Programa de Pós-Graduação em Administração Curso de Mestrado Profissional em Administração GEAN PAULO PACHECO DE OLIVEIRA

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1 0 Programa de Pós-Graduação em Administração Curso de Mestrado Profissional em Administração GEAN PAULO PACHECO DE OLIVEIRA ANÁLISE DE FORNECEDORES DA EMPRESA BRF S.A À LUZ DA GESTÃO DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS VERDE: UM CASO EM CHAPECÓ/SC BRASIL Orientadora: Dra. Simone Sehnem CHAPECÓ - SC 2014

2 1 GEAN PAULO PACHECO DE OLIVEIRA ANÁLISE DE FORNECEDORES DA EMPRESA BRF S.A À LUZ DA GESTÃO DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS VERDE: UM CASO EM CHAPECÓ/SC BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração Curso de Mestrado Profissional em Administração, como requisito à obtenção do título de Mestre em Administração Orientadora: Prof a. Dr a. Simone Sehnem CHAPECÓ - SC 2014

3 2 GEAN PAULO PACHECO DE OLIVEIRA ANÁLISE DE FORNECEDORES DA EMPRESA BRF S.A À LUZ DA GESTÃO DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS VERDE: UM CASO EM CHAPECÓ/SC BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração Curso de Mestrado Profissional em Administração, como parte dos requisitos à obtenção do título de Mestre em Administração, Área de Concentração: Agronegócios e Sustentabilidade Prof a. Dra. Simone Sehnem Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC Prof a. Pós-Dra. Eliane Salete Filippim Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC Prof a. Dra. Cláudia Echevenguá Teixeira Universidade Nove de Julho - UNINOVE Senhor Paulo Ricardo Magro BRF S.A Chapecó/SC

4 3 AGRADECIMENTOS - Gostaria de agradecer a minha amada esposa Daizy e meu querido filho Diogo pelo acompanhamento e compreensão nos momentos de total imersão nos estudos para que este objetivo fosse atingido; - A Prof a. Dra. Simone Sehnem pela excelente orientação disponibilizada para a concretização deste projeto pessoal. Sem palavras para agradecer. Muito obrigado! - A minha mãe Maria Lucia e meu pai Paulo. Apesar de não estarem mais presentes fisicamente, com certeza estão orgulhosos; - Aos meus irmãos Francisco, Andréia, Andressa e familiares pelos incentivos para realização deste sonho; - Aos professores Dr. Rógis Juarez Bernardy, Prof a. Pós-Dra. Eliane Salete Filippim e Prof a. Dra. Cláudia Echevenguá Teixeira pelos apontamentos assertivos para a melhoria da dissertação na oportunidade da qualificação deste estudo na UNOESC; - Aos professores da UNOESC que ministraram as disciplinas obrigatórias e optativas, e que contribuíram na minha formação, muito obrigado. São eles: Dr, Augusto Fischer, Dr. Carlos Eduardo Carvalho, Dr. César Augustus Winck, Dr. Fábio Lazarotti, Dr. José Elmar Feger e Dr. Sílvio Santos Junior; - Aos colegas da turma 1 do Programa de Mestrado Profissional em Administração pela companhia e momentos de discussões e aprendizado coletivo. São eles: Andrei, Charlson, Cristiane, Daiane, Daniel, Evandro, Ezequiel, Gilceu (in memoriam), Gilseli, Gleberson, Jamir, Jorge, Julie, Leandro, Letícia, Liziane, Luciana, Lucimar, Milton, Narciso, Paulo, Rosangela, Rosaria e Sayonara; - As funcionárias da secretaria Renata e Andréia pelo pronto atendimento nas nossas solicitações; - Ao Sr. Paulo Ricardo Magro gerente da BRF e demais gestores das empresas terceiras pela disponibilidade e participação neste estudo; - A todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para que o sonho de eu me tornar mestre fosse realizado; - A DEUS por ter me possibilitado a realização dessa dissertação com saúde e felicidade e ter me guiado nesse caminho maravilhoso de vida. Muito obrigado!

5 4 A importância das ações para manter e melhorar é tão grande que os gerentes deveriam entendê-las profundamente; a sua conceituação; os meios para conduzi-las; e os resultados que se podem alcançar. J. M. JURAN

6 5 RESUMO OLIVEIRA, Gean Paulo Pacheco de. Análise de fornecedores da empresa BRF S.A à luz da gestão de cadeias de suprimentos verde: um caso em Chapecó/SC - Brasil p. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) UNOESC Universidade do Oeste de Santa Catarina. Chapecó, O objetivo desta dissertação é analisar as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas parceiras da Agroindústria BRF S.A, localizada em Chapecó/SC. O arcabouço teórico que foi utilizado para o desenvolvimento do trabalho está pautado nos temas relacionados à Sustentabilidade, Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde e Sistema de gestão ambiental. O trabalho se constitui em um estudo exploratório com abordagem definida como qualitativa e quantitativa e consiste em um levantamento. A aplicação do estudo foi realizada tendo como base a agroindústria BRF S.A de Chapecó-SC e seis empresas fornecedoras de serviços. A coleta de dados foi realizada por meio de três instrumentos, a saber: entrevista, observação e questionário. Foi aplicado um roteiro de entrevista semi-estruturada com os gestores das empresas terceiras da BRF S.A, assim como com o negociador e assistente de recursos humanos da BRF S.A. O questionário foi aplicado junto aos colaboradores das empresas prestadoras de serviço da agroindústria. O terceiro instrumento utilizado foi à observação no local, no intuito de avaliar os processos das empresas terceiras da BRF. Os resultados demonstram que os funcionários das empresas parceiras da BRF realizam a separação de alguns resíduos de forma adequada e para a maioria à implantação de práticas ambientais pode lhes trazer benefícios. Na percepção dos gestores a implantação de práticas ambientais pode gerar custos para a empresa, mas demonstram interesse na implantação de ações para melhorar a gestão ambiental. Foram mencionados o programa 5S, gestão efetiva da separação de resíduos e o controle de aspectos e impactos ambientais. Com relação as categorias de análise no que diz respeito a logística reversa não foi identificado nenhuma atividade que possa ser implementada, devido a estrutura adequada da BRF em destinar as embalagens e resíduos gerados. A análise da categoria relacionada à separação e destinação dos resíduos demonstrou que a maioria dos colaboradores realiza a separação dos resíduos, mas falta estrutura adequada para a separação e destinação correta na maioria das empresas pesquisadas. A categoria que trata sobre o SGA é a que mais necessita de atenção e melhorias, desde a elaboração da política, objetivos, metas e procedimentos das atividades relacionadas à gestão ambiental, apenas uma empresa pesquisada possui documentação padronizada e formal. Na análise da última categoria sobre emissão de gases do efeito estufa teve como resultado a não existência de fonte geradora que mereça uma proposta de melhoria. A partir do estudo realizado, foi possível elaborar um manual contendo ferramentas, programa e método para a melhoria da gestão ambiental das empresas terceiras. Este tem como propósito a melhoria na gestão da cadeia de suprimentos das empresas prestadoras de serviço da BRF S.A de Chapecó/SC. Recomenda-se a avaliação de outros fornecedores de serviços da agroindústria, para averiguar a efetividade das ações planejadas. Palavras-chave: Green Supply Chain Management. Gestão ambiental. Agroindústria.

7 6 ABSTRACT OLIVEIRA, Gean Paul Pacheco of. Analysis of suppliers of the company in light of BRF S.A chain management green supplies: a case Chapecó / SC - Brazil. 169p. Dissertation (Professional Master in Business Administration) - UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina. Chapecó, The goal of this dissertation is to analyze the this research environmental management practices adopted by partner companies agro industry BRF SA, located in Chapecó SC. The theoretical framework that was used to develop the work is guided by the issues related to Sustainability, Green Supply Chain Management and Environmental Management System. The work constitutes an exploratory study approach defined as qualitative and quantitative and consists of a survey. The application of the study was based agro industry BRF SA Chapecó-SC-six companies providing service. Data collection was performed by three instruments, namely: interview, observation and questionnaire. A semi-structured interviews with managers of outsiders BRF SA script and interviews was applied, as well as the negotiator and human resources assistant BRF SA The questionnaire was applied with employees of service providers agro industry company. The third instrument used was the onsite observation, in order to assess osos processes of outsiders BRF. The results show that employees from partner companies BRF perform the separation of some waste properly and for most of the implementation of environmental practices can bring them benefits. In the perception of managers to implement environmental practices can generate costs for the company, but show interest in implementing actions to improve environmental management. 5S program, effective management of waste separation and control of environmental aspects and impacts were mentioned. Regarding the analysis categories with respect to reverse logistics no activity has been identified that can be implemented due to BRF suitable structure intended for the packaging and waste generated. The analysis of the category related to separation and disposal of waste has shown that the majority of employees performs the separation of waste, but lack appropriate structure for the separation and proper disposal the results of other companies. The category that deals with the SGA is the most in need of attention and improvement, from the preparation of the policy, objectives, goals and procedures of the activities related to environmental management, only one company has researched standardized and formal documentation. In the analysis of the latter category on greenhouse gas emissions has resulted in the absence of a source that deserves a proposal for improvement. From this study it was possible to prepare a manual containing tools, programs and methods for improving the environmental management of outsiders This objective aims to improve the management of the supply chain of service companies BRF Chapecó SA / SC. It is recommended to evaluate other suppliers of agro industry services, to ascertain the effectiveness of planned actions. Keywords: Green Supply Chain Management. Environmental management. Agro Industry.

8 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANPAD - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente CQNUMC - Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima CSM - Gestão da Sustentabilidade Empresarial GCC - Grau de Complexidade Cognitiva GEE - Emissões de gases de efeito estufa GSCM - Green Supply Chain Management GSE - Grid de Sustentabilidade Empresarial IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPCC - Painel Intergovernamental Sobre Mudança do Clima ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial ISO International Organization for Standardization ISO International Organization for Standardization LED - Light Emitting Diode MECO - materials, energy, chemical and others NR - Norma regulamentadora PDCA - Plan, Do, Check and Action RSC - Responsabilidade Social Corporativa SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SGA - Sistema de Gestão Ambiental SSMA - Programa de saúde, segurança e meio ambiente TBL - Triple Bottom Line TEEB - Coalizão de negócios Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade TLCD - Termo de liberação de contratação por demanda TMSOE - Termo de medições de serviços de obras e equipamentos TQC - Total Quality Control

9 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 Esquema da Sustentabilidade Figura 02 ISO com base no ciclo do PDCA Figura 03 Lócus de análise desta pesquisa Quadro 01 Estudos nacionais recentes sobre Sustentabilidade empresarial Quadro 02 Quadro 03 Estudos internacionais recentes sobre Sustentabilidade empresarial... Estudos nacionais recentes sobre GCSV Quadro 04 Estudos internacionais recentes sobre GCSV Quadro 05 Sujeitos pesquisados Quadro 06 Abordagem e objetivos específicos de cada etapa Quadro 07 Tipos de pesquisa e instrumentos de coleta Quadro 08 Procedimentos de coleta de dados e instrumentos utilizados Quadro 09 Técnicas e Instrumentos de coleta de dados aplicados Quadro 10 Técnicas de tabulação e análise dos dados Quadro 11 Resumo dos procedimentos metodológicos adotados na pesquisa Quadro 12 Modelo de Plano de Ação para Melhoria Contínua nas organizações fornecedoras Quadro 13 Existência e funcionamento da gestão da separação e destinação de resíduos Quadro 14 Existência de procedimentos e normas relacionadas à gestão ambiental Quadro 15 Existência de política e metas relacionadas à sustentabilidade Quadro 16 Existência de desperdício de água e energia elétrica Quadro 17 Existência de desperdício de matéria-prima e insumos Quadro 18 Existência de fumaça com nível acima de 2 na escala do anel de Ringelmann Quadro 19 Existência de controle físico para treinamentos relacionados à gestão ambiental Quadro 20 Existência de outras práticas ambientais nas dependências da empresa Quadro 21 Existência da implantação dos sensos do programa 5S Quadro 22 Existência de equipamentos/máquinas com selo ou informação de baixo consumo... 94

10 9 Quadro 23 Percepção dos pesquisados sobre o que é sustentabilidade Quadro 24 Políticas e metas relacionadas à sustentabilidade Quadro 25 Stakeholders importantes para e empresa Quadro 26 Práticas de gestão ambiental incorporadas no processo da empresa Quadro 27 Outras práticas cobradas pelos clientes com relação à gestão ambiental Quadro 28 Práticas ambientais que não possui e que seriam importantes para crescer. 101 Quadro 29 Nível de conhecimento dos colaboradores facilita implantação de ações práticas Quadro 30 Os colaboradores aceitam a incorporação de novas práticas e rotinas Quadro 31 Existe treinamento sobre sustentabilidade importante para os funcionários Quadro 32 Tipo de comportamento desejado para colaborador do setor operacional Quadro 33 Práticas consideradas importantes e qual prazo necessário para implementação Quadro 34 Principais dificuldades para incorporar práticas ambientais Quadro 35 Quadro 36 Plano de ação para incorporar práticas de melhoria contínua nas empresas pesquisadas rumo à implantação de um sistema de gestão ambiental Práticas que a empresa deve implantar que contribuem na questão social/ambiental Quadro 37 Práticas sociais e ambientais que os clientes estão cobrando Quadro 38 Plano de ação para incorporar práticas sustentáveis em pequenas e médias empresas Quadro 39 Comparativo entre os instrumentos de avaliação Quadro 40 Cronograma das etapas para implantação das melhorias propostas para GCSV Quadro 41 Categorias de análise da pesquisa

11 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Idade dos Questionados Tabela 2 Gênero dos Questionados Tabela 3 Grau de estudo dos Questionados Tabela 4 Tempo de empresa dos Questionados Tabela 5 Função exercida pelos Questionados Tabela 6 Número de colaboradores pesquisador por Empresas Tabela 7 Produtos das empresas dos Questionados Tabela 8 Tempo de fornecimento para a BRF S.A Tabela 9 Existência de políticas ou metas sobre sustentabilidade Tabela 10 Existência de procedimentos/normas sobre assuntos ambientais Tabela 11 Empresa quantifica os aspectos/impactos ambientais Tabela 12 Os aspectos/impactos considerados mais importantes Tabela 13 Treinamentos disponibilizados sobre responsabilidade social e práticas ambientais Tabela 14 Conhecimento dos questionados sobre práticas ambientais da empresa Tabela 15 Disponibilização de treinamento relacionado à CIPA Tabela 16 A empresa incentiva os funcionários a participarem do voluntariado Tabela 17 Estrutura para separação de resíduos na empresa Tabela 18 A empresa fornece incentivos e prêmios aos questionados Tabela 19 Parceiros considerados importantes para a empresa do questionado Tabela 20 Empresa dos questionados procura desenvolver produtos eficientes ambientalmente Tabela 21 Empresa procura substituir matérias primas para materiais ecológicos Tabela 22 Reaproveitamento realizado pela empresa Tabela 23 Conhecimento dos questionados sobre sustentabilidade Tabela 24 Atividades da empresa possuem risco ambiental Tabela 25 Município que os questionados residem possuem parques e área verde Tabela 26 Questionados tem a vida afetada pelo aquecimento global Tabela 27 Residência dos questionados possui rede de esgoto municipal Tabela 28 Realização da separação de resíduos na empresa pelos questionados Tabela 29 Orientação e incentivos dos familiares na separação de resíduos efetuada

12 11 pelos questionados Tabela 30 Relato de anomalias relacionadas ao meio ambiente pelos questionados Tabela 31 Contribuição dos questionados com ideias sobre meio ambiente na empresa Tabela 32 Ideias pelas quais os questionados contribuem para empresa Tabela 33 Percepção dos questionados sobre participação em grupos de voluntários. 78 Tabela 34 Preocupação dos questionados com a utilização de recursos naturais Tabela 35 Percepção dos questionados sobre necessidade de economia no uso de recursos Tabela 36 Percepção dos questionados sobre adquirir eletrodomésticos que consomem menos energia Tabela 37 Percepção dos questionados sobre ir trabalhar de ônibus visando à redução de fumaça Tabela 38 Destinação de tempo para participação na implantação de práticas ambientais Tabela 39 Manutenção de motivação pelos questionados diante da demora na implantação de ações de melhorias Tabela 40 As ações de melhoria podem trazer benefícios aos questionados Tabela 41 Participação dos questionados é importante na implantação das ações Tabela 42 Destinação tempo Versus Ações trarão benefícios colaboradores Tabela 43 Destinação tempo Versus Participação colaboradores é importante Tabela 44 Conhecimento sustentabilidade Versus Relata anomalias do meio ambiente Tabela 45 Conhecimento sustentabilidade Versus Contribui com ideias sobre meio ambiente Tabela 46 A empresa quantifica impactos ambientais Versus Prática da separação de resíduos... 85

13 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO OBJETIVOS DA PESQUISA Objetivo Geral Objetivos Específicos RELEVÂNCIA, ORIGINALIDADE E CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS, EVIDÊNCIAS DA PESQUISA E ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SUSTENTABILIDADE NAS EMPRESAS Estratégia rumo à sustentabilidade nas empresas Benefícios, vantagens e diferenciais decorrentes das ações de sustentabilidade adotadas pelas empresas GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS VERDE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ABORDAGEM DA PESQUISA TIPO DE PESQUISA MÉTODO DE PESQUISA TÉCNICA E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS TÉCNICA DE TABULAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS CARACTERIZAÇÃO DOS QUESTIONADOS DADOS DA EMPRESA PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A CONHECIMENTO E O NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES DAS EMPRESAS TERCEIRAS NAS PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS CRONOGRAMA ESTRUTURADO PARA IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL... 80

14 PLANO DE AÇÃO PROPONDO UM ROTEIRO PARA INCORPORAÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FORNECEDORAS PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A EVIDENCIADAS VIA OBSERVAÇÃO DIRETA PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A CONFORME PERCEPÇÃO DOS ENTREVISTADOS CONHECIMENTO E O NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES DAS EMPRESAS TERCEIRAS NAS PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS CRONOGRAMA ESTRUTURADO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PLANO DE AÇÃO PARA INCORPORAÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FORNECEDORAS DA BRF S.A NÍVEL DE COMPARTILHAMENTO DAS PRÁTICAS AMBIENTAIS COM OS COLABORADORES DAS EMPRESAS TERCEIRAS MANUAL COM FERRAMENTAS, PROGRAMAS E MÉTODOS A SEREM DISPONIBILIZADOS PARA A MELHORIA DA GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS CRONOGRAMA ESTRUTURADO PARA ADEQUAR A GESTÃO AMBIENTAL DAS EMPRESAS TERCEIRAS AS PREMISSAS PRECONIZADAS PELA ABORDAGEM DE GCSV DIMENSÕES DE ANÁLISE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS VERDE DISCUSSÃO DOS RESULTADOS APLICABILIDADE DO TRABALHO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICES APÊNDICE A - Roteiro de entrevista com os gestores das empresas terceiras

15 14 APÊNDICE B - Roteiro de entrevista com o negociador da empresa BRF S.A APÊNDICE C - Roteiro de entrevista com o Auxiliar de RH da empresa BRF S.A APÊNDICE D - Roteiro para Observação local nas empresas terceiras da BRF S.A APÊNDICE E - Questionário aplicado junto aos colaboradores das empresas terceiras APÊNDICE F Manual de Gestão Ambiental

16 15 1 INTRODUÇÃO Um tema que está conquistando a atenção dos pesquisadores na academia e dos gestores das organizações trata da Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde (GCSV) que, por meio de métodos, ferramentas, práticas e programas, objetiva o ganho financeiro e melhoria no desempenho ambiental. (SARKIS, 2003; DARNALL; JOLEY; HANDFIELD, 2008; MINATTI, 2011; SARKIS, 2012; ZHU; SARKIS, 2007; MUDULI et al, 2013; ALVES; NASCIMENTO, 2013). Este tema tão importante motivou a elaboração deste estudo que possui a estrutura conforme descrito a seguir. Este capítulo introdutório foi elaborado de modo a demonstrar a contextualização do problema de pesquisa da dissertação. Cabe ressaltar que este estudo está inserido na linha de pesquisa Competitividade no agronegócio do mestrado profissional em administração, pois são analisados e avaliados os fornecedores de uma das principais agroindústrias do Brasil localizada na região Oeste catarinense (IBGE, 2013). Foi descrito de forma resumida o conceito de Sustentabilidade, sendo demonstrados os aspectos que suportam as ações sustentáveis em uma empresa. Após é descrito sobre os stakeholders e a inter-relação que existe entre eles. A GCSV também é um item abordado na contextualização, a fim de explicar a importância para o objetivo desta pesquisa. Na sequência são descritos os objetivos da pesquisa, que são os norteadores do trabalho proposto. Logo após, descreve-se a relevância, originalidade e contribuições do trabalho. Conforme levantamento realizado dos estudos mais recentes sobre a GCSV, percebe-se que é um tema emergente e constata-se que há sugestões por parte de pesquisadores nacionais e internacionais para a intensificação de pesquisas nessa área, vinculando a análise das estratégias ambientais com o desempenho econômico e financeiro e com os recursos mobilizados para viabilizar as mesmas nas empresas. Estudos com essa dimensão de análise podem se tornar um referencial para as empresas agroindustriais do setor de frigoríficos, no que tange as práticas ambientais relacionadas à sua cadeia de suprimentos, principalmente relacionados ao elo dos seus fornecedores. Este capítulo é finalizado com a apresentação da estrutura do estudo proposto.

17 CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO O interesse das empresas nas questões ambientais aumentou nas últimas duas décadas. A causa desse crescente interesse advém primeiramente das exigências legais, como requisitos de instruções normativas expedidas pelo governo, exigências de clientes e órgãos não governamentais (SEHNEM, 2011). Cabe ressaltar que os efeitos advindos das atividades produtivas de uma empresa podem causar poluição do solo, ar e água. Podem contribuir para mudanças climáticas e outros impactos ambientais. A atuação da empresa pode afetar os seus stakeholders trazendo insatisfação e pressões para mudanças. Desse modo, as empresas passaram a adotar práticas e ações considerando a preservação ambiental, bem estar social e compromisso com o crescimento econômico (AZEVEDO, 2006). Conforme estudo realizado pela coalizão de negócios Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB), órgão ligado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a América do Sul e a extração de carvão da Ásia causam um prejuízo de 4,7 trilhões de dólares por ano ao meio ambiente. Este valor se refere ao dobro do Produto Interno Bruto do Brasil em 2012 que foi de 2,2 trilhões de dólares, sendo que toda a riqueza produzida no país multiplicada por dois é o quanto custa para a economia mundial com relação aos prejuízos causados pelas emissões de gases de efeito estufa, perda de recursos naturais, além de serviços com armazenamento de carbono por florestas, mudanças climática e os custos com a saúde relacionados à poluição do ar (PREJUÍZO AMBIENTAL PROVOCADO..., 2013). Danos estes causados pelas atividades mencionadas anteriormente. Outra questão importante que requer atenção é em relação à avaliação de fornecedores, muitas vezes instalados em outros países e que absorvem grande percentual da produção. Nestas auditorias cada vez mais se exigem atendimento aos itens relacionados ao assunto sustentabilidade e consequentemente é exigida e contemplada a abordagem ambiental. Existe também a pressão cada vez maior dos consumidores que já possuem uma conscientização ambiental inserida no seu meio familiar e que realizam algumas práticas como a separação dos resíduos, onde se inclui as embalagens e sobras dos produtos adquiridos. Neste sentido, Makishi (2012) relata que existe uma crescente sensibilização por parte da sociedade civil nos assuntos relacionados ao meio ambiente, aliado ao interesse do poder público e empresarial, buscam-se alternativas mais eficientes para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Com relação à atenção da sociedade nos assuntos relacionados ao meio ambiente Guimarães, Teixeira e Cunico (2014, p. 02) descrevem que: A preocupação

18 17 quanto à pauta ambiental é cada vez mais presente na sociedade, estimulando o desenvolvimento de iniciativas que visam alcançar uma economia ambientalmente mais amigável. É correto contemplar no interesse das empresas as questões relacionadas à sustentabilidade. As exigências e preocupação dos próprios colaboradores que percebem os danos e possíveis efeitos indesejados gerados pelos processos produtivos da empresa em que trabalha e por eles mesmos sugestionam e elaboram ações para auxiliar na prática e atendimento das questões ambientais. De todos os motivos mencionados para entendimento do crescimento do interesse das empresas nas questões relacionadas ao atendimento sustentável o mais relevante é a preocupação com os danos e efeitos gerados pela cadeia produtiva da empresa. Nesse sentido, deve-se considerar a geração de resíduos desde o início, durante e após a finalização do produto acabado produzido. Este relato condiz com a afirmação descrita por Moori, Shibao e Kimura (2013) em seu estudo. A utilização dos recursos naturais como água e energia elétrica também contribuem em um grande percentual para degradação e alteração das características do meio ambiente. Além disso, o agravamento dos problemas socioambientais nos últimos anos, juntamente com a identificação de que muitos dos danos causados ao meio ambiente são irreversíveis. Esse contexto traz a preocupação por meio de discussões sobre como este cenário poderia ser resolvido e qual o papel das organizações nesse processo de melhoria (SILVA; REIS; AMÂNCIO, 2011). Como consequência de todos os atos supramencionados que vão contra o uso adequado dos recursos naturais, assim como as boas práticas de sustentabilidade, cabe a toda população sofrer as consequências advindas das enchentes, chuvas de granizo, temporais e até eventos anteriormente quase nunca percebidos no país como tufões e tornados. Pode-se considerar ainda que um grande problema a ser enfrentado pelas empresas é a falta do recurso natural água, principalmente na região Oeste de Santa Catarina. Com relação à preocupação das pessoas com os impactos gerados ao meio ambiente Sehnem (2011, p. 14) descreve que: Baseado nesse cenário de degradações provocadas pela natureza, o ser humano torna-se sensibilizado com o ambiente e passa a tomar medidas mitigadoras. Este contexto demonstra que o tema relacionado à natureza deve ser sim estudado para que ações de melhoria possam ser identificadas e implantadas. Com base no cenário apresentado, identifica-se a sensibilização da população em relação aos aspectos ambientais gerados em todo o mundo. Esta sensibilização também abrange os gestores e empresários,

19 18 haja vista as diversas ações em busca de certificações e programas relacionados à sustentabilidade e gestão ambiental. Uma forma que as empresas estão buscando para atingir o desenvolvimento sustentável na dimensão ambiental é a implantação da GCSV, sendo considerado ainda um modelo novo de gestão para as empresas. Um fator importante a ser destacado na cadeia de suprimentos verde é a preocupação com as práticas ambientais desde o início da cadeia na aquisição dos insumos e serviços, passando pelo processamento interno e sendo encerrado após a entrega do produto final ao consumidor. Com base neste contexto, relatam-se vários estudos que descrevem a importância da GCSV nos processos da empresa alinhada com seus fornecedores, clientes e demais stakeholders, a exemplo de Handfield, Sroufe e Walton (2005), Darnall, Jolley e Handfield (2008), Sarkis (2012), Andrade e Paiva (2012), Huang, Tan e Ding (2012). É importante salientar que a gestão e práticas sustentáveis podem trazer para a empresa oportunidades de negócio em outros nichos de mercado. Este aspecto pode ser visto no relatório de sustentabilidade da empresa NORD Eletric, a conduta da empresa alinhada ao sistema de gestão sustentável possibilitou o surgimento de inúmeras parcerias para projetos de pesquisa e desenvolvimento, e transferência de tecnologia. Cita-se como exemplo o desenvolvimento de refletores LED (Light Emitting Diode) em parceria com empresa italiana (NORD, ). Neste estudo as seis unidades de análises são as empresas terceirizadas da agroindústria BRF S.A unidade de Chapecó pertencente ao segmento de frigoríficos com produção de frango, perus e industrializados, além da fábrica de rações localizada no mesmo pátio fabril. Com base no exposto sobre a GCSV cabe ressaltar que a empresa agroindustrial mencionada possui certificação nos seus processos da norma ISO , demonstrando a sua preocupação com a manutenção e preservação do meio ambiente desde a aquisição das suas matérias-primas e serviços até a entrega do seu produto ao cliente. Por meio da certificação ISO a empresa demonstrou a efetividade das ações relacionadas à proteção do meio ambiente, que contempla projetos como a implantação da separação e destinação adequada dos seus resíduos, assim como a venda dos resíduos recicláveis, sendo que com o valor arrecadado com a venda são realizadas melhorias nos ambientes frequentados pelos seus colaboradores. (exemplos: cobertura contra chuva da portaria até fábrica de empanados, e passarela entre a portaria da empresa e outro lado da avenida Atillio Francisco Xavier Fontana Chapecó -SC). Outra realização que demonstra o interesse pelo meio ambiente é a construção de uma cisterna que armazena milhares litros de água da chuva coletada das calhas e galerias construídas e direcionadas para a cisterna, podendo armazenar até 10 dias de

20 19 consumo de água para sua produção. Existe ainda a plantação anual de mudas de árvores nativas nos arredores do lajeado São José (UNIDADE DE CHAPECÓ..., 2013). Sendo uma empresa especializada em produção de alimentos, é necessária a implantação de parcerias com empresas especializadas em atividades que não são o foco principal da agroindústria, mas não menos importante. Essas empresas terceiras realizam atividades principalmente dentro das dependências físicas da BRF S.A. Para contratação das empresas que prestam serviço é de conhecimento que existem exigências contratuais legais e outras relacionadas às práticas de qualidade, saúde, segurança e meio ambiente. Estas exigências são cobradas e auditadas constantemente durante a realização dos serviços na empresa BRF S.A. Conforme Zhu e Sarkis, (2007) o interesse e necessidades em aquisições verdes diferem de acordo com cada empresa. No seu estudo, os autores demonstram que algumas empresas se preocupam em exigir dos seus fornecedores ações rigorosas que não danifiquem o meio ambiente e por outro lado existem empresas que não consideram estas exigências como importantes. Com relação ao alinhamento entre parceiros de negócios é necessário que haja a interação de normas, exigências e obrigações. Nesse sentido Gao e Zhang (2006) definem que as relações entre parceiros são conhecidas como uma difícil interação de mudanças, relações contestadas entre as diversas partes interessadas e as organizações. Grande parte das políticas, estratégias e atividades de uma organização são introduzidas em uma rede de relacionamento entre stakeholders, devendo ser incorporadas de forma adequada para a total compreensão de todos os envolvidos. Diante deste contexto, considera-se como tema deste estudo as práticas de gestão ambiental dos parceiros terceiros da agroindústria BRF S.A da unidade de Chapecó sob a ótica da cadeia de suprimentos verde, analisando se estas práticas se estendem por todos os processos das empresas terceiras e com a participação e conscientização dos seus colaborados. Dessa forma se parte da seguinte pergunta de estudo: Quais são as práticas ambientais realizadas nas empresas de pequeno e médio porte terceiras da BRF S.A?

21 OBJETIVOS DA PESQUISA Esta seção apresenta os objetivos geral e específicos deste projeto de dissertação Objetivo Geral Analisar as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas parceiras da Agroindústria BRF S.A, localizada em Chapecó/SC Objetivos Específicos - Identificar quais são as práticas de gestão ambiental nas empresas terceirizadas da BRF S.A; - Identificar se essas práticas ambientais são compartilhadas e entendidas pelos colaboradores das empresas terceiras; - Fornecer um cronograma estruturado para adequar a gestão ambiental das empresas terceiras às premissas preconizadas pela abordagem de GCSV; - Elaborar um manual com ferramentas, programas e métodos a serem disponibilizados para a melhoria da gestão ambiental nas empresas terceiras da BRF S.A; - Elaborar um plano de ação propondo um roteiro para incorporação de práticas sustentáveis nas pequenas e médias empresas fornecedoras. 1.3 RELEVÂNCIA, ORIGINALIDADE E CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA A relevância desta Dissertação está em identificar as práticas ambientais realizadas pelas empresas terceiras que compõem o elo inicial da cadeia de suprimentos da agroindústria BRF, além de verificar a influência que os colaboradores destas empresas exercem. De acordo com a Política de Meio Ambiente da BRF S.A disponível em seu site, a BRF assume o compromisso de orientar aos seus fornecedores e parceiros. Reconhece os esforços daqueles que promovem a realização das suas atividades de maneira sustentável. Em outro item da sua política do meio ambiente é mencionado que a BRF compreende seu papel na disseminação de boas práticas, para com o meio ambiente via educação e comprometimento de seus colaboradores, terceiros e envolvidos na sua cadeia produtiva. É oportuno esclarecer que as práticas ambientais que são mencionadas ao longo deste estudo se referem a ações que os gestores decidem realizar para melhorar o seu desempenho

22 21 principalmente ambiental. Essas ações devem ser baseadas em práticas já consolidadas como a gestão de resíduos sólidos, programa 5S e requisitos da ISO Conforme Seiffert (2011a) relata que a implantação da norma ISO no ambiente organizacional direciona as suas ações para a realização de práticas que gerenciem ou reduzam as consequências adversas relacionadas ao meio ambiente. Outro esclarecimento importante é com relação à Política Ambiental da empresa, sendo que o gestor deve elaborá-la com o intuito de expressar formalmente o compromisso da direção com as questões ambientais nas quais a empresa está envolvida. A política ambiental estabelece o nível de responsabilidade e desempenho ambiental requerido pela organização pelos quais todas as ações subsequentes serão julgadas. (BARBIERI, 2011, p.160) Nesse sentido, este estudo poderá contribuir como suporte para checagem da aplicabilidade dos terceiros em relação aos itens da Política do Meio Ambiente supra mencionado. Uma vez da ocorrência de um acidente ambiental causado por um de seus fornecedores, a BRF poderá ser considerada responsável, pois este acidente poderá ocorrer dentro das dependências da agroindústria ou no seu entorno. A respeito deste assunto Handfiled et al (2005) descrevem no seu estudo que os riscos ambientais de uma empresa podem ser causados por seus fornecedores. De acordo com relatório de sustentabilidade da empresa NORD Electric, a parceria com seus fornecedores deve ser o mais transparente e constante possível. Todo o processo de aquisição é avaliado pela qualidade do produto, preço e disponibilidade do mesmo no mercado, além da preocupação do impacto socioambiental que a aquisição pode fornecer (NORD, ). Conforme descrito no relatório de sustentabilidade da agroindústria do setor de alimentos JBS, existe por parte da empresa a preocupação com riscos ambientais, na aquisição das matérias-primas ocorre à preocupação de como o seu fornecedor lida com as questões ambientais. Existe a preocupação no atendimento dos órgãos regulamentadores, diante disso ocorre a elaboração de projetos inovadores e melhorias no processo para antecipar o atendimento a compromissos futuros. Com relação a oportunidades associadas, a empresa desenvolve o apoio a projetos junto a cadeia produtiva para produção de baixo carbono e ações relacionadas a responsabilidade socioambiental. Outra ação importante é a realização do inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) desde A preocupação com seus parceiros também é demonstrada quando o relatório descreve a ampliação de parcerias (academias, fornecedores, governo e outros) (JBS, 2013).

