V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC Brasil

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1 V Encontro Nacional da Anppas 4 a 7 de outubro de 2010 Florianópolis - SC Brasil Cobrança pelo Uso da Água em Bacias de Dupla Dominialidade: Conflitos Técnicos e de Gestão nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí Rodrigo Furtado Eça (PROCAM/USP) Gestor Ambiental, Mestrando em Ciência Ambiental rodrigofurtado@usp.br Ana Paula Fracalanza (Profa. Dra. EACH/PROCAM/USP) Socióloga e Economista, Doutora em Geografia fracalan@usp.br Resumo A promulgação da Lei federal no 9.433/1997 instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e estabeleceu instrumentos administrativos e técnicos de apoio à gestão, como, por exemplo, a cobrança pelo uso da água. Os desafios que a implementação do instrumento de cobrança enfrenta são intensificados em bacias de dupla dominialidade, como é o caso das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ). Por esses motivos, procurouse no presente trabalho identificar e analisar os aspectos técnicos e de gestão originados da interação entre a cobrança pelo uso da água em bacias de dupla dominialidade, apontando as principais dificuldades. Nesse sentido, buscou-se identificar as metodologias de cobrança e a integração existente entre o Comitê Federal e do Estado de São Paulo, Agência de Água e outros órgãos públicos envolvidos na gestão e cobrança pelo uso da água. Para alcançar esses objetivos, foram realizadas revisões bibliográficas, análise de documentos oficiais e entrevista com o então Secretário-Executivo dos Comitês PCJ. Os resultados encontrados demonstram que a gestão da água nas Bacias PCJ encontra-se bem amadurecida e integrada, principalmente entre os Comitês PCJ. As decisões em conjunto tomadas pelos comitês, somado aos esforços de harmonização dos seus procedimentos e funcionamento, permitiram que a cobrança estadual fosse implantada e praticada de uma forma muito similar ao da cobrança federal. Sendo que a principal dificuldade registrada surgiu das diretrizes legais diferenciadas que a União e o Estado de São Paulo estabelecem para se calcular os valores da cobrança. Palavras-chave cobrança pelo uso da água, comitês de bacias hidrográficas, dupla dominialidade

2 1 Introdução A cobrança pelo uso da água bruta é um instrumento econômico de gestão, valorização e racionalização do uso da água, que tem como objetivo internalizar as externalidades negativas ou os custos sociais e possui a capacidade de modificar o comportamento dos usuários, disciplinando o uso da água através da diminuição do consumo e do desperdício. A cobrança também é um instrumento essencial para a manutenção da sustentabilidade financeira do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SGRH), possibilitando a recuperação e a preservação dos diversos corpos de água através de intervenções estruturais, como a introdução de novas técnicas de irrigação e reuso, e não estruturais, como a implantação e aprimoramento de programas de monitoramento e fiscalização. Atualmente, a cobrança pelo uso da água não alcança completamente os seus objetivos, seja porque na maioria dos casos não se percebem mudanças radicais no comportamento dos usuários, devido à baixa eficiência que a taxa de cobrança possui para incentivar atitudes de uso mais racionais, ou pelo fato de que a receita proveniente da cobrança não é o suficiente para cobrir os gastos do funcionamento do sistema de gestão e para financiar os planos e intervenções que possibilitariam a recuperação e preservação dos recursos hídricos (SANTOS, 2003). Os desafios que a introdução do instrumento de cobrança enfrenta são intensificados nas bacias de dupla dominialidade, como é o caso das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ), cuja cobrança foi implantada primeiramente sobre os recursos hídricos de domínio da União, em 2006, se estendendo aos rios de dominialidade do Estado de São Paulo a partir de A dupla dominialidade e a sobreposição da cobrança acabam criando novos obstáculos e conflitos de ordem técnica, política e administrativa, sendo a identificação desses conflitos um passo fundamental para se alcançar uma melhor governabilidade e governança da água. Por essas razões, procurou-se no presente trabalho, identificar e analisar os aspectos técnicos e de gestão, originados da interação entre a cobrança pelo uso da água em rios de domínio estadual e federal, apontando as principais dificuldades causadas pela dupla dominialidade e a sobreposição da cobrança para a gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ. Nesse sentido, buscou-se identificar as metodologias de cobrança e a integração, articulação e cooperação entre o Comitê Federal e do Estado de São Paulo, Agência de Água e outros órgãos públicos envolvidos na gestão e cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Para alcançar os objetivos propostos nesse trabalho, realizou-se uma revisão bibliográfica, com o intuito de reconhecer os principais conceitos, teorias e métodos abordados nas discussões atuais sobre a cobrança; com a mesma finalidade, realizaram-se consultas em livros, teses e artigos que tratassem de temas relacionados à dinâmica, estruturação e função das organizações de gestão de recursos hídricos. Para identificar o estágio no qual se encontra a cobrança e o funcionamento

