DESGASTE DE FLANCO COMO VARIÁVEL DEPENTENTE NA ESTRUTURA ALGÉBRICA DE TAYLOR
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- Filipe de Caminha Ventura
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1 6º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 6 th BRAZILIAN CONFERENCE ON MANUFACTURING ENGINEERING a 5 de abrl de 2 Caxas do Sul RS - Brasl Aprl th to 5 th, 2 Caxas do Sul RS Brazl DESGASTE DE FLANCO COMO VARIÁVEL DEPENTENTE NA ESTRUTURA ALGÉBRICA DE TAYLOR Noema Gomes de Mattos de Mesquta, noema.mesquta@pe.sena.br Armatéa Quaresma Ferraz, arferrazmatematco@gmal.com 2 SENAI Pernambuco, Av. Norte Mguel Arraes de Alencar 539, Santo Amaro, CEP: 5- Recfe PE 2 Faculdade de Integração do Sertão FIS, Rua Comandante Superor Manoel Perera da Slva 479, Centro, CEP: Serra Talhada - PE Resumo: Este trabalho tem como objetvo mostrar um modelo que descreve o desgaste de flanco de uma ferramenta de corte, no torneamento, tendo como varáves ndependentes: a velocdade de corte; o tempo de corte; o avanço e a profunddade de corte. Os dados de usnagem utlzados neste trabalho foram levantados expermentalmente e foram trabalhados de forma dferencada, proporconando uma maor comparação entre as fórmulas de Taylor smples e expandda. A nfluênca da velocdade de corte, do avanço e da profunddade de corte sobre o desgaste de flanco fo verfcada fazendo-se uso de város parâmetros. Incalmente serão descrtos alguns parâmetros estatístcos de forma clara e depos se mostrará como eles podem ser faclmente utlzados na usnagem e na determnação préva da vda de uma ferramenta de torneamento. Os resultados mostraram que os coefcentes de correlação smples para as fórmulas smples de Taylor fcaram todos acma de,95 e o coefcente de correlação múltpla para a fórmula de Taylor expandda, acma de,9. O que ndca que os dados expermentas apresentaram uma forte correlação com as estruturas algébrcas a eles aplcadas. Sobre o desgaste de flanco da ferramenta de corte a velocdade de corte é o parâmetro de maor nfluênca, segudo do avanço e por últmo da profunddade de corte. Em sete dos otos ensaos realzados, a maor dspersão do desgaste de flanco, em relação ao desgaste meddo, ocorreu para a fórmula de Taylor expandda, tendo o valor máxmo de,2 mm acontecdo no ensao 2 onde se tnha uma área da seção de corte de 3 mm 2. Para a fórmula de Taylor smples a maor dspersão (,8 mm) ocorreu no ensao 7 com um avanço de,3 mm/volta, uma profunddade de corte de 5 mm e uma velocdade de corte de 4 m/mn. Palavras-chave: torneamento, desgaste de flanco, estruturas algébcas de Taylor. INTRODUÇÃO Os desgastes de ferramentas de corte contnuam sendo responsáves por paradas na produção. Paradas, para troca da ferramenta antes ou depos do tempo de vda pré-fxados para ela, são freqüentes e representam perdas na produção além de elevação de custos de fabrcação. A questão é: qual o momento certo de parar? Em stuação normal essa parada pode ser para referencar novamente a ferramenta ou para trocar a aresta de corte ou o nserto. Quando para determnada condção de corte, sto é, quando em uma operação de usnagem a velocdade de corte, o avanço e a profunddade de corte foram prevamente defndos, é possível se prever qual o tempo que a ferramenta pode cortar até atngr um determnado desgaste. A partr da equação de Taylor expandda (Mesquta, 98), a qual relacona a velocdade de corte em função das varáves ndependentes: avanço, profunddade de corte, tempo de corte e desgaste da ferramenta; fo proposto um novo modelo algébrco para descrever o desgaste da ferramenta de corte em função destas mesmas varáves. Para