Uni-ANHANGUERA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA MANEJO ADEQUADO DE MACRO E MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA EM SOLOS DO CERRADO

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1 Uni-ANHANGUERA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA MANEJO ADEQUADO DE MACRO E MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA EM SOLOS DO CERRADO MAGNO BARBOSA DE SOUSA GOIÂNIA Dezembro/2014

2 MAGNO BARBOSA DE SOUSA MANEJO ADEQUADO DE MACRO E MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA EM SOLOS DO CERRADO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Dra. Sara Lane Sousa Gonçalves, como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Agronomia. GOIÂNIA Dezembro/2014

3 TERMO DE APROVAÇÃO MAGNO BARBOSA DE SOUSA MANEJO ADEQUADO DE MACRO E MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA EM SOLOS DO CERRADO Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Agronomia do Centro Universitário de Goiás - Uni- ANHANGÜERA, defendido e aprovado em 20 de Dezembro de 2014 pela banca examinadora constituída por:

4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que me deu a vida, saúde, sabedoria e a oportunidade de estar concluindo o curso de Agronomia, que tanto tenho orgulho. Agradeço em segundo meus pais, Marcolino Barbosa de Sousa e Isabel Pereira Sousa, que tanto fizeram por min, não medindo esforços ao longo desses anos para que seu filho alcançasse e ainda alcance seus sonhos. Por fim agradeço a minha orientadora Dra. Sara Lane Sousa Gonçalves, por dedicar seu tempo para me orientar no desenvolvimento desse trabalho.

5 Resumo Este trabalho tem como objetivo apresentar um manejo adequado dos macro e micronutrientes essenciais à cultura da soja, nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre, cálcio, magnésio, boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco e cobalto, abordando suas principais funções, níveis críticos, correção do solo, as formas e quantidades de adubação, além das ferramentas de análise de fertilidade do solo e diagnose foliar, que possibilitam a interpretação e recomendação de adubação, do solo ou via foliar. A análise do solo é o começo de uma série de fatores que influenciará na produtividade da soja. Busca-se á partir da interpretação da análise, primeiramente corrigir a acidez do solo, que é característica dos solos do cerrado, e deixar os nutrientes disponíveis para absorção da planta, utilizando de técnicas e processos para que o equilíbrio nutricional seja alcançado e mantido. Apresenta-se práticas de correção e manutenção do solo, como calagem e adubação, com macro e micronutrientes, juntamente com os teores recomendados para a soja para aplicação de cada nutriente. As quantidades e formas de correção e adubação devem ser empregadas de maneira racional e eficiente, respeitando sempre a necessidade da planta e o ponto de eficiência dos elementos, em busca da alta produtividade. PALAVRAS-CHAVE: Correção. Adubação. Nutrição. Análise. Fertilidade. Produtividade

6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 7 2 REFERENCIAL TEÓRICO Origem da soja e seu desenvolvimento no Brasil Exigências Nutricionais da Soja Macronutrientes, funções e sintomas de deficiência Micronutrientes Extração e exportação de nutrientes Avaliação da fertilidade do solo Acidez do solo e sua correção Acidez do solo Calagem Neutralização do alumínio Saturação por bases do solo Qualidade e uso do calcário Manejo de Correção do Solo Recomendação de adubação com Macronutrientes Nitrogênio (N) Fixação biológica de nitrogênio (FBN) Adubação Fosfatada (P) Adubação Potássica (K) Adubação com Enxofre (S) Recomendação de adubação com micronutrientes Molibdênio (Mo) e Cobalto (Co) Zinco (Zn), Manganês (Mn), Cobre (Cu), Boro (B) e Ferro (Fe) Diagnose foliar Adubação foliar da soja Adubação foliar com macronutrientes Adubação foliar com Cálcio e Boro 36

7 2.8.3 Adubação foliar com micronutrientes 37 3 CONCLUSÕES 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39 RESUMO PARA CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA A

8 7 1 INTRODUÇÃO A soja (Glycine max (L.) Merrill) que é cultivada nos dias de hoje, é muito diferente das suas ancestrais, que eram espécies de plantas rasteiras e se desenvolviam na costa leste da Ásia. Após anos, sua evolução começou com os cruzamentos naturais entre duas espécies de soja selvagem, que foram domesticadas e melhoradas. Com o passar dos tempos, a soja foi introduzida na Europa, a partir dai ganhou o mundo, com o interesse das indústrias ao teor de óleo e proteínas do grão. Nos anos de 1960 o Brasil começou a se interessar pela soja como um produto comercial, fato que mais tarde influenciaria no cenário mundial de produção do grão (FREITAS, 2011). De acordo com o MAPA (2013), a cultura agrícola da soja é a que mais cresceu nas ultimas décadas, correspondendo a 49% da área plantada de grãos do país, tendo como previsão uma taxa anual de crescimento da produção de 2,43% até A soja possui um elevado teor de proteínas (40%), se tornando a principal matéria prima para a fabricação de rações para alimentação de animais. O Brasil se destaca como o segundo maior produtor do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos, e possui o maior potencial de expansão da área cultivada, podendo em curto prazo se tornar o maior produtor mundial da soja (MAPA, 2013). O grande crescimento da produtividade está diretamente ligado aos avanços da tecnologia, juntamente com os estudos que proporcionam conhecimentos importantes no manejo químico do solo, que ainda é um fator limitante a produtividade dessa cultura. É importante ressaltar que, desafios técnicos estão surgindo todos os anos, exigindo cada vez mais empenho dos pesquisadores, melhoristas, técnicos e agricultores que cultivam a soja (FREITAS, 2011). A soja possui uma grande exigência em nutrientes, estes elementos são divididos de acordo as quantidades requeridas pela planta sendo que os exigidos em maiores quantidades são chamados de Macronutrientes (N, P, K, Ca, S e Mg), e os requeridos em menores quantidades são chamados de Micronutrientes (Fe, Mn, Cu, Zn, B, Mo, e CL), esses elementos minerais estão diretamente ligadas aos processos metabólicos da planta, sendo que seus benefícios são indiscutíveis em relação ao seu desenvolvimento e crescimento, consequentemente proporcionando boas condições para uma alta produtividade ( PROCHNOW; ROSSI, 2009).

9 8 O solo do cerrado possui uma fragilidade no que se refere ao equilíbrio físicoquímico, necessitando de um manejo adequado e minucioso da fertilidade, e principalmente um manejo racional do equilíbrio solo-água-planta (ALTMANN; PAVINATO, 2001). O principal desafio do produtor ou profissional que deseja uma cultura nutrida, gerando uma boa produção, é deixar esses nutrientes disponíveis para a planta, presentes no solo em quantidades suficientes para suprir as necessidades solo-planta, porém a agricultura de hoje exige o uso econômico de insumos, atendendo os critérios de custo benefício, evitando a insuficiência e desequilíbrio que pode gerar uma absorção deficiente de alguns nutrientes e excessivas de outros (SFREDO, 2008). O manejo químico do solo realizado de forma correta proporciona um equilíbrio que possibilitará a utilização dos níveis mínimos de fertilizantes. Por meio de acompanhamento da fertilidade do solo com análises periódicas pode-se indicar as necessidades exatas, evitando desperdícios e má utilização desse recurso (PROCHNOW; ROSSI, 2009). Esse trabalho tem como objetivo esclarecer a exigência nutricional da soja, e reunir técnicas de manejo sobre os macros e micronutrientes, reposição nutricional e formas de correção e adubação do solo ou via foliar, buscando sempre deixá-los disponíveis em quantidade suficiente para a planta, procurando alcançar o ponto de equilíbrio e eficiência máxima dos elementos para a nutrição e produtividade da soja.

