Análise Anual do Comércio Brasileiro de Chocolates, Balas e Amendoins em 2013
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- Luana Gonçalves Quintanilha
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1 1 Análise Anual do Comércio Brasileiro de Chocolates, Balas e Amendoins em 2013 Supervisão Vice-Presidente: Solange Isidoro Gestor de Exportação: Rodrigo Solano Elaboração e Execução Coordenadora de Inteligência Comercial: Juliany Braga Setor de Exportação ABICAB Esse material é desenvolvido para associados, sendo proibida sua distribuição e venda. Gostaríamos de saber sua opinião sobre esse material. Elogios, críticas e sugestões, por favor, enviar para icexport@abicab.org.br. Março/2014
2 2 ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO PREÇO SETORIAL Câmbio Preço de Insumos EXPORTAÇÕES Exportações do Setor Exportações de Candies Exportações de Chocolates Exportações de Amendoim IMPORTAÇÕES Importações do Setor Importações de Candies Importações de Chocolates Importações de Amendoim BALANÇA COMERCIAL RESUMO PRINCIPAIS AÇÕES REALIZADAS EM
3 3 SUMÁRIO EXECUTIVO As exportações brasileiras do setor apresentaram queda em 2012, de 6% em valor e 3% em volume. O pior desempenho foi o do segmento de chocolates, que apresentou queda de 10% em valor e 5% volume em relação ao ano anterior. O segmento de candies apresentou queda em torno de 3% em valor e em volume. Já o segmento de amendoim apresentou queda de 1% em valor e crescimento de 8% em volume. As exportações brasileiras do setor caíram de forma mais acentuada que as exportações brasileiras em geral e as exportações de manufaturados, conforme pode ser observado na tabela abaixo. Tabela 1 Desempenho das Exportações Brasileiras em 2013 Fonte: SECEX/MDIC.
4 4 O desempenho fraco da indústria de manufaturados em geral reafirma a presença de sérios problemas de competitividade no país, sendo a carga tributária elevada e os custos logísticos de exportação altos. Em artigo do Valor Econômico 1, por exemplo, afirma-se que as exportações do país são mais puxadas pelo crescimento do mercado dos produtos exportados e do mercado exterior do que propriamente impulsionadas por ganhos de competitividade, o que representa uma perda, visto que diversos estudos apresentam fortes evidências de que exportadores são mais produtivos em média do que os não exportadores. O artigo completa ainda dizendo que é clara a necessidade de reformas microeconômicas e redução do custo Brasil, inclusive o almejo por maior produtividade no setor de serviços. O setor enfrenta uma série de desafios: - As exportações brasileiras do setor correspondem a menos de 2% do total exportado pelo mundo; - Por sua vez, as exportações correspondem a cerca de apenas 10% da receita das empresas do setor; - O mercado do setor altamente concentrado: 7 empresas dominam 66% do mercado global, e a concorrência é acirrada. Somam-se a esses fatores alguns problemas de ordem interna. Com base em estudos e visitas de mercado realizadas, alguns padrões se tornaram repetitivos, entre eles: - o maior nível de exigência dos consumidores. Durante visita ao mercado angolano, por exemplo, foi feita a seguinte alegação: os angolanos já estão cansados de produtos ruins, de tentarem empurrar para eles qualquer coisa só porque não produzem nada ; - a demanda crescente por produtos mais saudáveis e nutracêuticos (seja pela conscientização e/ou envelhecimento da população como por regulamentos e restrições governamentais ex. Chile) e diferenciados 1 Dinâmica das exportações abismo de competitividade (17 de janeiro de 2013).
