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1 Interciencia Asociación Interciencia ISSN (Versión impresa): VENEZUELA 2002 Ulysses Paulino de Albuquerque / Laise de Holanda Cavalcanti Andrade USO DE RECURSOS VEGETAIS DA CAATINGA: O CASO DO AGRESTE DO ESTADO DE PERNAMBUCO (NORDESTE DO BRASIL) Interciencia, julio, año/vol. 27, número 007 Asociación Interciencia Caracas, Venezuela pp Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal Universidad Autónoma del Estado de México

2 USO DE RECURSOS VEGETAIS DA CAATINGA: O CASO DO AGRESTE DO ESTADO DE PERNAMBUCO (NORDESTE DO BRASIL) ULYSSES PAULINO DE ALBUQUERQUE e LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE studos etnobotânicos no semi-árido brasileiro são ainda muito escassos, o que reflete a grande falta de interesse pelas florestas secas, consideradas por Janzen (1997) como um dos mais ameaçados ecossistemas do planeta. As atuais formas de uso e aproveitamento da terra são extremamente precárias e não respeitam a complexidade desses delicados ecossistemas. Uma das alternativas que têm sido apontadas para solucionar esse problema seria o estudo sobre o conhecimento e uso que as populações locais fazem dos recursos naturais e a análise detalhada do impacto de suas práticas sobre a biodiversidade (Albuquerque, 1997, 1999; Toledo et al., 1995). As rápidas mudanças sociais e os processos de aculturação econômica e cultural afetam fortemente o conhecimento local sobre o uso de recursos naturais (Amorozo e Gély, 1988; Caniago e Siebert, 1998; Benz et al., 2000). Os problemas decorrentes dessa perda cultural são irreversíveis e, com ela, as possibilidades de desenvolver sustentavelmente uma região com base na experiência local são reduzidas. Quando se fala em desenvolvimento sustentável, deve-se garantir os meios de sobrevivência para as comunidades locais antes de qualquer outra coisa. Na verdade, todos esses aspectos já vêm sendo discutidos por diversos autores (Diegues, 1994; Begossi, 1998; Rêgo, 1999; Albuquerque, 1999). No Nordeste do Brasil a expansão pecuária é um processo marcante, que se reflete na conversão de florestas em pastagens e cultivos. Algumas políticas e programas destinados à região são insuficientes e muitas vezes inconsistentes, pois derivam de um pobre conhecimento sobre os recursos e sobre a complexidade da relação pessoas/ambiente. O estudo de informações sobre a interação pessoas/plantas pode contribuir para mudar o quadro atual e pode dar-se em dois níveis: padrão geral de uso da terra relacionado com atividades econômicas e background cultural; e estudos por comunidades, grupos culturais ou táxons (Bye, 1995). No presente artigo, objetivou-se especialmente estudar a relação de uma comunidade rural, inserida no ecossistema caatinga, com as plantas da localidade, tendo em vista a importância de um tal conjunto de informações para o conhecimento dos recursos desta região. Este trabalho explora a relação pessoas/plantas no ecossistema caatinga (uma floresta seca), no município de Alagoinha, estado de Pernambuco (Brasil). Os seguintes questionamentos nortearam o seu desenvolvimento: 1) De que forma a comunidade local aproveita os recursos vegetais da região? 2) Aproveitando os recursos disponíveis, estes são diretamente utilizados no atendimento das necessidades gerais ou se convertem em produtos de venda ou troca? 3) Quais os produtos vegetais obtidos diretamente do ecossistema? 4) A disponibilidade desses recursos e o atendimento das necessidades das pessoas na comunidade estudada obedecem a fatores temporais? 5) Há espécies que recebem maior atenção das pessoas? Muitas das espécies vegetais da caatinga estão atualmente ameaçadas de extinção por várias razões, principalmente pela forte pressão extrativista de madeira para produção de carvão e/ou materiais de construção. Área de Estudo O município de Alagoinha, com área de 181km 2, está localizado no Nordeste do Brasil na sub-zona do agreste de Pernambuco (08º27 59 S; 36º46 33 W), distando 225,5km da capital deste Estado (FIDEM, 2001; Figura 1). O clima é semi-árido quente de baixas latitudes. Segundo a classificação de Köppen, esse clima enquadra-se no tipo BSHs. A temperatura média anual é de 25ºC e a precipitação pluviométrica anual é de 599mm, com chuvas distribuídas irregularmente durante o ano. A vegetação natural consiste de floresta tropical seca do tipo caatinga arbórea hiperxerófila, a qual se caracteriza pela PALAVRAS CHAVE / Brasil / Caatinga / Comunidade Rural / Etnobotânica / Uso de Recursos Naturais / Recebido: 05/10/2001. Modificado: 20/02/2002. Aceito: 09/04/2002 Ulysses Paulino de Albuquerque. Mestre e Doutor em Biologia Vegetal, Universidad Federal de Pernambuco (UFPE), Brasil. Professor Adjunto I. Endereço: Departamento de Biologia, Área de Botânica, Universidade Federal Rural de Pernambuco, R. Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife-PE, Brasil. e- mail: upa@npd.ufpe.br Laise de Holanda Cavalcanti Andrade. Mestra e Doutora em Botânica, Universidade de São Paulo, Brasil. Professor Ajunto IV. Endereço: Laboratório de Etnobotânica e Botânica Aplicada (LEBA), Universidade Federal de Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rêgo s/n, Cidade Universitária, Recife-PE /02/07/ $ 3.00/0 JUL 2002, VOL. 27 Nº 7

