ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS FÍSICOS E QUÍMICOS VISANDO CONTROLE DE Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE)

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1 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA JÔNATAS WOLF ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS FÍSICOS E QUÍMICOS VISANDO CONTROLE DE Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DOIS VIZINHOS 2013

2 JÔNATAS WOLF ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS FÍSICOS E QUÍMICOS VISANDO CONTROLE DE Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) Trabalho de Dissertação apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Zootecnia, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Área de Concentração: Produção e Nutrição Animal. Orientador: Prof. Dr. Alfredo de Gouvea Co-orientadores: Prof. Dr. Everton Ricardi Lozano da Silva e Prof a Dr a Michele Potrich DOIS VIZINHOS 2013

3 W854a Wolf, Jônatas. Associação de métodos químicos e físicos visando o controle de Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera:Tenebrionidae) / Jônatas Wolf Dois Vizinhos : [s.n], f.;il. Orientador: Alfredo de Gouveia Co-orientador: Everton Ricardi Lozano da Silva, Michele Potrich. Dissertação (Mestrado) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Zootecnia. Dois Vizinhos, Inclui Bibliografia 1. Avicultura. 2. Pragas-controle. I. Gouveia, Alfredo de, orient. II. Silva, Everton Ricardi Lozano da, co-orient. III. Potrich, Michele, co-orient. IV.Universidade Tecnológica Federal do Paraná Dois Vizinhos. IV. Título CDD: CDD: CDD.

4 Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Dois Vizinhos Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação Programa de Pós-Graduação em Zootecnia TERMO DE APROVAÇÃO Título da Dissertação n 004 Associação de métodos físicos e químicos visando controle de Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) por Jônatas Wolf Dissertação apresentada às quinze horas do dia sete de fevereiro de dois mil e treze, como requisito parcial para obtenção do título de MESTRE EM ZOOTECNIA, Linha de Pesquisa Produção e Nutrição Animal, Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (Área de Concentração: Produção animal), Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois Vizinhos. O candidato foi argido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado. Banca examinadora: Dr. Alfredo de Gouvea UTFPR Dr. Luis Francisco Angeli Alves UNIOESTE Dr. Everton Ricardi Lozano da Silva UTFPR Visto da Coordenação: Prof. Dr. Luis Fernando G. de Menezes Coordenador do PPGZO *A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Programa de Pós- Graduação em Zootecnia.

5 Dedico este trabalho à Alessandra. Minha admiração e minha gratidão.

6 AGRADECIMENTOS A Ele toda gratidão pelos dons e bênçãos concedidas. A meu pai meu reconhecimento, por ensinamentos e valores criteriosamente estabelecidos. Por ele, toda a razão! O que sou, onde estou... A minha mãe, pelo carinho e educação gentil. Por ela, toda a emoção! Como sou, aonde vou... A meus irmãos, Tiago e Juliane, pelo amor fraterno e amizade incondicional, todo o meu orgulho e admiração. A minha filha Lisa Giulia, pelo estímulo com sua luz e sorriso únicos, motivando para ser melhor, fazer mais, diferente e sempre... Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Alfredo, pela flexibilidade e parcimônia na condução do projeto. Gestão participativa, no sentido irrestrito, se faz com confiança, autonomia e responsabilidade. Explicito reconhecimento formal e incondicional à sabedoria daqueles que me orientaram na prática, com delegação, demandas ajustadas e reconhecimento meritocrático. Aos Professores Dr. Everton e Dra. Michele, meu agradecimento absoluto e reconhecimento pleno das virtudes e habilidades como professores ativos e orientadores completos. Agradecimento especial aos colegas do Laboratório de Controle Biológico por literalmente entrar de cabeça no experimento e auxílio imprescindível nas quantificações de cascudinhos. Agradeço a empresa BRF S/A, pela credibilidade dispensada na autorização para realização deste empreendimento acadêmico enquanto dedicação parcial. Neste agradecimento, lembro especialmente da equipe de trabalho que segurou as pontas em demandas concomitantes. Por fim, agradeço a compreensão daqueles que toleraram com paciência e resignação a pressão vertical exercida no atendimento das exigências múltiplas por prazos e entregas, acadêmicas e profissionais, bem como a todos envolvidos no desenvolvimento do projeto de pesquisa, experimentação, análises e discussões contempladas nesta dissertação. Meu sincero e crédulo agradecimento!

7 Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. (Provérbios 6:6-8) "Como as aves se alimentam de muitos insetos, os velhacos subsistem de muitos tolos." (Provérbio Português)

8 RESUMO WOLF, Jônatas. Associação de métodos físicos e químicos visando controle de Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Dois Vizinhos, Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), conhecido como cascudinho de aviário, figura como principal inseto praga na avicultura de corte. Sua importância decorre dos efeitos deletérios provocados à cadeia de produção avícola nos âmbitos sanitários (transmissão de patologias e vulnerabilidade a infecções), produtivos (redução de ganho de peso e prejuízo à conversão alimentar), estruturais (deterioração de instalações), qualitativos (depreciação de carcaças e condenação de órgãos no frigorífico), etológicos (afetando o bem estar animal), ambientais (decorrentes do uso de químicos) e humanos (incorrendo em doenças ocupacionais). Neste atinente, justifica-se o desenvolvimento de programas estratégicos de controle para esta praga, visando mitigar efeitos danosos ao negócio, reduzir impactos ao meio ambiente e aferir ganhos zootécnicos e, por conseguinte, econômicos à atividade. O objetivo do trabalho foi avaliar a associação de métodos físicos e químicos para redução da população de A. diaperinus em camas de aviários, visando contribuir com o desenvolvimento de um método alternativo de controle. O estudo consistiu na avaliação sequencial e interdependente de experimentos, sendo avaliados os fatores cal hidratada, umidade e temperatura no experimento 1, inseticidas químicos no experimento 2, além da interação entre os tratamentos que proporcionaram maior mortalidade de larvas e adultos de A. diaperinus nos experimentos 1 e 2, combinados no experimento 3. Foram realizados bioensaios laboratoriais, simulando-se o ambiente de criação com cama de aviário em cada unidade experimental. A variável resposta foi a mortalidade aos sete e 10 dias de aplicação dos tratamentos. No experimento 1, a adição de cal hidratada na cama de aviário na dosagem de 400 g.m - ² promoveu redução da população de adultos e larvas de A. diaperinus. O incremento de umidade na cama de aviário determinou aceleração do ciclo biológico de A. diaperinus, sem, no entanto, contribuir para o controle do inseto. A elevação da temperatura da cama de aviário para 45 C proveu mortalidade total de adultos e larvas de A. diaperinus nas condições propostas. No experimento 2, os inseticidas químicos contendo o princípio ativo cipermetrina em sua composição foram mais efetivos na redução populacional de adultos e larvas de A. diaperinus. A interação entre os fatores combinados no experimento 3, mediante adição de 400 g.m - ² de cal hidratada, inclusão de 20 % de volume de água sob o peso da cama, aspersão de inseticida químico e aquecimento do substrato tratado por 24 horas sob 45 C permitiu o controle totalitário de A. diaperinus após sete dias de aplicação dos tratamentos. Palavras-chave: Cascudinho. Bioensaio. Controle estratégico. Avicultura.

9 ABSTRACT WOLF, Jônatas. Association of physical and chemical methods to control Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) leaves. Dissertation (MSc in Zootecnia) Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Dois Vizinhos, Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), known as lesser mealworm, figure as the main insect pest in poultry production. Its importance stems from the deleterious effects caused the poultry production chain in sanitary areas (transmission of diseases and vulnerability to infections), productive (reduced weight gain and feed conversion loss), structural (deterioration of facilities), qualitative (depreciation and condemnation of carcasses and organs in the slaughtery), ethological (affecting animal welfare), environmental (due to the use of chemicals) and human (incurring occupational diseases). In this regard, it is appropriate to develop strategic programs to control this pest, to mitigate harmful effects to the business, reduce environmental impacts and assess zootechnical and economic gains. The objective of this study was to evaluate the association of physical and chemical methods for reduction of A. diaperinus population in litter, aiming to contribute to the development of an alternative method of control. The study consisted of an evaluation of sequential and interdependent experiments; the factors being evaluated were hydrated lime, humidity and temperature in experiment 1, chemical insecticides in experiment 2 and the interaction between treatments that showed higher mortality of larvae and adults of A. diaperinus in experiments 1 and 2 combined in experiment 3. Laboratory bioassays were performed, simulating the poultry environment with litter in each experimental unit. The response variable was mortality at seven and 10 days of treatments. In experiment 1, the addition of hydrated lime in the poultry litter at a dosage of 400 g.m - ² promoted reduction of the population of adults and larvae of A. diaperinus. The increase of moisture in the litter determined acceleration of the biological cycle of A. diaperinus, without, however, help to control the insect. Rising temperatures in the litter to 45 C provided total mortality of adults and larvae of A. diaperinus as proposed in bioassays. In experiment 2, the chemical insecticides containing the active ingredient cypermethrin in its composition were more effective in reducing the population of adults and larvae of A. diaperinus. The interaction between factors combined in experiment 3, by adding 400 g.m - ² of hydrated lime, including 20 % litter moisture, spraying chemical insecticide and heating the substrate for 24 hours at 45 C allowed the totalitarian control of A. diaperinus after seven days of treatment application. Keywords: Lesser Mealworm. Bioassay. Strategic Control. Poultry.

10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Distribuição aleatória das UE conforme delineamento inteiramente casualizado para avaliação da mortalidade de A. diaperinus na cama de aviários em bioensaios. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Figura 2 Triagem do material experimental para quantificação da mortalidade de adultos e larvas de A. diaperinus Figura 3 - Análise de Regressão para mortalidade de adultos de A. diaperinus no tratamento da cama de aviário com cal hidratada em diferentes dosagens. Fonte: MiniTab Release 14 (2003) Figura 4 - Análise de Regressão para mortalidade de larvas de A. diaperinus no tratamento da cama de aviário com cal hidratada em diferentes dosagens. Fonte: MiniTab Release 14 (2003)

11 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Percentual de mortalidade de adultos de A. diaperinus nos tempos de sete e 10 dias, submetidos a diferentes dosagens de cal hidratada Gráfico 2 - Percentual de mortalidade de larvas de A. diaperinus nos tempos de sete e 10 dias, submetidos a diferentes dosagens de cal hidratada Gráfico 3 - Percentual de mortalidade de adultos de A. diaperinus nos tempos de sete e 10 dias após manipulação da temperatura Gráfico 4 - Percentual de mortalidade de larvas de A. diaperinus nos tempos de sete e 10 dias após manipulação da temperatura Gráfico 5 - Percentual de mortalidade de adultos de A. diaperinus submetidos a meios de criação após aplicação de inseticidas comerciais nos tempos sete e 10 dias Gráfico 6 - Percentual de mortalidade de larvas de A. diaperinus submetidos a meios de criação após aplicação de inseticidas comerciais nos tempos sete e 10 dias Gráfico 7 - Percentual de mortalidade de larvas e adultos de A. diaperinus submetidos a meios de criação com aplicação de inseticidas comerciais nos tempos sete e 10 dias acumulados