3 dos órgãos responsáveis pela gestão das águas na região estudada, recorreu-se a documentos oficiais, como os Planos de Recursos Hídricos, Relatórios de Cobrança, Relatórios de Situação, Atas de Reuniões e Deliberações referentes às Bacias PCJ. Buscando alcançar um panorama mais detalhado sobre a gestão na região de estudo, realizou-se uma entrevista qualitativa semiestruturada em 2008 com o então Secretário-Executivo dos Comitês PCJ. Através desses levantamentos foi possível traçar comparações entre as linhas teóricas e a prática da gestão das águas efetivamente realizada nas Bacias PCJ. O esforço dos Comitês das Bacias PCJ em disponibilizar de forma organizada as informações, referentes tanto à região quanto ao funcionamento da gestão, resultou em um importante registro sobre a atuação dos órgãos ligados a questão da água e a adoção do instrumento de cobrança pelo uso desse recurso, ou seja, sobre a evolução da gestão dos recursos hídricos na região 1. 2 Cobrança pelo Uso da Água: Instituição, Teorias e Métodos Um dos grandes marcos da gestão dos recursos hídricos no Brasil foi a sanção da Lei Federal n o 9.433/97, que instituiu a Política Nacional dos Recursos Hídricos ou Lei das Águas. A entrada em vigor da Lei n o 9.433, e de leis estaduais sobre o mesmo assunto, fortaleceu o sistema de gestão hídrica no Brasil através da criação de diversos instrumentos de gerenciamento, como o instrumento de cobrança pelo uso da água. Para se compreender claramente os objetivos e metodologias que fundamentam o instrumento de cobrança é necessário conhecer previamente alguns conceitos ressaltados por GURGEL (2001) e CARVALHO et al. (2005), como: recursos renováveis e não-renováveis, externalidades negativas, princípio do poluidor-pagador e do usuário-pagador, direitos de propriedade, outorga e valoração dos bens ambientais. Classicamente o principal critério de diferenciação entre os recursos renováveis e não-renováveis está na capacidade de reposição desses recursos no horizonte de tempo compatível com a vida humana. Enquanto a reposição da matéria prima dos recursos renováveis ocorre constantemente, a reposição dos recursos não-renováveis pode levar muito tempo para ocorrer ou simplesmente não ocorrer (CARVALHO et al., 2005). Entretanto, BROWN et al. (1994) apud SILVIA (2003) afirma que também devemos considerar a possibilidade de esgotamento dos recursos renováveis e não esgotamento dos não-renováveis. Portanto, poderíamos definir como não-renováveis todos os recursos cuja extração é mais rápida do que o reabastecimento através dos processos naturais, sendo os recursos renováveis aqueles cuja reposição é tão rápida quanto a extração. 1 A base do presente artigo foi desenvolvida no ano de 2008 como monografia para a conclusão do curso de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP). Com o intuito de atualizá-lo, novas informações e dados foram acrescentados.

4 A utilização irracional da água ilustra claramente a possibilidade de esgotamento do estoque de um recurso renovável, já que apesar do ciclo de reposição desse recurso estar completamente dentro do horizonte de vida humana, o aumento da demanda e da degradação colocam em risco a sua sustentabilidade. No início do século XX, o economista Arthur Cecil Pigou introduziu pela primeira vez o termo externalidade negativa, para representar uma falha do mercado, e o princípio do poluidor-pagador, como uma possível correção para essa falha (CÂNEPA, 2003). As externalidades negativas surgem quando a produção ou consumo de um bem provocam efeitos negativos em indivíduos que não participaram dos processos de transação. Quando existem externalidades, os preços dos serviços e bens não refletem todos os custos ambientais e sociais acumulados durante a sua produção. Isso ocorre porque os produtores e consumidores acabam transferindo ou externalizando os efeitos negativos para toda a sociedade. A principal conseqüência dessa disfunção do mercado seria a exploração irracional dos recursos naturais e o aumento dos níveis de poluição (LAYRARGUES, 1998). Pigou acreditava que a correção das externalidades negativas só poderia ser alcançada através da atuação do Estado, com a imposição de um tributo corretivo ao poluidor. Esse tributo, cujo valor deve ser equivalente ao da externalidade, incorporaria aos preços dos serviços e bens os custos que a sociedade realmente suporta e diminuiria a demanda e pressão sobre os recursos naturais, como conseqüência do aumento dos preços (SILVIA, 2003). Para desestimular e combater a criação das externalidades foram elaborados alguns mecanismos, entre os quais, dois se destacam. Em primeiro lugar temos o mecanismo baseado no princípio poluidor-pagador, cujo objetivo central desse é vincular a utilização de serviços ambientais, como a assimilação e depuração de poluentes, ao pagamento de uma tarifa. Com a imposição de um valor para a utilização da capacidade assimilativa do meio receptor, espera-se que os agentes poluidores minimizem os seus despejos nos corpos receptores, internalizando, dessa forma, os custos de controle de poluição (CÂNEPA, 2003). O segundo importante mecanismo está fundamentando no princípio usuário-pagador. A diferença essencial entre os dois princípios está no foco da cobrança, sendo que o princípio usuário-pagador assume que é necessário levar em consideração todos os usuários de um recurso, não apenas os agentes poluidores. Com esse princípio procurava-se construir práticas de tarifação mais eficientes, que de fato refletissem os custos de investimento e de exploração relacionados ao consumo e degradação dos recursos hídricos (GURGEL, 2001). Os principais problemas ambientais, decorrentes da degradação ou exploração excessiva, de acordo com MOTTA (1998), estão relacionados principalmente à falta de direito de propriedade sobre a maioria dos recursos naturais. Como ninguém zela diretamente por esses recursos, a maioria dos usuários acaba buscando a maximização dos seus lucros, causando nesse processo a exaustão e degradação desses recursos. Muitos economistas acreditam que somente uma