3 presença de espécies xerófitas e decíduas, bem como de representantes das famílias Cactaceae e Bromeliaceae. Apresenta espécies que permanecem com folhas na estação seca, como é o caso do juá (Ziziphus joazeiro Mart.) ou parcialmente, como o umbu (Spondias tuberosa Arr. Câm.). A vegetação de caatinga, que cobre uma vasta área da região Nordeste do Brasil, é caracterizada pela deficiência hídrica originada da baixa pluviosidade, da alta evapotranspiração potencial e da distribuição irregular das chuvas (Rodal et al., 1992; Sampaio, 1995). Segundo Sampaio (1995) a flora é ainda pouco conhecida, incluindo aproximadamente 339 espécies de árvores e arbustos, sendo as famílias com o maior número de espécies Leguminosae, Euphorbiaceae e Cactaceae. A vegetação de caatinga não forma um conjunto estrutural e florístico homogêneo, mas varia em função de fatores como solo, índice xerotérmico, fisionomia e gêneros característicos, a saber: Tabebuia, Aspidosperma, Astronium, Cavanillesia, Schinopsis, Caesalpinia, Mimosa, Syagrus, Spondias, Cereus, Pilosocereus, Jatropha, Piptadenia, etc. (Sampaio, 1995). Na área de estudo, a agropecuária e o comércio são os dois principais setores econômicos. A agricultura é baseada no cultivo de feijão, mandioca, milho e goiaba. A comunidade rural, com 5793 habitantes dos habitantes do total (FIDEM, 2001), apresenta muitas unidades familiares caracterizadas por uma economia de subsistência cultivando plantas como mandioca, milho, goiaba e pinha, e criando bovinos e/ou caprinos. Produtos excedentes são comercializados nas feiras e mercados da cidade ou de municípios vizinhos. Extensas áreas de vegetação são convertidas em pastagens ou derrubadas para produção de madeira e carvão. As pequenas propriedades da zona rural são física e estruturalmente muito semelhantes e a grande maioria apresenta parte de sua área cultivada com Opuntia spp., usada como forragem. Pode-se observar na região um sistema de manejo dos recursos naturais caracterizado basicamente por ser um bioextrativismo, notadamente de fruteiras nativas como o umbu. Materiais e Métodos Figura 1. Local de estudo. Município de Alagoinha, estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Realizou-se entrevistas com 30 informantes na área conhecida por Laje do Carrapicho e adjacências, envolvendo todas as residências habitadas e com pessoas dispostas a colaborar com a pesquisa. No total entrevistou-se 24 mulheres com idade variando de anos e seis homens com idade variando de anos, empregando-se a técnica de entrevista semi-estruturada (Martin, 1995). Os informantes foram questionados sobre as plantas conhecidas e o uso que se faz delas na região. Além disso, um levantamento geral para análise de produtos com potencial de mercado foi feito com base nos procedimentos adotados por Mutchnick e McCarthy (1997). Observações sobre práticas agrícolas e de manejo também foram realizadas através de observação participante (Mauss, 1993; Martin, 1995). Um detalhado levantamento etnobotânico foi obtido e o material botânico decorrente dele foi coletado com o auxílio dos informantes que identificaram as plantas no campo por seu nome vernáculo. Umas poucas plantas citadas pelos informantes não foram encontradas durante as excursões de coleta; por isso os nomes científicos referidos para este conjunto de plantas são aqueles mais comuns ligados aos nomes populares. Alguns materiais foram coletados estéreis e identificados no nível de gênero. Estudos (por exemplo, Griz, JUL 2002, VOL. 27 Nº 7 337

4 1996) já realizados na região contribuíram com material de herbário para fins de comparação. Material-testemunho encontra-se depositado no herbário UFP (Departamento de Botânica, Universidade Federal de Pernambuco). Como complemento às etapas anteriores, buscou-se identificar os componentes da vegetação nativa presentes na alimentação e a sua importância. Os informantes foram diretamente questionados sobre isso, juntamente com observações pessoais. Ainda solicitou-se aos informantes que recordassem do que se alimentaram nas últimas 24 horas. Uma Tabela baseada nos dados dos informantes e em um ano de observações de campo ( ), permitiu identificar a disponibilidade temporal dos fitorecursos conhecidos e consumidos envolvendo principalmente os dados relacionados com os produtos diretamente obtidos e o seu oferecimento. Na análise da disponibilidade temporal foram excluídas as espécies que só ocorrem sob cultivo. Análise dos Dados Com base nas informações obtidas processou-se uma análise quantitativa dos dados com objetivo de identificar as plantas mais importantes e o grau de coincidência das respostas dos informantes. Dentre os vários métodos reportados na literatura (Phillips, 1996), selecionou-se o de Friedman et al. (1986), modificado por Amorozo e Gély (1988), por basear-se no consenso dos informantes. Para cada planta calculou-se o nível de fidedignidade (NF) das respostas, como a razão entre o número de informantes que referiram principais usos (indicados pelos informantes como os mais importantes para uma espécie em particular) da espécie e o número total de informantes que mencionaram qualquer uso para a espécie, expressando-se o resultado na forma de porcentagem. Em seguida, calculou-se o rank order priority (ROP) que combina o NF x PR (popularidade relativa). A popularidade relativa é expressa pela razão entre o número de vezes em que os informantes citaram uma dada espécie pelo número de informantes que citaram a espécie mais citada. Os recursos foram em um primeiro momento enquadrados em categorias e subcategorias de uso adotadas por Toledo et al. (1995). O teste do χ 2 de independência e de Kruskal-Wallis foi usado para identificar diferenças nos padrões de uso dos recursos na comunidade. Empregou-se o percentual de espécies úteis em cada uma das categorias mais importantes para testar hipóteses relacionadas à fonte de obtenção dos recursos e ao potencial de mercado de produtos nas diferentes categorias. Figura 2. Disponibilidade temporal das plantas medicinais ao longo de um ano para uma comunidade rural no município de Alagoinha, Pernambuco (Nordeste do Brasil). As espécies estão listadas de acordo com a sua importância na comunidade ( rank order priority ). Figura 3. Disponibilidade temporal das plantas comestíveis ao longo de um ano para uma comunidade rural no município de Alagoinha, Pernambuco (Nordeste do Brasil). As espécies estão listadas de acordo com a sua importância na comunidade ( rank order priority ). 338 JUL 2002, VOL. 27 Nº 7

