A REPÚBLICA VELHA ( ): O DOMÍNIO DAS OLIGARQUIAS ( ) ÍNDICE-CONTROLE DE ESTUDO. Professor: Aula 64 (pág. 265) Aula 70 (pág.
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- Clara Tuschinski Lencastre
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1 Terceirão Caderno 7 Código: ÍNDICE-CONTROLE DE ESTUDO Aula 64 (pág. 265) AD TM TC Aula 70 (pág. 298) AD TM TC Aula 65 (pág. 272) AD TM TC Aula 71 (pág. 302) AD TM TC Aula 66 (pág. 279) AD TM TC Aula 72 (pág. 309) AD TM TC Aula 67 (pág. 285) AD TM TC Aula 73 (pág. 309) AD TM TC Aula 68 (pág. 289) AD TM TC Aula 74 (pág. 315) AD TM TC Aula 69 (pág. 293) AD TM TC Aula 75 (pág. 321) AD TM TC Professor: A REPÚBLICA VELHA ( ): O DOMÍNIO DAS OLIGARQUIAS ( ) Já sabemos que as oligarquias controlaram a política brasileira entre 1894 e No entanto, as condições em que se exerceu esse domínio variaram ao longo desses 36 anos. Então, para facilitar o estudo, vamos dividir o período em que as oligarquias estiveram no poder em três etapas, assim denominadas: 1 a ) etapa de domínio das oligarquias ( ); 2 a ) etapa dos primeiros abalos do regime oligárquico ( ); 3 a ) etapa de declínio das oligarquias ( ). Nesta aula, vamos estudar a etapa de domínio das oligarquias. Damos essa denominação ao período que vai da posse de Prudente de Morais na Presidência da República, em 1894, até a campanha eleitoral de 1909, visando à eleição presidencial ocorrida no início de Nessa etapa, as oligarquias assumiram o poder federal e o estadual e o exerceram praticamente sem oposição. Foi também nessa época que surgiram os principais mecanismos de domínio oligárquico políticos e econômicos que já estudamos nas aulas anteriores: coronelismo, política dos governadores, política do café com leite, valorização do café. Em resumo, foram os anos de máximo poder das oligarquias, exercido por meio de quatro presidentes: Prudente de Morais, Campos Sales, Rodrigues Alves e Afonso Pena. 265
2 Acervo Iconographia Prudente de Morais. Acervo Iconographia Campos Sales. Acervo Iconographia Rodrigues Alves. Os presidentes que governaram entre 1894 e 1909 eram típicos representantes das oligarquias agrárias, particularmente a do café. Prudente de Morais era paulista, intimamente ligado aos grandes fazendeiros do oeste do estado e irmão de um cafeicultor. Campos Sales e Rodrigues Alves diferenciavam-se em uma coisa: o nome. Um chamava-se Manuel, e o outro, Francisco. No resto, ambos eram paulistas, ex-governadores de São Paulo, fazendeiros e cafeicultores. Quanto a Afonso Pena, era mineiro e não tinha sido governador de São Paulo. Mas fora vice-presidente de Rodrigues Alves e foi eleito presidente pelos cafeicultores para pôr em prática a política de valorização do café. Acervo Iconographia Afonso Pena. 1 A presidência de Prudente de Morais ( ) Prudente de Morais fez um governo de transição, agindo sempre de modo calmo e cuidadoso. Assim, abandonou uma a uma as medidas inovadoras de Floriano, retornando à antiga política do Império: agricultura e sólidas relações com os grupos financeiros internacionais. O principal problema político enfrentado por Prudente de Morais foi uma rebelião popular no sertão da Bahia, entre 1896 e 1897: a Guerra de Canudos. As causas dessa guerra despontaram já na época da colonização do Brasil, quando o sistema econômico latifundiário e monocultor voltava-se para o atendimento de interesses externos, o que gerou no País o incrível contraste entre uma elite rica, próspera e culta e uma massa popular pobre, faminta e analfabeta. E entre todas as regiões do Brasil, no sertão nordestino esse contraste era mais acentuado. Essa situação de extrema pobreza contribuiu para desenvolver entre a população do sertão uma profunda religiosidade, tendendo mesmo ao misticismo. Em outras palavras, o sertanejo procurava atenuar a miséria concentrando-se em aspectos espirituais. Por isso, surgiram no Nordeste muitos líderes de caráter religioso, alguns deles com grande influência sobre a população local. 266
3 O mais notável deles foi Antônio Mendes Maciel, apelidado de Antônio Conselheiro, que, desde o fim da década de 1870, vinha percorrendo o sertão, pregando aos pobres e desamparados, dando-lhes consolo e prometendo-lhes, com base nos Evangelhos, um mundo melhor. Desgostoso com a proclamação da República, com a separação entre Igreja e Estado e após vários desentendimentos com autoridades republicanas, Conselheiro decidiu retirar-se para um local isolado. Em 1893, acompanhado de aproximadamente 200 pessoas, fixou-se em uma fazenda abandonada, em Canudos, às margens do rio Vaza-Barris, no sertão baiano. Enquanto seus seguidores construíam uma igreja, ele continuava sua pregação, sempre prometendo um mundo novo e mais justo. A força de suas palavras foi tanta que, em pouco tempo, em torno da igreja, surgiram cerca de casas de paredes de barro e telhado de palha, com uma população de mais de 10 mil pessoas. Era o Arraial de Canudos ou Belo Monte, como lhe chamavam seus moradores. Mapa de Canudos feito pelo Exército em 1897 N m N Elaborado pelo tenente-coronel Siqueira de Menezes Rio Vaza-Barris Igreja nova Igreja velha Casas MA PI PE TO Canudos SE AL BAHIA Salvador GO Canudos localizava-se no nordeste da Bahia, em uma região bastante castigada pelas secas. O fato de o Arraial ficar às margens do rio Vaza-Barris atenuava o problema da falta de água, mas não o resolvia, pois, fora da época das chuvas, o rio chegava a ficar completamente seco. Apesar disso, a economia de Canudos, baseada na agropecuária e no comércio com as povoações vizinhas, era próspera e garantia aos canudenses um padrão de vida muito superior à média do sertão baiano. MG ES OCEANO ATLÂNTICO 0 N km 665 O crescimento de Canudos alarmou os fazendeiros do interior baiano, a Igreja e as autoridades estaduais, que resolveram enviar uma força armada contra o Arraial. Iniciou-se assim a Guerra de Canudos, que se estendeu de novembro de 1896 a outubro de 1897 e envolveu quatro expedições militares. As três primeiras expedições cada uma maior que a anterior foram completamente derrotadas. 267
4 Foi então enviada a quarta expedição, a maior força militar montada no Brasil desde a Guerra do Paraguai, que, incluindo os reforços recebidos, somou 14 mil soldados. Durante os quatro meses em que Canudos foi cercado, ocorreram combates terríveis, e os sertanejos conseguiram repelir sucessivos ataques. Mas, por fim, a capacidade de resistência dos habitantes de Belo Monte esgotou-se. No fim de setembro de 1897, as tropas conseguiram espalhar querosene entre as casas do Arraial, incendiando-o. No dia 5 de outubro, os últimos quatro resistentes, entrincheirados nas ruínas da igreja, foram mortos. Acabara-se a guerra sertaneja de Canudos. Acabara também a população do Arraial, pois as forças governamentais degolaram a maioria dos prisioneiros. O cadáver de Antônio Conselheiro, que morrera alguns dias antes da queda do Arraial, foi desenterrado e decapitado, e sua cabeça levada para Salvador. Museu Histórico Nacional/Reprodução Iconographia Nas palavras de Euclides da Cunha, Canudos não se rendeu. Exemplo único na História, resistiu até o esgotamento completo. No decorrer dessa incrível resistência, quase toda a população foi morta, e o Arraial arrasado. A foto abaixo foi tirada nos últimos dias da guerra. Grande parte das casas já tinha sido destruída e, no canto superior esquerdo, aparece a igreja nova (Bom Jesus), arruinada pela artilharia. Terminada a luta, nem mesmo as ruínas permaneceram, pois o Exército dinamitou-as. Museu da República/Reprodução Iconographia Claro que a destruição de Canudos não eliminou as causas do problema a miséria, o desemprego, a exploração desumana, mas serviu para que Prudente de Morais se livrasse do único grupo que ainda poderia se opor às oligarquias: os florianistas. A ingenuidade política dos florianistas levou-os a cavar a própria sepultura. Quando as primeiras expedições contra Canudos fracassaram, eles acusaram o governo de fraco e incompetente, transformando a eliminação de Conselheiro e de seus seguidores em verdadeira necessidade nacional. Com a destruição do Arraial, Prudente de Morais fortaleceu sua posição, podendo reduzir ao silêncio a ala civil do florianismo. A ala militar, responsabilizada pela demora da vitória governamental, foi acusada de se dedicar demais à política, 268