5 definição clara quanto à propriedade poderia solucionar esse problema. Sob esse aspecto, a Lei Federal n o 9.433/97 estabelece a água como um bem de domínio público, cuja regulação do acesso é de competência do Estado. Para exercer essa atribuição o Estado dispõe do instrumento jurídico de outorga dos direitos de uso de recursos hídricos, permitindo que a água seja utilizada por agentes privados para uma determinada atividade em um período pré-determinado. O último conceito necessário para se ter uma visão abrangente sobre as potencialidades e fragilidades do instrumento de cobrança trata da valoração dos bens ambientais. A valoração, segundo ORTIZ (2003), pode ser definida como uma análise de trade-offs (escolha entre opções), na qual se busca quantificar a disposição dos seres humanos em abrir mão de determinados recursos disponíveis na economia (bens e serviços) em troca de melhorias na qualidade ou quantidade do recurso ambiental. AZQUETA (1994) apud CARVALHO et al. (2005) acrescenta que a valoração de um recurso cria um indicador de sua importância para o bem-estar da sociedade, permitindo compará-lo com outros componentes do mesmo. O principal objetivo da valoração econômica ambiental é estimar os custos sociais da utilização dos recursos ambientais escassos, que por não serem comprados e vendidos no mercado não apresentam sistemas de preços. A estimação em valores monetários é necessária para que ocorra uma eficiente tomada de decisão sobre o manejo dos recursos ambientais, já que esse denominador em comum torna comparável os valores ambientais com outros valores do mercado. Apesar de já existirem diversos métodos para se realizar essa valoração, a implantação correta desses modelos ainda enfrenta algumas dificuldades metodológicas (ORTIZ, 2003). A cobrança pelo uso da água bruta é um instrumento econômico de gestão, valorização e racionalização do uso da água, que possui uma função indutora e financeira, assim como os princípios do poluidor-pagador e usuário-pagador nos quais está fundamentada (SANTOS, 2003). O objetivo do instrumento de cobrança é garantir a disponibilidade de água, dentro dos padrões de qualidade e quantidade, para as atuais e futuras gerações. Entretanto, tão importante quanto garantir a sustentabilidade financeira do SGRH e, conseqüentemente, das ações essenciais para restaurar e conservar a qualidade dos recursos hídricos, o instrumento de cobrança tem o papel de promover o uso mais racional desse recurso, alterando hábitos e comportamentos já enraizados. GARRIDO & FERNANDEZ (2002) complementam que esse instrumento também objetiva incorporar as dimensões sociais e ambientais ao planejamento regional. De acordo com GARRIDO et al. (2003), a formulação do preço de um bem de uso comum, como a água, pode ser realizada através de diversas metodologias, que se encontram fundamentadas em diferentes teorias econômicas. Recentemente, muitos trabalhos estão considerando essas metodologias, comparando-as e propondo soluções ou novas formas para se realizar a precificação. Apesar desse cenário de intensa produção de conhecimento, ainda não se chegou a um consenso sobre o referencial metodológico mais adequado para a formulação de preços pelo uso da água. Como conseqüência dessa indefinição, apesar das vantagens e desvantagens