5 Resultados e Discussão A identidade das plantas usadas na comunidade, seu conhecimento e disponibilidade temporal A comunidade estudada identifica e usa 75 espécies pertencentes a 62 gêneros e 31 famílias; destas apenas quatro foram identificadas somente ao nível genérico. As famílias mais importantes em número de espécies foram Euphorbiaceae (8 spp.), Mimosaceae (7 spp.), Myrtaceae (7 spp.), Anacardiaceae (6 spp.), Caesalpiniaceae (5 spp.) e Capparaceae (4 spp.). Muito embora o número de espécies pareça baixo, é próximo ao referido por Sales e Lima (1985), que encontraram 66 espécies em um estudo sobre o uso da flora da caatinga no estado da Paraíba. Talvez isso seja decorrente do significado de planta útil dentro da comunidade. Caniago e Siebert (1998) reforçam a opinião de alguns autores segundo a qual nem todas as culturas e indivíduos possuem a mesma compreensão de planta útil. A idéia de que todas as plantas são úteis encontra-se disseminada em várias culturas (Silva, 1997; Caniago e Siebert, 1998). Alguns dos informantes foram capazes de nomear e reconhecer algumas espécies simplesmente pelas plântulas sem, contudo, atribuir-lhes um uso direto. Comumente afirmavam que todas as plantas servem para alguma coisa mesmo que para eles não tivessem qualquer utilidade. Disso depreende-se que a idéia de útil, na comunidade, não está associada à de valor prático. As Figuras 2 e 3 resumem as informações sobre a disponibilidade temporal das plantas com os principais usos detectados (medicinais e alimentícios), excluindo-se as plantas que só ocorrem sob cultivo. Ao analisar a disponibilidade das plantas medicinais usadas na comunidade, observa-se que as mais importantes são as que geralmente oferecem seus produtos continuamente. Notadamente, estas plantas são as que fornecem a casca do caule, com a exceção das espécies que ofertam seus produtos também de forma contínua variando, algumas vezes, a intensidade dessa oferta, como C. spinosa e S. paniculatum. As plantas que têm seus produtos oferecidos durante poucos meses, principalmente naqueles onde ocorreram chuvas, mesmo que esparsas, são geralmente ervas ou subarbustos que ofertam folhas ou flores para consumo, como P. foetida, E. viscosa e B. diffusa. Estas são pouco citadas na comunidade e raramente utilizadas, como o confirmam a sua importância relativa (ROP) indicada na Tabela I e pelas observações de campo. Normalmente entre os TABELA I PLANTAS USADAS EM UMA COMUNIDADE RURAL DO MUNICÍPIO DE ALAGOINHA, ESTADO DE PERNAMBUCO (BRASIL): USOS E IMPORTÂNCIA RELATIVA Táxons Nome Vulgar Voucher Usos NF(%) PR ROP Amaranthaceae Amaranthus spinosus L. Bredo-de-espinho A(a),G 100 0,05 5,00 Amaranthus viridis L. Bredo-de-porco A (a),g,e 50 0,10 5,00 Anacardiaceae Anacardium occidentale L. Caju A (b),b 87,5 0,80 70,00 Mangifera indica L. Manga n.c A(b) 100 0,30 30,00 Myracrodruon urundeuva (Engl.) Aroeira B,C 85,7 0,70 59,90 Fr. All. Schinopsis brasiliensis Engl. Braúna B,C 66,6 0,30 19,98 Spondias purpurea L. Ciriguela A(b) 100 0,05 5,00 Spondias tuberosa Arr. Cam. Umbu A(b) Annonaceae Annona muricata L. Graviola n.c A(b) 100 0,10 10,00 Annona squamosa L. Pinha A(b) 85,7 0,35 29,90 Apocynaceae Aspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro C 100 0,05 5,00 Asteraceae Acanthospermum hispidum DC. Espinho B 100 0,05 5,00 de-cigano Egletes viscosa Less. Macela B 100 0,10 10,00 Bignoniaceae Tabebuia sp. Pau d arco n.c C 100 0,05 5,00 Cactaceae Cereus jamacaru DC. Mandacaru n.c A(b),B 50 0,10 5,00 Opuntia ficus-indica Mill. Palma A(b),E 100 0,65 65,00 Melocactus zehntneri Coroa A(b) 100 0,05 5,00 (Britton e Rose) Lutzelb. de-frade Caesalpiniaceae Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. Mororó A (c),b,c 60 0,25 15,00 Caesalpinia ferrea Mart. Jucá B 100 0,20 20,00 Caesalpinia pyramidalis Tul. Catingueira B,C 85,7 0,35 29,90 Hymenaea courbaril L. Jatobá A(b),B 83,3 0,60 49,98 Senna martiana (Benth.) H.S. Canafístula B 100 0,10 10,00 Irwin e Barneby Capparaceae Capparis flexuosa L. Feijão-de-boi, B,E 50 0,20 10,00 Feijão-bravo Capparis jacobinae Moric. Icó A(b) 100 0,20 20,00 Cleome spinosa Jacq. Mussambê B 100 0,05 5,00 Crataeva tapia L. Trapiá A(b) 100 0,05 5,00 Caricaceae Carica papaya L. Mamão A(b) 100 0,05 5,00 Celastraceae Maytenus rigida Mart. Bom-nome B 100 0,15 15,00 Chenopodiaceae Chenopodium ambrosioides L. Mastruz n.c B 100 0,15 15,00 Crassulaceae Kalanchoe brasiliensis Cam. Pratudo B 100 0,05 5,00 Cucurbitaceae Momordica charantia L. Melão-de- n.c B 100 0,05 5,00 São Caetano Euphorbiaceae Cnidoscolus urens (L.) Arthur Urtiga B 100 0,10 10,00 Croton argyrophylloides Muell. Sacatinga, B,C,D,G 42,8 0,35 14,98 Arg. Marmeleirobranco Croton rhamnifolius Muell. Arg. Velame B 100 0,15 15,00 Jatropha curcas L. Pinhão-bravo B 100 0,10 10,00 Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão-manso B 100 0,30 30,00 Manihot glaziovii Muell. Arg. Maniçoba F 100 0,10 10,00 Phyllanthus niruri L. Quebra-pedra n.c B 100 0,05 5,00 Sapium sp. Burra-leiteira F 100 0,05 5,00 JUL 2002, VOL. 27 Nº 7 339

6 meses de maio e agosto, com a presença das chuvas, existe uma grande oferta de ervas ruderais que se desenvolvem abundantemente na região. Seu aproveitamento é conhecido, mas existe uma preferência da comunidade em utilizar os recursos silvestres arbóreos, cuja coleta requer, algumas vezes, longas caminhadas em busca dos produtos desejados. As plantas comestíveis silvestres são utilizadas em menor número e o seu consumo é ocasional, não estando presentes na comunidade como elementos de complementaridade dietética. São consumidos quando ofertados pelo ambiente e mesmo nessas situações, alguns recursos não são procurados. Na Figura 3 observa-se que a maioria desses recursos é oferecida por poucos meses. Algumas espécies como S. obtusifolium têm frutos pequenos, e os poucos indivíduos apresentam uma distribuição muito dispersa. Outras espécies, como C. jacobinae, ofertam frutos durante um período maior e de coleta grandemente facilitada por ser uma planta de pequeno porte e de frutos grandes, não tão apreciados pela comunidade. As árvores e arbustos são a fonte primária de recursos em número total de espécies (57), tendo as ervas e subarbustos uma menor proporção (18). De aproximadamente 21 espécies utilizam-se folhas, mas nem sempre este é o único produto oferecido pela planta. Geralmente são as ervas e subarbustos os mais procurados para obtenção de folhas. O