este novo modelo algébrco seus parâmetros foram determnados através de uma correlação múltpla das varáves envolvdas no processo de desgaste para os aços ABNT 38 e 45 (Ferraz, 28). Os resultados obtdos a partr do modelo proposto foram comparados com os dados reas levantados pela medção do desgaste da ferramenta nos ensaos de usnagem e com os valores calculados através da fórmula de Taylor smples. Como era de se esperar, na fórmula de Taylor smples, uma vez que, o número de varáves é menor, pos, o avanço e a profunddade de corte são mantdos constantes, o cálculo do desgaste através desta fórmula contnua apresentando uma maor correlação com os desgastes levantados expermentalmente, do que a nova equação algébrca proposta. No entanto, tendo o menor coefcente de correlação, entre o desgaste da ferramenta de corte e as varáves ndependentes, para todos os ensaos de usnagem dos dos aços, sdo gual a 9%, sto demonstra ser o modelo proposto vável para descrção do fenômeno físco estudado. Para o novo modelo algébrco foram realzados testes de hpótese, para todas as condções de corte dos expermentos, com a fnaldade de se determnar o percentual de erro do modelo proposto. Os desvos apresentados nesses testes foram tão pequenos que podem ser desconsderados. Neste trabalho serão apresentados os resultados obtdos para o aço ABNT 38. Assocação Braslera de Engenhara e Cêncas Mecâncas 2
2 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS 2. A FÓRMULA EXPANDIDA DE TAYLOR A fórmula expandda de Taylor tem sdo usada por dferentes autores com dferentes confgurações (Kronenberg, 966; ASTME, 959; AWF 58, 949; Mesquta, 98; Boehs, L., 988). Neste trabalho o desgaste de flanco da ferramenta de corte VB fo utlzado como a varável ndependente dos demas parâmetros de usnagem. O novo modelo algébrco desgnado por Fórmula Expandda de Taylor Modfcada relacona as varáves de usnagem conforme Eq. () e fo proposto no trabalho de Ferraz (28) a partr do trabalho de Mesquta (98). VB CV. E F G H = T f ap () Onde: C, E, F, G, H são os parâmetros do modelo algébrco proposto, que devem assumr valores dferentes para cada tpo de materal da peça e ferramenta de corte; VB desgaste de flanco em (mm) V velocdade de corte em (m/mn) T tempo de corte (mn) f avanço em (mm/volta) ap profunddade de corte em (mm). Para a determnação dos parâmetros da fórmula de Taylor modfcada foram utlzados os dados expermentas, nos quas foram meddos os valores que o desgaste de flanco (VB) atngu em cada condção de corte utlzada (V, f, ap) e em dferentes tempos de corte (T), onde varou de a n, onde n é o tamanho da amostra. Para a determnação dos parâmetros C, E, F, G e F da fórmula de Taylor expandda modfcada, a Eq. () fo lnearzada, conforme mostra a Eq. (2). ln VB = ln C + E lnv + F lnt + G ln f + H ln ap (2) Com base no desenvolvmento em modelos matemátcos, sempre a exstênca de varáves não controladas que passaremos a chamá-los de resíduos, representado por ε, ou seja, o resíduo em cada ponto será dado pela Eq.(3). ε = ln C + E lnv + F lnt Gln f + H ln ap ln VB (3) Supondo agora todos os possíves resíduos, devdo à nfluênca de todas as varáves de corte, tem-se a soma quadrátca dos resíduos (M) dada pela Eq. (4). M = N = N 2 ε = ln = ( ) 2 C + E lnv + F lnt G ln f + H ln ap ln VB (4) Consderando M como uma função das ncógntas C, E, F, G e H a condção para que a soma dos quadrados dos resíduos, M, seja mínma é que a dervada parcal de M, em relação a cada uma das ncógntas, seja nula. Dervando-se, portanto, a Eq. (4) por cada uma das ncógntas e gualando-se a zero, tem-se um sstema de cnco equações com cnco ncógntas. A solução deste sstema de equações heterogêneas fo obtda, substtundo-se os V, f, ap, VB e T pelos valores utlzados e meddos nos expermentos (Ferraz, 28) e utlzando a regressão múltpla do programa STADISK- V9 (Trola, 25). 