10 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Origem da soja e seu desenvolvimento no Brasil A soja cultivada atualmente foi domesticada e melhorada por cientistas da antiga china, chegando aos Estados Unidos na segunda década do século XX e atingindo seu auge em A cultura da soja comparada às grandes culturas de grãos foi a que mais cresceu percentualmente nas ultimas décadas no Brasil e no mundo, sendo indicada como a principal oleaginosa cultivada no mundialmente (EMBRAPA, 2004). A soja atingiu mais de um século de presença no Brasil. No sul do país foi onde iniciou a sua exploração que hoje já é encontrada nos mais diferentes ambientes, empurrada pelo avanço do cultivo em áreas do Cerrado. Nos anos de 1980 a soja liderou e levou o progresso e o desenvolvimento para o Brasil Central em regiões antes despovoadas e desvalorizadas (FREITAS, 2011). O rápido crescimento dessa cultura no Brasil esteve sempre ligado aos avanços tecnológicos e científicos, tendo como principais promotores desse avanço, a criação de cultivares com alta produtividade e adaptadas às diversas regiões, as tecnologias e mecanização, e os desenvolvimentos tecnológicos relacionados ao manejo químico do solo, manejo de pragas e doenças, além das práticas de solução para os principais fatores responsáveis por perdas na colheita (EMBRAPA, 2004). O Brasil hoje ocupa uma posição privilegiada na produção da soja, é o segundo maior produtor mundial atrás apenas dos EUA. A cultura foi plantada em uma área de 27,7 milhões de hectares e totalizou uma produção de 81,5 milhões de toneladas na safra 2012/2013, que gerou uma produtividade média de kg/ha (MAPA, 2013). 2.2 Exigências Nutricionais da Soja As plantas superiores como a soja, requerem 16 elementos químicos para o seu desenvolvimento, dentre eles o carbono (C), hidrogênio (H) e o oxigênio (O), que são nutrientes encontrados na atmosfera e na água e participam da fotossíntese (SILVA, 2005). Além do C, H e O, treze elementos são fornecidos pelo solo, onde seis são requeridos em maiores quantidades chamados macronutrientes, e sete outros, requeridos em menores quantidades, chamados micronutrientes. O fato de alguns nutrientes serem absorvidos em maiores quantidades que outros, não diminui a importância de todos, que são essenciais. Os

11 10 elementos minerais constituem apenas de 4 a 6% da matéria seca total da planta (BONATO et al., 1998). O grupo dos macronutrientes é composto pelo nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e o enxofre (S). Já os micronutrientes possuem o boro (B), molibdênio (Mo), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), e zinco (Zn). Apesar da separação dos dois grupos, todos possuem a mesma importância fisiológica, mesmo que a diferença entre os nutrientes do maior há menor concentração, possa alcançar uma relação de vezes (ARANTES; SOUSA, 1993) Macronutrientes, funções e sintomas de deficiência O nitrogênio pode ser absorvido pela planta nas formas de nitrato (NO - 3 ), e amônio (NH + 4 ), sendo constituinte dos aminoácidos protéicos e ácidos nucleicos (DNA, RNA), substâncias que fazem parte dos tecidos vegetais. As proteínas são indispensáveis para a cultura da soja e qualquer vida animal e vegetal. O nitrogênio ainda faz parte de compostos como a clorofila, participando diretamente da fotossíntese. Plantas bem nutrida de N apresentam crescimento vegetativo intenso e coloração verde escura, esse elemento é muito móvel (OLIVEIRA, 2014). Na deficiência de nitrogênio os grãos apresentam baixos teores de proteínas e ocorre uma clorose total das folhas mais velhas, seguida da necrose, como apresento na Figura 1 (SFREDO, 2008). Figura 1. Deficiência de Nitrogênio. Clorose total da folha. Início nas folhas mais novas. Fonte: SFREDO (2008). O fósforo participa de uma importante função na planta, constituinte de compostos armazenadores de alta energia, ATP (trifosfato de adenosina). A semente utiliza dessa energia

12 11 para sua germinação enquanto a planta utiliza para realização da fotossíntese, absorção ativa dos nutrientes do solo e sintetização de vários compostos orgânicos (ARANTES; SOUZA, 1993). Na deficiência de fósforo, há um crescimento reduzido da planta como é mostrado na Figura 2, diminuição na floração e no pegamento de vagens, além de raízes mal desenvolvidas (SILVA, 2005). Figura 2. Lavoura de soja: faixa sem adubo na semeadora. Fonte: SFREDO (2008). O potássio é o segundo elemento mais absorvido pela planta. É um nutriente importante para a soja, por ser o principal ativador enzimático e regulador dos estômatos, favorecendo a retenção das vagens durante sua formação e reduz a deiscência na maturação, juntamente com o fósforo e o nitrogênio, melhora a qualidade das sementes, e pode aumentar o conteúdo de óleo das mesmas (MARCANDALLI et al., 2008). Nos solos do Cerrado sua reserva mineral é muito pequena, insuficiente para suprir as necessidades dos cultivos sucessivos da soja. Portanto, é indispensável sua reposição ao solo, feita por adubação (SOUSA; LOBATO, 2004).

13 12 Segundo Sfredo (2008), a deficiência de potássio causa clorose, seguida de necrose nas bordas e ápice das folhas mais velhas, á planta mostra aspecto de queimada, por fogo, herbicidas, dentre outros (Figura 3 e 4). Figura 3. Vista aérea de experimento com doses de Potássio (K).Parcelas com soja seca sem K ou com pouco K; soja verde, com K. LRd-Campo Mourão, PR. Fonte: SFREDO (2008). Na Figura 4 pode ser observada a diferença entre as folhas de soja com baixo teor de potássio, com outra bem nutrida em potássio (BROCH; RANNO, 2010). Figura 4. Aspecto visual das folhas (trifólios) da soja sem potássio (à esquerda, com deficiência visual), e com potássio (à direita, normais) na adubação em área com baixos teores disponíveis deste nutriente. FUNDAÇÃO MS, Fonte: BROCH; RANNO (2010).

14 13 O cálcio é absorvido pela planta como Ca 2+, apesar de sua concentração ser maior que outros cátions na solução do solo, a taxa que é absorvida pela planta é minimizada com a competição com outros cátions, como o K + e o NH + 4, que se apresentam em maior velocidade de absorção, sendo ainda mais diminuída pelo fato de sua absorção ocorrer somente em pontas de raízes novas (ARANTES; SOUZA, 1993). Silva (2005) afirma que o cálcio apresenta uma importância significativa na alongação e divisão celular e ainda mantem a rigidez da parede celular, dando um aspecto de turgidez e resistência à planta, assim como o crescimento do grão de pólen, a germinação e o crescimento do tubo polínico também dependem de uma boa concentração de cálcio nos tecidos. Na falta do Ca, á raiz da planta apresenta um atrofiamento, ocorre à morte da gema apical, e ha o retardamento da emergência das primeiras folhas, que se apresentam encarquilhada (Figura 5). Figura 5. Deficiencia de cálcio, folhas novas encarquilhadas. Fonte: SFREDO (2008). O magnésio é absorvido pela planta na forma de Mg 2+, podendo ter sua taxa de absorção bastante reduzida por outros cátions, assim como H +, ela faz parte da molécula de clorofila, sendo fundamental no processo da fotossíntese, além de ser considerado um ativador de enzimas, relacionadas à síntese de carboidratos e ácidos nucleicos (ARANTES; SOUZA, 1993).

