FERNANDA SCHLEMPER CARIONI O PAPEL DOS ANTIPSICÓTICOS NO PROCESSO DE REABILIATAÇÃO PSICOSSOCIAL DO SUJEITO COM DIAGNÓSTICO DE ESQUIZOFRENIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FERNANDA SCHLEMPER CARIONI O PAPEL DOS ANTIPSICÓTICOS NO PROCESSO DE REABILIATAÇÃO PSICOSSOCIAL DO SUJEITO COM DIAGNÓSTICO DE ESQUIZOFRENIA"

Transcrição

1 FERNANDA SCHLEMPER CARIONI O PAPEL DOS ANTIPSICÓTICOS NO PROCESSO DE REABILIATAÇÃO PSICOSSOCIAL DO SUJEITO COM DIAGNÓSTICO DE ESQUIZOFRENIA Palhoça (SC) 2006

2 2 FERNANDA SCHLEMPER CARIONI O PAPEL DOS ANTIPSICÓTICOS NO PROCESSO DE REABILIATAÇÃO PSICOSSOCIAL DO SUJEITO COM DIAGNÓSTICO DE ESQUIZOFRENIA Relatório de pesquisa apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, como registro parcial para a obtenção do título de Psicólogo. Universidade do Sul de Santa Catarina Núcleo Orientado: Psicologia da Saúde Orientador Prof. Fernando Brandalise Palhoça (SC) 2006

3 Dedico este trabalho aos meus pais, Fernando e Elisabeth, os verdadeiros amores da minha vida. Obrigada por tornarem a minha existência repleta de amor. Seus ensinamentos de caridade, bondade, honestidade, cumplicidade e, principalmente, humildade, me fazem hoje um ser humano feliz. 3

4 4 AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu orientador Fernando Brandalise, pela dedicação e paciência, pelo incentivo e por todos os ensinamentos. Acima de tudo, agradeço pela oportunidade de ter convivido com uma pessoa tão digna, inteligente e iluminada. Agradeço aos meus amigos queridos Thaisa Munhoz e Arthur Rosa, por todos os momentos maravilhosos que passamos juntos e que ficarão guardados na minha lembrança para sempre. E viva o lado negro da força! Agradeço, com todo meu coração, à minha profª Jacqueline Virmond, por me apoiar, acolher e me entender nesse momento tão importante da minha vida. Obrigada por dividir tua sabedoria, teu tempo e teu conhecimento. Agradeço, imensamente, a todos os usuários do Caps II da Palhoça, por me proporcionarem o trabalho mais gratificante e com o maior aprendizado que já tive na vida.

5 Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo... (Raul Seixas). 5

6 6 CARIONI, Fernanda Schlemper. O papel dos antipsicóticos no processo de Reabilitação Psicossocial do sujeito que possui diagnóstico de Esquizofrenia. Trabalho de Conclusão de Curso TCC (Curso de Psicologia Graduação). Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, RESUMO Esta pesquisa tem por objetivo compreender a relação dos antipsicóticos no processo de Reabilitação Psicossocial no sujeito que possui diagnóstico de Esquizofrenia. Para que fosse alcançado tal objetivo, foi desenvolvido um Estudo de Caso e, neste estudo, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas em sete usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), da Palhoça. A análise dos dados coletados foi apresentada através de três categorias que buscaram investigar o cotidiano dos entrevistados e, assim, foram definidas como: categoria Vida Produtiva, categoria Vida Afetiva e Sexual e categoria Vida Social. O discurso dos sujeitos foram relacionados com os benefícios e os efeitos colaterais dos antipsicóticos encontrados na literatura biomédica. Nesta análise, ficou constatado que esses psicofármacos ora contribuem e ora dificultam o processo de reabilitação psicossocial destes indivíduos e, que, o estigma atribuído a este transtorno mental ainda é o maior responsável pela segregação social destas pessoas. Palavras-chave: Esquizofrenia, Reabilitação Psicossocial, Antipsicóticos Núcleo Orientado: Núcleo da saúde Professor Orientador: Prof. Fernando Brandalise Membros da Banca examinadora: Profª. Ana Maria Lopes Profª. Jacqueline Virmond

7 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Problemática Objetivos Justificativa MARCO TEÓRICO Esquizofrenia Tipos de Esquizofrenia Tipo Paranóide Tipo Desorganizado Tipo Catatônico Tipo Residual Tipo Indiferenciado Sintomas da Esquizofrenia Sintomas Positivos Sintomas Negativos Reabilitação Psicossocial Tratamento Psicofarmacológico Benefícios e efeitos colaterais dos antipsicóticos Efeitos colaterais dos antipsicóticos Tratamento de manutenção Antipsicóticos Antipsicóticos Tradicionais Antipsicóticos Atípicos METODOLOGIA Delineamento Participantes Procedimentos de coleta Caracterização da Instituição Técnica de coleta Análise de Dados EXPOSIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXOS...72

8 8 1 INTRODUÇÃO Por se acreditar, assim como afirma Moscovici (1978), que o sujeito constrói significados para o tratamento psiquiátrico de acordo com os sentidos ou símbolos atribuídos pela história social, optou-se por iniciar esta pesquisa com uma breve retrospectiva sócio-histórica das formas de tratamento dos transtornos mentais 1, visto que se abordará aqui um deles, a Esquizofrenia 2. Segundo Foucault (1987), até a Idade Média, a loucura era praticamente despercebida como doença e, quando notada, era vista como um fato cotidiano ou como um presente divino cheio de significações religiosas e mágicas. Era por meio do delírio que alguns privilegiados podiam ter acesso às verdades divinas. Os insanos, assim como os portadores de deficiência mental e os miseráveis, eram considerados parte da sociedade e, também, o principal alvo da caridade dos mais abastados, que assim procuravam redimir-se dos seus pecados. Apenas os casos mais extremados sofriam segregação social. Nesses, as recomendações terapêuticas eram: contato com a natureza, viagem, repouso, passeio, retiro e teatro (FOUCAULT, 1979). No final da Idade Média, inicia-se um lento processo de internação compulsória dos loucos. Isso ocorre após o súbito desaparecimento da hanseníase na Europa e o conseqüente esvaziamento da infra-estrutura dos leprosários. A 1 Este termo é utilizado pelo DSM-IV na falta de outra denominação adequada (DSM IV 2000). Ao longo da história, muitos outros termos já foram utilizados para distinguir esta população, como loucura, alienação, doença mental, dentre outros. Busca-se hoje, dentro do processo de Reabilitação Psicossocial, utilizar-se do termo sofrimento psíquico grave.

9 9 loucura substitui, então, a lepra no papel de bode expiatório dentro da sociedade. É importante observar que esse movimento não definia especificidades na loucura, que simplesmente era vista como uma representante de perigo e inutilidade (FOUCAULT, 1987). Paralela a essa representação de perigo e inutilidade, surge na Europa uma necessidade de esconder as mazelas que o novo sistema político capitalista provocara. Grupos marginalizados, como prostitutas, mendigos, rebeldes políticos, sifilíticos e alguns leprosos eram recolhidos do convívio da sociedade elitista (DESVIAT, 1999). O insano passa a receber o mesmo tratamento dispensado a outros segmentos sociais considerados inferiores, num incessante processo de divisão que opera por meio de critérios definidos por produção, trabalho e riqueza. Ainda que, com o tempo, houvesse o clamor por um tratamento mais digno aos alienados e, conseqüentemente, se fizesse uma seleção mais nítida das anomalias mentais, a idéia de que os loucos eram perigosos e inúteis ainda vigorava. Tal concepção fazia com que essas pessoas fossem mantidas em hospícios e asilos, levando uma vida de prisioneiros (PESSOTTI, 1996). Em meados do século XIX, o hospital psiquiátrico estabeleceu-se como um lugar de diagnóstico e de classificação, onde as espécies de doenças eram divididas. O médico do hospital era, ao mesmo tempo, aquele que podia produzir a doença em sua verdade e submetê-la ao tratamento pelo poder que sua vontade exercia sobre o próprio doente. Tal espaço tinha como função fazer do médico o mestre da loucura (AMARANTE, 1995). Philippe Pinel e Jean Esquirol iniciaram a classificação das doenças mentais e estabeleceram um novo tratamento para os internos de hospitais mentais chamado tratamento moral da insanidade (KAPLAN, 1997). No tratamento moral, usava-se o afastamento do indivíduo das causas da enfermidade e das outras possíveis forças de oposição à cura. As correntes de aprisionamento foram abolidas, contudo as práticas institucionais admitiam procedimentos como isolamento, punições, pregações morais, disciplina rigorosa e trabalho obrigatório. Esse tratamento perdeu sua força no final do século XIX, momento em que a psiquiatria assumiu uma posição positivista, centrada na medicina biológica e dentro de um 2 O termo Esquizofrenia foi criado em 1911 pelo psiquiatra suíço Eugem Bleuler, com o significado de mente dividida. Discorreremos a respeito neste estudo.

10 10 modelo biomédico 3 de entender os transtornos mentais (PESSOTTI, 1996). No início do século XX, surge, neste cenário, a Psicanálise representada por Sigmund Freud, que, seguido por outros autores importantes, como Jacques Lacan, veio a contribuir com uma nova forma de tratamento da doença mental quando acreditou que ela seria causada essencialmente por fatores psíquicos. A psicanálise se consolidou, nesse momento, como um método de investigação, uma técnica terapêutica e um conhecimento científico (HERRMANN, 1988). Mais tarde, outras correntes psicológicas surgiram, e algumas delas também trabalham com o fenômeno dos transtornos mentais. Na segunda metade do século XX, a quimioterapia tornou-se uma importante área de pesquisa e prática no tratamento psiquiátrico. Em 1949, foi descrito o tratamento da excitação maníaca com o lítio, considerado um momento importante na história da psicofarmacologia, que fez brotar, então, o início de um processo farmacológico no tratamento da doença mental (KAPLAN, 1997). De acordo com Laurent (2002), esse processo expandiu-se no fim dos anos cinqüenta com a irrupção da clorpromazina, que inaugurou a série dos neurolépticos. No início dos anos sessenta, a imipramina inaugurava a série dos antidepressivos. Em seguida, as benzodiazepinas que, prescritas como ansiolíticos, ainda sem marcantes efeitos colaterais aparentes, permitiram uma grande difusão dos psicofármacos para além dos transtornos mentais graves. O uso de psicofármacos introduziu uma mudança no tratamento dos indivíduos portadores de transtornos mentais e, segundo Rolim, (1997, p.93) foram os pacientes esquizofrênicos os primeiros a se beneficiarem dos efeitos das drogas antipsicóticas, também chamadas de neurolépticos. Ao falar-se da ação dos medicamentos em pacientes esquizofrênicos, de acordo com o DSM-IV (2000), pode-se dizer que aqueles agem nos sintomas negativos e positivos do transtorno. A pobreza do conteúdo do pensamento e da fala, embotamento ou rigidez afetiva, prejuízo do pragmatismo, incapacidade de sentir emoções, incapacidade de sentir prazer, isolamento social, diminuição de iniciativa e diminuição da vontade são alguns exemplos de sintomas negativos. As alucinações e delírios são exemplos de sintomas positivos. 3 Segundo CAPRA (1982), o modelo biomédico é resultado da influência do paradigma cartesiano e organicista, no qual o corpo é identificado como uma máquina que pode ser analisada pelo estudo de suas partes.

