Cobertura Outonal na Pré-Semeadura do Trigo
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- Júlia Camarinho Beppler
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2 Cobertura Outonal na Pré-Semeadura do Trigo Juliano Luiz de Almeida Pesquisador de Cereais e Oleaginosas de Inverno 10ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale PR, 27 e 28 de Julho 2016.
3 Agenda A AGRICULTURA NA COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS TRABALHOS REALIZADOS ADOÇÃO DA TECNOLOGIA PELOS AGRÔNOMOS E COOPERADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 COOPERATIVA AGRARIA BRASIL Localização da sede a das áreas de cultivos Trópico Capricórnio Brasil Tropical Brasil Subtropical
5 Fonte: Relatório Anual 2015 A AGRICULTURA NA COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida 620 cooperados colaboradores R$ 2,5 bi faturamento 2015 R$ 275 mi impostos totais 2015 Principais culturas Soja Trigo Milho Cevada Feijão Aveia Triticale Canola Área plantada Culturas de Verão ha Culturas de Inverno ha
6 A AGRICULTURA NA COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária A FAPA, em parceria com instituições de pesquisa nacionais e internacionais, desenvolve tecnologias que contribuem para a produtividade e a sustentabilidade no campo. Áreas de atuação Entomologia agrícola Melhoramento de plantas Manejo e rotação de culturas Manejo de plantas daninhas Fitopatologia Manejo de fertilidade de solos Mecanização agrícola
7 Fonte: Relatório Anual 2015 A AGRICULTURA NA COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Principais eventos outubro de expositores 4 mil participantes 7 palestras técnicas de pesquisadores da FAPA 4 palestras de convidados WinterShow 2016 será realizado nos dias 18, 19 e 20 de Outubro! Estão todos convidados.
8 13,985 10,881 12,226 11,828 14,531 17,622 22,580 28,579 27,120 25,090 24,758 25,904 31,135 28,786 27,663 24,596 21,613 22,751 29,028 31,931 Área (ha) kg/ha ÁREA DE CULTIVO E PRODUTIVIDADE TRIGO 35,000 32,500 30,000 27,500 y = ,69x R 2 = 0,37 3,721 3,284 3,364 3,515 3,187 3,243 3,866 4,020 3,682 4,500 4,000 3,500 25,000 22,500 20,000 17,500 2,840 2,481 2,947 2,622 2,099 2,372 2,425 2,684 2,723 2,563 3,000 2,500 15,000 12,500 10,000 1,944 2,000 1,500 7,500 1,000 5,000 2, Anos 0 Área - ha Produtividade kg/ha Linear (Produtividade kg/ha)
9 Fonte de pesquisa: INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Solo descoberto após os cultivos de verão e antes dos cultivos de inverno na região alta fria e úmida Sucessão milho trigo/cevada Colheita milho (início março) e semeadura cevada/trigo (meados junho) 107 dias Sucessão soja trigo/cevada Colheita soja (final março) e semeadura cevada/trigo (meados junho) 76 dias Três a quatro meses as lavouras ficam com solo descoberto! Solos compactados Custo da descompactação
10 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS Estudo revela que 30% dos solos do mundo estão degradados Ameaças como erosão, compactação e perda da matéria orgânica, entre outros, atingem quase um terço das terras do planeta. Amplo estudo envolvendo 600 pesquisadores de 60 países mostrou que mais de 30% dos solos do mundo estão degradados. Coordenado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o trabalho publicou seus resultados no livro Estado da Arte do Recurso Solo no Mundo' (Status of the world s soil resources) e se baseou em mais de duas mil publicações científicas no tema. FONTE: AGROLINK 14/07/16
11 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS Erosão em área de plantio direto sem cobertura outonal na região de Guarapuava, Guarapuava, PR no dia 15/07/2016. Foto: Paulo Jose Alba.
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13 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS
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15 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Efeito da compactação em soja Disco Duplo Fonte: José Eloir Denardin - EMBRAPA Facão
16 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DOS PROBLEMAS Custo descompactação com subsolador sete hastes (modelo GTS) 0,21 Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida m de profundidade com trator 150 cv R$ 195,40 / ha. Fonte: Paulo Alba Pesquisador Mecanização FAPA
17 Fonte de pesquisa: INTRODUÇÃO Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Proposta inicial deste projeto: Utilizar o nabo forrageiro (Raphanus sativus var. oleiformis Pers. = Raphanus sativus var. oleiferus Stokes) como uma cultura de cobertura visando proteger o solo durante o outono, promovendo descompactação do solo, sem aumentar o potencial de inóculo de esclerotínea, nas áreas dos cooperados da Agrária.