3. ENSAIOS DE USINAGEM Nos ensaos de usnagem foram utlzados os equpamentos abaxo descrtos: Torno Imor: tpo: p-4; fabrcante: Indústra Rom S/A Sta Bábara d Oeste São Paulo; dstanca entre os pontos: mm; dâmetro máxmo torneável: 43 mm. Ferramenta de corte: nsertos reversíves; fabrcante: Brassnter S/A São Paulo; referênca: SNGN TXL; formato: quadrada 2,7 x 2,7 mm; espessura: 4,762 mm; tpo: ABNT P-2; número de arestas cortantes: 8. Porta ferramenta: fabrcante: Brassnter S/A São Paulo; modelo: SBTR 6 mm; dmensões: 25 x 25 x 5 mm; ângulo: de saída -6 ; de ncdênca 6 ; de posção 75 e de ponta 9. Plataforma dnamométrca de três componentes; sstema de medção: crstas pezoeleétrcos; fabrcante: Kstler Instruments Suíça; modelo: 9257 D; tpo: SN 637. Amplfcadores de tensão com três módulos (um para cada componente da força de usnagem): fabrcante: Kstler Instruments Suíça; tpo: 5. Voltímetro analógco ( um para cada componente da força de usnagem): fabrcante: Kstler Instruments Suíça; tpo: 55. Taco-gerador: modelo: 95, DC TACHOMETER; constante de medção: 7, volts de saída, correspondendo a rpm; fabrcante: Beckman, Helpot Dv. Multímetro dgtal: modelo: M 35 3 n 26; fabrcante: Analog Instrumentos Analógcos Dgtas Ltda - Indústra Braslera; medção de tensão em C.C.; faxa de medção: a 2 volts. Varador de tensão: tpo: RT 8R; fabrcante: Eletro Máquna Anel S/A São Paulo; potênca: 25 KVA. Retfcador: fabrcante: Eletro
3 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS Máquna Anel S/A São Paulo. Motor de corrente contínua: fabrcante: Eletro Máquna Anel S/A São Paulo; potênca: 22 kwatts (Mesquta, 98). As condções de corte utlzadas nos expermentos com o aço ABNT 38 foram as apresentadas na Tab. (). Tabela. Condções de corte para o aço 38. Condções V (m/mn) f (mm/volta) ap ( mm),3 3, 2 4,6 5, 3 8,4 3, 4 22,3 5, 5 4,5,5 6,6 5, 7 4,3 5, 8 8,2 5, Nessas condções o desgaste de flanco VB fo meddo para 27 dferentes tempos de usnagem, T. 3. Cálculo dos Parâmetros da Fórmula Expandda de Taylor Modfcada Os dados experment as levantados na usnag em do aço ABNT 38 foram nserdos no program a do STATDISK- V9. e depos de se fazer uma regressão múltpla foram obtdos os resultados apresentados, no lado dreto da na Fg.. Do lado esquerdo da Fg, as três prmeras colunas mostram alguns dos valores logarítmcos dos dados expermentas, respectvamente desgaste de flanco, velocdade de corte e avanço. Sendo a Fg. uma captura da tela do programa STATDISK, não se pode ver todas as 5 colunas dos dados. Fgura. Resultado da regressão múltpla do aço ABNT 38, consderando-se todos os ensaos. O coefcente C da Eq. (4) fo obtdo a partr do valor de bo = - 6, , dado pela regressão múltpla na Fg., fazendo-se ln C = I = bo, ou seja, C = e (-6,257274) =, Os demas valores da regressão múltpla b2, b3, b4 e b5, apresentados na Fg. (), correspondem aos expoentes da Eq. () e a Fórmula de Taylor Modfcada para o aço ABNT 38, é a dada pela Eq. (5). Vb 3,84,4,3,6 =,9. V. T. f. ap (5) 3.2 Cálculo dos Parâmetros da Fórmula de Taylor Smples Para cada condção de corte utlzada nos ensaos de usnagem mostradas na Tab. () foram calculados os parâmetros da Taylor smples (VB= b + at) tendo-se como dados de entrada para o STATDISK os valores dos tempo (T em mnuto) e desgastes meddos das ferramentas de corte (VB em mm) em cada condção de corte. Os resultados obtdos estão na Tab. (2).