11 11 Segundo o DSM IV (2000), e de acordo com Cordioli (2000), os psicofármacos visam diminuir ou cessar tanto os sintomas positivos quanto os negativos, e isso pode variar de acordo com o paciente e o antipsicótico escolhido. Para Kaplan (1997), a medicação evita danos causados pela doença, já que diminui e controla os sintomas. Até esse momento, apesar de todos os avanços e benefícios da psicofarmacologia, o tratamento dos pacientes diagnosticados esquizofrênicos ainda se dava dentro de hospitais psiquiátricos em meio a internações vitalícias ou prolongadas. No entanto, após a Segunda Guerra Mundial, em diversos países da Europa e da América do Norte, um cenário de movimentos e reformas começou a ser articulado. Esses movimentos faziam críticas ao modelo biomédico assistencialista de confinamento institucional e às outras práticas psiquiátricas. Foram criados novos fundamentos de sustentação teórica e institucional, bem como surgiram experiências com a pretensão de reformular os espaços asilares no sentido de estender o serviço para a comunidade (CAMPOS, 2000). A Psiquiatria Clássica, que já havia configurado a doença mental como seu objeto e o hospital psiquiátrico como um dos principais locais da sua ação, passa a ser questionada depois de comprovada sua impotência terapêutica e comprovados os altos índices de cronificação dos pacientes institucionalizados (AMARANTE, 2003). Após anos utilizando procedimentos terapêuticos baseados em internação prolongada, cirurgias cerebrais, eletrochoques e uso exarcebado de medicação, dentre outros, como únicas alternativas de tratar os sintomas, percebeuse que essa prática, além de não proporcionar melhoras ao paciente, também piorava sua condição enferma. A preocupação com o tratamento deixou de estar centralizada apenas na questão biológica e passou a abranger a condição humana, social, política e cultural do sujeito, abrindo espaço para um questionamento viável e crítico das práticas dirigidas aos pacientes psiquiátricos (BEZERRA, 1999). As transformações exigiam que o paradigma biomédico fosse revisto e até mesmo superado. Fez-se necessário um novo paradigma, agora biopsicossocial. Nesse sentido, para Ciompi (apud SARACENO, 1999), o sofrimento psíquico era trifásico, permitia considerar ao mesmo tempo o biológico, o psicológico e o social de maneira não somática, mas interativa. Em outras palavras, segundo o autor, o aparelho psíquico seria um produto de correlação entre elementos anátomo-

12 12 funcionais e interações com a experiência de vida do sujeito. Dentro desse novo paradigma, surge o conceito de Reabilitação Psicossocial que, de acordo com Saraceno (apud AMARANTE, 1995, p. 25), seria então um grande processo de reconstrução, um exercício pleno de cidadania e também de plena contratualidade no cenário das relações familiares, da rede social e do trabalho com valor social. Quanto às mudanças propostas pelas reformas, uma delas diz respeito às questões relacionadas ao processo saúde-doença e aos meios teóricostécnicos do tratamento do sofrimento psíquico. A dialética doença - cura seria substituída por existência - sofrimento (AMARANTE, 2003). A etiologia dos transtornos mentais teria, agora, determinação também psíquica e sociocultural e não simplesmente ou principalmente orgânica. O sujeito seria visto em sua totalidade orgânica, psíquica e sociocultural, e não mais como objeto, sendo definido apenas por seus sintomas. Nesse sentido, segundo Amarante (2003), a medicação deixaria de ser a resposta inicial, única ou preponderante no tratamento do sofrimento psíquico grave. Os investimentos de bases sociais e psicológicas nesse tratamento passam a ter maior relevância visando à Reabilitação Psicossocial. Entretanto, os psicofármacos continuam a ser utilizados em grande escala em todos os serviços de saúde direcionados aos portadores de transtornos mentais. Sua importância é bastante situada pela literatura biomédica como fator fundamental no tratamento dos transtornos, principalmente no que diz respeito à remissão dos sintomas, o que, conseqüentemente, favorece um melhor desempenho na vida social do indivíduo. Portanto, se de acordo com Amarante (1995, 2003) e Saraceno (1999) o processo de Reabilitação Psicossocial objetiva o aumento da contratualidade do sujeito perante a comunidade, promovendo o aumento de laços sociais, e se de acordo com Corlioli (2000) e com o DSM-IV (2000) os psicofármacos possibilitam a remissão dos sintomas, contribuindo para que esse sujeito possa conviver na sociedade, busca-se saber: qual o papel dos antipsicóticos no processo de Reabilitação Psicossocial do sujeito com diagnóstico de Esquizofrenia?

13 OBJETIVOS Objetivo geral Compreender a relação dos antipsicóticos no processo de Reabilitação Psicossocial do sujeito com diagnóstico de Esquizofrenia Objetivos específicos Definir o conceito de Esquizofrenia e seus sintomas; Definir o conceito de Reabilitação Psicossocial; Discorrer sobre o tratamento psicofarmacológico segundo a literatura biomédica, bem como seus benefícios e efeitos colaterais; Relacionar os dados coletados nas entrevistas sobre o cotidiano dos entrevistados com os efeitos colaterais e os benefícios do uso dos psicofármacos descritos na literatura biomédica.

14 JUSTIFICATIVA Acredita-se que o tema proposto nesta pesquisa é de grande relevância para o universo científico, especialmente para a área da Saúde a qual ela está vinculada e para a sociedade como um todo. Afinal, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, a Esquizofrenia [...] afeta 1% da população mundial. No Brasil, são 1,8 milhões de portadores da doença [...]. Este tema é de extrema atualidade e provoca discussões e disputas teóricas, corporativas e ideológicas. Entende-se que a saúde mental é reconhecida atualmente como um campo problemático, constituído por múltiplos discursos normatizadores e adaptacionistas, povoado por mitos a respeito de doença mental, tratamento e cura. Após a Reforma Psiquiátrica, com as novas diretrizes já normatizadas, vem sendo defendida a prática de assistência à saúde mental na comunidade, fora dos hospitais psiquiátricos. Contudo o que se vê é uma lenta mudança na lógica do modelo assistencial de paradigma biomédico, hoje ainda centrado no hospital, na medicalização exacerbada e no diagnóstico. Esse modelo arcaico, ainda hegemônico, provoca a desassistência, a segregação, a cronoficação do sofrimento, o abandono e a morte de milhares de pacientes (BRANDALISE, 2002). Possivelmente, um dos motivos que retardam esse processo de transposição de uma ação puramente hospitalar para outra comunitária é a escassez de pesquisas que comprovem a necessidade do vínculo social com ganho de autonomia do paciente, sem excluir o uso da medicação, como propõe Amarante (2003) quando se refere às exigências nos meios teóricos-técnicos da Atenção Psicossocial, ao afirmar que a desmedicalização não é a retirada total do psicofármaco, mas, sim, a abolição deste como resposta única e preponderante do tratamento. Dessa forma, de acordo com Santos (apud FERNANDES, 1999), entende-se que as soluções atuais para um melhor tratamento devem contemplar um encaminhamento da questão saúde mental na direção da abertura de um novo horizonte de possibilidades que suponha o reconhecimento de uma crise de paradigmas e, como conseqüência, de uma transição entre paradigmas epistemológicos, sociais, políticos e culturais. Durante séculos, o portador de Esquizofrenia, tido como louco e

15 15 alienado, foi excluído da moradia, do trabalho, do lazer, da informação, da vida comunitária, da sociabilidade, da realização profissional, da cultura e da cidadania. Acrescenta-se, ainda, a exclusão ao direito à assistência e aos cuidados necessários em face da singularidade de sua condição de vida. Contudo, segundo Roder (2001), a percepção do sujeito esquizofrênico está mudando atualmente. Isso se expressa em diversas concepções sobre esse fenômeno, desenvolvidas em épocas recentes. Essa mudança caracteriza-se pelo abandono de uma idéia unifatorial em favor de outra multifatorial, o que significa dizer que a origem da esquizofrenia já não é atribuída a apenas uma causa da área biológica, psicológica ou social, mas à ação conjunta de muitos fatores individuais que pertencem a essas três áreas. Agora, fala-se de modelos sistêmicos em que a esquizofrenia já não se explica de forma unilateral, mas, sim, como um processo em que os diferentes efeitos causais se influenciam. O novo paradigma, ou seja, o enfoque de sistemas ou paradigma biopsicossocial, possibilita que se investigue novas áreas e novas formas de tratamento. Considerando-se os tratamentos-padrão atuais que recebem os pacientes esquizofrênicos, observa-se a desconexão entre eles. Hoje são evidentes os benefícios de um tratamento com psicofármacos em episódios agudos e na prevenção de recaídas. Entretanto os psicofármacos por si só não ajudam o paciente a conseguir a compreensão de seus problemas, a melhorar a percepção de si mesmo, nem conseguem que o paciente volte a se conectar com a realidade cotidiana depois de ter passado por uma devastadora experiência, como, por exemplo, a internação prolongada. O que é visto na prática é que os psicofármacos tampouco capacitam os pacientes a adquirir formas de comportamento direcionadas à interação social e às situações da vida diária. Se esses pacientes devem ampliar sua contratualidade, são necessários outros tipos de tratamento que contenham outros mecanismos de ação, que não meramente o psicofarmacológico (RODER, 2001). Por outro lado, os programas de intervenção psicossocial empregados de maneira isolada dificilmente contribuem para um aumento significativo do nível de satisfação pessoal e social na vida do indivíduo. Às vezes, algumas medidas terapêuticas ineficazes conduzem até mesmo à reaparição ou à exacerbação de sintomas agudos devido à super-exigência e a super-estimulação do profissional, acarretando, com isso, o aumento da angústia no indivíduo. Ao