5 esquecendo-se, assim, de suas obrigações profissionais. Traumatizados pela ineficiência demonstrada pelo Exército na campanha de Canudos, os militares afastaram-se da política. Era justamente isso que Prudente e as oligarquias desejavam. 2 A presidência de Campos Sales ( ) Com a oposição reduzida a proporções insignificantes, Prudente de Morais não teve qualquer dificuldade em eleger como sucessor seu ex-ministro da Fazenda: Manuel Ferraz de Campos Sales, paulista, fazendeiro, cafeicultor e ex-governador de São Paulo. Pela segunda vez consecutiva, um membro da oligarquia cafeeira ocupava a Presidência da República. Campos Sales representava tipicamente os ideais políticos das oligarquias. Frio e autoritário, afirmava publicamente que a política era um privilégio exclusivo da elite e que no governo só poderia haver pessoas de famílias tradicionais, ricas e cultas. Seu governo representou a consolidação do domínio oligárquico, com a oficialização do coronelismo, a introdução da política dos governadores e a do café com leite. Além disso, sua política financeira, particularmente o funding-loan e a valorização do mil-réis, era de inteiro agrado dos grandes banqueiros ingleses, que, a partir daí, voltaram a fornecer empréstimos ao Brasil. Ora, esse apoio financeiro era indispensável para a defesa dos interesses dos grupos agrário-exportadores. Criavam-se, assim, as condições básicas para que, nos anos seguintes, fosse montado o esquema de valorização do café. 3 A presidência de Rodrigues Alves ( ) O sucessor de Campos Sales foi Rodrigues Alves. O currículo do novo presidente era praticamente igual ao do anterior: paulista, fazendeiro, cafeicultor, ex-governador de São Paulo. Muitos autores consideram seu governo o melhor de toda a República Velha: finanças equilibradas, inflação sob controle e economia retomando seu ritmo de crescimento. Até a indústria, antes tão abalada, voltou a crescer. Além disso, Rodrigues Alves saneou o Rio de Janeiro, acabando com a febre amarela e a varíola; modernizou a capital, com a abertura de largas avenidas e a construção de diversas obras públicas; equipou modernamente os principais portos brasileiros e ainda incorporou ao Brasil o atual estado do Acre, que até então pertencia à Bolívia. Todas essas realizações foram possíveis graças a dois fatores principais: o equilíbrio financeiro herdado do governo anterior e os recursos fornecidos pela exportação de borracha, cujo pico ocorreu justamente nessa época (o surto da borracha, na região amazônica, deu-se entre 1880 e 1920). A Revolta da Vacina A melhora da situação econômica, ocorrida na época de Rodrigues Alves, não alterou as condições de vida das camadas populares, que continuaram a viver tão miseravelmente quanto antes, ou de forma até pior, como no caso da capital do País. No Rio de Janeiro, a demolição de grande número de prédios velhos e de cortiços, para a construção de novas avenidas, desabrigou milhares de famílias. Aumentando a procura de moradias, elevou-se o preço dos aluguéis a níveis altíssimos, o que obrigou a população mais pobre a morar em lugares distantes de seus pontos de trabalho. Portanto, diante de todos esses fatores, a população pobre e a baixa classe média ficaram numa situação quase insuportável. Em cortiços como o da foto, morava grande parte da população pobre do Rio de Janeiro. O governo demoliu essas habitações coletivas e em seu lugar construiu modernas avenidas, como parte de um projeto urbanístico em que tudo fora pensado: a largura das vias públicas, os cruzamentos, o tamanho das calçadas, o ajardinamento, a iluminação, a rede de esgotos, a captação da água das chuvas. A única coisa em que as autoridades não pensaram foi em onde instalar as dezenas de milhares de pessoas que moravam nos cortiços demolidos. Nesse ambiente de grande descontentamento, Oswaldo Cruz, diretor da Saúde Pública, iniciou os trabalhos de saneamento do Rio de Janeiro, feitos de maneira autoritária e sem esclarecimento ao povo. Entre as medidas adotadas, incluía-se a visita às residências para exterminar ratos e mosquitos, o que Reprodução Iconographia 269
6 gerou o descontentamento popular estimulado pela oposição. Quando foi decretada a obrigatoriedade de vacina antivariólica, a revolta estourou e, durante quatro dias, o povo mais humilde foi o dono das ruas, espancando policiais, destruindo delegacias, invadindo quartéis, saqueando, incendiando bondes da Light empresa anglo-canadense que era a maior concessionária de serviços de transporte urbano e de geração e distribuição de energia elétrica no Brasil. Foi a chamada Revolta da Vacina, em que os populares contaram com o apoio de líderes operários, anarquistas, socialistas, políticos de oposição e militares florianistas. Porém, após alguns dias, o governo conseguiu retomar o controle da cidade e sufocar a revolta. Então, a violência desordenada do povo foi substituída pela violência organizada do Estado: prisões em massa, espancamentos, assassinatos, centenas de pessoas deportadas para distantes regiões amazônicas, estrangeiros expulsos do País. A incorporação do Acre Até o início do século XX, o território do atual estado do Acre pertencia à Bolívia, que, no entanto, jamais o ocupara. Durante o surto da borracha, a região foi ocupada por seringalistas brasileiros, criando-se, assim, um sério problema: o território era boliviano, mas a população era predominantemente brasileira. Ao perceber a gravidade da situação, as autoridades de La Paz enviaram tropas para a região, mas era tarde. Estas foram derrotadas pelos residentes brasileiros, e Rodrigues Alves mandou o Exército ocupar o território. Sem forças para resistir, a Bolívia assinou então o Tratado de Petrópolis (1903), pelo qual entregava o Acre ao Brasil, em troca de 2 milhões de libras e da construção, pelo Brasil, da estrada de ferro Madeira-Mamoré, que permitiria aos bolivianos atingir o rio Amazonas e exportar mercadorias por Belém do Pará. A incorporação do Acre (1903) AMAZONAS Rio Madeira ACRE Porto Velho PERU Guajará-Mirim Fonte: JOFFILY, B. Atlas histórico Brasil 500 anos. São Paulo: Editora Três, Adaptado. Lima OCEANO PACÍFICO Lago Titicaca Fronteira da Bolívia até 1903 Nova fronteira da Bolívia com o Brasil e o Peru após 1903 Território boliviano cedido ao Brasil (Acre) Território boliviano cedido ao Peru Território brasileiro cedido à Bolívia Ferrovia Madeira-Mamoré CHILE La Paz Rio Mamoré Rio Guaporé BOLÍVIA ARGENTINA MATO GROSSO Cuiabá Corumbá PARAGUAI Assunção N 0 km 198 A questão do Acre custou à Bolívia quase 200 mil km 2, a maior parte entregue ao Brasil, que, por sua vez, cedeu aos bolivianos uma faixa de terras com 3 mil km 2 e, em 1909, pelo Tratado do Rio de Janeiro, entregou ao Peru uma pequena parte do antigo território boliviano. Quanto à Madeira-Mamoré conhecida como ferrovia do diabo, foi uma verdadeira campeã de absurdos. Com apenas 360 km, levou cinco anos para ser construída, custou uma fortuna, causou a morte de 30 mil trabalhadores, vítimas da malária e da febre amarela, e, quando ficou pronta, o ciclo da borracha chegara ao fim e não havia mais o que transportar. Em tempo: para a construção, foram importados da Austrália 90 mil dormentes de madeira. 270