5 5 (produtos mais sofisticados, edições e linhas especiais, produtos inovadores), os quais o Brasil, de modo geral, falha na oferta; - a ausência de marcas brasileiras fortes no mercado externo (com algumas poucas exceções, como a Garoto); - a falta de cultura organizacional voltada à inovação e internacionalização; - a pouca valorização do marketing e a ausência de um planejamento sólido (ex.: Planos de Comunicação e Marketing Internacionais), monitoramento dos mercados e elaboração de estratégias de longo prazo; - necessidade de mais dinamismo no setor em relação ao mercado externo, como mais movimentação gerada por novos lançamentos; - a falta de importantes ferramentas de comunicação, como site em inglês e embalagens adaptadas. De fato, em levantamento realizado pela consultoria Top Brands os pontos negativos mais citados no exterior foram: Apresentação do produto; Inovação; Marketing; Adaptação (conhecer o mercado); Assiduidade (follow up) e Línguas. O ano de 2013, entretanto, foi um ano importante para o trabalho de questões diretamente relacionadas à competitividade do setor no mercado externo. A ABICAB junto às empresas e a parceiros incentivou o desenvolvimento de produtos diferenciados, com brasilidades, embalagens adaptadas e em outras línguas, além de ter realizado atividades como o lançamento de projetos estruturantes e a sensibilização de stakeholders. Essa direção que vem sendo apontada deve ganhar ainda mais força de agora em diante, visto que já está mais que claro que se trata de uma questão não apenas incremental, mas de sobrevivência. As empresas que não se adequarem ao novo cenário correm o risco de perder seus mercados tanto no exterior como no próprio país. Dentre as ações nesse sentido, é importante citar o Design Embala, o PEIEX
6 6 e o Projeto Nagi/Finep (mais informações a seguir). Design Embala: Fruto de parceria com Apex e ABRE, que tem como objetivo fortalecer o design de embalagem como diferencial competitivo dos produtos brasileiros para exportação. Frentes: Inteligência de Mercado; Qualificação; Valorização e Promoção por meio de premiações; Plataforma de Contatos entre os empresários e a cadeia de fornecedores de embalagens. Destaca-se como produto especial desse projeto a Clínica da Embalagem, em que a empresa interessada recebe especialistas in company para receber uma consultoria focada em seus produtos. PEIEX: Projeto de Extensão Industrial Exportadora. É um instrumento de caráter estruturante aos setores e de reforço da base exportadora do Brasil. Parceiros: MDIC, Ministério da Ciência e Tecnologia; Planejamento, Orçamento e Gestão; Fazenda e Casa Civil e Apex-Brasil. O PEIEX oferece às empresas um diagnóstico gratuito com o objetivo de ao final do trabalho apresentar soluções a fim de impactar seu desempenho competitivo e sinalizar os esforços de médio e longo prazo que devem ser empreendidos. Áreas trabalhadas: administração estratégica; vendas e marketing; capital humano; finanças e custos; produto e manufatura e comércio exterior. Projeto Nagi/Finep: Visa capacitar e apoiar empresas na introdução ou no aprimoramento do sistema de gestão de inovação. Ferramentas: 1 - Programa de Capacitação: cursos via web e presencial; 2- Serviços de inteligência Gerencial: serviços presenciais in company como diagnóstico do sistema de gestão da inovação da empresa, elaborações conjuntas de plano de ação e apoio para implantação. Ademais, existem muitas oportunidades as quais as empresas brasileiras podem explorar, como o cacau de origem, o açúcar orgânico, a utilização do açúcar da cana de açúcar (vantagens, propriedades), brasilidades, diversidade de insumos
7 7 (potencial nutracêutico e de sabores diferentes), etc. Faz-se importantíssimo que as empresas participantes do Projeto de Exportação participem ativamente da elaboração do novo Planejamento Estratégico de Exportações do Setor, para o biênio Em breve deverá ocorrer a convocação para as reuniões. Não bastasse o desempenho fraco das exportações brasileiras como um todo, as importações brasileiras vêm crescendo de forma consistente. De fato, em 2013 o país registrou o maior nível de importações de sua série histórica. Semelhantemente, no setor as importações também cresceram, principalmente no segmento de chocolates. O consumidor brasileiro está se tornando cada vez mais exigente, e deseja consumir produtos com marcas internacionais fortes, alto desenvolvimento tecnológico, melhores embalagens, comunicação com o consumidor e reconhecimento de qualidade. Trata-se de um fato econômico: os países em desenvolvimento tendem a imitar o padrão de consumo dos países desenvolvidos. As principais tendências mundiais são: Prazer (indulgência, sofisticação do consumo ou premiumlisation, Interação/Interatividade); Saúde ( natural, super foods, guilty free ); Praticidade ( snackfication, tecnologia); e Sustentabilidade / responsabilidade social.