16 16 trabalhar com os pacientes fora de seus contextos habituais ou instruir os familiares destes para que mudem de comportamento em certas circunstâncias, poder-se-ia converter o paciente em receptor passivo do tratamento, dando-lhe poucos meios para combater seu sofrimento (RODER, 2001). Sobre o tratamento é posto que podem ser conseguidos melhores efeitos mediante uma combinação da terapia psicofarmacológica com procedimentos de intervenção psicossocial (KAPLAN, 1999). O ponto no qual se encontram as pesquisas científicas sobre o tema escolhido carece de estudos que articulem os aspectos fisioquímicos e os aspectos psicossociais no tratamento do sofrimento. Observou-se essa carência quando bibliografias referentes ao tema foram difíceis de ser encontradas. Por vezes, encontram-se autores da corrente biomédica referindo-se ao tratamento medicamentoso sem fazer referência aos aspectos psíquicos e sociais do tratamento ou, então, minimizando sua importância. Em contrapartida, constatase que os autores que tratam do processo de Reabilitação Psicossocial, especialmente Saraceno (1999), Amarante (1995, 2003) e Pitta (1996), pouco ou nada relatam sobre os benefícios da utilização do psicofármaco. O que muitas vezes se percebe é que há uma divergência e uma crítica mútua entre essas duas correntes de pensamento, e que pouco é feito no sentido de proporcionar um tratamento sobre o prisma biopsicossocial, unindo o tratamento medicamentoso às condutas que visem ao aumento da autonomia do sujeito dentro da sociedade, por meio da Reabilitação. Nesse sentido, todos os caminhos, sejam eles organicistas, psicológicos ou sociais, tentam administrar sozinhos os transtornos mentais, mas não o conseguem, pois, conforme sugerido por Fernandes (1999, p.95): A conceituação em saúde mental é marcada por muitos caminhos, cada um deles se oferecendo para instituí-la, mas nenhum deles podendo dar conta da liberdade de abstração necessária, dos nós ideológicos, das heranças (sejam as materialistas ou as fenomenológicas, etc.) que produzem as nomeações para a saúde e a doença. Portanto, um melhor entendimento da forma como a sociedade e a

17 17 ciência compreendem o cuidado no tratamento do sofrimento psíquico possibilitará a identificação de elementos capazes de orientar a busca de intervenções que objetivem uma maior adesão ao cuidado e à promoção de saúde mental. Outro fato importante para a realização desse estudo é que, embora causem pouco mais de 1% das mortes no mundo, os transtornos mentais são responsáveis por mais de 12% das incapacitações por doenças em geral, número que cresce para 23% em países desenvolvidos (ANDRADE, 1999). No mundo, das 10 principais causas de incapacitação, 5 são transtornos psiquiátricos, sendo a esquizofrenia responsável por 4% destas. Em relação aos transtornos mentais, deve-se observar que com o maior controle das doenças infecciosas e os avanços no tratamento e prevenção das doenças físicas crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, os transtornos mentais ressaltam em um cenário antes dominado por elas. De acordo com a Política de Saúde Mental do Ministério da Saúde (2004), a prevalência dos transtornos mentais na população geral referente à necessidade de tratamento é de: 1) 3% - transtornos mentais severos e persistentes, que necessitam atendimento contínuo; 2) 6% - transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas; 3) 12% - percentual estimado da população que necessita de atendimento, seja este contínuo ou eventual. Os dados acima estão propensos ao aumento, pois a tendência mundial aponta para o crescimento dos quadros de sofrimento psíquico, especialmente aqueles ligados à crise urbana, à violência, ao desemprego e a outros fatores culturais e socioeconômicos. Essa estatística intensifica a necessidade de se conhecer qual a melhor forma de agir e entender o portador de sofrimento psíquico e suas necessidades terapêuticas fora do hospital, dentro de sua comunidade, utilizando medicação com dose adequada, unindo, assim, os saberes psicológicos, sociológicos e biológicos. O que está em jogo após a desinstitucionalização, para além da substituição de técnicas, da reorganização administrativa de serviços e profissionais e da transformação na concepção das instalações, é uma redefinição profunda do que sejam o objeto e o objetivo das nossas práticas de cuidado e uma discussão

18 18 acerca dos instrumentos que tal redefinição exige. Como diz Bezerra (1999, p.10): A simples diminuição dos espaços asilares e a proliferação de serviços de novo tipo não trazem nenhuma garantia de que essas modificações signifiquem que a desconstrução da cultura manicomial esteja de fato ocorrendo. É com essa preocupação e determinação que se procura resguardar uma cultura de contínua reflexão para que não se tenha como produto de nossas transformações as práticas burocratizadas e as teorias que só reforçam seus aspectos ideológicos e não científicos. Em tempos em que o conceito doença-cura desaparece, dando espaço ao termo sofrimento-existência, é necessário pesquisar qual o papel da medicação na existência e na saúde dessas pessoas. Dessa forma, a pesquisa é colocada diante do desafio de ajudar a qualificar a assistência, apontando, sobretudo, para o desenvolvimento de políticas na Atenção psicossocial.

19 19 2 MARCO TEÓRICO 2.1 Esquizofrenia Segundo Gerrig & Zimbardo (2005), um Transtorno Esquizofrênico é uma forma grave de psicopatologia, na qual a personalidade parece se desintegrar, os processos psicológicos básicos do Pensamento e a Percepção são distorcidos e as emoções são entorpecidas. O sujeito acometido por Esquizofrenia é aquele cujas pessoas no senso comum imaginam representar a loucura ou a insanidade. Esquizofrenia é: [...] uma forma grave de psicopatologia caracterizada pela ruptura do funcionamento da personalidade integrada, retraimento da realidade, distorções emocionais e processos de pensamento perturbados (GERRIG & ZIMBARDO 2005, p. 548). De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, os Transtornos Esquizofrênicos se caracterizam, em geral, por distorções características do pensamento, da percepção e por inadequação dos afetos. Usualmente, o paciente com esquizofrenia mantém clara sua consciência e sua capacidade intelectual. A Esquizofrenia traz ao paciente um prejuízo severo que é capaz de interferir amplamente na capacidade de atender às exigências da vida e da realidade. A partir do DSM-IV (2000), a Esquizofrenia: [...] é uma perturbação que dura pelo menos 6 meses e inclui pelo menos 1 mês de sintomas da fase ativa (isto é, dois [ou mais] dos seguintes: delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento amplamente desorganizado ou

20 20 catatônico, sintomas negativos) [...] (DSM-IV, 2000 p. 263). Ainda para o DSM-IV (2000), tipicamente, o funcionamento do paciente esquizofrênico está claramente abaixo daquele que havia sido atingido antes do aparecimento dos sintomas. Se a perturbação começa na infância ou na adolescência, entretanto, pode haver um fracasso em conquistar o que seria esperado do indivíduo, em vez de uma deterioração no funcionamento. A comparação entre o indivíduo e seus irmãos (caso haja) não afetados pode ser útil para essa determinação. O progresso educacional freqüentemente está perturbado, podendo o indivíduo ser incapaz de terminar a escolarização. Muitos indivíduos são também incapazes de manter um trabalho por períodos prolongados de tempo e estão empregados em um nível inferior ao de seus pais. A maioria (60-70%) dos indivíduos com esquizofrenia não se casa e a maior parte mantém contatos sociais relativamente limitados (DSM-IV 2000). Segundo Kaplan (1999), aproximadamente 1% da população é acometida pela doença, que geralmente se inicia antes dos 25 anos e sem predileção por camada sociocultural. O diagnóstico baseia-se exclusivamente na história psiquiátrica e no exame do estado mental. É extremamente raro o aparecimento de esquizofrenia antes dos 10 ou depois dos 50 anos de idade, e parece não haver nenhuma diferença na prevalência entre homens e mulheres Tipos de Esquizofrenia Em função da ampla variedade de sintomas que podem caracterizar a esquizofrenia, os pesquisadores não a consideram como um transtorno único, senão um grupo com tipos separados. Segundo o DSM-IV (2000), os subtipos de esquizofrenia são definidos pela sintomatologia predominante à época da avaliação. E, ainda, não é raro que a apresentação possa incluir sintomas característicos de mais de um subtipo.

21 Tipo Paranóide Este tipo de esquizofrenia é o mais comum e também o que responde melhor ao tratamento. Diz-se, por causa disso, que tem melhor prognóstico, particularmente com relação ao funcionamento ocupacional e à capacidade para vida independente (DSM-IV 2000). Não são proeminentes os discursos e comportamentos desorganizados, assim como o afeto embotado ou inadequado. Os sujeitos apresentam pouco ou nenhum prejuízo neuropsicológico ou cognitivo (KAPLAN, 1999). Para Gerrig & Zimbardo (2005), as pessoas que sofrem dessa forma de esquizofrenia experimentam delírios complexos e sistematizados, concentrados em temas específicos. Segundo DSM-IV (2000), os delírios são tipicamente persecutórios ou grandiosos. Nos delírios de perseguição, o paciente sente como se alguém estivesse constantemente o espionando e tramando contra ele, e como se estivesse em perigo mortal. O paciente que sofre essa condição pode pensar que as pessoas o perseguem, têm inveja, o ridicularizam, pensam e falam mal dele, que intencionam fazer-lhe mal, prejudicá-lo ou matá-lo. Nos delírios de grandeza, acreditam que são pessoas ou seres importantes, sublimes, personalidades famosas, como grandes políticos ou religiosos. As alucinações também são tipicamente relacionadas ao conteúdo do tema delirante (KAPLAN, 1999) Tipo Desorganizado Neste grupo se incluem os pacientes que têm problemas de concentração, pouca coerência de pensamento, pobreza do raciocínio, discurso infantil. Às vezes fazem comentários fora do contexto e se desviam totalmente do tema da conversação. Expressam falta de emoção ou emoções pouco apropriadas, rindo a gargalhadas em ocasiões solenes, rompendo a chorar por nenhuma razão em particular. Nesse grupo também é freqüente a aparição de delírios (KAPLAN, 1999). Segundo DSM IV (2000), as características essenciais da esquizofrenia, tipo desorganizado, são discurso desorganizado, comportamento desorganizado e afeto embotado ou inadequado. É considerado o tipo mais grave de

22 22 esquizofrenia Tipo Catatônico É o tipo menos freqüente de esquizofrenia. Apresenta como característica os transtornos psicomotores, tornando difícil ou impossível ao paciente mover-se. Talvez passe horas sentado na mesma posição. A falta da fala também é freqüente neste grupo, assim como alguma atividade física sem propósito aparente. Alguns pacientes apresentam ecolalia 4 e/ou ecopraxia 5 (DSM-IV 2000). Pode haver atividade motora excessiva, desprovida de propósito aparente e não influenciada por estímulos externos. Pode haver negativismo 6 ou mutismo Tipo Residual A esquizofrenia tipo residual deve ser diagnosticada quando houver pelo menos um episódio de Esquizofrenia, mas o quadro clínico atual não apresenta sintomas psicóticos positivos proeminentes (DSM-IV 2000). De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, existem, nesse tipo, muitas evidências de sintomas negativos, como afeto embotado e discurso pobre, ou dois ou mais sintomas positivos atenuados, como comportamento excêntrico e crenças incomuns. Esse tipo de esquizofrenia pode estar representado por um episódio pleno com remissão completa ou pode estar presente de forma contínua por muitos anos, com ou sem sintomas agudos Tipo Indiferenciado Segundo DSM-IV (2000), este tipo de esquizofrenia também é pouco freqüente. Aparece lentamente, e normalmente começa na adolescência com a presença de emoções irregulares ou pouco apropriadas. Pode ser seguida de um 4 Segundo Kaplan (1999), um paciente demonstra ecolalia quando repete exatamente as palavras ditas por uma outra pessoa. 5 Para Kaplan (1999), a ecopraxia, o análogo motor da ecolalia, consiste da imitação dos movimentos e gestos da pessoa que está sendo observada pelo paciente com esquizofrenia.