7 4 A presidência de Afonso Pena ( ) Afonso Pena era mineiro e foi vice-presidente de Rodrigues Alves. Sua escolha enquadrava-se perfeitamente na política do café com leite, sendo eleito pelos cafeicultores com a missão principal de pôr em prática a valorização do café, definida pelo Convênio de Taubaté. E foi o que ele fez, criando a Caixa de Conversão e transferindo para o governo federal a responsabilidade pela compra e pela estocagem dos excedentes de café. Em 1909, quando começava a encaminhar a sucessão presidencial as eleições seriam em março do ano seguinte, Afonso Pena morreu, assumindo, para completar o mandato, o vice-presidente Nilo Peçanha. 5 A presidência de Nilo Peçanha ( ) Os acontecimentos políticos verificados durante o curto governo de Nilo Peçanha marcaram o fim do período em que o domínio das oligarquias foi exercido sem oposição e sem choques entre as várias facções oligárquicas. O primeiro choque foi a sucessão presidencial. As oligarquias dos pequenos estados, sob a liderança de Pinheiro Machado, que era presidente do Senado, lançaram a candidatura do marechal Hermes da Fonseca, que recebeu em seguida o apoio de Pernambuco, do Rio Grande do Sul, do Exército e do governo federal. Ocorreu, então, o primeiro racha na política do café com leite : São Paulo se recusou a apoiar a candidatura do marechal, enquanto Minas Gerais apoiou-a firmemente. Para enfrentar a poderosa campanha de Hermes da Fonseca, São Paulo e Bahia lançaram a candidatura de Rui Barbosa, então senador, que iniciou a Campanha Civilista, opondo-se ao candidato militar e defendendo reformas políticas, judiciárias e educacionais. A Campanha Civilista fez um sucesso enorme, apesar das múltiplas pressões do governo e do Exército (chegou-se a mandar tropas federais para São Paulo). O eleitorado urbano, mais politizado e ansioso por reformas, votou em Rui Barbosa. No interior, porém, a situação foi outra, pois os currais eleitorais funcionaram a contento, e os coronéis sertanejos despejaram os seus votos na candidatura de Hermes, utilizando largamente todo o arsenal coronelístico de fraudes eleitorais. Feita a eleição, ambos os lados proclamaram a sua vitória. Na Comissão de Verificação de Poderes, os debates eram intensos, embora houvesse a pressão do governo e dos militares para que se reconhecesse a vitória do marechal. Finalmente, em julho de 1910, o Congresso declarou a vitória de Hermes da Fonseca, com votos contra os de Rui Barbosa. Na época foi um resultado surpreendente, pois o normal era que o candidato oposicionista recebesse apenas de 20 a 30 mil votos. De qualquer modo, o sistema de domínio oligárquico sofrera um abalo, cujos efeitos se fariam sentir nos anos seguintes. Acervo Iconographia Chegada de Rui Barbosa em Campinas, dezembro de O sucesso da Campanha Civilista não se limitou às maiores capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Também nas cidades de porte médio, os comícios do candidato oposicionista despertaram uma atenção nunca antes vista. Foi o caso de Campinas, no interior de São Paulo, onde mais de 10 mil pessoas um número enorme para a época foram às ruas aclamar Rui Barbosa. 271
8 1. (Enem) H-11 H-15 H-21 Charge na capa da revista O Malho, de Extraído de: < A imagem representa as manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto político-social da época, essa revolta revela: a) a insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana autoritária. b) a consciência da população pobre sobre a necessidade de vacinação para a erradicação das epidemias. c) a garantia do processo democrático instaurado com a República, através da defesa da liberdade de expressão da população. d) o planejamento do governo republicano na área de saúde, que abrangia a população em geral. e) o apoio ao governo republicano pela atitude de vacinar toda a população em vez de privilegiar a elite. Enem 2. Assinale a alternativa INCORRETA. a) A chamada República das oligarquias teve início com a eleição de Prudente de Morais, mas na verdade consolidou-se com a política dos governadores criada por Campos Sales, que praticamente anulou as oposições. b) No chamado período de domínio das oligarquias, a elite agrária não só se manteve no poder como também governou praticamente sem sofrer oposição. c) As expedições organizadas contra Canudos representaram a decisão do governo republicano de esmagar uma rebelião que se destinava a lutar pela volta da Monarquia. d) A reforma urbana realizada no Rio de Janeiro, durante o governo Rodrigues Alves, não levou em consideração os interesses e as necessidades das camadas mais pobres da população. e) O rompimento entre São Paulo e Minas Gerais, na campanha sucessória de , foi o primeiro abalo importante sofrido pelo sistema político oligárquico. TAREFA MÍNIMA Caderno de Exercícios Faça os exercícios 1 a 5. TAREFA COMPLEMENTAR Leia o texto da aula. Caderno de Exercícios Faça os exercícios 6 a 12. A REPÚBLICA VELHA ( ): PRIMEIROS ABALOS DO REGIME OLIGÁRQUICO ( ) A cisão entre São Paulo e Minas Gerais, com a consequente Campanha Civilista e a eleição de Hermes da Fonseca, estremeceu o sistema de dominação política das oligarquias. Mas como, logo em seguida, paulistas e mineiros trataram de se reconciliar, recompondo a antiga aliança, poderia-se pensar que aquele estremecimento fora coisa passageira, sem maiores consequências. No entanto, não foi o que ocorreu. Os acontecimentos de tinham introduzido alguns elementos novos na política brasileira, que iriam provocar diversos problemas nos anos seguintes. Os militares, afastados do poder desde Floriano, encontraram uma via legal a candidatura do marechal Hermes para voltar à política recebendo o apoio de parte das camadas urbanas e de oligarquias estaduais dissidentes. Lentamente, uma parcela dos oficiais, sobretudo os de baixa patente, começou a contestar a política dominante, desejando uma maior abertura nesse setor. As oligarquias dissidentes eram grupos políticos estaduais que, embora oligárquicos, estavam na oposição e precisavam do apoio do governo federal para poder tomar o poder em seus respectivos estados. Portanto, no período compreendido entre 1910 até o fim da Primeira Guerra Mundial, as lutas entre facções oligárquicas e o surgimento de grupos de oposição dentro do Exército causaram a derrubada de numerosas oligarquias estaduais, ocasionando os primeiros abalos do regime oligárquico. 272
