PORTUGUÊS CIDA UNIDADE II I. PARTE

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1 TIPO 2 PORTUGUÊS CIDA 7º UNIDADE II Orientações: Não será aceita a utilização de corretivo; não será permitido o empréstimo de material durante a avaliação; use somente caneta esferográfica azul ou preta; questões objetivas ou similares rasuradas serão anuladas; avaliação escrita: valor: 7,0 Pontuação Atividades: Paradidático: Prova: Total: I. PARTE A velha contrabandista Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada numa lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega tudo malandro velho começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela: Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco? A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu: É areia! Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás. Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi aí que o fiscal se chateou: Olha, vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista. Mas no saco só tem areia! insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias? O senhor promete que não espaia? quis saber a velhinha. Juro respondeu o fiscal. É lambreta. Stanislaw Ponte Preta. Fronteira: limite entre dois países. Encabulado: envergonhado. Interceptou: parou, barrou. Apreendo: tomo (o contrabando) Alfândega: Repartição pública que controla as mercadorias que passam pela fronteira. Muamba: mercadoria estrangeira que entra ilegalmente no país, sem pagar imposto (contrabando) Manjo: (gíria) conheço, entendo.

2 1. O que o autor quis dizer com a expressão tudo malandro velho? (0,3) Todos eram pessoas muito experientes. 2. O fiscal convenceu-se da inocência da velhinha, após verificar que no saco só tinha areia? Justifique sua resposta escrevendo: (0,3) O que ele pensou? Talvez ela passasse um dia com areia e no outro com muamba. O que ele fez depois? Durante um mês, verificou diariamente o saco que a velhinha carregava. 3. Quando a velhinha decidiu contar a verdade? (0,3) Quando o guarda lhe jurou que não contaria a verdade a ninguém. 4. Se você fosse... um promotor, quais acusações faria contra a velhinha? (0,2) pessoal um advogado, como defenderia a velhinha? (0,2) pessoal II. PARTE 1. Observe este detalhe de anúncio: a) O enunciado A maldição da pirâmide só pega se você mudar de canal pode ser considerado um período? Por quê? (0,2) Sim, porque é uma frase que apresenta verbo. b) Indique as orações que formam esse enunciado. (0,2) A maldição da pirâmide só pega. Se você mudar de canal. c) A oração se você mudar o canal pode ser considerada uma frase? (0,3) Não, porque não possui sentido completo. d) A segunda oração inicia-se pela conjunção SE. Indique a relação estabelecida por essa conjunção. (0,4) A conjunção SE estabelece uma relação de condição. 2. Leia o texto: CONGRESSO INTERNACIONAL DO MEDO Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, não cantaremos o ódio porque esse não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,

3 cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte, depois morreremos de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, P.105 A) O poeta utiliza diversas vezes o verbo cantaremos. Qual é o sujeito? Como esse sujeito é classificado? (0,4) O sujeito é o pronome pessoal reto nós; sujeito oculto. B) No verso não cantaremos o ódio porque esse não existe, há duas orações. Qual é o sujeito da segunda oração? (0,3) Esse. Do ponto de vista morfológico, qual é a classe da palavra que exerce a função de sujeito? (0,3) Pronome de demonstrativo. A que outra palavra do texto ela está se referindo? (0,2) Refere-se a ódio. C) No trecho existe apenas o medo [...] (verso 5), qual é o sujeito? (0,2) O medo. Sujeito simples. D) Coloque a oração a seguir (verso 11) em ordem direta (sujeito + predicado). Em seguida, classifique o sujeito e o predicado, destacando os seus núcleos. (0,4) E flores amarelas e medrosas nascerão sobre nossos túmulos. Sujeito simples: flores amarelas e medrosas. Predicado verbal: nascerão sobre nossos túmulos. 3. Leia um trecho do romance Vidas secas. Fabiano roncava de papo para cima, as abas do chapéu cobrindo-lhe os olhos, o quengo sobre as botinas de vaqueta. Sonhava, agoniado, e Baleia percebia nele um cheiro que o tornava irreconhecível. Fabiano se agitava, soprando. Muitos soldados amarelos tinham aparecido, pisavam-lhe os pés com enormes reiunas e ameaçavam-no com facões terríveis. Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2008, p.82. a) Apenas um dos verbos destacados não é significativo, indica estado. Que verbo é esse? (0,2) Tornava. b) Os demais verbos são significativos, intransitivos e transitivos. Quatro deles são intransitivos. Indique-os. (0,2) Roncava, sonhava, agitava, tinham aparecido. c) Indique e classifique o sujeito das formas verbais: roncava, sonhava, se agitava, tinham aparecido. (0,2) Roncava Fabiano ( sujeito simples) Sonhava oculto (ele) Se agitava - Fabiano (sujeito simples) Tinham aparecido - Muitos soldados amarelos (sujeito simples) 4. Classifique o sujeito em: simples, composto, oculto e indeterminado. Em seguida, circule o núcleo. (0,4) a) A descoberta do fogo trouxe outras invenções. ( sujeito simples) b) Deixaram um bilhete para você. ( indeterminado) c) Pedrinho ficou pensativo e depois respondeu.( sujeito simples) d) Narizinho e Emília eram inseparáveis. ( sujeito composto)