23 22 Com base na análise realizada neste estudo, são propostas ferramentas e programas para que a inserção adequada das práticas relacionadas à gestão ambiental sejam efetivas e eficazes. Além de o tema ser novo e recente no meio acadêmico e empresarial, percebe-se a evolução e interesse no assunto sobre a GCSV nos últimos anos, conforme visualizado nos estudos de Green et al (2012), Zhu e Sarkis (2013), Moori, Shibao e Kimura (2013), Luthra, Garg e Haleem (2013). Percebe-se que o objeto de estudo (empresas de serviços fornecedoras de frigorífico) e os assuntos abordados nesta dissertação permitem um ganho no que diz respeito à obtenção de conhecimento sobre GCSV, pois conforme pesquisado nos principais bancos de dados, quais sejam, Ebsco, Scopus e Isi Web os Sciences, não foram identificados estudos similares. Com relação aos estudos no nível de Dissertação sob a ótica da GCSV poucos foram identificados, citam-se apenas Mafud (2010), Minatti (2011), Makishi (2012), estudos realizados em outros setores como metal mecânico, processamento de côco verde e fornecimento de alimentos para o Reino Unido, relacionado a frigorífico e seus stakeholders nenhum estudo foi identificado. Cabe ressaltar que o tema deste trabalho está relacionado diretamente com a área de concentração Competitividade do Agronegócio e a Linha de Pesquisa do Mestrado Profissional em Administração da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) e envolve uma empresa frigorífica pertencente ao principal segmento produtivo desenvolvido no oeste catarinense, que contribui para o resultado econômico do município de Chapecó/SC. Conforme citado em IBGE (2013) o parque industrial do município de Chapecó/SC é composto historicamente pela agroindústria, sendo que se tem instalado diversas indústrias do ramo metal mecânico para atender a demanda das agroindústrias do município. Dessa forma, se comprova a importância que uma parceria bem realizada pode contribuir para o desenvolvimento não somente das empresas, mas sim de toda a comunidade do entorno. Esta Dissertação apresenta como contribuição empírica a identificação das práticas ambientais adotadas por empresas que compõem o elo inicial da GCSV de uma importante agroindústria frigorífica do município de Chapecó/SC, identificando se estas práticas são coerentes com as realizadas na BRF S.A. Além da referida análise são propostas ferramentas e programas para a melhoria da gestão ambiental nos processos das empresas terceiras. Esse arsenal traz uma importante contribuição para a rastreabilidade da cadeia produtiva avícola e industrialização, desenvolvidas pela BRF em Chapecó/SC. Com relação à contribuição teórica e prática, contribui para a academia devido à utilização da abordagem da GCSV como suporte para esta pesquisa, alinhada ao estudo

24 23 empírico, onde são fornecidos dados e informações para tomadas de decisões dos gestores e empresários. Como contexto para a pesquisa empírica, foi escolhido à região Oeste do estado de Santa Catarina e o setor da agroindústria, por meio de um frigorífico e seus fornecedores de serviços do município de Chapecó/SC, que permite retratar o fenômeno e buscar alcançar os objetivos propostos neste estudo. 1.4 SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS, EVIDÊNCIAS DA PESQUISA E ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO Este estudo foi realizado por meio de um levantamento, no qual foi utilizada a abordagem qualitativa e quantitativa. A pesquisa foi realizada utilizando-se dos instrumentos de coleta de dados entrevistas semi-estruturadas com os funcionários da BRF S.A e aplicação de questionários estruturados aos gestores das empresas terceiras. O estudo foi estruturado de forma que no capítulo 1 é apresentada a introdução, contextualização do problema, objetivos, relevância, originalidade e contribuições da pesquisa. O capítulo 2 discorre sobre a fundamentação teórica para fornecer o suporte adequado para elaboração deste estudo. A fundamentação teórica trata de dois grandes temas, a sustentabilidade e a cadeia de suprimentos verde (Green Supply Chain Management). Também é discorrido sobre as ferramentas, métodos, práticas e ações que contribuem para a implantação da sustentabilidade em uma empresa: programa 5S, logística reversa, sistema de gestão ambiental, gestão de resíduos sólidos e responsabilidade social corporativa. Logo após apresenta-se o capítulo 3 que descreve a metodologia do trabalho, subdividida em delimitação da pesquisa, abordagem, tipo e método da pesquisa e técnica e instrumentos de coleta e análise de dados. O capítulo 4 discorre sobre a análise e apresentação dos dados e o capítulo 5 encerra este estudo, onde são apresentadas as considerações finais e posteriormente as referências e apêndices.

25 24 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Esta etapa da pesquisa tem o objetivo de apresentar uma revisão bibliográfica com ênfase em estudos publicados a partir dos anos 1990, para sustentar teoricamente as variáveis definidas para elaboração do estudo. Primeiramente é apresentado o conteúdo relacionado à sustentabilidade como um todo. O que ela significa e quais os pilares que a sustentam. Logo após, relata-se sobre os benefícios de ter a sustentabilidade implantada na empresa e as limitações, fragilidades e possíveis perdas da não utilização das suas práticas na organização. O segundo item sobre o qual foi discorrido na fundamentação teórica é referente à GCSV, sendo este o embasamento teórico que dá a sustentação a elaboração deste estudo. Apresenta-se o significado e como deve funcionar uma cadeia de suprimentos com práticas sustentáveis relacionadas às questões ambientais. Benefícios e limitações são apresentados para melhor entendimento sobre a importância da GCSV. Para os itens abordados na revisão bibliográfica, são também apresentados os estudos mais recentes veiculados em periódicos nacionais e internacionais das temáticas em investigação. 2.1 SUSTENTABILIDADE NAS EMPRESAS A sustentabilidade pode ser vista de várias formas, dependendo da área foco da análise e estudo que se está realizando. Muitas vezes o conceito de sustentabilidade pode estar relacionado ao desenvolvimento sustentável. Elkington (1994) relata que uma empresa sustentável, por conseguinte, é aquela que de alguma forma contribui para o desenvolvimento sustentável por meio da geração de forma simultânea de benefícios econômicos, sociais e ambientais conhecidos como os três pilares do desenvolvimento sustentável. Conforme Guimarães (2003) os primeiros debates e informações sobre o desenvolvimento sustentável foram apresentados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, em Estocolmo, capital da Suécia, no ano de 1972, onde se iniciaram, de forma mais substantiva, as discussões sobre os assuntos relacionados à sustentabilidade. Com relação ao conceito de desenvolvimento sustentável Guimarães (2003, p. 29) afirma que é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades, texto similar aquele que foi registrado no relatório de Brundtland no ano de 1987.

26 25 Em meados dos anos 1990 Elkington cria a expressão TBL (Triple Bottom Line) ou tripé da sustentabilidade, que abrange os aspectos econômicos, sociais e ambientais. Os componentes mais importantes para o desenvolvimento sustentável consistem em: crescimento da economia, atenção ao meio ambiente e igualdade social. Esses fundamentos aliados à mudança de pensamento dos gestores que tinham como objetivo único o lucro, passaram por um processo de desenvolvimento sustentável, originando o TBL ou Triple Bottom Line da Sustentabilidade (BARBOSA, 2007). O desenvolvimento sustentável é uma rota para mudanças de forma intencional, objetivando a melhoria deste atributo do sistema, por meio da satisfação dos anseios das pessoas envolvidas. O desenvolvimento sustentável é o trajeto para a busca da sustentabilidade. A sustentabilidade é o objetivo final e geralmente se consegue no longo prazo (SARTORI; LATRÔNICO; CAMPOS, 2014). No mesmo estudo é discutida uma segunda visão, diferente da anterior. O desenvolvimento sustentável é o resultado a ser almejado e a sustentabilidade é o processo para atingir o desenvolvimento sustentável. De acordo com Souza et al (2011) as empresas devem buscar soluções alternativas a sua produção e o desenvolvimento sustentável é uma opção para o tratamento do esgotamento de recursos naturais e a degradação do meio ambiente relacionada aos resultados dos seus processos. Para um entendimento do que é a sustentabilidade, é importante relacionar o seu conceito a biologia e a economia. Nascimento (2012) afirma que a sustentabilidade advém da biologia por intermédio da ecologia. Está associada à recuperação e reprodução dos ecossistemas devido à degradação dos recursos naturais, desflorestamento, queimadas, ou de forma natural como terremotos, inundações etc. A segunda origem, na economia, por intermédio do desenvolvimento contínuo, percebido ao longo do século XX, relacionado ao padrão de produção e crescimento do consumo mundial, entendido como insustentável. Dessa forma, tem-se a noção de sustentabilidade com uma preocupação com a escassez dos recursos naturais e sua gradativa depleção. Para Luchsinger (2009) a definição de sustentabilidade está alinhada a preocupação com o uso de recursos e a distribuição equitativa destes recursos. Deve-se ter consciência da inter-relação entre a economia, a sociedade e o ambiente, e conviver com a consciência da restrição na utilização e disponibilidade de recursos. A sustentabilidade está suportada com base em três pilares: econômico, social e o ambiental, as empresas devem realizar ações para alinhar os três pilares e dessa forma atingir a competitividade empresarial de forma sustentável.

27 26 Com relação aos aspectos da sustentabilidade: A adoção de práticas de gestão para a sustentabilidade, que integrem de forma consolidada aspectos econômicos, sociais e ambientais é cada vez mais recorrente no âmbito empresarial e demonstra a preocupação da organização com o futuro, representando um investimento em longo prazo. (KNEIPP et al, 2013, p.02) Com relação as três variáveis que influenciam o desenvolvimento sustentável Battisti, Lee e Cameron (2009) afirmam que o tema central na definição do conceito é a interdependência entre o crescimento econômico, preocupações com os aspectos ambientais e fatores relacionados à justiça social. Dessa forma, a ênfase está em buscar o desenvolvimento humano de forma inclusiva, conectada e equitativa. Com relação à dimensão social em seu estudo, Santos e Mendonça (2009) identificaram que a sustentabilidade no âmbito social é quando as empresas disponibilizam a melhoria na qualidade de vida dos seus stakeholders, o bem estar das pessoas e a distribuição de renda de forma equitativa. A questão social deve sempre ser considerada no meio empresarial de forma abrangente e participativa. A responsabilidade social corporativa deve ser assumida por todos os atores envolvidos e estendido a toda a sociedade, havendo a participação de todos, pois implica na sobrevivência, garantindo o futuro das próximas gerações, vindo ao encontro do entendimento mais amplo da sustentabilidade que reconhece o negócio, mas dando grande importância aos valores humanos (PEREIRA; FENDRICH, 2009). Sobre o pilar social da sustentabilidade relatada de forma mais ampla, Sachs (2007, p. 288) descreve que a sustentabilidade social aparece como uma preocupação relacionada à organização interna de cada sociedade humana e da comunidade mundial de nações cada vez mais interdependentes. Silva, Reis e Amâncio (2001) em seu estudo afirmam que os investimentos sociais e ambientais se tornaram recentemente mais atrativos para as empresas, quando vários estudos começaram a indicar sua contribuição na divulgação da empresa e melhora no desempenho financeiro, gerando valor aos produtos e tornando-a mais atrativa aos investidores. No que se refere ao processo de desenvolvimento, Sachs (2008) relata que duas vertentes devem ser consideradas: em nível econômico por meio da diversificação das estruturas produtivas, alinhada com acréscimos significativos na produtividade, sendo base para aumento do bem estar. A segunda vertente é em nível social, promovendo a equidade da sociedade, diminuindo as diferenças sociais que separam as diferentes faixas da população.

28 27 Sobre a influência da Responsabilidade Social Corporativa nas ações realizadas pelas empresas, Soares e Petrini (2013, p. 02) afirmam que as empresas precisam realizar medidas específicas para garantir recompensas justas e compensações a todos os Stakeholders, além de trazer benefícios à sociedade e oferecimento de seus bens e serviços. A segunda dimensão da sustentabilidade trata sobre a questão econômica. De acordo com Nascimento (2012) a dimensão econômica, reflete o aumento na eficiência produtiva e do consumo com economia cada vez maior de recursos naturais, destacando-se os recursos permissivos como as fontes fósseis de energia e os recursos escassos como a água e os minerais. Conforme relatado por Rahardjo et al (2013, p.09) A sobrevivência da empresa depende da capacidade de construir bons relacionamentos com os agentes econômicos e sociais. A terceira dimensão que compõe o tripé da sustentabilidade é a ambiental. As empresas nos últimos anos estão mais preocupadas com a questão ambiental. Dessa forma, estão desenvolvendo mudanças e alterações por meio de práticas e ações ambientais nos seus processos. De acordo com Silva, Reis e Amâncio (2011) as mudanças relacionadas à questão ambiental são impulsionadas pelas exigências legais ambientais que regulamentam as atividades da empresa com relação ao consumo de recursos e serviços ambientais, pela maior exigência das pessoas que acreditam que a empresa reduza e gere uma compensação dos impactos gerados. Os investidores também estão envolvidos nas mudanças ambientais, pois se preocupam e buscam a redução dos riscos gerados e o próprio mercado, uma vez que as questões relacionadas ao meio ambiente são relevantes para a competição entre as organizações. Quando a empresa busca a sustentabilidade, os seus gestores devem ter a consciência que a postura e o comprometimento devem ser mudados para que os objetivos planejados sejam atingidos. Nesse sentido Junior et al (2013, p. 42) descrevem que A gestão das organizações se caracteriza por uma variedade de posturas, que resultam em diferentes graus de desenvolvimento e comprometimento com as questões ambientais. Nos últimos anos a sustentabilidade está cada vez mais inserida nas organizações de forma que se objetiva não somente a questão da filantropia, mas como uma ação que visa à busca de vantagens competitivas e principalmente o bom relacionamento com seus stakeholders. Neste sentido, Trevisan, Gallon e Montagner (2008) relatam que os empreendedores se preocupam com as questões relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade

29 28 socioambiental e que se colocadas em prática podem gerar vantagens competitivas para o negócio da empresa. A vantagem competitiva pode ser obtida, pois as ações socioambientais trazem uma melhora na qualidade de vida dos seus colaboradores e de seus familiares, da comunidade em que vivem e da sociedade em geral. As práticas exercidas pela empresa em relação às ações sustentáveis devem ser planejadas e projetadas para que todos os atores envolvidos percebam a importância e auxiliem na execução e cumprimento de todas as etapas para a busca da competitividade em toda cadeia. De acordo com Silva et al (2011) a preocupação em inserir os conhecimentos de forma integrada conduz a elaboração de competências que podem disponibilizar vantagens competitivas no ambiente em que a empresa participa. Para que ocorra, é necessário estar ciente que neste ambiente estão inseridos vários atores que interagem entre si. Dessa forma, a empresa deve considerar os anseios e necessidades dessas pessoas consideradas os seus stakeholders de forma mais significativa e contundente. Com relação ao interesse das empresas em implantar ações e práticas sustentáveis Potrich, Teixeira e Finotti (2007) relatam que as indústrias que transformam matérias-primas e insumos em produtos acabados possuem enorme responsabilidade na proteção, manuseio e processamento dos recursos naturais. Dessa forma, está claro o grande interesse na melhoria dos processos e produtos visando à otimização do uso de matérias-primas e insumos, o uso de tecnologias limpas e a redução na geração de resíduos. Pode-se afirmar que não é somente o desejo da empresa em ter um desenvolvimento sustentável que irá obter os resultados esperados e sim a adoção de práticas e compromissos dos gestores com a efetividade das ações sustentáveis na empresa. Neste sentido a Figura 01 demonstra um esquema da sustentabilidade, onde são demonstrados os três pilares: econômico, ambiental e social que suportam a sustentabilidade e na base os stakeholders, salientando que sem a inter-relação entre eles a busca pela sustentabilidade se torna muito difícil.

30 Aspectos Econômicos Aspectos Ambientais Aspectos Sociais Satisfação 29 Figura 01: Esquema da Sustentabilidade Sustentabilidade Fornecedores Gestores colaboradores Clientes Comunidade Órgãos/entidades Com base nos autores supramencionados, se elaborou a Figura 01, na qual é demonstrado o que parece ser necessário para atingir a sustentabilidade nos processos da empresa. É necessário focar nos anseios e desejo de todos os parceiros e também é necessário focar nos aspectos econômicos, ambientais e sociais. As ações realizadas devem ser de forma compartilhada e integrada entre os stakeholders que compõem o negócio. Cabe salientar que neste estudo será focado o aspecto ambiental do tripé da sustentabilidade. Com relação ao sucesso de gestão empresarial sustentável Rahardjo et al (2013) afirmam que existem pelo menos cinco fatores que devem ser cumpridos para obtenção do sucesso, quais sejam: (1) o número de compromissos dos acionistas e gestores da empresa para incentivar a gestão para a busca de solução de problemas sociais e ambientais, (2) a força do paradigma humanista adotada pela administração, (3) a capacidade de gestão de desempenho de sustentabilidade atinge nível mais alto (4), a capacidade do gerenciamento da empresa na elaboração de conceitos para obtenção na prática de uma forte cultura de sustentabilidade com reflexos positivos e ( 5) a capacidade de gestão constrói um retorno positivo mútuo entre os agentes econômicos.

31 30 Como limitação ou questionamentos sobre a sustentabilidade nas empresas pode-se citar o estudo realizado por Battisti, Lee e Cameron (2009), onde foi identificado que os gestores de pequenas empresas demonstraram consciência dos assuntos sobre a sustentabilidade, principalmente em relação às práticas ambientais, mas também demonstraram grande preocupação com o custo potencial que as práticas de ações sustentáveis possam gerar. Há uma clara percepção que o custo da implantação de ações sustentáveis excederia em valor o retorno monetário. Cabe ressaltar que o tamanho da empresa pode influenciar na efetividade do gestor em aplicar os conceitos e ações relacionadas à sustentabilidade. Nesse sentido, Saha (2011, p.5) conclui que A percepção de sustentabilidade também varia de acordo com o tamanho, natureza da organização e entre os diferentes níveis de gestão. Com relação ao não uso de práticas do desenvolvimento sustentável relacionadas ao meio ambiente às empresas podem perder a oportunidade de obter vantagens e melhorias nos seus processos e produtos. Sobre a influência do uso adequado dos recursos disponíveis e atenção aos regulamentos e práticas ambientais Porter e Linde (1995) identificaram no seu estudo que a empresa pode obter benefícios no seu processo através da melhor utilização dos subprodutos, conversão dos resíduos em formas valiosas de uso e redução do consumo de energia durante o processamento. Outros ganhos podem ser percebidos em relação ao produto com menores custos de embalagens, produtos mais seguros devido a controles rigorosos e redução de custos com descarte dos produtos e embalagens adequadamente e possível revenda como sucata. Na sequência, o Quadro 01 demonstra alguns estudos nacionais realizados sobre sustentabilidade nos últimos 2 anos. Por meio de uma escolha pessoal foram definidos os termos de busca: sustentabilidade nas empresas, sustentabilidade empresarial, sendo utilizadas as bases de pesquisa da ANPAD, EBSCO e Capes. Quadro 01: Estudos nacionais recentes sobre Sustentabilidade empresarial Autor(res) Ano Objetivos Avaliar a Sustentabilidade Empresarial das empresas hoteleiras da Via Costeira da cidade de Natal, na Andrade e Câmara 2012 percepção dos seus gestores, utilizando o Grid de Sustentabilidade Empresarial (GSE), modelo proposto por Callado (2010) Bernardo e Camarotto 2012 Identificar as práticas ambientais adotadas por empresas paulistas processadoras de madeira, na etapa de geração e aquisição de matérias-primas, e analisar quais são os principais fatores motivadores da adoção dessas práticas.

32 31 Kneipp et al 2013 Pedroso et al 2012 Sehnem et al 2012 Voltolini 2012 Costa et al 2013 Souza e Ribeiro 2013 Analisar a adoção de práticas de gestão para a sustentabilidade em empresas do setor mineral sob a perspectiva da teoria institucional. Identificar como a organização de empresas por meio de clusters de negócios pode influenciar no processo de Ecoeficiência, na região de Toledo-PR, estado do Paraná, Brasil, atuantes da cadeia produtiva agroindustrial da suinocultura. Especificar, segundo classificação utilizada por Barney (1991) e Hall (1992), os recursos tangíveis e intangíveis usados por uma organização para estabelecer estratégias voltadas a sustentabilidade ambiental. Discutir quem são os líderes de sustentabilidade, como agem, pensam e tomam decisões, e em que valores acreditam. Analisar o conteúdo da divulgação de informações acerca das dimensões da sustentabilidade empresarial econômica, social e ambiental nos relatórios de empresas premiadas por suas práticas de responsabilidade socioambiental. Investigar o perfil das pesquisas e a evolução do tema sustentabilidade ambiental nos artigos publicados em periódicos nacionais Qualis de Administração de A1 a B2, no período de 1992 a Macedo, Freitas e Guerra 2013 O objetivo geral é a construção de uma escala para mensuração da importância da abordagem socioambiental nos cursos de administração de empresas na percepção dos docentes. Mascarenhas e Silva 2013 Medeiros et al 2013 Nobre e Ribeiro 2013 Oliveira e Sola 2013 Pesquisar três indústrias nacionais produtoras de óleos e gorduras vegetais e animais (OGVA) quanto ao reaproveitamento de seus resíduos (pós-consumo). Investigar o conhecimento das atividades socioambientais e sustentabilidade ligados à comercialização dos produtos em uma empresa de cosméticos na perspectiva de suas consultoras. Estudar a relação entre Grau de Complexidade Cognitiva (GCC) e Sustentabilidade em Organizações (SEO) de empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). Entender se o pilar econômico da sustentabilidade é mais valorizado pelas organizações em detrimento dos pilares social e ambiental.

33 32 Scandelari e Cunha 2013 Soares e Petrini 2013 Estudar a relação entre a ambidestralidade e o desempenho socioambiental de organizações. Lançar um novo olhar aos construtos teóricos da competitividade e sustentabilidade, a fim de evidenciar a possibilidade e relevância em considerar os conceitos de sustentabilidade na construção da competitividade, tendo em vista as divergências nas bases teóricas. O Quadro 02 demonstra alguns estudos internacionais pesquisados nas bases EBSCO e ProQuest realizados sobre sustentabilidade nos últimos 2 anos, tendo como termos de busca corporate sustainability e sustainability in business. Na maioria dos estudos relacionados é verificada a análise pautada em dados empíricos das empresas, quando são avaliadas diferentes questões relacionadas à sustentabilidade como Sustentabilidade e Governança corporativa, práticas sustentáveis e desempenho financeiro e avaliação da gestão ambiental na empresa. Quadro 02: Estudos internacionais recentes sobre Sustentabilidade empresarial Autor(res) Ano Objetivos Ameer e Othman 2012 Jones e Thompson 2012 Bekele et al 2013 Verificar se as empresas que atendem ao conjunto de responsabilidades de acordo com as práticas sustentáveis superiores com foco em práticas éticas, empregados, meio ambiente e clientes, possuem melhor desempenho financeiro em comparação com aquelas que não se envolvem em tais práticas. Buscar comentário sobre uma proposta de novo modelo para medir e monitorar a sustentabilidade da governança corporativa. Avaliar a gestão sustentável de negócios de uma empresa de varejo de alimentos cooperativa na Suécia, conhecido como Konsum Värmland ( KV ) Elua Roble, Corrêa e Casas 2013 Verificar se as operações de varejo proporcionam maior visibilidade para o varejista e influência do consumidor no processo de compra e entender o conceito de sustentabilidade do setor mais influente da economia sobre o consumidor final, que é o varejista.

34 33 Prezioso e Coronato 2013 Investigar e medir como a sustentabilidade está ajudando negócios regionais para mudar seu comportamento produtivo em direção a uma nova "capacidade de competitividade" incluindo uma visão de coesão territorial. Rahardjo et al 2013 Discutir as várias fontes para responder a essas perguntas: (1) por que uma empresa bem-sucedida falha na aplicação da Gestão da Sustentabilidade Empresarial - CSM? (2) Quais os fatores internos e externos devem ser atendidas como a exigência de sucesso da prática CSM? Conforme demonstrado nos Quadros 01 e 02, nos últimos dois anos a sustentabilidade sem sido alvo de estudos em empresas de diversos segmentos, como hotelaria, agroindústria, varejo, eletroeletrônico e outros, demonstrando a amplitude que o assunto reflete nas organizações atualmente. Nestes estudos relacionados, percebe-se a busca pela identificação da influência dos aspectos da sustentabilidade nos processos e resultados da empresa, sendo que em alguns destes estudos Jones e Thompson (2012), Soares e Petrini (2013), Souza e Ribeiro (2013) não fica claro ou não é aprofundada a investigação empírica para se obter resultados conclusivos sobre o assunto. Dessa forma, parece que apesar de haver um crescimento nos estudos sobre a temática da sustentabilidade existem inúmeras oportunidades para realização de novos estudos nos diversos temas relacionados ao assunto abordado neste levantamento de referências Estratégia rumo à sustentabilidade nas empresas Para que uma empresa possa afirmar que possui a sustentabilidade conquistada é necessário visualizar a implantação efetiva de ferramentas, práticas, métodos e ações nos seus processos. Pode-se citar a logística reversa, o Sistema de Gestão Ambiental, gestão dos resíduos sólidos, programa 5S, GCSV, 7 R s, responsabilidade social corporativa, adesão à redução de emissão de carbono, minimização dos gases do efeito estufa e tecnologias fim de tubo. As práticas identificadas como 7 R s podem gerar uma influência muito positiva na implantação da sustentabilidade na empresa e consequentemente na GCSV.

35 34 De acordo com Srivastava (2007) na esfera da GCSV o desenvolvimento varia do controle reativo via programas de gestão ambiental, para práticas proativas implementadas por meio de vários R s (Reduzir, Reutilizar, Recondicionar, Retrabalhar, Reciclar, Remanufaturar e logística reversa, e outros). Uma prática identificada para auxiliar na busca da sustentabilidade é a Logística Reversa. De acordo com Rogers e Tibben-Lembke (1998, p.02) a logística reversa é: O processo de planejamento, implementação e controle do rentável fluxo eficiente de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relacionadas do ponto de consumo ao ponto de origem com o objetivo de recapturar valor ou eliminação/destinação adequada. Um dos objetivos da logística reversa é disponibilizar retorno financeiro para a empresa, além de contribuir para a sustentabilidade com base na economia do transporte realizado e destinação correta das embalagens utilizadas. Como exemplo pode-se citar uma empresa que comercializa um determinado produto em bombonas de 25 litros e o próprio transportador realiza a entrega do lote novo e recolhe as bombonas vazias, retornando para o fabricante reutilizá-las ou destiná-las adequadamente. Cabe ressaltar que essas práticas de sustentabilidade e redução de custos só obterão o resultado esperado se houver uma interação entre os parceiros de negócio. Na pesquisa realizada por Jack, Powers e Skinner (2010) indicam que os compromissos de recursos e obrigações contratuais influenciam positivamente as capacidades de logística reversa e que esses recursos podem resultar em redução de custos. Outra importante prática que está sendo implantada pelas empresas e por algumas prefeituras municipais é a gestão dos resíduos sólidos, que além de contribuir para sustentabilidade no pilar do meio ambiente, existe a possibilidade de geração de diferenciais competitivos. Em momentos de crise de competitividade a implantação de estratégias relacionadas à gestão ambiental, pode trazer novos ganhos de competitividade, por meio de técnicas como racionalização no uso de matéria-prima, reaproveitamento e reciclagem de resíduos. A busca pela recuperação de mercado poderá ser conquistada pela adoção de resoluções verdes (VIEGAS; FRACASSO, 1998). Uma grande quantidade de problemas ambientais é causada pelos impactos negativos provenientes da geração de resíduos sólidos, e posteriormente na destinação de forma incorreta, o que gera a contaminação do ar, do solo, das águas e deterioração das áreas disponíveis para a destinação final destes resíduos (TEIXEIRA et al, 2012). a

36 35 O programa 5S também é de grande importância no que diz respeito à gestão da qualidade. É utilizado pelas empresas como marco inicial para a implantação de um sistema de gestão da qualidade. O programa 5S procura obter a conscientização dos colaboradores da empresa em atitudes relacionadas à utilização, ordenação e limpeza, criando um aspecto saudável através da autodisciplina das pessoas da empresa. O 5S promove o aculturamento das pessoas a um ambiente de economia, organização, limpeza, higiene e disciplina, fatores fundamentais à elevada produtividade. O 5S pertence a todas as pessoas (CAMPOS, 2004, p.40). Em seu estudo Gavioli, Siqueira e Silva (2009, p.1) descrevem que a empresa foco do estudo iniciou a preparação da empresa para implantação das normas ISO por meio do Programa 5S. Com relação aos possíveis ganhos que a empresa pode obter com a implantação do programa 5S, Gavioli, Siqueira e Silva (2009) afirmam que na empresa estudada o programa 5S trouxe resultados positivos no processo de movimentação, armazenagem e pessoal, gerando o uso racional de recursos e aumento da motivação dos colaboradores pela oportunidade de participação direta e pela satisfação de estar em um ambiente de trabalho mais limpo e ordenado. Cabe ressaltar o relacionamento do programa 5S com melhorias geradas tanto para a empresa como para os seus colaboradores. Silva (1994) relata que o 5S deve ser implantado objetivando a melhoria das condições no ambiente de trabalho, criando o ambiente da qualidade, se tornando um ambiente adequado para os colaboradores transformarem suas expectativas em realidade. A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é um dos passos mais importantes para a efetividade da sustentabilidade no que diz respeito ao meio ambiente nos processos da empresa. A implantação de estratégias para o gerenciamento ambiental em uma organização pode tornar complexo devido à influência de vários fatores internos e externos. Conforme demonstrou o estudo realizado em indústrias catarinenses por Alperstedt et al (2010, p.01): Os fatores internos determinantes das estratégias de gestão ambiental foram o comprometimento dos colaboradores e o apoio dos gestores e, os externos, as exigências da sociedade, as regulamentações governamentais, a adequação aos padrões normativos e a concorrência.

37 36 Na implantação do sistema de gestão ambiental, a certificação na norma ISO pode ser adotada como um guia para que se tenha a efetividade esperada para as questões relacionadas ao meio ambiente. Para que isso ocorra, é de extrema importância a participação efetiva dos gestores da organização. Cabe ressaltar que a Norma ISO se baseia no ciclo de melhoria contínua conhecido como Plan, Do, Check and Action, ou simplesmente PDCA. Conforme demonstra a figura a seguir adaptada da NBR ISO Figura 02: ISO com base no ciclo do PDCA Fonte: Adaptado da NBR ISO (2004) Para que o Sistema de Gestão Ambiental seja implantado é necessário atender os requisitos da norma ISO , sendo que o primeiro requisito é chamado de Requisitos Gerais. Conforme a NBR ISO (2004) este requisito descreve que a empresa deve elaborar, documentar, implementar, realizar a manutenção e buscar a melhoria contínua de um sistema de gestão ambiental em conformidade com os requisitos da ISO e definir a forma que irá atender estes requisitos. O segundo requisito da norma trata sobre a Política Ambiental da empresa. Sobre a Política Ambiental Ramos et al (2006, p. 69) afirmam que:

38 37 Política Ambiental é o elemento para a implantação e o aprimoramento do sistema, e a organização deve assegurar que: seja apropriada à natureza, à escala e aos impactos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços; inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção de poluição; inclua o comprometimento com o atendimento à legislação e às normas ambientais aplicáveis e demais requisitos subscritos pela organização; forneça a estrutura para estabelecimento e revisão dos objetivos e metas ambientais; seja documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os empregados; esteja disponível para o público. O terceiro requisito da ISO é definido como o Planejamento, que descreve sobre os aspectos ambientais da empresa, requisitos legais e objetivos e metas da organização. Sobre aspecto e impacto ambiental Seiffert (2011a) descreve que o aspecto e impacto ambiental possuem entre si um relacionamento de causa e efeito, um é gerado em consequência do outro. Podem-se considerar exemplos de aspectos ambientais voltados ao produto: o uso de matéria-prima e insumos na produção, consumo de água e energia elétrica, o descarte de resíduos, geração de efluentes e emissão de fumaça na atmosfera. Nesse sentido Barbieri (2007, p. 172) relata que um aspecto ambiental pode interagir com o meio ambiente de diferentes modos, gerando diferentes tipos de impactos. Um método que pode ser utilizado para estimar a quantidade de impactos ambientais é a matriz materials, energy, chemical and others (MECO). Conforme descrito por Guelere Filho (2009) uma estimativa dos impactos ambientais gerados em cada etapa do ciclo de vida pode ser identificado por meio do levantamento das quantidades de materiais (M), energia (E), químicos (C) e outros materiais (O) utilizados no processo produtivo e nos produtos. Sobre a matriz MECO, Barbieri (2011) relata que a matriz possui quatro categorias de aspectos. A categoria material que relaciona todos os materiais para produção, manutenção e reparação do produto acabado. A energia, onde se relaciona toda que é utilizada nas etapas do ciclo de vida. Substâncias químicas utilizadas como matéria-prima e geradas no ciclo de vida do produto e classificadas em três tipos: a) Muito problemáticas, b) Problemáticas e c) Pouco problemáticas. A quarta categoria é Outros, considerados os impactos ambientais que não estão relacionados nas três categorias anteriores. Com relação ao requisito que exige o atendimento aos Requisitos Legais, Seiffert (2011a, p. 83) relata que quando a empresa inicia a implantação de um SGA, passa a ser obrigada a identificar e manter atualizado um cadastro de requisitos legais aplicáveis a suas atividades, produtos e serviços. Existe muita dificuldade das empresas em atender este requisito devido à falta de conhecimento sobre todas as exigências legais existentes. Conforme Seiffert (2011a) as

39 38 empresas não possuem colaboradores habilitados, sendo necessário muitas vezes a contratação de empresas especializadas no assunto. O último requisito relacionado ao Planejamento é descrito como Objetivos e Metas que de acordo com o estudo de Ramos et al (2006) devem ser elaborados tendo como base os aspectos ambientais significativos, as opções tecnológicas e financeiras, os planejamentos de operação, planos de negócio, interesse dos seus stakeholders, o comprometimento com prevenção da poluição e observando os itens da Política Ambiental da empresa estudada. O Quarto requisito da Norma ISO trata das exigências relacionadas à Implementação e Operação. Sendo composto pelos itens que correspondem aos recursos, funções, responsabilidades, autoridades, competência, treinamento e conscientização, comunicação, documentação, controle de documentos, controle operacional e preparação e resposta a emergência. O requisito que trata sobre os recursos, funções, responsabilidades e autoridades descreve separadamente e primeiramente sobre recursos que a empresa deve garantir a disponibilidade de recursos prioritários a implantação, manutenção e melhoria do seu SGA. Estes recursos devem ser relacionados ao desenvolvimento da mão de obra, infraestrutura das áreas, tecnologia e disponibilidade financeira. (NBR ISO , 2004) Com relação à descrição do quadro de pessoal da empresa a norma também traz exigências. Funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e comunicadas visando facilitar uma gestão ambiental eficaz. (NBR ISO , 2004, p. 6) Deve-se ter claro o que cada colaborador deve realizar e até onde chega a sua autonomia. Outro item relacionado ao requisito de Implementação e Operação é o de Competência, Treinamento e Conscientização que está ligado diretamente ao desenvolvimento de seus colaboradores em relação ao Sistema de gestão ambiental. De acordo com Seiffert (2011a) o requisito de treinamento, conscientização e competência representa uma maneira da organização expor que seus colaboradores estão cientes da importância de estar tudo correto de acordo com a política ambiental por meio do cumprimento de procedimentos e normas relacionados ao SGA. Sobre educação ambiental Seiffert (2011b, p.83) relata que: O processo de educação ambiental organizacional deve envolver em um primeiro momento a sensibilização ambiental, quando o indivíduo toma contato com a realidade que o cerca e com os impactos ambientais gerados pela sua existência como cidadão e como profissional.