9 1 A presidência de Hermes da Fonseca ( ) O governo de Hermes da Fonseca foi um dos mais agitados de toda a República Velha. Seu ministério foi extremamente instável, pois quase todos os ministros desejavam esse cargo apenas para usá-lo em favor de suas ambições políticas em seus respectivos estados. Além disso, o senador Pinheiro Machado, então no auge de seu prestígio, percebeu que os militares ligados ao marechal desejavam obter importantes posições, para assim controlar as políticas federal e estadual. Para impedir que isso acontecesse, Pinheiro Machado criou um partido de âmbito nacional, congregando as bancadas de todos os estados que apoiavam o presidente da República: o Partido Republicano Conservador (PRC), que tinha curiosa função: apoiar o presidente Hermes da Fonseca, mas isolando-o de seus simpatizantes militares. Dessa forma, Pinheiro Machado poderia aumentar seu poder e sua influência. Como se vê, a situação era complicada. Nos estados, governo e oposição disputavam o poder, geralmente de forma violenta, enquanto o governo federal se dividia: os ministros apoiavam as oposições estaduais, e Pinheiro Machado e o PRC apoiavam os governadores. O resultado dessa confusão toda foi a chamada política das salvações. Acervo Iconographia Hermes da Fonseca A política das salvações Acervo Iconographia Pinheiro Machado Pinheiro Machado era senador, líder da bancada gaúcha no Congresso Nacional, dono da Comissão Verificadora de Poderes, presidente do PRC e representante das oligarquias dos estados menos poderosos diante do governo federal. Hermes da Fonseca era marechal, tinha grande prestígio no Exército e era presidente da República. Esses dois homens extremamente poderosos tinham, no entanto, um ponto fraco em comum: não eram nem paulistas nem mineiros. E, na República Velha, essa fraqueza era fatal. Por isso, apesar de o regime oligárquico já sofrer seus primeiros abalos, Pinheiro não conseguiu ser candidato à Presidência da República nem Hermes conseguiu indicar seu sucessor. Na República Velha, ocorria, às vezes, um tipo de acontecimento político que seria inimaginável nos dias atuais: em alguns estados, a oposição, apoiada por jagunços de coronéis e pela Polícia Militar, fazia uma revolta armada e depunha o governador. Nesses casos, o governo federal normalmente não interferia, deixando que as facções envolvidas na briga resolvessem o problema entre si. Tais revoltas estaduais eram chamadas de salvações. Pois bem, o que ocorreu na época de Hermes é que as próprias autoridades federais passaram a estimular e apoiar as salvações em alguns estados, visando tirar do poder uma facção da oligarquia local e substituí-la por outra. Essa atuação do governo Hermes ficou conhecida como política das salvações e desenvolveu-se em duas etapas. 1 a ) De 1910 a 1912: com o apoio de Hermes da Fonseca, foram derrubadas as facções oligárquicas que governavam Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas, todas aliadas de Pinheiro Machado. Com isso, o Partido Republicano Conservador perdeu a maioria no Congresso Nacional. 2 a ) De 1913 a 1914: ocorreu a reação pinheirista. Por meio de uma série de medidas, Pinheiro Machado conseguiu restabelecer a maioria do PRC no Congresso, afastar os chefes militares que mais abertamente defendiam a intervenção do Exército na política e recolocar no poder seus aliados que haviam sido derrubados em Alagoas e no Ceará. 273
10 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (Rio de Janeiro/RJ) Os coronéis sertanejos, em algumas ocasiões, conseguiam formar verdadeiros exércitos, que davam trabalho aos governadores, chegando muitas vezes a derrotar as polícias militares estaduais. A foto mostra as tropas do coronel Generoso Ponce ocupando Cuiabá. Ponce, no início do século XX, combateu e derrotou a oligarquia que governava Mato Grosso e apoderou-se do governo do estado. Apesar do êxito da reação pinheirista, o grande sonho de Pinheiro Machado chegar à Presidência da República não se concretizou. São Paulo e Minas Gerais reativaram o café com leite e o mineiro Wenceslau Brás foi lançado como candidato único, sendo tranquilamente eleito em março de A Revolta da Chibata As salvações foram o principal elemento gerador de violência no governo Hermes, mas não o único. Além delas, ocorreram diversos episódios isolados, entre os quais se destaca a Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro, em Naquela época, a Marinha de Guerra brasileira apresentava alguns contrastes que, no fundo, refletiam as contradições da sociedade do País. Recentemente reformada, a Armada possuía navios muito modernos, incluindo dois couraçados o Minas Gerais e o São Paulo que se colocavam entre os mais poderosos navios de guerra do mundo. No entanto, essas moderníssimas máquinas de guerra eram tripuladas por marinheiros que recebiam tratamento ainda regulamentado por códigos do século XIX e até do século XVIII. O trabalho era duro e excessivo; a alimentação, deficiente; os maus-tratos eram constantes e, para completar, quando um marinheiro cometia um ato de indisciplina, era punido a chicotadas. Essa, aliás, foi a causa imediata da revolta: alguns dias antes, um marinheiro fora chicoteado 250 vezes, ao som de tambores e diante da tripulação reunida no convés. Por isso, os rebeldes, liderados pelo marinheiro João Cândido, exigiam a suspensão do castigo da chibata, ameaçando bombardear a cidade se não fossem atendidos. Acervo Iconographia Artilharia de proa do couraçado São Paulo. João Cândido. Em um primeiro momento, as autoridades não ficaram muito preocupadas com a revolta da esquadra. Afinal, pensaram elas, nenhum oficial aderira ao movimento; os rebeldes eram simples marujos, liderados por um tal de João Cândido, um negro que ninguém sabia bem de onde viera. Aquela gente não ia saber manobrar enormes e modernos navios de guerra, como o couraçado São Paulo. Mas, para surpresa geral, João Cândido e os demais marinheiros manobraram a esquadra com perfeição e, apontando a poderosa artilharia dos couraçados contra as fortalezas e instalações governamentais, fizeram as autoridades mudarem o tom da conversa: não era mais aquela gente ; eram os dignos marujos da Armada. E foi assim que João Cândido ganhou o apelido com que ficou conhecido: almirante negro. Arquivo Edgard Leuenroth - Unicamp (Campinas/SP) 274
11 Sem condições de enfrentar os marinheiros revoltados os oficiais estavam em terra e a artilharia dos navios era mais poderosa do que a do Exército, o governo cedeu: aboliu o castigo da chibata e anistiou os rebeldes. Porém, 15 dias depois, aproveitando-se da decretação do estado de sítio, descumpriu a anistia concedida, ordenando a expulsão de 2 mil marinheiros e a prisão de outros 600. Quanto aos líderes, a maior parte foi pura e simplesmente assassinada na prisão. 2 A presidência de Wenceslau Brás ( ) Wenceslau Brás governou em um período que coincidiu com a Primeira Guerra Mundial, e é claro que esta nos afetou, positivamente em alguns casos, negativamente em outros. Nos primeiros meses, Wenceslau preocupou-se, sobretudo, em manter uma posição de equilíbrio em relação a Pinheiro Machado, mas em 1915, com o assassinato de Pinheiro, terminou não só o pinheirismo como também o PRC, cuja única força era a liderança do senador gaúcho. Com isso, a dualidade de poderes o presidente de um lado e Pinheiro Machado do outro desapareceu, fortalecendo-se a Presidência da República. Mas o que realmente marcou seu governo foi a Guerra do Contestado, no sul do País, e os efeitos econômicos da Primeira Guerra Mundial. A Guerra do Contestado Na fronteira do Paraná com Santa Catarina, situava-se uma área disputada pelos dois estados: a região do Contestado, com 48 mil quilômetros quadrados. Devido ao fato de não estar definido a qual dos dois estados pertencia a região, a presença de autoridades no local, tanto catarinenses quanto paranaenses, era muito limitada. Boa parte do território era coberta por mata virgem, rica em madeiras de lei, e a única atividade econômica significativa, a produção de erva-mate, era exercida por alguns grandes latifundiários. Na primeira década do século XX, porém, a região teve um súbito e tumultuado aumento de população. A causa disso foi o fato de ter o governo federal concedido à companhia norte-americana Brazil Railway uma faixa de terra com 30 quilômetros de largura, que se estendia de São Paulo ao Rio Grande do Sul, para a construção de uma ferrovia. As pessoas que moravam nessa faixa de terra, sertanejos pobres, que viviam da agricultura de subsistência, foram expulsas e viram, em seguida, a