restante das plantas têm seus frutos, raízes ou caules procurados para as mais diversas finalidades. Um outro detalhe importante é que as ervas são procuradas para obtenção de raízes. O número mais elevado de árvores como fonte de recursos, e por oferecerem produtos disponíveis por um grande período de tempo, permite formular a hipótese de que comunidades que habitam ou vivem no entorno de florestas secas dependem mais das árvores e caules como fonte de produtos úteis. Partindo-se da premissa que o conhecimento botânico tradicional, apreendido das relações e observações dos fenômenos naturais, é produto do intelecto humano como resposta direta às suas necessidades reais frente a estímulos de natureza diversa (Albuquerque, 1997), tal hipótese encontra aí seus fundamentos. No ecossistema caatinga o estrato herbáceo é muito efêmero, surgindo com vigor apenas no período das chuvas. Todas as ervas e subarbustos nativos ou espontâneos situaram-se na faixa de uso entre 5-15%. Isso pode ser justificado pelo fato que essas plantas só se encontram disponíveis no curto período das chuvas. As espécies mais importantes, segundo a pri- TABELA I (cont) Táxons Nome Vulgar Voucher Usos NF(%) PR ROP Fabaceae Amburana cearensis (Arr. Cam.) Imburana B,C 81,25 0,80 65,00 A.C. Smith. -de-cheiro Cajanus cajan (L.) Millsp. Feijão-guandu A(c) 100 0,05 5,00 Dioclea grandiflora Mart. Mucunã A(c),B,F 50 0,10 5,00 Erythrina velutina Willd. Mulungu B 100 0,20 20,00 Lamiaceae Ocimum campechianum Mill. Mangericão B 100 0,05 5,00 Plectranthus sp. Hortelã B 100 0,40 40,00 Rosmarinus officinalis L. Alecrim n.c B 100 0,05 5,00 Malvaceae Gossypium herbaceum L. Algodão B 100 0,05 5,00 Malpighiaceae Malpighia glabra L. Acerola A(b) 100 0,15 15,00 Mimosaceae Acacia sp. Avoador C 100 0,05 5,00 -vermelho Anadenanthera colubrina (Vell.) Angico B,C,F 92,3 0,65 59,99 -de-caroço Brenan var. cebil (Griseb) Altschul Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Jurema-preta B,C 75 0,40 30,00 Piptadenia stipulacea Ducke Carcará, B,C 83,3 0,30 24,99 rasga-beiço Piptadenia zehntneri Harms Angico-liso C 100 0,35 35,00 Prosopis julifora DC. Algaroba A(b,c),C,E 40 0,25 10,00 Myrtaceae Eucalyptus sp. Eucalipto B 100 0,25 25,00 Eugenia sp. 1 Pirim A(b) 100 0,10 10,00 Eugenia sp. 2 Ubaia A(b) 100 0,10 10,00 Eugenia uniflora L. Pitanga n.c A(b) 100 0,05 5,00 Myrciaria caulifora Berg. Jabuticaba A(b) 100 0,35 35,00 Psidium sp. Araçá n.c A(b) 100 0,10 10,00 Psidium guajava L. Goiaba A(b),B 100 0,50 50,00 Nyctaginaceae Boerhavia diffusa L. Pega-pinto B 100 0,10 10,00 Passifloraceae Passiflora foetida L. Maracujá A(b),B 50 0,10 5,00 -de-estalo Poaceae Cymbopogon citratus (DC) Stapf. Capim-santo n.c B 100 0,40 40,00 Rhamnaceae Ziziphus joazeiro Mart. Juá A(b),B 100 0,35 35,00 Rutaceae Citrus aurantium L. Laranja A(b),B 100 0,05 5,00 Ruta graveolens L. Arruda n.c B 100 0,30 30,00 Sapindaceae Sapindus saponaria L. Sabonete B,D 66,6 0,15 9,99 Serjania comata Radlk. Ariu B 100 0,05 5,00 Talisia esculenta (St. Hil.) Radlk. Pitomba A(b) 100 0,15 15,00 Sapotaceae Sideroxylon obtusifolium Quixaba n.c A(b),B 93,75 0,80 75,00 (Roem. e Schult.) T.D. Penn. Solanaceae Solanum paniculatum L. Jurubeba B 100 0,05 5,00 Verbenaceae Lippia alba (Mill.) Brow. Erva-cidreira B 100 0,65 65,00 Lippia sp. Alecrim B 100 0,10 10,00 Violaceae Hybanthus cf. ipecacuanha (L.) Pepaconha B 100 0,15 15,00 Baill. Convenções: NF: nível de fidedignidade; PR: popularidade relativa; ROP: rank order priority ; A: comestível (a: verdura; b: fruta; c: sementes); B: medicinal; C: madeira; D: uso doméstico; E: forragem; F: veneno; G: repelente de insetos. 340 JUL 2002, VOL. 27 Nº 7

7 Figura 4. Número de espécies segundo suas fontes de coleta em uma comunidade rural no município de Alagoinha, Pernambuco (Nordeste do Brasil). A: comestível; B: medicinal; C: madeira; D: uso doméstico; E: forragem; F: veneno; G: repelente de insetos. oridade de uso, são (Tabela I): S. tuberosa (100%), A. occidentale (70%), A. cearensis (65%), S. obtusifolium (75%), L. alba (65%), O. ficus-indica (65%), A. colubrina var. cebil (59,9%), M. urundeuva (59,9%), P. guajava (50%) e H. courbaril (49,98%). No cômputo geral as espécies nativas são as mais importantes, excetuando-se algumas ervas usadas para fins medicinais como o C. citratus (40%) e R. graveolens (30%), espécies comumente mencionadas em levantamentos etnobotânicos (Figueiredo et al., 1993; Begossi et al., 1993). O teste do χ 2 revelou diferenças significativas na distribuição das espécies por categorias em relação às fontes de sua obtenção, zonas antropogênicas e de vegetação nativa (Tabela II). Frei et al. (2000) em duas comunidades no México, semelhante ao observado, encontraram que os tipos de vegetação antropogênica são mais importantes para a obtenção de plantas medicinais. As pessoas obtêm mais plantas alimentícias nas zonas antropogênicas, enquanto as áreas de vegetação nativa oferecem mais plantas medicinais e produtos madeireiros (Figura 4). Diferenças estatisticamente significantes também foram encontradas em relação às espécies com potencial de mercado e sua distribuição em categorias de destaque (Tabela III). Espécies alimentícias e medicinais com potencial de mercado considerado pelos informantes se destacaram em relação a outras categorias de menor importância local (Figura 5). No caso das plantas medicinais, as espécies com valor de mercado atendem basicamente a uma economia informal. Existe diferenças de domínio cognitivo com relação às plantas dentro de uma comunidade relacionadas com a idade e sexo, como já relataram diferentes pesquisadores (Phillips e Gentry, 1993a,b; Amorozo, 1996). Caniago e Siebert (1998), com base em outros autores, afirmam que essas diferenças de conhecimento em muitas sociedades rurais são devido ao fato que nelas as mulheres geralmente têm mais responsabilidades para com a família e freqüentemente tendem a cuidar de campos e jardins. Na área estudada as mulheres dividem-se entre as tarefas domésticas e o trabalho em pequenos campos. Os homens, em sua maioria, trabalham como empregados