23 23 paulatino isolamento social, perda de amigos, poucas relações reais com a família e mudança de caráter, passando de sociável a anti-social e terminando em depressão. Nesta forma de esquizofrenia não se observam muitos surtos agudos, porém se observam alucinações e delírios. Apesar dessa classificação, é bom destacar que os pacientes esquizofrênicos nem sempre se encaixam perfeitamente numa dessas categorias. Também existem pacientes que não podem classificar-se em nenhum dos grupos mencionados. A esses pacientes pode-se dar o diagnóstico de esquizofrenia indiferenciada Sintomas da Esquizofrenia Para Kaplan (1997), a sintomatologia da esquizofrenia caracterizase, principalmente, pelas alterações do pensamento e da afetividade, e, conseqüentemente, todo comportamento e toda performance existencial do indivíduo serão comprometidos. Nesse transtorno, o pensamento e a afetividade se apresentam qualitativamente alterados, tal como uma novidade cronologicamente delimitada na história de vida do paciente e que passa a atuar morbidamente em toda sua performance psíquica. Os sintomas característicos da esquizofrenia envolvem uma faixa de disfunções cognitivas e emocionais que acometem a percepção, o pensamento inferencial, a linguagem e a comunicação, o monitoramento comportamental, o afeto, a fluência e a produtividade do pensamento e do discurso, a capacidade hedônica, a volição, o impulso e a atenção. O diagnóstico envolve o reconhecimento de uma constelação de sinais e sintomas associados com prejuízo no funcionamento ocupacional ou social (DSM-IV 2000). A esquizofrenia se manifesta de forma bastante variável e, às vezes, é difícil identificá-la em sua fase inicial. Os principais sintomas são descritos em dois grupos, chamados de sintomas positivos e sintomas negativos (KAPLAN, 1999). Nos sintomas positivos há uma exacerbação ou distorção do 6 Segundo Kaplan (1999), o negativismo é a recusa do paciente em cooperar até mesmo com as solicitações mais simples e razoáveis. Ocasionalmente, o paciente pode até mesmo fazer o oposto do que lhe pedem.

24 24 funcionamento psíquico normal, e esses compreendem os delírios, as alucinações e a desorganização do pensamento. Os sintomas negativos são representados pela diminuição ou perda das funções psíquicas e incluem uma redução da afetividade, da motivação, a pobreza de discurso e o retraimento social. Os sintomas característicos podem ser conceitualizados como enquadrando-se em duas amplas categorias positivos e negativos. Os sintomas positivos parecem refletir um excesso ou distorção de funções normais, enquanto os sintomas negativos parecem refletir uma diminuição ou perda de funções normais. Os sintomas positivos incluem distorções ou exageros do pensamento inferencial (delírios), da percepção (alucinações), da linguagem e comunicação (discurso desorganizado) e do monitoramento comportamental (comportamento amplamente desorganizado e catatônico). Os sintomas negativos incluem restrições na amplitude e intensidade da expressão emocional (embotamento do afeto), na fluência e produtividade do pensamento (alogia) e na iniciação de comportamentos dirigidos a um objetivo (avolição) (DSM-IV, 2000, p. 264) Sintomas Positivos 1. Delírios São idéias ou pensamentos que não correspondem à realidade, das quais o paciente tem convicção absoluta. Para o DSM-IV (2000, p. 265): Os delírios são crenças errôneas, habitualmente envolvendo a interpretação falsa de percepções ou experiências. Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas (por ex. persecutórios, referenciais, somáticos, religiosos, ou grandiosos). Os delírios persecutórios são os mais comuns; neles a pessoa acredita estar sendo atormentada, seguida, enganada, espionada ou ridicularizada. Os delírios de referência também são comuns; neles a pessoa crê que certos

25 25 gestos, comentários, passagens de livros, um delírio e uma idéia vigorosamente mantida às vezes é difícil, e depende do grau de convicção com o qual a crença é mantida, apesar de evidências nitidamente contrárias. Segundo Kaplan (1997), os delírios são crenças errôneas que habitualmente envolvem a interpretação falsa de percepções ou experiências. Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas, como, por exemplo, a perseguição (persecutórios), referenciais, somáticos, religiosos e grandiosos. Os delírios persecutórios são os mais comuns. Na esquizofrenia os delírios surgem paulatinamente, sendo percebidos, aos poucos, pelas pessoas íntimas dos pacientes. 2. Alucinações São percepções irreais dos órgãos dos sentidos. Para Kaplan (1997), as alucinações podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial, ou seja, auditivas, visuais, olfativas, gustativas e táteis. De acordo com o DSM-IV (2000, p. 265): As alucinações podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial (por ex. auditivas, visuais, olfativas, gustativas e táteis), mas as alucinações auditivas são, de longe, as mais comuns e características da Esquizofrenia, sendo geralmente experimentadas como vozes conhecidas ou estranhas, que são percebidas como distintas dos pensamentos da própria pessoa. O conteúdo pode ser bastante variável, embora as vozes pejorativas ou ameaçadoras sejam especialmente comuns. Certos tipos de alucinações auditivas (duas ou mais vozes conversando entre si ou comentando os pensamentos ou o comportamento da pessoa) têm sido considerados particularmente característicos da Esquizofrenia. 3. Discurso e Comportamento Desorganizados As idéias e o comportamento podem tornar-se confusos,

26 26 desorganizados ou desconexos, deixando o discurso do paciente difícil de compreender, bem como suas ações parecendo excêntricas. Este sintoma positivo é defendido por alguns autores como o aspecto mais importante da esquizofrenia. O discurso do portador desse transtorno pode ser desorganizado de várias maneiras, saltando de um assunto para o outro (descarrilamento), com respostas oblíquas às perguntas ou sem relação com elas (tangencialidade), incompreensível com desorganização severa e/ou com incoerência (DSM-IV 2000) Sintomas Negativos 1. Afeto Embotado O paciente perde a capacidade de expressar suas emoções e de reagir emocionalmente às circunstâncias, ficando indiferente e sem expressão afetiva. Outras vezes, o paciente apresenta reações afetivas que são inadequadas em relação ao contexto em que se encontra. Segundo DSM-IV (2000, p. 266): O embotamento afetivo é especialmente comum e se caracteriza pelo fato de o rosto da pessoa mostrar-se imóvel e irresponsivo, com pouco contato visual e linguagem corporal reduzida. Conforme observado no DSM-IV (2000), os medicamentos neurolépticos freqüentemente produzem efeitos colaterais extrapiramidais que se assemelham muito ao embotamento afetivo ou à avolição. A distinção entre os verdadeiros sintomas negativos e os efeitos colaterais de medicamentos depende de um discernimento clínico envolvendo a gravidade dos sintomas negativos, a natureza e o tipo de medicamento neuroléptico e os efeitos de um ajuste da dosagem.

27 27 2. Alogia Para o DSM-IV (2000), a alogia corresponde às restrições na fluência e produtividade do discurso. É manifestada por respostas breves e vazias, parecendo o indivíduo ter uma diminuição dos pensamentos. 3. Avolição A avolição caracteriza-se por incapacidade de iniciar e persistir em atividades dirigidas a um objetivo. A pessoa pode ficar sentada por longos períodos de tempo e demonstrar pouco interesse em participar de atividades profissionais ou sociais (DSM-IV 2000). 2.2 Reabilitação Psicossocial Reabilitação, de uma forma genérica, é o ato ou efeito de reabilitar (-se). Recuperação da capacidade física, intelectual, profissional ou material; recuperação do equilíbrio emocional, psicológico; recuperação de uma pessoa para o convívio social. [...] (Larousse Cultural, 1998, p ). Entretanto, há uma diferença no sentido da palavra reabilitar propriamente dita da reabilitação psicossocial proposta pelos autores que tratam da saúde mental e que refletem acerca das reformas psiquiátricas. Tradicionalmente, a reabilitação é compreendida como a restituição a um estado anterior ou à normalidade do convívio social, ou de atividades profissionais. Contudo, como situa Pitta (1996), a reabilitação psicossocial é um processo que facilita ao usuário com limitações a sua melhor reestruturação de autonomia nas suas funções dentro da comunidade, negando esse sentido de reabilitar para voltar a um estado antigo e afirmando que reabilitar é extrapolar esse estado para, enfim, alcançar um espaço social maior que o anteriormente ocupado. Para Saraceno (1999), a reabilitação

28 28 psicossocial precisa contemplar três vértices da vida de qualquer cidadão: casa, trabalho e lazer. O processo da Reabilitação Psicossocial seria então um grande processo de reconstrução, um exercício pleno de cidadania e também de plena contratualidade no cenário das relações familiares, da rede social e do trabalho com valor social (Saraceno, apud AMARANTE, 2003, p. 25). A conquista da cidadania do paciente esquizofrênico não é a simples restituição de seus direitos formais, mas a construção de seus direitos substanciais e, dentro dessa construção que engloba o afetivo, o relacional, o material, a vida produtiva e a habitação é que se encontra a única reabilitação possível, bem diferente da condição de apenas voltar a um estado inicial (SARACENO, 1999). Na proposta atual da Reforma Psiquiátrica no Brasil, tem-se como objetivo a desinstitucionalização e inclusão, integrando as pessoas com sofrimento psíquico nos diferentes espaços da sociedade. Segundo Rotteli & Amarante (1992), a desinstitucionalização não deve ser praticada apenas no interior do hospital psiquiátrico, mas propõe a necessidade de desinstitucionalizar, isto é, reabilitar o contexto. A principal função reabilitadora seria a restituição da subjetividade do indivíduo na sua relação com as instituições sociais, ou melhor, a possibilidade de recuperação da contratualidade social. Vasconcelos (2000), traz à tona o termo empowerment como de grande importância para as discussões sobre saúde mental e a construção de suas práticas do cotidiano. O referido autor define o termo como a valorização do poder contratual dos pacientes nas instituições e do seu poder relacional nos contatos interpessoais na sociedade. Pitta (1996), afirma a reabilitação psicossocial como um novo tratado ético-estético que negocia uma clínica cuidadosa e inúmeras iniciativas de convívio, lazer, moradia e trabalho que favorecem trocas inter-subjetivas e que são também espaços de exercício de cidadania ativa. A cidadania ativa implica numa sincera reabilitação, quando reabilitar é bastante diferente de entreter. Reabilitação não pode ser uma empulhação, um pretexto para deixar as pessoas entretidas, fazendo de conta que a vida está sendo vivida (Pitta apud SARACENO, 1999, p. 10).