40 39 O item Comunicação é importante para o relacionamento com os parceiros, pois devem ser definidos procedimentos para tratar os assuntos internos e com partes interessadas externas. Com relação ao atendimento do requisito de Comunicação Silva e Ribeiro (2005, p. 55) afirmam que para atender este requisito é necessário que as empresas estejam abertas aos questionamentos de suas partes interessadas internas e externas. Sobre a percepção das partes interessadas quando da ocorrência de uma anomalia ambiental, Silva e Ribeiro (2005) relatam que quando ocorre um acidente ambiental, causado pelo processo de uma empresa que possui a certificação, para o público de forma geral, é questionável a certificação e podem gerar desconfianças sobre os processos certificados. Por isso, a importância da elaboração de um fluxo para tratamento de assuntos com o público interno e principalmente com as partes externas. A forma de a empresa comprovar a existência de práticas que garantam a funcionalidade e efetividade do seu Sistema de Gestão Ambiental é por meio da documentação elaborada. A documentação é outro importante requisito exigido pela ISO Conforme relata a NBR ISO (2004) a documentação do sistema de gestão ambiental deve ser composto por: política, objetivos e metas; definição do escopo do SGA; descrição dos principais componentes do sistema de gestão ambiental e seu relacionamento aos documentos associados; registros solicitados por esta norma e os definidos pela empresa e relacionados aos aspectos ambientais significativos. O Controle de Documentos é o requisito que trata da forma que os documentos são gerenciados para que possam ser prontamente recuperáveis de forma imediata e na versão atualizada. O objetivo do controle de documentos de acordo com Ramos et al (2006, p. 70): é garantir que os documentos possam ser localizados; periodicamente analisados, revisados quando necessário e aprovados, quanto à sua adequação, por pessoal autorizado; que as versões atualizadas dos documentos pertinentes estejam disponíveis em todos os locais onde são executadas operações essenciais ao efetivo funcionamento do sistema de gestão ambiental; e que documentos obsoletos sejam prontamente removidos de todos os pontos de emissão e uso. O item que trata do Controle Operacional faz parte do subsistema de Implementação e Operação. Sem dúvida é um dos requisitos mais importantes, porque trata da existência de controle no processo produtivo referente aos aspectos e impactos gerados.

41 40 Os controles da operação representam uma possibilidade para a gestão ambiental, ou seja, visa a redução dos impactos ambientais gerados nas atividades que possam ser significativos em virtude da forma como são realizadas (SEIFFERT, 2011a). De acordo com a NBR ISO (2004) os documentos implementados para o controle operacional devem ser informados aos fornecedores relacionados, inclusive prestadores de serviços. O último item relacionado ao subsistema implementação e operação exige ações relacionadas à preparação e resposta a emergências. A NBR ISO (2004) orienta que é necessário a empresa criar, implementar e manter procedimentos a identificação de possíveis situações de emergência e acidentes possíveis que possam prejudicar o desempenho ambiental e como a empresa responderá a estas anomalias. A empresa deverá agir em situações reais e buscar a prevenção e mitigação dos impactos ambientais adversos. O próximo requisito da norma é a Verificação, relacionado ao Check do PDCA. O primeiro item a ser implantado é o de Monitoramento e Medição. A empresa deve elaborar, implementar e manter procedimentos para verificar e medir periodicamente as especificações mais importantes das suas atividades que possam interferir e gerar impacto ambiental significativo (NBR ISO , 2004). É necessário que os equipamentos e instrumentos utilizados nas medições sejam calibrados periodicamente. Conforme a ISO (2004, p. 8) A organização deve assegurar que equipamentos de monitoramento e medição calibrados ou verificados sejam utilizados e mantidos, devendo-se reter os registros associados. Com relação a Requisitos legais a norma descreve que é necessária uma avaliação periódica para garantir a absorção de todas as normas e leis relacionadas aos aspectos e impactos significativos gerados na empresa. A empresa deve elaborar, implantar e manter procedimentos para o check periódico do atendimento ao requisitos legais relacionados aos seus processos. A empresa deve armazenar os registros dos resultados da checagem periódica (ISO , 2004). Outro item relacionado ao requisito da Verificação é Não-conformidade, Ação corretiva e preventiva. Conforme Seiffert (2011a) a organização deve estabelecer documentos para definir quem deve ser o responsável para investigar e tratar as não conformidades identificadas. De acordo com a ISO (2004, p.9) A organização deve assegurar que sejam feitas as mudanças necessárias na documentação do sistema da gestão ambiental.

42 41 O registro é o requisito que trata da documentação que confirma os resultados dos processos relacionados ao SGA. Todo registro deve ser documentado e armazenado em local de fácil recuperação. A NBR ISO (2004) relata que a empresa deve preencher os registros para demonstrar a conformidade do processo com os requisitos do Sistema de gestão ambiental, assim como os seus resultados. Deve também criar e manter procedimento para identificação, a guarda, proteção, disponibilidade, retenção e descarte dos seus registros. A auditoria interna é o último item relacionado ao requisito Verificação. A auditoria é de grande importância para o SGA para comprovar a efetividade das ações que estão sendo realizadas, assim como a identificação de possíveis não conformidades. Conforme descrito por Ramos et al (2006) as auditorias do sistema de gestão ambiental são um meio pelo qual a empresa deve monitorar o seu SGA. Procedimentos relacionados à auditoria devem ser elaborados e armazenados para responsabilizar, planejar, realizar e gerar os relatórios da auditoria. Critérios, abrangência, periodicidade e método devem ser definidos (NBR ISO , 2004). O último requisito da Norma ISO é a Análise pela Direção. Neste requisito os gestores da empresa devem periodicamente checar e avaliar as informações relacionadas as metas, anomalias, indicadores do sistema de gestão ambiental. Com relação à análise pela Direção Ramos et al (2006, p. 78) afirmam que Nessas análises, caso sejam detectadas deficiências que comprometam a adequação e a eficácia, são propostas ações corretivas, de forma a regularizá-las para atender os requisitos da NBR ISO Com relação à influência dos gestores nos impactos da implantação da ISO Vries, Bayramoglu e Wiele (2012) no seu estudo concluem que a gestão pode influenciar positivamente os impactos da implementação da ISO pelos seguintes fatores: forte motivação interna, o comprometimento da alta direção com o projeto, o bom relacionamento com o grupo de interesse, participação das partes interessadas, responsabilidade com a gestão ambiental bem definida e disponibilização de treinamentos e programas educacionais. A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) por intermédio da ISO pode trazer vários benefícios para a empresa. De acordo com Pombo e Magrini (2008) as diversas ferramentas utilizadas em um SGA podem disponibilizar diversos benefícios econômicos, que estão interligados a benefícios ambientais. Os benefícios podem ser na redução de consumo de insumos, redução de energia elétrica, melhoria nos processos, redução na geração de resíduos e posterior destinação, e melhoria na gestão dos resíduos por meio de

43 42 processos de reciclagem e tratamento de resíduos sólidos ou novas técnicas eficientes para tratamento de efluentes. Outra importante prática adotada pelas empresas nos últimos anos é a Responsabilidade Social Corporativa (RSC), sendo descrita por Melo et al (2011, p.03): A RSC envolve uma gestão empresarial mais transparente e ética e a inserção de preocupações sociais e ambientais nas decisões e resultados das empresas. Ainda com relação à Responsabilidade Social Corporativa (RSC) pode-se afirmar que vai além das práticas, ações e iniciativas isoladas relacionadas ao social e divulgadas pelo marketing e relações públicas. De acordo com Gonçalves, Pirani e Borger (2007, p.1): As empresas que estão engajadas no aperfeiçoamento da responsabilidade social corporativa, que desempenham um papel de liderança por suas iniciativas, revelam que é necessária a incorporação das dimensões ética, social e ambiental ao processo de gestão empresarial, envolvendo a discussão de múltiplos aspectos da organização numa visão que permita a compreensão do todo e das partes simultaneamente. Conforme relatado por Cruz (2011) quanto maior for a responsabilidade social em uma rede de cadeia de suprimentos eficiente, menor será o custo do produto e, portanto, maior será a procura por seus produtos. A redução de emissão de dióxido de carbono (CO²) também deve ser considerada e tratada na cadeia de suprimentos das organizações. Nas áreas que envolvem a logística, um grande problema ambiental é a emissão de gás carbônico na atmosfera. O que mais preocupa é que independente do tipo de modal de transporte utilizado à emissão de CO² ocorre (SARAIVA; MAEHLER, 2013). Diante desse cenário, percebe-se a preocupação das empresas, governo e organizações que realizam vários debates com o objetivo principal de identificar estratégias, políticas, mecanismos de mercado e novas tecnologias que devem ser desenvolvidas e testadas visando uma sociedade com baixa emissão de carbono (ALBUQUERQUE et al, 2011). A baixa emissão de carbono está diretamente relacionada à adoção de estratégias de redução das emissões dos gases do efeito estufa. Nesse sentido Albuquerque et al (2011, p. 02) descrevem que: Uma ferramenta essencial de apoio às ações de mitigação é o inventário de emissões gases do efeito estufa, que fornece uma visão quantitativa das emissões efetuadas por países, regiões, cidades, empresas ou qualquer outra organização. Os inventários, baseados em conceitos de Contabilidade Ambiental, são utilizados como base para o estabelecimento de metas e ações de redução de emissões e para a mensuração dos resultados obtidos.

44 43 Com os conceitos, ações e métodos relatados acima é possível a empresa implantar nos seus processos práticas relacionadas à sustentabilidade, para atender as exigências dos seus stakeholders e ao mesmo tempo buscar vantagens competitivas no mercado em que está inserida Benefícios, vantagens e diferenciais decorrentes das ações de sustentabilidade adotadas pelas empresas Para a empresa que investe e realiza ações relacionadas às três dimensões da sustentabilidade (social, econômica e ambiental) é possível obter benefícios resultantes das práticas realizadas. Conforme salientado por Sehnem e Rossetto (2012) os benefícios que uma empresa pode obter com investimentos no aspecto ambiental estão relacionados ao reconhecimento pela comunidade em que está inserida, considerado um indicador muito importante, o atendimento as regulamentações e exigências ambientais e o atendimento das especificações solicitadas pelos seus clientes que é o alvo principal de toda empresa. Com relação aos benefícios gerados que as ações visando à sustentabilidade proporcionam, Sehnem (2011, p.170) em sua pesquisa identificou que: os atributos ambientais incorporados no processo produtivo minimizam o impacto da produção e o uso de produto do meio ambiente, a exemplo das energias renováveis e do reciclo de água. Ademais, proporcionam aos consumidores benefícios utilitários, a exemplo da situação em que se reduz o uso de embalagens. E ainda, benefícios simbólicos, que se coadunam com o sistema de valores e reconhecimento social. As práticas realizadas nas empresas relacionadas às três dimensões da sustentabilidade podem proporcionar à obtenção de vantagens competitivas diante de seus concorrentes. Quando a empresa consegue relacionar o benefício social e ambiental com a necessidade do cliente, disponibilizando funcionalidades que são identificadas pelos consumidores como valor agregado, tem maior probabilidade de adquirir um retorno econômico e uma vantagem competitiva, podendo perdurar caso seus concorrentes não consigam imitar facilmente o seu produto ou serviço (CORAL; ROSSETTO; SELIG, 2003). No estudo realizado por Bernardo e Camarotto (2012), os fatores que motivam as empresas a investirem em práticas ambientais estão relacionados à competitividade dos seus negócios. Estes fatores não são impostos e sim por vontade própria. São consideradas oportunidades para as empresas manterem ou se destacarem no mercado, podendo aumentar a

45 44 margem de lucro dos seus produtos. São: melhoria da imagem ambiental e possível redução de custos. Com relação aos diferenciais que a empresa pode ter ao implantar ações relacionadas aos três aspectos da sustentabilidade Miles e Covin (2000) descrevem que os consumidores dos principais mercados mundiais estão exigindo que as organizações produzam produtos e serviços consistentes e cada vez mais com maior qualidade, inserindo valores sociais e ambientais. 2.2 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS VERDE A GCSV é composta por um conjunto de práticas ambientais que favorecem a melhoria do desempenho ambiental de duas ou mais organizações que compõem uma mesma cadeia de suprimentos (VACHON; KLASSEN, 2006). Neste sentido, fica claro que a parceria entre as empresas é de extrema importância para a busca dos resultados esperados na gestão da cadeia de suprimentos verde. Shibao e Santos (2013, p.03) conceituam a GCSV como uma forma de incorporar em todos os processos atuais, uma visão de gestão ambiental na cadeia de suprimentos. A GCSV busca a qualidade ambiental em todas as etapas do processo da cadeia de suprimentos, considerando a sua logística reversa, definida pela logística do pós-uso, com o objetivo de destinar o produto à reciclagem, remanufatura, reutilização e a destinação final de forma adequada (OMETTO, 2005). Define-se que a GCSV deve ser analisada desde a aquisição de insumos e matériasprimas até a entrega do produto final ao cliente para identificação de todos os aspectos gerados e a tomada de ações eficaz para obtenção dos benefícios esperados. Para Thun e Müller (2009) a gestão da cadeia de suprimentos verde se esforça para dar uma resposta com relação à questão de como a gestão da cadeia de suprimentos pode ser administrada de forma a considerar os aspectos ecológicos de forma positiva nos processos de negócio da empresa. A GCSV tem sua base na versão tradicional, na qual Andrade e Paiva (2012) descrevem que a cadeia de suprimentos é definida como um processo produtivo que inicia desde a aquisição das matérias-primas, passando pela conversão destas em produtos acabados e tendo como objetivo final a entrega aos clientes. Na mesma linha de pensamento Cox (1999) descreve que a cadeia de abastecimento de uma empresa consiste em todas as partes que estão envolvidas no cumprimento de uma solicitação do cliente, incluindo os seus fornecedores, transportadores, armazéns, varejistas e principalmente os próprios clientes.

46 45 De acordo com Diabat e Govindan (2011) a GCSV surgiu como uma filosofia organizacional importante objetivando a redução dos riscos ambientais de toda cadeia. Podese considerar dois motivos para introdução de ações e práticas verdes na gestão da cadeia de suprimentos: o ético e o comercial. Testa e Iraldo (2010) afirmam que a motivação para a implantação da gestão da cadeia de suprimentos verde pode ser ético, onde se destacam os valores dos empresários e/ou comercial, onde se busca uma possível vantagem competitiva sobre seus concorrentes, demonstrando preocupação com o meio ambiente. Por intermédio das atividades relacionadas à gestão da cadeia de suprimentos a empresa pode obter resultados importantes em relação aos aspectos econômicos. Conforme relatado por Wang, Lai e Shi (2011) as operações realizadas na cadeia de suprimentos e logística são hoje consideradas entre as mais importantes, pois são ferramentas vitais para que as empresas se mantenham competitivas no mercado. A preocupação com os aspectos relacionados à sustentabilidade, principalmente ao meio ambiente aumentou muito na última década. Estes aspectos sem dúvida estão ligados diretamente a cadeia de suprimentos, e fez com que as empresas aderissem ao novo conceito da GCSV. Nesse sentido, Andrade e Paiva (2012, p.03) definem a GCSV como um processo de incorporação de parâmetros e preocupações ambientais por meio de decisões de compras, de produção e de relacionamento de longo prazo ao longo da cadeia de suprimentos. Em estudo realizado, Green et al (2012) salientam que quando os clientes e entidades governamentais começaram a exigir ações e melhorias ambientais nos processos, produtos e serviços da organização, é importante que os gestores identifiquem e implementem as práticas de sustentabilidade ambiental e que estas práticas se estendam por toda cadeia de suprimentos. Deve ficar claro que o interesse das empresas em buscar soluções sustentáveis para a melhoria dos seus processos teve início para o atendimento as regulamentações e exigências obrigatórias, sendo que nos últimos anos esta situação começou a mudar, pois se percebe a implantação de programas e metodologias que não visam somente esta obrigatoriedade. Neste sentido, Sarkis (2012) afirma que alguns dos programas implantados para regulação dos processos são obrigatórios, mas cada vez mais vários programas ambientais de forma voluntária são implantados pelas empresas. As empresas percebem estes programas ambientais como possíveis alternativas para obtenção de uma vantagem competitiva. Com relação à preocupação dos gestores com as ações e programas relacionados ao meio ambiente, fez com que percebessem a importância do alinhamento entre a gestão da cadeia de suprimentos e as práticas do desenvolvimento sustentável. Dessa forma, Cervera e

47 46 Flores (2012) afirmam que as cadeias de abastecimento das empresas são a chave para alcançar os objetivos ambientais e sociais, porque os efeitos podem ser medidos e exibidos de forma clara e concisa. Por intermédio das ações e controles implantados pelas empresas em todos os elos da cadeia de suprimentos verde é possível reduzir os impactos ambientais gerados na organização. De acordo com Darnall, Jolley e Hadfield (2008), os impactos ambientais diretos de uma empresa resultam de matérias-primas que aumentam a geração de resíduos durante o armazenamento do produto, o transporte, no processamento, na utilização ou eliminação. A pressão sobre as empresas produtivas para adotar processos limpos e buscar o desenvolvimento de produtos mais ecológicos tem aumentado significativamente ao longo da última década. Devido a isso, várias organizações de manufatura se voltaram para seus fornecedores e clientes, buscando soluções inovadoras para as questões relacionadas ao meio ambiente (VACHON, 2007). O relacionamento da geração de impactos ambientais com a cadeia de suprimentos de uma empresa é mencionado no estudo de Moori, Shibao e Kimura (2013) que afirmam que as empresas devido a sua atividade de transformação de insumos acabam gerando impactos ambientais, em todas as etapas do seu processo produtivo de bens e serviços como na extração de matérias-primas, consumo de água e energia, emissão de fumaças, transporte de cargas, processos de fabricação, entrega para os consumidores e posteriormente o descarte final de resíduos e embalagens por parte dos consumidores. Na prática o que as empresas podem realizar para demonstrar que exerce ações para contribuir de forma consciente na questão ambiental da cadeia de suprimentos? De acordo com Sarkis (2003) as empresas devem se concentrar em cinco principais práticas ou elementos que irão impactar no tratamento dos resíduos da sua cadeia de suprimentos. Estas práticas em escala de importância impactante de mais para menos e incluem (1) a redução no uso de insumos e recursos, (2) a reutilização, (3) a remanufatura, (4) a reciclagem de resíduos e (5) alternativas de destinação. Cabe ressaltar a importância da participação dos funcionários da empresa nas ações voltadas para o bom funcionamento da GCSV. A empresa deve fornecer todas as condições para que os funcionários obtenham o conhecimento sobre os conceitos e teorias da sustentabilidade, além da estrutura adequada. Nesse sentido Luthra et al (2011) descrevem que os gestores e empresários devem motivar os seus funcionários a desenvolverem e praticarem as boas ações ambientais, por

48 47 meio de políticas e normas organizacionais e valores, além do cumprimento das regulamentações governamentais. Como todo programa, metodologia ou teoria, a gestão da cadeia de suprimentos verde também demonstra algumas limitações e restrições. Conforme estudo de Sarkis, (2012) para administrar eficazmente os aspectos ambientais das cadeias de suprimentos, os responsáveis pelas decisões políticas, as organizações e gerentes necessitam entender os diversos alcances da cadeia de suprimentos e suas implicações no ambiente ao longo dos limites existentes. No seu estudo Sarkis (2012) apresenta nove formas de limites ou fronteiras para a GCSV, sendo estes: organizacional, proximal, político, informativo, temporal, legal, cultural econômico e tecnológico. Com relação ao limite organizacional pode ser influenciado pelo nível de gestão na forma de tratamento dos assuntos relacionados aos aspectos ambientais. O limite chamado proximal é identificado por Sarkis (2012) como a localização geográfica da empresa em relação aos seus fornecedores e localização física. Com relação às limitações políticas, os diversos regimes políticos podem interferir como barreiras ou até facilitadores nos assuntos abordados na GCSV. Para as limitações chamadas de informativos, que estão relacionadas às formas que a empresa obtém as informações, como exemplo sistemas, acesso aos regulamentos e normas. Cabe ressaltar a negativa de alguns fornecedores em não disponibilizar informações para seus clientes, devido o medo em interferir na sua competitividade. A limitação do tempo também é considerada por Sarkis (2012), a qual pode ter influência no ciclo de vida de um produto e também no tempo curto para tomada de decisões, o que pode prejudicar o resultado esperado. Com relação à fronteira legal, pode-se considerar as legislações e normas legais que a empresa tem que atender e também a questão ética e moral visível e cobrado pelos clientes da organização. Cabe ressaltar o estudo realizado em empresas chinesas por Huang, Tan e Ding (2012) que relatam que um dos motivos que as empresas buscam a gestão da cadeia de suprimentos verde é devido a grandes pressões de políticas regulatórias. A cultura é outra limitação que a empresa terá na GCSV, a qual pode variar dependendo da região que um fornecedor se localiza do seu cliente. Os elementos principais que influenciam na limitação cultural são os valores, crenças e costumes de cada organização. A oitava limitação e uma das mais preocupantes é a relacionada à economia, onde a empresa deve avaliar se o custo que terá que com as ações ambientais irá comprometer o resultado financeiro da empresa. Com relação a isso, Schliephake, Stevens e Clay (2009) citam que

49 48 mesmo ocorrendo custos financeiros realizados, também haverá benefícios econômicos que podem acontecer em toda a cadeia de suprimentos a partir de práticas ambientais eficazes. Para finalizar é apresentada a limitação relacionada à tecnologia, de modo que uma série de tecnologias específicas ou tecnologias que não sejam compatíveis para o gerenciamento da cadeia de suprimentos verde pode causar um efeito limitador para a empresa (SARKIS, 2012). Conforme descrito à GCSV deve ser muito bem analisada em todas as suas etapas para que os limitadores mencionados não tornem as práticas ambientais na cadeia de suprimentos um ponto negativo na gestão da organização, gerando custos adicionais e não disponibilizando o resultado esperado. O quadro 03 especifica alguns estudos nacionais realizados sobre a GCSV nos últimos 2 anos. Quadro 03: Estudos nacionais recentes sobre a GCSV Autor(res) Ano Objetivos Andrade e Paiva 2012 Jabbour e Jabbour 2012 Alves e Nascimento 2013 Lopez et al 2013 Moori, Shibao e Kimura 2013 Shibao e Santos 2013 Analisar a gestão da cadeia de suprimentos de uma empresa do setor sucroalcooleiro à luz dos conceitos de Green Supply Chain Management (GSCM). Verificar se a evolução da gestão ambiental se relaciona positivamente com a adoção de práticas de Green Supply Chain Management (GSCM) por empresas do setor eletroeletrônico do Brasil. Analisar a pequena difusão do conceito e das práticas de GSCM no cenário brasileiro. Analisar a influência da adoção das práticas do Green Supply Chain Management no desempenho ambiental das empresas do setor automotivo brasileiro. Identificar o efeito da motivação ambiental de perfis reativo e proativo nas práticas internas da gestão da cadeia de suprimentos verde de empresas do ramo químico sobre o desempenho. Conhecer como se processa as relações entre as dimensões da gestão da cadeia de suprimentos verde (GCSV) e o desempenho das empresas do ramo químico brasileiro, por meio de uma amostra, constituída de 160 respondentes. O quadro 04 demonstra alguns estudos internacionais realizados sobre a GCSV nos últimos 2 anos. Conforme percebido nos assuntos abordados nos estudos que compõem o quadro está evidente a análise empírica, assim como demonstração de um modelo para gerenciar a cadeia de suprimentos verde e a revelação da diferença em cadeia de suprimentos clássica e cadeia de suprimentos verde.

50 49 Quadro 04: Estudos internacionais recentes sobre a GCSV Autor(res) Ano Objetivos Bai et al 2012 Cervera e Flores 2012 Chan et al 2012 Chen e Liang 2012 Green et al 2012 Lee, Kim e Choi 2012 Sarkis 2012 Tan 2012 Ying e Li-jun 2012 Muduli et al 2013 Gupta et al 2013 Apresentar uma metodologia para ajudar a avaliar, selecionar, monitorar e realizar a medição do desempenho sustentável da cadeia de suprimentos, que pode ser integrado a um sistema de gestão de desempenho (PMS). Mostrar como uma estratégia verde da cadeia de suprimentos pode ser um fator crítico para o sucesso financeiro de uma empresa, neste trabalho um modelo conceitual é proposto, baseado em uma revisão de literatura e da prática nesta área. Propor e testar empiricamente um modelo para delinear a relação entre orientação ambiental, gestão da cadeia de suprimentos verde (GSCM) atividades (compra verde, a cooperação ao cliente e de recuperação do investimento) e desempenho das empresas. Explorar a variação de custos internos na indústria de computadores de Taiwan após a adoção de cadeias de suprimentos verdes, e para calcular diferença receita de vendas com e sem cadeias de suprimentos verdes, estimando ainda mais o assim chamado "excedente do produtor verde". Contribuir de forma significativa para a primeira onda de investigações empíricas relacionadas com o impacto das práticas de gestão da cadeia de suprimentos verde (GSCM) sobre o desempenho. Explorar a Green Supply Chain management - GSCM práticas e sua relação com o desempenho organizacional. Fornecer uma estrutura para entender e apreciar as relações de várias correntes e tópicos de investigação neste domínio. Utilizando esta estrutura, também são apresentados os rumos da pesquisa emergentes para avançar no campo. Analisar o conteúdo e exigências da cadeia de fornecimento ecológica dos produtos agrícolas, e propõe sistema organizacional e do modelo matemático do desenvolvimento da cadeia de suprimentos verde de produtos agrícolas. Analisar a diferença entre a cadeia de suprimentos verde e cadeia de suprimentos tradicional e elabora o conteúdo de gestão da cadeia de suprimento verde. Este estudo centra-se na indústria de mineração como um estudo de caso pelo qual vamos identificar os fatores e subfatores que dificultam a implementação GSCM. Explorar as iniciativas verdes seguido pelas três principais empresas de TI indianas para gerir a sua cadeia de abastecimento. O estudo resume as medidas tomadas por essas empresas no que diz respeito à fabricação verde, contratos públicos ecológicos, embalagem verde, reciclagem e gestão de lixo eletrônico, que os ajudaram a fazer as suas cadeias de abastecimento mais eficiente em termos de custo, bem como favorável ao meio ambiente.

51 50 Luthra, Garg e Haleem 2013 Maleki e Machado 2013 Mutingi 2013 Zhu, Sarkis e Lai 2013 Identificar e classificar as principais estratégias que ajudam a alcançar sucesso da implementação de Green Supply Chain Management (GSCM) na indústria de transformação indiano. Desenvolvimento de uma abordagem íntegra e genérica para práticas ágeis, flexíveis e verdes na cadeia de suprimentos automotiva. Explorar as atividades da cadeia de suprimentos verde empíricos encontrados na literatura, e desenvolver uma estrutura taxonômica que pode ser usado para a formulação de estratégias adequadas para cadeias de suprimentos verdes, com base nas dimensões características para a cadeia de suprimentos verde. Compreender como os fabricantes chineses adotam práticas GSCM e se essa adoção afeta o seu desempenho, contribui avanço teórico para a difusão da teoria da inovação. Conforme demonstrado nos quadros 03 e 04, os estudos recentes sobre a gestão da cadeia de suprimentos verde demonstram que é um tema emergente e se visualizam oportunidades para novos estudos, principalmente no Brasil conforme poucos registros identificados nas principais plataformas de periódicos consultados nesta pesquisa. O alvo do estudo de Alves e Nascimento (2013) é exatamente avaliar a pequena difusão dos conceitos da GCSV no cenário brasileiro. O que torna uma lacuna e ao mesmo tempo oportunidade de estudo sobre a GCSV. Percebe-se ainda que várias pesquisas registradas nos periódicos internacionais foram elaboradas por autores asiáticos, demonstrando o interesse e importância da GCSV nos países emergentes da Ásia. Os estudos recentes identificados nos últimos dois anos foram realizados em empresas do segmento/área de produção de açúcar/álcool, eletroeletrônicos, automotivo e químico a nível nacional e produção agrícola, automotiva e mineração no cenário internacional. Cabe ressaltar os autores Muduli e Zhu que além dos estudos mencionados possuem vários outros relacionados à GCSV. Dessa forma, confirma-se que a cadeia de suprimentos é um tema novo e emergente, tanto no cenário nacional e internacional. Existem estudos com ênfase teórica, a exemplo do estudo de Alves e Nascimento (2013) de ordem bibliométrica, como é o caso do estudo de Sehnem et al (2013) e citacional, a exemplo do estudo de Cardoso (2014), relatório sobre estudos realizados sobre GCSV no período de 2001 a 2012.

52 51 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os procedimentos metodológicos são utilizados para direcionar a elaboração e desenvolvimento do estudo. Como primeira etapa deve-se delimitar a pesquisa, no sentido de apresentar o estudo a ser realizado, determinando o tempo e espaço onde ela foi realizada. Na sequência é relatado sobre o tipo de abordagem que foi adotada no estudo, ou seja, uma pesquisa qualitativa ou quantitativa. O tipo a ser definido também é de extrema importância na realização deste estudo, assim como os métodos, onde foram definidos o universo e amostragem relacionados à pesquisa realizada. São apresentadas também a técnica e instrumentos de coleta de dados que foram utilizados para gerar informações importantes para a análise dos dados coletados. Dessa forma, ressalta-se a importância da escolha correta da técnica utilizada na análise dos referidos dados identificados. Esta pesquisa refere-se a um estudo sobre a prática de métodos e ferramentas relacionados à gestão ambiental nas empresas parceiras que prestam serviços para a Agroindústria BRF S.A situada no município de Chapecó, a fim de elaborar propostas de ferramentas e programas para gestão ambiental das empresas estudadas. 3.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA A pesquisa foi realizada no período de maio a setembro de 2014 na empresa BRF S.A unidade de Chapecó/SC e nos fornecedores de serviço da agroindústria. Os instrumentos de pesquisa foram aplicados com os funcionários da BRF S.A da área de Suprimentos e Recursos Humanos. Nas empresas terceiras foram contatados os gerentes ou empresários, assim como os funcionários das empresas selecionadas. Na empresa BRF S.A participaram da pesquisa um negociador da área de Suprimentos, devido ao seu conhecimento sobre a lista de fornecedores, negociação e conteúdo dos contratos com as empresas terceiras e outro colaborador da área de Recursos Humanos, responsável pelas exigências e coleta da documentação obrigatória dos referidos terceiros. Nas empresas terceiras a escolha pelos gestores e empresários ocorreu de forma a identificar o nível de conhecimento sobre os assuntos pertinentes a sustentabilidade e gestão ambiental. Com relação à escolha dos funcionários das empresas terceiras da BRF S.A se buscou identificar a participação e conhecimento dos mesmos nas ações relacionadas a boas práticas de sustentabilidade que se coadunam com a GCSV, praticadas pelas empresas terceiras. A coleta de dados para este

53 52 estudo foi realizada no período de março a maio de O Quadro 5 apresenta os sujeitos que foram escolhidos intencionalmente para participarem da pesquisa. Quadro 05: Sujeitos pesquisados Etapas Sujeitos Pesquisados 1 * Todos os colaboradores das 6 empresas fornecedoras selecionadas, escolhidas intencionalmente pela quantidade de relações/serviços que prestaram e produtos que ofertaram para a BRF (a BRF Unidade de Chapecó possui em torno de 150 fornecedores de serviços) 2 * 1 Gestor de Recursos Humano da BRF * 1 Negociador da área de suprimentos * 6 Gestores das empresas terceiras fornecedoras da BRF Portanto, o Quadro 05 sintetiza os sujeitos que foram selecionados para participar da pesquisa, por critério não probabilístico de escolha intencional. Parte-se do pressuposto de que a área de recursos humanos e a área de suprimentos tem atuação direta para com os fornecedores. Portanto, essa amostra de sujeitos pesquisados permite obter a percepção dos fornecedores e também da agroindústria. A Figura 03 evidencia que o lócus de coleta de dados e análise desta pesquisa se restringem aos elos do fornecedor e indústria. Figura 03: Lócus de análise desta pesquisa Fornecedor Indústria Distribuição Varejo Consumidor

54 ABORDAGEM DA PESQUISA Com relação à abordagem, esta pesquisa caracteriza-se pela utilização de dois enfoques, a qualitativa e quantitativa. A abordagem qualitativa foi utilizada por meio de entrevistas semi-estruturadas com os gestores das empresas parceiras da BRF S.A de Chapecó (APÊNDICE A), assim como com os colaboradores da BRF responsáveis pela negociação com os referidos fornecedores (APÊNDICE B) e (APÊNDICE C). Com relação à abordagem qualitativa foi utilizada ainda a observação no local para análise dos processos (APÊNDICE D), foi checado o que foi relatado nas entrevistas. Neste sentido, Creswell (2010, p. 208), relata que: Os pesquisadores qualitativos geralmente coletam múltiplas formas de dados, como entrevistas, observações e documentos, em vez de confiarem em uma única fonte de dados. No que diz respeito à abordagem quantitativa foi realizado um questionário com os colaboradores dos parceiros da BRF S.A (APÊNDICE E) a fim de identificar o comprometimento destes com os assuntos relacionados à gestão ambiental em uma empresa. As informações foram agrupadas para definição dos dados quantitativos utilizados nas análises posteriores. Com relação à abordagem quantitativa foi utilizado o método survey, caracterizado por Freitas et al (2000, p. 01), como [...] o interesse é produzir descrições quantitativas de uma população; e faz uso de um instrumento pré-definido. Neste contexto, buscou-se por intermédio da utilização das duas abordagens qualitativa e quantitativa, analisar e identificar as informações necessárias para elaboração das propostas de melhorias de forma adequada e assertiva. Conforme o Quadro 6 apresenta, a primeira etapa da pesquisa se classifica quanto aos procedimentos em um levantamento. A etapa 2 consiste em uma abordagem qualitativa e desenvolvida com um ponto de corte transversal. A etapa 3 tem um enfoque descritivo e abordagem qualitativa.