4 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS Tabela 2 Condções de corte para os ensaos do aço 38 e as fórmulas smples de Taylor Condções V f ap (mm) VB= b + at r (m/mn) (mm/volta),3 3, VB =,344 +,44T, ,6 5, VB =,797 +,246T, ,4 3, VB =,742 +,42T, ,3 5, VB =,827 +,6T ,5,5 VB =,54 +,76T,9927 6,6 5, VB =,262 +,68T, ,3 5, VB =,233 +,94T, ,2 5, VB =,2 +,96T,9926 A Fgura (2) mostra, do lado dreto, os resultados da regressão para o ensao da condção na usnagem do aço ABNT 38 e do lado esquerdo alguns dos valores expermentalmente levantados para o tempo e desgaste de flanco. Note que na coluna a barra de rolagem está embaxo, mostrando portanto os últmos pontos do ensao, e na 2 acma, mostrando os prmeros desgastes meddos. Fgura 2. Regressão smples: aço ABNT 38: V= m/mn; f=,3 mm/volta e ap= 3 mm. De acordo com a Fg. (2) o valor do coefcente de correlação (r) fo gual a,9646 mostra a forte correlação entre VB e T. Resultado este também comprovados nas Fgs. (3) e (4). Fgura 3. Regressão para as condções do ensao do aço ABNT 38: V= m/mn; f=,3 mm/volta e ap= 3 mm.
5 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS Fgura 4. Teste de hpótese no ensao do aço ABNT 38: V= m/mn; f=,3 mm/volta e ap= 3 mm. Quanto mas próxmo de um o valor do coefcente de correlação (r) encontra-se, mas forte é a correlação entre os dados expermentas com as estruturas algébrcas a eles aplcadas. O valor de r para as condções do ensao fo de,96, apresentado na Fg. 2. No caso da nova estrutura algébrca proposta, o coefcente de determnação r 2, apresentado na Fg. (), é gual a,9357, o que corresponde a um coefcente de determnação r gual a,95, ndcando, portanto, que o modelo proposto se ajusta bem aos pontos expermentas levantados. 3.3 Comparação Entre os Desgastes Meddos e os Calculados pelas Fórmulas de Taylor Smples e Expandda Modfcada Na Fgura (5) são apresentados os valores do desgaste de flanco VB meddos (em azul) e calculados pela fórmula de Taylor smples (em rosa) e pela Fórmula de Taylor Expandda Modfcada (em amarelo). A condção de corte da Fg. (5) contnua sendo a condção. Para este ensao após os 6 mnutos de corte a dspersão entre os desgastes meddos e os calculados pelas fórmulas de Taylor smples e expandda modfcada fo mínma. A maor dspersão ocorreu no níco do ensao para o tempo de corte de 2 mnutos e fo de,3 mm.,35,3,25,2,5,, Tempos (mn) VB meddo Taylor S mples Taylor Expandda Fgura 5. Desgaste de flanco meddo e calculados em função do tempo de corte para o aço ABNT 38, com: V= m/mn; f=,3 mm/volta e ap = 3 mm A comparação entre os valores de VB para os outros ensaos são mostrados a segur, nas Fgs. (6) a (2).
6 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS,4,35,3,25,2,5,, ,68 6, 68 7,68 8,68 9,68,66, 49 T (mn) VB meddo Taylor Smples Taylor Expandda Fgura 6. Desgaste de flanco meddo e calculados em função do tempo de corte para o aço ABNT 38, com: V=4 m/mn; f=,6 mm/volta e ap = 5 mm. No ensao da Fg. (6) (condção 2) a dspersão máxma ocorreu para a fórmula de Taylor expandda modfcada no tempo de corte de,49 mnutos e sendo gual a,2 mm. A área da seção de corte deste ensao fo grande com uma profunddade de corte de 5 mm e um avanço de,6 mm/volta e sto deve ter contrbuída para a dspersão entre os valores do desgaste. No ensao da Fg (7) (condção 3) a maor dspersão ocorreu para o tempo de corte de 9,5 mnutos e fo de apenas,6 mm.,5,45,4,35,3,25,2,5,, ,2 6,9 8,2 9, 5 2, 9 T (mn) VB meddo Taylor Smples Taylor Expandda Fgura 7. Desgaste de flanco meddo e calculados em função do tempo de corte para o aço ABNT 38, com: V=8 m/mn; f=,4 mm/volta e ap= 3 mm.,45,4,35,3,25,2,5,, ,62 7 8,2 8,48 8,88 T (mn) 9,23 9,58,62,53 2,83 3,83 4,86 BV meddo Taylor Smples Taylor Expandda Fgura 8. Desgaste de flanco meddo e calculados em função do tempo de corte para o aço ABNT 38, com: V= 22 m/mn; f=,3 mm/volta e ap= 5 mm. No ensao da Fg. (8) (condção 4) a dspersão máxma fcou no níco do ensao e fo de,3 mm.