8 8 PREÇO SETORIAL O preço médio do setor foi de 2,61 dólares por quilograma, 3% inferior ao apresentado em Além da influência do aumento da taxa de câmbio, esse fato se deve também à queda de preços de insumos com açúcar e milho. A taxa de câmbio média do ano de 2013 foi 11% superior a do ano de Esse é um ponto positivo para o setor, entretanto, o reflexo do aumento do câmbio deverá ser traduzido nos próximos meses, devido aos resultados atrelados a contratos fechados anteriormente. O preço do açúcar fechou o ano em média 13% menor que em 2012, e o do milho, 7% menor. Já a média anual do preço do cacau fechou o ano 10% maior que em A valorização cambial traz consigo o aumento dos preços dos insumos. Entretanto, de acordo com as empresas do setor não é esse o fator principal de impacto nos custos, e sim o ambiente de negócios. As empresas enfrentam muita burocracia e gargalos logísticos, por exemplo. Tais problemas podem ser captados por meio dos índices apresentados a seguir. Economic Freedom of the World , do Frasier Institute. Mede o grau de liberdade econômica de um país, numa escala de zero a dez, com a proximidade a dez sendo mais livre. Leva em consideração o tamanho do governo, o sistema legal e o direito de propriedade, a segurança da moeda, a liberdade de comércio internacional e as regulações por meio da avaliação de cerca de 50 subvariáveis. A pontuação do Brasil foi de 6,51, colocando-o na posição 102, de 152 países avaliados. Dentre os principais parâmetros que interferiram no desempenho brasileiro estão a segurança da moeda (contribuiu positivamente) e a ineficiência do 2 Os dados considerados, porém, são de Disponível em:
9 9 poder judiciário e as regulações (negativamente) Index of Economic Freedom 3 : analisa estado de direito, limitação do governo, eficiência regulatória e abertura de mercado. O Brasil está classificado em 114º lugar, de 178 países analisados, com pontuação de 56,9, abaixo da média mundial e regional (fica atrás de países como Uruguai, Peru, e Paraguai). Segundo a análise do indicador, as principais deficiências do país relacionam-se à elevada carga tributária, a ineficiência regulatória e a corrupção. Global Competitiveness Report , do Fórum Econômico Mundial. Avalia a competitividade dos países, 148 no total. O Brasil ocupa a posição 56 no ranking. Segundo a análise do indicador, contribuíram negativamente para esse desempenho os gargalos em infra-estrutura, o funcionamento das instituições, a confiança nos políticos e a corrupção. Segundo ele, para o desenvolvimento do país é importante que reformas no que tange à sua competitividade não sejam mais postergadas. Doing Business , do Banco Mundial. A classificação dos países leva em conta aspectos relacionados à abertura de empresas, obtenção de alvarás, contratação de empregados, emissão de registro de propriedades, obtenção de crédito, proteção de investidores, pagamentos de impostos, comércio exterior, cumprimento de contratos e fechamento de empresas, entre outros. Leva em consideração 189 países, sendo que no último ano disponível o Brasil ficou na 116ª posição, subindo duas posições em relação ao ano anterior. 3 Vide 4 Disponível em: 5 Disponível em: rofiles/country/bra.pdf?ver=2.
10 10 Gráfico 1 Brasil: Desempenho Geral no Doing Business Fonte: Doing Business. Os números indicados entre parênteses correspondem à posição do país naquele item. No item do Doing Business referente a comércio exterior mede-se o tempo e o custo (excluindo tarifas e o tempo e custos referentes ao transporte marítimo) associados à exportação e à importação de um carregamento padrão de mercadorias por transporte marítimo e o número de documentos necessários para completar a transação. Segundo o indicador, a exportação brasileira de um contêiner de 20' requer 6 documentos, leva 13 dias e custa dólares, quantia muito superior (praticamente o dobro) da média dos países da América Latina e da OCDE. A situação econômica de parceiros importantes como Argentina e Venezuela e a não renovação do SGP por parte da União Europeia e dos Estados Unidos ainda agravam a situação. O preço médio do segmento de candies foi de 2,09 dólares por quilograma, ficando praticamente estável em relação a 2012 (+0,4%). O preço médio do segmento de chocolates foi de 4,03 dólares por quilograma, 5,7% menor que em Essa queda acentuada pode ser justificada pela queda das exportações do segmento para os Estados Unidos, que pagam um elevado preço médio em comparação a outros parceiros.