55 54 Quadro 06: Abordagem e objetivos específicos de cada etapa Etapas Abordagem Objetivos 1 Abordagem qualitativa e quantitativa * Identificar quais são as práticas de gestão com enfoque Descritivo, e ambiental nas empresas terceiras da BRF S.A; exploratório, operacionalizado na * Identificar se essas práticas ambientais são forma de levantamento de campo (survey) e com corte transversal compartilhadas e entendidas pelos colaboradores das empresas terceiras; * Obter insights e informações que pudessem servir de subsídio para a elaboração do manual de ferramentas, programas e métodos para a melhoria 2 Abordagem qualitativa, com enfoque descritivo, e exploratório, e com corte transversal 3 Abordagem qualitativa, com enfoque descritivo e ponto de corte transversal da gestão ambiental das empresas terceiras. * Identificar as especificidades das práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas terceiras * Verificar caminhos e possibilidades para o aperfeiçoamento das práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas terceiras * Verificar in loco se os procedimentos e práticas apontadas pelos pesquisados se aplicam no dia-a-dia da organização O Quadro 6 permite perceber que a primeira etapa da pesquisa é o momento no qual foram aplicados os questionários. Procurou-se fazer um diagnóstico das práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas terceiras pesquisadas. A etapa 2, de aplicação das entrevistas teve o intuito de levantar percepções dos gestores atuantes na cadeia de suprimentos em análise. E a etapa 3, onde foi efetuada a observação e tem como propósito levar o pesquisador a entender o fenômeno estudado pela perspectiva dos agentes envolvidos no processo. E a partir da definição das suas interpretações efetuar a descrição dos fatos. 3.3 TIPO DE PESQUISA A pesquisa foi realizada com base no tipo exploratória e descritiva, pois foi aprofundado o estudo em busca de informações e dados necessários sobre as práticas sustentáveis, com ênfase no pilar ambiental, nas empresas terceiras da BRF de Chapecó. Com relação à pesquisa exploratória Cooper e Schindler (2011, p. 147) descrevem que: Por meio da exploração os pesquisadores desenvolvem conceitos de forma mais clara, estabelecem propriedades, desenvolvem definições operacionais e melhoram o projeto final de pesquisa. Pesquisas descritivas tem como propósito a observação de fatos, registrando-os, analisando-os, classificando-os e interpretando-os. Estes não recebem influência do pesquisador e não são manipulados pelo mesmo. Tem como pré-requisito a definição precisa de técnicas, métodos, modelos e teorias que irão orientar a coleta e interpretação dos dados.

56 55 Esse pré-requisitos supra-citados irão conferir validade científica a investigação (TRIVIÑOS, 1995). Cabe ressaltar que a coleta de dados pode ser realizada de várias formas, podendo ser por meio de entrevistas com pessoas inseridas no universo pesquisado, observação in loco, levantamento bibliográfico e outros. Com relação à forma de coleta de dados Creswell (2010), afirma que: algumas formas de coleta de dados, como entrevistas e observações podem ser consideradas qualitativas ou quantitativas, dependendo da forma utilizada (abertas ou fechadas) como opção de respostas em uma entrevista ou em uma lista de checagem para uma observação. Espera-se que a pesquisa realizada obtenha os resultados esperados, com a escolha dos modelos de levantamento dos dados, assim como o aprofundamento necessário na busca destes dados para facilitar as análises posteriores deste estudo. O Quadro 07 evidencia o tipo de pesquisa desenvolvida em cada etapa do estudo. Quadro 7: Tipo de pesquisa e instrumentos de coleta Etapas Tipo de pesquisa Instrumento de Coleta 1 Descritiva e exploratória Questionário 2 Descritiva e exploratória Roteiros das Entrevistas 3 Descritiva e exploratória Roteiro de Observação Portanto, a partir do Quadro 7 é perceptível que predominantemente adotou-se a pesquisa do tipo descritiva e exploratória. 3.4 MÉTODO DE PESQUISA O método utilizado neste estudo consiste em um levantamento, pois está relacionado ao questionamento ou estudo de indivíduos e o registro das informações coletadas que serviram para análise. Com relação ao levantamento Cooper e Schindler (2011) definem que é um processo de medição utilizado para a busca de informações durante entrevista realizada de forma estruturada. As perguntas são cuidadosamente identificadas e elaboradas de forma sequencial e precisamente questionadas a cada participante. Cabe ressaltar a importância da escolha das empresas que participaram deste estudo, assim como a definição das pessoas e a elaboração das perguntas que foram utilizadas para a coleta das informações projetadas para que ocorra o sucesso deste levantamento.

57 56 Neste contexto, Cooper e Schindler (2011) explicam que o ponto forte do levantamento como técnica de coleta de dados primários é a variedade de aptidões que ele pode fornecer. Informações abstratas e dispersas podem ser reunidas ao se questionar os indivíduos, além de que poucas perguntas e questionamentos que escolhidos podem fornecer informações e dados que iriam demorar muito mais para serem obtidos por meio da observação. A abrangência deste estudo é composta pela empresa BRF S.A localizada no município de Chapecó/SC, assim como seus fornecedores de serviços cadastrados no sistema de gestão da BRF. A definição da amostra foi estabelecida com base no banco de dados disponível no sistema de gestão, foi considerado o número de serviços realizados por cada fornecedor no período de janeiro a dezembro de A amostragem considerada para aplicação das entrevistas, assim como a aplicação dos questionários é de 6 fornecedores de serviços da BRF S.A. Com base nesta amostragem foram entrevistados os 6 gerentes das empresas escolhidas e para a aplicação dos questionários serão considerados 100% dos colaboradores das 6 empresas escolhidas. Com base no resultado das análises e conclusões obtidas no levantamento, foi elaborado um manual com ferramentas, programas e métodos a serem disponibilizados para a melhoria da gestão ambiental nas empresas que participaram deste estudo. O Quadro 08 descreve a classificação quanto aos procedimentos adotada em cada etapa da pesquisa. Quadro 08: Procedimentos de coleta de dados e instrumentos utilizados Etapas Procedimentos Instrumento de Coleta 1 Levantamento de dados com todos os colaboradores das 6 Questionário empresas terceiras fornecedoras da BRF 2 * Aplicação da entrevista para Gerente de RH Roteiros das Entrevistas * Aplicação da entrevista para Gerente de Suprimentos * Aplicação da entrevista para Gestores das empresas terceiras 3 Observação in loco Roteiro de Observação O Quadro 08 demonstra que esta pesquisa procurou mapear informações em diferentes fontes. Desta forma, há uma probabilidade maior de mapear as características da realidade organizacional, pois se parte de percepções de diferentes sujeitos. Sobretudo, há a possibilidade de realização de comparativos entre os diferentes dados empíricos, abstraindo-se aquelas informações que são mais relevantes, que se repetem e que são enfatizadas pelos diferentes sujeitos pesquisados.

58 TÉCNICA E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS A coleta de dados neste estudo foi realizada por intermédio de entrevistas individuais semi-estruturadas com os gestores das empresas fornecedoras de serviços da BRF de Chapecó e com os colaboradores da área de suprimentos da BRF S.A. Para as entrevistas foi utilizado gravador para registro das falas realizadas, além de anotações dos pontos principais declarados e autorizados pelos entrevistados. Na entrevista semi-estruturada é importante registrar o que o entrevistado entende sobre o assunto abordado. A entrevista é utilizada para identificar dados descritivos na linguagem da própria pessoa entrevistada, proporcionando ao investigador elaborar uma ideia sobre a forma como os sujeitos percebem os aspectos existentes no mundo (GODOI; BANDEIRA DE MELLO; SILVA, 2006). Outra técnica utilizada foi a observação nos processos das empresas terceiras para visualizar as práticas relacionadas à gestão ambiental. As informações coletadas nas observações foram registradas com fotos e relatórios, constou a descrição das informações observadas. Sobre a observação Godoi, Bandeira de Mello e Silva (2006, p. 133), descrevem que: A observação tem um papel essencial no estudo qualitativo. Por meio da observação procura-se aprender aparências, eventos e/ou comportamentos. Com o objetivo de abranger todos os grupos de atores envolvidos neste estudo, também foi aplicado um questionário para os funcionários das empresas terceiras da BRF S.A. Conforme mencionado por Fachin (2006), ao se elaborar um questionário é necessário observar qual o seu objetivo, pois o questionário só atendeu o resultado esperado se o pesquisador dominar o assunto pesquisado e possuir conhecimento sobre a metodologia da pesquisa. Aplicando estas técnicas de coleta de dados pode-se esperar um resultado positivo no levantamento de informações para este estudo, pois se obteve a abrangência desejada para a análise dos dados. Quadro 09: Técnicas e Instrumentos de coleta de dados aplicados Etapa Técnicas de Coleta de Dados Instrumentos de Coleta 1 Dados primários via * Roteiro de questionário (semi-estruturado) verificado questionário previamente por especialistas no assunto (processo de validação). 2 Dados primários via * Roteiros das entrevistas elaborados a partir dos objetivos entrevistas semi-estruturadas 3 Dados primários via observação in loco do estudo e da fundamentação teórica *Roteiro de observação elaborado a partir dos objetivos do estudo

59 58 Percebe-se no Quadro 09 de que os métodos adotados para a realização da coleta de dados adotadas consistem em coleta de dados primários e empíricos, via questionário, entrevista e observação. 3.6 TÉCNICA DE TABULAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS A análise e interpretação dos dados coletados na pesquisa foram elaboradas com base nas informações registradas nas entrevistas, observações e questionário. Para a realização da análise dos dados é necessário o pesquisador aprofundar e compreender as informações disponíveis e registradas. Com relação ao processo de análise de dados Creswell (2010), relata que é necessário preparar os dados para as análises, além de conduzir para várias avaliações. Para isso, é necessário aprofundar cada vez mais a compreensão dos dados, onde se devem representar os dados e realizar a interpretação mais ampla e abrangente deles. Os dados coletados nas entrevistas semi-estruturadas foram agrupados em quadros para que se pudesse realizar a comparação das respostas e para facilitar a compreensão dos entrevistados. O registro das observações in loco teve como base as fotos e relatórios elaborados nas visitas aos processos dos fornecedores. Com relação aos dados coletados no questionário junto aos funcionários, os mesmos foram tabulados no programa Sphinx, se tem o objetivo de analisar estatisticamente os dados coletados. O Sphinx permite realizar o cruzamento entre os dados registrados, disponibilizando resultados expressivos para a análise final deste estudo. Com base nos dados quantitativos identificados foram geradas tabelas e gráficos para demonstração dos resultados da pesquisa. Cabe ressaltar a importância do comportamento do pesquisador na etapa da análise de dados, onde a interpretação dos dados e a análise correta das informações são essenciais na busca pelos melhores resultados. Um ponto chave na busca destes resultados é a sensibilidade do pesquisador, Godoi, Bandeira de Mello e Silva (2006, p. 142) descrevem que: A sensibilidade do pesquisador deve continuar presente na etapa de análise de dados. O Quadro 10 apresenta uma síntese das técnicas de tabulação e análise de dados adotadas nesta pesquisa.

60 59 Quadro 10: Técnicas de tabulação e análise dos dados Etapa Técnicas de Tabulação dos Dados Técnicas de Análise dos Dados 1 * Uso do software sphinx para gerar tabelas * Quadros síntese 2 Quadros síntese * Análise das falas 3 Quadros síntese * Análise das falas * Estatística descritiva simples (com cálculo da frequência absoluta, frequência relativa, média e desvio padrão - grau de dispersão) * Análise das falas O Quadro 10 evidencia que os dados empíricos foram tabulados na forma de tabelas e quadros síntese. A partir dos mesmos foi possível fazer a aplicação da estatística descritiva simples para os dados que foram quantificados e analisado as falas para os dados qualitativos. O quadro 11 demonstra o resumo dos procedimentos metodológicos relacionados a cada objetivo específico da pesquisa. Quadro 11: Resumo dos procedimentos metodológicos adotados na pesquisa Objetivos pesquisa da Fonte coleta dados Identificar e analisar as práticas de gestão com ambiental nas empresas terceirizadas da BRF S.A Identificar o conhecimento e o nível de participação dos colaboradores da empresas terceiras nas práticas ambientais realizadas de de Entrevista com gestores das empresas terceiras; (APÊNDICE A) Questionário os colaboradores dos terceiros; (APÊNDICE E) Observação direta. (APÊNDICE D) Questionário com os colaboradores dos terceiros; (APÊNDICE E) Observação direta. (APÊNDICE D) Tópicos Abordados Práticas de gestão ambiental Práticas de gestão ambiental Sistematização dados informados dos Para as entrevistas os quadros; Para os questionários gráficos e tabelas; Para a observação direta a descrição dos aspectos observados em parágrafos consecutivos. Para os questionários gráficos e tabelas; Para a observação direta a descrição dos aspectos observados em parágrafos consecutivos. Autores de Base Alperstedt et al (2010) Pombo e Magrini (2008) Ramos et al (2006) Vries, Bayramoglu e Wiele (2012) Alperstedt et al (2010) Pombo e Magrini (2008) Ramos et al (2006) Vries et al (2012) Abordagem que sustenta a análise Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

61 60 - Elaborar um manual com ferramentas, programas e métodos a serem disponibilizados para a melhoria da gestão ambiental nas empresas Fornecer um cronograma estruturado para implantação de um sistema de gestão ambiental Elaborar um plano de ação propondo um roteiro para incorporação de práticas sustentáveis nas pequenas e médias empresas fornecedoras Dados bibliográficos Dados e informações obtidas nas entrevistas, questionários e observação Dados e informações obtidas nas entrevistas, questionários e observação Práticas de gestão ambiental e melhoria contínua Formato de manual de procedimentos (contendo o que/ferramenta/programa, como implantar, como avaliar os resultados) Seiffert (2011a) (2011b) Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e Melhoria contínua Ações de melhoria Modelo de Plano de Ação Campos (1992) Campos (2004) Melhoria Contínua A partir das constatações efetuadas nas empresas pesquisadas, foi elaborado um plano de ação com a proposição de novas práticas que podem ser incorporadas na empresa, seguindo o roteiro da melhoria contínua adotando a ferramenta PDCA, tendo o seu significado do inglês Plan, Do, Check e Action. De acordo com Campos (1992) o método do PDCA deve ser utilizado para melhorias, objetivando a solução de problemas. Este método pode ser considerado o mais importante dentro do controle da qualidade total (TQC), e deveria ser dominado por todos os funcionários da empresa, do Presidente aos operadores. Na sequência o Quadro 12 apresenta o roteiro que foi seguido para a elaboração do plano de ação para os fornecedores da BRF. O segredo do bom gerenciamento está em se saber estabelecer um bom plano de ação para toda meta de melhoria que se queira atingir (CAMPOS, 2004, p. 45).

62 61 Quadro 12: Modelo de Plano de Ação para Melhoria Contínua nas organizações fornecedoras What? How? Where? When? Why? How Much? Who? O que? Como? Onde? Quando? Porque? Quanto custa? Quem Com base no modelo proposto as empresas terceiras poderão realizar todas as ações de forma correta e assertiva, podendo obter resultado positivos nos seus processos.

63 62 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Este capítulo apresenta as práticas de gestão ambiental adotadas nas empresas terceirizadas da BRF S.A; o nível de compartilhamento das práticas ambientais com os colaboradores das empresas terceiras; um manual com ferramentas, programas e métodos a serem disponibilizados para a melhoria da gestão ambiental nas empresas pesquisadas; um cronograma estruturado para adequar a gestão ambiental das empresas terceiras as premissas preconizadas pela abordagem de GCSV; um plano de ação propondo um roteiro para incorporação de práticas sustentáveis nas pequenas e médias empresas fornecedoras. Além disso, analisa e discute os resultados empíricos a luz da teoria de GCSV. De acordo com as respostas obtidas no questionário aplicado aos colaboradores das empresas terceiras da BRF S.A foram elaboradas as tabelas e realizadas as análises a seguir. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS QUESTIONADOS O primeiro bloco trata das características dos colaboradores das empresas terceiras da BRF que responderam o questionário. Tabela 1: Idade dos Questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa De 0 a ,60% De 21 a ,20% De 31 a ,60% De 41 a ,20% De 51 a ,40% Mais de ,00% TOTAL ,00% Com relação à idade dos colaboradores respondentes percebe-se que mais de 78% possui idade até 41 anos e apenas 4,40% possuem idade entre 51 e 61 anos. A idade média é de 30,16 anos e o desvio padrão igual a 9,96, demonstrando a dispersão entre as idades mínimas e máximas.

64 63 Tabela 2: Gênero dos Questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Masculino 33 48,50% Feminino 35 51,50% TOTAL OBS ,00% Com relação ao gênero, houve 48,50% de homens e 51,50% de mulheres que participaram da pesquisa. Tabela 3: Grau de estudo dos Questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa 1º Grau Incompleto 6 8,80% 1º Grau Completo 8 11,80% 2º Grau Incompleto 9 13,20% 2º Grau Completo 28 41,20% 3º Grau Incompleto 7 10,30% 3º Grau Completo 6 8,80% Técnico Completo 3 4,40% Pós-Graduação 1 1,50% TOTAL ,00% Quando analisado o grau de instrução dos colaboradores das empresas avaliadas identifica-se que o segundo grau completo é a escolaridade de 41,20% dos pesquisados. Na sequência encontra-se o segundo grau incompleto com 13,20% e o primeiro grau completo com 11,80%. Com o grau de instrução identificado sugestiona-se que as ações de melhorias a serem propostas deverão ser de fácil aplicabilidade e entendimento, redigidas em um vocabulário simples e de fácil compreensão. Tabela 4: Tempo de empresa dos Questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Até 2,00 anos 42 61,80% De 2,01 a 4,00 anos 12 17,60% De 4,01 a 6,00 anos 6 8,80% De 6,01 a 8,00 anos 1 1,50% De 8,01 a 10,00 anos 2 2,90%

65 64 Mais de 10,00 anos 5 7,40% TOTAL ,00% A análise do tempo de empresa de cada colaborador pesquisado demonstra que a 79,40% possuem até 4 anos de trabalho na empresa. Apenas 7,40% dos colaboradores possuem mais de 10 anos na empresa. Esta análise demonstra que as equipes de trabalho são relativamente novas e renovadas. O tempo de empresa médio é 2,84 e o desvio padrão de 3,15. Tabela 5: Função exercida pelos Questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Auxiliar de Copa e Cozinha 14 20,50% Cozinheira 7 10,30% Eletricista 5 7,40% Auxiliar de Eletricista 4 5,90% Auxiliar de Manutenção 4 5,90% Mecânico 4 5,90% Assistente Administrativo 3 4,40% Auxiliar Administrativo 3 4,40% Técnico em Eletrônica 3 4,40% Auxiliar de Almoxarifado 2 2,90% Auxiliar de Limpeza 2 2,90% Motorista 2 2,90% Nutricionista 2 2,90% Operador de Logística 2 2,90% Vendedor Interno 2 2,90% Almoxarife 1 1,50% Auxiliar de Apoio e Gestão 1 1,50% Auxiliar de Escritório 1 1,50% Auxiliar de Serviços Gerais 1 1,50% Mecânico Industrial 1 1,50% Nutricionista da Qualidade 1 1,50% Proprietário Sócio 1 1,50% Técnico Mecânico 1 1,50% Torneiro Mecânico 1 1,50% TOTAL ,00%

66 65 Com relação às funções executadas pelos colaboradores avaliados, percebe-se que a maioria está relacionada ao produto final da empresa, ou seja, as empresas possuem uma estrutura básica salarial com nomeação de cargos para cada função relacionada à produção ou serviço realizado. 4.2 DADOS DA EMPRESA Nesta etapa são apresentadas as análises relacionadas aos dados das empresas avaliadas através do questionário na percepção dos colaboradores. Tabela 6: Número de colaboradores pesquisador por Empresas Total de Frequência Alternativas Colaboradores Relativa Pesquisados Total de Colaboradores da Empresa Frequência Relativa Empresa A 13 19,10% 15 86,67% Empresa B 4 5,90% 5 80,00% Empresa C 28 41,10% 40 70,00% Empresa D 4 5,90% 4 100,00% Empresa E 8 11,80% 11 72,72% Empresa F 11 16,20% 13 84,61% TOTAL ,00% 88 77,27% No que diz respeito às empresas participantes da pesquisa, percebe-se que das seis empresas avaliadas, cinco delas possuem um número pequeno de funcionários, o que pode facilitar a implantação de ações e práticas ambientais devido à facilidade de reunir e conscientizar os colaboradores. Conforme demonstrado na tabela 6, do total de 88 colaboradores pertencentes ao quadro funcional das 6 empresas pesquisadas, 68 responderam o questionário da pesquisa, representando 77,27%. A maioria dos funcionários que não responderam o questionário estava em período de férias ou afastado da empresa. Cabe ressaltar que os colaboradores que exercem função de supervisão ou coordenação não foram avaliados para que suas respostas não interferissem no resultado da pesquisa direcionada aos colaboradores.

67 66 Tabela 7: Serviços e produtos das empresas dos Questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Serviço de rebobinagem de motores e instalação elétrica 13 19,12% Serviço de manutenção de máquina de solda 4 5,88% Serviço de automação industrial e comércio de conexões/filtros 4 5,88% Moto redutores, conversores e assistência técnica 8 11,76% Serviço de alimentação 28 41,18% Fabricação e manutenção de máquinas e equipamentos 11 16,18% TOTAL ,00% Os serviços e produtos disponibilizados por cinco das empresas terceiras da BRF S.A pesquisadas estão inseridos no segmento de fabricação, comércio e manutenção de máquinas e equipamentos e uma empresa pesquisada oferece serviço de alimentação. Tabela 8: Tempo de fornecimento para a BRF S.A Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa De 0,00 a 3,00 anos 0 0,00% De 3,01 a 6,00 anos 32 47,00% De 6,01 a 9,00 anos 28 41,20% De 9,01 a 12,00 anos 0 0,00% De 12,01 a 15,00 anos 0 0,00% Mais de 15,00 anos 8 11,80% TOTAL ,00% Com relação ao tempo que a empresa fornece serviços para a BRF, identifica-se que todas as empresas pesquisadas já são fornecedoras há mais de 3 anos. O tempo médio de fornecimento é de 8,09 anos e o desvio padrão de 4,62. Com relação à parceria entre cliente e fornecedor Martins e Alt (2006, p. 385) afirmam que o importante é estabelecer um relacionamento permanente entre cliente e fornecedor, envolvendo não apenas compras eventuais ou programadas, mas o próprio desenvolvimento de produtos. A análise desta questão demonstra que as empresas devido ao tempo de parceria já devem conhecer as regras, normas e exigências da BRF, assim como o seu processo produtivo.

68 PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL ADOTADAS NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A Este bloco da pesquisa trata das práticas de gestão ambiental nas empresas terceiras da BRF na percepção dos colaboradores avaliados. Tabela 9: Existência de políticas ou metas sobre sustentabilidade Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 44 64,70% Não 24 35,30% TOTAL ,00% Com relação à existência de políticas e/ou metas relacionadas à sustentabilidade 64,70% dos entrevistados responderam que a sua empresa possui uma política ou meta, o que demonstra que este assunto é tratado e percebido pelos colaboradores. De acordo com Seiffert (2011a) as etapas para construção de uma política ambiental condicionam a definição de parâmetros para a empresa como entidade e também uma reflexão das práticas atuais sobre o seu desempenho ambiental. Com a implantação da política ambiental é possível estender o desejo e anseios da organização com relação à questão ambiental aos demais stakeholders, inclusive seus colaboradores. Tabela 10: Existência de procedimentos/normas sobre assuntos ambientais Frequência Frequência Alternativas Absoluta Relativa Sim 50 73,50% Não 18 26,50% TOTAL ,00% Das 68 pessoas avaliadas a maioria respondeu positivamente sobre a existência de procedimentos e normas relacionados à gestão ambiental, o que pode contribuir para o entendimento e aplicação das ações propostas neste trabalho. Sobre procedimentos e documentos de um SGA, Ramos et al (2006) descrevem que a documentação elaborada de um sistema de gestão ambiental deve ter o objetivo de descrever os principais assuntos do sistema

69 68 de gestão e a integração entre eles; disponibilizar informações e orientações importantes sobre a documentação relacionada. A empresa só obterá os resultados esperados se tiver documentado e normatizado todos os aspectos e informações relacionados ao meio ambiente, assim como a sua divulgação. Tabela 11: Empresa quantifica os aspectos/impactos ambientais Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 35 51,50% Não 33 48,50% TOTAL ,00% As respostas relacionadas à quantificação dos aspectos/impactos ambientais da empresa foram quase igualadas pelos funcionários que responderam que a empresa realiza a quantificação com os que responderam não. Isto demonstra uma fragilidade das empresas na divulgação e tratamento dos seus aspectos junto aos seus funcionários. De acordo com NBR ISO (2004) o aspecto ambiental é um elemento das atividades, produto ou serviço de uma empresa em relação ao sistema global e impacto ambiental é qualquer alteração ocorrida no meio ambiente em decorrência dos aspectos ambientais de uma empresa. O impacto pode ser positivo ou negativo. A conceituação acima demonstra que os aspectos e impactos estão diretamente ligados a identificação dos aspectos ambientais associados a atividades, processos ou produtos. É uma das etapas mais importantes da implementação de um SGA (TIBOR; FELDMAN, 1996). Para a empresa BRF S.A é muito importante que seus fornecedores de serviço conheçam e identifiquem os seus aspectos/impactos ambientais para que quando estiverem realizando serviços dentro das dependências da agroindústria eles possam estender os cuidados para os aspectos existentes nos processos da BRF. A análise das tabelas 9 a 11 estão relacionadas à categoria de análise que diz respeito ao Sistema de Gestão Ambiental, demonstrando que uma empresa deve contemplar a definição de uma política e a identificação e gestão dos aspectos ambientais gerados pelas atividades da organização.

70 69 Tabela 12: Os aspectos/impactos considerados mais importantes Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Não resposta 40 58,90% Utilização de fios de cobre 10 14,70% Geração de resíduos na cozinha e consumo de água 2 2,90% Geração de lixo e utilização de óleo de cozinha 13 19,10% Geração de resíduos na cozinha 2 2,90% Geração de resíduos na cozinha, consumo de água/energia elétrica 1 1,50% Fonte: Elaborado pelo autor(2014) TOTAL ,00% Os colaboradores que responderam que a empresa quantifica seus aspectos/impactos ambientais consideram a utilização de fios de cobre, a geração de resíduos sólidos na cozinha, o consumo de água e energia e focaram muito no uso do óleo de cozinha. Cabe ressaltar que se estes aspectos forem destinados inadequadamente ou utilizados de forma descontrolada podem causar impactos como a alteração da qualidade do solo e água e degradação de recursos naturais. Por isso a importância do envolvimento de todos os colaboradores e áreas na identificação e gerenciamento dos aspectos gerados. A identificação dos aspectos ambientais e da análise dos impactos associados é importante como uma primeira grande oportunidade de envolvimento de todos os setores da empresa com o SGA em implantação (SEIFFERT, 2011a, p.86). Tabela 13: Treinamentos disponibilizados sobre responsabilidade social e práticas ambientais Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 40 58,80% Não 28 41,20% TOTAL ,00% O treinamento nos procedimentos e normas de uma empresa é uma das etapas mais importantes na implantação da padronização. Demonstra que os funcionários estão habilitados a realizar as atividades especificadas nos procedimentos repassados. Conforme relatado no estudo realizado por Silva e Ribeiro (2005) a estratégia utilizada para melhorar o desempenho ambiental apontada pela maioria das organizações pesquisadas é a relacionada ao treinamento e conscientização de pessoal.

71 70 Na pesquisa realizada 58,80% dos colaboradores afirmam que recebe treinamento relacionado à responsabilidade social e práticas ambientais e 41,20% relataram que não possuem nenhum treinamento. Cabe ressaltar a importância dos colaboradores estarem alinhados com os objetivos da empresa através do treinamento nos procedimentos, manuais, normas e instruções das tarefas e atividades dos processos padronizados. Tabela 14: Conhecimento dos questionados sobre práticas ambientais da empresa Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 54 79,40% Não 14 20,60% TOTAL OBS ,00% Os colaboradores das empresas terceiras pesquisadas afirmam na sua maioria que conhecem as práticas ambientais da empresa em que trabalham. Dessa forma, se torna mais fácil conscientizar os funcionários na aplicação de ações de melhoria dentro da organização e nos processos dos seus principais clientes quando na realização de serviços. Tabela 15: Disponibilização de treinamento relacionado à CIPA Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 57 83,80% Não 11 16,20% TOTAL ,00% O treinamento relacionado à CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é uma prática frequente nas empresas pesquisadas conforme resposta de 83,80% dos colaboradores pesquisados, demonstrando a importância que as empresas possuem com a segurança dos funcionários e atendimento às exigências legais. Tabela 16: A empresa incentiva os funcionários a participarem do voluntariado Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 30 44,10% Não 38 55,90% TOTAL ,00%

72 71 A maioria dos colaboradores entrevistados (55,90%), responderam que a empresa não incentiva a prática de ações voluntárias e 44,10% afirmaram que são motivados a participarem de ações voluntárias. Cabe ressaltar que o incentivo da empresa é importante, mas a ação proativa de cada colaborador é fundamental para o ingresso no voluntariado. Tabela 17: Estrutura para separação de resíduos na empresa Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 60 88,20% Não 8 11,80% TOTAL ,00% A percepção de 88,20% dos colaboradores entrevistados afirma que a empresa em que trabalham possui estrutura para implantar a separação adequada dos resíduos gerados pelos processos da empresa. A separação adequada dos resíduos gerados na empresa é uma das principais ferramentas para a implantação da gestão de aspectos ambientais. Esta análise possui relação direta com a categoria de análise do estudo que trata da Gestão de resíduos sólidos. Tabela 18: A empresa fornece incentivo e prêmios aos questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 6 8,80% Não 62 91,20% TOTAL ,00% O incentivo e premiações aos funcionários deve ser uma estratégia utilizada pela empresa para motivar e buscar a parceria dos colaboradores na implantação de práticas e melhorias nos processos da empresa. Na pesquisa realizada 91,20% dos entrevistados afirmaram que não recebem incentivos ou premiações para recompensar as boas práticas realizadas. Tabela 19: Parceiros considerados importantes para a empresa do questionado Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Clientes 63 92,60% Fornecedores 43 63,20% Órgãos Públicos 9 13,20%

73 72 Colegas de Trabalho 56 82,40% Gestores 42 61,80% Comunidade 21 30,90% Nenhum é importante 2 2,90% TOTAL 68 Quando questionados sobre quais parceiros são considerados importantes, os entrevistados consideraram os clientes da empresa como o principal parceiro, os colegas de trabalho em segundo e os fornecedores em terceiro lugar. Esta análise demonstra que os colaboradores também consideram o cliente muito importante na sua rotina diária refletindo como um dado importante e positivo para empresa BRF S. A parceira das empresas alvo desta pesquisa. Sobre o relacionamento da empresa com os stakeholders, Marrewijk (2003) menciona que em anos anteriores, a gestão poderia ignorar assuntos de responsabilidade de seus proprietários que estavam interessados no resultado e aplicações financeiras. Atualmente, as empresas possuem o desafio de equalizar os interesses da empresa com diversos interesses conflitantes dos seus stakeholders. Tabela 20: Empresa dos questionados procura desenvolver produtos eficientes ambientalmente Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 38 55,90% Não 30 44,10% TOTAL ,00% No que diz respeito ao desenvolvimento de produtos mais eficientes ambientalmente, 55,90% responderam que percebem essa condição na sua empresa e 44,10% afirmaram que a empresa não procura desenvolver produtos mais eficientes ambientalmente. É válido ressaltar a importância do planejamento no desenvolvimento de novos produtos, principalmente aos que objetivam a melhoria ambiental. Com relação ao desenvolvimento de produtos Leite (2010, p. 71) afirma que Identificar previamente os problemas que podem ser gerados com o lançamento de novos produtos ou em operações de compra e venda, pode evitar erros graves e de difícil correção.