7 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS,5,45,4,35,3,25,2,5,,5 3, , ,25 27,55 3, ,5 T (mn) VB meddo Taylor S mples Taylor Expandda Fgura 9. Desgaste de flanco meddo e calculados em função do tempo de corte para o aço ABNT 38, com: V = 4 m/mn; f =,5 mm/volta; ap =,5 mm. Para o ensao da Fg. (9) (condção 5) a dspersão máxma que fo de,4 mm também ocorreu para o níco do ensao onde a letura do desgaste anda não é tão nítda.,3,25,2,5,,5 2 3,2 5 8,2 3,32 5,7 8, 84 T (m n) VB meddo Taylor Smples Taylor Expandda Fgura. Desgaste de flanco meddo e calculados em função do tempo de corte para o aço, com: V = m/mn; f =,6 mm/volta; ap = 5 mm. Na sexta condção de corte a área da seção de corte voltou a ser de 3 mm 2, com avanço de,6 mm/volta e profunddade de corte de 5 mm. Aqu se nota uma dspersão da Taylor expandda modfcada, sendo o valor máxmo de,3 mm para o tempo de corte de 8,84 mnutos., 45, 4, 35, 3, 25, 2, 5,, 5,92 3,92 6,35 8,3,53 5, 8,25 T (m n) 9,85 2,78 25,2 28,28 3,78 33,8 VB meddo Taylor Smples Taylor Expandda Fgura. Desgaste de flanco meddo e calculados em função do tempo de corte para o aço ABNT 38, com: V = 4 m/mn; f =,3 mm/volta; ap = 5 mm.
8 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS Na sétma condção de corte (fgura ) os desgastes calculados pela fórmula de Taylor expandda modfcada fcaram entre os valores meddos de os calculados pela Taylor smples. As maores dspersões ocorreram para a Taylor smples, sendo seu valor máxmo gual a,8 mm.,45,4,35,3,25,2,5,,5 2,5 5 7,85 2 5, ,5 22,23 24,25 T (mn) 26,35 28,8 3 VB meddo Taylor Smples Taylor Expandda Fgura 2. Desgaste de flanco meddo e calculados em função do tempo de corte para o aço ABNT 38, com: V = 8 m/mn; f =,2 mm/volta; ap = 5 mm. Na otava condção de corte (fgura 2) a os desgastes calculados pela fórmula de Taylor smples fcaram mas próxmos dos valores meddos, do que aqueles calculados pela fórmula de Taylor expandda modfcada. No entanto a máxma dspersão fo de apenas,4 mm. 3.4 Smulações do Desgaste de Flanco em Função do Tempo de Corte para Váras Condções de Corte A Fgura 3 mostra a smulação da varação do desgaste de flanco com o tempo de usnagem para as velocdades de corte de, 5, 7 e 2 m/mn, mantendo-se constante o avanço (,3 mm/volta) e a profunddade de corte (2 mm). Ao se alterar a velocdade de corte de para 5 m/mn, sto representa um aumento de 5% na velocdade de corte, o desgaste de flanco passa de,32 para,44 mm, tendo, portanto, um aumento de 37,5 %. f =,3 mm/volta ap = 2 mm,6,5,4,3,2, T (mn) V= V=5 V=7 V=2 m/mn Fgura 3 Desgaste de flanco para dferentes velocdades de corte. Para uma velocdade de corte constante e uma profunddade de corte constante o desgaste de flanco é tanto maor quanto maor for o avanço. A Fgura 4 mostra a smulação do desgaste de flanco para uma velocdade de corte de 2 m/mn e uma profunddade de corte de 2 mm, mantdas constantes e varando-se o avanço entre, e,4 mm/volta. Depos de 5 mnutos de usnagem o desgaste de flanco atnge os valores de:,4;,5;,57 e,62 mm respectvamente para avanços de,;,2;,3 e,4 mm/volta. Sendo, portanto, o aumento do desgaste de 55% quando se passa de um avanço de, para,4 mm/ volta nas condções acma ctadas. Veja que passar o avanço de, para,4 mm/volta sgnfca um aumento de 3%. Nota-se que a taxa de crescmento do desgaste é maor para o níco da usnagem, tanto no caso de se varar a velocdade de corte e manter-se constante o avanço e a profunddade de corte como é o caso da Fg. (3), como no caso de se varar o avanço, com, a velocdade de corte e a profunddade de corte mantdas constantes, Fg. (4).