em propriedades maiores, em diversos setores de atividades, mas principalmente no trato com animais de criação. A agricultura e as plantas comestíveis Figura 5. Número de espécies consideradas como de potencial de mercado segundo uma comunidade rural no município de Alagoinha, Pernambuco (Nordeste do Brasil). A: comestível; B: medicinal; C: madeira; D: uso doméstico; E: forragem; F: veneno; G: repelente de insetos. A comunidade depende de várias atividades produtivas, dentre as quais predomina uma economia de subsistência baseada no cultivo de feijão (Phaseolus vulgaris L.), milho (Zea mays L.), mandioca (Manihot esculenta Crantz), e de algumas fruteiras como a pinha (Annona squamosa L.) e a goiaba (Psidium guajava L.). No período da estação seca a deficiência alimentar é muito grande, com uma grande escassez dos alimentos básicos, sendo por isso necessário comprá-los. Grandes áreas são cultivadas com a palma forrageira (Opuntia ficus-indica Mill.) para a alimentação de animais e coleta de frutos para consumo humano. Os locais de cultivo geralmente estão na área das casas, aqui denominadas de unidades produtivas. O plantio em geral é feito nas primeiras chuvas que geralmente caem nos meses de abril a junho. No entanto, os pequenos agricultores podem perder a colheita, principalmente nos anos caracterizados pela baixa precipitação pluviométrica. Basicamente, as plantas consumidas são preferidas por seus frutos e folhas, usados quando ofertados pelo ambiente (Figura 3). Não há iniciativas de armazenamento, principalmente das espécies que aparecem em abundância no período das chuvas. Duas espécies são consumidas como verdura, A. spinosus e A. viridis, com as quais se prepara um guisado muito apreciado. Espécies de TABELA II COMPARAÇÃO DO PERCENTUAL DE ESPÉCIES ÚTEIS POR CATEGORIAS DE USO MAIS IMPORTANTES SEGUNDO AS FONTES DE COLETA, EM UMA COMUNIDADE RURAL DO MUNICÍPIO DE ALAGOINHA, ESTADO DE PERNAMBUCO (BRASIL) Alimento Medicinal Madeira Usos Soma menores das linhas Natural 18,51 46,29 22,22 11,11 98,13 Antropogênica 39,20 45,09 3,92 11,76 99,97 Soma das colunas 57,71 91,38 26,14 22,87 χ 2 = 20,24; P<0,1. TABELA III COMPARAÇÃO DO PERCENTUAL DE ESPÉCIES ÚTEIS POR CATEGORIAS DE USO MAIS IMPORTANTES SEGUNDO O SEU POTENCIAL DE MERCADO, EM UMA COMUNIDADE RURAL DO MUNICÍPIO DE ALAGOINHA, ESTADO DE PERNAMBUCO (BRASIL) Alimento Medicinal Madeira Usos Soma menores das linhas Sem potencial 18,18 41,81 18,18 21,81 99,98 Potenciais 40,0 50,0 8,0 2,0 100,0 Soma das colunas 58,18 91,81 26,18 23,81 χ 2 = 29,35; P<0,01. JUL 2002, VOL. 27 Nº 7 341

8 Amaranthus são muito importantes para algumas comunidades humanas, fornecendo sementes usadas como pseudocereais e folhas comestíveis (Mapes et al., 1996, 1997). As folhas têm um alto valor nutritivo e o grão apresenta uma grande porcentagem de conteúdo protéico (Castro et al., 1992). No entanto, na região, é um recurso disponível apenas na estação chuvosa, mas não durante toda ela, que sem dúvida poderia ser melhor aproveitado pela comunidade e até mesmo cultivado e empregado como um complemento na dieta. Um fato observado, é que muito embora nos meses mais produtivos do ano o ambiente ofereça uma grande variedade de recursos que poderiam ser utilizados como complementos alimentares, como é o caso das duas espécies de Amaranthaceae, a comunidade de modo geral os desconhece. Das 30 espécies utilizadas como alimento (Tabela I), 14 são cultivadas nas unidades produtivas. As demais são encontradas em habitates naturais ou antropogênicos. Entre as espécies cultivadas encontram-se a manga (M. indica), a ciriguela (S. purpurea), a pinha (A. squamosa), a graviola (A. muricata L.), a palma (O. ficus-indica), o mamão (C. papaya), o feijão guandu (C. cajan), a acerola (M. glabra), a pitanga (E. uniflora), a goiaba (P. guajava), a jabuticaba (M. cauliflora), a laranja (C. aurantium), a pitomba (T. esculenta) e o caju (A. occidentale). Com exceção de S. tuberosa, as demais espécies silvestres são unicamente coletadas na natureza. Entre estas plantas pode-se encontrar diversas formas de manejo, desde a simples coleta em populações naturais, à tolerância em campos e em áreas próximas as unidades produtivas e ao cultivo incipiente em jardins domésticos ou campos de proporções modestas. S. tuberosa é uma espécie importante que floresce e frutifica na estação seca e início da chuvosa. Fornece frutos com os quais se preparam doces, sucos, além de serem consumidos in natura; dos seus tubérculos são preparados doces comercializados em mercados populares e feiras livres. Os frutos são comercializados em grande escala e vendidos para outros estados do Brasil. Segundo Pires (1990), não há plantios dessa espécie sendo os frutos coletados diretamente de populações silvestres e em seguida comercializados ou transportados para as capitais nordestinas. Na natureza podem ser observados frutos de diferentes tamanhos, forma e cor, e de sabor que varia do acre ao doce. Nos períodos de farta colheita, a comunidade consome os frutos do umbuzeiro e ainda pode convertê-los em produtos de venda, comercializando-os principalmente nas margens de estradas e rodovias. Uma outra planta importante, que fornece frutos muito apreciados na comunidade é a palma. Os frutos são consumidos in natura e complementam a dieta habitual, mas também só estão disponíveis por um curto período (Figura 3). Durante as observações, uma das informantes coletou 15 baldes com capacidade de 20 litros de frutos somente em cultivos próximos à sua unidade produtiva. Os frutos desta espécie também são usados na Etiópia como um doce, e as flores no tratamento de lepra (Wilson e Mariam, 1979). A palma é uma planta importante por fornecer forragem durante todo o ano. Todavia, a potencialidade da espécie é subestimada em toda a região do semiárido do estado de Pernambuco, pois é uma planta que produz frutos de valor comercial, além de mostrar-se perfeitamente adaptada a sistemas de agricultura extensiva e intensiva (Barbera et al., 1992). Outras cactáceas menos importantes quanto aos frutos são o mandacaru (C. jamacaru) e