74 73 Tabela 21: Empresa procura substituir matérias primas para materiais ecológicos Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 29 42,60% Não 39 57,40% TOTAL ,00% Com relação à substituição da matéria-prima por materiais mais ecológicos 42,60% dos entrevistados responderam que a empresa realiza a substituição e a maioria com 57,40% considera que a empresa não substitui a sua matéria-prima por materiais ecológicos. Seiffert (2011b) descreve que para melhorar o seu desempenho ambiental a empresa pode incluir em geral novas opções relacionadas à substituição de produto por outro e inclusive o aumento da vida útil, gerando menos descarte no ambiente. Tabela 22: Reaproveitamento realizado pela empresa Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 51 75,00% Não 17 25,00% TOTAL ,00% A grande maioria dos colaboradores avaliados respondeu que a sua empresa realiza o reaproveitamento de materiais na realização das atividades. Apenas 25% afirmaram que a empresa não efetua o reaproveitamento de materiais nos processos da empresa. Esta condição pode estar relacionada à redução de custos com matérias-primas e materiais de expedientes. O estudo realizado por Minatti (2011) demonstrou em uma das empresas estudadas por ele que o reuso é praticado sem a operacionalização da logística reversa por meio do reaproveitamento de chapas metálicas no processo. 4.4 CONHECIMENTO E O NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES DAS EMPRESAS TERCEIRAS NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS AMBIENTAIS Este bloco trata sobre a participação dos colaboradores nas questões relacionadas ao meio ambiente nas atividades executadas na empresa em que trabalham.

75 74 Tabela 23: Conhecimento dos questionados sobre sustentabilidade Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 45 66,20% Não 23 33,80% TOTAL ,00% Sobre a questão relacionada ao conhecimento sobre sustentabilidade, 66,20% dos entrevistados afirmaram que possuem algum conhecimento e 33,80% responderam que não. Cabe ressaltar a importância dos colaboradores terem o conhecimento dos assuntos sobre sustentabilidade para que possam se conscientizar e realizar na prática as ações planejadas. Tabela 24: Atividades da empresa possuem risco ambiental Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 41 60,30% Não 27 39,70% TOTAL ,00% Considera-se muito importante a informação que 60,30% dos colaboradores afirmam que as atividades realizadas na empresa em que trabalham possuem risco ambiental. Isto demonstra que eles percebem que em algum momento podem causar algum dano ao meio ambiente. 39,70% não conseguem perceber risco ambiental nas atividades realizadas. Tabela 25: Município que os questionados residem possuem parques e área verde Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 66 97,10% Não 2 2,90% TOTAL ,00% Para 97,10% dos colaboradores avaliados o município em que residem possuem parques e área verde, sendo um fato importante para o indivíduo visitar e perceber o quanto é importante à manutenção destas áreas verde para o desenvolvimento socioambiental do município. Apenas 2,90% dos entrevistados consideram que seu município não possui área verde.

76 75 Tabela 26: Questionados tem a vida afetada pelo aquecimento global Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 53 77,90% Não 15 22,10% TOTAL ,00% No que diz respeito à influência que o aquecimento global pode causar na vida de cada colaborador, 77,90% considera que já sofreu alguma influência na sua vida e 22,10% não. A percepção dos colaboradores demonstrada nesta questão suporta a categoria de análise do estudo relacionada à redução na emissão de gases do efeito estufa. A conscientização e a mudança de atitude são importantes para o controle do aquecimento global. Para contribuir na redução da emissão dos gases para o efeito estufa é importante primeiramente saber onde eles se encontram (AQUECIMENTO GLOBAL: CAUSAS..., 2014). A redução na emissão de gases pode consequentemente auxiliar no controle do aquecimento global. Tabela 27: Residência dos questionados possui rede de esgoto municipal Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 36 52,90% Não 32 47,10% TOTAL ,00% A questão relacionada à existência de rede de esgoto conectada a residência do colaborador foi respondida quase que dividida entre os que responderam sim e aqueles que não possuem a sua casa ligada a uma rede de esgoto. Esta análise demonstra que existem ainda muitas residências que não possuem uma rede de esgoto disponível na sua rua. Tabela 28: Realização da separação de resíduos na empresa pelos questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 66 97,10% Não 2 2,90% TOTAL ,00%

77 76 A realização da separação de resíduos sólidos nas dependências da empresa é realizada de alguma forma por 97,10% dos colaboradores das empresas terceiras e apenas 2,90% responderam que não realizam a separação de resíduos sólidos. Esta situação demonstra que está prática pode ser estendida nas dependências dos clientes na realização dos serviços e manutenção, inclusive na BRF S.A e reflete na categoria de análise que trata da gestão de resíduos sólidos. Os materiais compostos por vidro, metal, papel ou plástico contribuem em grande proporção para a operacionalização do fluxo de resíduos sólidos e são aptos a realização de reciclagem. A reciclagem melhora o desempenho ambiental das empresas e é uma das ferramentas mais importantes para a estrutura e obtenção de uma grande performance (BASARAN, 2013). Dessa forma fica claro que a separação adequada pode contribuir positivamente na reciclagem dos resíduos sólidos gerados nos processos da empresa. Tabela 29: Orientação e incentivos dos familiares na separação de resíduos efetuada pelos questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 63 92,60% Não 5 7,40% TOTAL ,00% Da mesma forma que a maioria dos colaboradores realiza a separação dos resíduos na empresa na qual trabalham, 92,60% deles afirmam que orientam e incentivam os seus familiares na separação dos resíduos domésticos. Tabela 30: Relato de anomalias relacionadas ao meio ambiente pelos questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 43 63,20% Não 25 36,80% TOTAL ,00% O relato de anomalias é uma das etapas mais importantes na implantação de um sistema de gestão ambiental, pois demonstra que as pessoas estão avaliando e controlando as suas atividades e possíveis aspectos gerados em relação ao meio ambiente. Com relação a

78 77 este assunto Seiffert (2011a, p. 159) descreve que Atuar sobre as não conformidades e promover ações corretivas ou preventivas fazem parte das atribuições de mais um dos subsistemas do SGA. Com relação a esta questão 63,20% dos colaboradores afirmam que relatam as anomalias percebidas e 36,80% responderam que não identificam e relatam os problemas relacionados à questão ambiental. Tabela 31: Contribuição dos questionados com ideias sobre meio ambiente na empresa Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 25 36,80% Não 43 63,20% TOTAL ,00% Na questão relacionada à contribuição de ideias sobre práticas do meio ambiente, 63,20% dos colaboradores responderam que não contribuem e 36,80% afirmaram que já contribuíram com alguma ideia ou sugestão sobre práticas ambientais. Tabela 32: Ideias pelas quais os questionados contribuem para empresa Frequência Frequência Alternativas Absoluta Relativa Implantação de lixeiros identificados 1 1,50% Separação adequada de resíduos e reaproveitamento materiais 1 1,50% Aquisição de lixeiros adequados 1 1,50% Fazer a reciclagem correta dos materiais 3 4,40% Economizar energia elétrica 1 1,50% Separação correta do lixo 1 1,50% Separação correta do lixo e economia no uso da água 1 1,50% Não resposta 59 86,60% TOTAL ,00% A maioria das ideias que os colaboradores das empresas terceiras da BRF S.A relataram estão relacionadas à separação adequada de resíduos, ou seja, consideram importante a conscientização das pessoas em separar o lixo adequadamente e a existência de estrutura adequada para que haja condições ideais para a destinação do resíduo.

79 78 Além disso, foram relatadas ideias sobre economia no uso de água, energia elétrica e o reaproveitamento de materiais. Aspectos importantes para a implantação de práticas efetivas na gestão ambiental de uma empresa. Sob o olhar socioambiental, a implantação de ações e práticas que objetivam a redução de resíduos e o consumo de insumos, materiais e energia, contribui para o desenvolvimento positivo e a manutenção da qualidade do ambiente, por meio da redução dos impactos ambientais gerados nos processos da empresa (CAGLIARI; TEIXEIRA; CONTO, 2008). Tabela 33: Percepção dos questionados sobre participação em grupos de voluntários Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 5 7,40% Não 63 92,60% TOTAL ,00% A questão relacionada a participação dos colaboradores em grupos de voluntários obteve 92,60% de respostas negativas, ou seja, a grande maioria dos colaboradores não participam voluntariamente de ações na comunidade ou em outras instituições. Tabela 34: Preocupação dos questionados com a utilização de recursos naturais Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 65 95,60% Não 3 4,40% TOTAL ,00% Na pesquisa realizada a grande maioria (95,60%) dos colaboradores afirmam que se preocupam com a utilização de recursos naturais dentro das dependências da empresa. Esta informação demonstra que os colaboradores podem auxiliar a empresa na redução dos efeitos causados no processo produtivo e na execução dos serviços, inclusive nas dependências dos seus clientes como a BRF S.A. Com relação ao consumo de recursos naturais Barbieri, Cajazeira e Branchini (2009, p. 55) afirmam que Para reduzir a necessidade de recursos naturais e de lançamentos dos resíduos não aproveitados é preciso conhecer os impactos ambientais específicos de cada etapa da cadeia produtiva.

80 79 Dessa forma, está claro que a preocupação com a utilização de recursos naturais pode contribuir com a eficiência do sistema de gestão ambiental da empresa, porém os impactos ambientais devem ser identificados e gerenciados. Tabela 35: Percepção dos questionados sobre necessidade de economia no uso de recursos Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Consumo de água 63 92,60% Desligamento de lâmpadas 63 92,60% Desligamento monitor de computador 32 47,10% Desligamento de máquinas e equipamentos 39 57,40% Não resposta 3 4,40% TOTAL 68 O consumo de água e a economia de energia elétrica das lâmpadas são as preocupações mais apontadas pelos colaboradores das empresas terceiras da BRF, demonstrando que os assuntos relacionados ao recurso natural água são bastante preocupantes e importantes. Com relação à preocupação ambiental e utilização de recursos Junior et al (2013, p. 41) A preocupação ambiental se configura como tema presente na sociedade, nos poderes públicos e nas organizações, mais claramente manifestado na necessidade de preservação do meio ambiente e na perpetuação de fontes de recursos. Tabela 36: Percepção dos questionados sobre adquirir eletrodomésticos que consomem menos energia Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 27 39,70% Não 41 60,30% TOTAL ,00% Com relação à aquisição de eletrodomésticos que consomem menos energia os colaboradores responderam em 60,30% que não adquirem este tipo de produto e 39,70% afirmaram que adquirem eletrodomésticos mais econômicos em relação ao consumo de energia.

81 80 Tabela 37: Percepção dos questionados sobre ir trabalhar de ônibus visando à redução de fumaça Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 25 36,80% Não 43 63,20% TOTAL ,00% Os colaboradores entrevistados não consideram muito importante a questão de redução de fumaça de veículos e transportes, sendo que na pesquisa 63,20% responderam que não vão trabalhar de ônibus para contribuir com a redução de emissão de fumaça. Para a categoria de análise sobre redução na emissão de gases do efeito estufa esta informação demonstra que algumas pessoas não priorizam as ações que contribuem para a redução da poluição em detrimento do custo e conforto na locomoção da sua residência até o local de trabalho. 4.5 CRONOGRAMA ESTRUTURADO PARA IMPLANTAÇÃO DE PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL Esta etapa procurou identificar o interesse do colaborador em participar da implantação das práticas ambientais, além da motivação em relação ao prazo de implantação das ações. Tabela 38: Destinação de tempo para participação na implantação de práticas ambientais Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 30 44,10% Não 38 55,90% TOTAL ,00% A participação dos colaboradores nas ações programadas para a implantação de práticas ambiental é de extrema importância para o sucesso dos objetivos propostos. Na pesquisa realizada 44,10% dos entrevistados responderam que destinarão um tempo do seu dia a dia para participar da implantação das práticas e 55,90% responderam que não disponibilizarão tempo algum.

82 81 Tabela 39: Manutenção de motivação pelos questionados diante da demora na implantação de ações de melhorias Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 58 85,30% Não 10 14,70% TOTAL ,00% Com relação à manutenção da motivação mesmo com a demora na implantação das ações relacionadas à gestão ambiental, 85,30% dos entrevistados responderam que podem manter a motivação e apenas 14,70% afirmaram que não. Este percentual positivo demonstra que os funcionários não se abalam com a demora em obter os resultados esperados com relação às melhorias na questão ambiental. 4.6 PLANO DE AÇÃO PROPONDO UM ROTEIRO PARA INCORPORAÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FORNECEDORAS A última etapa contempla questões para identificar se as ações relacionadas ao meio ambiente refletem de que forma as empresas terceiras da BRF incorporam práticas ambientais, na percepção dos colaboradores questionados. Tabela 40: As ações de melhoria podem trazer benefícios aos questionados Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 65 95,60% Não 3 4,40% TOTAL ,00% A afirmação feita pela maioria dos entrevistados de que ações de melhorias relacionadas à gestão ambiental trarão benefícios aos colaboradores, demonstra que de alguma forma serão beneficiados. Isso evidencia um ponto positivo na participação deles futuramente na implantação de ações relacionadas à gestão de práticas ambientais. Conforme registro no relatório de sustentabilidade da NORD Eletric, o edifício sede da empresa foi desenvolvido de forma ecoeficiente para atender o aumento da demanda e também a satisfação de todos os colaboradores. Os detalhes arquitetônicos deixam o ambiente

83 82 mais confortável e agradável para a execução das atividades diárias, dessa forma aumentando a produtividade dos colaboradores (NORD, ). Portanto, a introdução de ações e práticas ambientais pode disponibilizar além do benefício financeiro a satisfação dos colaboradores da empresa. Tabela 41: Participação dos questionados é importante na implantação das ações Alternativas Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 63 92,60% Não 5 7,40% TOTAL ,00% A grande maioria dos colaboradores participantes da entrevista afirmaram que a participação dos colaboradores é importante na implantação de práticas relacionadas à gestão ambiental. Essa constatação reflete o entendimento do funcionário em ser uma parte importante na implantação de ações de melhorias nos processos da empresa. Com relação à participação de todos os atores da empresa na realização das ações relacionadas à gestão ambiental, Ramos et al (2006, p. 79) afirmam que A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental da ISO representa um processo de mudança comportamental e gerencial na organização, cuja implementação deve ser conduzida de modo participativo e integrado. As tabelas 42 a 46 demonstram as principais análises cruzadas elaboradas com base nos dados dos questionários aplicados com os colaboradores das empresas terceiras da BRF S.A. Tabela 42: Destinação tempo Versus Ações trarão benefícios colaboradores Destinação tempo para participar implantação ações Ações trarão benefícios aos colaboradores Sim Não Frequência Absoluta Frequência relativa Sim 65 95,59% Não 3 4,41% Frequência Absoluta Frequência Relativa 44,12% 55,88% 100%

84 83 Conforme demonstram os dados da Tabela 42, os colaboradores das empresas terceiras na sua maioria não estão dispostos a dedicar um tempo do seu dia a dia para participar na implantação de ações relacionadas ao meio ambiente. Em contrapartida, a grande maioria acredita que as ações a serem implantadas trarão benefícios aos colaboradores. Para que os gestores atendam os anseios dos seus colaboradores com relação aos benefícios que as melhorias implantadas pela empresa possam lhes disponibilizar, Campos (2004) afirma ser necessário buscar o poder do grupo de pessoas em produzir resultados, por meio da educação e treinamento constante das pessoas e elevação do moral, criando um local de trabalho adequado e com liberdade para realizarem suas atividades e tomarem a iniciativa. A análise dos dados da tabela 42 demonstra que a forma de divulgação e promoção pelos gestores das ações planejadas poderá ser de grande importância para o sucesso efetivo das melhorias realizadas. Tabela 43: Destinação tempo Versus Participação colaboradores é importante Destinação tempo para participar implantação ações Participação dos colaboradores é importante na implantação das ações Sim Não Frequência Absoluta Frequência relativa Sim 65 95,59% Não 3 4,41% Frequência Absoluta Frequência Relativa 44,12% 55,88% 100% Da mesma forma que na análise anterior, os colaboradores respondentes não demonstram interesse em destinar um tempo do seu dia-a-dia para participar na implantação das ações relacionadas ao meio ambiente, mas afirmam que a participação dos colaboradores na implantação das ações é muito importante para a efetividade das melhorias projetadas. Neste sentido Seiffert (2011a, p. 124) afirma que a maior parte dos consultores consideram a participação do empregado como um fator essencial para o sucesso da implantação do SGA.

85 84 Tabela 44: Conhecimento sustentabilidade Versus Relata anomalias do meio ambiente Conhecimento sobre sustentabilidade Relata as anomalias do meio ambiente Sim Não Frequência Absoluta Frequência relativa Sim 45 66,18% Não 23 33,82% Frequência Absoluta Frequência Relativa 66,18% 33,82% 100% A análise cruzada da tabela 44 demonstra que 66,18% dos colaboradores avaliados afirmaram que possuem conhecimento sobre a sustentabilidade e o mesmo percentual de entrevistados responderam que relatam as anomalias relacionadas ao meio ambiente. Os operadores devem relatar as anomalias, tanto as boas como as ruins, para que as causas sejam localizadas e as ações corretivas possam ser tomadas (CAMPOS, 2004, p. 62). A análise supracitada demonstra que o colaborador possui condições de visualizar os problemas que ocorrem na realização das suas atividades na empresa. Esta análise é importante para a empresa BRF, pois indica que os colaboradores terceiros podem colaborar no tratamento de anomalias que eventualmente possam ocorrer nos seus processos. Tabela 45: Conhecimento sustentabilidade Versus Contribui com ideias sobre meio ambiente Conhecimento sobre sustentabilidade Contribui com ideias sobre meio ambiente Sim Não Frequência Absoluta Frequência relativa Sim 25 36,76% Não 43 63,24% Frequência Absoluta Frequência Relativa 66,18% 33,82% 100%

86 85 Com relação à análise cruzada da contribuição de ideias relacionadas ao meio ambiente e o conhecimento sobre sustentabilidade, a maioria dos colaboradores afirmam que possuem conhecimento sobre a sustentabilidade, sendo que a maioria não contribui com ideias sobre o meio ambiente nos processos da empresa. Dessa forma, pode-se identificar uma oportunidade de desenvolver e habilitar os funcionários participarem ativamente com contribuições relacionadas à melhoria do desempenho da empresa no que diz respeito à gestão ambiental. Tabela 46: A empresa quantifica impactos ambientais Versus Prática da separação de resíduos A empresa quantifica impactos ambientais Prática de separação de resíduos na empresa Sim Não Frequência Absoluta Frequência relativa Sim 66 97,06% Não 2 2,94% Frequência Absoluta Frequência Relativa 51,47% 48,53% 100% Na Tabela 46 é possível constatar que a grande maioria afirmou que realiza a prática da separação dos resíduos na empresa, sendo que apenas 51,47% dos entrevistados percebem a quantificação dos impactos ambientais da empresa. É importante que o levantamento de aspectos e impactos ambientais seja realizado por pessoas da estrutura da empresa que está implantando o SGA, e a equipe formada para este levantamento seja composta por representantes das áreas ou setores da organização (SEIFFERT, 2011a). Isso demonstra que a empresa necessita desenvolver e melhorar a identificação e divulgação dos seus aspectos e impactos ambientais. Este dado serve de referencial para a elaboração de ações que irão compor o plano de melhoria proposto neste estudo.

87 PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A EVIDENCIADAS VIA OBSERVAÇÃO DIRETA Conforme informações obtidas na observação direta realizada nos processos das empresas terceiras da BRF S.A foram elaborados os quadros a seguir. Quadro 13: Existência e funcionamento da gestão da separação e destinação de resíduos Empresa Observada Empresa A Constatação da Observação Foi constatado que existe separação apenas de materiais que podem gerar um retorno financeiro como os fios de cobre que sobram das rebobinagens. Existe uma preocupação com os resíduos gerados, pois o gestor tem lâmpadas queimadas armazenadas há vários anos e não sabe para que local destinar. Vários resíduos são armazenados juntos e enviados para coleta municipal. Empresa B Empresa C Empresa D Percebe-se que não existe uma separação adequada dos resíduos, ambiente bastante bagunçado e materiais em vários locais. Na parte externa verificam-se vários resíduos de manutenções e peças de equipamentos no chão e no tempo. Existem apenas separação e destinação adequada para as baterias que não são mais utilizadas. Empresa bem organizada e que realiza na prática a separação de resíduos da produção. Existência de lixeiros identificados e com cores de acordo com o tipo de resíduo gerado. Inclusive existe um local para a armazenagem de resíduo de óleo de cozinha e posteriormente enviado para empresa habilitada. Nesta empresa foi verificado que a separação de resíduos é feita de forma parcial, onde existem lixeiros para cada tipo de resíduo, mas não são devidamente identificados com placas e cores diferentes. Percebe-se que os resíduos que podem gerar um retorno financeiro são bem separados e controlados. O restante do lixo(orgânico e geral) é enviado para coleta municipal. Empresa E Empresa F Empresa possui uma organização muito boa com relação à separação de resíduos, com lixeiros identificados e coloridos de acordo com o tipo de lixo gerado. Inclusive existe um local separado e identificado para os resíduos da classe I que são destinados para uma empresa credenciada na cidade de Chapecó. Na empresa F a separação e destinação de resíduos é realizado de forma parcial, onde existem lixeiros separados para armazenagem de resíduos de ferro e aço para posterior destinação. Os lixeiros não são identificados e nem possuem cores identificando o tipo. Os demais lixos são colocados juntos e destinados para coleta municipal.

88 87 Conforme análise realizada por meio da observação no local, apenas as empresas C e E possuem a separação adequada dos resíduos gerados nos seus processos. Com relação à análise das outras empresas avaliadas, percebe-se que os colaboradores acreditam que a empresa possui uma gestão adequada para a separação dos seus resíduos, tendo poucos lixeiros e realizando a destinação de apenas alguns resíduos como os ferros, aços e óleos gerados da produção e manutenção. Sobre resíduos sólidos Hempe e Noguera (2012) afirmam que são gerados de diversas fontes e possuem características diferentes, podendo ser de grande volume, perecíveis e tóxicos. Por isso que conhecer as características dos resíduos é de grande importância para o gerenciamento adequado dos mesmos. Quadro 14: Existência de procedimentos e normas relacionadas à gestão ambiental Empresa Observada Empresa A Constatação da Observação A empresa A não possui nenhum procedimento ou norma relacionado à gestão ambiental. Possui apenas orientações verbais quando da execução dos serviços e separação dos resíduos de cobre e aços. Empresa B Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F Conforme observação realizada a empresa não possui procedimentos e normas para a gestão ambiental. O gestor apenas orienta quando da necessidade de repassar alguma informação sobre a questão ambiental. Foi identificado que a empresa possui procedimentos e normas documentadas relacionadas à gestão ambiental. Os procedimentos estão disponíveis nas áreas para consulta dos colaboradores quando necessário. A empresa observada não possui procedimentos ou normas relacionados à gestão ambiental. São realizadas apenas orientações verbais quando da execução dos serviços e separação dos resíduos de óleo e aços. Apesar de a empresa possuir uma estrutura muito boa para a gestão ambiental dos processos ela não possui procedimentos e normas documentadas. A orientação é verbal e através da conscientização da equipe. Apesar de o gestor trabalhar muito a orientação junto aos colaboradores para o bom atendimento na execução dos serviços a empresa não possui procedimentos e normas padronizados.

89 88 Na maioria das empresas observadas não existem procedimentos, normas e instruções relacionadas à sustentabilidade no que diz respeito às questões ambientais e sociais. De acordo com Seiffert (2011a, p. 139) O papel do subsistema de documentação é o de possibilitar uma sistematização e disponibilização de informações relacionadas ao SGA, sendo um elemento chave de coordenação do mesmo. Existem apenas orientações verbais para os colaboradores realizarem as ações necessárias no seu dia a dia. Apenas a empresa C possui procedimentos e documentos padronizados para atendimento à sustentabilidade. Quadro 15: Existência de política e metas relacionadas à sustentabilidade Empresa Observada Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D Constatação da Observação A empresa não possui política e metas relacionadas à sustentabilidade. A empresa não possui política e metas relacionadas à sustentabilidade. Conforme observado, a empresa possui uma política relacionada à sustentabilidade e também metas relacionadas à questão ambiental e social a nível nacional. A empresa não possui política e metas relacionadas à sustentabilidade. Empresa E Empresa F Apesar da empresa possui uma boa estrutura relacionada à sustentabilidade, além de ações efetivas como a separação adequada dos resíduos e destinação de resíduos da classe I. A empresa não possui política e metas relacionadas à gestão ambiental e social. A empresa não possui política e metas relacionadas à sustentabilidade. A definição de política e metas não é prática realizada pela maioria das empresas analisadas. A empresa C é a única empresa que possui uma política e metas relacionadas à sustentabilidade. A política ambiental deve conter itens que forneçam uma estrutura abrangente para a definição e revisão dos objetivos e metas ambientais. A melhor forma de evidenciar esta condição é o desdobramento das afirmações contidas na política em objetivos e metas da empresa (SEIFFERT, 2011a). Cabe ressaltar que a elaboração de uma política e posterior definição de metas é garantia de que a empresa terá um suporte para a implantação adequada de um sistema de gestão ambiental e ações relacionadas ao âmbito social.

90 89 Quadro 16: Existência de desperdício de água e energia elétrica Empresa Observada Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F Constatação da Observação Conforme análise realizada nos processos da empresa não foi verificado nenhum desperdício com relação ao uso da água e ou energia elétrica. Conforme análise realizada nos processos da empresa não foi verificado nenhum desperdício com relação ao uso da água e ou energia elétrica. Conforme análise realizada nos processos da empresa não foi verificado nenhum desperdício com relação ao uso da água e ou energia elétrica. Conforme análise realizada nos processos da empresa não foi verificado nenhum desperdício com relação ao uso da água e ou energia elétrica. Conforme análise realizada nos processos da empresa não foi verificado nenhum desperdício com relação ao uso da água e ou energia elétrica. Conforme análise realizada nos processos da empresa não foi verificado nenhum desperdício com relação ao uso da água e ou energia elétrica. Durante a investigação realizada não foi percebido o desperdício de água e energia elétrica nos processos das empresas analisadas. As empresas C e E possuem alto consumo de água na realização das atividades durante o processamento do serviço final. No estudo realizado por Junior et al (2013) foi identificado nas empresas pesquisadas que possuem a certificação ISO que a água e a energia elétrica são recursos que aparecem com predominância na gestão das empresas certificadas. Está claro que os recursos água e energia elétrica estão entre os mais importantes utilizados na maioria das empresas. Quadro 17: Existência de desperdício de matéria-prima e insumos Empresa Observada Empresa A Constatação da Observação Foram visualizados resíduos de fios de cobre e questionado o gestor, sendo que o mesmo relatou que o resíduo é normal do processo e o que sobra e trocado por produto novo. Empresa B Conforme observação realizada nos processos da empresa não foram identificados desperdícios de matéria-prima e insumos.

91 90 Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F Não foi evidenciado o desperdício de matéria-prima e insumos nos processos da empresa. Inclusive periodicamente são feitas campanhas no refeitório para que não haja sobras nos pratos dos comensais. Conforme observação realizada nos processos da empresa não foram identificados desperdícios de matéria-prima e insumos. Conforme observação realizada nos processos da empresa não foram identificados desperdícios de matéria-prima e insumos. Os pedaços de chapas de aço identificados nos depósitos de resíduos são normais do processo não podendo ser reaproveitados conforme resposta do gestor quando questionado. Durante a análise realizada por meio da observação não foram identificados desperdícios de matéria-prima e insumos nos processos das empresas terceiras da BRF. Foi observado pedaços de chapas de ferro e aços, sendo justificado pelos gestores que não teriam mais condições de uso e seriam destinados para uma empresa habilitada com retorno financeiro. A empresa fica sujeita a menos riscos devido à consciência ambiental dos colaboradores e ao maior controle de seus processos (OLIVEIRA; SERRA, 2010, p. 435). O desperdício de materiais e insumos depende muito da consciência de seus colaboradores no manuseio e utilização dos mesmos. Quadro 18: Existência de fumaça com nível acima de 2 na escala do anel de Ringelmann Empresa Observada Empresa A Constatação da Observação Conforme análise realizada no veículo da empresa com a utilização do anel de Ringelmann a fumaça do veículo estava dentro do limite aceitável. Empresa B Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F Não foram identificadas fontes de fumaça nas dependências utilizadas pela empresa. Não foram identificadas fontes de fumaça nas dependências utilizadas pela empresa. Não foram identificadas fontes de fumaça nas dependências utilizadas pela empresa. Não foram identificadas fontes de fumaça nas dependências utilizadas pela empresa. Conforme análise realizada no veículo da empresa com a utilização do anel de Ringelmann a fumaça do veículo estava dentro do limite aceitável.

92 91 Nas empresas avaliadas não foram constatadas nenhuma fonte geradora de fumaça dentro dos processos físicos. Diante disso, foi analisado a fumaça de veículos utilizados pelas empresas A e F, sendo que foi constatado que a fumaça gerada pelo cano de descarga dos veículos ficaram dentro do limite permitido na escala do anel de Ringelmann. Em seu estudo realizado sobre redução de emissão de CO2 na China Chen, Zheng e Cong (2012) relatam que a China tem realizado algumas ações positivas para melhorar e otimizar a energia, inclusive no âmbito econômico e o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono. A emissão de fumaça dentro dos limites exigidos só é possível com a realização de manutenções preventivas dos equipamentos e veículos utilizados. Quadro 19: Existência de controle físico para treinamentos relacionados à gestão ambiental Empresa Observada Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F Constatação da Observação Não foi evidenciado registros da realização de treinamentos relacionados à gestão ambiental. Não foi evidenciado registros da realização de treinamentos relacionados à gestão ambiental. Foi observado a existência de cronograma de treinamentos e o registro dos treinamentos realizados nos procedimentos operacionais sobre gestão ambiental. Não foi evidenciado registros da realização de treinamentos relacionados à gestão ambiental. Não foi evidenciado registros da realização de treinamentos relacionados à gestão ambiental. Foi evidenciado o registro de um treinamento com uma instituição do município de Chapecó com relação à saúde, segurança e meio ambiente. O treinamento é sem dúvida uma das principais etapas do PDCA. Por meio de treinamento o gestor estará habilitando o seu colaborador a realizar adequadamente todas as atividades referentes à execução prática nos processos da empresa. A empresa deve identificar os treinamentos necessários que são relacionados aos seus aspectos ambientais e também ao sistema de gestão ambiental. Após deve proporcionar estes treinamentos e realizar ações para atender as necessidades identificadas (NBR ISO , 2004). Na análise realizada foi identificado que apenas a empresa C apresentou evidências da realização de treinamentos para seus colaboradores relacionados à gestão ambiental.

93 92 Quadro 20: Existência de outras práticas ambientais nas dependências da empresa Empresa Observada Empresa A Empresa B Constatação da Observação Na observação realizada não foi constatada práticas ambientais nos processos da empresa. Na área de almoxarifado de materiais de manutenção existe um sensor para acender a lâmpada somente quando estiver alguém dentro do local. Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F Esta empresa é a que mais se percebe ações e práticas ambientais. Existe uma área separada e preparada com dique para armazenagem de produtos químicos de limpeza, além da limpeza do piso do refeitório com utilização de baldes e não com uso de mangueiras de água. Na observação realizada não foram identificas práticas ambientais nos processos da empresa. A principal prática observada nas dependências da empresa foi na cabine de pintura, que possui uma cortina de água corrente que absorve a tinta do ar e transforma em borra, após é retirada da água é depositada em tambores para envio a empresa certificada para receber o resíduo da tinta. O detalhe é que a água é reaproveitada constantemente por dias até ser trocada. Na observação realizada não foi constatada práticas ambientais nos processos da empresa. Na análise realizada na observação direta foram identificadas algumas ações e práticas interessantes relacionadas à questão ambiental como a instalação de sensores no almoxarifado da empresa B para acender a lâmpada somente quando houver pessoas no local. A empresa C possui uma área específica para armazenar todos os produtos químicos utilizados na higienização. Esta área possui dique de contenção e equipamentos de proteção para tratamento de eventuais vazamentos. Também foi observada a limpeza de todo o piso do refeitório com a utilização de baldes e não mangueiras. A principal prática realizada foi evidenciada nas dependências da empresa E, foi identificada a reutilização de água no processo de pintura, além da redução de emissão de tinta na atmosfera. Estas práticas foram evidenciadas na cabine de pintura que possui um sistema de cortina de água que absorve a tinta do ar e transforma em resíduo sólido, sendo posteriormente destinado para a empresa habilitada para recebimento de resíduo classe I. Conforme Ferreira et al (2011) foi relatado que a empresa ao reduzir os resíduos gerados nos seus processos poderá ter a eficiência melhorada, assim como o prevalecimento das situações ganha-ganha.

94 93 Com a participação dos colaboradores na identificação e aplicação de novas práticas ambientais a empresa poderá obter bons resultados para todos os envolvidos. A categoria de análise relacionada à logística reversa não foi percebida a sua prática nas atividades das empresas terceiras da BRF S.A. Esta situação pode estar relacionada à estrutura adequada da agroindústria em receber e destinar os resíduos e embalagens utilizadas para receptores habilitados. Quadro 21: Existência da implantação dos sensos do programa 5S Empresa Observada Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F Constatação da Observação Foram identificadas poucas práticas em relação ao programa 5S. Somente com relação a separação de alguns resíduos de metais e cobre. Também foi percebido a identificação dos materiais no almoxarifado de peças. Não foi percebido a existência de práticas relacionadas ao programa 5S, sendo verificado vários materiais espalhados pelas áreas da empresa e apenas alguns materiais identificados no almoxarifado. Verificou-se apenas a separação de baterias e destinação adequada a empresa habilitada. Percebe-se que a empresa possui várias práticas relacionadas aos sensos do Programa 5S como a identificação e organização dos materiais de estoque, a limpeza das áreas e a separação adequada dos resíduos sólidos e óleo de cozinha. Na empresa D percebe-se que existe algumas práticas relacionadas aos sensos do programa 5S no que diz respeito a separação de alguns resíduos como ferro, aço e óleo usado. Falta identificação nas áreas e lixeiros, assim como melhorar a distribuição e organização das áreas com faixas delimitando cada local e placas indicativas. Empresa muito bem organizada com várias práticas relacionadas aos sensos do programa 5S. Verificou-se a identificação e separação de resíduos, demarcação de faixas no chão separando as áreas e corredores. Áreas limpas e organizadas. Falta a implantação do check-list para verificação e manutenção do programa, além de treinamentos para formalizar a implantação e manutenção do programa. A empresa possui somente ações relacionadas à separação de alguns resíduos sólidos como ferros e aços. Falta a identificação dos lixeiros e locais. A limpeza também deve ser melhorada na área de manutenção. O 5S é um dos programas mais visados para auxiliar a empresa no desenvolvimento de um sistema de gestão ambiental. Gavioli, Siqueira e Silva (2009, p. 7) relatam que O Programa tem como objetivo administrar de forma participativa e melhorar o ambiente de

95 94 trabalho proporcionando qualidade de vida, qualidade de serviço e facilidade na implantação de outros programas de melhoria. Nas empresas avaliadas percebem-se ações isoladas como a separação de alguns resíduos e destinação para uma empresa habilitada, principalmente os resíduos que podem gerar algum retorno financeiro. Nos demais sensos percebem-se lacunas principalmente no diz respeito à ordenação dos locais de trabalho, presença de poeiras, acumuladas, em alguns locais e falta de treinamentos e check-list para avaliação das áreas. Cabe ressaltar que as empresas C e E são exceções, sendo percebido muitas ações positivas relacionadas à aplicação dos sensos do programa 5 S, ações relacionadas a separação de resíduos, identificação e ordenação de materiais e áreas limpas. Quadro 22: Existência de equipamentos/máquinas com selo ou informação de baixo consumo Empresa Observada Empresa A Constatação da Observação Não foi observado nenhum equipamento ou máquina com baixo consumo de energia. Empresa B Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F Não foi constatado nenhum equipamento econômico. Observouse apenas a presença de climatizadores classe C de consumo de energia e uma geladeira velha sendo utilizada. Não foi observado nenhum equipamento ou máquina com baixo consumo de energia. Não foi observado nenhum equipamento ou máquina com baixo consumo de energia. Não foi observado nenhum equipamento ou máquina com baixo consumo de energia. Não foi observado nenhum equipamento ou máquina com baixo consumo de energia. Durante a avaliação in loco dos processos e locais das empresas constatou-se apenas um equipamento novo com o objetivo de reduzir consumo de água e energia adquirido pela empresa C. Nas demais empresas não se percebem o interesse na obtenção de equipamentos e máquinas objetivando a redução do consumo de energia. Na realidade foram identificados alguns equipamentos velhos e outros como climatizadores com identificação de classe C no que diz respeito à economia de energia.