29 29 De acordo com Saraceno (1999), a reabilitação não é a substituição da desabilitação pela habilitação, mas um conjunto de estratégias orientadas a aumentar as oportunidades de troca de recursos e afetos. Seria somente dentro dessa dinâmica de trocas que se criaria um efeito reabilitador. A dinâmica de trocas pode ser observada no processo de reabilitação psicossocial, dentro de alguns aspectos que compõem a vida do sujeito. São eles: o aspecto social, o aspecto afetivo e o aspecto produtivo. O aspecto social constitui os vínculos com a comunidade, com a família e com os amigos; o aspecto afetivo constitui os relacionamentos afetivos e a prática sexual; e o aspecto produtivo constitui a capacidade de trabalho e de vida escolar. Em suma, a saúde implica, dentro de uma perspectiva biopsicossocial de reabilitação, o emprego, a satisfação no trabalho, a vida cotidiana significativa, a participação social, o lazer, a eqüidade, a qualidade das redes sociais, enfim, a qualidade de vida. 2.3 Tratamento Psicofarmacológico Antes dos anos 30, não havia tratamento farmacológico para as psicoses, mas, a partir de 1952, com o descobrimento da clorpromazina, uma fenotiazina, por Delay e Deniker, houve uma mudança radical no tratamento da esquizofrenia. O termo neuroléptico, que significa tomar o neurônio ou diminuir tensão nervosa, foi designado para essas medicações, pois, além do efeito sedativo e antipsicótico, elas poderiam causar alguns sintomas motores, tais como a rigidez, a acinesia, os tremores, a distonia e a acatisia. Mais recentemente o termo neuroléptico tem sido substituído pela termo antipsicótico, que representa melhor a propriedade terapêutica desse grupo de medicações, embora não esteja em desuso (KAPLAN, 1999). Inicialmente, os neurolépticos foram utilizados somente para os episódios psicóticos agudos, e no final da década de 60 passaram a ser empregados também como medicação de manutenção. Depois das fenotiazinas, grupo da clorpromazina, foram sintetizadas medicações de outras classes farmacológicas e também com propriedades antipsicóticas, como as butirofenonas,

30 30 os tioxantenos, as benzamidas e outras. Esses antipsicóticos são conhecidos como sendo de primeira geração, clássicos ou convencionais (KAPLAN, 1999). Segundo Cordioli (2000), o tratamento deve iniciar com dose baixa, aumentando-a gradualmente, conforme a adaptação do paciente, até atingir a dose ideal. A instalação do efeito antipsicótico dessas medicações demora algumas semanas, de modo que se deve esperar, no mínimo, 8 semanas antes de considerar que o paciente não respondeu ao tratamento. Após o aumento da dose, se não houver resposta, deve mudar-se para um antipsicótico de outra classe. Se não há melhora com o uso de três antipsicóticos clássicos diferentes usados por tempo suficiente, caracteriza-se refratariedade aos antipsicóticos e o uso dos de nova geração é indicado. De acordo com Cordioli (2000), os novos antipsicóticos vêm sendo cada vez mais usados também como medicação de primeira linha no tratamento inicial da esquizofrenia. Esses medicamentos têm eficácia semelhante a dos antipsicóticos clássicos nos sintomas positivos e são mais eficazes nos sintomas negativos da esquizofrenia, além de apresentarem menos efeitos colaterais extrapiramidais 7 nas doses clínicas habituais. Esses novos medicamentos têm-se mostrado um novo e valioso recurso terapêutico para a esquizofrenia, principalmente naquelas refratárias aos antipsicóticos tradicionais, nos casos de intolerância aos efeitos colaterais extrapiramidais, bem como nos pacientes que apresentam predominantemente sintomas negativos, em que os antipsicóticos tradicionais podem ser ineficazes (CORDIOLI, 2000). De forma ampla, os antipsicóticos atípicos, a segunda geração, são definidos como uma nova classe de medicamentos que causam menos efeitos colaterais extrapiramidais quando manejados em doses terapêuticas. Pode-se classificar esses antipsicóticos de segunda geração por ordem decrescente de atipicidade. Essa atipicidade é definida como a eficácia sobre sintomas negativos esquizofrênicos e o baixo risco de provocar sintomas extrapiramidais. São classificados em pelo menos três níveis: nível I - clozapina; nível II - olanzapina, quetiapina e ziprasidona e; nível III risperidona e amissulprida (CORDIOLI, 2000). 7 Este tipo de efeito colateral e os demais efeitos colaterais dos antipsicóticos estão descritos nos tópicos seguintes deste trabalho.

31 31 Normalmente os antipsicóticos tradicionais, da primeira geração, são divididos em 2 grandes grupos funcionais: os sedativos e os incisivos. Os antipsicóticos sedativos são utilizados, predominentemente, para pacientes psicóticos com inquietação, agitação ou ansiedade exageradas. Esses antipsicóticos sedativos podem ou não ser associados aos incisivos, dependendo da exuberância dos sintomas psicóticos positivos (alucinações e delírios) (CORDIOLI, 2000). São exemplos de antipsicóticos sedativos (sedação para casos de agitação psicomotora): Amisulprida, Sulpirida, Clorpromazina, Tioridazina, Levomepromazina e Trifluoperazina. Assim sendo, os antipsicóticos sedativos são, como diz o nome, bastante sedativos e pouco incisivos, ou seja, atuam mais nos estados de agitação do que nos de delírio ou alucinação. Por outro lado, os antipsicóticos incisivos são indicados sempre que houver exuberância de sintomas delirantes e alucinatórios. Via de regra, inicialmente e internacionalmente, o surto psicótico é tratado com Haloperidol (Haldol). No Brasil, o Haldol é utilizado com muita freqüência pelas instituições de saúde pública, pois é um dos antipsicóticos mais baratos do mercado. São exemplos de antipsicóticos incisivos (agem nos delírios e alucinações): Flufenazina, Pimozida, Haloperidol, Pipotiazina, Penfluridol e Zuclopentixol (CORDIOLI, 2000). Os neurolépticos atípicos não podem ser classificados como sedativos ou incisivos tendo em vista sua diversidade de ação, ora cumprindo um objetivo, ora outro Benefícios e Efeitos Colaterais dos Antipsicóticos Os medicamentos antipsicóticos são, no momento, o que primeiro é pensado na escolha de tratamento para esquizofrenia, tanto na fase aguda como na fase de manutenção. Quanto aos seus benefícios, têm ação pronunciada sobre alguns sintomas, como tensão, hiperatividade, agressividade, hostilidade, alucinações, delírios, insônia, anorexia, negativismo e isolamento (KAPLAN, 1999). De acordo com o laboratório farmacêutico Pfizer, o tratamento medicamentoso da esquizofrenia tem como objetivos o controle dos sintomas e a reintegração do paciente na sociedade. Basicamente, os medicamentos têm duas

Esquizofrenia. O Que Você Precisa Saber

Esquizofrenia. O Que Você Precisa Saber Esquizofrenia O Que Você Precisa Saber O que é Esquizofrenia? A esquizofrenia é uma doença mental crônica, que se manifesta na adolescência ou no início da idade adulta. Sua freqüência na população em

Leia mais

A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de comportamento psicótico ou amplamente desorganizado;

A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de comportamento psicótico ou amplamente desorganizado; A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de comportamento psicótico ou amplamente desorganizado; Afeta homens e mulheres na mesma proporção; Eugen Bleuler, importante

Leia mais

SÍNDROMES PSICÓTICAS (quadros do espectro da esquizofrenia e outras psicoses) Psicopatologia II - DEPSI-UFPR Profª Melissa Rodrigues de Almeida

SÍNDROMES PSICÓTICAS (quadros do espectro da esquizofrenia e outras psicoses) Psicopatologia II - DEPSI-UFPR Profª Melissa Rodrigues de Almeida SÍNDROMES PSICÓTICAS (quadros do espectro da esquizofrenia e outras psicoses) Psicopatologia II - DEPSI-UFPR Profª Melissa Rodrigues de Almeida Referências utilizadas Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos

Leia mais

RAPS. Saúde Mental 26/08/2016. Prof.: Beto Cruz PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011(*)

RAPS. Saúde Mental 26/08/2016. Prof.: Beto Cruz PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011(*) Saúde Mental Prof.: Beto Cruz betocais2@gmail.com PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011(*) Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades

Leia mais

Transtorno Afetivo Bipolar. Esquizofrenia PROFª ESP. LETICIA PEDROSO

Transtorno Afetivo Bipolar. Esquizofrenia PROFª ESP. LETICIA PEDROSO Transtorno Afetivo Bipolar Esquizofrenia PROFª ESP. LETICIA PEDROSO Transtorno Afetivo Bipolar- TAB É uma condição psiquiátrica caracterizada por alterações graves de humor, que envolvem períodos de humor

Leia mais

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1)

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) TAUANE PAULA GEHM Mestre e doutorando em Psicologia Experimental TEMAS Psicopatologia geral. Transtornos psicológicos, cognitivos, relacionados ao uso

Leia mais

Antipsicóticos 02/02/2016. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais

Antipsicóticos 02/02/2016. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais Psicofarmacologia Psicose Variedade de transtornos mentais Delírios (crenças falsas) Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Vários tipos de alucinações Esquizofrenia: tipo de psicose

Leia mais

DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down

DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down DUPLO DIAGNÓSTICO Refere-se a pessoas com deficiência intelectual e também um outro transtorno psicológico ou psiquiátrico. TRANSTORNOS MENTAIS

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona

RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona SOLICITANTE Drª Sabrina da Cunha Peixoto Ladeira Juíza de Direito do Juizado Especial -Pirapora NÚMERO DO PROCESSO

Leia mais

Atuação da Fonoaudiologia na Saúde Mental

Atuação da Fonoaudiologia na Saúde Mental Atuação da Fonoaudiologia na Saúde Mental Dia: 04/05 Local: Anf. da Biblioteca Horário: 13 às 14h Apresentadoras: Caroline Pascon 4º ano Chrishinau Silva 2º ano Orientadora: Drª Fgaª Ariadnes Nobrega de

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 08/2013

RESPOSTA RÁPIDA 08/2013 RESPOSTA RÁPIDA 08/2013 Assunto:Opção entre genérico e similar SOLICITANTE Dr. Damião Alexandre Tavares Oliveira Juiz de Direito - 1ª Vara Cível -Ponte Nova-MG NÚMERO DO PROCESSO Processo nº 0521.13.014435-0