18 TRABALHOS REALIZADOS Fonte: Fontoura & Bayer, Qual o efeito das plantas de cobertura de inverno na disponibilidade de N para o milho? Nabo forrageiro Consócio Ervilhaca Aveia preta Dose? Cultura anterior? Indicação de adubação? Fonte? Perdas em PD?
19 Qual o efeito das plantas de cobertura de inverno na disponibilidade de N para o milho? Fonte: Fontoura & Bayer, Aveia Nabo forrageiro Ervilhaca
20 TRABALHOS REALIZADOS Fonte: Fontoura & Bayer, Qual o efeito das plantas de cobertura de inverno na disponibilidade de N para o milho?
21 TRABALHOS REALIZADOS Fonte: Ceretta et al., Nabo forrageiro como reciclador de nutrientes.
22 TRABALHOS REALIZADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Dada à importância deste cultivo e a pouca disponibilidade de cultivares no mercado de sementes (livres de escleródios), a FAPA iniciou um programa de melhoramento genético em 2005, visando o desenvolvimento de cultivares de nabo forrageiro para a cobertura de solo. Principais caracteres selecionados foram: rendimento de biomassa de parte aérea e de raiz; tolerância à geada; variabilidade de ciclo e cor de flor.
23 TRABALHOS REALIZADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Safras 2006 a foram avaliadas linhas, distribuídas em quatro populações que se distinguiram com relação ao ciclo e a cor de flor. Safra Estas populações originaram 90 linhagens uniformes. As 29 melhores foram promovidas próximo ano. Safra Ensaio preliminar de nabo forrageiro de 1º Ano. Foram escolhidas 16 linhagens. Safra Ensaio de VCU de nabo forrageiro conduzido em três locais Guarapuava, Pinhão e Teixeira Soares. Problemas de geada e granizo. Safra Ensaio de VCU de nabo forrageiro conduzido em três locais Guarapuava, Pinhão e Roncador.
24 TRABALHOS REALIZADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Safra Ensaio de VCU de nabo forrageiro conduzido em três locais Guarapuava, Pinhão e Roncador. Safra 2014 Selecionamos duas linhagens NAER05054TB e NAER05027PB para lançamento e incrementamos a multiplicação na FAPA NAER05054TB 200 kg NAER05027PB 120 kg Safra 2015 Foram conduzidos dois campos de semente genética e ensaios DHE (proteção) na FAPA. NAER05054TB 4,5 hectares X 1000 kg ha -1 = kg. Nome registrado no MAPA (nº34161): PÉ DE PATO NAER05027PB 3,0 hectares X 900 kg ha -1 = kg. Nome registrado no MAPA (nº34162): TRADO
25 TRABALHOS REALIZADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Tabela. Análise conjunta da produção de matéria seca, em kg ha -1, da cultivar PÉ DE PATO e TRADO nos ensaios VCU de nabo forrageiro em 2012 e 2013 e em Guarapuava, Pinhão e Roncador do Estado do Paraná. FAPA, Guarapuava, PR Genótipo Matéria seca (kg ha -1 ) Relativa Test. (%) Média Média PÉ DE PATO IPR TRADO Média Geral
26 TRABALHOS REALIZADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Tabela. Análise conjunta da do ciclo da emergência ao florescimento pleno (dias), da cultivar PÉ DE PATO e TRADO nos ensaios VCU de nabo forrageiro em 2012 e 2013 e em Guarapuava, Pinhão e Roncador do Estado do Paraná. FAPA, Guarapuava, PR Genótipo Ciclo da emergência ao florescimento (dias) Relativa Test. (%) Média Média PÉ-DE-PATO IPR TRADO Média Geral
27 TRABALHOS REALIZADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Tabela. Rendimento de biomassa de parte aérea e de raiz do Ensaio Preliminar 1º Ano de Nabo Forrageiro FAPA, Guarapuava, PR. Genótipo Parte aérea (kg ha -1 ) Raiz (kg ha -1 ) TRADO a 709 ab PÉ DE PATO 9015 abc 904 ab IPR abc 573 a Média Coeficiente de variação (%) 10,9 22,4
28 TRABALHOS REALIZADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida RESUMO PÉ DE PATO 11% mais produtivo que a testemunha IPR dias mais tardio que a testemunha IPR 116. Indicado para semeadura pré-milho, reciclando nutrientes e protegendo o solo durante os meses de outono/inverno. Predomínio de flor branca. Tolerante a geada, quando comparado a testemunha IPR 116. Indicação de densidade semeadura: 40 sementes aptas/m 2 (+/- 7 kg de semente / ha com PMS= 13,7 g). Sistema radicular agressivo.
