Experiencia de AD no combate a mosca de Fruta
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- Maria de Lourdes Lídia Candal Brezinski
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1 AD ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO Experiencia de AD no combate a mosca de Fruta Iemberem, Novembro de 2009 Eugenio Mango Director do PAN/AD
2 CONTEXTO NACIONAL DE COMBATE A MOSCA DA FRUTA Até este momento não existe uma estratégia nacional de luta contra a mosca de fruta, os serviços de protecção vegetal são inoperantes no que diz respeito à identificação da praga e seu combate. Os serviços de pesquisa e vulgarização agrícola que deveriam ser a ponta de lança no alerta à presença da mosca da fruta e os seus impactos e na procura de soluções adaptáveis ao país também não funcionam adequadamente Perante esta situação, para além do trabalho que AD tem vindo a fazer na sua zona de intervenção, neste domínio, com meios limitados, os fruticultores carecem de informação e de conhecimentos sobre as moscas e o seu combate.
3 DANOS ECOMINICOS CAUSADOS PELA MOSCA DA FRUTA Os danos económicos mais consideráveis, verificam-se na manga e nos citrinos causados pela mosca da fruta (Diptera tephritidae) A propagação de Bactrocera invadens na Guiné-Bissau, teve inicio em 2004, provavelmente oriundo de Sri Lanka está a pôr em causa a produção de manga e citrinos e o seu sucesso comercial e agravar as condições sócio-economicas dos fruticultores provocando a desistência dos camponeses a investir nesse sector, alguns fruticultores chegam a perder a totalidade das suas produções de maga, esta espécie é resistente a pesticidas tradicionais e facilmente se adapta as diferentes condições agro ecológicas Fonte AD: danos causados pela mosca da fruta
4 Segundo a IITA (no Benin), esta espécie de mosca de fruta entrou na Africa Ocidental, em 2004, oriundo de Sri Lanka as moscas da fruta são classificadas como insectos de quarentena. Qualquer remessa de fruta exportada para a Europa e que contenha apenas uma única fruta infestada, corre o risco de todo o lote ser rejeitado e destruído pelas entidades fitossanitárias europeias Fonte AD: danos causados pela mosca da fruta
5 DANOS
6 ESTRAGO
7 FOCO DE CONTAGIO
8 PERDA DA PRODUÇÃO
9 DESESPERO DO FRUTICULTOR
10 OLHAR PEDIDO DE AJUDA
11 Principais espécie de moscas de frutas que atacam fruteiras na Guiné-Bissau As 6 espécies de diptera Tephritidae que atacam a manga e citrinos, as duas espécies mais vulgares na nossa sub-região de África Ocidental e particularmente no nosso país e consideradas como mais prejudiciais são a Bactrocera invadens e a Ceratitis cosyra. Ainda as outras três espécies de Ceratitis (Capitata, Fasciventris e Sylvestrii) também provoquem danos económicos significantes. Fonte IITA:Bactrocera invadens Fonte IITA:Ceratitis cosyra
12 Período de ataque de mosca de fruta No período entre os meses de Abril e até aos meados de Junho, ataque de mosca de fruta é fraco e nalgumas propriedades agrícolas é quase nula, por esta razão, as variedades precoces, tais como, Tommy atkins e Zill escapam de ataque de mosca de fruta. A partir de meados de Junho começa a aumentar a intensidade de ataque, atingindo a maioria de variedades de meia estação. As variedades tardias são mais atacas, por exemplo o Keitt. Fonte AD: frutos atacados pela mosca da fruta
13 O ciclo de vida de maior parte de Tephritidae é simila e dura a volta de 40 a 60 dias, pode ser dividido em quatro fases: 1. A primeira fase dura entre 2 a 3 dias, as fêmeas implantam os seus ovos nos frutos jovens da planta hospedeira, que são atractivas quando atingem a maturação. 2. A segunda fase, dura entre 5 a 10 dias, dependendo das condições de temperatura e da humidade, as larvas ou lagartas desenvolvem-se na polpa da fruta, cavando galerias (que constituem uma porta aberta para as infecções secundarias quando as larvas emergem do fruto). O crescimento das larvas acelera a maturação da fruta, que se desprende e cai no chão. 3. A terceira fase dura entre 9 a 12 dias, As larvas saiem da fruta e as pupas desenvolvem-se na parte superior (nos primeiros 20 centímetros) do solo. 4. Na quarta fase, o Insecto adulto, depois da emergência, começa logo a procurar alimentos de que necessita para a atingir a maturidade sexual, acasala-se e pôs ovos. Ciclo de vida de mosca de fruta Fonte CTA: Ciclo de vida de mosca da fruta
14 PAPEL DE AD NO COMBATE A MOSCA DA FRUTA NA GUINÉ-BISSAU No domínio da horto-fruticultura, a AD trabalha com mais de mulheres horticultoras e fruticultores. Alguns organizam-se em Associações e outros trabalham individualmente com apoio familiar. Estes fruticultores e horticultoras, beneficiam de apoio e acompanhamento técnico de AD nos seguintes aspectos:
15 Assistência técnica, através de cursos de capacitação nos seguintes domínios: Instalação e condução do viveiro e do pomar frutícola (nos aspectos ligados a escolha de terreno e o alinhamento e espaçamento das plantas), Técnicas culturais (identificação das espécies e da variedades culturais, enxertia, poda, fertilização, rega, etc.); Técnicas adequadas de colheita e transformação e conservação frutos e legumes; Organização de circuitos de comercialização de frutas e legumes para os mercados locais, nacionais, subregionais (Ziguinchor, Dakar, Banjul e Praia) e internacional (Lisboa),