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA Morfofisiologia e Comportamento Humano Estudo anátomo-funcional de estruturas orgânicas na relação com manifestações emocionais. História e Sistemas

Leia mais

TRANSTORNOS DE HUMOR

TRANSTORNOS DE HUMOR SAÚDE MENTAL TRANSTORNOS DE HUMOR TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: Caracterizase por episódios depressivos que podem ser únicos ou que tendem a se repetir ao longo da vida. TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR: Caracteriza-se

Leia mais

Antipsicóticos 27/05/2017. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais

Antipsicóticos 27/05/2017. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais Psicofarmacologia Antipsicóticos Psicose Variedade de transtornos mentais Delírios (crenças falsas) Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Vários tipos de alucinações Esquizofrenia:

Leia mais

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1 Simone Simões Oliveira 2, Henrique Da Silva Dos Santos 3, Angélica Dos Santos Motta 4, Ricardo Da Silva Hammarstron 5, Simone Simões Oliveira 6 1 Trabalho apresentado

Leia mais

Alexandre Pereira, Msc. Antipsicóticos

Alexandre Pereira, Msc. Antipsicóticos Alexandre Pereira, Msc Antipsicóticos Antipsicóticos Indicações Psicose como característica definidora Esquizofrenia Transtorno psicótico induzido por substância Transtorno delirante Transtorno psicótico

Leia mais

DIRETRIZES SOBRE COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS EM DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

DIRETRIZES SOBRE COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS EM DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS DIRETRIZES SOBRE COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS EM DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS UMA VISÃO GERAL Feinstein, 1970 DEFINIÇÃO Presença

Leia mais

MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL. Prof. João Gregório Neto

MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL. Prof. João Gregório Neto MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL Prof. João Gregório Neto PREVENÇÃO Ato ou efeito de prevenir-se Disposição ou preparo antecipado e preventivo Precaução, cautela Modo de ver antecipado, premeditado

Leia mais

3.15 As psicoses na criança e no adolescente

3.15 As psicoses na criança e no adolescente Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente 3.15 As psicoses na criança e no adolescente Introdução As psicoses são doenças mentais raras que, geralmente, se iniciam no fim da adolescência

Leia mais

16/08/2013. Antipsicóticos. Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia. Sintomas Positivos. Sintomas negativos

16/08/2013. Antipsicóticos. Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia. Sintomas Positivos. Sintomas negativos Psicofarmacologia Antipsicóticos Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Tratamento das psicoses Esquizofrenia mais prevalente 1% da população H : 15 a 25 anos M: dois picos-20 a

Leia mais

ETEC CARAPICUÍBA São Paulo - Brasil

ETEC CARAPICUÍBA São Paulo - Brasil 07 de novembro de 2015 ETEC CARAPICUÍBA São Paulo - Brasil RETOMANDO APRESENTAÇÃO DE 20/07/2015 Suely Laitano Nassif, Psy, Md, PhD Suely Laitano Nassif, Psy, MD, PhD São Paulo SP Brasil Site: Contato:

Leia mais

Transtornos Mentais no Trabalho. Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR Psiquiatra.

Transtornos Mentais no Trabalho. Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR Psiquiatra. Transtornos Mentais no Trabalho Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR 20879. Psiquiatra. carlosamloyola@icloud.com No período Medieval - caráter de Possuído. O tratamento: pregações, exorcismo, santificação

Leia mais

OS MEDIA E A SAÚDE MENTAL ENTREVISTAS COM JORNALISTAS. Julho 2016

OS MEDIA E A SAÚDE MENTAL ENTREVISTAS COM JORNALISTAS. Julho 2016 OS MEDIA E A SAÚDE MENTAL ENTREVISTAS COM JORNALISTAS Julho 2016 AMOSTRA AMOSTRA Entre os dia 20 e 29 de junho, foram entrevistados 10 jornalistas que escrevem sobre saúde, nos seguintes meios: / CONTEXTO

Leia mais

1. Introdução. e em tratamento médico ambulatorial no município de

1. Introdução. e em tratamento médico ambulatorial no município de 1. Introdução O objetivo dessa dissertação é discutir sobre o trabalho desenvolvido pelos agentes comunitários de saúde (ACS), no que diz respeito ao acompanhamento às famílias de portadores de transtorno

Leia mais

AGITAÇÃO PSICOMOTORA. Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira

AGITAÇÃO PSICOMOTORA. Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira AGITAÇÃO PSICOMOTORA Karoline Senna Juliana Suzano Gabriela Vieira Orientador: Dr. Alexandre Pereira CONCEITO Estado de excitação mental e de atividade motora aumentada, associada a uma experiência subjetiva

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA Morfofisiológica e Comportamento Humano Estudo anátomo-funcional de estruturas orgânicas na relação com manifestações emocionais. Comunicação e

Leia mais

Depressão, vamos virar este jogo?

Depressão, vamos virar este jogo? 1 2 Olhar diferenciado para a possibilidade do diagnóstico de depressão em idosos: sintomas depressivos e o processo do envelhecimento Idade: maior prevalência em jovens Sexo: Mulheres liberdade para

Leia mais

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR Até recentemente o Transtorno Bipolar era conhecido como psicose ou doença maníaco-depressiva. É um transtorno no qual ocorrem alternâncias do humor, caracterizando-se por períodos

Leia mais

APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO SOBRE A EPILEPSIA NOS MANUAIS Influências da Psiquiatria. Aline dell Orto Carvalho Abril de 2009

APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO SOBRE A EPILEPSIA NOS MANUAIS Influências da Psiquiatria. Aline dell Orto Carvalho Abril de 2009 APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO SOBRE A EPILEPSIA NOS MANUAIS Influências da Psiquiatria Aline dell Orto Carvalho Abril de 2009 Questões que suscitaram esse seminário Como fica a epilepsia no contexto de avanço

Leia mais

Aspectos neurológicos da deficiência mental (DM) e da paralisia cerebral (PC) - IV Congresso Paulista da ABENEPI - VI(s1)

Aspectos neurológicos da deficiência mental (DM) e da paralisia cerebral (PC) - IV Congresso Paulista da ABENEPI - VI(s1) P Paralisia Cerebral / Personalidade Borderline / Pesquisa / Prevenção / Psicanálise/ / Psicofarmacoterapia / Psicose / Psicoterapia / Psiquiatria Infantil PARALISIA CEREBRAL Aspectos neurológicos da deficiência

Leia mais

Faculdade da Alta Paulista

Faculdade da Alta Paulista PROGRAMA ANALÍTICO DE DISCIPLINA 1. I D E N T I F I C A Ç Ã O FACULDADE: Período: 2018 CURSO: Enfermagem ANO: 3º DISCIPLINA: Enfermagem em Saúde Mental CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 CARGA HORÁRIATOTAL TEÓRICA:

Leia mais

INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA

INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA MARINA DALLA BARBA LONDERO MÉDICA FORMADA PELA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO PSIQUIATRA PELO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE DOUTORANDA PELA UNIVERSIDADE

Leia mais

Informação para os pacientes e seus familiares

Informação para os pacientes e seus familiares Psicose Psychosis - Portuguese UHN Informação para os pacientes e seus familiares Leia esta brochura para aprender: o que é a psicose o que a causa os sinais ou sintomas de psicose que tratamentos podem

Leia mais

INTRODUÇÃO A PSICOPATOLOGIA E FUNDAMENTOS DA CLÍNICA

INTRODUÇÃO A PSICOPATOLOGIA E FUNDAMENTOS DA CLÍNICA 1 INTRODUÇÃO A PSICOPATOLOGIA E FUNDAMENTOS DA CLÍNICA FUNDAMENTOS DA CLÍNICA: Pinel 2 A Clínica surgiu em uma data precisa e um autor particular PINEL No plano do método fundou uma tradição : A CLÍNICA

Leia mais

Psicopedagogia: Teoria e Prática. Elizabeth Araújo Barbosa Enfermeira, Pedagoga e Psicopedagogia

Psicopedagogia: Teoria e Prática. Elizabeth Araújo Barbosa Enfermeira, Pedagoga e Psicopedagogia XVI Encontro de Psicopedagogia do Ceará CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA PARA EDUCAÇÃO E SAÚDE Psicopedagogia: Teoria e Prática Elizabeth Araújo Barbosa Enfermeira, Pedagoga e Psicopedagogia A psiquiatria

Leia mais

Psicanálise em Psicóticos

Psicanálise em Psicóticos Psicanálise em Psicóticos XIX Congresso Brasileiro de Psicanálise Recife, 2003 Dr. Decio Tenenbaum Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, Rio 2 End: decio@tenenbaum.com.br Processos Psicanalíticos

Leia mais

Trabalhando a ansiedade do paciente

Trabalhando a ansiedade do paciente Trabalhando a ansiedade do paciente Juliana Ono Tonaki Psicóloga Hospitalar Título SOFRIMENTO... principal Sofrimento humano como condição à todos; Cada um sente à sua forma e intensidade; Manifestação

Leia mais

Análise quantitativa dos atendimentos eletivos e de emergência a pacientes esquizofrênicos realizados pelo SUS no período de 2012 a 2014

Análise quantitativa dos atendimentos eletivos e de emergência a pacientes esquizofrênicos realizados pelo SUS no período de 2012 a 2014 2.Coautora Estudante de Medicina, Faculdade UniEvangélica, Introdução A esquizofrenia é uma psicose crônica e idiopática de personalidade total que afeta a zona central do eu e toda a sua estrutura vivencial.