29 TRABALHOS REALIZADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida RESUMO TRADO Produtividade semelhante à IPR 116. Ciclo semelhante à IPR 116. Indicado para semeadura pré-trigo ou pré-cevada, reciclando nutrientes e protegendo o solo durante os meses de outono. Predomínio de flor branca. Tolerante a geada, quando comparado a testemunha IPR 116. Indicação de densidade semeadura: 40 sementes aptas/m 2 (+/- 7 kg de semente / ha com PMS= 13,7 g).
30 TRABALHOS REALIZADOS Fonte: Vitor Spader, Comunicação pessoal. Abortamento de flores de nabo forrageiro. Foram testados diferentes herbicidas em sub-doses. Objetivo: abortar flores e prolongar o ciclo do nabo forrageiro, além de inibir a produção de sementes. Melhor tratamento: aplicação de glyphosate, dose 150g de equivalente ácido por hectare, aplicado durante o estádio de florescimento pleno. Este é hoje o tratamento indicado para áreas comerciais.
31 TRABALHOS REALIZADOS Fonte: Vitor Spader, Comunicação pessoal. Abortamento de flores de nabo forrageiro. Resultados obtidos: inibe aprox. 98% do florescimento e da produção de sementes; prolonga em aprox. 45 dias o ciclo do nabo; não propaga esclerotínea, pois as flores são abortadas; mantém a cobertura do solo no período entre as culturas de verão e os cereais de inverno evitando erosão; promove ciclagem de nutrientes; reduz multiplicação de plantas daninhas.
32 TRABALHOS REALIZADOS Fonte: Vitor Spader, Comunicação pessoal. Abortamento de flores de nabo forrageiro. Uma semana após a aplicação de glyphosate (150 g e.a./ha)
33 ADOÇÃO DA TECNOLOGIA PELOS AGRÔNOMOS E COOPERADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Fazenda Dois Pinheiros Pinhão, PR Andreas Milla Safra 2015 Esquerda Distribuição semente nabo aérea quando soja começa amarelar folha (15 kg /ha) Direita Semeadura do nabo com caixa de pastagem (0,17 m), pós milho (15 kg /ha).
34 ADOÇÃO DA TECNOLOGIA PELOS AGRÔNOMOS E COOPERADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Fazenda Dois Pinheiros Pinhão, PR Andreas Milla Safra 2015 Esquerda Distribuição semente nabo aérea quando soja começa amarelar folha (15 kg /ha) Direita Semeadura do nabo com caixa de pastagem, pós milho (15 kg /ha).
35 ADOÇÃO DA TECNOLOGIA PELOS AGRÔNOMOS E COOPERADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Fazenda Juquiá Cantagalo, PR. Andreas Milla Solo muito argiloso Esquerda Semeadura com caixa de pastagem (0,17 m) disco duplo. 60 dias após emergência. Direita Semeadura do nabo com plantadeira facão (0,48 m). 60 dias após emergência.
36 ADOÇÃO DA TECNOLOGIA PELOS AGRÔNOMOS E COOPERADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Fazenda Dois Pinheiros Pinhão, PR Andreas Milla Safra 2016 Distribuição semente nabo aérea (8 kg /ha) X R$ 3,50 = R$ 28,00 / ha Custo só da distribuição aérea = R$ 35,00 / ha Custo total da instalação desta cobertura = R$ 63,00/ha Custo operação subsolador = R$ 195,40/ha. Rendimento 50 ha de semeadura por vôo.
37 ADOÇÃO DA TECNOLOGIA PELOS AGRÔNOMOS E COOPERADOS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Fazenda Dois Pinheiros Pinhão, PR Andreas Milla Safra 2016 Semeadura de nabo sob palha de milho com caixa de pastagem(8 kg /ha). Observem faixa sem aplicação de 0,3 l/ha de Roundup Transorb.
38 ADOÇÃO DA TECNOLOGIA EM OUTRAS REGIÕES Lavoura de cobertura com nabo nas linhas de trafego. Propriedade de Marcos Souilljee Passo Fundo, RS. Apresentado pelo pessoal do Projeto Aquarius durante o II Workshop de Agricultura de Precisão. Frederico Westphalen, RS.
39 ADOÇÃO DA TECNOLOGIA EM OUTRAS REGIÕES Linhas de trafego com nabo em nível. Propriedade de Marcos Souilljee Passo Fundo, RS Apresentado pelo pessoal do Projeto Aquarius durante o II Workshop de Agricultura de Precisão. Frederico Westphalen, RS.
40 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pesquisador: Juliano Luiz de Almeida Proteção do solo. Descompactação do solo. Controle de esclerotínea pelo abortamento de flores de nabo forrageiro. Contribuição de até 40 kg de N por hectare. Ciclagem de nutrientes.
41 PERGUNTAS?
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