a coroa-de-frade (M. zehntneri). No geral, as demais plantas citadas como alimento são coletadas pelas crianças e consumidas ocasionalmente ou como divertimento, segundo os próprios informantes. Outras plantas eram utilizadas na alimentação em períodos de secas prolongadas. Um bom exemplo é o de D. grandiflora cujos frutos, no passado, eram consumidos na forma de uma farinha cozida, o que não se faz mais hoje, evidenciando que na caatinga as pressões ambientais também podem determinar o padrão de uso de plantas por uma dada comunidade e em uma dada circunstância. Com base nos dados obtidos, pode-se reconhecer quatro padrões de consumo e utilização de plantas comestíveis na área: Consumo ocasional de plantas coletadas em áreas silvestres ou antropogênicas, consumo regular de espécies nativas, consumo regular de espécies cultivadas para as necessidades locais, e comércio de espécies nativas e cultivadas em mercados e em feiras, mas de forma inexpressiva. Na área estudada, os resultados sugerem que é possível usar os fitorecursos alimentícios em programas de nutrição visando melhorar a qualidade de vida das pessoas, como também indicam Salinas et al. (1993) no estudo com plantas alimentícias no México. Algumas espécies que ocorrem na área, não citadas pelos informantes como de uso alimentício ou apontadas para alguma outra finalidade, são recursos alimentícios para outras comunidades (cf. Casas et al., 1994): C. ambrosioides (verdura), Senna occidentalis (sementes), Portulaca oleacea (verdura), Crotalaria spp. (verduras), Solanum nigrum (verdura), o que também aponta para a possibilidade de introdução na região de novos usos com o objetivo de colaborar para que as pessoas passem o período de seca mantendo suas necessidades calóricas diárias. Plantas usadas na medicina popular Foram registradas 48 plantas usadas para fins medicinais, correspondendo a 64% do total. Destas 41,6% também foram indicadas para outras finalidades. Na Tabela IV são reportados detalhadamente a indicação e o modo de uso de cada uma dessas plantas. A maioria delas é genuinamente brasileira ou especificamente nativa da região Nordeste, como a aroeira (M. urundeuva), a braúna (S. brasiliensis), o angico (A. colubrina (Vell.) Brenan var cebil (Griseb) Altschul), a imburana de cheiro (A. cearensis), o juá (Z. joazeiro) e a quixaba (S. obtusifolium). Algumas são plantas típicas da caatinga e podem ser consideradas ameaçadas devido às técnicas destrutivas para obtenção do produto (cascas do caule, afetando os sistemas condutores da planta). Essas espécies são comumente comercializadas nos mercados e feiras livres de cidades vizinhas e mesmo na capital do Estado. Grandes quantidades de cascas do caule são vendidas o que, dependendo da espécie, pode afetar a estrutura das populações naturais. Usualmente elas são indicadas no tratamento e combate de inflamações e infecções. Um estudo sistemático com as plantas da região pode oferecer alternativas eficazes, diminuindo o impacto da coleta sobre as populações naturais, principalmente ao se constatar que a maioria das espécies, incluindo as ervas, recebem as mesmas indicações terapêuticas (Tabela IV). Algumas plantas são freqüentemente indicadas como antídoto para picada de cobras, como o feijão-de-boi (C. flexuosa), o pinhão-bravo (J. curcas) e o pinhão-manso (J. molissima), tanto no tratamento de animais como de humanos. Segundo Dennis (1988) diversas sociedades possuem um arsenal de antídotos, mas o curioso é observar que às vezes culturas tão distantes tenham as mesmas explicações para justificar o uso de determinadas plantas. Na região estudada, justifica-se o uso das espécies de Jatropha pela observação do comportamento de um réptil que ingere o látex da planta antes de enfrentar uma cobra. Os informantes relataram que foi dessa forma que eles aprenderam a usar as plantas no caso de acidentes com humanos ou animais. A mesma explicação é encontrada na Índia para o caso de 342 JUL 2002, VOL. 27 Nº 7

9 TABELA IV PLANTAS USADAS PARA FINS MEDICINAIS EM UMA COMUNIDADE RURAL DO MUNICÍPIO DE ALAGOINHA, ESTADO DE PERNAMBUCO (BRASIL)* Espécies Parte usada Formas de uso e indicações terapêuticas Acanthospermum hispidum DC. Amburana cearensis (Arr. Cam.) A.C. Smith. Anacardium occidentale L. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb) Altschul Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. Boerhavia diffusa L. Caesalpinia ferrea Mart. Caesalpinia pyramidalis Tul. Capparis flexuosa L. Cereus jamacaru DC. Chenopodium ambrosioides L. Citrus aurantium L. Cleome spinosa Jacq. Cnidoscolus urens (L.) Arthur Croton argyrophylloides Muell. Arg. Croton rhamnifolius Muell. Arg. Cymbopogon citratus (DC) Stapf. Dioclea grandiflora Mart. Egletes viscosa Less. Erythrina velutina Willd. Eucalyptus sp. Gossypium herbaceum L. Hybanthus cf. ipecacuanha (L.) Baill. Hymenaea courbaril L. Jatropha curcas L. Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Kalanchoe brasiliensis Cam. Lippia sp. Lippia alba (Mill.) Brow. Maytenus rigida Mart. Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Momordica charantia L. Myracrodruon urundeuva (Engl.) Fr. All. Ocimum campechianum Mill. Passiflora foetida L. Phyllanthus niruri L. Piptadenia stipulacea Ducke Plectranthus sp. Psidium guajava L. Rosmarinus officinalis L. Ruta graveolens L. Sapindus saponaria L. Schinopsis brasiliensis Engl. Senna martiana (Benth.) H.S. Irwin e Barneby Serjania comata Radlk. Sideroxylon obtusifolium (Roem. e Schult.) T.D. Penn. Solanum paniculatum L. Ziziphus joazeiro Mart. Raiz Sementes, folhas e cascas do caule Raiz Cascas do caule Cascas do caule Caule Flor e folhas Raiz Folha? Folha Folha Raiz Látex Látex Folha e casca do caule Toda a planta A planta toda Raiz Raiz Raiz/frutos *As espécies estão listadas por ordem alfabética. Informações adicionais encontram-se na Tabela I. Com um infuso prepara-se um xarope para combater a tosse e a asma. Com um infuso prepara-se um xarope para tosse. Para a gripe na forma de chá. A tintura ou o decocto são usados externamente contra inflamações e