11 11 O preço médio do segmento de amendoim foi de 1,98 dólares por quilograma, 9% menor que em ,50 4,00 Gráfico 2 Preço Médio das Exportações do Setor e seus Segmentos (US$/Kg) 4,03 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 2,61 2,09 1,98 1,00 0,50 0, Amendoim Candies Chocolates Setor Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB. Em 2008, o preço médio do amendoim exportado apresentou crescimento expressivo (de 65%) sobre o ano anterior. Esse fato pode ser justificado pela qualidade do produto in natura daquela safra, favorecida pelo clima favorável, que ainda aumentou a produtividade no período. O aumento de preços também foi justificado pela baixa dos estoques do ano anterior, devido boa demanda e a procura das indústrias de doces e cerealistas. Câmbio É um fator importante na avaliação das exportações, ainda mais no caso de países ou empresas que competem via preços. De modo geral, as exportações
12 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 12 brasileiras do setor mantêm uma relação positiva com o movimento da taxa de câmbio, uma vez que a desvalorização do real diminui os preços percebidos pelo mercado externo, aumentando a competitividade dos produtos domésticos. A taxa de câmbio média do ano de 2013 foi 11% superior a do ano de Esse é um ponto positivo para o setor, entretanto, o reflexo do aumento do câmbio deverá ser traduzido nos próximos meses, devido aos resultados atrelados a contratos fechados anteriormente. O dólar sofreu uma maior valorização frente ao real a partir de junho. Gráfico 3 Evolução da taxa de câmbio real/dólar (compra) 3 2,5 2 1,5 1 Fonte: Banco Central do Brasil. 3 2,5 2 1,5 1
13 13 Preços insumos Embora os insumos tenham sofrido um aumento expressivo no final de 2013, o preço médio anual dos insumos foi inferior ao de 2012 (com exceção do cacau). Importante insumo utilizado na produção de candies e chocolates, o açúcar apresentou uma queda de preço médio de 13% em reais. Já a média anual do preço do cacau fechou o ano 10% maior que em O milho, por sua vez, é o insumo básico da extração da glucose, usada na produção da maior parte dos produtos do segmento de candies. O milho apresentou queda de preço médio anual de 7% sobre o ano anterior. Gráfico 4 Evolução do Preço dos Insumos
14 14 EXPORTAÇÕES Exportações do Setor As exportações brasileiras do setor de chocolates, candies e amendoim em 2013 totalizaram US$ 291,5 milhões, o que representou 111,8 mil toneladas. O valor exportado pelo setor foi 6% inferior ao de 2012, e a exportação em volume caiu 3%, apresentando seu menor valor desde Se comparado ao ano de 2004, ápice de exportação em volume, o volume exportado em 2013 apresentou queda acumulada de 47%, ou 7% ao ano. As exportações estão concentradas na América do Sul. Note que 52% das exportações se concentraram nos países da região. No caso de segmento de chocolates, 79%. Ao se analisar ainda os destinos de exportação de chocolates, nota-se que os 10 principais mercados correspondem a uma participação de 81,4%, o que equivale a dizer que os demais países atendidos (95) correspondem a menos de 20% das exportações. Levando em consideração a falta de recursos humanos (inclusive, tempo) e recursos financeiros para abertura e ampliação de mercado, é importante que as empresas avaliem os custos de oportunidade envolvidos na administração de todos esses mercados, para a otimização dos recursos. Em geral, embora a diversificação envolva menos riscos, a concentração é a chave dos resultados reais. Um ponto positivo do ano foi a valorização cambial. Entretanto, o reflexo do aumento do câmbio deverá ainda ser traduzido nos próximos meses, devido aos resultados atrelados a contratos fechados anteriormente. A valorização cambial traz consigo o aumento dos preços dos insumos. Entretanto, de acordo com as empresas do setor não é esse o fator principal de