96 PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A CONFORME PERCEPÇÃO DOS ENTREVISTADOS De acordo com as respostas obtidas nas entrevistas realizadas com o assistente de RH, o negociador da BRF e os gestores das empresas terceiras da BRF foram elaborados os quadros 23 a 34 para comparação, análise e conclusão dos dados levantados em relação aos objetivos da pesquisa. Quadro 23: Percepção dos pesquisados sobre o que é sustentabilidade Pesquisados Compreensão sobre sustentabilidade Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Sustentabilidade é a capacidade de seres humanos interagirem com o mundo, preservando o meio ambiente para que as gerações futuras não estejam comprometidas e possibilite a continuidade de vida humana na terra. Sustentabilidade é estar consolidado junto ao mercado, oferecendo produtos de qualidade que agreguem na qualidade de vida das pessoas e que através de sua receita mantenha o negócio da empresa. Outro entendimento é a utilização dos recursos naturais de forma consciente que não agridam o meio ambiente ou que estes recursos venham faltar no futuro. O envolvimento da comunidade e das empresas nestas ações deve ser integral. De forma simples, pode-se afirmar que a efetividade da sustentabilidade em um projeto ou de uma região específica é dar garantias de que mesmo explorada essa área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nela vivem, onde as novas gerações possam usufruir destas mesmas condições hoje oferecidas. Não possuo entendimento sobre o assunto sustentabilidade. Gestor da Empresa B A sustentabilidade é a empresa ter condições de manter uma carteira de clientes e ter estrutura para buscar novos clientes e assim manter a sustentabilidade econômica da empresa. Gestor da Empresa C Sustentabilidade é um modo mais consciente de lidar com os recursos naturais e com a destinação dos resíduos gerados pelo homem. Gestor da Empresa D Sustentabilidade é produzir para si mesmo para obter a sobrevivência da empresa. Gestor da Empresa E Efetuar as tarefas com eficiência, utilizando menos recursos naturais e consequentemente menos geração de resíduos nos processos. Dessa forma busca-se a rentabilidade e resultado econômico para a empresa. Gestor da Empresa F São atividades focadas na área auto sustentável com relação ambiental e social. Um exemplo é a fabricação de uma esteira com material mais durável e com material reciclável. Conforme registrado no quadro 23 verifica-se que existem entendimentos diferentes sobre a sustentabilidade. O gestor A declara não possuir nenhum conhecimento sobre a sustentabilidade. Percebe-se que apenas o negociador da BRF possui conhecimento completo

97 96 sobre a sustentabilidade que contempla três pilares de sustentação: o ambiental, social e o econômico. A maioria dos entrevistados contempla como prioridade a realização de ações ambientais para a obtenção da sustentabilidade na empresa. Conforme relatado por Medeiros et al (2013), a sustentabilidade está diretamente relacionada a continuidade dos aspectos econômicos, culturais e ambientais das pessoas que vivem em sociedade. Dessa forma, para obter lucratividade aliada à preservação do planeta é necessário vender a ideia de produtos que não danifiquem o meio ambiente, que traga benefícios à comunidade menos favorecida e que promovam a sustentabilidade e responsabilidade social. Cabe ressaltar a importância do entendimento do conceito da sustentabilidade de forma correta e abrangente, para que se possa aplicá-lo e estendê-lo a todos os integrantes da organização de forma correta e efetiva. Quadro 24: Políticas e metas relacionadas à sustentabilidade Pesquisados Percepção sobre políticas e metas Assistente de RH Acredito que sim, pois além de preservar o meio ambiente ela procura reduzir os impactos com a economia e uso consciente da água. Atua prevenindo a poluição verificando a quantidade de gases emitidos para a natureza e busca desenvolver produtos mais saudáveis com redução de sódio, açúcares e gorduras beneficiando ao consumidor final e a comunidade próxima. Negociador A BRF está envolvida diretamente com a comunidade, atendendo rigorosamente as políticas federais, estaduais ou municipais, possuem estrategicamente um setor especializado para tratar do assunto, onde traçam diretrizes e metas na busca contínua da conscientização de uso dos recursos naturais e desenvolvimento humano. Exemplo de diretriz é o consumo consciente da utilização de energia/água. Metas: Reduzir consumo de energia no horário de pico. A empresa possui um controlador de energia programada em horário de pico para gerenciar esta meta. Gestor da Empresa A Justamente por não ter um conhecimento sobre este assunto a minha empresa não possui políticas e metas relacionadas à sustentabilidade. Gestor da Empresa B Atualmente a minha empresa não possui nenhuma política ou meta definida. Acredito não ser prioridade ainda para mim. Primeiramente gostaria de se estabelecer financeiramente primeiramente. Gestor da Empresa C Sim, temos procedimentos operacionais implantados e indicadores que avaliam os mesmos. Gestor da Empresa D Formalmente não tenho nada de política e metas na minha empresa. Nunca pensei em definir e divulgar uma política. Gestor da Empresa E A empresa possui metas de faturamento, produtividade, rotatividade e vendas. Não possuímos nenhuma política ou meta para questões relacionadas à sustentabilidade. Gestor da Empresa F Formalmente não possuo nada definido sobre sustentabilidade.

98 97 O quadro 24 demonstra a percepção dos entrevistados com relação a políticas e metas relacionadas que uma empresa deve possuir com relação à sustentabilidade. O negociador da BRF demonstra conhecimento sobre os itens da política do meio ambiente da empresa, inclusive especificou a meta relacionada à redução de energia elétrica. Com relação à entrevista com os gestores das empresas terceiras, apenas o da empresa C relatou que a existência de política e procedimentos relacionados à gestão ambiental. Conforme a NRB ISO (2004) a política ambiental deve ser elaborada pela gerência da empresa e deve ser comunicada a todos os colaboradores e esteja disponível para o público em geral. Os demais gestores responderam que a empresa não possui uma política ou meta relacionada à sustentabilidade formalizada e divulgada para os colaboradores e parceiros. O gestor da empresa A descreveu que a não elaboração de uma política e meta está relacionada à falta de conhecimento sobre o assunto. Quadro 25: Stakeholders importantes para e empresa Pesquisados Stakeholders importantes Assistente de RH Negociador Acredito em parceiros que se preocupam com as mesmas causas que a nossa empresa e merecem uma atenção especial. Isto vale para o lado social também. Os mesmos devem ter credibilidade e confiabilidade no trabalho desempenhado. Um dos objetivos da BRF é buscar no mercado os fornecedores que estão alinhados com as políticas praticadas pela BRF, fornecedores que através de suas ações e resultados demonstram estar ciente no mundo globalizado que a troca de informação, comprometimento e a união de esforços possibilitam resultado positivo para todos. Com relação aos fornecedores, antes de fazer parte do cadastro eles nos visitam e apresentam suas competências. Neste momento são avaliados alguns requisitos importantes como: número de funcionários, capital social, integridade da empresa junto ao fisco e outros órgãos competentes, capacidade de atendimento, histórico de serviços prestados no mercado. Nossa equipe de engenharia também faz análise técnica deste possível fornecedor. Após essa avaliação e cadastramento da empresa, os colaboradores que fazem parte da mesma e que prestarão serviços junto a BRF são convidados para um treinamento o qual é oferecido nas dependências da agroindústria. Esse treinamento é chamado de integração básica, neste momento é repassado todas as condições básicas exigidas pelo grupo BRF e somente após esse treinamento a empresa e seus colaboradores estarão aptos a entrar e realizar seus serviços dentro das dependências da BRF. A avaliação do serviço realizado pelos fornecedores é feita com a utilização dos formulários TLCD - Termo de liberação de contratação por demanda e TMSOE - Termo de medições de serviços de obras e equipamentos, onde os responsáveis técnicos preenchem os formulários validando o andamento e execução do serviço contratado. Desta forma, entendo que o parceiro importante é aquele que está ciente de suas responsabilidades, que contribui para inovações e descobertas de criar novas formas de fazer.

99 98 Gestor da Empresa A Os parceiros que considero mais importantes são os clientes e também o CDL de Chapecó que auxilia muito a minha empresa com relação à gestão e treinamentos. Gestor da Empresa B Eu considero os parceiros mais importantes os clientes e fornecedores, é o que faz a engrenagem da empresa funcionar. Preciso ter bom relacionamento com os fornecedores para criar parcerias e conseguir atender os clientes conforme eles desejam. Gestor da Empresa C Os parceiros que considero mais importante são os clientes no meu caso especificamente a BRF e também considero importantes as empresas que coletam os nossos resíduos da produção. Gestor da Empresa D O foco e objetivo da empresa são sem dúvida inicialmente os funcionários, tendo os funcionários alinhados com a empresa podemos produzir com qualidade para vender para nossos clientes. Os fornecedores também são importantes para que se possa adquirir a melhor matéria-prima. Gestor da Empresa E Eu considero os colaboradores como principais parceiros. São a engrenagem para atingimento dos resultados e geração do bom atendimento ao cliente. Gestor da Empresa F Considero o cliente como parceiro mais importante, pois a exigência é muito grande e tudo começa no pedido do cliente. A partir daí você começa a rodar o seu processo. Com relação à definição dos stakeholders considerados mais importantes para a empresa os entrevistados responderam os clientes e fornecedores como os mais importantes, foram lembrados também os colaboradores da empresa como um dos principais parceiros. No seu estudo Handfield, Sroufe e Walton (2005) definem que na gestão da cadeia de suprimentos ambiental é necessário integrar procedimentos para treinar os funcionários, resumir e descrever informações da gestão da cadeia ambiental para os stakeholders da empresa. Os procedimentos com as informações ambientais devem ser focadas principalmente no desempenho dos fornecedores, auditorias, redução de resíduos, treinamentos e dados para análise da alta gestão, assim como definição de metas. Conforme demonstra a entrevista com o negociador da BRF, o contato com seus fornecedores é por meio de visitas e após a análise de competências e dados importantes como a capacidade produtiva e histórico de serviços prestados em outros clientes. Também é realizada uma avaliação pela equipe técnica responsável pelo processo que receberá o serviço. Se efetivada a negociação os colaboradores das empresas terceiras recebem treinamentos relacionados à saúde, segurança e meio ambiente e a forma que eles devem se portar dentro das dependências da BRF. Com relação à avaliação de fornecedores a BRF possui dois formulários (TLCD e TMSOE) que contemplam informações para registrar os dados do serviço realizado e posterior aprovação para liberação do pagamento conforme pedido de compra.

100 99 Para a BRF S.A esta análise pode ser de grande importância porque os gestores das empresas prestadoras de serviço estão cientes que seus clientes são um dos principais parceiros da organização. Quadro 26: Práticas de gestão ambiental incorporadas no processo da empresa Pesquisados Práticas de gestão ambiental Assistente de RH A empresa possui controle na parte ambiental e constantemente é auditada na norma ISO 14001, além de ter auditorias internas (Copa da Excelência) que seu resultado impacta no bônus financeiro dos funcionários (PLR). Também possui controle de indicadores de utilidades como consumo de água, vapor e energia elétrica. Trata a água para depois devolver ao rio, reduzindo os impactos ambientais, substitui equipamentos com maior consumo de energia por equipamentos novos e mais econômicos. Negociador Adquirir produtos/materiais de empresas que atendam a legislação ambiental; Bem estar animal - Seja o manejo no transporte ou no abate; Conscientização da Separação do lixo em todos os processos da empresa; Uso consciente dos recursos naturais (água e energia elétrica); Investimentos em projetos atrelados a gestão ambiental, por exemplo, a cisterna para armazenamento de água da chuva; Análise de resíduos produzidos e seus impactos junto ao meio ambiente; Destinação correta dos dejetos produzidos; Tratamento da água utilizado antes de devolvê-la ao solo; Treinamento de seus colaboradores e fornecedores; Gestor da Empresa A Na minha empresa procuramos realizar a separação do vidro, metal e papel. Gestor da Empresa B A empresa não possui programas formais e específicos para gestão ambiental, mas considero a destinação do resíduo do cobre e alumínio de forma correta, pois separamos em locais específicos e depois fazemos a destinação com compradores específicos. Gestor da Empresa C A destinação correta de todos os resíduos gerados pela cozinha, com a documentação em dia de todas as empresas envolvidas; Redução do consumo de produtos químicos de limpeza, cobrando do nosso fornecedor uma diluição para poder utilizá-los com qualidade e economia; Lavação e limpeza da cozinha com baldes de água e sem utilização de mangueiras, reduzindo o consumo de água. Gestor da Empresa D Existe a separação e destinação do óleo hidráulico e mineral para coleta e venda como resíduo para uma empresa habilitada para a destinação. Gestor da Empresa E Possuímos a separação de resíduos, inclusive destinação para os considerados da classe I para a CETRIC (empresa especializada em destinar resíduos classe I). O local definido para pintura possui um sistema de reutilização de água e transforma a tinta do ar em borra que é destinada também para a CETRIC. Os óleos utilizados nos processos são armazenados e enviados para uma empresa em Porto Alegre. Também temos programa 5S aplicado não prática. Gestor da Empresa F Procuro separar o metal para venda posterior por tipos de aço. Os outros resíduos são destinados para o recolhimento normal da prefeitura.

101 100 Na questão relacionada às práticas de gestão ambiental praticadas nos processos da empresa os entrevistados responderam na sua maioria que a separação dos resíduos é a principal prática realizada. A gestora da empresa C relatou que a redução de produtos químicos na limpeza das áreas também é uma prática que foi implantada na empresa e o gestor da empresa E informou que além da separação dos resíduos, existem práticas na reutilização da água na cabine de pintura, contribuindo para a redução de emissões de partículas na atmosfera com a captura da tinta no ar e posterior transformação em resíduo sólido. Por meio das informações repassadas pelos colaboradores entrevistados da BRF existem muitas práticas a serem implantadas nos processos de seus fornecedores como a implantação dos requisitos da ISO e a implantação de indicadores relacionados à gestão ambiental. Com relação aos benefícios da certificação da ISO , Junior et al (2013, p. 41) descrevem no seu estudo que foi possível evidenciar que as empresas certificadas pela norma NBR ISO acentuam um conjunto maior dos fatores ambientais em sua gestão por meio de controles, ações e programas estruturados, demonstrando assim maior preocupação socioambiental. Dessa forma, está claro na análise acima que a maioria das empresas terceiras da BRF realiza como prática ambiental a separação de resíduos e ainda de forma parcial. Existem outras práticas implantadas, demonstrando que é possível abranger a realização de práticas e ações relacionadas ao meio ambiente. Quadro 27: Outras práticas cobradas pelos clientes com relação à gestão ambiental Pesquisados Práticas cobradas pelos clientes Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Gestor da Empresa B Gestor da Empresa C Gestor da Empresa D Gestor da Empresa E Não existe uma cobrança específica. O que os principais clientes exigem a contratação de um fornecedor para recolher os resíduos de metal. Atualmente não existe uma cobrança dos clientes para introdução de práticas no meu processo. O que existe é que quando vamos realizar o serviço dentro de alguns clientes existe a cobrança de manter as áreas limpas e destinar os resíduos nos locais corretos e definidos. Não possuo nenhuma cobrança além daquelas que já implantamos nos nossos processos. Somos cobrados apenas na separação e limpeza das áreas na manutenção realizada dentro das empresas clientes. Por exemplo, se cair um eletrodo no chão se junta com uma estopa e joga no lixo identificado. A cobrança é quando realizamos serviços nas empresas, com relação à destinação dos resíduos que geramos, e algumas vezes precisamos trazer

102 101 o resíduo de volta para destinar aqui na empresa. Com relação à documentação não existem cobranças. Gestor da Empresa F A cobrança é com relação à separação dos resíduos das manutenções realizadas nas obras dentro das unidades de alguns clientes principais. Conforme informações relatadas pelos gestores das empresas terceiras da BRF S.A no que diz respeito a outras práticas relacionadas à gestão ambiental a maioria respondeu que a principal cobrança é a separação adequada dos resíduos quando da realização de serviços dentro das dependências da BRF S.A. Sobre a importância da separação de resíduos nas empresas é possível identificar no estudo realizado por Alves e Nascimento (2014) que especialistas estão visualizando boas perspectivas para o desenvolvimento de discussões no futuro sobre a gestão da cadeia de suprimentos verde, em razão da Política nacional dos resíduos sólidos, de pressões advindas do mercado externo e da busca pela certificação de sistema de gestão ambiental. A análise supracitada demonstra a importância e cuidado que os gestores das empresas terceiras possuem ao realizar serviços e manutenções nas áreas da agroindústria BRF S.A. Em contra partida percebe-se que os próprios clientes não demonstram conhecimento ou interesse em novas práticas existentes para a melhoria na gestão ambiental nos processos da empresa. Práticas ambientais como o reuso, produção + limpa e até a logística reversa poderiam ser implementados após a aplicação do programa 5S para conscientização de todos os componentes da organização. Quadro 28: Práticas ambientais que não possui e que seriam importantes para crescer Pesquisados Práticas ambientais importantes que não possui Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Gestor da Empresa B Gestor da Empresa C Gestor da Empresa D Penso bastante na separação adequada de resíduos, mas não possuo conhecimento adequado para executar todas as ações para implantação completa e adequada desta prática ambiental. Eu já andei dando uma olhada sem muito aprofundamento em selos ambientais e também nas normas principalmente a ISO 9001 e posteriormente a ISO Acredito que seja uma obrigação eu implantar antes a ISO e depois a Acredito que dentro do nosso seguimento possuímos todas as práticas exigidas, uma vez que tanto nossa empresa, quanto nossos clientes são muitos exigentes. Acredito que melhorar este sistema de separação de lixo que possuo e outros programas como o 5S que já trabalhei em uma agroindústria e ajuda muito no processo da empresa. Só que admito que faltem conhecimento e informação para colocar na prática.

103 102 Gestor da Empresa E Acredito que temos condições de ter um controle e metas relacionadas à energia solar com objetivo de economia e redução de custos. Para isso acho necessário o levantamento dos aspectos relacionados ao meio ambiente das nossas atividades. Gestor da Empresa F Separação de alguns materiais que ainda não realizamos (resíduo orgânico e doméstico) e algum programa como o 5S que ainda não temos formalmente. Quando questionados sobre práticas ambientais que não possuem implantadas na sua empresa e que poderiam agregar bons resultados para o seu crescimento, os gestores consideraram a certificação da ISO , o programa 5S, a implantação do gerenciamento de aspectos e impactos ambientais e a implantação completa e efetiva da gestão de resíduos. A gestora da empresa C respondeu que devido à exigência de seus clientes a sua empresa já possui todas as práticas ambientais necessárias para o seu segmento. Sobre a norma ISO Alves e Nascimento (2014, p. 517) relatam que é uma norma gerencial que visa evidenciar impactos ambientais provenientes do processo de gerenciamento das atividades empresariais e do ciclo de vida dos produtos/serviços. Com relação ao programa 5S Silva (1996) conclui que no Brasil o programa 5S deveria ser difundido de forma ampla, com a aplicação dos seus sensos: utilização, ordenação, limpeza, saúde e autodisciplina para se implantar o ambiente da qualidade. Com a implantação desses sensos, objetiva-se a estimulação da educação e o desenvolvimento constante para a sobrevivência com dignidade. A implantação dos sensos do programa 5S, assim como sua manutenção nos processos da empresa pode tornar mais fácil a busca da GCSV, pois com o programa 5S implantado a conscientização e o comprometimento serão maiores do que em uma empresa que não possui os sensos implantados. 4.9 CONHECIMENTO E O NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES DAS EMPRESAS TERCEIRAS NAS PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS Neste bloco são apresentadas as análises relacionadas colaboradores das empresas terceiras da BRF nas práticas ambientais realizadas. à participação dos

104 103 Quadro 29: Nível de conhecimento dos colaboradores facilita implantação de ações práticas Pesquisados Importância do nível de conhecimento dos colaboradores Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Com certeza acredito que os funcionários da minha empresa irão absorver as ações e práticas e ajudar nas implantações. Inclusive a empresa possui funcionários cursando faculdade. Gestor da Empresa B Sim, porque todos os funcionários estão cursando ou possuem curso superior ou técnico. Acredito que isso facilita bastante. Gestor da Empresa C Não, acredito que podemos ter algumas dificuldades, pois os colaboradores possuem pouca instrução e ainda não possuem a consciência necessária para incorporar facilmente possíveis práticas a serem implantadas. Eles realizam as atividades e práticas com coordenação e supervisão. Gestor da Empresa D Acredito que o conhecimento não é o empecilho para implantar práticas ambientais ou outras situações de melhoria. Depende de cada um, acredito ser mais relacionado à cultura de cada funcionário. Gestor da Empresa E A nossa equipe está apta em receber orientações e são bem qualificados tecnicamente, além de serem engajados naquilo que fazem. Gestor da Empresa F Nem todos os funcionários possuem conhecimento para se implantar práticas ambientais ou sociais. Por isso a importância de estar sempre orientando sobre o que eles devem fazer. A percepção dos gestores das empresas terceiras com relação à importância do nível de conhecimento dos colaboradores na implantação de práticas ambientais demonstra que a maioria dos gestores acredita que o nível de conhecimento facilita a implantação de ações. Inclusive a gestora da empresa C menciona que poderá ter dificuldades na implantação de ações práticas devido ao nível de conhecimento dos colaboradores. O gestor da empresa D acredita que o nível de conhecimento dos colaboradores não irá influenciar na implantação de ações práticas relacionadas ao meio ambiente. O nível de conhecimento dos colaboradores pode exercer certa influência no prazo e na efetividade das ações de melhoria planejadas para a GCSV. Por isso a importância da elaboração de procedimentos, normas e principalmente a disponibilização de treinamento para habilitação dos colaboradores nas atividades a serem implantadas e melhoradas. Quadro 30: Os colaboradores aceitam a incorporação de novas práticas e rotinas Pesquisados Percepção da aceitação de novas práticas pelos colaboradores Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Conforme comentado anteriormente eles aceitam e contribuem com ideias para que se implantem melhorias nas áreas da empresa.

105 104 Gestor da Empresa B Sim, os meus funcionários aceitam com facilidade todas as orientações que são repassadas para eles com relação a novos trabalhos. Demonstram ser abertos a novas ideias e sugestões. Gestor da Empresa C Não aceitam com tanta facilidade, mas como gestores investimos muito em treinamento e desta forma conseguimos obter bons resultados com os funcionários. Gestor da Empresa D Conforme comentado anteriormente, depende de cada um. Uns aceitam facilmente tudo o que você propõe e até contribuem com ideias e com outros temos uma dificuldade maior. Gestor da Empresa E Sempre aceitam as orientações de forma adequada e contribuem para que as melhorias aconteçam com o resultado planejado. Gestor da Empresa F Sim, quando instigados em aceitar ou realizar alguma nova prática eles absorvem facilmente e participam. Procuro sempre incentivar a parceria entre os funcionários. A maioria dos gestores das empresas terceiras da BRF S.A afirma que os colaboradores das suas empresas aceitam a incorporação de novas práticas e rotinas, sendo um fator importante para o sucesso da implantação a forma de instigar e orientar os colaboradores nas novas práticas. A gestora da empresa C relatou que os colaboradores não aceitam com tanta facilidade, sendo o treinamento muito importante na obtenção do sucesso das ações propostas. De acordo com Campos (1992) a implementação de um cronograma para realização de ações do controle de qualidade total requer uma mudança de comportamento, e como tal necessita de tempo, elevada educação e treinamento. Quadro 31: Existe treinamento sobre sustentabilidade importante para os funcionários Pesquisados Treinamentos importantes sobre sustentabilidade Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Com certeza existem treinamentos importantes, mas não tenho conhecimento para definir quais. Quando preciso de um treinamento específico procuro o SENAI e até fornecedores para buscar o treinamento. Gestor da Empresa B Não, conforme relatado anteriormente estou com outras prioridades para a empresa para depois pensar na questão de desenvolvimento da qualidade e ambiental. Gestor da Empresa C Os treinamentos que considero importantes são os relacionados ao destino correto dos resíduos, o controle do desperdício e separação correta do lixo, além do programa 5S. Gestor da Empresa D Com certeza existem vários treinamentos importantes. Mas como não possuo conhecimento no assunto, o custo para buscar estes treinamentos fora da empresa deve ser muito grande. Gestor da Empresa E Não consigo visualizar no momento um treinamento que seja prioritário para aplicar junto aos funcionários. Gestor da Empresa F Considero o treinamento na norma NR 18 que trata da segurança no local de trabalho, organização, limpeza do ambiente de trabalho e visando sempre a melhoria contínua.

106 105 De uma forma geral os gestores das empresas avaliadas consideram os treinamentos relacionados ao programa 5S, segurança e destinação correta de resíduos como importantes para auxiliar na busca da sustentabilidade. O gestor da empresa D respondeu que lhe falta conhecimento para preparar ou adquirir treinamentos adequados para seus colaboradores. Esta informação demonstra a importância desta pesquisa no sentido de disponibilizar o material adequado para o gestor incorporar nos processos da sua empresa. As organizações mapeiam as competências a serem desenvolvidas utilizando práticas, ferramentas que identifiquem as demandas na aprendizagem interna (ANDRADE; RODRIGUES, 2008, p.12). Cabe ressaltar a importância de definir os treinamentos necessários para cada colaborador para que os objetivos sejam atingidos em sua plenitude. Quadro 32: Tipo de comportamento desejado para colaborador do setor operacional Pesquisados Comportamento desejado de um colaborador Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Com relação ao comportamento procuro identificar a experiência do colaborador na parte elétrica, que possua disponibilidade de horários, pois temos que atender o cliente no momento que ele precisa e também tenha habilitação para dirigir os carros da empresa. Gestor da Empresa B Primeiramente eu procuro identificar o conhecimento técnico do funcionário devido a característica da empresa é muito importante. Espero também que ele tenha uma postura adequada durante o trabalho. Gestor da Empresa C Como o colaborador operacional tem um nível de instrução menor o que eu espero é que ele consiga colocar em prática os ensinamentos que são repassados nos treinamentos, para compensar a pouca proatividade. Gestor da Empresa D O comportamento que procuro observar nos funcionários são a humildade, pois dessa forma eles terão condições de escutar e aplicar as orientações para realizar as atividades corretamente. Outra característica é a proatividade, não ficar esperando e parado quando termina um trabalho e sim buscar outras coisas para fazer. Gestor da Empresa E Eu espero sempre o comprometimento dos funcionários com o seu trabalho. O respeito a família, o próximo e ao patrimônio que ele utiliza. O bom humor também é visualizado no comportamento de um colaborador. Gestor da Empresa F Espero de um funcionário em primeiro lugar a dedicação em tudo que ele realiza dentro da empresa e também se ele está preocupado com o crescimento profissional através do comprometimento na empresa e se desenvolver através de cursos e estudos.

107 106 Com relação ao comportamento desejado de um colaborar para o setor operacional, os gestores das empresas A e B mencionaram o conhecimento técnico como fator importante. A dedicação, comprometimento e proatividade foram as características consideradas mais importantes na análise do perfil de um colaborador do setor operacional. A análise dos dados do quadro 10 demonstra que o conhecimento técnico alinhado ao interesse do colaborador em cooperar com os bons resultados da empresa são fatores importantes na definição de um candidato para o setor operacional das empresas terceiras da empresa BRF S.A CRONOGRAMA ESTRUTURADO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL Esta seção descreve práticas consideradas relevantes na percepção dos pesquisados para viabilizar a implantação de um sistema de gestão ambiental. Quadro 33: Práticas consideradas importantes e qual prazo necessário para implementação Pesquisados Práticas de gestão ambiental importantes e prazo de implantação Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Um programa que conheço e temos alguma coisa implantada é a separação de resíduos e lixo que acredito demorar em torno de 6 meses para implantação completa. Gestor da Empresa B Acredito que a implantação da Norma ISO futuramente vai ser primordial para o crescimento da empresa. Com relação ao tempo necessário acho que vai demorar em torno de 3 anos para viabilizar a implantação. Gestor da Empresa C Não possuo conhecimento de outras boas práticas importantes além daquelas que já possuímos. Um programa importante como o 5S acredito que demore em torno de 1 ano para ser incorporado na empresa. Gestor da Empresa D Se for um programa 5S eu acredito que demore em torno de 40 dias para implantá-lo. Não tenho conhecimento de outras práticas para saber o tempo necessário de implantação. Gestor da Empresa E Conforme conversamos sobre a formalização do levantamento de aspectos e impactos ambientais, acho uma prática importante que deve demorar em torno de 6 meses para concluir este trabalho. Gestor da Empresa F Considero importante um sistema mais completo de gestão ambiental, pois já temos algumas ações incorporadas na prática. Acredito que possa demorar em torno de 90 dias implantação destas novas ações.

108 107 Os gestores das empresas B e F consideram a implantação de um sistema de gestão ambiental como prática importante e na percepção deles o prazo para implantação diverge, sendo que o gestor da empresa B mencionou 3 anos e o da empresa F declarou um prazo de implantação de 90 dias. Os gestores das empresas C e D definiram o Programa 5S como importante na questão ambiental, onde a gestora da empresa C mencionou um prazo de implantação de aproximadamente 1 ano. O gestor da empresa D relatou que lhe falta conhecimento para definir um prazo para implantação do programa. Com relação ao prazo de implantação de um sistema de qualidade Mears (1993) define que a gestão por meio da qualidade total deve ser de forma permanente e de longo prazo, objetivando a satisfação do cliente utilizando um processo de melhoria contínua dos seus produtos e serviços disponibilizados pela empresa. É importante salientar que não existe um prazo definido para implantação de um programa ou sistema de qualidade. Sabe-se que deve ser de forma gradativa, sem pressa e sempre objetivando o resultado final planejado. Por isso a importância da escolha correta de quais ferramentas, programas ou métodos devem ser implantados nos processos da empresa para o sucesso na melhoria da GCSV seja pleno e efetivo. Quadro 34: Principais dificuldades para incorporar práticas ambientais Pesquisados Dificuldades para incorporar práticas de gestão ambiental Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Acredito que a questão financeira, pois deve custar caro para implantar as melhorias necessárias. Uma questão que acredito prejudicar é a falta de conhecimento de outras práticas importantes e que poderiam melhorar a minha empresa. Gestor da Empresa B As principais dificuldades é com relação a econômica, pois terei gastos com melhorias e com a certificação da norma ISO Gostaria de comentar também que existem outros projetos prioritários antes de pensar na gestão ambiental. Gestor da Empresa C Conforme já comentado anteriormente o baixo nível de escolaridade e a falta de proatividade dos funcionários. Gestor da Empresa D A maior dificuldade que tenho para implantar práticas ambientais é a falta de conhecimento e prática para implantar os conceitos dos programas e ferramentas. Gestor da Empresa E As dificuldades estão relacionadas a questão corporativa, apresentar e aprovar os projetos podem demorar bastante tempo por ser uma empresa multinacional. A parte boa é que teríamos recursos e treinamentos para aplicação das práticas propostas. Gestor da Empresa F As características de algumas obras que realizamos, onde temos dificuldades de manter o ambiente limpo e de destinar adequadamente alguns materiais, por exemplo, o disco de corte.