12 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Dosagens referência e quantidade correspondente de cal hidratada aplicada na UE para controle de A. diaperinus. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Tabela 2 - Percentual e volume correspondente de água destilada adicionada à cama de aviário das UE para controle de A. diaperinus. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Tabela 3. Número médio (± EP) e porcentagem média de mortalidade (± EP) de adultos e larvas de A. diaperinus em cama de aviário, com diferentes dosagens de cal hidratada, acumulados aos sete e 10 dias. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Tabela 4 - Número médio (±EP) e percentual de mortalidade (±EP) de larvas de A. diaperinus aos sete e 10 dias do tratamento da cama de aviário com diferentes dosagens de cal hidratada. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Tabela 5 - Concentração de íons de hidrogênio (ph) da cama de aviário antes e após tratamento com diferentes dosagens de cal hidratada em cama de aviário para o controle de larvas e adultos de A. diaperinus. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Tabela 6 - Número médio (± EP) e porcentagem média de mortalidade (±EP) de adultos e larvas de A. diaperinus em cama de aviário, com diferentes umidades, acumulados aos sete e 10 dias. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C Tabela 7 - Número médio (± EP) e porcentagem média de mortalidade (± EP) de adultos e larvas de A. diaperinus em cama de aviário, com diferentes temperaturas, acumulados aos sete e 10 dias. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. 63 Tabela 8 - Princípios ativos, grupo químico e concentrações comerciais utilizadas no experimento para o controle de adultos e larvas de A. diaperinus em bioensaios. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Tabela 9 - Tratamentos com inseticidas, dosagens e recomendações de aplicação utilizadas no comparativo de eficiência para o controle de adultos e larvas de A. diaperinus em bioensaios. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Tabela 10 - Número médio (±EP) e percentual de mortalidade (±EP) de adultos e larvas de A. diaperinus, acumulada aos sete e 10 dias do tratamento da cama de aviário com inseticidas comerciais. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 % Tabela 11 - Tratamentos com fatores abióticos e inseticida químico sintético, descrição do fator de variação e sua respectiva aplicação prática na Unidade Experimental no comparativo de eficiência para o controle de adultos e larvas de A. diaperinus em bioensaios. UTFPR Laboratório de Controle Biológico Tabela 12 - Número médio e percentual de mortalidade (±EP) de adultos e larvas de A. diaperinus acumulados aos sete e 10 dias do tratamento da cama de aviário com cal hidratada, umidade, temperatura, inseticida comercial e associação de

13 tratamentos. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. 21 ± 5 C, UR 65 ± 5 % Tabela 13 - Número médio e percentual de mortalidade (±EP) de adutos de A. diaperinus aos sete e 10 dias do tratamento da cama de aviário com cal hidratada, umidade, temperatura, inseticida comercial e associação de tratamentos. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. 21 ± 5 C, UR 65 ± 5 % Tabela 14 - Número médio e percentual de mortalidade (±EP) de larvas de A. diaperinus aos sete e 10 dias do tratamento da cama de aviário com cal hidratada, umidade, temperatura, inseticida comercial e associação de tratamentos. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. 21 ± 5 C, UR 65 ± 5 %

14 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÔNIMOS a w cm CV EP F g.m - ² ml ml.m -2 NH 3 ph ppm PIB T C UBABEF UE UR Atividade de Água Centímetros Coeficiente de Variação Erro Padrão Estatística do Teste F Gramas por metro quadrado Mililitros Mililitros por metro quadrado Amônia Potencial Hidrogeniônico Partes por milhão Produto Interno Bruto Temperatura em graus Celsius União Brasileira de Avicultura Unidade Experimental Umidade Relativa

15 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA AVICULTURA CASCUDINHO DE AVIÁRIO - Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) Ciclo Biológico Impactos e Efeitos Deletérios CONTROLE DE Alphitobius diaperinus Controle Químico Controle Cultural Controle Biológico Controle com Produtos de Origem Vegetal Controle Físico Métodos Alternativos e Associação de Métodos...27 REFERÊNCIAS ARTIGOS CIENTÍFICOS AVALIAÇÃO DE MÉTODOS FÍSICOS PARA MANEJO DE Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE)...45 Resumo Introdução Material e Métodos Processamento e caracterização físico-química da cama de aviário Preparação dos experimentos Experimento 1: avaliação do efeito da cal hidratada na cama de aviário sobre A. diaperinus Experimento 2: avaliação do efeito de diferentes percentuais de umidade na cama de aviário sobre A. diaperinus Experimento 3: avaliação do efeito de diferentes temperaturas na cama de aviário sobre A. diaperinus Avaliações experimentais Análise estatística Resultados e Discussão Avaliação do efeito da adição de cal na cama de aviário sobre A. diaperinus Avaliação do efeito de diferentes umidades na cama de aviário sobre A. diaperinus Avaliação do efeito de diferentes temperaturas na cama de aviário sobre A. diaperinus Conclusões Referências...70

16 3.2 COMPARATIVO DE INSETICIDAS QUÍMICOS SINTÉTICOS PARA CONTROLE DE Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) EM CONDIÇÕES LABORATORIAIS...75 Resumo Introdução Material e Métodos Preparação dos experimentos Aplicação dos tratamentos e aferições Análise estatística Resultados e Discussão Conclusões Referências ASSOCIAÇÃO DE MÉTODOS FÍSICOS E QUÍMICOS PARA O CONTROLE DE Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) EM CONDIÇÕES LABORATORIAIS...96 Resumo Introdução Material e Métodos Processamento e caracterização físico-química da cama de aviário Preparação dos experimentos Análise estatística Resultados e Discussão Conclusões Referências CONCLUSÕES GERAIS...116

17 13 1 INTRODUÇÃO A avicultura tem se destacado no segmento agropecuário nacional, sendo que os esforços direcionados às temáticas genéticas, nutricionais, sanitárias, conjugadas as técnicas de manejo altamente especializadas, denotam o avanço da atividade e sua representatividade na balança comercial brasileira. No Brasil o referido setor encontra entraves técnicos e econômicos, com destaque ao controle de pragas, que assume relevância preponderante, uma vez que, a presença de vetores é, sobremaneira, problema crônico e impactante na consolidação de resultados zootécnicos competitivos e estáveis, bem como na determinação de características qualitativas do produto final. Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), popularmente conhecido como cascudinho, é uma das principais pragas encontradas em aviários de corte e postura (PAIVA, 2000; DUNFORD; KAUFMAN, 2009; LAMBKIN, 2011). Tal inseto é originário do continente africano (VAUGHAN; TURNER; RUSZLER, 1984) associado a ninhos de aves e morcegos (GOMES, 2000) e, segundo Wallace, Winks e Voestermans (1985), é uma espécie cosmopolita, comumente encontrada infestando resíduos de produtos úmidos estocados e armazéns, e que provavelmente migrou para os aviários mediante alimento disponível ou de fazendas vizinhas que estocavam alimentos. De acordo com Rodrigueiro (2008), a criação de aves em confinamento proporcionou ao A. diaperinus um hábitat ideal para a sua multiplicação e consequente crescimento populacional, transformando-o num problema mundial. Desta feita, A. diaperinus insurgiu tornando-se inseto praga que afeta vários tipos de sistemas de produção de aves. Há uma necessidade imperativa, portanto, de desenvolver programas efetivos de monitoramento, gestão e controle deste inseto praga (GEDEN; HOGSETTE, 2001). A. diaperinus é responsável por vários problemas que afetam direta ou indiretamente a produção avícola. O contato direto do inseto com a cama dos aviários, assim como o hábito deste se alimentar de aves moribundas e mortas, o faz um veiculador de diversos patógenos aviários (AXTELL; ARENDS, 1990; BATES; HIETT; STERN, 2004; ROCHE et al., 2009; LEFFER et al., 2010). Outro fator relevante é o fato de que as aves, principalmente em idades tenras, substituem a ração balanceada por estágios larvais e adultos de A. diaperinus, em razão do comportamento que possuem de ciscar e comer qualquer

18 14 material em movimento (JAPP; BICHO; SILVA, 2010). Além disso, a ingestão de insetos adultos, os quais possuem exoesqueleto e élitros rígidos, pode causar lesões no trato gastrointestinal, deixando-o vulnerável à entrada de patógenos (CHERNAKI-LEFFER et al., 2001; JAPP, 2008). Com relação às larvas, estas podem lesionar a pele incorrendo e favorecendo infecções secundárias, o que colateralmente diminui a qualidade da carne (ELOWNI; ELBIHARIS, 1979). Além disso, secretam quinonas, substâncias tóxicas e carcinogênicas, que podem levar a lesões hepáticas e, consequentemente, podem determinar a condenação total desse órgão no abatedouro (TSENG; DAVIDSON; MENZER, 1971; PREVENT NEWS, 1998). Além da relação nutricional, tóxica e como vetor de patógenos, A. diaperinus ainda pode provocar avarias nas instalações avícolas, fato decorrente da ação das larvas que escavam túneis em componentes estruturais dos galpões (VAUGHAN; TURNER; RUSZLER, 1984; DESPINS; TURNER; RUSZLER, 1987). Ainda, a ação direta da praga sobre as aves compromete o bem estar animal, afetando o comportamento natural e influenciando o nível de conforto (LAY et al., 2011). O controle de A. diaperinus é considerado difícil, tendo em vista que seus inimigos naturais são pouco conhecidos e os métodos de controle são pouco eficientes e seguros. Embora o controle químico seja o mais difundido para o controle desta praga, a ação desses produtos é comprometida em razão destes insetos habitarem o solo, os locais com grande quantidade de matéria orgânica (excreta, ração e maravalha) e os locais entre as cortinas e as frestas dos galpões (ARENDS, 1987). Além disso, a aplicação de produtos químicos, principalmente à base de piretroides e organofosforados, pode apresentar algumas desvantagens. Estas decorrem do potencial surgimento de populações resistentes, da contaminação do ambiente e das aves, a eliminação dos inimigos naturais, bem como limitação de uso devido ao curto ciclo de vida e ao comportamento críptico do inseto, juntamente com a presença contínua das aves, que favorecem as reinfestações (ALVES et al., 2006). Em virtude da importância econômica de A. diaperinus para a avicultura, bem como as limitações impostas pelos atuais métodos de controle, faz-se necessária à busca de alternativas de controle integrado que sejam eficientes e visem à sustentabilidade da produção. Tais alternativas devem manter o nível

19 15 populacional do inseto praga no ambiente produtivo abaixo do nível de dano, com custos de controle acessíveis, baixo impacto ambiental e facilidade de implantação do método. Além disso, o estabelecimento de estratégias efetivo para o controle de A. diaperinus infere ganhos a cadeia produtiva, valorando atributos qualitativos e incrementado índices técnicos e econômicos da avicultura. Em observações empíricas pontuais realizadas a campo, nos atuais sistemas de criação, tem se verificado que a associação de métodos físicos, mecânicos e químicos podem proporcionar controle parcial do inseto em questão. A aplicação de cal na cama dos aviários enquanto condicionador químico, objetivando impor as características higroscópicas e alcalinizantes deste mineral, associada à fermentação da cama por enleiramento e enlonamento no vazio sanitário, pode exercer influência na dinâmica e concentração do A. diaperinus. Tal fato suporta a hipótese de que a população deste inseto pode ser controlada com a integração estratégica de métodos de controle físico e químico para tratamento da cama de aviários. Neste atinente, os objetivos da presente pesquisa cingem a investigação de práticas de manejo e gestão sustentável para A. diaperinus, destinadas a redução da incidência do inseto no cenário concernente à avicultura comercial. Implicitamente, o objetivo do trabalho foi avaliar a associação de métodos físicos e químicos para redução da população de A. diaperinus em camas de aviários, visando contribuir com o desenvolvimento de um método alternativo de controle.