15 15 impacto nos custos, e sim o ambiente de negócios. As empresas enfrentam muita burocracia e gargalos logísticos, por exemplo. A situação econômica de parceiros importantes como Argentina e Venezuela e a não renovação do SGP por parte da União Europeia e dos Estados Unidos ainda agravam a situação. A participação do segmento de balas, chocolates e amendoim no total exportado em valor pelo setor em 2013 foi de 55%, 42% e 3%, respectivamente. Embora a América do Sul, tradicional destino das exportações de produtos brasileiros, continue sendo o principal mercado do setor, com participação de 52%, sua participação vem caindo nos últimos anos, devido à queda das exportações para a Argentina, Venezuela, Paraguai e Bolívia. Na sequência, as principais regiões com que o setor brasileiro comercializa são América do Norte (16%) e África (14%). Vale destacar que a América em geral (norte, sul e central) corresponde a uma participação de 70%. Assim, essa região merece atenção especial por parte do setor. O principal destino de exportação dos produtos do setor continua sendo a Argentina, a despeito da crise no país e a imposição de barreiras não tarifárias. As exportações de chocolates, candies e amendoins para o país em 2013 foi de US$ 46,5 milhões, valor 4% inferior ao de 2012, e que representou uma participação de 16% no total exportado pelo setor. Os Estados Unidos são o segundo principal destino das exportações do setor, com participação de 14,4%. Seguem na sequência Paraguai e Uruguai, com participações de 10,3% e 7,8%, respectivamente. As exportações para os Estados Unidos caíram 1% em relação ao ano anterior, e as exportações para o Paraguai, 7%. Já as exportações para o Uruguai subiram 5%. A Venezuela, que em 2011 correspondia ao quarto mercado do setor, e
16 16 passou para quinto em 2012, manteve esta posição. As exportações brasileiras do setor para o país caíram 63% em relação ao ano anterior. A queda das exportações para a Argentina e para a Venezuela desempenha um grande papel na avaliação de desempenho do setor. Caso as exportações para esses países tivessem mantido suas cifras do ano anterior, por exemplo, a queda teria sido de apenas 2%. E se as exportações para os países tivessem mantido os valores de 2011, as exportações totais do setor teriam crescido 3%. Entretanto, não se espera que a situação dos dois países venha melhorar no curto e médio prazo O preço médio do setor foi de 2,61 dólares por quilograma, 3% inferior ao de Gráfico 5 - Exportações Brasileiras do Setor ( ) ,8 289,0 322,9 308,7 300,8 328,9 293,2 303,7 335,8 302,6 291, ,2 64,4 135,9 81,4 153,2 105,2 194,1 166,1 131,6 121,8 173,1 209,4 204,4 169,3 156,2 155,3 140,6 132,8 128,0 114,0 111, Volume (TON Milhares) Valor (US$ Milhões) Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB.
17 17 Gráfico 6 - Principais Destinos das Exportações de Setor (em valor) em 2013 OUTROS 37% ANGOLA 3% PERU 2% CHILE 4% BOLIVIA 5% ARGENTINA 16% URUGUAI 8% ESTADOS UNIDOS 15% PARAGUAI 10% Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB. Exportações de Candies As exportações brasileiras de candies em 2013 totalizaram US$ 159,5 milhões, o que representou 76,5 mil toneladas. O valor e o volume exportado pelo segmento foi cerca de 3% inferior ao de A América do Sul absorveu 30% das exportações em valor do segmento, seguida por América do Norte (28%) e África (20%). O principal destino das exportações brasileiras de candies em 2013 foram os Estados Unidos, cuja participação foi de 24% (US$ 38,4 milhões). As exportações para o país no ano subiram 8%, comparadas a O segundo principal mercado, a Argentina, apresentou participação de 9% em 2013, o equivalente a US$ 14,4 milhões. As exportações para o país cresceram 9% em relação a 2012.
18 18 O Paraguai, que em 2012 era o segundo principal destino das exportações de candies brasileiros passou para terceiro lugar, apresentando uma queda de 14%. As exportações para o país foram de US$ 12,3 milhões, o que representou uma participação de 8% no total exportado pelo segmento. Vele a pena citar que as exportações Angola apresentaram queda expressiva de 35% em relação a E a Venezuela, que em 2011 ocupava a terceira posição no ranking de principais destinos das exportações brasileiras de candies e caiu para quinto em 2012, em 2013 despenca para a posição de número 17. As exportações para a Venezuela em 2012 foram de US$ 1,8 milhões, 76% menor que no ano anterior. O preço médio do segmento foi de 2,09 dólares por quilograma, ficando praticamente estável (+0,4%). Gráfico 7 - Exportações Brasileiras de Balas, Confeitos e Gomas de Mascar ( ) ,5 72,7 45,1 59,9 87,4 76,0 111,0 97,8 94,1 89,7 129,9 126,3 162,3 163,5 183,5 186,9 158,9 171,8 164,2 165,0 166,2 159,5 154,2 145,6 119,2 113,5 114,7 104,3 96,6 90,1 79,1 76, Volume (TON Milhares) Valor (US$ Milhões) Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB.
