I reflexão dós leitores.
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- Teresa Carvalhal Prado
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1 ARTIGO CONSIDERAÇÕES TÉCNIC~S SOBRE A LUTA (KUMITÊ) EM KARATE - ESPORTE Margareth dos Santos e ~ilva: José de Fátima Juvêncio I RESUMO I O karatê, como esporte, é disputado em provas de kata e kumitê. O kumitê é a luta, o combate propriamente dito. Neste artigo foi enfocada a parte técnica do combate esportivo, em que aspectos de distância, concentração e formas de se treinar o kumitê foram contemvlados., vara. I reflexão dós leitores. UNITERMOS: Karatê-esporte, kumitê, esportes de luta. O karatê-esporte, entendido como tal, e reconhecido até na instância do Comitê Olímpico Internacional, prevê dois tipos de competição: provas de kata' e provas de kumitê. Neste artigo, ao enfocar o aspecto da luta (o kumitê), limitou-se a observação e comentários sobre a técnica esportiva que envolve tal prática, sem, contudo, abordar outros aspectos, tais como: perfil psicológico, fisiologia, treinamento esportivo, etc. Em termos históricos, somente em meados de 1936, no Japão, o karatê iniciou métodos de treinamento corpo a corpo visando o kumitê competitiyo. Entre 1950 e 1951 desenvolveu-se a modalidade JIYU - KUMITE (podendo ser traduzida literalmente como luta de estilo livre). "Data de 1957 a realização do primeiro campeonato japonês de karatê,, promovido pela Associação Japonesa de Karatê (o NIHON KARATÊ-DO KYOKAI). Tais acontecimentos contribuíram para o aperfeiçoamento do karatê como competição" (SASAKI, 1978). Segundo LASSERE (1969), "para treinar o kumitê (o combate) são estudados os golpes e defesas de um certo número de katas. Com o passar do tempo o treinamento vai diminuindo os riscos, pois os katas ensinam a defesa. Isto é de extrema importância, já que as 'armas' do karatê (pés, punhos, mãos, joelhos e cotovelos) são eficazes quando treinadas rigorosamente. Por isso, lançar-se ao kumitê sem passar por um treinamento Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa. *I Professor do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Viçosa. I Para todos os termos tkcnicos neste artigo, veja descrição ao final deste. R. min. Educ. Fís., Viçosa, 4 (1): 37-44,
2 técnico é muito arriscado tanto para quem ataca como para quem defende, já que os movimentos são artificiais, construídos, montados." LUBES (1991) observa ainda que "o kumitê deve ser assumido com espírito de lealdade e respeito. Quer dizer, consentir que o companheiro de luta possa se expressar da melhor maneira possível. Trata-se de um comportamento de honestidade pessoal, em que nenhuma técnica deve atingir o alvo com a intenção de ferir o adversario. Assim sendo, deve-se ter o controle total sobre o alvo, pois a potência, a força, e o empenho imprimido constituem nada mais do que maneiras de se alcançar o nível técnico mais alto possível e, ao mesmo tempo, contribuir para que o outro chegue ao mesmo objetivo." O kumitê pode ser desenvolvido de várias maneiras e com diversas formas de treinamento, podendo ser conduzido entre dois ou mais praticantes, de acordo com as combinações de execução técnica que se pretende treinar e os objetivos propostos. JUSTIFICATIVA DO TEMA A seleção do tema "KUMITE para a elaboração deste artigo justifica-se pela sua fundamental importância dentro doaesporte karatê; ou seja, para se chegar ao kumitê esportivo (SHIAI KUMITE), é preciso passar por todas as fases de treinamento deste esporte, fechando então o ciclo dessa arte. O kumitê significa o ápice do karatê; não se quer dizer com isto que, ao ser alcançada a fase do combate, o praticante nada mais tenha a aprender. Pelo contrário, alcança-se o topo da sua estrutura hierárquica, mas nos planos técnico e filosófico sempre haverá mudanças a serem aprendidas e analisadas, que variam de mestre para mestre, mesmo porque " o ser homem é um ser que jamais esgota suas possibilidades de crescimento, nunca explora todas as potencialidades, nem alcança um estado definitivo de desenvolvimento." Por outro lado, é comum, nas áreas de Educação Física e Esportes, nas diversas publicações brasileiras, alusões a técnica, tática, treino e prática de alguns esportes (handebol, voleibol, futebol, natação, capoeira, atletismo, etc.), e pouco se vê sobre o karatê (aliás, são raros os artigos que tratam de lutas, em geral, em nosso país). Há alguns artigos nas áreas de biomecânica, fisiologia, aprendizagem motora e psicologia que enfocam as lutas orientais como estudo (judô, karatê e kendô, principalmente), porém pouco a respeito da técnica esportiva. Este artigo pretende contribuir para o preenchimento desta lacuna. Ainda, o kumitê é a parte do karatê que trata do combate, da aplicação prática do treinamento, da verificação das habilidades esportivas e técnicas treinadas no cotidiano deste esporte R. min. Educ. Fis., 4 (1): 37-44, 1996