15 14 O magnésio é relativamente alto no floema, no caso de sua deficiência, as folhas mais velhas apresentam clorose internerval, meio amarelada, e nervuras com cor verde-pálida, como apresentado na Figura 6 (SILVA, 2005). Figura 6. Deficiência de Magnésio. Folhas com clorose internerval. Limbo amarelo-pálido e nervuras verde-pálido. Início dos sintomas nas folhas mais velhas. Fonte: SFREDO (2008). O enxofre pode ser absorvido pelas plantas através do oxigênio pelas folhas, mais a fonte mais importante de enxofre é o sulfato absorvido pelas raízes da soja. O enxofre é absorvido pela planta na forma inorgânica SO 2 4. O S contribui na composição dos aminoácidos e proteínas, sendo um nutriente importante para a transferência de eletro na fotossíntese, na sua falta, ocorre uma serie de distúrbios metabólicos, inclusive a diminuição da fotossíntese e respiração (ARANTES; SOUZA, 1993) Micronutrientes Devido às baixas concentrações absorvidas dos micronutrientes pela soja e plantas em geral, são os elementos menos estudados pelas pesquisas, entretanto com o aumento do potencial genético para produtividade da soja, as reservas desses nutrientes no solo foram acabando, sendo necessário que estes sejam aplicados ao solo, ou via foliar, para que a produtividade não seja prejudicada (ARANTES; SOUZA, 1993). Os solos do Cerrado são deficientes em micronutrientes e, mesmo com correções em altas quantidades no primeiro cultivo e adições anuais, é difícil elevar a disponibilidade desses elementos no solo (ALTMANN; PAVINATO, 2001).

16 15 A disponibilidade adequada dos micronutrientes, boro, molibdênio, cobalto, cobre, manganês, ferro e zinco para a soja, esta entre as condições necessárias para a boa produtividade dessa cultura (RESENDE, 2004). O molibdênio tem como sua principal função na soja, a atuação no processo de fixação biológica do nitrogênio (FBN). O Mo participa como componente de várias enzimas, incluindo a nitrogenase e o nitrato redutase, responsáveis por catalisar a conversão de nitrato a nitrito, durante a assimilação pelas células vegetais, e converter N 2 a amônia em microrganismos fixadores de nitrogênio (BROCH; RANNO, 2010). Apesar de não se apresentar como elemento essencial as plantas, o cobalto é um elemento essencial aos microrganismos fixadores de N 2 na cultura da soja. Esse elemento é muito importante para a fixação do nitrogênio através de bactérias, ele participa na síntese de cobamida e da leghemoglobina. Os nódulos com o rizóbio necessitam de Co para sintetizar a vitamina B12, como a enzima cobamida. Sendo assim, deficiência de cobalto pode trazer deficiência de nitrogênio na soja, devido à baixa fixação simbiótica (SFREDO, 2008) Extração e exportação de nutrientes A exigência nutricional da soja, juntamente com o seu potencial de exportação, são determinadas por fatores genéticos, que são influenciadas por fatores bióticos e abióticos, como o clima a fertilidade do solo e o manejo cultural. As informações sobre a exigência nutricional e o potencial de exportação da soja (TABELA 1), oferecem importantes dados no que se refere à quantidade bruta de exportação de cada nutriente do solo, quantificando as necessidades mínimas de correção do solo antes de cada cultivo, garantindo o potencial produtivo da planta (OLIVEIRA et al., 2008). Tabela 1. Quantidade absorvida e exportada de nutrientes pela cultura da soja. Parte da N P 2 O 5 K 2 O Ca Mg S B Cl Mo Fe Mn Zn Cu Planta... g Kg mg Kg Grãos 51 10,0 20 3,0 2,0 5, Restos culturais 32 5,4 18 9,2 4,7 10, Total 83 15, ,2 6,7 15, % Exportada Fonte: OLIVEIRA et al., 2008.

17 16 De acordo a Tabela 1, a ordem de extração dos nutrientes pela parte aérea da planta, que envolve os grãos e a palhada, é a seguinte: Nitrogênio (N), Potássio (K 2 O), Enxofre (S), Fósforo (P 2 O 5 ), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg), dando um destaque ao nitrogênio que a quantidade absorvida e exportada pelos grãos e restos culturais chega há 51 gramas por Kg (OLIVEIRA et al., 2008). 2.3 Avaliação da fertilidade do solo Existem três técnicas que são mais utilizadas para a avaliação da fertilidade do solo, análise química do solo, diagnose visual e diagnose foliar (VITTI; TREVISAN, 2000). A diagnose foliar e visual fornece apenas informações complementares sobre a nutrição da planta, podendo ajudar em algum planejamento ou programa de adubação, visando principalmente à safra posterior (BROCH; RANNO, 2010). A análise de solo é a principal técnica utilizada para avaliar a fertilidade do solo, sendo também o inicio de uma série de fatores que influenciam na produtividade das culturas em geral, disponibilizando informações que irão possibilitar a tomada de decisão para o manejo de correção do solo, com práticas como calagem ou adubação. A amostragem do solo para indicação de fertilizantes normalmente é realizada logo após a colheita da cultura, previamente aquela que será semeada (VITTI; TREVISAN, 2000). As amostras coletadas devem representar as condições químicas do solo, para que isso aconteça, é necessário coleta-las em áreas homogêneas, quanto ao tipo de solo, ou características (textura, cor, matéria orgânica), relevo e histórico de cultivo (EMBRAPA, 2008). É importante buscar o histórico com dados e informações sobre o manejo e fertilidade do solo ao longo do tempo. Buscando uma maior representação das condições do solo, indica-se coletar de 10 a 20 amostras simples, que deverão ser coletadas em pontos aleatórios na área. As amostras simples devem ser homogeneizadas, logo após é feita a retirada de uma porção que constituirá uma amostra composta, com aproximadamente 500 gramas de solo (SFREDO, 2008). O sistema de coleta de amostra pode ser realizado de duas formas, coleta ao acaso, que é utilizada em agricultura convencional, ou por quem não possui tecnologias apropriadas, e a coleta de precisão, que é utilizada para propriedades que possuem tecnologias como a agricultura de precisão, sendo que essa última disponibilizará dados sobre a variabilidade de