16 Visitas de estudo e intercambio Fruticultores e Horticultores, provenientes de diferentes famílias e Associações de base, reforçam ainda os seus conhecimentos nos domínios horto-frutícola, através de visitas de estudo e intercambio que são realizados a nível da nossa sub-região, particularmente no Senegal, em parceria com ONG s locais e as instituições publicas (APRAN, DPN, ANCAR, CARE) e também com a IITA (Benin). Fonte AD: Visita de intercambio ao Senegal
17 Programas Radiofónicos e Televisivos Também através de Programas Radiofónicos e Televisivos da vulgarização agrícola semanais, utilizando as rádios e as televisões comunitárias, reforça ainda mais os conhecimentos nos domínios horto-frutícola dos camponeses enquadrados pela AD, utilizando os seis seguintes tipos de formatos de programas Radiofónicos e Televisivos: Fonte AD: Rádio Comunitária Dajalicunda
18 Tipos de formatos de programas Radiofónicos e Televisivos 1. PERGUNTA RESPOSTA 2. ENTREVISTAS 3. PEQUENOS SPOTS 4. TEATRO RADIOFÓNICO 5. TEMAS TÉCNICOS 6. DEBATES RADIOFONICOS 7. NOTICIÁRIOS e INFORMAÇÕES
19 SEMENTES E MATERIAL VEGETAL Fornecimento de material vegetal certificados vinda dos países vizinhos (Keitt, Kent, Tommy atking, Palmer, Zill, etc), e sementes hortícolas hídricos importados (cebola, tomate, cenoura, alface, pimenta, repolho, etc),
20 MATERIAS E EQUIPAMENTOS AGRICOLA Aquisição de pequenos materiais agrícolas, tais como: enxada, catana, ancinhos, carinho de mão e pá, ainda recebem tesouras de poda, canivetes de enxertia, serrotes e sacos de polietileno, vedação de campos hortícolas e poço de água.
21 METODOS DE COMBATE A MOSCA DA FRUTA Luta agronómica: utilização de técnicas culturais através de escolha de variedades precoces e resistentes (casca dura) e controle de planta hospedeiras, Luta Profilática: promovendo a limpeza do pomar, recolha de frutos picados e caídos no chão e posteriormente queimados, ou enterrados a 100 cm de profundidade e evitar a comercialização de frutos picados; Luta Integral: para alem da utilização simultânea de lutas agronómicas e profiláticas, ainda é conjugada com a colocação de armadilhas com atractivo sexual (methyl eugenol) e insecticida (malatião).
22 colocação de armadilhas com atractivo sexual (methyl eugenol) e insecticida (malatião). A técnica de colocação de armadilha, consiste em colocar, um mês antes do início da maturação de variedades precoces (Abril), as armadilhas com paraferomonas. Os fruticultores construem as suas próprias armadilhas, utilizando material local (garrafas vazias de água de 1,5 litros, fio de ferro, faca, tinta amarelo, pincel, filtro de cigarro ainda não utilizado e linha), como atractivo utilizam méthyl eugénol e como insecticida utilizam malatião. Fonte AD: Inicio de construção de armadilhas Fonte AD: construção de armadilhas
23 Utilizando 10 armadilhas por hectare, com aumento da população de mosca da fruta chega atingir 20 armadilhas por hectare. O atractivo e a insecticida é reposta de 15 em 15 dias mas no período de chuvas intensas e maior número da população de mosca da fruta a periodicidade da reposição diminui, chega a variar de 10 em dez dias. Fonte AD: construção de armadilhas Fonte AD: Colocação de armadilhas
24 Alguns fruticultores mais avançados, já estão a utilizar malatrap que é uma substância que contém atractivo e a insecticida simultaneamente. Fonte AD: Controle de armadilhas Fonte AD: renovação de pesticidas na armadilhas
25 Perspectivas futuras O Estado de combate a mosca de fruta na Guiné-Bissau, esta muito atrasado em relação aos outros países de África ocidental e ainda há muita coisa para fazer, entre os quais: Sensibilizar o Ministério da Agricultura sobretudo o Departamento de Protecção Vegetal da Guiné-Bissau para que integre nessa dinâmica de luta contra a mosca de fruta; Criar um programa nacional sobre a mosca de frutas liderado pelo Ministério de Agricultura; Reforçar a sensibilização da população na luta contra a mosca de frutas através de rádios e televisão comunitária;
26 Disponibilizar um fundo para o efeito da mosca (visita, formação, fabrico de armadilhas, deslocações nas regiões para detecção do mal etc ); Ter uma politica harmonizada da luta da mosca de Fruta na Sub-Região Troca de experiências entre produtores por fileira (mango, Citrinos, Hortaliças, etc) Vulgarização de boas pratica pelas rádios e televisão comunitária; Organização de jornadas nacionais ou regional sobre a reflexão a mosca da fruta. Criar circuito de formação no fabrico de armadilhas e manipulação de pesticidas e equipamentos de tratamento (Pulverizadores/atomizadores etc) Reforçar as capacidades dos produtores em termo de conhecimento (formação) e meios de intervenção (armadilhas pesticidas e equipamento).
27 Obrigado pela atenção! Eugenio Mango Director do PAN/AD C.P Bissau Telefone/Fax: ; Tlm: / eugenio.mango@gmail.com
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