20 16 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 AVICULTURA Os grandes progressos verificados na avicultura nas últimas quatro décadas transformaram o segmento num verdadeiro complexo econômico, traduzido por uma grande indústria de produção de proteína de origem animal (TINÔCO 2001; GIROTTO; AVILA, 2008). Mais do que isso, a agroindústria nacional ensaia movimento de produtora de proteínas para produtora de alimentos em escala global, agregando valor à cadeia de produção e elevando marcas, produtos e serviços concernentes ao agronegócio. Segundo Dai Pra e Roll (2012), a avicultura brasileira tem elevada importância social, pois emprega direta e indiretamente milhares de pessoas, e econômica, pois responde por significante parte do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, nos últimos anos o Brasil alcançou a posição de maior exportador mundial de carne de frangos (UBABEF, 2011). Sendo a avicultura a atividade zootécnica que mais apresenta avanços quantitativos e qualitativos no que tange a eficiência de produção de proteína animal para alimentação humana (DAI PRA; ROLL, 2012), não há como não apropriar interveniências relacionadas à dimensão que assume este complexo produtivo. O crescimento da produção avícola provocado pela alta demanda do mercado, portanto, acarreta um aumento da criação de aves em confinamento, o que resulta na elevação da densidade das aves dentro do galpão, aumento do número de lotes sobre a mesma cama e intervalo entre lotes algumas vezes reduzido, contribuindo para a multiplicação de micro-organismos patogênicos e para o aumento populacional de insetos praga (REZENDE, 2009). Neste contexto, há um incremento da umidade da cama aviária, proveniente tanto das excretas das aves, como da água dos bebedouros, que favorece o crescimento de populações de insetos, como Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) (JAPP; BICHO; SILVA, 2010). Segundo definição de Dai Pra e Roll (2012, p.7), a cama consiste em material disposto no galpão para evitar o contato direto da ave com o piso,

21 17 auxiliando a absorção de água, incorporação de fezes, urina e penas, bem como, a redução de temperaturas no aviário. A cama não é apenas o acúmulo fecal em um substrato, mas a derivação de um produto dinâmico proveniente de um intenso metabolismo que resulta no amadurecimento do material. Desta forma, manejar adequadamente a cama coaduna na interferência neste processo para minimizar os efeitos negativos e valorizar as características favoráveis. A composição da cama após a criação de um lote de aves é, além do material do substrato inicial, de excretas, restos de rações, penas, peles e insetos. Esta constituição resulta em média, no que cinge os aspectos bromatológicos, em 14 % de proteína bruta, 16 % de fibra bruta, 13 % de matéria mineral e 0,41 % de extrato etéreo (FIORENTIN, 2005). Em relação aos aspectos químicos e físicos, a cama tem valores de ph entre 8 e 9 em camas reutilizadas, atividade de água entre 0,90 e 0,92 (DAI PRA et al., 2009) e níveis de umidade entre 20 e 35 % (DAI PRA; ROLL, 2012). A reutilização da cama na avicultura deve ser avaliada no que tange aspectos sanitários, ambientais e econômicos, para que sejam atendidos os pilares da sustentabilidade avícola. Neste sentido, um importante critério de tratamento da cama deve ser a promoção do controle de vetores como A. diaperinus presentes nas instalações de frangos (DAI PRA; ROLL, 2012). A cama deve proporcionar o máximo de condições de conforto e bem-estar as aves para garantir toda a expressão do seu potencial genético. Nesse contexto a cama deve ser manejada com o intuito de prevenir a proliferação de insetos, minimizar a produção de amônia e a exposição das aves a agentes produtores de enfermidades (DAI PRA; ROLL, 2012, p.7). 2.2 CASCUDINHO DE AVIÁRIO - Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) A. diaperinus, conhecido popularmente por cascudinho, é um dos principais insetos praga da avicultura, sendo encontrado colonizando o substrato utilizado nas granjas avícolas (ARENDS, 1987). Tal inseto acarreta problemas sanitários nestes

22 18 ambientes e interfere no desempenho zootécnico de frangos de corte, com sérios prejuízos financeiros (JAPP; BICHO; SILVA, 2010) Ciclo Biológico O ciclo biológico de A. diaperinus dura em torno de 55 dias, em temperatura de 27 C e 80 % de UR. Após cinco dias da postura, eclode de cada ovo uma larva esbranquiçada, com 1,5 mm de comprimento, fase que se estende por 38 dias, quando os imaturos atingem o tamanho de 13,8 mm de comprimento e coloração marrom escura, passando por até 11 estadios de desenvolvimento (VERGARA; GAZANI, 1996). De acordo com Silva et al. (2005), após a fase larval, estas sofrem ecdise e empupam por cinco dias, emergindo adultos de coloração branca, que, após quatro dias, adquirem coloração característica (marrom). Os adultos começam a se reproduzir 20 dias após a emergência. A totalidade dos estágios de vida de A. diaperinus é encontrada na cama e resíduos de aviários; estes se alimentam da própria cama, de dejetos, excretas, ração, aves mortas e outros insetos, incluindo a própria espécie (LESCHEN; STEELMAN, 1988). A proliferação de A. diaperinus nos aviários é muito rápida, sendo que o aumento populacional ocorre a cada novo lote. Durante o vazio sanitário, os insetos sobrevivem buscando abrigo no solo e, com a chegada do lote seguinte, reinfestam a cama. Isso acontece porque o solo apresenta umidade e temperatura favoráveis ao cascudinho (SALIN et al., 2000; UEMURA et al., 2008). Outros aspectos pertinentes ao ciclo biológico do cascudinho estão relacionados à temperatura. Chernaki e Almeida (2001) observaram que a 22 C o tempo de desenvolvimento das fases do inseto é maior, sobrepondo os 88 dias para os estágios de ovo, larva e pupa. Entretanto, a sobrevivência é baixa, abaixo de 66 %. A temperatura de 31 C foi considerada a mais adequada para o desenvolvimento das fases imaturas, com índice de sobrevivência acima de 86 %. Segundo as autoras, temperaturas baixas (inferiores a 16,5 C) podem contribuir de maneira eficiente para o controle desses insetos, uma vez que não ocorre o desenvolvimento das fases imaturas, o que leva a uma diminuição da população. O controle de A. diaperinus é dificultado pelo seu ciclo de vida curto e comportamento que favorecem as reinfestações, pois se abriga em fendas,

23 19 rachaduras, abaixo dos comedouros ou até mesmo abaixo do solo, próximo aos pilares de sustentação dos galpões (CHERNAKI et al., 2001). Sob várias condições ambientais, os indivíduos podem exibir tempos de desenvolvimento diferentes, o que afetará a eficiência no controle. Entender a biologia do inseto é essencial para desenvolver estratégias no manejo de populações de A. diaperinus em aviáirios (sic) de corte. As grandes densidades afetam o período de aplicação do controle químico, o tipo de produto a ser utilizado e medidas de controle biológico viáveis. Atingir o equilíbrio populacional reduziria seu status como espécie praga e o potencial como vetor de patógenos (RODRIGUEIRO, 2008, p.3) Impactos e Efeitos Deletérios Em decorrência das características comportamentais e biológicas que dificultam seu controle e permitem sua proliferação, A. diaperinus é tido como carreador e propagador de agentes patogênicos, tornando-se importante agente causador de prejuízos econômicos e sanitários, coligindo para danos e impactos negativos na avicultura. As formas larval e adulta de A. diaperinus são descritas como mantenedoras de patógenos viáveis na sua superfície externa e no seu trato digestivo (PAIVA, 2000). Nesta temática, atuam como vetores e potenciais transmissores de agentes patogênicos, entre os quais bactérias, vírus, fungos, protozoários e parasitas, fato verificado em diversos estudos (MCALLISTER, 1993; DESPINS et al., 1994; DESPINS; AXTELL, 1995; GOODWIN; WALTMAN, 1995; MCALLISTER et al. 1995, CHERNAKI-LEFFER et al., 2002; SKOV, 2004; STROTHER; STEELMAN; GBUR; 2005; TEMPLETON et al., 2006; GIAMBRONE; MACKLIN, 2012). Nesse contexto, a preocupação com a biossegurança de produtos de origem animal e biosseguridade de plantéis, particularmente vinculadas as salmoneloses, têm sido investigadas no que concerne o papel de A. diaperinus (DE LAS CASAS; POMEROY; HAREIN, 1968; BAGGESEN; OLSEN; BISGAARD, 1992; MCALLISTER; STEELMAN; SKEELES, 1994; DAVIES; WRAY, 1995; DAVILA; REBOLLO; TELLEZ, 1996; ROCHE et al., 2009; LEFFER et al., 2010; HOELZER; SWITT; WIEDMANN, 2011). Além da relação com os patógenos, A. diaperinus pode provocar danos nas instalações avícolas ao destruírem componentes estruturais dos galpões, ocasionados pela ação das larvas que escavam túneis no material isolante para

24 20 empuparem e escavam galerias em pisos e muretas em função do comportamento natural do inseto (VAUGHAN; TURNER; RUSZLER, 1984; DESPINS, 1987; DESPINS; TURNER; RUSZLER, 1987; GEDEN; AXTELL, 1987). Além disso, podem ocorrer prejuízos no frigorífico com órgãos aproveitados como subprodutos, já que A. diaperinus, ao ser molestado, libera uma secreção para se defender dos predadores, denominada quinona, substância tóxica e carcinogênica, que pode levar a lesões hepáticas, determinando, neste caso, a condenação do órgão para o consumo (TSENG; DAVIDSON; MENZER, 1971). Também pode favorecer infecções secundárias, interferindo na qualidade da carne e saúde das aves (ELOWNI; ELBIHARIS, 1979), além do potencial de lesionar a epiderme de frangos em idade tenra, como verificado por Kumar (1986). Adultos e larvas perfuram a pele das aves, se alimentando do exsudato sanguíneo e, quando ingeridos, provocam ferimento no trato digestivo superior (papo e moela), podendo ocasionar mortalidade de pintinhos. Ainda, podem contaminar a carcaça durante o processamento no abatedouro, no momento da extração mecânica do papo e da moela (CHERNAKI-LEFFER, 2004). Outro fator relevante diz respeito ao hábito das aves ciscarem o substrato e ingerirem estágios larvais e adultos de A. diaperinus, substituindo, desta feita, a ração balanceada e contrapondo os objetivos zootécnicos no âmbito nutricional (MATIAS, 1992; JAPP; BICHO; SILVA, 2010). Muitas aves, ao ingerirem os adultos, podem sofrer danos causados pelo exoesqueleto rígido e pelos élitros deste inseto, lesionando o sistema digestivo superior e proporcionando vulnerabilidade a patologias oportunistas (SILVA et al., 2001; JAPP, 2008). Não menos importante é o impacto insalubre desta praga no que tange a temática bem estar animal, já que as aves têm afetada a expressão de seu comportamento natural e nível de conforto no ambiente de criação sob exposição a infestações de A. diaperinus (LAY et al., 2011). É importante destacar que aspectos relativos à saúde ocupacional de operadores da avicultura também derivam efeitos colaterais, já que A. diaperinus tem envolvimento com patologias em humanos, como asmas, rinites, conjuntivites, urticária e angioedema. Neste âmbito, Schroeckenstein et al. (1988) verificaram sensibilidade mediada por IgE como resultado de exposição ocupacional, tendo A. diaperinus como antígeno.

25 21 Baseado na perspectiva deletéria e das nuances que envolvem a constância de A. diaperinus no ambiente de criação de aves em regimes intensivos, o desenvolvimento de metodologias de controle direcionam para a abordagem desta temática sob o viés zootécnico do negócio. Desta feita, mitigar os efeitos nocivos deste inseto praga perpassa pelo controle rigoroso em criações comerciais. 2.3 CONTROLE DE Alphitobius diaperinus O controle de A. diaperinus é realizado, preponderantemente, mediante utilização de inseticidas químicos sintéticos. A aplicação de inseticidas no piso e nas muretas de aviários, portanto, tem sido o método de manejo padrão para controle de larvas e adultos do inseto, tendo sido largamente empregado nas últimas três décadas nas agroindústrias (LAMBKIN, 2011). Os inseticidas químicos sintéticos utilizados para o controle de A. diaperinus na agroindústria brasileira são, principalmente, do grupo dos piretroides e organofosforados. Não obstante, manejos culturais, físicos, mecânicos, biológicos e com produtos naturais, também acenam como metodologias potenciais de controle deste inseto praga. Contudo, a efetividade das medidas de controle provém, indubitavelmente, da correta aplicação das práticas de controle no que tangem os procedimentos de manejo, as condições estruturais e o intervalo entre lotes de criação de aves (APPEL, 2012) Controle Químico O controle desse inseto praga é geralmente realizado por meio do uso de inseticidas químicos piretroides (HINKLE, 2010) e organofosforados (TOMBERLIN; RICHMAN; MYERS, 2008; LAMBKIN; FURLONG, 2011). Porém, tais produtos apresentam algumas desvantagens, como seleção de populações de insetos resistentes e contaminação do ambiente e das aves (JAPP; BICHO; SILVA, 2010). Além disso, tal fato resulta em uma barreira comercial para exportação de carne, pois a União Europeia não permite o uso de determinados químicos sintéticos para o controle de insetos, já que estes podem deixar resíduos na carcaça.