18 17 toda área, podendo diagnosticar as taxas de deficiência de cada ponto da área (EMBRAPA, 2008). A profundidade das camadas para a coleta pode variar de acordo o tipo de plantio (convencional ou direto), e os objetivos que se buscam avaliar. Para o plantio direto as amostras devem ser realizadas em duas profundidades (0 a 10 cm) e (10 a 20 cm) com o objetivo de avaliar a disponibilidade de cálcio, magnésio e a variação de acidez. Em plantio convencional pode ser coletado amostras somente na camada de (0 a 20 cm). Para uma análise de acidez por alumino mais profunda e a disponibilidade de enxofre que se encontra nas camadas subsuperficiais do solo, pode ser coletado amostras na camada de (20 a 40 cm) de profundidade (EMBRAPA, 2009). Em áreas de abertura, a frequência de amostragem do solo deve ser anual nos três primeiros anos de produção agrícola, buscando acompanhar a evolução da fertilidade do solo, possibilitando os ajustes necessários nas recomendações, sendo que a partir do terceiro ano, o processo de amostragem ainda é necessário, porém pode ser efetuada em um intervalo de dois a três anos (BROCH; RANNO, 2010). Após o processo de coleta, as amostras são enviadas para laboratórios especializados, que irão indicar os teores de cada elemento que foi solicitado, prováveis macro e micronutrientes, possibilitando as indicações de adubação por meio da interpretação da análise do solo (EMBRAPA, 2008). As recomendações de adubação são baseadas nos teores de nutrientes que são disponibilizadas pela interpretação da análise e pelos objetivos que se pretende alcançar (BROCH; RANNO, 2010). De acordo com Broch; Ranno (2010), as variações entre cátions no solo não expressa tanta importância em uma interpretação, pois de uma forma geral, as plantas não são muito sensíveis a estas variações, o mais importante é a manutenção dos teores de cátions principais em nível suficiente.

19 Acidez do solo e sua correção Acidez do solo O processo de formação do solo pode promover uma acidez natural com a remoção de elementos básicos como Mg, Ca, K, dentre outros, consequentemente gerando uma pobreza em bases do material de origem. O processo de formação do solo pode dar origem a três tipos de reação do solo, reação ácida, básica ou neutra, sendo que nos solos de regiões de clima tropical e subtropical, prevalece solos com reação ácida (LOPES; SILVA; GUILHERME, 1991). Sousa; Lobato (2004) afirmam que a acidificação pode ser acelerada por atividades agrícolas e pelo manejo inadequado. Quando o solo se encontra com o ph baixo, ácido, alguns nutrientes como o fósforo, molibdênio, cálcio, magnésio e potássio, se apresentam com uma diminuição em sua disponibilidade. A disponibilidade dos nutrientes é determinada por vários fatores, o qual o valor do ph se destaca, estando diretamente ligada a acidez do solo, baseado na concentração de íons, hidrogênio em atividade na solução do solo. A Figura 7 é uma ilustração da tendência de disponibilidade dos vários elementos químicos às plantas, em relação ao ph do solo, essa disponibilidade tem uma variação em consequência do aumento da solubilidade dos diversos elementos na solução do solo (BROCH; RANNO, 2010). Figura 7. Relação entre o ph do solo e a disponibilidade dos nutrientes no solo. Fonte: BROCH; RANNO (2010), (apud EMBRAPA, 2006).

20 Calagem A calagem corrige a acidez do solo e promove uma queda nos teores disponíveis de ferro, alumínio, zinco, manganês e cobre, além de aumentar a disponibilidade de outros nutrientes, levando os valores de ph para uma faixa de leve acidez, resultando em um ambiente mais equilibrado nutricionalmente, variando de 5,5 a 6,0 (ph em CaCL 2 ). No solo do Cerrado, os principais métodos utilizados para recomendação de calagem são: neutralização do alumínio e o método de saturação por bases (ARANTES; SOUZA, 1993) Neutralização do alumínio De acordo com Lopes; Silva; Guilherme (1991), a neutralização do alumínio é considerada um dos critérios mais simples para uma recomendação de calagem, sendo baseada na neutralização do alumínio do solo, isso se dá pelo fato que o alumínio trocável é um dos principais componentes relacionados à acidez do solo. A fórmula utilizada para solos do cerrado é a seguinte: NC (t ha -1 ) = AL 3+ * 2 + [2 - (Ca 2+ + Mg 2+ )] * f Onde: f = fator de correção do PRNT do calcário= 100/PRNT Em solos arenosos (teor de argila menor que 20%), a quantidade de calcário que será aplicado, se da pelo maior valor entre essas duas fórmulas: NC (t ha -1 ) = (AL 3+ * 2) * f NC (t ha -1 ) = [2-(Ca 2+ + Mg 2+ )] * f Saturação por bases do solo Sousa; Lobato (2004) afirmam que a quantidade de calcário a ser aplicada pode ser calculada pelo método da elevação da saturação por bases, fundamentada pela relação positiva que existem entre os valores de ph, e de saturação por bases. O calculo é feito através da seguinte formula: NC (t ha -1 ) = [(V 2 -V 1 )*T]*f 100 Em que: V 1= valor da saturação do solo, antes da correção. (V 1 = 100*S/CTC) sendo: S= Ca 2+ + Mg 2+ + K + (Cmol c dm -3 );

21 20 V 2 = valor da saturação do solo, recomendado para a soja; T= capacidade de troca de cátions, CTC= S + [H+AL 3+ ](Cmol c dm -3 ); Os valores adequados de saturação por bases recomendado para a soja, variam de região para região. Na região central, com predominância dos Cerrados, ricos em óxidos de ferro e de alumínio, o valor recomendado de V 2 é de 50% (LOPES; SILVA; GUILHERME, 1991). Um importante trabalho realizado pela Embrapa soja, que instalou vários experimentos da região sul do Maranhão, estabeleceu à partir de 288 pontos de um total de 2000, que a saturação por bases considerada suficiente para uma produtividade acima de 90% da produção máxima, é de 53%, sendo esse valor próximo ao que é recomendado para os solos do cerrado. Com os resultados obtidos pela Embrapa soja foi estabelecido as faixas de saturação adequada de Ca e Mg e saturação por bases na CTC, como demonstrado na Tabela 3 (SFREDO et al., 2006). Tabela 2. Faixas de baixo, médio e suficiente da saturação de Ca (%Ca) e Mg (%Mg), na CTC, e da saturação por bases (V%), para melhor interpretação da análise do solo. % de Saturação na CTC Teor % Ca %Mg V% Baixo < 26 < 13 <30 Médio Suficiente > 34 > 18 > 50 Fonte: SFREDO et al., Qualidade e uso do calcário A escolha do corretivo vai depender dos resultados da análise do solo. Em solos com desequilíbrio de cálcio e magnésio, é necessário buscar uma relação de 3/1, solos com menos de 0,8 Cmol c.dm -3 de Mg, deve ser dada preferência para calcários que contenham o magnésio (calcário dolomítico ou magnesiano), por conter teores de magnésio elevados. Caso haja uma deficiência de cálcio, com relação menor que 3/1, pode-se aplicar calcário calcítico (<5,0% MgO), aumentando a relação Ca/Mg (SFREDO, 2008).

