Semestre 2017/2 Desenvolvimento pós-natal dos suínos Eficiência alimentar do suíno é inversamente proporcional ao seu peso

Leia mais

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo energético: vias metabólicas de fornecimento de energia

Leia mais

EQUINOS RAÇÕES, SUPLEMENTOS MINERAIS E TECNOLOGIAS

EQUINOS RAÇÕES, SUPLEMENTOS MINERAIS E TECNOLOGIAS EQUINOS RAÇÕES, SUPLEMENTOS MINERAIS E TECNOLOGIAS NUTRINDO OS CICLOS DA VIDA A Premix atua há mais de 40 anos no mercado, oferecendo soluções em nutrição integradas para a pecuária nacional. A missão

Leia mais

CARBOIDRATOS 23/08/2016. Carboidratos. Monossacarídeos. Classificação (quanto ao número de monômeros)

CARBOIDRATOS 23/08/2016. Carboidratos. Monossacarídeos. Classificação (quanto ao número de monômeros) Classificação (quanto ao número de monômeros) CARBOIDRATOS Profa. M.Sc. Renata Fontes ODONTOLOGIA 1º Período Monossacarídeos Açúcares Fundamentais (não necessitam de qualquer alteração para serem absorvidos)

Leia mais

Todos tem uma grande importância para o organismo.

Todos tem uma grande importância para o organismo. A Química da Vida ÁGUA A água é um composto químico formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Sua fórmula química é H2O. A água pura não possui cheiro nem cor. Ela pode ser transformada em

Leia mais

Página 2 de 10 Valor estimado: R$ ,5000 para: SOLUTION AGRONEGOCIOS LTDA - ME - ME, pelo melhor lance de R$ ,0000. Itens do grupo: 12 - R

Página 2 de 10 Valor estimado: R$ ,5000 para: SOLUTION AGRONEGOCIOS LTDA - ME - ME, pelo melhor lance de R$ ,0000. Itens do grupo: 12 - R Página 1 de 10 Pregão Eletrônico MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Media e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia Catarinense Campus Camboriú Termo de Adjudicação do

Leia mais

Carboidratos complexos. Polissacarídeos

Carboidratos complexos. Polissacarídeos Carboidratos complexos Polissacarídeos São formados pela associação de 10 a milhares (10.000 moléculas) de monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas. São menos solúveis e mais estáveis que os açúcares

Leia mais

MACRONUTRIENTES III PROTEÍNAS

MACRONUTRIENTES III PROTEÍNAS MACRONUTRIENTES III PROTEÍNAS 1 PROTEÍNAS As proteínas são compostos orgânicos de estrutura complexa e massa molecular elevada, elas são sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de um

Leia mais

Biologia Celular e Molecular:

Biologia Celular e Molecular: Disciplina: Biologia Celular e Molecular: Estrutura e Fisiologia da Célula COMPONENTES QUÍMICOS DA CÉLULA Componentes Orgânicos da Célula carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e ácidos nucleicos

Leia mais

Manejo nutricional de vacas em lactação

Manejo nutricional de vacas em lactação Manejo nutricional de vacas em lactação O que se espera das vacas leiteiras? Desafio Pico da produção Concepção de uma nova cria nos primeiros 85 dias de lactação Adequado manejo nutricional durante o

Leia mais

BASES MACROMOLECULARES CELULAR

BASES MACROMOLECULARES CELULAR BASES MACROMOLECULARES CELULAR BIOQUÍMICA- FARMÁCIA FIO Faculdades Integradas de Ourinhos Prof. Esp. Roberto Venerando Fundação Educacional Miguel Mofarrej. FIO robertovenerando@fio.edu.br BASES MACROMOLECULARES

Leia mais

Bioquímica. Sabadão CSP especial Prof. Felipe Fernandes Prof. João Leite

Bioquímica. Sabadão CSP especial Prof. Felipe Fernandes Prof. João Leite Bioquímica Sabadão CSP especial Prof. Felipe Fernandes Prof. João Leite 1. Água 2. Sais Minerais 4. Os sais minerais são essenciais em uma alimentação saudável, pois exercem várias funções reguladoras

Leia mais

Carboidratos. Variam de açúcares simples contendo de 3 a 7 carbonos até polímeros muito complexos.