companhia vender essas mesmas terras a colonos poloneses e alemães. Injustiçados e famintos, esses sertanejos dirigiram-se para o Contestado, tentando encontrar terras para se estabelecer. Quando a Brazil Railway terminou a construção da estrada de ferro, despediu 8 mil trabalhadores, quase todos vindos de outras regiões do Brasil. Esses homens, sem condições de retornar a sua terra natal, dirigiram-se para o Contestado, e sua súbita chegada rompeu o equilíbrio da sociedade local. Ao mesmo tempo, a Southern Brazil Lumber and Colonization Company (subsidiária da Brazil Railway) adquiriu 180 mil hectares de terras na região e com um corpo de segurança armado expulsou centenas de famílias e iniciou a exploração das riquíssimas reservas de madeira existentes ali. A partir de 1910, perambulavam pelo Contestado milhares de desempregados das companhias estrangeiras e milhares de camponeses cujas terras foram confiscadas pelo governo. A miséria e o desemprego geraram inevitáveis consequências: surgiram o banditismo, as emboscadas nas estradas e o roubo de gado. A serraria instalada pela Lumber Company em Três Barras (Santa Catarina) era a maior do Brasil e quase toda a madeira ali beneficiada foi exportada. Quando a madeira rareou a exploração era feita de forma predatória a Lumber concordou em ser encampada pelo governo federal e transferiu seus capitais para outro país. Resumo da ópera: eles ficaram com a madeira e com o lucro e nós, com a área devastada. 275
12 Surgiram também curandeiros e monges falando em nome de Deus, prometendo cura e amparo aos miseráveis. Um deles, conhecido como José Maria, dizia-se herdeiro espiritual do monge João Maria, que vivera na região alguns anos antes. Em torno de José Maria, reuniram-se os sertanejos que, vítimas da exploração dos latifundiários do mate e das companhias estrangeiras, eram ainda tratados como animais pelo governo o que os levou a finalmente se revoltarem em É importante lembrar que não foram apenas o sentimento religioso e a pobreza que ocasionaram a revolta dos sertanejos. Contribuíram também, e muito, as manobras políticas de coronéis e de autoridades paranaenses e catarinenses, que estimularam a rebelião. Os coronéis pretendiam enfraquecer seus adversários políticos, e as autoridades tentavam fortalecer a posição de seus respectivos estados na disputa pela posse do Contestado. Pátio com toras de pinho. A gigantesca serraria da Lumber produzia 110 mil metros cúbicos de madeira beneficiada por ano. Não há mesmo floresta que resista! Guerra do Contestado ( ) Fontes: CARVALHO, L. P. M. (Org.) O Exército na História do Brasil. Rio de Janeiro/ Salvador: Biblioteca do Exército Editora/ F. E. Odebrecht, 1998; JOFFILY, B. Atlas histórico Brasil 500 anos. São Paulo: Editora Três, Adaptado. PARAGUAI ARGENTINA Território do Contestado PARANÁ União da Vitória RIO GRANDE DO SUL Reduto (povoações) dos revoltosos SÃO PAULO Três Barras Caçador Curitibanos SANTA CATARINA Curitiba Sede da Lumber (Três Barras-SC) Ferrovia São Paulo-Porto Alegre (Brazil Railway) Faixa de 30 km de largura, cedida pelo governo à Brazil Railway Florianópolis OCEANO ATLÂNTICO 0 N km 80 Os caboclos revoltados estabeleciam-se em povoações que eles chamavam de redutos (o maior deles, denominado Santa Maria, chegou a ter 6 mil habitantes). Observando o mapa os limites dos estados são os atuais verifica-se, pela localização dos redutos, que o conflito abrangeu pouco menos de metade da área do Contestado, concentrando-se em terras que hoje pertencem à Santa Catarina. 276
13 As primeiras expedições militares enviadas contra os revoltosos foram completamente derrotadas. Em 1914, porém, sob o comando do general Setembrino de Carvalho, organizou-se uma poderosa força, formada por 7 mil soldados do Exército e que possuía até aviões. Após dois anos de luta, derrotaram os rebeldes, estabelecendo-se no Contestado uma terrível repressão: degolamentos, chacina de civis indefesos, fuzilamentos, assassinatos, perseguições, etc. O número exato de mortos jamais foi levantado, mas pode ter se aproximado de 20 mil. De qualquer modo, sob o ponto de vista das autoridades, estava tudo resolvido. Não havia mais rebeldes, a fronteira entre Paraná e Santa Catarina foi fixada e a Lumber Company pôde extrair e exportar tranquilamente a madeira da região. Acervo Iconographia Tropas de ocupação na região do Contestado. Encerrada a guerra e já dizimados os revoltosos que foram sempre considerados pelas autoridades como fanáticos e bandidos, o governo federal determinou a permanência de tropas de ocupação, tanto do Exército como da Polícia Militar paranaense e catarinense. Essas tropas participaram da terrível repressão que se estendeu até o início de Os efeitos da Primeira Guerra Mundial A guerra de 1914 a 1918 afetou de várias maneiras a economia brasileira. Entre os efeitos negativos, destacaram-se: aumento do custo de vida, desemprego, baixa dos salários reais. Tanto que, em 1917, ocorreram greves operárias em quase todos os estados brasileiros, mas principalmente em São Paulo, onde uma greve geral, que durou mais de uma semana e terminou a cacetadas, foi reprimida pela cavalaria da Força Pública paulista, como então se chamava a Polícia Militar. A Greve de 1917 é geralmente considerada como o marco inicial do movimento operário brasileiro. Mas é claro que este não surgiu naquele ano, do dia para a noite. Desde o início do século, o operariado vinha tentando se organizar. A forte presença de trabalhadores estrangeiros principalmente imigrantes italianos fez com que o nascente movimento operário brasileiro sofresse a influência de doutrinas políticas europeias, particularmente do anarquismo, que entre outras coisas pregava: o repúdio a qualquer forma de poder ou autoridade estabelecida (Estado, Igreja, partidos, patronato); negação da propriedade privada; economia baseada na autogestão; ação direta dos trabalhadores por meio de greves. As principais reivindicações dos trabalhadores eram o aumento salarial e a redução da jornada de trabalho para oito horas. Em 1906, operárias paulistas lançaram um manifesto que merece meditação: É necessário que recusemos trabalhar também de noite, porque isso é vergonhoso e desumano. [ ] Como se pode estudar ou simplesmente ler um livro, quando se vai para o trabalho às 7 da manhã e se volta para casa às 11 da noite?. No entanto, a guerra de 1914 a 1918 teve também efeitos positivos para o Brasil: o mais importante foi a ocorrência de um surto industrial. As operações militares na Europa e a guerra submarina no Atlântico reduziram bastante a importação brasileira, dando aos industriais a oportunidade de produzir no próprio País uma série de produtos antes importados. A partir daí, embora a indústria ainda fosse um setor secundário de nossa economia, já era suficientemente importante para não ser mais ignorada pelo governo, como acontecia até então. 277