22 21 Nos experimentos realizados pela Embrapa soja, a saturação na CTC considerada suficiente para uma produtividade acima de 90% da produção máxima em solos do cerrado é de 34% de Ca e 18% de Mg, podendo assim, diminuir a relação Ca/Mg que é recomendada (SFREDO et al., 2006). De acordo com Sousa; Lobato (2004), na escolha do corretivo também deve se levar em conta duas características que se destacam: granulometria e o teor de neutralizantes. Estas variáveis determinam o Poder Relativo de Neutralizante Total do Corretivo (PRNT). Referente à granulometria, a legislação determina que os corretivos da acidez do solo devam possuir algumas características ligadas a peneira: passar 100% em peneira de 2 mm (ABNT n 10); no mínimo 70% em peneira de 0,84 mm (ABNT n 20) e no minimo 50% na peneira de 0,3mm (ABNT n 50). A avaliação da reatividade (RE) dos calcários é obtida levando-se em consideração a composição granulométrica (LOPES; SILVA; GUILHERME, 1991). A taxa de Neutralização vai depender do valor do cálcio e magnésio no corretivo. O carbonato de cálcio puro serve como padrão, em relação ao qual são medidos os outros materiais utilizados na correção, considerando seu valor de 100%. Para calcular o VN% de um calcário, deve-se multiplicar CaO por 1,79 e o MgO por 2,50, que são os equivalentes em CaCO3 (SOUSA; LOBATO, 2004) Manejo de Correção do Solo O calcário deve ser aplicado e incorporado com antecedência mínima de três meses ao plantio, disponibilizando assim um tempo suficiente para que reaja com a acidez do solo e, consequentemente, proporcione um solo propício ao desenvolvimento da cultura. A presença da água é imprescindível para que ocorra a reação do calcário. A aplicação e incorporação são aspectos importantes para o sucesso da técnica e também devem ser considerados (BROCH; RANNO, 2010). De acordo com Sfredo (2008), a aplicação realizada com parcelamento em dois ou mais anos da dose de calcário calculada como necessária, não apresenta nenhuma vantagem. Para o autor, no primeiro ano não se estará criando o ambiente necessário para o melhor desenvolvimento da planta, o que pode ocorrer nos anos seguintes, já que pode haver, devido aos agentes de acidificação do solo, alteração na quantidade de corretivo. O melhor e mais eficiente método para incorporar o calcário é o da aração, permitindo alcançar a camada de 0-20 cm de profundidade do solo. Levando em consideração

23 22 as formas e quantidades de incorporação, é recomendado que doses de até 5 t/ha de calcário sejam aplicadas no seu total, antes da aração, em doses acima de 5 t/ha recomenda-se a aplicação de metade da dose antes da aração, aplicando o restante após a aração e antes da gradagem (EMBRAPA, 2008). De acordo ao trabalho realizado por Miranda et al., (2005), à aplicação de doses adequadas de calcário, promove aumentos significativos na produtividade da soja, e em solos com acidez elevada nas camadas 5-20 cm, a incorporação do calcário promove melhor resultado que o não incorporado, em sistema de plantio direto. A acidez subsuperficial, se apresenta na camada abaixo de 20 cm do solo, podendo gerar principalmente a toxidez de alumínio trocável, gerando uma condição que limita o desenvolvimento do sistema radicular da planta, diminuindo drasticamente a tolerância da planta à seca, e a promoção de ciclagem de nutrientes (OLIVEIRA et al., 2008). A prática utilizada nesse caso é a aplicação de gesso agrícola, que diminui rapidamente a saturação de alumínio nessas camadas mais profundas, surgindo assim condições para o sistema radicular das plantas aprofundarem-se no solo e consequentemente, minimizar o efeito dos veranicos (EMBRAPA, 2008). A Fundação MS vem obtendo respostas expressivas com a utilização de gesso agrícola na cultura da soja, evidenciados por trabalhos com incrementos na produtividade da soja de até 5,0 sc ha -1 em relação à testemunha (sem restrição nutricional de enxofre), com o fornecimento de altas doses de gesso (BROCH; RANNO, 2010). A utilização do gesso deve ser praticada em áreas onde a análise de solo na profundidade de 20 a 40 cm, indicar uma saturação de alumínio maior que 20%, ou quando a saturação do cálcio for abaixo que 60%. A dose de gesso agrícola a ser aplicada é de 700, 1200, 2200 e 3200 kg ha, respectivamente para solos, arenosos, média, argilosa e muito argilosa, podendo ser aplicada a lanço devido as suas características químicas (BROCH; RANNO, 2010). 2.5 Recomendação de adubação com macronutrientes Nitrogênio (N) O nutriente mais requerido pela soja é o nitrogênio (N), sendo que para produzir 1000 kg de grãos, é estimada uma necessidade de 83 kg de N. A fixação biológica do

24 23 nitrogênio se destaca como a principal fonte de N para a cultura da soja, desprovendo da necessidade de utilizar este nutriente na adubação (OLIVEIRA et al., 2008). De acordo Kluthcouski et al., (2006) a soja pode apresentar nos estádios iniciais de desenvolvimento, uma deficiência de N, devido à insuficiência de nodulação, podendo ocorrer em áreas novas ou sob pastagens degradadas, pela inexistência de Bradyrhizobium residual no solo, se aliado ao tratamento de sementes com fungicidas. Experimentos conduzidos pela Embrapa Arroz e Feijão em 2004, indicaram que a adubação antecipada com nitrogênio em uma área de pastagem degradada, na quantidade de 45 kg. ha -1 na forma de uréia, mostraram aumento significativo no rendimento dos grãos de soja (KLUTHCOUSKI et al., 2006). Santos Neto et al., (2013), realizaram um trabalho aplicando diferentes taxas de nitrogênio com, ou sem inoculação, cujos resultados obtidos mostram que a adubação nitrogenada para a soja é uma pratica inviável, e sem resultados que comprovem sua eficiência, obtendo aumento de produtividade significativa somente com a inoculação da semente Fixação biológica de nitrogênio (FBN) Esse processo se dá quando bactérias do gênero Bradyrhizobium, entram em contato com as raízes da soja, infectando as raízes via pelos radiculares, formando nódulos. Para que esse processo tenha sua eficiência alcançada é necessário que haja uma utilização correta dos inoculantes contendo bactérias específicas para a FBN da soja (SFREDO, 2008). O uso de fungicidas juntamente com o inoculante para tratamento de sementes, pode afetar e reduzir a nodulação e a FBN. Nesse caso deve-se dar preferência à misturas de fungicidas que demonstram serem menos tóxicos para o Bradyrhizobium (EMBRAPA, 2008). Em áreas de primeiro cultivo de soja a inoculação é uma prática indispensável, sendo que as estirpes nativas das bactérias são de baixa eficiência e em pouca população. Em busca de alta taxa de população das estirpes em áreas novas, é importante utilizar duas a três vezes à dose de inoculante normalmente recomendada para áreas com cultivo anterior de soja, como é realizado pela Fundação MS, que tem obtido bons resultados com a utilização de duas a três doses de inoculante turfoso ou duas doses de inoculante turfoso mais duas doses de inoculante líquido via sementes (BROCH; RANNO, 2010). Pesquisas realizadas pela Fundação MS apontam produtividades acima de kg. ha -1, mesmo sem a aplicação de N mineral, resultado da alta capacidade da soja em obter o N que necessita pelo processo de fixação biológica (BROCH; RANNO, 2010).