26 22 Os inseticidas químicos sintéticos disponíveis não propiciam controle satisfatório quando as populações de A. diaperinus estão instaladas no ambiente produtivo, bem como resistência aos inseticidas também tem sido observada, como verificado para o grupo de piretroides (CHERNAKI-LEFFER, 2004; CHERNAKI- LEFFER et al., 2011). Há também evidências de resistência cruzada entre inseticidas para controle de A. diaperinus, como sugerido entre cyfluthrin e lambdacyhalothrin (LAMBKIN; RICE; FURLONG, 2010). Durante os anos, o controle químico para A. diaperinus evoluiu, tanto em função do desenvolvimento de grupos químicos, como metodologias de aplicação diferenciadas. Uma opção de controle químico inclui a utilização de inseticidas nas rações de frangos, principalmente do grupo das ivermectinas (MILLER; REDFERN, 1988; MILLER, 1990). A utilização de triflumuron, phoxim e ciflutrina, mediante aplicação spray nas muretas e sobre a cama, resultou no controle de A. diaperinus em aviários de matrizes de frangos (JESPERSEN; LAURIDSEN, 1997). Tetrachlorvinphos, composto químico do grupo dos organofosfatos, proveu controle adequado de larvas e adultos em uma aplicação em somente um ciclo de frangos de corte (KHAN BA et al., 1998). Combinando produtos adulticida (piretroide: ciflutrina) e larvicida (regulador de crescimento de insetos: triflumuron) pode-se obter o controle, fato dependente das características construtivas dos galpões e práticas de manejo (LAMBKIN, 2005). Embora A. diaperinus pareça ser suscetível a muitos inseticidas de ação residual, a efetividade de métodos de controle pode ser limitado pelo acúmulo de matéria orgânica sobre as superfícies tratadas e níveis de cama nos aviários (DESPINS; TURNER; PFEIFFER, 1991; JAPP; BICHO; SILVA, 2010). Além disso, os hábitos crípticos e os comportamentos de fuga desses insetos praga diminuem a efetividade de inseticidas químicos sintéticos, pois as aplicações são feitas apenas na superfície da cama (ALVES et al., 2004). Neste sentido, A. diaperinus, na ausência das aves ou de condições adequadas, desenvolveram mecanismos comportamentais adaptativos para tolerância e resistência às condições adversas e baixas temperaturas, tais como migração para outros locais no aviário. Assim sendo, isso pode dificultar o controle nos intervalos de um lote para outro, quando o galpão está sem aves e, por vezes, sem a cama ou com remoção parcial da mesma, principalmente em locações geográficas com elevada densidade de alojamento (UEMURA et al., 2008).

27 23 A abordagem do controle químico é extremamente pertinente quando se considera a importância e dimensão da exportação de frangos e derivados dentro da atividade avícola e as exigências e barreiras impostas pelos importadores com relação ao uso cada vez menor de substâncias químicas no manejo e sanidade das aves (ALEXANDRE et al., 2008). Não obstante, o componente custo de aquisição e facilidade de aplicação tem sido determinante na seleção de inseticidas químicos em uso na avicultura industrial Controle Cultural A presença de A. diaperinus em aviários tem motivado a ação de medidas de controle nos galpões de criação, por meio dos métodos mecânico e cultural, como manejo da cama (BELLAVER et al., 2003). O controle mecânico envolve os detalhes da construção dos galpões, manejo dos resíduos e práticas sanitárias, evitando gastos desnecessários ao produtor, bem como a explosão da densidade de pragas e danos ambientais (RODRIGUEIRO, 2008). A limpeza frequente do aviário, com remoção da cama após a retirada dos animais, é uma das formas de reduzir o número de insetos, embora seja cara e trabalhosa (STEELMAN, 1996). A heterogeneidade espacial e temporal no sistema de produção avícola é também afetada pelo tipo de criação, estrutura e manejo das instalações, onde o manejo também inclui as medidas sanitárias, como o descarte das aves mortas, pois os insetos se alimentam de carcaças que também são áreas de refúgio e de reprodução (RODRIGUEIRO, 2008). Diante da necessidade de se minimizar os problemas causados pela presença do inseto e devido à falta de métodos alternativos, além da utilização do controle químico para redução de infestações (LAMBKIN, 2005), o controle cultural tem sido utilizado como técnica de controle de A. diaperinus, conforme evidenciado por Arends (1987) e Calibeo-Hayes (2005), bem como práticas vigentes na agroindústria.

28 Controle Biológico Vários estudos vêm sendo desenvolvidos na busca de alternativas para o controle do cascudinho, como a utilização de nematoides (GEDEN et al., 1985; GEDEN; ARENDS; AXTELL, 1987; PEZOWICZ, 2003; ALVES; ROHDE; ALVES, 2005; RODRIGUEIRO, 2008; ALVES et al., 2012) e fungos entomopatogênicos (ALVES, 1998; CRAWFORD; BROOKS; ARENDS, 1998; GEDEN et al. 1998; ALVES et al., 2004; ALVES et al., 2005; CHERNAKI-LEFFER, 2004; ROHDE et al., 2006; SANTORO et al., 2010). Além disso, há indicações do uso de microorganismos entomopatogênicos como uma alternativa viável e eficiente para o controle biológico do inseto praga em questão (ALVES et al., 2004; ROHDE et al., 2006; SILVA et al. 2006; REZENDE, 2009), pois são inócuos às aves (HAAS- COSTA; ALVES; DAROS, 2010), além de não agredirem o meio ambiente, a saúde do avicultor e dos consumidores do produto final. De acordo com Alves (1998), o fungo Beauveria bassiana (Balls.) Vuill. destaca-se para o controle biológico de insetos com micro-organismos, pela capacidade de penetração via tegumento, facilidade de disseminação e ampla variabilidade genética. Neste sentido, Rohde et al. (2006) obtiveram mortalidade variando entre 6,7 e 100 % para larvas e mortalidade entre 0 e 86,7 % para adultos com diferentes isolados de B. bassiana, sendo mais eficientes que isolados de Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. Estes dados são corroborados por Lambkin (2011), onde B. bassiana foi tido como sendo mais efetivo para o controle de A. diaperinus na cama, comparativamente a M. anisopliae. Na avaliação da patogenicidade de diferentes isolados de nematoides entomopatogênicos, observou-se que as maiores médias de mortalidade para larvas foram por Steinernema carpocapsae (Weiser, 1955), enquanto que para adultos foi Steinernema feltiae (Filipjev, 1934) (RODRIGUEIRO, 2008). Experimentos com nematoides entomopatogênicos em laboratório indicaram que Steinernema carpocapsae foi a espécie mais viável e efetiva quando aplicada na cama em temperaturas em torno de 30ºC (LAMBKIN, 2011). Alves et al. (2012) avaliaram nematoides entomopatogênicos e detectaram que Steinernema arenarium foi o mais efetivo, causando mortalidade de 99 % de adultos de A. diaperinus; entretanto, a

29 25 cama de aviário apresentou efeito antagonista, inibindo completamente a ação de nematoides sobre insetos adultos e reduzindo a eficiência sobre larvas em 57 %. Geden e Axtell (1988) reportam a inaplicabilidade deste método de controle, sobretudo devido a problemas de difícil manejo e eficiência de entomopatogênicos num ambiente tão adverso e hostil ao seu desenvolvimento como é um aviário, pela alta concentração de amônia, temperatura elevada e umidade inadequada. Neste sentido, Lambkin (2011) postula que a aplicação de micro-organismos entomopatogênicos em larga escala em aviários de frangos derivaram resultados desapontantes, contrastando com os resultados positivos provenientes da experimentação laboratorial Controle com Produtos de Origem Vegetal Têm sido cada vez mais requisitados inseticidas naturais provenientes de plantas, apresentando vantagens como, por exemplo, origem em recursos renováveis e degradação rápida, não deixando resíduos em alimentos e no meio ambiente (PRADO, 2007). Segundo a autora, o desenvolvimento destes compostos requer tempo e também um estudo sistematizado que preencha certos requisitos, tais como seletividade contra inimigos naturais, baixa toxicidade, biodegradabilidade e ausência de fitotoxicidade, além dos requisitos econômicos para que sua produção em alta escala seja viável. Em muitas plantas são encontradas substâncias com potencial atividade inseticida ou repelente, as quais são, geralmente, voláteis e podem ser detectadas pelas antenas ou tarsos de insetos. Entre essas, estão os monoterpenos (citronelal, linalol, mentol, α e β-pinenos, mentona, carvona e limoneno), os sesquiterpenos (farnesol, nerolidol), os fenilpropanoides (safrol, eugenol) e muitos outros compostos (PANIZZI; PARRA, 1991; SIMÕES; SPTIZER, 2004). Alternativa contempla a utilização de óleos vegetais e detergentes que se apresentam eficazes no controle de insetos e são usados como adjuvantes em produtos a fim de aumentar a eficiência de controle (COSTA, et al. 2003). Especificamente para cascudinho, várias plantas e extratos botânicos são estudados por apresentarem componentes com ação inseticida. Em ensaio

30 26 laboratorial, o óleo de Sene, Cassia angustifolia Vahl (Fabaceae), apresentou eficiência de 100 % contra indivíduos adultos e larvas de A. diaperinus. Em campo, porém, observou-se que os testes não reproduzem os resultados laboratoriais, o que demonstra que mais estudos serão necessários, tais como: outras formas de aplicação do óleo, teste de reuso da cama de aviário e mecanismo de fixação do óleo (PRADO, 2007). Outros extratos vegetais podem ser utilizados, como Azadirachta indica A. Juss (Meliaceae), conhecida como nim, e a rotenona, extraída de Derris spp (Fabaceae), espécies popularmente denominadas de Timbó. Há opção de utilização do extrato pirolenhoso, obtido pela condensação da fumaça da queima de madeira, que tem sido pouco estudado para o controle de pragas (SANTORO et al., 2009). Estes autores constataram que produtos a base de óleo de nim e a base de sais de potássio de ácidos graxos aplicados em A. diaperinus, apresentaram mortalidade variando entre 3 % e 6 %. Estes produtos, no entanto, associados com B. bassiana, promoveram aumento significativo da mortalidade, acima de 72 %, configurando alternativa de controle associado. Marcomini et al. (2009) obtiveram mortalidade de 100 % de adultos de A. diaperinus com óleo de nim a 10 %. Em trabalho específico com torta de nim, Alves, Alves e Uemura-Lima (2012), não verificaram efeitos da torta sobre a sobrevivência de adultos, porém observaram redução de 23 % na oviposição e 21 % na atividade alimentar de A. diaperinus, indicando potencial para o manejo da praga Controle Físico As temperaturas da cama e do interior dos galpões afetam a densidade populacional, tanto quanto os tipos de aviários e modelos de construção das instalações, o manejo das camas durante os lotes avaliados e aplicação de inseticidas químicos. Tanto larvas quanto adultos encontram-se agregados, sendo que as distribuições espacial e temporal heterogêneas estão relacionadas aos movimentos migratórios da população, afetados por variação dos fatores abióticos, visando o estabelecimento em micro habitats que garantam a permanência nos galpões (RODRIGUEIRO, 2008).