3 LASSERE (1969) divide o kumitê em três graus de treinamento : 1". Tan - shi - ki kumitê = kumitê simples - trata-se do estudo de um ataque e da respectiva defesa, ou seja, são antecipadamente convencionados. Tori ataca e uke se defende; uke contra-ataca e tori cai ou se dá por eliminado (parado). 2". Fuku - shi - ki kumitê = kumitê duplo - sempre estudando o ataque e a defesa rigorosamente preestabelecidos. Tori ataca uke; uke se defende e contra-ataca; tori se defende e contra-ataca; uke cai ou fica parado. 3". Jiyu - kumitê = kumitê livre, ou kumitê de estilo livre - neste treinamento os ataques, as defesas e os contra-ataques não são decididos antecipadamente; são realizados no estilo de livre escolha dos praticantes. Pode tornar-se um kumitê perigoso se os praticantes não atentarem para as normas de segurança ou não tiverem o tempo suficiente de rática para tal. E bom lembrar que os golpes se detêm a poucos centímetros do alvo proposto nestes treinamentos e que somente após obter-se êxito na execução dos katas é que se pode passar gradualmente ao kumitê. Segundo o autor, são várias as combinações possíveis, bastando apenas estabelecê-las no tan-shi-ki kumitê e fuku-shi-ki kumitê, e posteriormente praticá-las no jiyu-kumitê. SASAKI (1978) estabelece que o kumitê é classificado, de acordo com seu objetivo, em: 1". Gohon - kumitê - em que o objetivo, a partir do treino corpo a corpo, é fortalecer as bases3, a potência do soco, a aprendizagem da distância ideal na execução do golpe, a firmeza no corpo e no espírito. A execução acontece da seguinte forma, estando os praticantes em duplas, em frente para o outro: tori estabelece a direção do soco (jodan, tiudan ou gedan) e o efetua em oi - zuki (soco direto), realizando uma seqüência de cinco repetições, fazendo uma pausa breve entre cada uma. O defensor, uke, se defende, também cinco vezes, recuando no último instante de cada soco. Na quinta defesa realiza o contra-ataque. 2". Kihon - ipon - kumitê - o atacante realiza um único golpe, comunicando ao parceiro antecipadamente o tipo e a direção deste. O defensor irá esperar o máximo possível (noção de tempo e distância) o golpe desferido e, simultaneamente, treina o reflexo e esquiva-se em um ângulo de 45", posicionando o corpo ao lado do atacante, dando ênfase a postura e potência, firmando a base. Posteriormente, nesta mesma sincronia, podem-se alterar os tipos e as direções dos golpes desferidos por tori, sempre avisando antes. 3". Jiyu - ipon - kumitê - o qual se assemelha ao kihon - ipon - kumitê, porém o atacante possui liberdade de movimentação e escolha do ângulo de ataque, impedindo ou destruindo a defesa de uke. O defensor corresponde 9 Nos torneios e nas competições oficiais convencionou-se uma medida de 0,lO m para esta distância. Bases. em karatê, são as diversas formas de se posicionar os pks e a postura para determinada orática. R. miii. Educ. Fís., Viçosa, 4 (I): 37-44,
4 escolhendo o melhor ângulo para a defesa e o contra-ataque. Tori comunica o tipo de golpe que irá efetuar, concentrando vigorosamente contra uke. Este treinamento proporciona precisão de golpe, potência, fase de estudo, reflexo, dentre muitos outros fatores importantes para a formação básica do kumitê. 4". Jiyu - kumitê sem força - também conhecido como "treino de sombra". Depois das saudações dos karatekas, o combate é iniciado de forma livre, na tentativa de se encaixar o golpe desejado. O objetivo será o treino de reflexos, ataques e, ou, defesas. Os atletas (ou praticantes) deverão se descontrair e evitar a inibição ou tensão emocional, na tentativa de dominar os mais variados tipos de golpes, tanto os de ataque quanto os de defesa, evitando contusões e ferimentos. 5". Jiyu - kumitê com força - depois das saudações, lutar em estilo livre. O objetivo é um atleta tentar o domínio do outro, livremente, porém com golpes mais firmes e fortes, exigindo maior força de concentração, para evitar acidentes. 