14 Acervo Iconographia Em 1917, simultaneamente às greves já citadas, o Brasil declarou guerra à Alemanha, enviando à Europa uma divisão naval com oito navios de guerra e um corpo de saúde. Bahia, cruzador moderníssimo, capitânia da divisão naval enviada pelo Brasil à Europa. Foi incorporado à Marinha brasileira em 1910 pelo programa de modernização da esquadra. A Missão Médica brasileira despedindo-se de Wenceslau Brás ao partir para a França em agosto de Formada por 155 pessoas, incluindo o pessoal de apoio, a Missão, que deveria trabalhar em Paris, atendendo aos feridos evacuados da frente de combate, acabou sendo enviada ao interior do país para ajudar a combater a devastadora epidemia de gripe que assolava a França. Essa epidemia a gripe espanhola originada nos campos de batalha, causou milhões de vítimas pelo mundo afora e, no Brasil, matou dezenas de milhares de pessoas entre outubro e dezembro de A sucessão presidencial A sucessão de Wenceslau Brás obedeceu ao esquema da política do café com leite, escolhendo-se como candidato a presidente o paulista Rodrigues Alves (o único político da República Velha eleito duas vezes para a Presidência da República) e a vice, o mineiro Delfim Moreira. Feita a eleição, a chapa oficial obteve, como sempre, uma vitória tranquila. No entanto, Rodrigues Alves, atingido pela gripe espanhola, morreu sem tomar posse. Em seu lugar assumiu o vice-presidente, que governou de novembro de 1918 a julho de 1919, tempo que se levou para escolher, eleger e empossar um novo presidente que concluísse o quadriênio de Rodrigues Alves. 1. (Enem) H-15 A serraria construía ramais ferroviários que adentravam as grandes matas, onde grandes locomotivas H-18 com guindastes e correntes gigantescas de mais de H metros arrastavam, para as composições de trem, as toras que jaziam abatidas por equipes de trabalhadores que anteriormente passavam pelo local. Quando o guindaste arrastava as grandes toras em direção à composição de trem, os ervais nativos que existiam em meio às matas eram destruídos por este deslocamento. MACHADO, Paulo Pinheiro. Lideranças do Contestado. Campinas: Unicamp, Adaptado. No início do século XX, uma série de empreendimentos capitalistas chegou à região do meio-oeste de Santa Catarina ferrovias, serrarias e projetos de colonização. Os impactos sociais gerados por esse processo estão na origem da chamada Guerra do Contestado. Entre tais impactos, encontrava-se: a) a absorção dos trabalhadores rurais como trabalhadores da serraria, resultando em um processo de êxodo rural. b) o desemprego gerado pela introdução das novas máquinas, que diminuíam a necessidade de mão de obra. c) a desorganização da economia tradicional, que sustentava os posseiros e os trabalhadores rurais da região. d) a diminuição do poder dos grandes coronéis da região, que passavam a disputar o poder político com os novos agentes. e) o crescimento dos conflitos entre os operários empregados nesses empreendimentos e os seus proprietários, ligados ao capital internacional. 2. Nas afirmativas seguintes, assinale verdadeiro (V) ou falso (F). ( V ) A Campanha Civilista, comandada por Rui Barbosa, ocasionou uma cisão entre as oligarquias. ( F ) Embora se acentuasse durante o governo de Hermes da Fonseca, a política das salvações já se verificava desde o início do período republicano. ( V ) A Revolta da Chibata, ocorrida no Rio de Janeiro, envolvendo a Marinha brasileira, foi a primeira conturbação política do governo Hermes de Fonseca. ( V ) Além das causas religiosas, contribuíram também para a revolta do Contestado a ação de companhias estrangeiras e as manobras políticas de autoridades catarinenses e paranaenses. ( F ) A greve geral de 1917, apesar de não contar com o apoio dos anarquistas, confirmou o elevado grau de organização do movimento operário brasileiro no começo do século XX. 278
15 TAREFA MÍNIMA Caderno de Exercícios Faça os exercícios 1 a 5. TAREFA COMPLEMENTAR Leia o texto da aula. Tenha um cuidado especial com os itens sobre a política das salvações e os efeitos da Primeira Guerra Mundial. Caderno de Exercícios Faça os exercícios 6 a 10. A REPÚBLICA VELHA ( ): DECLÍNIO E QUEDA DAS OLIGARQUIAS ( ) 1 O enfraquecimento do sistema político oligárquico As transformações socioeconômicas ocorridas ao longo da República Velha acabaram criando uma situação que pode ser assim resumida: enquanto a economia e a sociedade brasileiras transformavam-se, o sistema de governo permanecia imutável, incapaz de acompanhar as mudanças ocorridas no País. Para quaisquer problemas, sociais ou políticos, a resposta das oligarquias era sempre a mesma: violência. Aliás, a esse respeito, é emblemática a frase de Washington Luís, presidente da República entre 1926 e 1930: A questão social é caso de polícia. Com essa mentalidade, o governo oligárquico foi fazendo inimigos em praticamente todos os grupos sociais e isolando-se cada vez mais até encontrar-se sozinho. Quando estourou a Revolução de 1930, ninguém ficou do lado do governo. Essa incapacidade em se adaptar aos novos tempos foi a causa principal do crescimento da oposição ao regime. Vamos agora examinar como se realizou essa oposição, estudando os dois principais movimentos oposicionistas da década de 1920: o Tenentismo e a dissidência oligárquica. O movimento tenentista O Tenentismo foi um movimento surgido no Exército, entre oficiais jovens e portanto de baixa patente durante a década de Inicialmente, os tenentistas protestavam apenas contra a desorganização e o abandono em que se encontrava o Exército. Com o passar do tempo, porém, perceberam que o problema não era apenas militar, mas político. Começaram então a pressionar o governo para que realizasse uma série de reformas políticas e sociais. Como o governo nada fez, os tenentes voltaram-se frontalmente contra ele, tentando derrubá-lo por meio de revoltas militares. No entanto, o Tenentismo esbarrou em uma série de limitações. Foi apenas um movimento, não um partido político; não teve liderança organizada nem ideologia definida; seu programa de ação era superficial, baseado na adoção do voto secreto e na colocação de homens honestos no governo; a maioria dos militares tenentistas acreditava pouco ou nada na democracia política e eles se julgavam verdadeiros salvadores da pátria ideal bem adequado ao sentimento de salvação nacional que caracterizava os militares. Além disso, os tenentistas representaram sempre uma facção pequena da oficialidade, e as revoltas que promoveram não foram feitas pelo Exército, mas apesar do Exército. Mesmo assim, o movimento tenentista contribuiu significativamente para a derrubada das oligarquias, pelas inúmeras revoltas que promoveu contra o governo, pela agitação que provocou entre a classe média e por ter dado ao movimento oposicionista um importante componente militar. Quanto à liderança, os chefes tenentistas mais importantes foram o major Miguel Costa, o capitão Luiz Carlos Prestes e os tenentes Siqueira Campos, Juarez Távora, Eduardo Gomes e Cordeiro de Farias. 279
16 A pressão tenentista O primeiro levante armado tenentista foi a Revolta do Forte de Copacabana (Os 18 do Forte, no Rio de Janeiro), em 1922, tentando impedir a posse de Artur Bernardes na Presidência da República. Derrotados, voltaram à carga em 1924, conseguindo dominar a cidade de São Paulo por duas semanas. Cercados pelas tropas governistas, formaram a Coluna Paulista, com 6 mil homens, comandada pelo general Isidoro Dias Lopes e pelo major Miguel Costa. Sempre combatendo, os revoltosos se retiraram até a região de Foz do Iguaçu, no Paraná, onde, no ano seguinte, organizaram o mais famoso movimento tenentista: a Coluna Prestes. Liderada por Miguel Costa e pelo capitão Luiz Carlos Prestes, a Coluna percorreu 25 mil quilômetros a pé pelo interior do Brasil. E, embora perseguida pelo Exército, por polícias militares de 11 estados, por bandos de cangaceiros armados pelo governo e por tropas organizadas pelos coronéis sertanejos, a Coluna Prestes jamais foi vencida. Desses perseguidores, os mais persistentes foram as tropas coronelísticas. Aparentemente os coronéis perceberam, melhor que ninguém, a ameaça que o Tenentismo representava para o sistema oligárquico. O Exército foi usado com certa cautela, pois as autoridades temiam o contágio das ideias tenentistas. O mapa a seguir, com a divisão estadual da época, mostra o percurso da Coluna Paulista e da Coluna Prestes. Formação e marcha da Coluna Prestes VENEZUELA COLÔMBIA GUIANAS OCEANO ATLÂNTICO Fonte: CARVALHO, L. P. M. (Org.) O Exército na História do Brasil. Rio de Janeiro/ Salvador: Biblioteca do Exército Editora/ F. E. Odebrecht, Adaptado. PERU OCEANO PACÍFICO AC CHILE AM BOLÍVIA Coluna Paulista Coluna Rio-Grandense Coluna Prestes Rota de ida Rota de volta ARGENTINA PARAGUAI MT URUGUAI PA RS PR SC Abril de 1925: início da marcha no Paraná Fevereiro de 1927: refúgio na Bolívia GO SP MA MG PI BA RJ ES CE OCEANO ATLÂNTICO RN PB PE AL SE 0 N km