31 27 A modulação do ambiente de criação, no que concernem as amplitudes de tolerância para umidade e temperatura, afeta o desenvolvimento de A. diaperinus (SARIN; SAXENA, 1973). Larvas preferem umidade entre 30 e 40 % no substrato da cama, sendo que a migração, a partir deste ambiente, aumenta significativamente com umidade entre 50 ou 60 %. Adultos são mais ativos que as larvas entre 30 e 40 % de umidade, com taxas de dispersão aumentando consideravelmente a partir destes níveis (DESPINS; TURNER; RUSZLER, 1989). A temperatura de 15 ºC inibe o desenvolvimento de A. diaperinus em todas as fases do ciclo biológico. A deficiência de água também previne o desenvolvimento. A relação entre atividade e temperatura é consistente em relação à velocidade de desenvolvimento, sendo os maiores valores obtidos com 35 ºC (ICHINOZE; SHIBAZAKI; OHTA, 1980). Esta última, por sua vez, influencia diretamente o ciclo de vida do inseto e atua como um fator positivo para o inseto, pois em aviários comerciais a ambientação interna varia entre 21 ºC e 33 ºC, considerada zona de conforto térmico para as aves e ideal para o desenvolvimento do cascudinho (CHERNAKI; ALMEIDA, 2001). A gestão de fatores físicos deve ser considerada no manejo integrado de A. diaperinus, já que a tolerância a temperaturas elevadas e variações no ecossistema artificial é obtida nesta espécie por adaptações fisiológicas e comportamentais (SALIN; VERNON; VANNIER, 1998) Métodos Alternativos e Associação de Métodos Diante das limitações dos métodos de controle empregados na avicultura, a associação de estratégias surge como uma alternativa para potencializar o manejo da espécie praga. Neste sentido, uma alternativa para o controle de A. diaperinus, está na utilização de condicionadores químicos na cama. Estas substâncias têm efeitos relacionados a mudanças nos gradientes de umidade na cama do aviário, produção de gases no interior das instalações, controle de micro-organismos de interesse epidemiológico e alteração das propriedades do adubo residual da atividade. A utilização de cal hidratada na agricultura e, por derivação, na avicultura industrial, encontra razões, originalmente, na tentativa de redução de temperatura no

32 28 interior de galpões e aspectos estéticos relacionados às construções rurais (WATSON et al., 2003). Estes autores também citam que a adição de cal hidratada na cama de aviários e resíduos contribui para redução de odores provenientes da atividade. Ainda, evidências sugerem que a utilização da cal hidratada pode reduzir ou atuar como repelente de insetos (BARATA et al.,1992; BOUCHER; ADAMS, 1993), bem como mitigando a presença e/ou desenvolvimento de agentes patogênicos (MUNOZ; COLLAZO; ALVARADO, 1995; STANUSH et al., 2000; PILOTTO, 2004). Procedimentos de manejo, relacionados à manipulação da cama de aviário, tem sido adotados em instalações agroindustriais. Dentre os métodos associados utilizados durante o vazio sanitário para controle do inseto, emprega-se o tratamento da cama de aviário com ácidos orgânicos, o uso da revira e remoção de emplastamentos associados com amontoamento da cama e o uso da cal virgem (NASCIMENTO; SANTOS, 2005). Dai Pra et al. (2009) ressaltam a divergência de resultados na literatura com a adição de substâncias condicionadoras na cama. Em alguns trabalhos relacionados à utilização de compostos químicos no condicionamento da cama, tal qual a cal apagada (SINGH; SISHRA; SAHOO, 1990), o sulfato de alumínio (MOORE et al., 1996), bissulfeto de sódio (POPE; CHERRY, 2000) e gesso agrícola (PROCHONOW et al., 2001), são descritos benefícios específicos na melhoria na qualidade da cama. Entre tais benefícios citam-se a diminuição do teor de umidade, redução da volatilização de amônia e alteração do ph da cama de aviário. O uso de condicionadores químicos, primariamente, tem objetivado ganhos incrementais no desempenho zootécnico de frangos. Neste âmbito, Ferreira, Oliveira e Traudi (2004) não observaram efeito sobre o desempenho de frangos de corte quando a cama sofreu adição experimental dos condicionadores químicos sulfato de alumínio, gesso agrícola, superfosfato simples e cal hidratada, quando comparados à cama não tratada. De acordo com os autores supracitados, o efeito da adição dessas substâncias na cama de frangos decorre da interferência na biocomplexidade presente nesta, reduzindo a atividade da microbiota, tanto de bactérias, quanto de fungos, neste ambiente. Assim sendo, como consequência da alteração da dinâmica e da atividade microbiana, postula-se uma possível redução da produção de amônia ou a diminuição de sua volatilização na cama (McWARD; TAYLOR, 2000).

33 29 Ainda no que tange o desempenho de frangos de corte criados em camas submetidas a tratamentos com condicionadores químicos, são mencionados benefícios relacionados ao decréscimo na mortalidade (MOORE et al., 1996), ao maior ganho de peso (McWARD; TAYLOR, 2000) e à melhor conversão alimentar (OLIVEIRA et al., 2003) em cama tratada com sulfato de alumínio. Worley, Cabrera e Risse (2000), também observaram diminuição da população de cascudinhos, com redução da competição por alimento e transmissão de doenças com a aplicação de sulfato de alumínio na cama enquanto condicionador químico. Efeitos colaterais favoráveis provêm da utilização de condicionadores na cama. Moore et al. (1996) ainda impetram outros benefícios, que incluem menor gasto com ventilação e melhoria na qualidade da cama quando destinada para uso como fertilizante. McWard e Taylor (2000), ainda descrevem benefícios relacionados à qualidade da carcaça decorrentes da melhor qualidade de cama, qualidade esta determinada em função da menor incidência de lesões no peito, no coxim plantar e nos sacos aéreos. A cal hidratada (Ca(OH) 2 ) é um dos produtos mais utilizados para eliminar ou prevenir a produção e/ou liberação dos gases tóxicos produzidos na cama de aviários. Trabalhos com a utilização da cal tendo como variável resposta o desempenho das aves têm sido efetuados. Neste atinente, Lon Wo e Rodriguez (1986), observaram que o consumo de ração e a conversão alimentar não foram afetados significativamente. Singh; Sishra e Sahoo (1990) verificaram que o uso não resultou em diferenças quanto ao peso final e ganho de peso e à mortalidade de frangos de corte. Contudo, contrapondo os estudos anteriores, Stanush et al., 2000, observaram benefícios ao reduzir o número de bactérias na cama e melhorar o ganho de peso quando a cal foi adicionada em níveis de 0,2 % e 1 % do peso da cama. A cal hidratada foi avaliada com o propósito de reter nitrogênio na cama de frango e verificou-se que a retenção do nitrogênio na cama durou apenas duas semanas, necessitando de nova aplicação após esse período (WILDEY, 1984). Segundo Oliveira et al. (2003), a cal hidratada também vem sendo utilizada no intuito de melhorar a qualidade física e química da cama de frango. Os benefícios da cal hidratada para controle de insetos e patógenos ainda não estão bem definidos; é sabido, porém, que a cal hidratada absorve o excesso de umidade e promove a

34 30 secagem, elevando rapidamente o ph para valores superiores a 12 (WATSON et al., 2003). Kwak; Huh e Mccaskey (2005) observaram apenas uma elevação momentânea da temperatura da cama, em todos os tratamentos com cal, sendo atribuída à reação do óxido de cálcio com os componentes da cama, com duração média de duas horas após a aplicação. Em outro trabalho, a temperatura da cama não manifestou alteração significativa com a aplicação de doses de cal, com variação de 28,1 C até 28,4 C (DAI PRA et al., 2009). Dai Pra et al. (2009) avaliaram efeito da adição de diferentes concentrações de cal virgem na cama avícola sobre a prevalência de Salmonella spp. e Clostridium spp. e verificaram que os valores médios observados para o ph da cama após o 12 ⁰ dia de aplicação de cal virgem foram 8,95, 9,91, 10,75 e 11,11 para os tratamentos controle, 300, 600 e 900 g.m - ², respectivamente. O número mais provável (Log10 (UFC)) de Salmonella spp. e Clostridium spp. foi reduzido, respectivamente, em 82 % e 97 % com a aplicação de cal na dosagem de 300 g.m - ² e 100 % na dosagem de 600 e 900 g.m - ², ambos diferindo significativamente em relação a testemunha. Outro apontamento diz respeito à atividade de água da cama, que reduziu progressivamente (de 0,2 % a 3,82 %) com a utilização de níveis crescentes de cal. Entretanto, em literaturas anteriores, são encontradas apenas sugestões de que a cal diminui a atividade de água na cama (FERNANDES; FURLANETO, 2004). Segundo Paiva (1998), larvas de insetos se criam no esterco úmido ou molhado (umidade acima de 50 %). A secagem desse material e a preservação da fauna de predadores e parasitos de ovos e larvas, mantém a população em equilíbrio. Nesse caso, o uso de serragem acelera a secagem do esterco, sendo que a cal deve ser usada nos locais mais úmidos. Segundo este autor, o controle de insetos pode ser efetuado através de medidas de controle integrado que inclui as medidas de controle mecânico, tanto do esterco quanto das carcaças e resíduos de ovos, medidas de controle biológico e medidas de controle químico. Estudos sugerem o uso de pós-inertes à base de terra de diatomácea para controle de A. diaperinus (CHERNAKI-LEFFER et al., 2001; ALVES et al., 2006), apresentando atividade inseticida com elevada persistência na cama de aviário e ação de repelência para os insetos (OLIVEIRA et al., 2009). Este produto é um póinerte que age na cutícula dos insetos e não deixa resíduos na carne de frango e no ambiente (JAPP; BICHO; SILVA, 2010), com comprovação do potencial de uso

35 31 isoladamente e/ou a possibilidade da associação deste produto com fungos entomopatogênicos, como evidenciado em alguns estudos (OLIVEIRA; ALVES, 2007; SANTORO et al., 2010). Contudo, a associação de spinosad, terra diatomácea e ciflutrina não demonstrou efetividade no controle de A. diaperinus em condições de campo (LAMBKIN et al., 2012). Um sistema de manejo integrado de A. diaperinus, portanto, incluem estudos do comportamento e dinâmica da população, rotação de inseticidas, protocolo de manejo para resistência de inseticidas e uso de estratégias de controle alternativas (LAMBKIN; CAMRON, 2000). Em virtude do exposto, verifica-se a necessidade de desenvolvimento de pesquisas de produtos com princípios ativos que não sejam prejudiciais às aves e, consequentemente ao homem e ao ambiente, como moléculas químicas menos tóxicas, agentes de controle biológico e estratégias físicas, mecânicas e culturais e/ou a integração destas. Assim sendo, a utilização isolada de um método tem resultados restritos. Em contrapartida, a associação de estratégias visando manejar a população no menor dano possível tem sido eletivas no cenário avícola vigente e direcionam para necessidade de estudos no manejo deste inseto praga.

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49 45 3 ARTIGOS CIENTÍFICOS 3.1 AVALIAÇÃO DE MÉTODOS FÍSICOS PARA MANEJO DE Alphitobius diaperinus (PANZER) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) Resumo A estabilidade de ambiência na avicultura moderna tem favorecido a proliferação de insetos praga. Neste cenário, Alphitobius diaperinus, comumente denominado cascudinho, surge como principal inseto cosmopolita infestando camas de aviários. O objetivo deste trabalho foi avaliar os fatores cal hidratada, variação de temperatura e umidade da cama de aviários como estratégias de controle de A. diaperinus. Foram realizados bioensaios laboratoriais, simulando o ambiente de criação em recipientes com a adição de cama de aviário, adultos e larvas de A. diaperinus. A variável resposta foi a mortalidade aos sete e 10 dias após a aplicação dos tratamentos. A adição de cal hidratada na cama de aviário na dosagem de 400 g.m - ² promoveu mortalidade parcial da população de adultos (35,62 % ± 2,74) e larvas (45,62 % ± 1,75) de A. diaperinus. O incremento de umidade na cama de aviário não afetou significativamente a mortalidade de adultos de A. diaperinus. A elevação da temperatura da cama de aviário para 45 C proveu mortalidade total de adultos e larvas de A. diaperinus nas condições propostas. Palavras-chave: Cascudinho. Cal hidratada. Temperatura. Umidade. Cama de aviário. Abstract The stability of ambience in the modern poultry industry has favored the proliferation of insect pest. In this scenario, Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), commonly known as lesser mealworm, emerges as major cosmopolitan insect infesting poultry litter. The aim of this study was to evaluate the factors hydrated lime, variation of temperature and humidity of the poultry litter as strategies to control A. diaperinus. Laboratory bioassays were performed, simulating the poultry environment with litter in each experimental unit, with the addition of adults and larvae of A. diaperinus. The response variable was mortality at seven and 10 days after treatment application. The addition of hydrated lime in the poultry litter at a dosage of 400 g.m - ² promoted partial mortality of the adult population (35,62% ± 2,74) and larvae (45,62% ± 1,75) of A. diaperinus. The increase of moisture in the litter did not significantly affect mortality of adult A. diaperinus. Rising temperatures in the litter to 45 C provided totalitarian mortality of adults and larvae of A. diaperinus as proposed. Key-words: Lesser mealworm. Hydrated lime. Temperature. Humidity. Litter.