109 108 Os dados expostos pelos gestores relacionados às dificuldades que podem ser encontradas na implantação de práticas ambientais demonstram que a questão econômica, a falta de conhecimento sobre os assuntos pertinentes aos programas e práticas ambientais e a falta de comprometimento e proatividade dos colaboradores podem prejudicar a implantação efetiva das ações planejadas para a melhoria ou implantação de uma gestão ambiental adequada para as empresas terceiras da BRF S.A. No estudo realizado por Abdalla e Feichas (2005) sobre as maiores dificuldades na busca pela certificação do sistema de gestão ambiental são considerados o custo direto com o atendimento às auditorias, o custo indireto com o envolvimento dos colaboradores e os gastos para atendimento das conformidades ambientais. Dessa forma fica exposta a necessidade da elaboração de ações que esclareçam o funcionamento de um sistema de gestão ambiental, além da elaboração de conteúdos e procedimentos de fácil entendimento e com conteúdo motivacional que faça os colaboradores entenderem e aderirem às ações propostas para a melhoria contínua da gestão ambiental da empresa. Baseado nos dificultadores de implantação, na percepção dos pesquisados sobre práticas relevantes para a gestão ambiental e nos constructos teóricos abordados nesta dissertação, foi elaborado um plano de ação para as empresas pesquisadas. Quadro 35: Plano de ação para incorporar práticas de melhoria contínua nas empresas pesquisadas rumo à implantação de um sistema de gestão ambiental What? O que? How? Como? Where? Onde? Why? Porque? Who? Quem Implantar o Programa 5S Elaborar Política ambiental Conscientizando a alta direção da empresa sobre a importância do Programa 5S; Elaborando um manual sobre o programa 5S; (Apêndice F) Repassando treinamento para os colaboradores sobre a estrutura do programa; Aplicando na prática os 3 primeiros sensos; Avaliando periodicamente através de um check-list. (Apêndice G) Definindo os itens que irão compor a política ambiental com base nos impactos Na empresa Na empresa When? Quando? Até fev/ 2015 Jan/ 2015 Para introduzir a conscientizaç ão das boas práticas através dos sensos do 5S Para definir as diretrizes e valores How Much? Quanto custa? R$ 100 Gestor da Qualida de R$ 200 Gestor da empresa

110 109 Realizar o gerenciame nto dos aspectos e impactos ambientais Definir uma empresa para gestão dos requisitos legais relacionad os Definir objetivos e metas Elaborar gestão de treinament o e competênci as Elaborar fluxo para comunicaç ão externa gerados, na melhoria contínua, comprometimento com os requisitos legais; Documentando a política ambiental elaborada; Divulgando a política ambiental para os colaboradores e disponibilizando para o público. Definindo o modelo de matriz adequado para identificação e gerenciamento dos aspectos e impactos ambientais; (Apêndice H) Identificando e avaliando os aspectos e impactos ambientais da empresa; Definindo procedimentos de controle dos aspectos e impactos. Identificando a empresa habilitada; Negociando com empresa o valor da mensalidade; Avaliando as obrigações legais identificadas pela empresa habilitada pertinentes a empresa prestadora de serviço. Identificando os objetivos mais importantes em relação às questões ambientais; (APÊNDICE I) Definindo as metas relacionadas aos objetivos identificados; Definindo indicadores para gerenciamento das metas definidas. Definindo modelo para gerenciar as competências de cada colaborador; Definindo fluxograma para identificar a necessidade de treinamento dos colaboradores. Definindo um fluxograma para comunicação externa para tratamento ambiental. (Apêndice J) Na empresa Na empresa Na empresa Na empresa Na empresa Nov/201 4 Fev/201 5 Fev/201 5 Mar/201 5 Abr/201 5 Nov/201 4 relacionados à questão ambiental Para domínio sobre aspectos impactos gerados empresa. ter os e na Para identificar todos os requisitos legais envolvidos nos processos da empresa. Para definir claramente os objetivos que a empresa deseja obter com relação às questões ambientais Para treinar adequadame nte todos os colaboradore s da empresa Para realizar de forma adequada a comunicação interna e externada Gestor da Qualida de R$ 180 Gestor da Qualida de Gestor da empresa R$ Gestor de RH Gestor da qualidad e

111 110 Definir modelo de padronizaç ão para documenta ção Propor modelo para tratamento a emergência s Propor modelo para tratamento de anomalias (PDCA) Propor modelo para controle dos registros Identificando o modelo de fluxograma e instrução de trabalho para padronizar os processos importantes relacionados à questão ambiental. (Apêndice K e L) Definindo procedimento operacional para o tratamento adequado das emergências na empresa de acordo com os impactos gerados. Elaborando formulário com base no método PDCA para tratamento de todas as anomalias geradas nos processos da empresa. (Apêndice M) Elaborando formulário contendo todos os campos necessários para identificação, controle, armazenagem e recuperação dos registros do SGA. (Apêndice N) Definir Elaborando procedimento gestão para definição dos lixeiros adequada e resíduos relacionados. de resíduos (Apêndice O) gerados Adquirindo lixeiros com cores padrões para separação dos resíduos gerados. Treinando os colaboradores no procedimento para separação adequada dos resíduos. Na empresa Na empresa Na empresa Na empresa Na empresa Nov/201 4 Fev/201 5 Nov/201 4 Nov/201 4 Nov/201 4 Fev/201 5 empresa. Para formalizar e padronizar os processos importantes da empresa Para tratar adequadame nte as emergências que eventualment e possam ocorrer Para tratar adequadame nte todas as anomalias geradas nos processos. Para ter sob controle todos os registros relacionados a gestão ambiental Para destinar adequadame nte os resíduos gerados nos processos da empresa. R$ 500 Gestor da Qualida de Gestor da Qualida de Gestor da Qualida de Gestor da Qualida de R$ Gestor da Qualida de No plano de ação foram propostas ações relacionadas ao programa 5S, Gestão de separação e destinação de resíduos e itens para implantação dos requisitos da ISO A primeira ação do plano é relacionada ao programa 5S, pois este programa objetiva a conscientização das pessoas em práticas pessoais e espontâneas. Para a implantação de qualquer ação de melhoria se requer a conscientização e participação ativa dos colaboradores da empresa. Sobre a influência do programa 5S na

112 111 conscientização das pessoas, Silva (1994, p.23) descreve que os objetivos do 5S coincidem com os objetivos da educação em geral de formar cidadãos saudáveis e responsáveis, capazes de continuar o seu autodesenvolvimento após deixarem a escola. Por isso a importância da elaboração de documentos e procedimentos normativos para suportar e validar todos os treinamentos necessários para as melhorias propostas na gestão ambiental. As demais ações do plano estão diretamente relacionadas aos requisitos de implantação da ISO As ações propostas vão desde a elaboração da política, objetivos e metas até a proposta de modelos para elaboração de procedimentos normativos para tratamento de anomalias. De acordo com Seiffert (2011a) o surgimento das normas ISO procuram desenvolver uma orientação organizacional que faça com que a empresa obtenha uma gestão ambiental efetiva. Todas as ações planejadas foram propostas com o objetivo de melhorar a gestão ambiental da empresa, visando à participação efetiva dos colaboradores e consequentemente o bem estar dos mesmos nos seus locais de trabalho, ou seja, implementação de ações que resultem em benefícios para a empresa, colaboradores e clientes PLANO DE AÇÃO PARA INCORPORAÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FORNECEDORAS DA BRF S.A. Neste bloco é relatada a percepção dos gestores das empresas terceiras da BRF com relação práticas ambientais que devem compor um plano de ação para implantação em empresas interessadas em melhorar o seu desempenho nas questões do meio ambiente. Quadro 36: Práticas que a empresa deve implantar que contribuem na questão social/ambiental Pesquisados Práticas que contribuem na gestão social/ambiental Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A Gestor da Empresa B Gestor da Empresa C Gestor da Empresa D Primeiramente a separação adequada dos resíduos e outros programas que não tenham um custo grande para minha empresa. Conforme comentado anteriormente a norma ISO Focando na separação adequada dos resíduos e posteriormente a sua destinação adequada. Acredito que devemos manter as práticas que já realizamos hoje como a separação adequada e destinação correta dos resíduos dos processos da cozinha e principalmente o programa 5S. Não penso especificamente em uma única ação, sei que existem várias como já conversamos anteriormente, mas cai sempre na falta de

113 112 conhecimento. Gestor da Empresa E Um Sistema de Gestão Ambiental com base na ISO formalmente com documentação e prática. Gestor da Empresa F Mais atenção e conhecimento dos funcionários na realização de atividades com poeira, ruído e reaproveitamento de materiais. Achar uma maneira de motivar e conscientizar os funcionários. Com relação às práticas ambientais e sociais que os gestores identificaram como importantes para compor um plano de ação para melhorar o seu desempenho, os mesmos definiram a implantação de um sistema de gestão ambiental com base na ISO e a gestão adequada dos resíduos dos processos da empresa. De acordo com Cajazeira e Barbieri (2005) para algumas organizações a implantação de um SGA por meio da ISO pode gerar um diferencial competitivo relevante, principalmente para as que participam do mercado externo. A gestora da empresa C mencionou que além de ações para manutenção relacionadas à separação de resíduos e o programa 5S. O gestor da empresa F acredita que ações para motivar e conscientizar os seus colaboradores devem ser incluídas em um plano de ação para melhorias ambientais e sociais. Quadro 37: Práticas sociais e ambientais que os clientes estão cobrando Pesquisados Práticas ambientais cobradas pelos clientes Assistente de RH Negociador Gestor da Empresa A A separação e coleta dos metais, além de treinamentos obrigatórios de alguns clientes importantes como o SSMA de fala de meio ambiente e segurança no trabalho. Gestor da Empresa B Especificamente não é cobrada nenhuma prática ambiental ou social. O que ocorre é quando nós vamos realizar um serviço nas dependências dos clientes somos muito cobrados da limpeza do local da manutenção e da destinação dos resíduos gerados. Gestor da Empresa C A cobrança é manter estas práticas ambientais já comentadas anteriormente. Gestor da Empresa D Com relação ao meio ambiente é cobrado apenas a limpeza e destinação dos resíduos quando executamos as manutenções dentro das instalações dos clientes. Com relação à parte social não é cobrado nada. Gestor da Empresa E Não existe nem uma cobrança efetiva dos clientes. O que existe é a cobrança já mencionada anteriormente quando realizamos os serviços dentro das dependências do cliente com relação à destinação de resíduos e limpeza dos locais. Gestor da Empresa F Os principais clientes cobram o reaproveitamento dos materiais nas manutenções realizadas, a utilização de materiais atóxicos dentro da área produtiva e treinamentos sobre o SSMA (Saúde, segurança e meio ambiente). Existe também a cobrança de um check-list com exigências relacionadas à saúde, segurança e meio ambiente que devem ser comprovadas com documentos.

114 113 As práticas sociais e ambientais que os clientes estão exigindo das empresas terceiras da BRF foram expostas pelos gestores, sendo que com relação à questão social os gestores das empresas B e D informaram que não há cobranças. Na questão ambiental foram registradas por três gestores exigências com relação à manutenção da limpeza e organização das áreas no momento e após as manutenções realizadas. Reaproveitamento, utilização de materiais atóxicos e treinamentos sobre saúde e segurança foram mencionados pelo gestor da empresa F. Com relação ao bom relacionamento entre os stakeholders, no seu estudo Gao e Zhang (2006) descrevem que a existência de um processo de avaliação e elaboração de relatórios relacionados ao desempenho social e ambiental das organizações, e com o envolvimento das partes interessadas através do diálogo poderia ocorrer à construção de relações de confiança, com o compromisso de identificar e desenvolver a cooperação entre os parceiros e organizações. É necessário os fornecedores atenderem de forma adequada as exigências sociais e ambientais solicitadas pelos seus clientes, sempre lembrando que a parceria deve satisfazer todas as partes. Quadro 38: Plano de ação para incorporar práticas sustentáveis em pequenas e médias empresas What? O que? Why? Porque? Who? Quem Here? Onde? How? Como Incentivar o voluntarismo Definir a semana do meio ambiente Economizar papel no ato da impressão: Para conscientizar os colaboradores sobre o voluntarismo Para conscientizar os colaboradores sobre a gestão ambiental. Para reduzir o consumo de papel e tinta. Gestor da empre sa Gestor da empre sa Todos colabo radore Na empresa Na empresa Na empresa When? Quando? Janeiro/ 2015 Fevereir o/ 2015 Janeiro/ 2015 Criando um grupo de voluntários da empresa; Realizando uma palestra motivacional para o ingresso dos colaboradores; Definindo cronograma das atividades voluntárias a serem realizadas no ano Definindo no calendário da empresa uma semana para eventos ambientais; Incluindo a plantação de plantas nativas e limpeza de rios da cidade. Configurando todas as impressoras da empresa para imprimir How Much? Quanto custa? R$ 300 R$

115 114 usar frente e verso e papel rascunho Elaborar projeto para economia de água Reciclar materiais Reutilizar materiais Realizar Compras verdes os os Melhorar a comunicação corporativa Implantar logística reversa Praticar marketing verde a o Para reduzir o consumo de recurso natural Para reduzir o uso de matériaprima virgem. Para reduzir o consumo de recursos naturais. Para melhorar a reputação e reduzir o risco de corresponsabilid ade em escândalos da cadeia produtiva Para melhorar o relacionamento, reputação e transparência com seus stakeholders. Para obter a responsabilidade compartilhada e redução de resíduos para serem destinados. Para obter a transparência, boa reputação e categoria de s Gestor da empre sa Gestor da empre sa Gestor da empre sa Gestor da empre sa Gestor da empre sa Gestor da empre sa Gestor da empre sa Na empresa Na empresa Na empresa Na empresa Na empresa Na empresa Na empresa Fevereir o/ 2015 Junho/ 2015 Junho/ 2015 Janeiro/ 2015 Janeiro/ 2015 Abril/ 2014 Fevereir o/ 2015 frente e verso; Orientando todos os colaboradores para realizarem a impressão em frente e verso. Instalando cisterna para captação de água da chuva; Instalando torneiras com válvula automática para uso; Realizando reuniões com os colaboradores para conscientização da redução do consumo de água. Identificando quais materiais que podem ser reciclados; Testando os materiais que foram reciclados. Identificar os processos ou materiais da empresa para implantar a reutilização; Realizando a reutilização conforme análise realizada. Identificando as compras que podem ter influência verde. Definindo os procedimentos para aquisição de pedidos de compra definidas como verde. Elaborando um fluxograma para definir a forma de comunicação da empresa com seus parceiros. Definindo o material ou processo para realizar a logística reversa; Negociando com todos os parceiros envolvidos. R$ Zero R$

116 115 Implantar a pesquisa e desenvolvime nto de ecodesign Implantar programa de segurança, saúde e meio ambiente produtos sustentáveis. Para obter inovação e atingir novos mercados Reduzir riscos de acidentes de trabalho e ambientais, evitando autuações por parte de órgãos legais Gestor da empre sa Gestor da empre sa Na empresa Na empresa Fevereir o/ 2015 Abril/ 2015 Contratando um colaborador especializado em pesquisa e desenvolvimento de ecodesign. Disponibilizando estrutura para realização das pesquisas. Definindo os itens que irão compor o programa; Elaborando o material para cada item abordado; Treinando os colaboradores no programa; Elaborando check mensal do programa. R$ R$ 500 Conforme o demonstra o quadro 38, é possível implementar ações para melhorar o desempenho ambiental da empresa. As ações que compõe o plano necessitam serem adequadas as características de cada empresa NÍVEL DE COMPARTILHAMENTO DAS PRÁTICAS AMBIENTAIS COM OS COLABORADORES DAS EMPRESAS TERCEIRAS O quadro 39 demonstra as discrepâncias identificadas entre as respostas do questionário aplicado aos colaborados, as entrevistas com os gestores e os dados da observação direta.

117 116 Quadro 39: Comparativo entre os instrumentos de avaliação Informação Via questionário Via entrevista Via Observação Depende. Existe para Parcial. A maioria das Existência e Sim alguns materiais que empresas não possuem funcionamento da geram algum retorno estrutura adequada. gestão da separação e financeiro. destinação de resíduos. Existência de Apenas uma empresa Não. Apenas em uma procedimentos e Sim possui procedimentos empresa existem normas relacionadas à gestão ambiental. documentados. procedimentos documentados. Existência de Política Sim Não possui Não possui e metas relacionadas à sustentabilidade. Existência de Não existe desperdício Não existe desperdício Não existe desperdício desperdícios de água e energia elétrica. Existência de desperdício de Não existe desperdício Não existe desperdício Não existe desperdício matéria-prima e insumos. Existência de Parcial, 58% dos treinamentos entrevistados relacionados à gestão responderam que Parcial Parcial ambiental. possuem treinamento. Existência de outras práticas ambientais nas Parcial Parcial dependências da empresa. Existência da implantação dos Parcial Parcial sensos do Programa 5S. Fonte: Elaborado pelo autor com base nas respostas e dados da pesquisa (2014) Conforme demonstra o quadro 39 percebe-se que existem algumas diferenças entre as respostas e informações obtidas nas entrevistas, questionário e observação local. Com relação à separação de resíduos os colaboradores na sua maioria responderam que realizam, na entrevista com os gestores foi identificado que a separação adequada ocorre para alguns materiais e na observação direta foi identificado que apenas duas empresas possuem estrutura adequada para a separação dos resíduos, assim como a realização na prática. Nas demais empresas a separação dos resíduos é executada de forma parcial. Para a informação da existência de procedimentos e normas relacionadas a questão ambiental também houveram discrepância nas respostas obtidas. Os colaboradores responderam que as empresas possuem procedimentos para a gestão ambiental. Entretanto,

118 117 nas entrevistas e observação no local foi identificado que apenas uma empresa possui procedimentos documentados para o assunto abordado. Da mesma forma para a existência de Políticas e metas os colaboradores entrevistados responderam na sua maioria que a sua empresa possui, sendo que nas entrevistas com os gestores e na observação no local foi constatado que formalmente as empresas entrevistadas não possuem políticas e metas definidas e divulgadas. Sobre a questão relacionada à existência de treinamento sobre assuntos da gestão ambiental 58% dos colaboradores responderam que recebem o treinamento. Na entrevista com os gestores se identificou que não existem treinamentos específicos para questão ambiental e apenas duas empresas possuem treinamentos integrados com saúde e segurança. Na observação no local foi diagnosticado treinamentos em apenas duas empresas. Com relação a outras práticas ambientais e implantação dos sensos do programa 5S não houve discrepâncias nas respostas e informações obtidas nas entrevistas e observação no local MANUAL COM FERRAMENTAS, PROGRAMA E MÉTODO A SEREM DISPONIBILIZADOS PARA A MELHORIA DA GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS Este trabalho procurou desenvolver um manual contendo ferramentas, programa e método para a melhoria da gestão ambiental das empresas terceiras. O mesmo está disponível na íntegra no Apêndice F deste trabalho. Foi encaminhado uma cópia deste manual para cada um dos fornecedores terceiros pesquisados para realizar este estudo. Entende-se que um Mestrado Profissional precisa fazer pesquisa aplicada, por meio da qual traz contribuições efetivas para a comunidade e para as organizações. Ações estas que contribuam para a melhoria contínua das práticas adotadas pelas organizações e a promoção do desenvolvimento local. Cabe esclarecer a diferença entre método e ferramenta, uma vez que ao longo de todo o texto elaborado foram mencionadas inúmeras vezes. Um dos percussores da introdução da gestão da qualidade no Brasil, convém ressaltar a diferença entre método e ferramenta. O método é a sequência lógica para se atingir a meta desejada. A ferramenta é o recurso a ser utilizado no método (CAMPOS, 1992, p. 209). O que soluciona problemas não são as ferramentas mas sim o método (CAMPOS, 1992, p. 209)

119 118 Dessa forma, pode-se entender a diferença entre ferramenta e método, ou seja, um método pode ser formado por várias ferramentas, e a aplicação efetiva destas ferramentas poderá obter o sucesso esperado do método proposto. Outro conceito importante a ser resgatado é em relação a programa. Silva (1996) descreve que programa está relacionado a sistema. O programa 5S deve ser compreendido e absorvido pelas pessoas para se tenha sucesso na sua implementação. As ferramentas sugeridas para adoção pelas empresas terceiras são a gestão dos resíduos sólidos, check-list de avaliação do 5S, formulário padrão para tratamento de anomalias com base no PDCA, planilha para a identificação de objetivos e metas, levantamento e avaliação de aspectos ambientais, controle dos registros da gestão ambiental e padronização por meio de fluxogramas e procedimentos operacionais ou instruções de trabalho. Os ganhos decorrentes da adoção destas ferramentas consistem em criar um padrão de documentos que possam ser consultados e utilizados pelos funcionários. A gestão sobre todos os aspectos e impactos ambientais gerados pelos processos da empresa, garantia que todas as instruções e informações sobre a gestão ambientais estejam disponíveis para todos os colaboradores de forma adequada e na versão correta e identificação e tratamento adequado de todas as anomalias identificadas ao longo da cadeia de suprimentos verde. O programa sugerido para adoção foi o 5S, sendo recomendado no plano de ação como a primeira melhoria a ser implantada, pois proporciona o benefício de conscientizar os colaboradores das empresas a aceitarem e entenderem que as ações implantadas disponibilizarão benefícios para a empresa e para eles, como a melhoria do ambiente de trabalho com relação à limpeza, temperatura, organização e bem estar. O método proposto consiste na utilização do ciclo do PDCA. Tal método contribui para a elaboração do plano anual da empresa de forma planejada, onde devem ser contempladas as metas, objetivos, indicadores e planos de ações para a gestão ambiental e da cadeia de suprimentos verde. Outra contribuição do PDCA é tratar de forma planejada e assertiva todas as anomalias geradas nos processos da empresa. Portanto, o Manual de ferramentas, programas e métodos para a melhoria da gestão ambiental das empresas terceiras é um importante instrumento de compartilhamento de ações de cunho ambiental a montante da agroindústria. Dessa forma, passa a haver um alinhamento de condutas e padronização de procedimentos, premissa preconizada pela NBR ISO

120 CRONOGRAMA ESTRUTURADO PARA ADEQUAR A GESTÃO AMBIENTAL DAS EMPRESAS TERCEIRAS AS PREMISSAS PRECONIZADAS PELA ABORDAGEM DE GREEN SUPLY CHAIN MANAGEMENT (GSCM) Esta seção tem o objetivo de demonstrar um cronograma com as principais etapas a serem elaboradas para obtenção de melhorias na gestão da cadeia de suprimentos verde das empresas parceiras da BRF S.A. Além das etapas necessárias o cronograma define o período de tempo necessário para a implementação de cada etapa projetada. Quadro 40: Cronograma das etapas para implantação das melhorias propostas para GSCM CRONOGRAMA PARA MELHORIAS MESES NA GSCM Etapas Implantação do Programa 5S Elaborar Política Ambiental Elaborar gerenciamento de aspectos/impactos ambientais Gerenciar os Requisitos Legais Definir Objetivos e Metas Elaborar gestão de Treinamento e Competência Elaborar fluxo para Comunicação Externa Definir modelo para padronização de processos e atividades Elaborar fluxo para Tratamento de Emergências Realizar Tratamento de anomalias por meio do PDCA Realizar controle de registros ambientais Implantar gestão de resíduos sólidos Cabe ressaltar que as etapas mencionadas no cronograma estão desdobradas em ações no plano de ação elaborado, de forma a contribuir com as práticas e ações ambientais projetadas para as empresas terceiras da BRF S.A.

121 DIMENSÕES DE ANÁLISE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS VERDE Com relação as categorias de análise é importante relacioná-las com os resultados da pesquisa. A categoria que trata da logística reversa teve constatado que não existem práticas específicas sendo realizadas, pois não foi percebida nas análises realizadas alguma atividade ou tarefa que pudesse implantar a logística reversa. Uma condição existente que poderia ser implantado a logística reversa é nas manutenções e serviços realizados nos clientes, se realizaria a reversão das embalagens e resíduos utilizados, mas devido a estrutura adequada das grandes agroindústrias em separar e armazenar os resíduos, estes resíduos são destinados adequadamente no próprio cliente. A categoria sobre gestão de resíduos sólidos teve como constatações nas empresas avaliadas a existência de algumas ações de separação de lixo, principalmente aqueles que podem gerar algum benefício financeiro com a venda como sucata ou material reciclável. Exemplo destes resíduos são pedaços de aços e cabos de cobre. Uma constatação importante relacionada a categoria da gestão de resíduos sólidos é a afirmação dos colaboradores das empresas pesquisadas que realizam a separação dos resíduos dos processos da empresa. Por outro lado foi identificado que as estruturas existentes de lixeiros com cores, identificação com placas de cada tipo existente de resíduo são falhos e que devem ser adequados para a contribuição na melhoria da gestão da cadeia de suprimentos verde. A categoria de análise relacionada ao sistema de gestão ambiental é sem dúvida a que mais necessita de melhorias, conforme resultado das análises realizadas junto aos colaboradores e gestores das empresas terceiras. Com relação aos procedimentos ou normas existentes sobre a gestão ambiental os colaboradores até responderam que a empresa possui, mas na análise in loco e nas entrevistas ficou constatado que as orientações e regras são somente verbais e não documentadas. Apenas uma empresa possui documentos formalizados sobre questões ambientais. A falta de procedimentos e documentos padronizados e formalizados pode prejudicar a empresa no atendimento do item relacionado a competência e treinamento, pois a maioria dos treinamentos a serem realizados devem ter como base o passo a passo das atividades realizadas nos processos da empresa. Outra oportunidade visualizada é com relação ao tratamento de anomalias, onde se sugestiona a utilização da metodologia do ciclo PDCA para a solução dos problemas gerados nos processos das empresas terceiras parceiras da BRF S.A de Chapecó/SC.

122 121 Com relação à categoria que trata da redução na emissão de gases do efeito estufa percebe-se que além dos veículos utilizados, pode-se considerar que existem poucas fontes geradoras de emissões atmosféricas geradas na realização das tarefas e atividades das empresas terceiras participantes da pesquisa. Na análise em in loco realizada na empresa E observou-se uma prática positiva que trata da captura das emissões geradas na câmara de pintura e são capturadas por meio de uma calha de água corrente e reciclável que transforma as emissões atmosféricas em borra e após o resíduo é destinado para uma empresa habilitada no município de Chapecó/SC. Quadro 41: Categorias de análise da pesquisa Categorias de análise Logística reversa Definição/conceito Logística reversa é o processo de planejamento, execução e manutenção de controle do fluxo eficiente de insumos, estoques em processamento, produtos acabados e informações provenientes do local de consumo até o ponto de origem com a finalidade de recuperar valor ou destinar o material retornado adequadamente. (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1998) Gestão de resíduos sólidos Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Redução na emissão de gases do efeito estufa A administração dos resíduos sólidos gerados abrange todas as etapas de gerenciar a operacionalização das atividades de coleta, tratamento e destinação final dos resíduos de responsabilidade da empresa. (SOUZA; CORDEIRO, 2010) Sistemas de Gestão Ambiental são implementados para melhorar o tratamento com o ambiente corporativo, no qual se deve detectar e adequar os pontos fracos no aspecto ecológico. (FREIMANN; WALTHER, 2002) Uma política consistente para redução de emissões dos gases do efeito estufa necessita ser ambientalmente eficiente, tenha uma relação custo/benefício favorável, seja aplicável na rotina do dia-a-dia da empresa, possa ser realizada dentro de um espaço de tempo determinado e deve ter o apoio e suporte da alta direção. (SCHROTER; POLSKY; PATT, 2005) Portanto, encontram-se diversas oportunidades de inserção de melhorias nas empresas fornecedoras, que se coadunam com a logística reversa, a gestão de resíduos sólidos, o sistema de gestão ambiental e a emissão de gases de efeito estufa. Várias sugestões foram propostas no Quadro 38, para que os fornecedores possam suprir essas deficiências.

123 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Conforme construtos propostos sobre a Green Supply Chain Management por Seiffert (2011a), Sarkis (2003), Shibao e Santos (2013), na seção 2 deste trabalho, existem várias práticas e ferramentas que podem auxiliar no bom desempenho ambiental em todos os elos da cadeia, iniciando no fornecedor, passando por todas as etapas internas da empresa e concluindo na entrega efetiva do produto ou serviço ao cliente. Os resultados da pesquisa demonstraram que existem poucas ações relacionadas à gestão ambiental nos processos das empresas prestadoras de serviço da BRF. Estas ações são ligadas a gestão de resíduos sólidos, os colaboradores mencionam que realizam a separação de alguns resíduos gerados nos processos da empresa. Com relação à identificação de aspectos e impactos ambientais percebe-se uma lacuna nesta questão, pois quase metade dos colaboradores não percebe este gerenciamento por parte da empresa em que trabalham. Esta análise remete a questão relacionada à existência de políticas, metas e procedimentos documentados para gestão ambiental, onde os colaboradores na sua maioria responderam que a empresa em que trabalham possuem os referidos documentos, sendo que na observação in loco não foi verificado a existência formal desta documentação. Isso demonstra que possivelmente os colaboradores se baseiam muito na orientação verbal do seu gestor e na documentação e exigências dos grandes clientes. Conforme descreve a norma ISO (2004) a definição de políticas, metas e a identificação de aspectos e impactos ambientais são requisitos obrigatórios para a implantação de um sistema de gestão ambiental. Sobre Políticas e metas ambientais Barbieri (2011) afirma que os objetivos ambientais sejam considerados objetivos corporativos da empresa com o objetivo de reforçar o envolvimento do SGA com os outros componentes. Diante de tantas ações e práticas anunciadas em relatórios de sustentabilidade de organizações, conferências e convenções que abordam assuntos relacionados à sustentabilidade (IPCC, UNFCC e Conferência das partes COP) é instigante e necessário que as empresas busquem a melhoria nos seus processos para o uso racional de recursos naturais como a água e redução na geração de resíduos. Vislumbra-se como oportunidades de melhoria, a adoção de medidas mitigadoras associadas ao impacto da cadeia de suprimentos nas mudanças climáticas, biodiversidade, saúde e segurança do colaborador e inovação sustentável. Tratam-se de práticas cujos resultados ocorrem no longo prazo, mas que são duradouros e impactam diretamente sobre toda a sociedade.

124 123 Na pesquisa realizada foi identificada apenas uma boa prática com relação à água. Na empresa E é realizada a reciclagem da água na cabine de pintura que além de economizar água reduz a emissão de partículas na atmosfera. Este resultado demonstra a oportunidade que as empresas possuem para implementarem práticas relacionadas a redução do recurso água. Na pesquisa realizada por Junior et al (2013) sobre as práticas das empresas certificadas na ISO em relação as empresas não certificadas foi identificado que mais que o dobro das empresas pesquisadas possuem a certificação pela ISO em relação as não certificadas possuem um programa estruturado para gestão da água. De acordo com os gestores entrevistados, existe o interesse na implementação de programas e ferramentas relacionadas à melhoria contínua como o Programa 5S e requisitos da ISO , principalmente o relacionado ao levantamento e gerenciamento de aspectos e impactos ambientais. Porém, falta-lhes conhecimento para coordenar a implantação destas melhorias. Com relação à participação dos colaboradores na implantação de práticas e ações relacionadas à gestão ambiental, a pesquisa demonstrou que 56% dos entrevistados não estão interessados em disponibilizar tempo no seu dia a dia para participar destas melhorias. Em contrapartida os mesmos colaboradores na sua maioria consideram que as ações e melhorias relacionadas à gestão ambiental irão lhes trazer benefícios e que a sua participação é muito importante na implantação das mesmas. Este resultado condiz com a menção de Ramos et al (2006) e Seiffert (2011a). Tendo como base os resultados obtidos na pesquisa e nos construtos elaborados para suportar este estudo se elaborou os planos de ações com o objetivo principal de melhorar o desempenho ambiental das empresas terceiras da BRF S.A, unidade de Chapecó, SC. As ações propostas visam atender o que se considera como fundamental para a implantação de um sistema de gestão ambiental e consequentemente a melhora no desempenho da GCSV. Cabe ressaltar a importância que a as ações depois de implantadas possivelmente refletirão de forma positiva nos processos da BRF S.A, haja vista que grande parte dos serviços realizados pelas empresas terceiras são realizados nas dependências da agroindústria. Nesse sentido, Barbieri (2011, p.147) revela que Um alto grau de envolvimento facilita a integração das áreas da empresa e permite a disseminação das preocupações ambientais entre funcionários, fornecedores, prestadores de serviços e clientes.