17 As oligarquias dissidentes Você deve lembrar-se (estudamos isso na Aula 63) de que Campos Sales, ao estabelecer a política dos governadores e a política do café com leite, entregou o governo de cada estado a uma oligarquia e o controle do governo federal às oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Com isso, tanto a política federal como a estadual, tremendamente agitadas, sofreram uma relativa pacificação. Mas, conforme foi terminando a década de 1920, a situação complicou-se, ficando cada vez mais difícil a acomodação entre as diversas facções oligárquicas. Nos estados, apesar do autoritarismo e da violência dos governadores, as oposições elas mesmas oligárquicas começavam a se manifestar e até a formar partidos políticos. O melhor exemplo é o Partido Democrático (PD), fundado em São Paulo, em Entravam em ação as oligarquias dissidentes, muitas vezes aliadas a outras classes sociais. Entre 1926 e 1928, os dissidentes formaram partidos de oposição em diversos estados. Passando a atuar em nível nacional, as oligarquias dissidentes tiveram um grande fortalecimento, representando, a partir daquele momento, uma séria ameaça ao sistema político da República Velha. Acervo Iconographia bancos norte-americanos, marcando o início da transformação dos Estados Unidos em nosso principal parceiro comercial e financeiro, suplantando a Inglaterra. Na área político-militar, acumularam-se os sinais de novos tempos, ou seja, do declínio do sistema político oligárquico. Em 1922, ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo a Semana de Arte Moderna, promovida por jovens intelectuais modernistas, em sua maioria pertencentes à pequena burguesia. Embora tenha durado apenas três dias, a Semana sacudiu a velha cultura. Outro sintoma dos novos tempos foi a fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), em 1922, marcando uma nova etapa na história da esquerda brasileira. A sucessão presidencial Catálogo da exposição da Semana de Arte Moderna. A maior parte dos brasileiros sequer ficou sabendo que a Semana tinha acontecido. Mesmo assim, a exposição modernista foi um acontecimento importante, mostrando que, na pequena parcela da população que determinava os rumos da política nacional, novos grupos e novas ideias estavam surgindo. Propaganda eleitoral do Partido Democrático, com crítica ao voto de cabresto. A mensagem destinava-se a lembrar aos eleitores que o PD condenava o sistema eleitoral vigente e defendia a adoção do voto secreto. 2 Os anos de 1920: capítulo final da República Oligárquica A presidência de Epitácio Pessoa ( ) Epitácio Pessoa foi eleito para completar o mandato de Rodrigues Alves, que morrera sem tomar posse. Em termos econômicos, o destaque desse período foi a obtenção de um grande empréstimo externo, feito por São Paulo e Minas Gerais indicaram o mineiro Artur Bernardes como candidato às eleições presidenciais de março de Os estados intermediários (Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro), formando a Reação Republicana, indicaram Nilo Peçanha como candidato da oposição. Episódios violentos pontilharam a campanha eleitoral, principalmente depois que a imprensa publicou uma série de cartas, atribuídas a Bernardes, que continham referências ofensivas aos militares, em geral, e ao Exército em particular. Foi o chamado episódio das cartas falsas, que aguçou a tal ponto a oposição dos tenentistas, que o Clube Militar protestou contra Epitácio e Bernardes. Apesar disso, Artur Bernardes foi eleito; afinal, como costumava acontecer no Brasil, o governo ganhava as eleições sempre, de uma maneira ou de outra. Ocorreu então, no Rio de Janeiro, em julho de 1922, a primeira ação militar tenentista: a revolta da fortaleza de Copacabana Revolta dos 18 do Forte, esmagada pelo governo em poucas horas. 281
18 Embora fracassada, a Revolta do Forte de Copacabana deu ao Tenentismo uma publicidade e uma popularidade de fundamental importância para a continuação da luta contra o regime oligárquico. Acervo Iconographia A Revolta do Forte de Copacabana marcou o início da ação militar dos tenentistas. Esta foto, bastante conhecida, mostra os 18 do Forte que na realidade eram 19 (18 militares e um civil que se uniu ao grupo) avançando pela avenida Atlântica. Dos cinco revoltosos que aparecem na primeira fila, apenas o último da esquerda sobreviveu. Trata-se do tenente Eduardo Gomes, que, mais tarde, chegou a brigadeiro e teve importante atuação político-militar nas décadas de 1950 e A presidência de Artur Bernardes ( ) O governo de Artur Bernardes foi provavelmente o mais agitado de toda a República Velha. De um lado, os tenentistas e dissidentes constantemente revoltando-se; do outro, o governo executando uma repressão política e policial violenta e generalizada. O mandato presidencial durou 48 meses, 44 deles sob estado de sítio. O estado de sítio suspende as garantias e liberdades constitucionais, dando amplos poderes ao governo. Pela Constituição de 1891, o estado de sítio era decretado pelo Congresso Nacional, por iniciativa dos congressistas ou atendendo pedido do presidente da República. Como Bernardes tinha ampla maioria no Congresso, pediu e obteve esses poderes excepcinais durante quase todo seu governo. Por falar no domínio de Bernardes sobre a Câmara e o Senado, dê uma olhada na charge da questão 10, Aula 66, no Caderno de Exercícios Além disso, elaborou-se uma reforma da Constituição, ampliando os poderes do governo, de modo a facilitar a intervenção federal nos estados. Também foi aprovada uma Lei de Imprensa, determinando que os jornais fossem mantidos sob severa censura. Durante o governo de Bernardes, ocorreram os dois maiores movimentos armados tenentistas: a Revolta Paulista de 1924 e a Coluna Prestes ( ). Acervo Iconographia O alto-comando da Coluna Prestes, em Porto Nacional, interior de Goiás (hoje Tocantins), em Entre os que aparecem sentados, estão militares que, em diversos momentos das quatro décadas seguintes, tiveram ativa participação em importantes acontecimentos da História brasileira, num espectro político que ia da extrema esquerda à extrema direita: Miguel Costa (1), Luiz Carlos Prestes (2), Juarez Távora (3), Siqueira Campos (4) e Cordeiro de Farias (5). A presidência de Washington Luís ( ) Empossado em 15 de novembro de 1926, Washington Luís, logo nos primeiros meses de seu governo, deixou claras duas tendências contraditórias na área política: a de repressão e a de apaziguamento. Demonstrou a primeira dessas tendências ao recusar-se a aprovar uma anistia política; como consequência, entre abril de 1927 e maio de 1929, grande número de processos foram movidos contra ex-revoltosos. Simultaneamente, iniciava-se uma tática repressiva que fez longa carreira no Brasil: o anticomunismo. Em 1927 foi aprovado um projeto de Aníbal Toledo, apelidado de Lei Celerada: a pretexto da luta contra o comunismo, a nova lei restringia a liberdade de pensamento e expressão. 282