pancadas. Com um infuso prepara-se um xarope para a tosse. Torra-se e pulveriza-se as sementes preparando uma bebida ingerida para a dor de cabeça. Com um infuso das folhas ou cascas do caule prepara-se um xarope para a tosse e expectorante. O chá das folhas também é usado para diabetes. Com um infuso prepara-se um xarope para a tosse. O chá é usado para combater inflamações. Prepara-se um decocto que é usado na forma de chá para labirintite. Também empregado nos problemas renais. Com um infuso prepara-se um xarope para combater a tosse. As cascas são raspadas e deixadas em água. Bebe-se o líquido resultante contra picada de cobras. As cascas são raspadas e deixadas em água. Bebe-se o líquido resultante contra problemas renais. Com um infuso prepara-se um xarope para combater a tosse. Com o infuso prepara-se um chá para combater a febre. A flor em tintura para uso externo em inflamações. As folhas como lambedor para combater a tosse. Com o decocto prepare-se um chá para combater inflamações. Coloca-se de molho em água esfregando-se vigorosamente. Bebe-se para aliviar a dor de barriga. O chá das folhas é considerado depurativo. Com o infuso prepara-se um chá usado para problemas digestivos (dor de barriga, má digestão), dores de cabeça e febre.? Com o infuso prepara-se um chá que é usado para problemas digestivos (dor de barriga, má digestão). Com o infuso prepara-se um chá para combater inflamações (internamente ou externamente) e como tranqüilizante. Com o infuso prepara-se um chá para debelar a febre. Prepara-se um emplasto e aplica-se diretamente em queimaduras. Com o infuso prepara-se um xarope para combater a tosse. Com o infuso prepara-se um xarope para combater a tosse, a bronquite, fraqueza e debilidade. Usado contra picadas de cobras. Usado contra picadas de cobras. A folha é aquecida e colocada sobre locais doloridos. Com o infuso prepara-se um chá que é usado para problemas digestivos (dor de barriga, má digestão). Com o infuso prepara-se um chá que é usado para problemas digestivos (dor de barriga, má digestão), dores de cabeça, febre e pressão alta. Com o infuso prepara-se um xarope para combater a tosse. Para o reumatismo, as cascas são deixadas em repouso em uma garrafa com água por três dias. usadas topicamente para aliviar a dor de dente. Com as cascas do caule prepara-se uma infusão aplicada externamente para inflamações. Prepara-se um infuso que é utilizado banhando-se o corpo para aliviar alergias ou erupções cutâneas de outras origens. A tintura ou decocto é usado externamente contra inflamações e pancadas. Para aliviar a gastrite bebe-se um preparado feito com as cascas deixadas de repouso em água. Com o infuso prepara-se um chá que é usado para problemas digestivos (dor de barriga, má digestão). Com um decocto, acrescido de sal, prepara-se um xarope para combater a tosse. Com o infuso prepara-se um chá para problemas renais (inflamações e pedras nos rins). A tintura ou decocto é usado externamente contra inflamações. Com o infuso prepara-se um xarope para combater a tosse. Com o infuso prepara-se um chá para combater disenteria. Com o infuso prepara-se um chá para combater a febre. Prepara-se uma tintura em álcool para dor de cabeça. Prepara-se um decocto com o qual lava-se o cabelo para combater micoses. Com o infuso prepara-se um xarope para combater a tosse. Para a gripe é usado na forma de chá. Com o infuso prepara-se um xarope para combater a tosse. O infuso é usado na forma de chá para combater o reumatismo. A tintura ou decocto é usado externamente contra inflamações e pancadas, e como cicatrizante. O infuso é usado na forma de chá para combater inflamações gerais e afecções do fígado. As cascas são raspadas e deixadas em água. Bebe-se o líquido como cicatrizante. Para combater a tosse usa-se na forma de xarope. JUL 2002, VOL. 27 Nº 7 343

10 Rauvolfia serpentina (Apocynaceae; Balick e Cox, 1996). As plantas usadas como medicinais na comunidade podem ser organizadas em quatro grupos de acordo com a fonte de onde são obtidas: 1. plantas domesticadas cultivadas em jardins residenciais; 2. plantas de áreas perturbadas, margens de estradas, próximo às habitações; 3. plantas nativas toleradas ou promovidas na área das unidades produtivas; 4. plantas encontradas na vegetação natural. Essas fontes, com algumas modificações, também foram reconhecidas por Sequeira (1994). Apenas uma pequena proporção das plantas citadas (29,16%) são cultivadas em jardins domésticos, no entanto são recursos disponíveis apenas na estação chuvosa. Em contrapartida, são as plantas nativas das quais se utiliza a casca do caule, uma fonte de recursos disponíveis durante todo o ano. Menos importantes são as plantas efêmeras que crescem próximas às habitações ou que medram em áreas perturbadas, terrenos cultivados, cultivos abandonados ou em margens de estradas. Um fato curioso é o de não terem sido citadas plantas ou doenças com referências mágico-religiosas, já que muitas pesquisas documentaram o uso de plantas para combater doenças de conotações espirituais (Wilson e Mariam, 1979; Bhat et al., 1990; Bye, 1986; Sequeira, 1994). Um maior número de espécies são indicadas no tratamento das afecções respiratórias, seguido das inflamações em geral e as diversas formas de afecções intestinais (Figura 6). Geralmente as desordens intestinais ocupam lugar de destaque em muitos levantamentos etnobotânicos (Ankli et al., 1999), como uma categoria que concentra maior número de espécies ou de indicações. Na área estudada, as pessoas usam um conjunto maior de plantas para tratar problemas respiratórios, mas pouco diverso nas indicações (normalmente para tratar de tosse). Quanto à efetividade terapêutica das plantas documentadas, muitas já possuem informações farmacológicas que podem justificar o seu uso popular como: A. cearensis, A. occidentale, Lippia spp., Plectranthus spp., M. urundeuva, Ocimum spp., C. citratus, S. paniculatum e Z. joazeiro (Sousa et al., 1991; Matos, 1998; Albuquerque e Andrade, 1998). Plantas que fornecem madeira e forragem Não há dúvidas de que as florestas secas