9 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS V = 2 m/mn ap = 2 mm,7,6,5,4,3,2, T (mn) f=, f=,2 f=,3 f=, 4 mm/volta Fgura 4 - Desgaste de flanco para dferentes avanços A varação do desgaste de flanco com dferentes profunddades de corte é mostrada na fgura 5. Aqu a velocdade de corte gual a 2 m/mn e o avanço de,3 mm/volta foram mantdos constantes, tendo a profunddade de corte assumdo os valores de: 2; 3; 4 e 6 mm. A Fgura (5) mostra claramente como a nfluênca da profunddade de corte é pequena quando comparada com a nfluênca do avanço e da velocdade de corte. Em valores quanttatvos os valores dos desgastes para as profunddades de corte de: 2; 3; 4 e 6 mm foram respectvamente guas a:,57;,58;,6 e,6. Ao se aumentas a profunddade de corte em %, de 2 para 4 mm ou de 3 para 6 mm, em ambos os casos o aumento do desgaste se manteve em 5%. V=2 m/mn f=,3 mm/volta,7,6,5,4,3,2, T (mn) ap=2 ap=3 ap=4 ap=6 mm 4. CONCLUSÕES Fgura 5. Varação do desgaste de flanco com dferentes profunddades de corte. A estrutura algébrca proposta para representar o desgaste de flanco de uma ferramenta de corte de tornear, em função das condções de corte, apresentou uma alta correlação com os pontos expermentas levantados, uma vez que, o coefcente de determnação r fo gual a,95. Segundo as smulações realzadas, quando se aumenta a velocdade de corte em % passando-a de para 2 m/mn, com avanço (,3 mm/volta) e profunddade de corte (2 mm) mantdos constantes, o desgaste passa de,32 para,56 mm, o que representa um aumento de 75%. Quando se aumenta o avanço em %, passando-o de, para,2 mm/volta, com velocdade de corte (2 m/mn) e profunddade de corte (2 mm) mantdos constantes, o desgaste de flanco passa de,4 pra,5 mm o que representa um aumento de 25%. Da mesma forma ao se passar o avanço de,2 para,4 (aumento de %), o desgaste passa de,5 para,62 o que representa 24% de aumento. Quando a velocdade de corte passa de 5 para 3 m/mn, o desgaste passa de,44 para,79 mm, confrmando-se um aumento de 79% no desgaste para um aumento de % na velocdade de corte. Fcando aqu mas, uma vez, comprovada a maor nfluênca da velocdade de corte sobre o desgaste de flanco. Para um aumento de % na velocdade de corte o aumento do desgaste é superor a 7 %. Para um aumento de 3% no avanço o aumento no desgaste de flanco fo de 55%, sendo, portanto, nferor a nfluênca do avanço, quando comparada com a nfluênca da velocdade de corte, sobre o desgaste.