25 24 Na Figura 8, é mostrada a diferença de nódulos, comparando uma raiz de soja sem o tratamento com inoculante, com outra, realizado o processo de tratamento de sementes com inoculante, tendo um ganho de 20 sc/ha, comparando com a testemunha (BROCH; RANNO, 2010). Figura 8. Sistema radicular da soja na ausência de inoculante (á esquerda sem nódulos) e com inoculação bem feita (á direita nodulação abundante) em área virgem, sem cultivo anterior de soja. Fonte: BROCH; RANNO (2010). Santos Neto et al., (2013) afirmam com o experimento, realizado com diferentes quantidades aplicadas de nitrogênio com, ou sem inoculante, que somente a inoculação bem feita, consegue suprir toda necessidade da soja por esse nutriente Adubação Fosfatada (P) Sousa; Lobato (2003) afirmam que, os solos do Cerrado apresentam geralmente baixos teores de fósforo na sua solução. Associando essa característica, à alta capacidade que esses solos possuem de reter o fósforo na fase sólida, o que gera uma das principais limitações para o desenvolvimento de qualquer atividade agrícola rentável, necessitando assim das aplicações dos adubos fosfatados. A escolha da fonte de P é um fator importante, que leva em consideração o período residual desejado e seu índice de eficiência agronômica. Devido às diferentes características das fontes de fósforo, com fontes que proporciona alta, média e baixa solubilidade é necessário buscar uma fonte que irá se adequar ao manejo de adubação que será aplicado a soja (SOUSA; LOBATO, 2003). Os fertilizantes fosfatados disponíveis no mercado são classificados de acordo a sua solubilidade em água, citrato neutro de amônio (CNA) e ácido cítrico (AC), conforme a legislação brasileira. Os produtos com alta solubilidade em água e em CNA, são os

26 25 superfosfatos simples e triplo, ambos fosfatos monocálcicos, e os fosfatos monoamônicos (MAP) e diamônico (DAP), esses apresentam mais de 90% do P total solúvel em CNA, e dissolvem-se rapidamente no solo (SOUSA; LOBATO, 2004). Os produtos insolúveis em água e em AC, que são os fosfatos naturais brasileiros, como o Araxá, Patos de Minas, Catalão e outros, possuem dissolução e eficiência agronômica muito baixa para a cultura da soja. Além dos produtos já comentados, também são oferecidos no mercado produtos com média solubilidade em água e em CNA, produtos insolúveis em água e com alta solubilidade em CNA ou AC, que são os termofosfatos e os a base de fosfato bicálcico, e por fim os insolúveis em água e com média solubilidade em AC como o Gafsa (SOUSA; LOBATO, 2004). Um trabalho realizado por Sousa; Rein; Lobato (2008) buscou avaliar a eficiência agronômica de sete fontes de fosfatos naturais reativos (FNR), tendo como referência o superfosfato triplo granulado, em seis cultivos sucessivos, todos aplicados a lanço e incorporados. Os FNRs utilizados foram o Arad, Argélia, C. Norte, Marrocos 1, 2 e 3 e o Gafsa. O superfosfato triplo se destacou no primeiro ano com 3,6 ton/ha -1 diminuindo com o decorrer dos anos, devido o seu residual. No acumulativo os FNRs se mostraram equivalentes aos superfosfatos, se apresentando como uma saída para o uso alternativo de outras fontes de P. Experimentos conduzidos por Silva et al., (2009), que aplicaram diferentes fontes de fósforo com suas disponibilidades variadas, mostram que as fontes de solubilidade mais elevadas (superfosfato triplo e termofosfato), proporcionaram maiores produções e índice de eficiência em relação aos fosfatos naturais, diferindo dos resultados obtidos por Sousa; Rein; Lobato (2008). As tabelas de interpretação da análise de solo e recomendação de fertilizante fosfatado, se dá, pela utilização do método de extração Mehlich 1. Na Tabela 3 e 4, constatamos os níveis utilizados para a interpretação do fósforo extraído pelo método Mehlich 1, em sistema de sequeiro e irrigado, variando de acordo com o teor de argila (SOUSA; LOBATO, 2003).

27 26 Tabela 3. Interpretação da análise de solo para P extraído pelo método Mehlich 1, de acordo com o teor de argila, para recomendação de adubação fosfatada em sistemas de sequeiro com culturas anuais. Fonte: SOUSA; LOBATO, 2003, (apud SOUSA et al., 2002). Tabela 4. Interpretação da análise de solo para P extraído pelo método Mehlich 1, de acordo com teor de argila, para recomendação de adubação fosfatada em sistema irrigado com culturas anuais. Fonte: SOUSA; LOBATO, 2003, (apud SOUSA et al., 2002). A Tabela 5 contem as quantidades recomendadas para aplicação de P 2 O 5 de acordo o teor de argila e a disponilidade no solo em sistema de sequeiro e irrigado para a cultura da soja (SOUSA; LOBATO, 2003). Tabela 5. Recomendação de adubação fosfatada corretiva de acordo com a disponibilidade de fósforo e com o teor de argila do solo, em sistemas de sequeiro e irrigado, com culturas anuais. Fonte: SOUSA; LOBATO, 2003, (apud SOUSA et al., 2002).

28 27 A adubação fosfatada corretiva pode ser efetuada de duas maneiras, corrigindo o solo de uma só vez, à lanço e incorporada a 20 cm, realizando a manutenção do nível de fertilidade posteriormente, e pode ser feita a correção gradual, utilizada quando não há como realizar a correção total do solo. Nessa prática é feita a aplicação no sulco de semeadura, uma quantidade de fósforo superior a que é extraída pela cultura, acumulando e atingindo o fósforo desejado com o passar do tempo (ARANTES; SOUZA, 1993). Na Tabela 6 identificamos a quantidade recomendada para adubação fosfatada corretiva a lanço, e adubação corretiva gradual, no sulco de semeadura (SFREDO, 2008). Tabela 6. Indicação de adubação fosfatada corretiva a lanço e adubação fosfatada corretiva gradual no sulco de semeadura, de acordo com a classe de disponibilidade de P e o teor de argila, para solos de cerrado. Fonte: SFREDO, 2008, (apud SOUSA; LOBATO, 1996). 1 Fósforo solúvel em citrato de amônio neutro mais água, para os fosfatos acidulados; solúvel em ácido cítrico 2% (relação 1:100); para termofosfatos, fosfatos naturais e escórias. 2 Além da dose de correção total, usar adubação de manutenção. 3 No sulco de semeadura, em substituição à adubação de manutenção. 4 Classe de disponibilidade de P, ver Tabela 4 e 5. Quando o nível de fósforo no solo estiver estabilizado em médio ou bom, deverá ser realizada somente a adubação de manutenção, correspondendo a 20 Kg de P 2 O 5, para cada 1000 Kg de grãos produzidos (EMBRAPA, 2008). Neto et al., (2010) realizaram um experimento em um solo com 23% de argila e 6 mg dm -3 de P (Muito baixo), pelo método de Mehlich, onde aplicaram seis diferentes doses de fósforo (0; 40; 60; 100; 120 e 140 kg ha -1 de P 2 O 5 ), o rendimento máximo estimado foi de 2.614,7 Kg de grãos de soja para a dose de 94,8 Kg ha -1 de P 2 O 5, resultado que se aproxima do que é indicado por Sousa; Lobato, 2003 (Tabela 5). A forma de aplicação pode variar de acordo a quantidade há ser aplicado, para doses superiores a 100 kg ha -1 de P 2 O 5, é recomendada a aplicação á lanço com incorporação ao solo, principalmente em solos muito deficientes neste nutriente, doses inferiores a 100 kg ha -1