50 Introdução O cascudinho de aviários, Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), é um inseto considerado praga cosmopolita de importância particular como vetor e reservatório competente de diversos agentes patogênicos e parasitas de aves (DUNFORD; KAUFMAN, 2009), notadamente bactérias dos gêneros Salmonela e Campylobater (HAZELEGER et al., 2008; ROCHE et al., 2009; LEFFER et al., 2010). Desta feita, afetam a saúde das aves e a consequente produção de alimentos seguros. Não obstante, provocam danos estruturais, compactando camas de pisos de aviários e deteriorando muretas, cortinas, material isolante e elétrico (GEDEN; AXTELL, 1987). Ainda, a qualidade e balanço nutricional das aves são significativamente comprometidos pelo consumo excessivo de insetos nas fases larvais e adulta (JAPP, 2008). O sistema criatório vigente, amparado em modelo agroindustrial consistente e intensivo, tem, invariavelmente, favorecido a proliferação de A. diaperinus em aviários de aves de corte. Isto se deve, principalmente, pela constância da faixa de temperatura de operação no interior dos galpões, pelos níveis de umidade naturalmente observados na cama, pelo reaproveitamento desta no intervalo de lotes e pela disponibilidade abundante de alimento e refúgio para os insetos (RUEDA; AXTELL, 1997; CHERNAKI-LEFFER, 2004; SILVA et al., 2005; VITTORI et al., 2007; UEMURA et al., 2008; SANTOS et al., 2009). A temperatura ambiental e a umidade relativa da cama desempenham papel na regulação da oviposição e eclosão de ovos de A. diaperinus, sobremaneira interferindo na plasticidade ecológica do comportamento reprodutivo desta espécie, afetando sua população adulta, de forma que a população de insetos, em camas de aviários, tende estar localizada em áreas com altas temperaturas e umidades. Em camas muito secas, os insetos se alimentam de aves mortas e, durante a noite, mordem aves dormindo (CHATTERJEE; GANGOPADHYAY, 1988; LAMBKIN, 1998). A temperatura no interior da cama e dos galpões de criação de frangos, com variação entre 18 C e 32 C, objetivando atender zona de conforto térmico para as aves, está sempre em um patamar que possibilita o ótimo desenvolvimento de A. diaperinus. Ademais, a média de temperatura na cama, variando entre 25,3 C e

51 47 30,7 C, favorecida pelo acúmulo de cama que disponibiliza matéria-prima, propicia multiplicação de micro-organismos saprofíticos (UEMURA et al., 2008). A utilização de condicionadores químicos na cama de aviário, como a cal hidratada, a cal virgem, o sulfato de alumínio e o gesso agrícola, entre outros, revelam-se alternativa para o controle de A. diaperinus. Estas substâncias têm efeitos relacionados a mudanças nos gradientes de umidade na cama, produção de gases no interior das instalações, controle de micro-organismos de interesse epidemiológico e alteração das propriedades do adubo residual da atividade (WATSON et al., 2003; NASCIMENTO; SANTOS, 2005; DAI PRA et al., 2009; WOLF et al., 2012). A cal hidratada, especificamente, revelou-se eficiente na desinfecção do piso de granjas avícolas para redução do número presuntivo de coliformes com bom custo/benefício (PILOTTO, 2005). Neste atinente, a cal hidratada tem sido utilizada como dessecante, absorvendo o excesso de umidade e promovendo a secagem, criando assim um ambiente hostil para insetos e patógenos (WATSON et al., 2003). Os conhecimentos técnicos e científicos têm evoluído no que cinge ao manejo da resistência e avaliação de novos inseticidas recentemente comercializados. Neste âmbito, a agroindústria ainda requer mais opções para o manejo de pragas com o intuito de inibir o desenvolvimento de resistência e reduzir a utilização global de produtos químicos sintéticos (LAMBKIN, 2011). Diante do exposto, há necessidade premente de desenvolver programas de manejo com a integração de métodos de controle efetivos para reduzir as populações de A. diaperinus nos sistemas de produção avícola. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da cal hidratada, umidade e temperatura sobre a mortalidade de adultos e larvas de A. diaperinus na cama de aviário em condições de laboratório Material e Métodos O estudo experimental foi realizado no laboratório de Controle Biológico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois Vizinhos, na região

52 48 Sudoeste do Paraná. O experimento laboratorial foi conduzido segundo metodologia proposta por Wolf et al. (2012a). Os insetos foram obtidos de aviários infestados em cama sem tratamento químico e mantidos em laboratório, com substrato e alimentação, até a realização dos bioensaios. Foram selecionados adultos e larvas provenientes de campo, de tamanho similar, sem a determinação do sexo e idade dos indivíduos (metodologia adaptada de CHERNAKI-LEFFER, 2004). Para evitar o estresse da manipulação e deslocamento do campo para laboratório, os adultos foram mantidos em condições de criação por no mínimo sete dias antes dos experimentos (LAMBKIN, 2001) Processamento e caracterização físico-química da cama de aviário A cama foi obtida de aviários comerciais com camas de meia idade (quatro lotes) e substrato de maravalha a base de pinus. A cama coletada foi colocada em sacos plásticos com capacidade para 100 L e mantidos fechados para expurgo de eventuais insetos residuais. Após este procedimento, foi realizada triagem seletiva do material, vistoriando-se os componentes para eliminação de insetos, larvas e resíduos de A. diaperinus. Este procedimento foi realizado sobre superfície com fundo branco, buscando a catação dos componentes supramencionados. A cama foi armazenada em sacos plásticos no decorrer de todos os experimentos, sendo que o volume inicial coletado suportou a sequência completa de experimentos. A cama original foi analisada para determinação das características físicoquímicas iniciais de ph, umidade, matéria mineral, matéria orgânica e concentração de amônia (NH 3 ). O ph da cama foi aferido conforme a metodologia proposta por Miragliotta (2000), consistindo na pesagem de 10 g de amostra de cama de frango e adicionada em 100 ml de água destilada em copo plástico descartável. A mistura foi agitada utilizando-se pá de madeira descartável, de modo a dissolver os grumos existentes. Após estas etapas, a mistura ficou em repouso por 30 minutos para a sedimentação do material e por fim realização da leitura do ph com a introdução do bulbo do potenciômetro Digi-Sense até a meia altura do volume da amostra. Já a umidade foi obtida seguindo metodologia proposta por Silva (2002), pelo procedimento de determinação do grau de umidade mediante pesagem inicial e final da amostra submetida à secagem em 65 ± 3 C. A metodologia para a determinação

53 49 das cinzas ou matéria mineral seguiu a referência mencionada anteriormente, pela qual se incinera uma amostra do material a ser analisado em uma mufla para completa combustão da matéria orgânica. Assim a análise consistiu em colocar em uma estufa a C, durante 3 horas. Após pesada a amostra, os cadinhos de porcelana foram à mufla, aquecendo-se até 600 C e permanecendo nesta temperatura por período de cinco horas. A matéria orgânica, por sua vez, foi obtida por diferença da aferição anterior. A concentração de NH 3 foi determinada pela metodologia adaptada de Sampaio et al. (1999). Para tal, a cama de aviário conhecida (40 g), adicionada à quantidade de 10 ml de solução de ácido bórico 2 %, foi incubada em recipiente plástico com tampa por período pré-determinado (três dias). Posteriormente à retirada do recipiente com a solução, foi realizada a titulação com ácido sulfúrico 0,05N para quantificação da amônia volatilizada Preparação dos experimentos Para a realização dos bioensaios, caixas plásticas providas de tampa com encaixe, com capacidade para 19 L (dimensões de 30 cm de comprimento 20 cm de largura 20 cm de altura), foram abastecidas com a cama de aviário preparada previamente. Na implantação dos experimentos foram particionados os volumes correspondentes a 0,003 m³ de cama de aviário em cada UE, totalizando 0,6 kg de material, valor correspondente a camada de cama tal qual utilizada na cobertura de pisos de aviários comerciais (cinco cm de espessura). Cada UE recebeu, individualmente, 10 g de ração comercial de frangos de corte atendendo às especificações nutricionais de produção agroindustrial. Em seguida, foram adicionados 40 insetos, sendo 20 larvas do 3 º ao 7 º ínstar (larvas entre sete e 10 mm) e 20 adultos.

54 Experimento 1: avaliação do efeito da cal hidratada na cama de aviário sobre A. diaperinus No Experimento 1 avaliou-se o impacto da adição de cal hidratada na UE, sendo que cada UE - exceto o tratamento testemunha - recebeu, de maneira casualizada, a cal distribuída sobre a cama, conforme tabela 1. Os tratamentos constaram de quatro dosagens de cal avaliadas em dois tempos (sete e 10 dias). As dosagens de cal foram definidas em equivalência às proporções utilizadas na superfície do substrato de camas em aviários comerciais. Os tempos de avaliação estão baseados no intervalo médio entre lotes praticado na avicultura comercial. Tabela 1- Dosagens referência e quantidade correspondente de cal hidratada aplicada na UE para controle de A. diaperinus. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 %. Tratamento Dosagem de cal adicionada à cama (g.m - ²) Quantidade de cal adicionada à UE (g) T 1 Testemunha 0 T T T Experimento 2: avaliação do efeito de diferentes percentuais de umidade na cama de aviário sobre A. diaperinus No Experimento 2 a fonte de variação umidade foi analisada, fato obtido com a introdução de água destilada na proporção do peso do substrato nas UE. O percentual de umidade da cama foi corrigido com a umidade inerente do substrato utilizado (Tabela 2).

55 51 Tabela 2 - Percentual e volume correspondente de água destilada adicionada à cama de aviário das UE para controle de A. diaperinus. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 %. Tratamento Umidade adicionada à cama in natura (%) Volume de água destilada adicionada à UE (ml) Umidade final da cama (%) T T T T Neste sentido, os tratamentos constaram de quatro umidades (25 %, 45 %, 65 % e 85 %) dois tempos (sete e 10 dias). No tratamento testemunha manteve-se o percentual original da cama in natura, acrescendo umidade proporcionalmente nos demais tratamentos. Nos experimentos 1 e 2 as UE foram acondicionadas aleatoriamente em estantes metálicas em sala experimental (Figura 1). Figura 1 Distribuição aleatória das UE conforme delineamento inteiramente casualizado para avaliação da mortalidade de A. diaperinus na cama de aviários em bioensaios. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 %.

56 52 A sala experimental foi climatizada com ar condicionado durante toda experimentação, obtendo 21 ± 5 o C de temperatura média e 65 ± 5 % de umidade relativa do ar. A temperatura máxima e mínima foi registrada com termohigrômetro digital no ambiente controlado Experimento 3: avaliação do efeito de diferentes temperaturas na cama de aviário sobre A. diaperinus No Experimento 3 a variável temperatura foi avaliada como fator causal de mortalidade na população de A. diaperinus. Foram moduladas temperaturas experimentais de 15 C, 30 C, 45 C e 60 C, respectivamente para os tratamentos T1, T2, T3 e T4. A definição das temperaturas está baseada, para T1 e T2, segundo amplitude térmica utilizada em aviários comerciais para conforto das aves e para T3 e T4, de acordo com limites extremos obtidos com a fermentação da cama de aviários nos intervalos entre lotes. Os tratamentos constaram destas temperaturas avaliadas em dois tempos (sete e 10 dias), sendo realizadas quatro repetições de cada tratamento. A temperatura de 15 C (T1), especificada como Controle, foi obtida em ambiente controlado, com ar condicionado e registro das temperaturas mínimas e máximas. Já as temperaturas 30 C, 45 C e 60 C foram obtidas com a utilização câmaras climatizadas tipo B.O.D. Em todos os tratamentos, o volume de cama da UE foi acondicionado em saco plástico transparente autoclavável, com capacidade para 5 L. A cama contendo A. diaperinus foi submetida a 24 horas de exposição térmica conforme tratamentos e, no término deste período, foi devolvida às UE na sala experimental ainda envolta nos sacos plásticos Avaliações experimentais Em todos os experimentos o delineamento experimental foi inteiramente casualizado, no esquema fatorial. A variável resposta foi a mortalidade de larvas e adultos após sete e 10 dias da aplicação do tratamento. No experimento 3, no momento da avaliação do sétimo dia, o material foi retirado dos sacos plásticos