fornecem uma grande diversidade de recursos madeireiros, o que resulta na rápida desflorestação e na Figura 6. Distribuição das plantas usadas como medicinais segundo sistemas corporais ou propriedades farmacológicas atribuídas, em uma comunidade rural no município de Alagoinha, Pernambuco (Nordeste do Brasil). conversão de grandes áreas em propriedades para criação de animais. As espécies que fornecem madeiras para a comunidade estudada correspondem a 17,33% de todas as plantas documentadas. A madeira é comumente usada na fabricação de carvão ou estacas para construção de cercas na delimitação de propriedades ou de cercados para o controle de animais domésticos. Duas espécies muito apreciadas para essa finalidade são M. tenuiflora (Jurema-preta) e P. zehntneri (angico monjolo). Muito embora sejam usadas outras espécies, como A. colubrina var. cebil e S. brasiliensis, elas são consideradas madeiras fracas, facilmente suscetíveis ao ataque de cupins. A extração de recursos madeireiros a partir do pequeno percentual de espécies citadas, não parece ser expressiva à primeira vista. Uma das estratégias desenvolvidas pelas pessoas que habitam regiões semi-áridas foi o desenvolvimento e experimentação de plantas forrageiras para suprir as necessidades dos animais nos longos períodos de seca. Na área estudada basicamente duas espécies destacam-se, O. ficus-indica e P. juliflora. Esta última espécie fornece sombra e forragem e foi introduzida no Nordeste em meados do século passado. Hoje é uma planta amplamente disseminada na região, mas com a totalidade de suas potencialidades e limitações ainda desconhecidas pelas pessoas. Espécies de Amaranthus e C. flexuosa são de menor importância. Na verdade, os informantes tendem a considerar a maioria das plantas que crescem na estação chuvosa como alimento para animais, mas são poucas as que recebem atenção especial como forrageiras. Conclusões A presente pesquisa mostrou que a comunidade de Alagoinha tem uma dependência relativa dos recursos vegetais localmente disponíveis, especialmente de plantas medicinais. Os frutos e os caules indicam ser os órgãos mais utilizados na área. Outras partes só ocasionalmente são consumidas, como nos casos das sementes. A disponibilidade de alguns recursos está ligada a fatores temporais. Apenas uma pequena proporção de plantas é cultivada e o sucesso do seu cultivo depende das raras e ocasionais chuvas. O uso de recursos coletados de fruteiras é de grande importância para a economia de subsistência da comunidade. O fato das plantas usadas na área apresentarem usos distintos de outras comunidades revela possibilidades interessantes para indicar às pessoas da comunidade alguns dos meios e acesso à sua segurança alimentar e adequada assistência terapêutica com base nos recursos locais. Na comunidade existe uma grande tendência em substituir os produtos de coleta pelos cultivos, muito embora aqueles representem uma possibilidade de enriquecer a dieta. A comunidade padece de uma degradação do seu modo de vida e, como um todo, desconhece uma grande variedade de recursos silvestres que poderiam ser utilizados na alimentação e mesmo formas tradicionais, simples, de armazenar e manejar os recursos disponíveis, como no caso da O. ficus-indica. Na verdade, o uso e manejo adequado dessa espécie em cultivo revela-se muito promissor, e poderá fornecer a essas comunidades alternativas viáveis para a região. 344 JUL 2002, VOL. 27 Nº 7

11 Fica patente que, para o desenvolvimento da região, são necessárias algumas medidas: 1) Estudos que investiguem o uso tradicional de plantas comestíveis integrando-as em estudos fitoquímicos, nutricionais e de melhoramento; 2) difusão do conhecimento e do aproveitamento de plantas pouco conhecidas dentro da própria comunidade; 3) difusão de tecnologias simples e de técnicas que visem o manejo adequado das espécies já tradicionalmente utilizadas na comunidade. Entretanto, sem a organização dessas comunidades e de sua ativa participação durante todo o processo, todas as tentativas poderão ser infrutíferas. A efetividade terapêutica de muitas das plantas usadas para fins medicinais precisa ser avaliada para sua utilização em programas de assistência primária à saúde na região. Muitas das plantas registradas durante a pesquisa não têm uso regular pelas pessoas por várias razões, que vão desde a preferência por determinadas espécies até mesmo a disponibilidade temporal que determina as relações das pessoas com os recursos de uma região. Essas observações, aliadas aos dados específicos sobre os recursos vegetais da região, sua variabilidade, podem fundamentar iniciativas de conservação e manejo da caatinga. O reconhecimento e a melhor atenção para as formas locais de manejar e usar esses recursos são importantes para propósitos de conservação. Além do que os dados quantitativos revelaram-se extremamente úteis na identificação de recursos importantes. Um grande desafio não é mais provar a produtividade da caatinga, mas oferecer alternativas à desflorestação pelo corte de madeira e expansão da pecuária. AGRADECIMENTOS À comunidade estudada do município de Alagoinha, ao WWF e à USAID pelo suporte financeiro, à CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela bolsa de estudos concedida ao primeiro autor, a Fernando Valença, Cecília Almeida, Ana Carolina Silva, Fernanda Melo, Kátia Chisaki e Mirtes Guedes, pelo auxílio no trabalho de campo; e aos revisores anônimos pelas importantes sugestões. REFERÊNCIAS Albuquerque UP (1997) Etnobotânica: uma aproximação teórica e epistemológica. Revista Brasileira de Farmácia 78: Albuquerque UP (1999) La importancia de los estudios etnobiológicos para establecimiento de estrategias de manejo y conservación en las florestas tropicales. Biotemas 12: Albuquerque UP, Andrade LHC (1998) Etnobotánica del género Ocimum L. (Lamiaceae) en las comunidades afrobrasileñas. Anales del Jardín Botánico de Madrid 56: Amorozo MCM (1996) A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. Em Di Stasi LC (Ed.) 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