Carboidratos. Variam de açúcares simples contendo de 3 a 7 carbonos até polímeros muito complexos. Carboidratos Carboidratos Os carboidratos são compostos orgânicos que consistem de carbono, hidrogênio e oxigênio. Pode ser representado da seguinte formas: (C H2 O)n. Variam de açúcares simples contendo

Leia mais

Glicídios Pro r f o. f. D a D n a i n el M ag a al a hã h e ã s

Glicídios Pro r f o. f. D a D n a i n el M ag a al a hã h e ã s Glicídios Prof. Daniel Magalhães DEFINIÇÃO Os glicídios, também chamados de açúcares, carboidratos ou hidratos de carbono são moléculas orgânicas constituídas fundamentalmente por átomos de carbono, hidrogênio

Leia mais

VEGESOY MILK. Extrato solúvel de soja em pó

VEGESOY MILK. Extrato solúvel de soja em pó VEGESOY MILK Extrato solúvel de soja em pó INTRODUÇÃO A soja é uma leguminosa cultivada na China há mais de 5 mil anos. Ao longo do tempo passou a ser consumida por todas as populações e hoje existem diversos

Leia mais

Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra,

Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra, A Química da Vida Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra, onde cobre grande parte de sua superfície

Leia mais

Metabolismo de Proteínas. Tiago Fernandes 2014

Metabolismo de Proteínas. Tiago Fernandes 2014 Metabolismo de Proteínas Tiago Fernandes 2014 Proteínas (do grego de primordial importância ) - aa acoplados formam proteínas. - 10 a 12 kg de proteína em um adulto saudável - maior proporção no músculo

Leia mais

DIGESTÃO & ABSORÇÃO DE NUTRIENTES

DIGESTÃO & ABSORÇÃO DE NUTRIENTES UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA DIGESTÃO & ABSORÇÃO DE NUTRIENTES Profa. Dra. Fernanda B. Lima MACRONUTRIENTES ORGÂNICOS Carboidratos Proteínas

Leia mais

08/08/2016.

08/08/2016. alexandre.personal@hotmail.com www.professoralexandrerocha.com.br 1 A Fisiologia do Exercício é a área de conhecimento derivada da Fisiologia, é caracterizada pelo estudo dos efeitos agudos e crônicos

Leia mais

BIOQUÍMICA - composição química das células

BIOQUÍMICA - composição química das células BIOQUÍMICA - composição química das células I) Substâncias inorgânicas: água e sais minerais II) Substâncias orgânicas: carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucléicos,... Substâncias mais presentes

Leia mais

BIOENERGÉTICA. O que é Bioenergética? ENERGIA. Ramo da biologia próximo da bioquímica que

BIOENERGÉTICA. O que é Bioenergética? ENERGIA. Ramo da biologia próximo da bioquímica que O que é Bioenergética? BIOENERGÉTICA Ramo da biologia próximo da bioquímica que estuda as transformações de energia pelos seres vivos. (dicionário Houaiss) Prof. Renato Barroso renato.barroso@terra.com.br

Leia mais

Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos

Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos 1/9 Coprodutos da indústria cervejeira /9 Cevada é o principal grão. Em 011 foram produzidos 180 milhões de toneladas de cerveja, gerando de 35-40 milhões de toneladas de resíduos; É um concentrado de

Leia mais

Princípios da Nutrição de Frangos de Corte

Princípios da Nutrição de Frangos de Corte Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Princípios da Nutrição de Frangos de Corte Allan Reis Troni allan_troni@yahoo.com.br Introdução Contínua evolução das linhagens

Leia mais

Organismos autótrofos - produzem o próprio alimento (ex: bactérias, cianobactérias, algas e plantas).

Organismos autótrofos - produzem o próprio alimento (ex: bactérias, cianobactérias, algas e plantas). INTRODUÇÃO Alimentos - fonte de matéria e energia Organismos autótrofos - produzem o próprio alimento (ex: bactérias, cianobactérias, algas e plantas). Organismos heterótrofos - obtém alimentos de forma

Leia mais