29 28 de P 2 O 5, recomenda-se para a soja a localização em sulcos, principalmente em solos com baixa disponibilidade do nutriente (SOUSA; LOBATO, 2003) Adubação Potássica (K) Segundo Broch; Ranno (2010) para se efetuar uma tomada de decisão para a aplicação do potássio, deve-se principalmente se basear nos resultados de análise do solo e no histórico da área, sendo sempre importante ter os resultados das análises dos últimos três cultivos para uma decisão segura. Os teores de potássio considerados adequados dependem do teor de argila da área e essa interpretação é dada também pelas tabelas de interpretação e recomendação do método de extração Mehlich 1 (Tabela 7). Tabela 7. Interpretação da análise de solo para K extraído pelo método Mehlich-1, de acordo com o teor de argila, para recomendação de adubação potássica. FUNDAÇÃO MS, Fonte: BROCH; RANNO, Siva; Lazarini (2014) conduziram um trabalho para avaliar a produtividade da soja submetida a diferentes doses e épocas de adubação com potássio, em um solo com nível muito bom de K + e doses de K 2 O de (0; 50 e 100 Kg ha -1 ), com tratamentos adubados na semeadura e tratamentos adubados no estádio V6. Foi constatado nesse experimento que, em solos com um teor adequado de K 2 O, a adubação corretiva com diferentes doses e as diferentes épocas de adubação não diferenciou estatisticamente a produtividade da soja, podendo nessas condições, realizar somente a adubação de manutenção (Tabela 8). Na Tabela 8 é apresentada a quantidade de potássio a ser aplicada no manejo de correção e manutenção, determinada pela análise do solo (BROCH; RANNO, 2010).

30 29 Tabela 8. Indicação de adubação potássica corretiva e adubação potássica de manutenção, de acordo com a classe de disponibilidade de K. FUNDAÇÃO MS, Fonte: BROCH; RANNO, Luchese et al., (2011) conduziram um experimento com o intuito de avaliar a produtividade da soja em um solo com médio teor de K 2 O e 4 dosagens diferentes (0; 40; 60 e 100 Kg K 2 O ha -1 ) aplicados a lanço no estádio V3. Os resultados obtidos comprovaram aumento significativo na produtividade até os 100 Kg aplicados de potássio com acréscimo aproximadamente de 33,16% em relação à testemunha, em relação ao custo/beneficio a aplicação de 60 kg ha -1 de K 2 O obteve melhor resultado, proporcionando acréscimo de 30, 42% na produção em relação à testemunha. Sfredo (2008) afirma que a adubação corretiva com potássio deve ser realizada a lanço, para solos com teor de argila acima de 20%, já em solos arenosos, com menos de 20% de argila, não se deve fazer adubação corretiva de potássio, devido às grandes perdas por lixiviação. Broch; Ranno (2010) indicam que em áreas novas a aplicação pode ser realizada á lanço e incorporada com a última grade niveladora, podendo ser junto com a fosfatagem, se a análise do solo indicar a necessidade da mesma. Nas áreas de plantio direto a aplicação é feita a lanço ou, preferencialmente, com semeadora no espaçamento de 17 a 20 cm e profundidade de 2-3 cm Adubação com Enxofre (S) A absorção de enxofre pela soja é de 10 kg para cada 1000 kg de grãos produzidos, essa quantidade deve ser adicionada anualmente, realizando a manutenção do solo, sendo assim, a quantidade a ser aplicada esta diretamente ligada à quantidade que se espera de produtividade, ou seja, quando se espera uma produtividade de 3000 kg. ha -1 de grãos, a

31 30 necessidade de aplicação será de 30 kg. ha -1 de (S). O Enxofre é encontrado em maiores concentrações de 20 a 40 cm, á análise do solo deve ser feita a duas profundidades, de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm (EMBRAPA, 2004). A Embrapa soja conduziu um experimento para avaliar a produtividade da soja em relação a diferentes fontes e doses de enxofre, onde a média indicou que houve resposta na produção até a dose de 91 kg. ha -1 de S, alcançando a produtividade máxima de kg. ha -1 de grãos (SFREDO et al., 2003). De acordo o trabalho realizado pela Embrapa soja, a (Tabela 9) apresenta doses de correção e manutenção com (S) relacionadas às diferentes profundidades (SFREDO et al., 2003). Tabela 9. Indicação de adubação de correção e de manutenção com enxofre (S), conforme as faixas de teores de S no solo (mg dm -3 ), a duas profundidades no perfil do solo, para a cultura da soja, no Brasil. 2ª aproximação 1. Fonte: SFREDO, 2008, (apud SFREDO et al., 2003). Métodos: Extração-Ca (H2PO4)2 0,01 M L-1; Determinação-Turbidimetria. M= Manutenção: 10 kg para cada 1000 kg de produção de grãos esperada. A forma de aplicação vai depender da fonte de (S) escolhida, podendo ser a lanço sobre a superfície ou seguida de incorporação com a niveladora. No caso do enxofre granulado, peletizado e do superfosfato simples a aplicação também pode ser realizada no sulco antes à semeadura, no espaçamento de 17 a 20 cm e profundidade de 2-3 cm ou no sulco de semeadura no momento da semeadura da soja com profundidade de 8-12 cm, misturando com o fertilizante de plantio (BROCH; RANNO, 2010).

32 Recomendação de adubação com Micronutrientes Molibdênio (Mo) e Cobalto (Co) Embrapa (2008) afirma que é indispensável o fornecimento de 2 a 3 g ha -1 de cobalto (Co), e de 12 a 30 g ha -1 de molibdênio (Mo), que são nutrientes muito importantes para a fixação biológica de nutrientes (FBN). O molibdênio é essencial para a redução de nitrato ha amônio, na planta. Essa aplicação de micronutrientes pode ser realizada via semente, por inoculação, ou via foliar, nos estádios de desenvolvimento V3 a V5. Neto et al., (2012) conduziram um experimento para avaliar os números de nódulos, vagens e grãos de soja, decorrente da aplicação de molibdênio e cobalto em diferentes doses e formas de aplicação. Como resultado, obtiveram respostas significativas na aplicação de Mo e Co, via sementes e/ou foliar no estádio V4, com aumento em números de nódulos, vagens e produtividade, chegando a aumentos de até 240 kg ha -1 de grãos de soja, com doses aproximadas das recomendadas pela Embrapa (2008) Zinco (Zn), Manganês (Mn), Cobre (Cu), Boro (B) e Ferro (Fe) A determinação da necessidade de utilização dos micronutrientes, Zn, Mn, Cu, B e Fe, além da diagnose foliar, pode também ser feita com base no resultado da análise do solo pelos extratos Mehlich-1 e/ou, DTPA para Zn, Mn e Cu e água quente para B, a deficiência de manganês é verificada através do exame visual, ou diagnose foliar (OLIVEIRA et al., 2008). O efeito residual da aplicação dos micronutrientes atinge um período de cinco anos no mínimo. Para uma reaplicação de qualquer um desses micronutrientes, deve ser feita uma análise foliar. A diagnose de folhas para diagnosticar deficiências ou toxicidade de micronutrientes em soja, é uma ferramenta efetiva para adubação, porém as adubações só poderão ocorrer na próxima safra, já que, á amostragem de folhas é indicada no período da floração, a partir do qual não é mais satisfatório realizar correção de ordem nutricional (MALAVOLTA; GOMES; ALCARDES, 2002). Podemos visualizar na Tabela 10, os limites para interpretação das taxas de micronutrientes no solo para culturas anuais na região do Cerrado (BROCH; RANNO, 2010).