57 53 autoclaváveis e arranjado na UE. Foram realizadas contagens dos insetos mediante triagem do material experimental, identificando larvas e adultos, coletados com pinça e colocados em placas de Petri identificadas (Figura 2). Figura 2 Triagem do material experimental para quantificação da mortalidade de adultos e larvas de A. diaperinus. Em cada UE foram mensurados os parâmetros ph e temperatura no tempo (0, 1, 7 e 10 dias). Para aferição do ph, foi utilizado phmetro da marca Akso, modelo PCR35. Realizou-se coleta de porção da cama (10 g), acondicionada em copo de Becker e adicionada água destilada na proporção equivalente (10 ml); após, efetuou-se a homogeneização manual da solução e aferição mediante imersão do sensor de leitura do equipamento. A temperatura foi medida através de termômetro digital laser, marca Akso. Imediatamente após a abertura da tampa da UE realizou-se leitura na superfície da cama Análise estatística Para todos os experimentos, os dados de insetos vivos remanescentes na UE foram convertidos por diferença em percentual de mortos sobre a amostra inicial (20 adultos e 20 larvas) para tabulação correspondente e transformados em arcoseno X/100, já que os dados não seguiram distribuição normal. Estes foram submetidos à análise de variância (teste F) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, com auxílio do programa estatístico ASSISTAT Versão

58 beta, descrito por Silva e Azevedo (2011). Os resultados ainda foram submetidos à Análise de Regressão através do software Minitab 14 (MINITAB, 2003) e para obtenção da correlação estatística entre tratamentos e mortalidades correspondentes Resultados e Discussão As análises para caracterização físico-química da cama inicial resultaram em ph de 9,1 e umidade de 24,32 %. A matéria mineral (cinzas) apresentou porcentagem de 14,49 %, a matéria orgânica 85,51 % e a concentração de NH 3 foi 52,31 mg.40 g Avaliação do efeito da adição de cal na cama de aviário sobre A. diaperinus Observou-se percentual médio de mortalidade crescente para adultos, sendo 11,25 %, 13,75 %, 35,62 % e 40,62 %, respectivamente, para as dosagens de 0, 200, 400 e 600 g.m - ². Contudo, somente os tratamentos 400 e 600 g.m - ² diferiram significativamente da testemunha, sem, no entanto, diferirem entre si (Tabela 3). Com relação às larvas, verificou-se maior suscetibilidade, uma vez que a mortalidade de 31,25 %, 45,62 % e 55%, respectivamente para as dosagens 200, 400 e 600 g.m - ², diferiram significativamente da testemunha. Porém, da mesma forma como observado para adultos não houve diferença significativa entre os tratamentos 400 e 600 g.m - ², indicando que, a utilização da cal com o intuito de controlar A. diaperinus, pode ser realizada na dosagem de 400 g.m - ². Para o controle de adultos, esta também é a dosagem mínima necessária para proporcionar efeito significativo sobre a mortalidade de A. diaperinus. No tocante às larvas, a dosagem de 200 g.m - ² difere do controle, porém não promove efeito similar às dosagens superiores avaliadas (Tabela 3).

59 55 Tabela 3. Número médio (± EP) e porcentagem média de mortalidade (± EP) de adultos e larvas de A. diaperinus em cama de aviário, com diferentes dosagens de cal hidratada, acumulados aos sete e 10 dias. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 %. Tratamentos (g.m - ²) Número de Adultos Mortos Mortalidade Adultos (%) Número de Larvas Mortas Mortalidade Larvas (%) Testemunha (T1) 2,25 ± 0,25 11,25 ± 1,25 b 3,87 ± 0,44 19,37 ± 2,20 c 200 (T2) 2,75 ± 0,31 13,75 ± 1,57 b 6,25 ± 0,49 31,25 ± 2,45 b 400 (T3) 7,12 ± 0,55 35,62 ± 2,74 a 9,12 ± 0,35 45,62 ± 1,75 a 600 (T4) 8,12 ± 1,03 40,62 ± 5,13 a 11,00 ± 0,53 55,00 ± 2,67 a P < 0,001 < 0,001 CV (%) 11,70 11,24 Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). A média de mortalidade do tratamento controle (T1) foi de 11,25 % e 19,37 % para adultos e larvas, respectivamente. De maneira análoga, Watson et al.(2003) encontraram percentual de mortalidade de 9,5 % e 11,5 % para adultos e larvas, em camas não tratadas em condições de laboratório. A mortalidade de A. diaperinus foi dosagem de cal hidratada dependente. Assim sendo, no que diz respeito a dosagem de cal, verificou-se efeito positivo da elevação da mesma. Isto também pode ser evidenciado através da correlação estatística positiva entre a dosagem e a mortalidade de A. diaperinus (0,80 e 0,91, respectivamente para adultos e larvas). A determinação da dosagem de cal é, sobremaneira, importante em protocolos de aplicação no campo, em aviários comerciais, haja vista a heterogeneidade de estruturas, condições de aplicação, distribuição do mineral e características físico-químicas da cama. Outra ponderação pertinente diz respeito à diferença na mortalidade entre as quantificações nos tempos de sete e 10 dias (Gráficos 1 e 2). As médias entre os tempos analisados revelaram diferença significativa, tanto para adultos (F 8,4539 p 0,0131), quanto para larvas (F 15,9138 p 0,0018).

60 56 Gráfico 1 - Percentual de mortalidade de adultos de A. diaperinus nos tempos de sete e 10 dias, submetidos a diferentes dosagens de cal hidratada. Gráfico 2 - Percentual de mortalidade de larvas de A. diaperinus nos tempos de sete e 10 dias, submetidos a diferentes dosagens de cal hidratada. Observou-se mortalidade relativa superior para as larvas, indicando menor resistência desta fase do ciclo biológico nas condições do bioensaio, independente do tratamento. No que tange esta temática, infere-se efeito da função do exoesqueleto do inseto, que na fase adulta possui tegumento mais esclerotizado e rígido (BOUCIAS; PENDLAND, 1998), dando-lhe melhor proteção mecânica e menor perda de água, diferentemente da larva. Esta observação, portanto, pode estar relacionada às diferenças no exoesqueleto entre os dois estágios de

61 57 desenvolvimento e a resistência natural de alguns insetos, fato corroborado por Rezende (2009). No que cinge a interação entre as dosagens de cal e os diferentes tempos de quantificação de mortalidade para adultos, não foi aplicado o teste de comparação de médias por que o F de interação não foi significativo (F 0,6805 p > 0,050). Por outro lado, para larvas a interação foi significativa, acenando para a elevação da mortalidade conforme elevação concomitante da dosagem de cal hidratada e tempo de quantificação pós-aplicação (Tabela 4). Tabela 4 - Número médio (±EP) e percentual de mortalidade (±EP) de larvas de A. diaperinus aos sete e 10 dias do tratamento da cama de aviário com diferentes dosagens de cal hidratada. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 %. Contagem 7 dias Contagem 10 dias Tratamentos (g.m - ²) Número de Larvas Mortas Mortalidade Larvas (%) Número de Larvas Mortas Mortalidade Larvas (%) Testemunha (T1) 3,75 ± 0,63 18,75 ± 3,15 ca 4,00 ± 0,71 20,00 ± 3,54 ba 200 (T2) 6,25 ± 0,75 31,25 ± 3,75 aba 6,25 ± 0,75 31,25 ± 3,75 ba 400 (T3) 8,75 ± 0,63 43,75 ± 3,15 abb 9,50 ± 0,29 47,50 ± 1,44 aa 600 (T4) 10,50 ± 0,63 51,25 ± 3,15 ab 11,75 ± 0,75 58,75 ± 3,75 aa p 0,0301 CV (%) 2,50 Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e letra maiúscula na linha não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). Ao analisar a relação entre a mortalidade de A. diaperinus e as dosagens de cal hidratada, observa-se que os dados estão aleatoriamente espalhados sobre a linha de regressão, o que implica ausência de falha sistemática de ajuste da curva (Figuras 3 e 4).

62 Larvas Adultos Fitted Line Plot Adultos = 2,250-0,01927 Trat + 0, Trat**2-0, Trat**3 S 1,73977 R-Sq 71,7% R-Sq(adj) 68,7% Trat Figura 3 - Análise de Regressão para mortalidade de adultos de A. diaperinus no tratamento da cama de aviário com cal hidratada em diferentes dosagens. Fonte: MiniTab Release 14 (2003). Fitted Line Plot Larvas = 3, , Trat + 0, Trat**2-0, Trat** S 1,29904 R-Sq 83,4% R-Sq(adj) 81,6% Trat Figura 4 - Análise de Regressão para mortalidade de larvas de A. diaperinus no tratamento da cama de aviário com cal hidratada em diferentes dosagens. Fonte: MiniTab Release 14 (2003).

63 59 O modelo cúbico (p = 0,000) parece fornecer um bom ajuste aos dados. O R indica que as dosagens de cal contribuem para 71,7 % da variação da mortalidade de adultos e 83,4 % para larvas de A. diaperinus, nesta ordem. Dedução possível para o resultado de redução da população também diz respeito à mudança do gradiente iônico do substrato. Isto pode ser observado nas aferições de concentração de íons de hidrogênio efetuadas no tempo (Tabela 5). Tabela 5 - Concentração de íons de hidrogênio (ph) da cama de aviário antes e após tratamento com diferentes dosagens de cal hidratada em cama de aviário para o controle de larvas e adultos de A. diaperinus. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C e Umidade Relativa 65 ± 5 %. Dias de Aplicação dos Tratamentos Tratamentos (g.m - ²) Dia 0 Dia 1 Dia 7 Dia 10 Testemunha (T1) 8,00 8,51 8,70 8, (T2) 8,01 9,14 8,90 8, (T3) 7,99 10,06 9,22 9, (T4) 8,00 10,85 9,36 9,06 O efeito da adição de cal hidratada na cama de aviário revela-se contundente no dia seguinte a aplicação, fato demonstrado pela evolução do ph na totalidade dos tratamentos, proporcionalmente superior nas maiores dosagens testadas. Neste sentido, o impacto da cal hidratada sobre as larvas pode estar diretamente relacionada a elevação do ph. Segundo Watson et al. (2003), a sustentação do ph em valores 11 por mais de 96 horas pode ser responsável pelo efeito de controle de A. diaperinus. De acordo com os autores, estas implicações decorrem de distúrbios da permeabilidade e tonicidade nos insetos, bem como no equilíbrio hidroeletrolítico. O presente trabalho obteve resultados de controle da praga com alteração do gradiente acima de 10, mesmo sem perdurar até o sétimo dia, momento da avaliação experimental, sustentando o fato de que ph já acima destes patamares pode exercer alterações no equilíbrio hidroeletrolítico do inseto.

64 60 Ainda, colige-se como fator causal da mortalidade o efeito higroscópico da cal. Neste atinente, a cal absorve a umidade periférica do inseto e resseca sua estrutura, dificultando a locomoção e alimentação. Este efeito também pode ser obtido, segundo Dai Pra et al. (2009) porque a cal promove redução da atividade de água (a w ) na cama, reduzindo assim a água livre. Estas ponderações encontram amparo em estudo de Korunic (1998), que determina que para pós-inertes o modo de ação se dá pela desidratação ou dessecação, uma vez que partículas do pó aderem ao corpo dos insetos e ocorre a remoção da cera epicuticular, devido à abrasão no tegumento ou a adsorção. Assim, o inseto perde água excessivamente e morre. Também se capitalizam os benefícios de pós-inertes, como atoxicidade, segurança para pessoas, animais e ambiente, bem como de não promover a resistência em insetos Avaliação do efeito de diferentes umidades na cama de aviário sobre A. diaperinus Observou-se que a elevação dos níveis de umidade da cama de aviário não afetou a sobrevivência de adultos de A. diaperinus. A maior mortalidade foi obtida na cama com 45 % de umidade, porém sem diferenciação significativa entre os tratamentos para adultos. Para a fase larval, verificou-se que o tratamento com 45% de umidade causou mortalidade de 41,87%, valor significativamente maior que os demais tratamentos (Tabela 6). Importante ressaltar que a umidade inerente da cama experimental foi de 24,32 %. Desta feita, o tratamento controle, com a cama in natura, detinha um quarto de umidade naturalmente. Assim sendo, os resultados de menor mortalidade para adultos foram observados no tratamento com 25 % de umidade, com a cama in natura, sem adição de água destilada. Wilson e Miner (1969) estabeleceram em 12 % a umidade ótima contida no substrato para A. diaperinus. De maneira comparável, Victor e Ogonor (1987) demonstraram que os adultos revelam preferência por condições secas no ambiente de criação. Os dados obtidos, portanto, são corroborados por estes autores, que definiram 20 % como a umidade favorável ao desenvolvimento de adultos de A. diaperinus. Já Agabou e Alloui (2012) definiram preferência de A. diaperinus para umidades entre % no substrato da cama.