10 6 º CONGRE S S O BRAS I LE I RO DE E NGE NHARI A DE FABRI CAÇÃO a 5 de Abr l de 2. Ca x a s do S ul - RS Quem menos nfluenca o desgaste de flanco da ferramenta é a profunddade de corte. Nas smulações aqu realzadas para um aumento de % no valor da profunddade de corte, o desgaste de flanco sofreu um aumente de apenas 5%. 5. AGRADECIMENTO À CAPES pela concessão da bolsa de Mestrado e ao Programa de Pós-graduação em Engenhara Mecânca da UFPE. 6. RFERÊNCIAS ASTME, Tool Engneers Handbook, McGraw-Hll Book Co., New York, 959. AWF-58, Rchtwerte für das Drehen mt Schnellarbetsstahl und Hartmetalwerzeug Kurzausgabe, Berln 949. Boehs L. Projeto e Implantação de um Sstema Computadorzado de Banco de Dados de Usnagem (CINFUS), Tese do Programa de Pós-graduação em Engenhara Mecânca da Unversdade Federal de Santa Catarna, Floranópols, 988. Ferraz, A. Q Análse e Determnação dos Parâmetros da Estrutura Algébrca de Taylor Tendo o Desgaste da Ferramenta de Corte como Varável Dependente, Dssertação do programa de Pós-graduação em Engenhara Mecânca da Unversdade Federal de Pernambuco, Recfe, novembro de 28. Gonzáles, M. A. S acesso em /2/2 Kreyzg, E, Statstsche Methoden und Ihre Anwendung, Hubert&Co. Göttngen, 985. Kronenberg, M. Machnng Scence and Applcaton, Oxford, Pergamon Press, 966. Mesquta, N. G. M. Determnação dos Parâmetros da Fórmula Expandda d e Taylor, Dssertação do Program a de Pósgraduação em Engenhara Mecânca da Unversdade Federal de Santa Catarna, Floranópols, agosto de 98. Slva E Shmakura , acesso em /2/2. Faculdade de Medcna do Porto, Curso de Estatístca, acesso em 3/3/2. Trola, M. F. Introdução á Estatístca, Edtora LTC, Ro de Janero, DIREITOS AUTORAIS Os autores são os úncos responsáves pelo conteúdo do materal mpresso, ncluído no seu trabalho. FLANK WEAR AS DEPENDENT VARIABLE IN THE ALGEBRAIC STRUCTURE OF TAYLOR Noema Gomes de Mattos de Mesquta, noema.mesquta@pe.sena.br Armatea Quaresma Ferraz, arferrazmatematco@gmal.com 2 SENAI Pernambuco, Av. Norte Mguel Arraes de Alencar 539, Santo Amaro, CEP: 5- Recfe PE 2 Faculdade de Integração do Sertão FIS, Rua Comandante Superor Manoel Perera da Slva 479, Centro, CEP: Serra Talhada - PE Abstract. Ths paper has the objectve to show a model that descrbes the flank wear of a cuttng tool n turnng, havng as ndependent varables: cuttng speed, cuttng tme, feed and depth of cut. The machnng data used n ths study were collected expermentally and were worked n dfferent ways, provdng a better comparson between the smple and expanded formulas of Taylor. The nfluence of cuttng speed, feed and depth of cut on flank wear was checked by makng use of varous statstcal parameters. Intally some statstcal parameters are descrbed clearly and then show how they can be easly used n machnng and the pror determnaton of the lfe of a turnng tool. The results showed that the correlaton coeffcents for smple formulas Taylor were all above.95 and the multple correlaton coeffcents for the formula of Taylor expanded, up.9. Ths ndcates that the expermental data showed a strong correlaton wth algebrac structures appled to them. On the flank wear of cuttng tool, cuttng speed s the parameter of greatest nfluence, followed by feed and fnally the depth of cut. In seven of the eght tests, the greater dsperson of flank wear n relaton to the measured wear was observed for the Taylor expanded formula, takng the maxmum value of.2 mm occurred n the second test where t had an area of cut secton of 3 mm 2. For the smple formula of Taylor, the largest dsperson (.8 mm) occurred n the test 7 wth a feed of.3 mm/rev, a cuttng depth of 5 mm and a cuttng speed of 4 m / mn. Keywords: Turnng; flank wear; algebrac structures of Taylor The authors are the only responsble for the prnted materal ncluded n ths paper.
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