Leia mais

Intervenção (Global e Comunitária) no Primeiro Surto Psicótico (IPSP) 10º Edição

Intervenção (Global e Comunitária) no Primeiro Surto Psicótico (IPSP) 10º Edição Intervenção (Global e Comunitária) no Primeiro Surto Psicótico (IPSP) 10º Edição 2001 Relatório Mundial da Saúde 2005 Conferência Ministerial Europeia da OMS sobre Saúde Mental Plano de formação em serviços

Leia mais

PROF. HUMBERTO MÜLLER SAÚDE MENTAL

PROF. HUMBERTO MÜLLER SAÚDE MENTAL PROF. HUMBERTO MÜLLER SAÚDE MENTAL Síndrome ou doença? Genética ou adquirida? Orgânico ou psicológica? Endógeno ou reativo? Neurodegenerativa ou neurodesenvolvimental? Bénédict Morel (1851) - Deménce

Leia mais

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE MENTAL

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE MENTAL POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE MENTAL Aluno: Matrícula: Curso: Unidade de Estudo: Data Prova: / / POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE MENTAL AVP MÉDIA 1 A B C D 2 A B C D 3 A B C D 4 A B C D 5 A B C D 6 A

Leia mais

V FORUM DE MEDICINA DO TRABALHO CFM Conselheiro ALBERTO CARVALHO DE ALMEIDA

V FORUM DE MEDICINA DO TRABALHO CFM Conselheiro ALBERTO CARVALHO DE ALMEIDA V FORUM DE MEDICINA DO TRABALHO CFM - 1917 Conselheiro ALBERTO CARVALHO DE ALMEIDA USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS E APTIDÃO AO TRABALHO INTEGRAÇÃO DE MEDICINA DO TRABALHO E PSIQUIATRIA Substâncias Psicoativas

Leia mais

/2 Info Saude

/2 Info Saude 29-12-2016 1/2 Info Saude Esquizofrenia A esquizofrenia é uma perturbação mental grave caracterizada por uma perda de contacto com a realidade (psicose), alucinações, delírios (crenças falsas), pensamento

Leia mais

SAÚDE MENTAL NO SUS E OS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

SAÚDE MENTAL NO SUS E OS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL SAÚDE MENTAL NO SUS E OS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Prof. João Gregório Neto 2013 REFORMA PSIQUIÁTRICA Ampla mudança do atendimento público em Saúde Mental, objetivando garantir o acesso da população

Leia mais

POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL. Prof. Domingos de Oliveira

POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL. Prof. Domingos de Oliveira POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL Prof. Domingos de Oliveira DIRETRIZES E POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL A Política de Saúde Mental instituída no Brasil através da Lei Federal No 10.216/01, tem como premissa fundamental

Leia mais

DETERMINAÇÃO DOS ANTIPSICÓTICOS UTILIZADOS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE MARINGÁ PARANÁ

DETERMINAÇÃO DOS ANTIPSICÓTICOS UTILIZADOS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE MARINGÁ PARANÁ 23 a 26 de outubro de 2012 DETERMINAÇÃO DOS ANTIPSICÓTICOS UTILIZADOS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE MARINGÁ PARANÁ Fabio Bahls Machado 1 ; Maurício Fábio Gomes 1 ; Sidney Edson Mella Junior 2, Eliane Aparecida

Leia mais

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos,

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos, Diretrizes Gerais de Abordagem das Somatizações, Síndromes ansiosas e depressivas Alexandre de Araújo Pereira Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Somatizações Transtornos Depressivos

Leia mais

O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de

O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de idade, surgiram queixas de dispersão na atenção em sala

Leia mais

CURSO: PSICOLOGIA EMENTAS º PERÍODO

CURSO: PSICOLOGIA EMENTAS º PERÍODO CURSO: PSICOLOGIA EMENTAS 2018-1 1º PERÍODO DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA Estudo da forma, estrutura, localização e função dos órgãos e sistemas do corpo humano de forma geral e segmentar. DISCIPLINA: HISTÓRIA

Leia mais

O Papel das Emoções Expressas nos Transtornos Mentais

O Papel das Emoções Expressas nos Transtornos Mentais O Papel das Emoções Expressas nos Transtornos Mentais DR. CLÁUDIO MENEGHELLO MARTINS MÉDICO PSIQUIATRA MPHIL (UNIVERSITY OF LONDON) DIRETOR SECRETÁRIO DA ABP PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE PSIQUIATRIA CYRO

Leia mais

Ansiedade Generalizada. Sintomas e Tratamentos

Ansiedade Generalizada. Sintomas e Tratamentos Ansiedade Generalizada Sintomas e Tratamentos Sumário 1 Ansiedade e Medo ------------------------------------ 03 2 Transtorno de ansiedade generalizada----------06 3 Sintomas e Diagnóstico-------------------------------08

Leia mais

O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL

O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL Acadêmica :Amanda da Silva Alves Orientador: Alexsandro Barreto Almeida Águas Claras - DF 2016 Alexsandro Barreto

Leia mais

ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIÁTRICA PROFª ESP. LETICIA PEDROSO

ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIÁTRICA PROFª ESP. LETICIA PEDROSO ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIÁTRICA PROFª ESP. LETICIA PEDROSO AVALIAÇÕES 28 HORAS 1ª AVALIAÇÃO: 18/10/2017 2ª AVALIAÇÃO: 20/11/2017 ENTREGA DO TRABALHO: 20/10/2017 Faltas?? TRABALHO TEMA: PRINCIPAIS

Leia mais

A Loucura. O modelo psicossocial 05/11/2017. Definição de Loucura na perspectiva Sócio- Histórica

A Loucura. O modelo psicossocial 05/11/2017. Definição de Loucura na perspectiva Sócio- Histórica Definição de Loucura na perspectiva Sócio- Histórica A Loucura A concepção de homem como um sujeito sóciohistoricamente constituído Retardo Mental e Déficits de Aprendizagem foram muito abordados na perspectiva

Leia mais

FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEORIA EM SAÚDE MENTAL

FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEORIA EM SAÚDE MENTAL FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEORIA EM SAÚDE MENTAL Aluno: Matrícula: Curso: Unidade de Estudo: Data Prova: / / FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEORIA EM SAÚDE MENTAL AVP MÉDIA 1 A B C D 2 A B C D 3 A B C D 4 A B C D 5

Leia mais

O Impacto Psicossocial do Cancro na Família

O Impacto Psicossocial do Cancro na Família O Impacto Psicossocial do Cancro na Família Maria de Jesus Moura Psicóloga Clínica Unidade de Psicologia IPO Lisboa ATÉ MEADOS DO SEC.XIX Cancro=Morte PROGRESSOS DA MEDICINA CURA ALTERAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

Leia mais

25 mg, 100 mg e 200 mg (comprimidos) Cópia dos exames: colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia de jejum

25 mg, 100 mg e 200 mg (comprimidos) Cópia dos exames: colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia de jejum TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO Portaria SAS/MS n 1203 04/11/2014 Medicamento RISPERIDONA QUETIAPINA OLANZAPINA CID 10 F25.0; F25.1; F25.2 Apresentação 1 mg e 2 mg (comprimidos) 25 mg, 100 mg e 200 mg (comprimidos)

Leia mais

SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO

SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO CASTRO.M.B. 1 ; MARRONI.N.M.O. 2 ; FARIA.M.C.C. 3 ; RESUMO A Síndrome de Asperger é uma desordem pouco comum, ou seja, um grupo de problemas que algumas crianças tem quando

Leia mais

MÓDULO 6 - USO NOCIVO DE SUBSTÂNCIAS - ÁLCOOL

MÓDULO 6 - USO NOCIVO DE SUBSTÂNCIAS - ÁLCOOL MÓDULO 6 - USO NOCIVO DE SUBSTÂNCIAS - ÁLCOOL GABARITO DAS QUESTÕES NORTEADORAS (Aspectos que devem ser contemplados na resposta das questões norteadoras) PERGUNTA NORTEADORA 1: Neste caso temos cinco

Leia mais

Questões em debate 8º CONGRESSO NACIONAL DE BIOÉTICA Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Bioética Porto Portugal 19 e 20 de Outubro de 2007

Questões em debate 8º CONGRESSO NACIONAL DE BIOÉTICA Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Bioética Porto Portugal 19 e 20 de Outubro de 2007 Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Bioética Porto Portugal 19 e 20 de Outubro de 2007 "A RAZÃO SOCIAL E A DESCRIMINAÇÃO DA ESQUIZOFRENIA" Isabel Lourenço o / Professora Adjunta Instituto Superior

Leia mais

REDAÇÃO Desafios Para Reabilitação De Usuários De Drogas No Brasil

REDAÇÃO Desafios Para Reabilitação De Usuários De Drogas No Brasil REDAÇÃO Desafios Para Reabilitação De Usuários De Drogas No Brasil INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija

Leia mais

REFORMA PSIQUIÁTRICA. Eixo Temático: Política Social e Trabalho. Palavras-chave: Loucura, Transtorno Mental, Reforma Psiquiátrica.

REFORMA PSIQUIÁTRICA. Eixo Temático: Política Social e Trabalho. Palavras-chave: Loucura, Transtorno Mental, Reforma Psiquiátrica. REFORMA PSIQUIÁTRICA ISSN 2359-1277 Amanda Beatriz Nalin, ab.nalin@bol.com.br; Keila Pinna Valensuela (Orientadora), keilapinna@hotmail.com; Universidade Estadual do Paraná, UNESPAR Campus Paranavaí. RESUMO

Leia mais

HISTÓRICO. Ayur-Veda, 1400 ac Estados demoníacos. Sorano, dc Doente recusava urinar, com medo de provocar um dilúvio

HISTÓRICO. Ayur-Veda, 1400 ac Estados demoníacos. Sorano, dc Doente recusava urinar, com medo de provocar um dilúvio Prof. José Reinaldo do Amaral Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Psicologia PSICOPATOLOGIA CLÍNICA 2013 / 2 HISTÓRICO Ayur-Veda, 1400 ac Estados demoníacos Sorano, 93 138 dc Doente

Leia mais

Residência Médica 2019

Residência Médica 2019 CASO 1 Questão 1. Valor máximo = 3 pontos Possíveis: Mudança clara do funcionamento e estado mental. / Intensidade significativa dos sintomas. / Pervasividade dos sintomas. / Falta de controle sobre os

Leia mais

Alexandre de Araújo Pereira

Alexandre de Araújo Pereira SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA / SAÚDE DA FAMÍLIA: CO-RESPONSABILIDADE NO TERRITÓRIO III MOSTRA NACIONAL DE III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA BRASÍLIA 08/2008 Alexandre de Araújo Pereira

Leia mais

DIRETRIZES SOBRE COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS EM DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E TRANSTORNOS PSICÓTICOS

DIRETRIZES SOBRE COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS EM DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E TRANSTORNOS PSICÓTICOS DIRETRIZES SOBRE COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS EM DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E TRANSTORNOS PSICÓTICOS Felix Kessler Transtornos Psicóticos Esquizofrenia: pelo

Leia mais

POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL BRASILEIRA. Rosa UFPI-DSS

POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL BRASILEIRA. Rosa UFPI-DSS POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL BRASILEIRA Profª Drª Lucia Cristina dos Santos Rosa UFPI-DSS MODELO HOSPITALOCENTRICO NA ASSISTENCIA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA MARCO: Hospício Pedro II 1852 Rio de Janeiro; CONCEPÇÃO:

Leia mais

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas Fisioterapeuta Jussara Lontra Centro de Estudos Expressão genérica que pode ser definida como qualquer movimento corporal,

Leia mais

DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA?

DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA? DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA? SUMÁRIO 01. Dependência química tem solução? 3 02. Como tratar a dependência química? 8 03. Diferentes tipos de internação para dependentes 13 01 DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM SOLUÇÃO?