33 32 Tabela 10. Limites para interpretação dos teores de micronutrientes no solo para culturas anuais, na região do Cerrado. FUNDAÇÃO MS, 2010 Fonte: BROCH; RANNO, 2010, (apud EMBRAPA, 2006). Caso seja identificada pela a análise do solo e interpretação a necessidade de aplicação de Zn, Mn, Cu e B, á Tabela 11 pode ser utilizada para determinar a quantidade a ser usada na correção (BROCH; RANNO, 2010). Tabela 11. Indicação de doses de B, Cu, Mn e Zn a serem utilizadas em função dos níveis no solo. FUNDAÇÃO MS, 2010 Fonte: BROCH; RANNO, 2010, (apud EMBRAPA, 2006). Inocêncio et al., (2012) realizaram um trabalho para avaliar a resposta da soja a adubação com diferentes teores e formas de aplicação de zinco, em um solo com teor adequado de Zn, onde obtiveram respostas significativas na produção com até 4,8 Kg ha 1 de Zn, onde as respostas observadas no trabalho, indicam que o nível critico de zinco para soja na região do cerrado deve ser revisto. Manni et al., (2001) afirma que a deficiência de manganês ocorre principalmente em solos do cerrado que possuem baixa fertilidade natural e cultivo intensivo com retirada crescente desse micronutriente, sem haver a reposição do mesmo. No intuito de avaliar a influência da adubação de manganês na cultura da soja, Manni et al., (2001), conduziram um experimento com diferentes doses de Mn, aplicados via solo e/ou foliar, onde obtiveram respostas significativas na produtividade da soja. Na aplicação de 7 Kg ha -1 de Mn no sulco de

34 33 plantio, á produtividade da soja obteve um acréscimo significativo de grãos comparando com a testemunha. Galrão (1991) afirma que a resposta da soja a adubação com cobre é muito restrita, e dependente da sua disponibilidade no solo. O efeito do cobre no rendimento de grãos de soja foi avaliado em um trabalho realizado por Galrão (1991), onde obteve um pequeno aumento na produtividade de 0,58, 0,41, e 0,47 t/ha -1 de grãos respectivamente, no segundo, terceiro e quarto cultivo, após a aplicação a lanço de 2 Kg ha -1 de cobre, o que mostra seu prolongado efeito residual. No intuito de avaliar os teores adequados e tóxicos de boro para a cultura da soja, Fageria (2000) realizou um experimento onde através de adubações com diferentes teores de boro, identificou que a produção máxima de matéria seca foi através da aplicação de 3,4 mg Kg -1 no solo e a quantidade toxica foi de 6,9 mg Kg -1 no solo, sendo que a toxidez pode comprometer seriamente a produtividade do grão, obrigando o produtor a tomar cuidado na quantidade de boro há ser aplicada. A deficiência de ferro pode ser encontrada em áreas anormais, com o ph muito elevado. Devido às características ácidas da maioria do solo do cerrado, os teores de ferro são normalmente altos nesse solo, desprovendo assim de alguma necessidade de adubação desse nutriente (SOUSA; LOBATO, 2004). A adubação de segurança em solos do cerrado para micronutrientes, é uma prática viável, trata-se de uma adubação corretiva que busca prevenir de eventuais deficiências. Esse manejo de adubação é realizado de 4 a 5 anos, fazendo a aplicação a lanço e incorporação de 6 kg ha -1 de Zn e Mn, 1 a 2 kg ha -1 de B e Cu, e 0,25 a 0,40 kg ha -1 de Mo, essa formula é chamada de fritas (FTE), sendo realizada somente quando á baixa disponibilidade dos micronutrientes no solo (GALRÃO, 2002). 2.7 Diagnose foliar A produção da planta possui uma ligação direta com a quantidade de nutrientes absorvida. Sendo assim a análise química das folhas, chamado de diagnose foliar, é uma ferramenta que pode ser utilizada de forma complementar para se obter dados e avaliar a disponibilidade de nutrientes no solo, com o intuito de realizar um diagnóstico nutricional e auxiliar na decisão sobre a futura recomendação de adubação (OLIVEIRA et al., 2008). A diagnose foliar consiste basicamente em uma análise química das folhas e sua interpretação. É realizada a coleta dos trifólios, sem o pecíolo, entre o terceiro ou quarto nó a

35 34 partir do ápice da planta, são coletadas amostras de no mínimo 40 plantas no talhão, buscando coletar um número de plantas bem distribuídas na lavoura, compondo assim, uma amostra representativa (ARANTES; SOUZA, 1993). A época de amostragem é um aspecto importante, considerando o tecido a ser colhido no inicio do florescimento, no estádio R1. É importante evitar a coleta de folhas perto de estradas ou com algum outro aspecto de contaminação que possa interferir no resultado, podendo sempre que possível e necessário, mergulhar a folha em água e logo após secá-las a sombra, evitando contaminação com poeira (BROCH; RANNO, 2010). Na Figura 9, temos uma ilustração de uma planta de soja e seus pontos de coleta da folha para a amostra (OLIVEIRA et al., 2008). Figura 9. Folha recém-madura, no inicio do florescimento (R1). Fonte: OLIVEIRA et al., (2008). Para realizar a interpretação da análise química das folhas, é feita uma comparação com a tabela indicativa das faixas de suficiência de nutrientes para a cultura da soja. Na Tabela 12, consta as faixas de nutrientes que é utilizado para a realização da interpretação dos resultados da diagnose foliar (OLIVEIRA et al., 2008).

36 35 Tabela 12. Concentrações de nutrientes usadas na interpretação dos resultados das análises de folha de soja do terço superior no início do florescimento (Estádio R1). Fonte: OLIVEIRA et al., Dentro da técnica de análise foliar ainda há o Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS), que é um método de diagnostico do estado nutricional da soja, pelo qual os nutrientes são avaliados a partir de relações envolvendo todos os nutrientes por meio de índices negativos ou positivos. O objetivo dessa ferramenta é informar a ordem de limitação dos nutrientes, não só por deficiência com índices negativos, mais também pelos excessos, representada por índices positivos (EMBRAPA SOJA, 2003). Para realizar a interpretação dos resultados observa-se o sinal dos índices DRIS (Figura 10), relativos a cada nutriente. Quando o índice de um nutriente é negativo, provavelmente este nutriente estar deficiente, quando o índice DRIS de um nutriente é positivo, este pode estar em excesso. Dessa forma, quanto mais próximo de zero for o índice, melhor será o equilíbrio nutricional relativo ao nutriente (KURIHARA; MAEDA; ALVAREZ V, 2005). Figura 10. Gráfico de interpretação dos índices DRIS. Fonte: KURIHARA; MAEDA; ALVAREZ V, (2005).

CULTURA DA SOJA: NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO. Disciplina: Culturas de Plantas Oleaginosas Curso: Agronomia Responsável: Fernando Celoto

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