19 19 Gráfico 8 - Principais Destinos das Exportações de Balas, Confeitos e Gomas de Mascar (em valor) em 2013 OUTROS 39% EUA 24% ARGENTINA 9% PARAGUAI 8% RÚSSIA 3% CANADÁ 3% BOLÍVIA 4% URUGUAI 5% ANGOLA 5% Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB. Exportações de Chocolates As exportações brasileiras de chocolates em 2013 totalizaram US$ 122,3 milhões, o que representou 30,4 mil toneladas. O valor exportado pelo setor foi 10% inferior ao de Já o volume exportado apresentou queda de 5%. O desempenho do segmento foi o pior do setor. Contribuiu para esse desempenho a queda das exportações para a Argentina, Venezuela e Estados Unidos. A América do Sul absorveu 79% das exportações em valor do segmento, seguida por África (6%) e América do Norte (3%). O principal destino de exportação continuou sendo a Argentina, com 26% de participação. O valor foi equivalente a US$ 32,1 milhões, e caiu 9% em relação a O segundo principal país cliente, Paraguai, absorveu US$ 17,6 milhões em
20 20 chocolates brasileiros, o que representou 14% do valor total exportado pelo segmento. Esse valor foi 1% inferior ao apresentado em Na sequência, foi exportado para o Uruguai US$ 14,6 milhões, o que representou uma participação de 12%. Esse valor foi 4% superior ao apresentado em de O preço médio do segmento foi de 4,03 dólares por quilograma, 6% inferior ao 180 Gráfico 9 - Exportações Brasileiras de Chocolates ( ) ,2 124,0 156,5 145,0 131,9 140,2 123,0 126,7 139,8 136,2 122, ,2 82,5 67, ,4 51,6 19,3 21,0 28,8 37,0 31,8 46,3 52,8 56,1 45,7 40,4 38,8 34,3 33,4 33,4 31,9 30, Volume (TON Milhares) Valor (US$ Milhões) Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB.
21 21 Gráfico 10 - Principais Destinos das Exportações de Chocolates (em valor) em 2013 EQUADOR 3% EUA 3% COLÔMBIA 5% BOLÍVIA 6% OUTROS 39% CHILE 8% URUGUAI 12% ARGENTINA 26% PARAGUAI 14% Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB. Exportações de Amendoim As exportações brasileiras de amendoim em 2013 totalizaram US$ 9,7 milhões, o que representou 4,9 mil toneladas. O valor exportado pelo setor foi 1% inferior ao de Já o volume exportado subiu 8% A América do Sul absorveu 52% das exportações em valor do segmento, seguida pela Europa Ocidental (26%) e África (10%). O principal destino de exportação continuou sendo o Peru, com 19% de participação. O valor foi equivalente a US$ 1,9 milhões, apresentando queda de 17% em relação a O segundo principal país cliente, a Venezuela, absorveu US$ 1,4 milhões das exportações de amendoins, o que representou 14,5% do valor total exportado pelo segmento. Esse valor foi 4% superior ao apresentado em 2012.
22 22 Já as exportações para o terceiro principal país cliente, o Uruguai, foi de cerca de US$ 960 mil, o que representou uma participação de 10%. Esse valor foi 32% superior ao apresentado em Vale a pena citar que no ano anterior era a Ucrânia o terceiro maior destino de segmento. Entretanto o país não importou do Brasil em de O preço médio do segmento foi de 1,98 dólares por quilograma, 9% inferior ao 12,00 Gráfico 11 - Exportações Brasileiras de Amendoim ( ) 10,00 9,2 9,8 9,7 8,00 6,00 4,9 5,2 5,2 4,5 4,5 4,9 4,00 2,00 0,00 4,3 2,8 2,9 3,9 3,9 2,8 2,3 2,7 1,9 2,0 2,3 0,7 0,5 0,6 0,4 0,7 0,04 0,1 0,5 0,4 0,5 0,4 0, Volume (TON Milhares) Valor (US$ Milhões) Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB.