125 124 As ações de melhorias estão relacionadas ao programa 5S, gestão de resíduos e requisitos da ISO com foco na Política, objetivos e metas ambientais, requisitos legais, gestão de aspectos/impactos ambientais, comunicação e tratamento de anomalias. A criação de procedimentos documentados também foi contemplada para padronizar e formalizar o conteúdo elaborado. As ações propostas nos planos estão suportadas pelas bases teóricas de Seiffert (2011a), Campos (1992), Campos (2004), Silva (1996) e NBR ISO É importante salientar que as ações foram elaboradas da forma mais clara possível e coerente para atender adequadamente o perfil dos colaboradores das empresas terceiras da BRF S.A, principalmente em relação ao grau de instrução dos pesquisados. Diante da discussão de resultados supracitada supõe-se que todos os objetivos do estudo foram contemplados e atingidos no que diz respeito à construção teórica, análise e elaboração de ações pertinentes aos resultados obtidos. Entretanto, percebe-se um movimento da academia para estudar a cadeia de suprimentos verde de forma integrada, passando a denominá-la de cadeia de suprimentos sustentável. Nesse sentido, há uma oportunidade de realização de outra pesquisa, para identificar aspectos econômicos e sociais que são considerados relevantes na gestão da cadeia de suprimentos da BRF, com ênfase nos pequenos e médios fornecedores. Barbieri et al (2014) desenvolveram um estudo bibliométrico sobre GCSV e constataram que as temáticas inovação em sustentabilidade, Produção mais Limpa (P+L), Mecanismos de Desenvolvimento (MDL) e eficiência energética foram encontrados nos trabalhos produzidos sobre GCSV. Constatação esta que diverge do modelo de Srivastava (2007) que classifica as práticas associadas a GCSV a partir do contexto do problema, a saber: análise do ciclo de vida, ecodesign ou design ambiental, logística reversa e design de rede, operações verdes, gestão de resíduos, manufatura verde e remanufatura. No estudo desenvolvido no Brasil, foi constado a inexistência de estudos no contexto da GCSV sobre "planejamento e programação da produção, gestão de estoques, recuperação de produtos e materiais, reúso, reparo/reforma, desmontagem no âmbito da manufatura verde e remanufatura" (BARBIERI et al, 2014, p.20). No contexto da logística reversa há oportunidade de estudos sobre inspeção e separação e pré-processamento. Sobre gestão de resíduos há espaço para investigar a disposição final, a redução na fonte e a prevenção da poluição. E ainda na temática design verde e ecodesign. A ocupação dessas lacunas irá contribuir para a consolidação da área no Brasil e o reconhecimento no exterior. Entretanto, Lee et al (2009) enfatizam que a incorporação dos princípios da GCSV em uma cadeia de produção demanda a inserção de questões econômicas, sociais e ambientais

126 125 que devem permear todos os processos internos, os relacionamentos externos e englobar toda a cadeia de suprimentos. Duber-Smith (2005) afirmam que as motivações que incitam as organizações adotarem a GCSV são alusivas a target marketing, sustentabilidade de recursos, reduzir custos, aumentar eficiência, diferenciar produtos, aumentar a vantagem competitiva, pressões da cadeia de abastecimento, adaptação-regulação e redução de riscos, reputação da marca, retorno de investimento, moral dos funcionários e imperativo ético. Christmann e Taylor (2001) salientam que a exportação e a venda a clientes estrangeiros são dois principais elementos que contribuem para a melhoria do desempenho ambiental das empresas. As pressões dos consumidores também podem contribuir nesse sentido. Portanto, entende-se que sempre há espaço para buscar a melhoria contínua das práticas organizacionais e da realização da gestão da cadeia de suprimentos. Uma empresa que procura rumar em direção a excelência está aberta as inovações, as novas tendências e as oportunidades de avaliação de suas práticas e proposição de novas ferramentas, modelos e sistemas que a tornem melhor APLICABILIDADE DO TRABALHO Com a identificação dos dados da pesquisa e após a análise dos mesmos, elaborou-se um manual com diversas ferramentas, programa e método para utilização nas empresas parceiras da BRF S.A de Chapecó. Os dados mapeados nesta pesquisa podem ser utilizados pela empresa BRF S.A para identificar possíveis lacunas existentes nos processos de seus parceiros e realizar o alinhamento com os mesmos por meio de reuniões e treinamentos, serão orientadas e acordadas as possíveis melhorias a serem implantadas com relação à GCSV. O Manual proposto nesta pesquisa foi elaborado com base nos resultados obtidos na pesquisa. Dessa forma, foram identificadas as práticas e modelos mais adequados ao perfil das empresas parceiras da BRF S.A. O referido manual pode proporcionar a BRF S.A algum ganho devido às ferramentas, programa e método propostos auxiliarem as empresas a melhorarem a sua gestão da cadeia de suprimentos verde. Consequentemente as empresas ao utilizarem o manual de gestão ambiental poderão obter a conscientização das pessoas envolvidas nos processos em relação às questões ambientais, além da padronização na realização das atividades relacionadas à GCSV. A padronização fornece para empresa a garantia do que foi planejado seja executado conforme estabelecido, e o que foi estabelecido espera-se que seja a melhor forma de se executar determinada tarefa ou atividade. Isso pode refletir positivamente para a BRF, pois

127 126 vários serviços praticados pelos seus parceiros são realizados dentro das dependências da agroindústria mencionada neste estudo. Cabe ressaltar que o sucesso na obtenção de uma gestão da cadeia de suprimentos verde pode depender da conscientização e participação efetiva dos colaboradores de uma empresa, assim como de seus gestores em disponibilizar a estrutura necessária para a busca dos resultados esperados no processo de melhoria contínua. As empresas terceiras ao realizarem o conteúdo disponível no manual de gestão ambiental poderão adequar a sua gestão com relação à separação de resíduos, tratamento de anomalias por meio do PDCA, sendo um método seguro e efetivo na solução de problemas. Além disso, a formalização de procedimentos, normas e instruções com o uso de fluxogramas e instruções de trabalho e controle de registros ambientais. Ao se apropriar destas práticas e ações a empresa estará contribuindo para o funcionamento adequado da gestão da cadeia de suprimentos verde no que diz respeito principalmente ao elo que interliga o fornecedor e cliente. Todas as práticas e propostas elaboradas foram elencadas em um plano de ação completo que tem como primeira ação a implantação do programa 5S com objetivo de conscientizar os colaboradores das empresas terceiras e se estende até a proposta de um modelo para controle dos registros da gestão ambiental. A implantação do plano de ação na sua totalidade disponibilizará a garantia de uma gestão ambiental adequada e consequentemente a melhoria da gestão da cadeia de suprimentos verde das empresas prestadoras de serviço da BRF S.A unidade de Chapecó/SC.

128 127 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa buscou analisar as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas parceiras da Agroindústria BRF S.A, localizada em Chapecó/SC, o que ocorreu na íntegra por meio da aplicação das entrevistas, questionário e realização da observação nas dependências das empresas alvo do estudo. Além disso, foi estabelecido como objetivo específico 1 identificar quais são as práticas de gestão ambiental nas empresas terceirizadas da BRF S.A. Foi constatado que as principais práticas realizadas nas empresas avaliadas são em relação à gestão de resíduos sólidos. Apenas duas das empresas pesquisadas possuem a gestão padronizada e adequada dos resíduos gerados em seus processos. Da mesma forma, apenas uma empresa possui práticas positivas em relação ao recurso água. O objetivo específico 2 procurou identificar se essas práticas ambientais são compartilhadas e entendidas pelos colaboradores das empresas terceiras. De acordo com as respostas do questionário junto aos colaboradores e nas constatações realizadas na observação no local, verificou-se que os funcionários realizam a separação dos resíduos, principalmente de óleos usados e retalhos de aço e metais. Cabe ressaltar a falta de estrutura como lixeiros adequados e a identificação de cada tipo de resíduo. Buscou-se por meio do objetivo específico 3 fornecer um cronograma estruturado para adequar a gestão ambiental das empresas terceiras às premissas preconizadas pela abordagem de GCSV. O cronograma disponibiliza as ações provavelmente mais adequadas para a melhoria da gestão da cadeia de suprimentos das empresas terceiras, podendo refletir positivamente na BRF S.A. No objetivo específico 4 foi possível elaborar um manual composto por ferramentas, programa e método propostos no cronograma e no plano de ação. O manual tem o objetivo de organizar e facilitar a consulta do conteúdo proposto. O último objetivo específico procurou elaborar um plano de ação propondo um roteiro para incorporação de práticas sustentáveis nas pequenas e médias empresas fornecedoras. As ações propostas foram definidas com base nas respostas obtidas na pesquisa e no embasamento teórico construído na fundamentação teórica. Por meio da realização na íntegra de todos os objetivos constatou-se que existem ainda poucas práticas realizadas pelas empresas prestadoras de serviço da BRF S.A. A falta de conhecimento teórico sobre as práticas ambientais por parte dos gestores das empresas terceiras podem refletir na busca de um bom desempenho ambiental das organizações.

129 128 O estudo demonstrou que a BRF S.A exerce uma forte influência sobre seus parceiros de serviços no que diz respeito ao cumprimento de regras, normas e procedimentos relacionados à saúde, segurança e meio ambiente quando os mesmos estão em atividade dentro das dependências da BRF. Nas áreas dos prestadores de serviço a realidade é outra conforme demonstrou os dados da pesquisa. Existem poucas ações relacionadas à gestão ambiental, podendo ser melhoradas e desenvolvidas com a introdução do programa 5S para incorporar a conscientização e após as ações mencionadas no plano proposto. As principais contribuições desse estudo estão diretamente relacionadas à disponibilização de informações a respeito das práticas ambientais realizadas pelas empresas parceiras da BRF S.A e principalmente as ações elaboradas com base nos resultados da pesquisa para a melhoria da gestão ambiental das empresas pesquisadas. Sobretudo, a elaboração de um manual contendo ferramentas, programas e métodos para a melhoria da gestão ambiental das empresas terceiras. Este documento pode ser considerado uma guia para aprimoramento das práticas adotadas pelas pequenas e médias empresas fornecedoras da BRF. O papel da BRF é essencial na introdução da GCSV na cadeia de suprimentos como um todo. As limitações deste estudo estão relacionadas ao número de empresas pesquisadas, podendo não refletir na sua totalidade a realidade sobre práticas ambientais das demais empresas prestadoras de serviço da BRF S.A unidade de Chapecó/SC. Em contrapartida se sugestiona a realização de novas pesquisas no mesmo segmento e região abrangendo outras empresas prestadoras de serviço da BRF para certificar ou até mesmo ampliar o número de ações para melhoria e adequação da gestão da cadeia de suprimentos verde. A implementação de estratégias ambientais é uma necessidade para as empresas. É no processo produtivo e na execução das atividades na prestação de serviços que se geram os resíduos e as emissões atmosféricas, sendo nestes locais que se encontram as maiores oportunidades de melhoria. A isenção de estratégias ambientais proativas não garante para a empresa a criação de vantagens competitivas que possam ser mantidas no longo prazo. Recomenda-se para futuros estudos, estender a análise para toda a cadeia de suprimentos, a saber, fábrica de ração e incubatórios, produtores integrados, unidades industriais, centros de distribuição, atacado, varejo e consumidor final. Uma análise sistêmica da cadeia agroindustrial é pré-requisito para que a organização pesquisada possa incorporar como argumento para a venda dos seus produtos - a existência de uma cadeia de suprimentos verde. Ou melhor, a análise à luz das dimensões econômica, social e ambiental contribuirá para a adoção de um sistema de gestão da cadeia de suprimentos sustentável. Decorrente

130 129 dessa postura, poderá obter ganhos de mercado, vantagem competitiva, um desempenho superior nos indicadores econômicos e ambientais e a redução de desperdícios. Sobremaneira, impactará na satisfação dos clientes e colaboradores, que por sua vez irá interferir na reputação e imagem da empresa. Outra possibilidade de estudo é replicar esta pesquisa para todos os fornecedores da BRF, por meio de um survey, para a realização de um diagnóstico da realidade acerca das práticas sustentáveis de todos os agentes com os quais a agroindústria interage. E ainda, estender o foco de análise para o nível de cooperação que é possível ser estabelecido entre os diferentes elos de uma cadeia de suprimentos para a incorporação de práticas sustentáveis. Posterior análise pode identificar as vantagens oriundas de uma postura de cooperação entre os elos da cadeia produtiva, no intuito de torná-la sustentável e seu impacto no desempenho econômico.

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143 APÊNDICES 142

144 143 APÊNDICE A UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO Roteiro de entrevista com os gestores das empresas terceiras Local de aplicação da entrevista: Escritório dos gestores respondentes Pesquisador: Gean Paulo Pacheco de Oliveira. Sou aluno do Mestrado Profissional em Administração e estou realizando uma pesquisa que tem como objetivo geral: Analisar as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas parceiras da Agroindústria BRF S.A, localizada em Chapecó/SC. Esta pesquisa tem finalidade única de estudo. As informações são confidenciais e sua identidade não será revelada. A pesquisa não lhe traz qualquer prejuízo e estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida. Suas respostas serão muito importantes para o avanço de nossa pesquisa e lhe remeteremos o artigo resultante deste trabalho. Contato da Profª Coordenadora da Pesquisa, caso tenha dúvidas: Simone Sehnem, Fone: O Sr (a) autoriza a gravar? a) Sim b) Não. BLOCO A - DADOS DO ENTREVISTADO: -Nome do entrevistado: -Idade: -Formação (nível de escolaridade): -Tempo de empresa/trabalho: - Cargo que ocupa: Data da entrevista: BLOCO B - DADOS DA EMPRESA - Há quanto tempo a sua empresa se encontra no mercado? - Quantos funcionários a sua empresa possui? - Qual o setor de atuação de sua empresa? - Qual é a área de abrangência de sua atuação? - Qual é o mix de produtos que oferece ao mercado? - Quem são os seus principais clientes? BLOCO C - PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A 1) O que você entende por Sustentabilidade? 2) Sua empresa possui alguma política ou metas relacionadas à sustentabilidade? 3) Quais parceiros (stakeholders) você considera importante para sua empresa? 4) Comente quais são as práticas de gestão ambiental que você possui incorporadas na sua empresa? 5) Que outras práticas o Senhor está sendo cobrado para serem incorporadas no seu fluxo de produção, para que consiga atender as exigências dos seus clientes? 6) Quais práticas ambientais que o Senhor não possui, e seriam importantes para conseguir ingressar em novos mercados? BLOCO D - CONHECIMENTO E O NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES DAS EMPRESAS TERCEIRAS NAS PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS

145 144 1) Na percepção do Senhor, o nível de conhecimentos dos seus colaboradores permite que incorpore facilmente novas práticas ambientais, sociais e de gestão econômica na sua empresa? Porque? 2) Os seus colaboradores aceitam com facilidade a incorporação de novas práticas e rotinas dentro da empresa? Explique. 3) Existe algum tipo de treinamento relacionado à sustentabilidade que você considera importante para seus funcionários? Qual? 4) Qual o tipo de comportamento você espera de um funcionário do setor operacional? BLOCO E - CRONOGRAMA ESTRUTURADO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 1) Dentre as práticas ambientais que o Senhor(a) conhece e que considera importantes serem incorporadas na sua empresa, quanto tempo o Senhor acredita ser necessário para viabilizar a implantação das mesmas? 2) Quais são as principais dificuldades que o Senhor considera que existem na sua empresa para incorporar práticas ambientais? BLOCO F - PLANO DE AÇÃO PROPONDO UM ROTEIRO PARA INCORPORAÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FORNECEDORAS. 1) Na sua percepção, quais são as práticas que a empresa deve incorporar e que contribuem para torná-la mais responsável ambientalmente e socialmente? 2) Quais são as práticas ambientais e sociais que os clientes estão cobrando que a empresa tenha implantado?

146 145 APÊNDICE B UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO Roteiro de entrevista com o negociador da empresa BRF S.A Local de aplicação da entrevista: Escritório do negociador respondente Pesquisador: Gean Paulo Pacheco de Oliveira. Sou aluno do Mestrado Profissional em Administração e estou realizando uma pesquisa que tem como objetivo geral: Analisar as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas parceiras da Agroindústria BRF S.A, localizada em Chapecó/SC. Esta pesquisa tem finalidade única de estudo. As informações são confidenciais e sua identidade não será revelada. A pesquisa não lhe traz qualquer prejuízo e estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida. Suas respostas serão muito importantes para o avanço de nossa pesquisa e lhe remeteremos o artigo resultante deste trabalho. Contato da Profª Coordenadora da Pesquisa, caso tenha dúvidas: Simone Sehnem, Fone: O Sr (a) autoriza a gravar? a) Sim b) Não. BLOCO A - DADOS DO ENTREVISTADO: -Nome do entrevistado: -Idade: -Formação (nível de escolaridade): -Tempo de empresa/trabalho: - Cargo que ocupa: Data da entrevista: BLOCO B INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE NEGOCIAÇÃO COM FORNECEDORES 1) O que você entende por Sustentabilidade? 2) Sua empresa possui alguma política ou metas relacionadas à sustentabilidade? 3) Quais parceiros (stakeholders) o senhor considera importante para sua empresa? 4) Comente quais são as práticas de gestão ambiental que a BRF possuem incorporadas nos seus processos? 5) Como são identificados os fornecedores aptos a participarem de um processo de aquisição de serviço? 6) Nas negociações realizadas com os fornecedores são exigidos documentos ou informações relacionadas à sustentabilidade? Quais? 7) As questões relacionadas à sustentabilidade são importantes/determinantes para a definição da empresa vencedora em um processo de compra? 8) O Senhor percebe práticas de gestão ambiental nos fornecedores da BRF? Quais?

147 146 APÊNDICE C UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO Roteiro de entrevista com o Auxiliar de RH da empresa BRF S.A Local de aplicação da entrevista: Escritório do Auxiliar de RH respondente Pesquisador: Gean Paulo Pacheco de Oliveira. Sou aluno do Mestrado Profissional em Administração e estou realizando uma pesquisa que tem como objetivo geral: Analisar as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas parceiras da Agroindústria BRF S.A, localizada em Chapecó/SC. Esta pesquisa tem finalidade única de estudo. As informações são confidenciais e sua identidade não será revelada. A pesquisa não lhe traz qualquer prejuízo e estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida. Suas respostas serão muito importantes para o avanço de nossa pesquisa e lhe remeteremos o artigo resultante deste trabalho. Contato da Profª Coordenadora da Pesquisa, caso tenha dúvidas: Simone Sehnem, Fone: O Sr (a) autoriza a gravar? a) Sim b) Não. BLOCO A - DADOS DO ENTREVISTADO: -Nome do entrevistado: -Idade: -Formação (nível de escolaridade): -Tempo de empresa/trabalho: - Cargo que ocupa: Data da entrevista: BLOCO B INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE NEGOCIAÇÃO COM FORNECEDORES 1) O que você entende por Sustentabilidade? 2) Sua empresa possui alguma política ou metas relacionadas à sustentabilidade? 3) Quais parceiros (stakeholders) você considera importante para sua empresa? 4) Comente quais são as práticas de gestão ambiental que a BRF possuem incorporadas nos seus processos? 5) Qual documentação é exigida dos fornecedores de serviço contratados? 6) De que forma é realizado o controle desta documentação? 7) Qual o tratamento caso um fornecedor não cumprir com a entrega da documentação obrigatória?

148 147 APÊNDICE D UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO Roteiro para Observação local nas empresas terceiras da BRF S.A Local de realização da observação: Processos da empresa analisada Pesquisador: Gean Paulo Pacheco de Oliveira. Sou aluno do Mestrado Profissional em Administração e estou realizando uma pesquisa que tem como objetivo geral: Analisar as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas parceiras da Agroindústria BRF S.A, localizada em Chapecó/SC. Esta pesquisa tem finalidade única de estudo. As informações são confidenciais e sua identidade não será revelada. A pesquisa não lhe traz qualquer prejuízo e estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida. Suas respostas serão muito importantes para o avanço de nossa pesquisa e lhe remeteremos o artigo resultante deste trabalho. Contato da Profª Coordenadora da Pesquisa, caso tenha dúvidas: Simone Sehnem, Fone: O Sr (a) autoriza a gravar? a) Sim b) Não. BLOCO A - DADOS DO GUIA -Nome do guia: -Idade: -Formação (nível de escolaridade): -Tempo de empresa/trabalho: - Cargo que ocupa: Data da observação: BLOCO B - PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A Item O que observar Existência e funcionamento da gestão da separação e destinação de resíduos. Existência de procedimentos e normas relacionadas à gestão ambiental. Existência de Política e metas relacionadas à sustentabilidade. Existência de desperdícios de água e energia elétrica. Existência de desperdício de matéria-prima e insumos. Existência de fumaça com nível acima de 2 na escala do anel de Ringelmann. Existência de controle físico para treinamentos relacionados à gestão ambiental. Existência de outras práticas ambientais nas dependências da empresa. Existência da implantação dos sensos do Programa 5S. Existência de equipamentos e máquinas com selo ou informação de baixo consumo. Conforme? Sim ou Não Observação

149 148 APÊNDICE E UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO Questionário aplicado junto aos colaboradores das empresas terceiras Local de aplicação do questionário: Sala de treinamento da empresa analisada Pesquisador: Gean Paulo Pacheco de Oliveira. Sou aluno do Mestrado Profissional em Administração e estou realizando uma pesquisa que tem como objetivo geral: Analisar as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas parceiras da Agroindústria BRF S.A, localizada em Chapecó/SC. Esta pesquisa tem finalidade única de estudo. As informações são confidenciais e sua identidade não será revelada. A pesquisa não lhe traz qualquer prejuízo e estamos à disposição para esclarecer qualquer dúvida. Suas respostas serão muito importantes para o avanço de nossa pesquisa e lhe remeteremos o artigo resultante deste trabalho. Contato da Profª Coordenadora da Pesquisa, caso tenha dúvidas: Simone Sehnem, Fone: O Sr (a) autoriza a gravar? a) Sim b) Não. BLOCO A - CARACTERIZAÇÃO DO QUESTIONADO 1 Idade: 2 Gênero: 3 Grau de formação: 4 Quanto tempo você trabalha na Empresa: 5 Qual a função que você exerce na empresa: Data da entrevista: BLOCO B - DADOS DA EMPRESA 1 Nome: 2 Produtos que comercializa: 3 Há quanto tempo é fornecedor da BRF: 4 - Quais são os principais clientes da sua empresa: 5 Qual é a área de abrangência da atuação da sua empresa: 6 Quantos funcionários possui atualmente: 7 Qual é o nível de escolaridade médio dos funcionários: BLOCO C - PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA BRF S.A Assinale com X se você tem ou não conhecimento ou importância para os assuntos sobre sustentabilidade e as práticas ambientais realizadas na sua empresa. 1. Sua empresa possui alguma política ou metas relacionadas à sustentabilidade? ( )Sim ( )Não 2. Sua empresa possui procedimentos ou normas para tratar assuntos ambientais? ( )Sim ( )Não 3. Sua empresa quantifica os aspectos/impactos ambientais ocasionados pela sua cadeia produtiva? ( )Sim ( )Não. Se sim, quais você considera mais importante:. 4. Recebe treinamentos relacionados à responsabilidade social ou práticas ambientais? ( )Sim ( )Não 5. Conhece quais são as práticas de gestão ambiental realizadas pela sua empresa? ( )Sim ( )Não 6. Recebe treinamentos relacionados à prevenção de acidentes (CIPA)? ( )Sim ( )Não

150 Sua empresa incentiva à prática e participação em ações voluntárias? ( )Sim ( )Não 8. Sua empresa possui estrutura para separação adequada dos resíduos e lixos gerados nos processos da empresa? ( )Sim ( )Não 9. Existem incentivos e prêmios para os funcionários que promovem a busca de soluções para problemas decorrentes dos processos? ( )Sim ( )Não 10. Quais os parceiros (stakeholders) da sua empresa o senhor considera importantes? Pode ser assinalada mais de uma opção. ( )Clientes ( )Fornecedores ( )Órgãos Públicos ( )Colegas de trabalho ( )Gestores ( ) Comunidade ( )Nenhum é importante. 11. A empresa procura desenvolver produtos mais eficientes ambientalmente? ( )Sim ( )Não 12. Percebe-se a Substituição de matérias-primas por materiais ecológicos? ( )Sim ( )Não 13. É realizado o reaproveitamento ou reutilização de produtos e embalagens? ( )Sim ( )Não BLOCO D - CONHECIMENTO E O NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES DA EMPRESAS TERCEIRAS NAS PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS 14. Possui conhecimento sobre sustentabilidade? ( )Sim ( )Não 15. As atividades que você realiza na empresa possuem risco ambiental? ( )Sim ( )Não 16. O município onde você reside possui áreas de preservação ambiental? (parques, áreas de preservação permanente, etc...) ( )Sim ( )Não 17. Os efeitos do aquecimento global afetam ou já afetaram sua vida de alguma forma? ( )Sim ( )Não 18. Destinação final do esgoto da minha residência está ligada à rede de esgoto municipal? ( )Sim ( )Não 19. Realiza a prática de separação de resíduos na empresa? ( )Sim ( )Não 20. Orienta e incentiva a separação de resíduos junto a seus familiares? ( )Sim ( )Não 21. Relata as anomalias e problemas relacionados ao meio ambiente percebidos durante a realização das atividades na empresa? ( )Sim ( )Não 22. Contribui espontaneamente com ideias e sugestões de melhorias nos assuntos relacionados ao meio ambiente? ( )Sim ( )Não. Se Sim, quais ideias e sugestões você realizou no grupo de voluntários. 23. Participação em grupos de voluntários relacionados a práticas sociais e ambientais? ( )Sim ( )Não. Se Sim, quais práticas você realiza no grupo de voluntários. 24. Preocupação com a utilização de água nos banheiros e desligamento das lâmpadas e equipamentos em locais que não estão sendo utilizados? ( )Sim ( )Não

151 150 B. Se Sim, quais preocupações (Pode ser assinalada mais de uma opção): ( )Consumo água ( )Desligamento de lâmpadas ( )Desligamento monitores computador ( )Desligamento de máquinas/equipamentos 25. Aquisição de eletrodomésticos que consomem menos energia, mesmo que tenham um custo mais alto? ( )Sim ( )Não 26. Desloca-se para o trabalho de ônibus, visando redução na emissão de fumaça na atmosfera? ( )Sim ( )Não BLOCO E - CRONOGRAMA ESTRUTURADO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 27. Destinação de um tempo do seu dia-a-dia para participar da implantação do Sistema de Gestão Ambiental? ( )Sim ( )Não 28. Manter a motivação mesmo que as ações de melhorias projetadas demorem um prazo longo para atingirem os resultados esperados? ( )Sim ( )Não BLOCO F - PLANO DE AÇÃO PROPONDO UM ROTEIRO PARA INCORPORAÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FORNECEDORAS. 29. A realização de ações para implantação de um sistema de gestão ambiental irá trazer benefícios para os colaboradores? ( )Sim ( )Não 30. A participação dos colaboradores na realização das ações para implantação de um sistema de gestão ambiental é de extrema importância para o sucesso da implantação? ( )Sim ( )Não Muito obrigado!

152 151 APÊNDICE F Programa de Pós-Graduação em Administração Curso de Mestrado Profissional em Administração MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA MELHORIA DA GESTÃO AMBIENTAL DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS TERCEIRAS FORNECEDORAS DA BRF Gean Pacheco de Oliveira Simone Sehnem CHAPECÓ - SC 2014

153 152 SUMÁRIO 1 OBJETIVO MANUAL DO PROGRAMA 5S BREVE HISTÓRICO OBJETIVOS DO PROGRAMA 5S OS 5 SENSOS Senso de Utilização Senso de Ordenação Senso de Limpeza Senso de Saúde Senso de Autodisciplina Desafio Maior ETAPAS IMPORTANTES PARA O SUCESSO DO PROGRAMA CHECK-LIST PARA AVALIAÇÃO MENSAL DO PROGRAMA 5S MODELO DE MATRIZ PARA IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS MODELO DE PLANILHA PARA IDENTIFICAÇÃO E GERENCIAMENTO DOS OBJETIVOS E METAS DO SGA FLUXO DA COMUNICAÇÃO COM PARTES EXTERNAS MODELO DE FLUXOGRAMA PARA PADRONIZAÇÃO DOS PROCESSOS DO SGA MODELO DE INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA PADRONIZAÇÃO DE TAREFAS E ATIVIDADES MODELO DE FORMULÁRIO PARA TRATAMENTO DE ANOMALIAS PDCA CONTROLE DE REGISTRO AMBIENTAL MODELO DE PROCEDIMENTO PARA TREINAMENTO E UTILIZAÇÃO DOS COLABORADORES NA SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS GERADOS PLANO DE AÇÃO CONCLUSÃO... 18

154 153 1 OBJETIVO - Elaborar um manual de ferramentas, programa e método para a melhoria da gestão ambiental das empresas terceiras. Observação: Se todas as ferramentas, programa e métodos disponíveis forem implantados na íntegra a empresa irá melhorar o desempenho na sua gestão da cadeia de suprimentos verde. 2 MANUAL DO PROGRAMA 5S Esta seção apresenta a descrição do manual do Programa 5S. 2.1 BREVE HISTÓRICO O nome 5S originou-se da Administração Japonesa, nas décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra Mundial, quando o Prof. Kaoro Ishikawa apresentou um método para combater o desperdício e ajudar o país que estava destruído pela guerra e não dispunha de recursos naturais. O país precisava reestruturar-se, organizar as indústrias e melhorar a produção para ser compatível com o mercado mundial. 2.2 OBJETIVOS DO PROGRAMA 5S Melhoria contínua do ambiente de trabalho; Prevenção de acidentes; Incentivo à criatividade; Redução de custos; Eliminação de desperdício; Desenvolvimento do trabalho em equipe; Melhoria das relações humanas; Melhoria da qualidade de produtos e serviços; Preparar o ambiente para a qualidade total.

155 OS 5 SENSOS SEIRI = senso de Utilização. SEITON = senso de Ordenação. SEISO = senso de Limpeza. SHEIKETSU = senso de Bem estar. SHITSUKE = senso de Autodisciplina Senso de Utilização Manter no local de trabalho apenas o necessário, separando o útil do inútil. Classificar os objetos, equipamentos, documentos, entre outros em: condições de uso, necessita conserto e sem condições de uso. Selecionar e identificar a área de descarte. Evitar desperdícios de origem comportamental. Separar o necessário do desnecessário. Eliminar do espaço de trabalho o que seja inútil. Tenha só o necessário, na quantidade certa!! Senso de Ordenação Guardar e organizar os objetos, equipamentos e informações de modo que possam ser encontrados e utilizados de forma rápida por todos. Utilizar a comunicação visual através de etiquetas ou placas para identificação de locais, equipamentos, documentos, pastas, arquivos e outros. Colocar cada coisa em seu devido lugar. Organizar o espaço de trabalho de forma eficaz.

156 Senso de Limpeza Deixar o ambiente, materiais e equipamentos limpos e nas melhores condições de uso. Eliminar maus hábitos, desperdícios de origem estrutural e qualquer tipo de poluição. Manter um bom aspecto dos locais. Limpar e cuidar do ambiente de trabalho. Melhorar o nível de limpeza. Mais importante que limpar é não sujar Senso de Saúde Falar com as pessoas e não das pessoas. Cuidar do bem estar físico e mental. Trabalhar em equipe respeitando superiores e colegas. Seguir as normas de segurança. Cumprir as recomendações da medicina do trabalho. Tornar saudável o ambiente de trabalho. Prevenir o aparecimento de supérfluos e a desordem. Quem não cuida de si mesmo não pode fazer um trabalho de qualidade!! Senso de Autodisciplina Comunicar e dar orientações corretamente. Organizar as coisas de modo que todos se sintam responsável pelo que fazem. Ter claro as suas responsabilidades. Comprometer-se a praticar os sensos anteriores. Rotinizar e padronizar a aplicação dos S anteriores. Incentivar os esforços de aprimoramento.

157 156 O sucesso é a consequência do nosso comprometimento Desafio Maior Desenvolver o hábito de seguir normas e procedimentos; Exercício da força mental, moral e física; Desenvolver o querer de fato, ter vontade de ; Demonstração de respeito a si própria e aos outros; Cumprir com os compromissos assumidos; Desenvolver o comprometimento com todos os sensos anteriores, estimulando em cada colega de trabalho a responsabilidade pelo sucesso de nossa empresa; Ser responsável pelas atitudes, não se esquecendo das obrigações para com os colegas, empresa, sociedade e família. 2.4 ETAPAS IMPORTANTES PARA O SUCESSO DO PROGRAMA 1.Sensibilizar a alta administração para que esta se comprometa com a condução do programa 5S; 2. Definir o comitê gestor, composto por; diretores, supervisores, auditores e facilitadores; 3. Anunciar oficialmente: a direção deve anunciar para todos os integrantes da organização, a decisão de implantar o 5S; 4. Treinar líderes e coordenadores: o treinamento pode ser realizado através de literatura e visitas a outras instituições; 5. Treinar todos os colaboradores da empresa por meio do manual e vídeos de programas implantados em outras empresas; 6. Registrar a situação atual com fotos e filmagens; 7. Implantar os sensos: sugere-se implantar senso por senso e por áreas. Após a implantação de cada senso, realizar auditoria para verificar a conformidade e tomar ações corretivas; 8. Acompanhar desempenho: o comitê gestor planeja e se organiza para fazer auditorias nas áreas utilizando o check-list elaborado.

158 Saúde Limpeza Ordenação Utilização CHECK-LIST PARA AVALIAÇÃO MENSAL DO PROGRAMA 5S Este check-list tem como propósito avaliar o funcionamento do programa 5S nas áreas da empresa, assim como identificar e eliminar por meio do plano de ação os itens com anomalias. Quadro 1: Check-list para avaliação mensal do Programa 5S Senso Item avaliado 1. Existência de materiais sem utilização 2. Disposição e recuperação dos materiais seguem a condição de uso (diário, semanal e mensal) Conforme Não conforme Anomalia encontrada 3. Informações e dados atualizados no mural 4. Equipamentos e máquinas funcionando adequadamente 5. Existe local determinado para cada objeto ou material 6. Mesas, bancadas e equipamentos são mantidos sem materiais em cima no final do expediente 7. Portas, armários, prateleiras e gavetas estão identificadas 8. Corredores, passagens e áreas estão identificados com faixas e placas As paredes, janelas e teto estão limpos O piso e ralos estão limpos Os equipamentos, mesas e bancadas estão limpos Não existe a presença ou vestígios de insetos, roedores ou outros animais Existem lixeiros disponíveis nas áreas conforme resíduos gerados Os funcionários utilizam os EPI s Materiais ou equipamentos obstruindo acesso aos equipamentos de segurança e saídas de emergência Inexistência de comportamento e/ou condições inseguras As condições ambientais estão adequadas (temperatura, estruturas...)

159 Autodisciplina 158 Funcionários conhecem o Programa 5S O lixo é separado adequadamente nas áreas A área mantém o farol verde em todos os sensos Funcionários participam de alguma ação voluntária na comunidade Pontuação: até uma NC em cada senso:. Duas NC em cada senso: Acima de duas NC em cada senso: Entende-se como relevante no processo de melhoria das práticas de gestão ambiental, a incorporação de um plano de ação. Este tem por objetivo registrar as anomalias identificadas na aplicação do check-list e as ações propostas com o nome do responsável e prazo para aplicação das ações elaboradas para eliminação das anomalias registradas. Quadro 2: Plano de Ação Item Anomalia Responsável Prazo Ações de melhoria Fonte: Elaborado pelo autor e adaptado de Silva (1994) A aplicação do check-list para avaliação da efetividade do programa 5S deve ser uma vez ao mês em todas as áreas da empresa. 2.6 MODELO DE MATRIZ PARA GERENCIAMENTO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS A matriz de gerenciamento de aspectos ambientais tem como objetivo identificar todos os aspectos e impactos gerados nos processos das empresas de forma a avaliá-los, definir a sua significância e definir os procedimentos para realização do controle operacional para eliminar ou minimizar os seus impactos.

160 159 Fonte: Elaborado pelo autor com base em Seiffert (2011) 2.7 MODELO DE PLANILHA PARA IDENTIFICAÇÃO E GERENCIAMENTO DOS OBJETIVOS E METAS DO SGA O gerenciamento dos objetivos e meta do SGA procura demonstrar o resultado esperado que a empresa deseja obter após um determinado período de tempo. Quadro 3: Aspectos a serem monitorados no gerenciamento de objetivos e metas do SGA Objetivos Metas Indicadores de avaliação Volume mensal de água tratada Reduzir 10% com base em consumida nos processos da Redução no consumo de dezembro de 2013 o consumo de empresa; recursos naturais água nos processos da empresa Volume mensal de água tratada na até novembro de estação de tratamento da empresa. Fonte: Elaborado pelo autor.

161 FLUXO DA COMUNICAÇÃO COM PARTES EXTERNAS Sistematizar como se dá o fluxo de comunicação com as partes externa é primordial para que todas as anomalias existentes sejam identificadas e tratadas a fim de eliminar a causa fundamental.

162 161 Fluxograma 1: Dinâmica da comunicação com partes externas Processo: Gerenciar comunicação externa Resultado esperado: Tratar 100% das reclamações recebidas Gestor de Comunicações Responsável pela reclamação Informações Importantes Telefone ou Formulário para tratamento de anomalias (PDCA) Fonte: Elaborado pelo autor.

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