Leia mais

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO TGD

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO TGD TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO TGD Aluno: Matrícula: Curso: Unidade de Estudo: Data Prova: / / TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO TGD AVP MÉDIA 1 A B C D 2 A B C D 3 A B C D 4 A B C D 5 A B

Leia mais

Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo. II Simpósio Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH

Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo. II Simpósio Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo II Simpósio Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH - 2014 Modelo atual do DSM-5, Os transtornos de personalidade são caracterizados

Leia mais

O Autismo desafia generalizações. A palavra vem do grego "autos" que significa "si mesmo" referindo-se a alguém retraído e absorto em si mesmo.

O Autismo desafia generalizações. A palavra vem do grego autos que significa si mesmo referindo-se a alguém retraído e absorto em si mesmo. O Autismo desafia generalizações. A palavra vem do grego "autos" que significa "si mesmo" referindo-se a alguém retraído e absorto em si mesmo. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que compromete

Leia mais

UNA-SUS Universidade Aberta do SUS SAUDE. da FAMILIA. CASO COMPLEXO 5 Amélia. Fundamentação Teórica: Esquizofrenia

UNA-SUS Universidade Aberta do SUS SAUDE. da FAMILIA. CASO COMPLEXO 5 Amélia. Fundamentação Teórica: Esquizofrenia CASO COMPLEXO 5 Amélia : José Cássio do Nascimento Pitta Introdução A esquizofrenia não é uma dupla personalidade, como muitas pessoas imaginam por causa de seu nome. A doença é chamada esquizo (fragmentada

Leia mais

Semana de Psicologia PUC RJ

Semana de Psicologia PUC RJ Semana de Psicologia PUC RJ O Psicólogo no Hospital Geral Apresentação: Decio Tenenbaum Material didático e concepções: Prof. Abram Eksterman Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital

Leia mais

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES UPENET/SES-PE (Parte I)

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES UPENET/SES-PE (Parte I) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES UPENET/SES-PE (Parte I) TAUANE PAULA GEHM Mestre e doutorando em Psicologia Experimental SELEÇÃO DAS QUESTÕES CRITÉRIO: - 10 questões; - Edital do concurso SES-PE; - Questões mais

Leia mais

Profª : ANA BRAZ EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL. NOÇÕES de POLÍTICA de SAÚDE MENTAL no BRASIL. NÚCLEOS de APOIO à SAÚDE da FAMÍLIA e MENTAL

Profª : ANA BRAZ EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL. NOÇÕES de POLÍTICA de SAÚDE MENTAL no BRASIL. NÚCLEOS de APOIO à SAÚDE da FAMÍLIA e MENTAL Profª : ANA BRAZ EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL NOÇÕES de POLÍTICA de SAÚDE MENTAL no BRASIL NÚCLEOS de APOIO à SAÚDE da FAMÍLIA e MENTAL REFORMA PSIQUIÁTRICA Reforma Psiquiátrica Brasileira Em 1978,

Leia mais

Clínica Jorge Jaber. Dependência Química. Luciana Castanheira Lobo de Araújo

Clínica Jorge Jaber. Dependência Química. Luciana Castanheira Lobo de Araújo Clínica Jorge Jaber Dependência Química Luciana Castanheira Lobo de Araújo Critérios para o diagnóstico Rio de Janeiro 2018 Resumo Considerado um transtorno mental, além de um problema social pela Organização

Leia mais

Segundo OMS, o transtorno afetivo afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo a primeira causa de incapacidade para o trabalho entre todos

Segundo OMS, o transtorno afetivo afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo a primeira causa de incapacidade para o trabalho entre todos Segundo OMS, o transtorno afetivo afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, sendo a primeira causa de incapacidade para o trabalho entre todos os problemas de saúde (Murray e Lopez, 1996) e a quarta

Leia mais

Relações de gênero no território da saúde mental

Relações de gênero no território da saúde mental Relações de gênero no território da saúde mental Ana Paula Müller de Andrade PPGDICH-UFSC ST 45: Sujeitos do feminismo: políticas e teorias De início cumpre-me ressaltar que as reflexões trazidas no decorrer

Leia mais

Saúde Mental do Adolescente. Perturbações Psicóticas

Saúde Mental do Adolescente. Perturbações Psicóticas Saúde Mental do Adolescente Perturbações Psicóticas Edifício Egas Moniz 15. Abril 11 Margarida Crujo Área de Pedopsiquiatria do CHLC overview - apontamento histórico - epidemiologia - etiologia - apresentação

Leia mais

A PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO

A PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO Pontifícia Universidade Católica de Goiás Psicologia Jurídica A PSICOLOGIA COMO PROFISSÃO Profa. Ms. Joanna Heim PSICOLOGIA Contribuições Histórica Filosóficas Fisiológicas FILOSÓFICA(psyché = alma e logos=razão)

Leia mais

ESQUIZOFRENIA E ABORDAGENS DE TRATAMENTO: UMA BREVE REVISÃO.

ESQUIZOFRENIA E ABORDAGENS DE TRATAMENTO: UMA BREVE REVISÃO. ESQUIZOFRENIA E ABORDAGENS DE TRATAMENTO: UMA BREVE REVISÃO. Elisete Spiering Jacobsen ¹ Iara Suris ² Carla S. Villwock³ Elisabete Beatriz Maldaner RESUMO O presente artigo visa caracterizar a esquizofrenia,

Leia mais

ESQUIZOFRENIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-IV-TR

ESQUIZOFRENIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-IV-TR PRINCIPAIS PROBLEMAS CAUSADOS PELA ESQUIZOFRENIA PSICOPATOLOGIA ESQUIZOFRENIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-IV-TR Profa. Dra. Marilene Zimmer PSICOLOGIA - FURG 2 A. Dois (ou mais) dos seguintes, cada qual

Leia mais

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde Um olhar sobre as várias formas de demência Vila Velha de Ródão, 28 de novembro de 2016 O que é a Demência? A Demência é uma DOENÇA CEREBRAL, com natureza crónica ou

Leia mais

SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado

SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado PELA MANHÃ VOCÊ SE SENTE ASSIM? E NO TRABALHO, VOCÊ SE SENTE ASSIM? SUA VIDA ESTA ASSIM? OU TUDO ESTA ASSIM? ESTRESSE Ocorre diante de uma situação (real ou imaginária)

Leia mais

Processos Psicológicos Básicos II. Prof.ª Melissa Fernanda Fontana Aula 2

Processos Psicológicos Básicos II. Prof.ª Melissa Fernanda Fontana Aula 2 Processos Psicológicos Básicos II Prof.ª Melissa Fernanda Fontana Aula 2 Estado que permite a expressão de todos os processos mentais (atenção, memória, pensamento e respostas aprendidas a estímulos sensoriais).

Leia mais

Aspectos práticos da psicofarmacoterapia em crianças e adolescentes

Aspectos práticos da psicofarmacoterapia em crianças e adolescentes Aspectos práticos da psicofarmacoterapia em crianças e adolescentes Heloisa Helena Alves Brasil Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psiquiatria. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade

Leia mais

Coordenação de Psicologia

Coordenação de Psicologia Coordenação de Psicologia ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PSICOLOGIA INESP/FUNEDI/UEMG 2º SEMESTRE 2011 ESTÁGIOS OFERECIDOS PARA OS ALUNOS DE 5º ao 7º PERÍODOS (Núcleo Básico) 1. ANÁLISE INSTITUCIONAL

Leia mais

Síndrome de Charles Bonnet

Síndrome de Charles Bonnet AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MÉRTOLA ESCOLA EB 2,3/ES DE SÃO SEBASTIÃO ANO LETIVO 2012-2013 CURSO PROFISSIONAL DE TÉCCNICO DE APOIO PSICOSSOCIAL 2ºano Disciplina: Psicopatologia Geral Módulo 5 Semiologia

Leia mais

Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral

Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral Capítulo 1 Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral Do ponto de vista comportamental, dependência pode ser conceitualizada como um prejuízo na capacidade de inibir a busca por determinada droga em

Leia mais

A Importância dos Cuidados com o Cuidador. Lívia Kondrat

A Importância dos Cuidados com o Cuidador. Lívia Kondrat A Importância dos Cuidados com o Cuidador Lívia Kondrat ABRALE 22 de Julho de 2011 CÂNCER é uma doença crônica; possui tratamentos com possibilidade de cura; traz consigo estigmas; está cercada por mitos,

Leia mais

Sumário. Parte I VISÃO GERAL. Parte II COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO. Introdução A medicina da pessoa...31

Sumário. Parte I VISÃO GERAL. Parte II COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO. Introdução A medicina da pessoa...31 Sumário Introdução...25 Parte I VISÃO GERAL 1. A medicina da pessoa...31 Um pouco de história saúde-doença: evolução do conceito...31 Período pré-histórico...31 Período histórico primórdios...33 O antigo

Leia mais

Qualidade de Vida 02/03/2012

Qualidade de Vida 02/03/2012 Prof. Dr. Carlos Cezar I. S. Ovalle Descreve a qualidade das condições de vida levando em consideração fatores como saúde, educação, expectativa de vida, bem estar físico, psicológico, emocional e mental.

Leia mais

UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Abril, 2014

UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Abril, 2014 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Abril, 2014 Carlos Isaia Filho, MD Ginecologista e Obstetra. Investigador Clínico. MBA em Gestão na Saúde. W.H.O.

Leia mais

Material produzido pelos alunos Cerise, Gil e Purpurine

Material produzido pelos alunos Cerise, Gil e Purpurine Psicopatologia I 09-09-05 Definição de Psicopatologia é o estudo dos transtornos mentais para estudarmos os transtornos mentais precisamos estudar os fenômenos Psicopatológicos Os fenômenos psicopatológicos

Leia mais

ALTERAÇÃO COGNITIVA E COMPORTAMENTAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER: ORIENTANDO O FAMILIAR E O CUIDADOR

ALTERAÇÃO COGNITIVA E COMPORTAMENTAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER: ORIENTANDO O FAMILIAR E O CUIDADOR ALTERAÇÃO COGNITIVA E COMPORTAMENTAL NA DOENÇA DE ALZHEIMER: ORIENTANDO O FAMILIAR E O CUIDADOR Luciane Ponte Neuropsicóloga COGNIÇÃO Cognição é a capacidade de processar informações e transformá-las em

Leia mais

Farmacoterapia na Depressão

Farmacoterapia na Depressão Farmacoterapia na Depressão TRANSTORNOS MENTAIS Entendem-se como transtornos mentais e comportamentais condições clinicamente significativas caracterizadas por alterações do modo de pensar e do humor (emoções)

Leia mais

Raphael Frota Aguiar Gadelha

Raphael Frota Aguiar Gadelha Raphael Frota Aguiar Gadelha Transtornos de humor correspondem ao grupo de transtornos em que o humor patológico e perturbações associadas dominam o quadro clínico Suicídio( do latim sui próprio e caedere

Leia mais