23 23 Gráfico 12 - Principais Destinos das Exportações de Amendoim (em valor) em 2013 REPÚBLICA DOMINICANA 4% CHILE 5% OUTROS 27% PERU 19% ESPANHA 8% VENEZUELA 14% URUGUAI 10% HOLANDA 6% ÁFRICA DO SUL 7% Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB.
24 24 IMPORTAÇÕES Importações do Setor As importações brasileiras do setor de candies, chocolates e amendoim em 2013 totalizaram US$ 176 milhões, o que representou 28,2 mil toneladas. A importação de produtos do setor ocorreu, sobretudo, no segmento de chocolates. A participação do segmento nas importações totais foi de 79%, e a de amendoim ainda é inexpressiva. Gráfico 13 - Importações Brasileiras do Setor ( ) , ,2 131,0 166, ,3 84,7 64,4 82,8 72,1 50,9 42,3 31,9 34,7 46,4 57,7 37,6 26,7 25,5 21,4 18,0 11,6 11,2 13,5 12,0 12,8 13,4 15,9 16,4 19,2 22,1 25,0 28, Volume (TON Milhares) Valor (US$ Milhões) Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB. Enquanto as exportações apresentaram queda, as importações do setor aumentaram. O valor importado do setor foi 6% superior ao de Já o volume importado, 13%. As empresas do setor devem ficar atentas a esse movimento, uma vez que o mercado brasileiro tem se tornado cada vez mais atrativo para as empresas estrangeiras. O mercado de confectionery no Brasil é de aproximadamente 12,9
25 25 bilhões de dólares, segundo o Euromonitor, e ainda não completamente desenvolvido. Isso porque comparado a países desenvolvidos, o consumo per capita de confectionery no Brasil ainda pode aumentar. Além disso, a velocidade de expansão do mercado brasileiro ainda contribui para atrair a concorrência externa: o mercado de confectionery cresceu em média 14% no período compreendido entre 2008 e 2013, e 16% no último ano, segundo o Euromonitor. Para o segmento de chocolate, esses números seriam de 14% e 16%, respectivamente. E para o segmento de candies, de 6% para os dois períodos em consideração. Os principais exportadores para o Brasil em 2013 foram a Argentina (estimase, entretanto, que se devam a operações intercompany), o Equador, a Suíça e a Bélgica, conforme o gráfico abaixo. Gráfico 14 - Principais Fornecedores das Importações do Setor (em valor) em 2013 EUA 7% México 7% Alemanha Itália 7% 4% OUTROS 37% Bélgica 8% Suíça 8% Argentina 28% Equador 17% Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB.
26 26 Importações de Candies As importações brasileiras do segmento de candies em 2013 totalizaram US$ 36,3 milhões, o que representou 8,3 mil toneladas. O valor importado do setor foi 2% superior ao de Já o volume importado caiu 3%. Os principais fornecedores para o Brasil foram: Equador (participação de 44% das importações totais do segmento), China (16%) e Argentina (6%). 70 Gráfico 15 - Importações Brasileiras de Balas, Confeitos e Gomas de Mascar ( ) 60 65, , ,2 35,7 36, ,7 21,6 22,0 21,5 21,2 13,5 20,5 16,5 7,9 10,5 12,8 9,2 11,2 11,4 9,9 6,9 5,0 4,8 6,4 7,5 8,5 8,3 5,8 5,8 5,3 6,3 4, Volume (TON Milhares) Valor (US$ Milhões) Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB.
27 27 Gráfico 16 - Principais Fornecedores de Candies (em valor) em 2013 México 5% Espanha 6% Alemanha 6% Bélgica 5% EUA 3% OUTROS 37% China 16% Equador 44% Argentina 6% Fonte: MDIC/ALICEWEB. Elaboração: IC-ABICAB. Importações de Chocolates As importações brasileiras de chocolates em 2013 totalizaram US$ 139,1 milhões, o que representou 19,7 mil toneladas. As importações cresceram 7% em valor e 20% em volume no último ano. Os principais fornecedores para o Brasil foram Argentina (participação de 34% das importações totais do segmento), Suíça (11%), Equador (10%) e Itália (9%). Isso indica que o perfil do produto importado são produtos de alta qualidade, puxados pela demanda do consumidor brasileiro por produtos mais sofisticados. Note-se que em 2013 as importações brasileiras do segmento ultrapassaram a exportação.
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