6". Shiai - kumitê, ou kumitê-competição - é a luta esportiva que visa a conquista de pontos, de acordo com regulamentos do karatê-esporte. No confronto entre dois atletas o objetivo é dar o golpe eficaz, que será freado bem próximo do alvo desejado (ver anotação sobre distância em nota de rodapé), de tal forma que, se prosseguisse, realmente derrubaria o adversário ou o colocaria em nocaute. Neste tipo de competição é terminantemente proibido acertar, ou fazer contato, com o atleta adversário. Assim sendo, cabe ao atleta a aquisição de maior aprimoramento de freio do golpe, precisão e conhecimento dos golpes e das técnicas que recebem maior pontuação. Somente serão admitidos em competições de karatê lutadores que possuem essa habilidade de controle exato de golpes, constatando-se, assim, a ausência de iniciantes em torneios. Ainda de acordo com SASAKI, são estes os fatores que influenciam na luta: Distancia E um tema que pode ser explicado de duas formas. A primeira é a distância em que os golpes possam atingir o alvo. O atacante deve conhecer perfeitamente o poder de alcance do seu próprio golpe e reconhecer a distância ideal de cada um. Normalmente pode-se calculá-la pela envergadura e pelo porte físico mais a distância de impulso'. Cada atleta possui características diferentes, e o conhecimento destas características seria o conhecimento da própria capacidade no que diz respeito as possibilidades de alcançar o alvo no ataque. A segunda forma seria a distância do adversário de acordo com as idéias mencionadas, ou seja, para um bom contra-ataque deve-se medir o poder de alcance do adversário, neutralizando-o e se posicionando na distância adequada para a realização deste contragolpe. Quando o atleta resolve atacar, psicologicamente enxerga o alvo do oponente mais perto do que uma distância real, talvez pela tensão ou ansiedade. Sugere-se não arriscar muito no cálculo da distância. Quando o 40 R. min. Educ. Fís., 4 (1): 37-44, 1996
5 atleta resolve contra-atacar, ele enxerga o adversário mais longe do que a distância real, sendo necessária muita calma e atenção no contragolpe. Como estratégia, pode-se escolher uma distância relativamente longa, para poder descontrair proporcionando menos perigo e para permitir atacar com golpes de surpresa, com o uso de fintas ou de sobrepassos maiores. Isso oferece menor risco no ataque e no contra-ataque. O atleta novato que enfrenta o adversário psicologicamente superior pode adotar esta distância, do mesmo modo que para aquele que possui a força do impulso privilegiada. O atleta que tem muita confiança nas técnicas de defesa, ou o atleta mais pesado, pode adotar uma distância curta que tenha pouca possibilidade de arranque ou impulso. Neste caso, deve-se treinar bastante as técnicas de defesa, de esquiva, de neutralização de golpes, de bloqueio de golpes, de amortecimento e de desvio do golpe adversário. E importante, como estratégia, dominar e treinar. todas essas distâncias, para poder usar a longa distância contra o adversário que prefere a curta e vice-versa. Assim, o atleta conseguirá ritmo, atrapalhando o desempenho e rendimento do adversário, conseguindo vantagens nos combates. Contudo, não esqueçamos o principal requisito, que é o de autoconhecimento na escolha da distância ideal. Tempo Outro aspecto para o qual SASAKI chama a atenção diz respeito ao tempo ou momento de aplicar o golpe, que pode ser dividido (em termos didáticos) em três formas: SEN-SEN-NO-SEN - quando perceber uma onda mental de agressividade no oponente, por exemplo, tentar iniciar um ataquerou contra-atacar antes que o opositor realize qualquer ação neste sentido. E uma forma de ataque em um tempo, com antecipação total em forma de reação e aplicação de golpe; TAI-NO-SEN - quando o adversário já iniciou o ataque, espera-se um tempo e logo em seguida contra-ataca em meio-tempo, antes que ocorra o segundo ataque do adversário. Pode-se definir como um tempo e meio; GO-NO-SEN - quando se permite o ataque do adversário, defendendo-se com impacto, com desequilíbrio, com desvio ou então com bloqueio do golpe; contragolpear em seguida (em dois tempos). De acordo com LUBES (1991), o kumitê classifica-se em duas formas clássicas : 1" Sanbon, gohon e ipon kumitê (básico); e 2" Jiyu-ipon e jiyu-kumitê (livre). O sanbon-kumitê é um combate a três golpes e tem a finalidade de tornar as técnicas fortes no ataque e na defesa, equilibrar o corpo (sem perder a elasticidade nos movimentos) e manter um ritmo harmônico nas seqüências. Os praticantes devem se posicionar um na frente do outro, a 1 (um) metro de distância. Após a saudação na posição e base musubi-dati, eles assumirão a base hachi-dati, em que a distância entre eles diminuirá cerca de 0,80 m, ficando na posição yoi. O atacante e o defensor iniciarão os R. min. Educ. Fís., Viçosa, 4 (1): 37-44,