19 Ernesto Regiran/Pulsar Imagens No Brasil e de modo geral em toda a América Latina existiu, durante quase todo o século XX, uma verdadeira indústria do anticomunismo, usada pelos grupos conservadores para se manter no poder. O esquema era muito simples: todos aqueles que pusessem em risco o domínio das elites eram genericamente tachados de comunistas e, como tais, perseguidos e, normalmente, eliminados. Ao mesmo tempo em que mantinha a repressão, o governo adotava medidas apaziguadoras: libertação dos presos políticos; extinção do presídio político da ilha de Trindade e dos campos de concentração de Clevelândia (Paraná) e do Oiapoque (Amapá). Além disso, atenuou a censura à imprensa e, em março de 1927, suspendeu o estado de sítio. Assim, Washington Luís tentava um velho jogo político: de um lado, a concessão de algumas medidas liberais e, de outro, a continuação do esquema repressivo, embora atenuado ou, se quiserem, mais discreto. Como resultado, cresceu o descontentamento contra o governo. A beleza selvagem da ilha de Trindade faria as delícias de um editor de fôlderes turísticos. O governo Bernardes, porém, não havia se interessado pela beleza, mas, sim, pelo selvagem e instalara na ilha um dos vários campos de concentração para onde eram enviados os inimigos do regime. O presídio de Trindade foi um dos que Washington Luís extinguiu. Os anos finais da República Oligárquica Durante o governo de Washington Luís, o regime oligárquico sofreu dois abalos irremediáveis: um de caráter econômico e outro de caráter político. O choque econômico começou quando, em outubro de 1929, a quebra da Bolsa de Nova York desencadeou a crise de Iniciada nos Estados Unidos, a crise espalhou-se pelo mundo como fogo na palha. O preço do café desabou; as vendas paralisaram-se e os banqueiros estrangeiros pediram de volta empréstimos feitos ao Brasil. Quanto ao abalo político, foi ocasionado pela sucessão presidencial. Como Washington Luís era paulista, de acordo com a política do café com leite seu sucessor deveria ser um político mineiro. Por isso, desde 1928, o governador de Minas Gerais, Antônio Carlos de Andrada, já tinha como líquido e certo que ele seria o próximo presidente da República. Porém, Washington Luís rompeu a política tradicional, indicando como candidato oficial, em 1929, o governador de São Paulo, Júlio Prestes. Diante disso, as oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, em agosto de 1929, fundaram a Aliança Liberal, que apresentou uma chapa de oposição às eleições presidenciais: Getúlio Vargas, governador do Rio Grande do Sul, era o candidato a presidente; João Pessoa, governador da Paraíba, era o candidato a vice. Em março de 1930, foi realizada a eleição e, como sempre acontecia naquela época, o candidato oficial, Júlio Prestes, ganhou. Ganhou mas não levou. Primeiro, porque Washington Luís cometeu o erro de iniciar perseguições pós-eleitorais contra os vencidos, degolando sistematicamente os deputados e senadores mineiros e paraibanos ligados a Antônio Carlos e João Pessoa. Colocadas contra a parede, as oligarquias desses estados começaram a pensar em uma revolta armada. Segundo, as classes médias urbanas e os tenentistas passaram a constituir um elemento de pressão a favor de uma solução por meio da força das armas. No entanto, a declaração de Luiz Carlos Prestes aderindo ao comunismo e colocando-se contra a aliança entre os tenentistas e as oligarquias dissidentes bem como a posição extremamente cautelosa de Vargas e Antônio Carlos, fizeram esfriar um pouco o impulso revolucionário. Nesse ambiente, ocorreu o assassinato de João Pessoa em julho de Embora questões pessoais e da política interna da Paraíba tenham sido a causa do crime, sua repercussão em meio à opinião pública nacional foi enorme, atribuindo-se a culpa ao governo federal. Depois disso seria impossível os aliancistas conviverem com o governo de Júlio Prestes: começaram então a preparar uma revolta em grande escala. Não havia mais segredo: o governo e o povo, já informados e até saturados de um boato que não se concretizava, começavam a duvidar de que a revolta ocorresse. Mas ela ocorreu e foi fulminante. Iniciada por Getúlio Vargas a 3 de outubro, em Porto Alegre, em 20 dias os revolucionários já controlavam quase todo o País. Percebendo a impossibilidade de resistir, os ministros militares depuseram Washington Luís e formaram uma Junta Militar. A Junta ainda teve pretensões de permanecer no poder, mas em vão, pois foi obrigada a entregá-lo a Vargas, que chegou 283
20 ao Rio de Janeiro em 31 de outubro e, em 3 de novembro, tomou posse como presidente provisório do Brasil. Terminava vitoriosamente a Revolução de O domínio absoluto das oligarquias era coisa do passado. Encerrava-se a República Velha. Multidão aplaudindo Getúlio quando as tropas revolucionárias passaram por São Paulo. A festiva recepção que Vargas recebeu em São Paulo mostra bem que o sistema oligárquico já tinha poucos simpatizantes, mesmo no estado mais beneficiado pelos mecanismos políticos da República Velha. Acervo Iconographia 1. (Enem) H-11 São Paulo, 18 de agosto de H-23 Carlos [Drummond de Andrade], Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas-João Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. [...]. Eu... eu contemplo numa torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto. Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos [...], com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável. Mário [de Andrade] LEMOS, Renato. Bem traçadas linhas: a História do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, p Acerca da crise política ocorrida em fins da Primeira República, a carta do paulista Mário de Andrade ao mineiro Carlos Drummond de Andrade revela: a) a simpatia de Drummond pela candidatura Vargas e o desencanto de Mário de Andrade com as composições políticas sustentadas por Vargas. b) a veneração de Drummond e Mário de Andrade ao gaúcho Getúlio Vargas, que se aliou à oligarquia cafeeira de São Paulo. c) a concordância entre Mário de Andrade e Drummond quanto ao caráter inovador de Vargas, que fez uma ampla aliança para derrotar a oligarquia mineira. d) a discordância entre Mário de Andrade e Drummond sobre a importância da aliança entre Vargas e o paulista Júlio Prestes nas eleições presidenciais. e) o otimismo de Mário de Andrade em relação a Getúlio Vargas, que se recusara a fazer alianças políticas para vencer as eleições. 2. (FGV-SP) A década de 1920 foi marcada por uma intensa movimentação político-cultural com desdobramentos decisivos para a História brasileira. Diversos são os exemplos dessa movimentação, EXCETO: a) a chamada reação republicana, que aglutinou representantes das oligarquias do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Pernambuco e do Rio de Janeiro e lançou Nilo Peçanha candidato à presidência em b) o chamado Tenentismo, que reuniu militares nacionalistas e reformistas aglutinados na Coluna Prestes- -Miguel Costa e que percorreu grande parte do território brasileiro até c) a fundação do Partido Comunista do Brasil em 1922 por militantes oriundos do anarquismo, entusiasmados com as notícias sobre o sucesso da Revolução Bolchevique na Rússia. d) o movimento modernista que teve na Semana de Arte Moderna de 1922 um dos principais momentos da expressão da chamada antropofagia cultural que o caracterizava. e) a ampliação do eleitorado brasileiro com a concessão do direito de voto às mulheres e aos analfabetos, o que permitiu a emergência de líderes carismáticos nos principais centros urbanos. TAREFA MÍNIMA Caderno de Exercícios Faça os exercícios 1 a 6. TAREFA COMPLEMENTAR Leia o texto da aula. Caderno de Exercícios Faça os exercícios 7 a
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