65 61 Tabela 6 - Número médio (± EP) e porcentagem média de mortalidade (±EP) de adultos e larvas de A. diaperinus em cama de aviário, com diferentes umidades, acumulados aos sete e 10 dias. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Temperatura 21 ± 5 o C. Tratamentos (%) Médias Adultos Mortos Mortalidade Adultos (%) Médias Larvas Mortas Mortalidade Larvas (%) 25 (T1) 0,50 ± 0,19 2,50 ± 0,94 a 7,12 ± 1,22 35,62± 6,08 b 45 (T2) 1,75 ± 0,56 8,75 ± 2,79 a 8,37 ± 1,92 41,87 ± 9,59 a 65 (T3) 1,12 ± 0,40 5,62 ± 1,99 a 5,75 ± 0,65 28,75 ± 3,24 c 85 (T4) 1,25 ± 0,45 6,25 ± 2,27 a 5,37 ± 0,92 26,87 ± 4,62 c P > 0,050 > 0,050 CV (%) 4,78 29,88 Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). A resposta ecológica para variações na umidade da cama pode ser influenciada pelos higroreceptores responsáveis pela resposta do inseto à umidade, localizados na metade proximal da antena, comensurando possíveis nuances comportamentais diferenciadas na ecologia de adultos e larvas. Este efeito é referendado por Salin et al. (2000), que identificaram que a distribuição espacial de adultos de A. diaperinus está relacionada à alta umidade do solo, baixa compactação e densidade da superfície e, excetuando-se a umidade do solo, o mesmo ocorre com larvas e pupas. Embora não tenha sido objeto de avaliação do referido estudo, observou-se a modulação do ciclo biológico de A. diaperinus, com o aparecimento de pupas nas unidades experimentais. Foram encontradas cinco e 19 pupas, respectivamente, nas contagens de sete e 10 dias. Assim sendo, observou-se a transformação de larvas viáveis em pupas na ordem de 2,26 %, para a contagem de sete dias, e de 9,22 %, para a contagem de dez dias. Nas contagens de sete e 10 dias, este evento foi mais recorrente no percentual de umidade de 85 %. Este fato denota a interferência do percentual de umidade no ciclo biológico de A. diaperinus, como demonstrado por vários estudos (PREISS; DAVIDSON, 1968; WILSON; MINER, 1969; SALIN et al., 2000; UEMURA et al., 2008).

66 62 Explicação para este evento está nas condições experimentais, que se revelaram ajustadas para o desenvolvimento do inseto neste habitat. Neste caso, a manipulação da umidade, enquanto fator isolado na tentativa de controlar A. diaperinus proveu efeitos contrários aos objetivados, ou seja, não proporcionou a mortalidade do inseto. O uso da umidade em camas de aviários de aves de corte prevê acelerar o processo fermentativo da cama quando esta é amontoada no interior do aviário. Evidentemente, os efeitos derivados desta prática impactam em outros fatores importantes, como volatilização de amônia, alteração do ph e elevação temporária da temperatura (DAI PRA; ROLL, 2012). Nas condições de criação de aviários comerciais, a proliferação e o aumento populacional de A. diaperinus é muito rápida, em decorrência, fundamentalmente, de que os insetos sobrevivem buscando abrigo no solo e em frestas, rachaduras e outros locais, e, com a chegada do lote seguinte, reinfestam a cama. Isso ocorre porque o solo revela-se habitat com umidade e temperatura favoráveis ao cascudinho (SALIN et al., 2000; UEMURA et al., 2008). Diante da constatação da transformação de larvas em pupa, infere-se que adição de umidade na cama proporcionou alteração da dinâmica de A. diaperinus, impactando no ciclo biológico sobremaneira das larvas. Contudo, tal impacto não foi significativo na mortalidade observada pela ausência de diferença entre os tratamentos para adultos e resultado intermediário do tratamento controle em relação aos demais para larvas. Independente destas constatações no ciclo biológico do inseto, os dados de quantificação entre os tempos não diferiram para adultos (F 3,2555 p 0,0962) e larvas (F 4,0654 p 0,0666), além de que o F de interação não foi significativo para diferentes umidades com quantificação nos sete e 10 dias. O experimento com inclusão de umidade não permitiu ajuste do modelo para determinação da equação de regressão, já que pressupostos da regressão não foram cumpridos (p = 0,339, R = 11,1%), com dados discrepantes, distribuição anormal e resíduos dependentes.

67 Avaliação do efeito de diferentes temperaturas na cama de aviário sobre A. diaperinus Verificou-se que a média de mortalidade foi crescente, conforme elevação da temperatura, sendo total para as temperaturas de 45 C e 60 C. Neste sentido, os resultados obtidos revelaram diferença significativa para estas temperaturas, tanto para adultos quanto para larvas (Tabela 7). Assim sendo, no que diz respeito a elevação da temperatura, verificou-se correlação estatística positiva entre a temperatura e a mortalidade de A. diaperinus (0,85 e 0,76, respectivamente, para adultos e larvas). Tabela 7 - Número médio (± EP) e porcentagem média de mortalidade (± EP) de adultos e larvas de A. diaperinus em cama de aviário, com diferentes temperaturas, acumulados aos sete e 10 dias. Laboratório de Controle Biológico UTFPR DV. Tratamentos ( C) Número Adultos Mortos Mortalidade Adultos (%) Número Larvas Mortas Mortalidade Larvas (%) 15 (T1) 2,00 ± 0,50 10,00 ± 2,50 b 8,12 ± 0,77 40,62 ± 3,83 b 30 (T2) 3,00 ± 0,82 15,00 ± 4,12 b 7,25 ± 1,82 36,25 ± 9,10 b 45 (T3) 20,00 ± 0,00 100,00 ± 0,00 a 20,00 ± 0,00 100,00 ± 0,00 a 60 (T4) 20,00 ± 0,00 100,00 ± 0,00 a 20,00 ± 0,00 100,00 ± 0,00 a P < 0,001 < 0,001 CV (%) 10,67 47,90 Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). As médias de mortalidade na testemunha (T1) e temperatura de 30 C (T2) não diferiram, independente da fase do ciclo biológico testada. Desta feita, conjectura-se que temperaturas neste limiar não afetam significativamente a sobrevivência de A. diaperinus. Estes dados convergem com a temperatura de 32⁰ C, que foi determinada como ótima para o desenvolvimento de ovos até adultos de A. diaperinus (WILSON; MINER, 1969). Estes dados encontram amparo nos estudos

68 64 de Sarin e Saxena (1973), que especificam temperaturas entre 30 C a 33 C para o desenvolvimento ótimo de A. diaperinus. De acordo com os autores, temperaturas superiores, entre 35 C e 37 C exigem mais tempo para perfazer o ciclo desta espécie, indicando oportunidade para redução da proliferação e multiplicação do inseto. Chernaki e Almeida (2001) obtiveram sobrevivência de 66,7 % e 86,7 % para larvas na temperatura experimental de 22 C e 31 C, respectivamente. Ainda, este evento também pode ser observado para temperaturas inferiores a 15 C (Sarin e Saxena, 1973) e 16,5 C (Chernaki e Almeida, 2001), que interrompem o ciclo de A. diaperinus em seus diferentes estágios, já que nesta faixa de temperatura não ocorre desenvolvimento de imaturos e a quantidade de insetos é menor. Em condições de aviários, a temperatura inicial de aquecimento para as aves atende os limites especificados para A. diaperinus e, especialmente na primeira semana de vida dos pintainhos, tem-se a fase que se mostra mais importante para o desempenho zootécnico das aves e mais suscetível aos problemas sanitários envolvendo A. diaperinus (GAZONI et al., 2012). A mortalidade de A. diaperinus foi total a partir de 45 C, direcionando este set point como limite térmico para controle de larvas e adultos. A possibilidade de utilizar a temperatura como barreira para prevenir a migração da praga foi investigada por Schmitz; Wohlgemuth (1988), e observaram que adultos e larvas raramente persistem no ambiente quando as temperaturas excedem os 45 C. Conforme demonstrado em outro experimento, foi possível notar que a partir de 45 C existe mortalidade tanto de larvas como de adultos, abrindo perspectivas para que o controle térmico seja também empregado em um programa de controle estratégico do inseto (GAZONI et al., 2012). Experimentos anteriores corroboram este limiar térmico, concluindo que temperaturas superiores a 48 C são suficientes para controlar A. diaperinus (SALIN; VERNON; VANNIER, 1998). Conforme estes mesmos autores, a capacidade de tolerância às altas temperaturas desta espécie são regradas, fundamentalmente, por adaptações fisiológicas e comportamentais. Diante do exposto, Gazoni et al. (2012) demonstraram que a letalidade de larvas e adultos de A. diaperinus expostos a temperatura de 45 o C ocorre em 36 e 38 minutos na ausência de maravalha e 42 e 57 minutos na presença de maravalha. Este achado coaduna com o presente trabalho no sentido de que larvas são mais suscetíveis que adultos, bem como abona a utilização de maravalha em bioensaios,

69 65 repetindo o ambiente de criação, pois este fator afeta a sobrevivência de A. diaperinus. Neste atinente, infere-se que temperaturas superiores a 45 C, da maneira como proposto nos bioensaios é suficiente para promover a mortalidade da totalidade da população de A. diaperinus. Interessante constatação foi evidenciada nas contagens das UE, onde ocorreu concentração dos insetos nos extremos inferiores da caixa. No presente estudo, este achado pode estar relacionado ao comportamento de fuga, imediatamente após a exposição às temperaturas elevadas. Este fato, extrapolado para a realidade de aviários comerciais, não encontram suporte em Strother e Steelman (2001), segundo os quais A. diaperinus nem sempre se agregam em locais preditos. Estes autores atribuem como provável causa para tal fenômeno o pequeno tamanho dos insetos, que retarda a sua dispersão pelo aviário, em busca de locais mais apropriados para seu desenvolvimento, e que somente nas últimas semanas os besouros se agregam em tais áreas. Este fato é contrariado pelas observações de Uemura et al. (2008), que identificaram uma relação entre o número de insetos e a temperatura, pois locais com maiores números de insetos apresentam maior temperatura e menor número de insetos, menor temperatura. No controle em aviários, a migração para as áreas de maior temperatura pode favorecer a aplicação local e pontual de inseticidas, reduzindo a exposição das aves, bem como diminuindo os custos com a aplicação. De modo análogo ao experimento com adição de cal e umidade, observou-se mortalidade superior para as larvas dentro do mesmo tratamento, indicando menor resistência desta fase do ciclo biológico nas condições do bioensaio, independente do tratamento. A mortalidade entre as contagens subdivididas no tempo, conforme observado nos gráficos 3 e 4, revela continuidade dos efeitos sistêmicos da experimentação e da fonte de variação temperatura. Como já mencionado, os tratamentos com 45 C e 60 C promoveram a mortalidade total já na contagem de sete dias.

70 66 Gráfico 3 - Percentual de mortalidade de adultos de A. diaperinus nos tempos de sete e 10 dias após manipulação da temperatura. Gráfico 4 - Percentual de mortalidade de larvas de A. diaperinus nos tempos de sete e 10 dias após manipulação da temperatura. O efeito da mortalidade nos tempos sete e 10 dias revelou-se significativo para às condições experimentais, tanto para adultos (F 6,8792 p 0,0223) quanto para larvas (F 22,1517 p <0,001). A interação apresentou F significativo ao nível de 5 % de probabilidade para adultos (p 0,0373) e ao nível de 1 % de probabilidade para larvas (p 0,004). Não obstante, os tratamentos com 45 C (T3) e 60 C (T4) não diferiram no quesito interação entre diferentes temperaturas e tempo de quantificação.

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