6 golpes ao comando do professor, sucessivamente, podendo ou não alterar o alvo e o tipo de golpe usado. O mesmo procedimento é realizado para o gohon-kumitê e o ipon-kumitê, apenas alterando a quantidade de golpes executados, sendo cinco e uma vez, respectivamente. O jiyu-ipon-kumitê e o jiyu-kumitê são ainda outras formas de luta, segundo o autor, em que o estilo livre prevalece e os praticantes são obrigados a dominarem um certo número de técnicas antes de se lançarem a este tipo de treinamento. Em aulas de karatê no curso de Educação Física da Universidade Federal de Viçosa adota-se a seguinte configuração para a prática do kumitê: I". Yakusoku - kumitê -, ou seja, o kumitê de estudo, dividindo-o em fases de crescimento gradual, segundo o nível de complexidade, em: KIHON IPON KUMITE; KIHON NIHON KUMITÊ (ian-shi-ki e fuku-shi-ki); KIHON SANBOM KUMITE (tan-shi-ki e hku-shi-ki); e KENKYU KUMITE. 2O. Jiyu - kumitê -, ou seja, o kumitê de estilo livre, em que não se antecipa o tipo ou a direção do golpe, apenas a quantidade de movimentos, golpes e técnicas. Divide-se em: JIYU IPON KUMITÊ; JIYU NIHON KUMITÊ; SHIAI KUMITE; e JIYU KUMITE. As técnicas usadas no kumitê se resumem numa seqüência de combinações de movimentos de defesa e de ataque. Estes movimentos são estabelecidos previamente, com exceção do Jiyu-kumitê. Por isso, a repetição dos ataques e das defesas determinarão a eficácia do.kumitê em questão. O karatê é uma arte simples. Os movimentos são montados artificialmente, o que permite treiná-los passo-a-passo. Porém, é necessária uma boa preparação física. Para se alcançar o nível do kumitê o praticante deve apresentar um condicionamento físico que seja compatível com as exigências do mesmo. Num combate, se os dois competidores apresentarem semelhante nível técnico, a vantagem prevalecerá para o de melhor forma fisica. E, além de todos esses aspectos, ainda existe a questão da concentração. Esta é a base de uma perfonnance eficaz com correta aplicação das técnicas no kumitê. A concentração permite ao praticante ficar em estado de prontidão para aplicar o melhor golpe ou defesa no momento correto. 42 R. min. Educ. Fís., 4 (1): 37-44, 1996
7 Assim sendo, preparação fisica e técnica, concentração e condição psicológica são etapas fundamentais a serem vivenciadas também no karatêesporte. Uma não funciona sem a outra para se atingir um alto nível no kumitê. Apesar de existirem muitas formas diferentes de combinação de exercícios de ataque e defesa, o treinamento do kumitê (para o esporte) não visa golpear o adversário, acertando-o fisicamente. Antes de tudo, o respeito ao companheiro de luta é o fator primordial, pois o mesmo deve ser considerado igualmente capaz técnica e fisicamente, bem como na sua dignidade pessoal. O atacante, para sobressair e vencer, deve usar a técnica e a sua condição física, jamais a força fisica brutal. O respeito ao adversário é a ênfase dada no combate esportivo. Portanto, trata-se de treinar a técnica aliada a concentração para se fazer uso correto das várias combinações, a fim de aprender técnicas de "defesa". O objetivo maior não é acertar o adversário com golpes e sim aprender a se defender destes. Ao mesmo tempo, aprende-se a educar o corpo e a mente ao seguir a filosofia do kumitê ensinada pelos mestres: respeito, organização, concentração e técnica. Termos técnicos utilizados em karatê - esporte DATI - postura, posição de pés GEDAN - parte baixa, abaixo da linha de cintura GOHON - cinco pontos IPON - um ponto JODAN - pai te alta, em geral a cabeça e o rosto KATA - série de movimentos de defesa e ataque, previamente selecionados, executados em seqüência, com ritmo próprio. KIHON principal, fundamental KUMITE - combate, luta, encontro, confronto SANBOM - três pontos SHIAI - competição de karatê TIUDAN - parte média, tronco, peito TORI - aquele que ataca, atacante UKE - aquele que defende, defensor YOI - preparar, prepare-se! ZUKI - soco JUVÊNCIO, J.F. A mulher e o karatê-esporte. Boletim FIEP. Belo Horizonte ano XI, v. 57, n. 2, p , LASSERE, R. Karatê-dô manual prático. São Paulo: Mestre Jou, R. min. Educ. Fís., Viçosa, 4 (1): 37-44,
8 LLTBES, A. Caminhos do karatê. Curitiba: UFPR, SASAKI, Y. Manual de Educacão Física. São Paulo: EDUSP, v. 5. SEDIYAMA, T., FREITAS, M. C., JUVÊNCIO, J. F. Kata Taikvoku (Goiuryu karatê-do). Viçosa: UFV, Imprensa Universitária, R. min. Educ. Fis., 4 (1): 37-44, 1996
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