4 5. Para saber um pouco mais sobre os pinguins, leia o texto: O cuidado com os ovos é uma constante para os pais. O sobrevôo de uma skua deixa a colônia de pinguinspapua em polvorosa, enquanto os adultos tentam bicar ou afastar o predador com gritos insistentes. A qualquer sinal de perigo, o pai da prole de pinguins-de-magalhães obriga todos os filhotes a refugiarem-se na toca subterrânea. Por outro lado, sem temer predadores, um grupo desgarrado de pinguins-rei observa a Baía de Volunteer, nas ilhas Malvinas. (Revista Horizonte Geográfico) a) No texto, há dois substantivos próprios. Quais são eles e quais os acidentes geográficos por eles nomeados? (0,2) Volunteer Baía Malvinas ilhas b) O texto, trata de aves. Nesse caso, como se faz a flexão de gênero de pinguim? Em que categoria se classifica esse tipo de substantivo? (0,2) Pinguim macho, pinguim fêmea epiceno. c) Indique os substantivos compostos que aparecem no texto. (0,2) pinguins-papua, pinguins-de-magalhães, pinguins-rei. d) O autor evita repetir a palavra pinguins no texto, usando coletivos para substituí-la. Indique esses dois substantivos coletivos. (0,2) Colônia, grupo. 6. Classifique os substantivos uniformes em: epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros. (0,5) a) indivíduo: (sobrecomuns ) b) paciente: ( comuns de dois gêneros) c) indígena:( comuns de dois gêneros) d) formiga:( epiceno) e) intérprete:( comuns de dois gêneros) 7. Escreva no plural as seguintes frases: (0,5) a) Minha tia-avó viajou. Minhas tias-avós viajaram. b) Foi servido pão-de-ló e doce-de-coco. Foram servidos pães-de-ló e doces-de- coco. c) A vice-diretora compareceu ao chá-de-cozinha da ex-aluna. As vice-diretoras compareceram aos chás-de-cozinha das ex-alunas. d) O tenente-coronel ficou no quartel-general. Os tenentes-coronéis ficaram nos quartéis-generais. e) Na fruteira havia banana-nanica e banana-prata. Nas fruteiras havia bananas-nanicas e bananas-prata ( ou bananas-pratas) (DESAFIO) Julguem verdadeiras ou falsas as alternativas: (0,5 EXTRA) Atenção: Só será válida a questão toda correta! Leia abaixo o trecho do diário de P.C.S., publicado em uma reportagem na revista ISTO É, em 7 jun O diário de P.C.S 01/01/ Las Vegas (...)

5 21h30 - Restaurante chinês. 1 biscoito da sorte 3 colheres de sopa de arroz frito 2 camarões com alho 1 pedaço de peixe frito 1 buquê de brócolis (Adorei, comi super bem!) Nunca tinha estado num restaurante chinês. Estava com muito apetite! Hoje percebi quanto tempo eu deixei de viver, de aproveitar a vida. Não só por não ter me permitido comer, mas (por causa) de todo o ritual que envolve uma refeição: conversar, rir, comunicar-se, apreciar a música, o lugar. É como se eu estivesse congelada. Foi maravilhoso! Considerando-se a importância da escolha das expressões verbais para a construção do sentido do texto, pode-se afirmar que ( F ) em suas duas primeiras orações, as formas verbais "tinha estado" e "estava" indicam fatos situados no mesmo momento, pois ambas pertencem a tempos verbais do passado. ( V ) a forma verbal "estava" indica um momento anterior àquele expresso pela forma verbal "percebi". ( V ) em "É como se eu estivesse congelada", é possível substituir a forma do verbo ser de "é" para "era", sem que a idéia básica do período seja modificada. ( F ) o uso do subjuntivo no final do texto deve-se ao caráter de certeza, de verdade do processo expresso pelo verbo. Bom desempenho! Aquele que é fiel nas pequenas coisas, é também fiel nas grandes, e aquele que é injusto no pouco, também o é no muito (Lc 16, 10-12). CIDADANIA: exerço todo dia!