6 inerentes a cada metodologia de cobrança, o critério de escolha geralmente utilizado no Brasil é a facilidade de implementação. Entretanto, a escolha baseada nesse critério pode potencialmente causar significativas distorções na cobrança e utilização da água, afetando de forma direta os múltiplos setores usuários e indiretamente toda a economia regional, ultrapassando os limites da própria bacia hidrográfica. As metodologias de precificação, Segundo GARRIDO & FERNANDEZ (2002), estão fundamentadas em dois grandes grupos de modelos: Modelos Ad Hoc e Modelos de Otimização. Todos os modelos que não surgem de um processo de otimização estabelecido no cerne da teoria econômica e que não estão baseados nos postulados microeconômicos, que constituem a econômica utilitarista, são classificados como Ad Hoc. A formação de preços, no mais reconhecido e utilizado modelo Ad Hoc, está fundamentada na idéia de que os usuários devem ratear os custos totais de produção, ou seja, o principal objetivo da criação do sistema de preços pelo uso da água seria cobrir todos os custos associados com a sua oferta, através da cobrança baseada nos custos médios da produção (GARRIDO et al.,2003). GARRIDO & FERNANDEZ (2002) afirmam que as principais vantagem dos modelos Ad Hoc se devem a sua simplicidade administrativa e aos poucos gastos necessários na coleta e tratamento das informações. Já o número de desvantagens reconhecidas é bem maior e questionam justamente a eficiência desses modelos em tornar o sistema auto-sustentável e a possível criação de mais desigualdades sociais. A adoção do modelo de preço igual ao custo médio insere um componente de incerteza na atividade de planejamento dos atores privados e no sistema de gestão dos recursos hídricos, já que os valores cobrados e consequentemente a arrecadação pode variar muito de um ano para o outro. Outro problema presente nesse modelo é o tratamento igual que ele dá para usuários diferentes, intensificando as desigualdades. A divisão do ônus de forma igualitária entre todos os usuários, além de aumentar as desigualdades sociais também pode diferir significativamente do valor socialmente ótimo, originando atitudes indesejadas, já que alguns usuários seriam induzidos a reduzir os seus níveis de utilização abaixo do nível socialmente ótimo, enquanto outros seriam incentivados a utilizar esses recursos além da quantidade socialmente necessária (GARRIDO & FERNANDEZ, 2002). Dessa forma os modelos Ad Hoc, apesar de serem facilmente aplicáveis, não minimizam os custos sociais, são ineficientes quanto à alocação dos recursos e incertos quanto à auto-sustentabilidade financeira dos sistemas de gestão. O segundo grupo, denominado Modelos de Otimização, é caracterizado por possuir postulados amplamente aceitos e fundamentados na teoria econômica neoclássica. Por esse motivo, os modelos de otimização, diferentemente dos modelos Ad Hoc, devem priorizar algum dos três princípios econômicos básicos: eficiência econômica, eficiência distributiva ou equidade e sustentabilidade financeira. Os modelos de otimização ainda podem ser subdivididos entre os de equilíbrio geral ou parcial, dependendo do alcance da análise (GARRIDO et al.,2003).

7 GARRIDO & FERNANDEZ (2002) argumentam que a teoria neoclássica possibilita superar os obstáculos de se determinar o valor de recursos naturais, como a água, que não dispõem de mercado. Para tanto se deve recorrer principalmente à apreciação subjetiva que cada usuário atribui ao recurso, através de suas preferências e os custos de oportunidade. Portanto, o valor do recurso crescerá proporcionalmente com o aumento da sua escassez ou da necessidade de sua utilização; por outro lado, os usuários não valorizarão devidamente os recursos que não necessitam ou que existam em abundância. A valorização da água também dependerá da forma como ela será utilizada. A sua valorização deverá estar fundamentada na teoria do consumidor, caso esse recurso seja utilizado diretamente como bem de consumo, ou na teoria da firma, caso a água seja utilizada como um insumo de produção para outros bens (GARRIDO et al., 2003). Mas independentemente do seu uso, o valor da água poderá ser obtido através da estimativa do seu custo de oportunidade nos diversos setores (GARRIDO & FERNANDEZ, 2002). As questões relacionadas ao instrumento de cobrança serão discutidas e analisadas tendo como referência a sua implantação na área das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, área essa que será caracterizada a seguir. 3 Breve Caracterização da Área de Estudo Os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (que compõem as Bacias PCJ) são afluentes da margem direita do rio Tietê, em sua porção média, estendendo-se por aproximadamente ,67 km 2. Dentro dessa área encontram-se integralmente os territórios de 58 municípios do Estado de São Paulo e quatro do Estado de Minas Gerais, assim como parte do território de 14 municípios paulistas e um mineiro. Em relação à área das Bacias PCJ, 92,6% dela corresponde ao território do Estado de São Paulo, restando 7,4% ao Estado de Minas gerais (CBH - PCJ, 2006). Mapa 1 Localização das sub-bacias PCJ. Fonte: ACSELRAD et al., 2007.

8 Quanto à hidrografia, na região das Bacias PCJ existem sete unidades (sub-bacias) principais, sendo cinco pertencentes ao rio Piracicaba (Piracicaba, Corumbataí, Jaguari, Camanducaia e Atibaia), além das sub-bacias dos rios Capivari e Jundiaí. A característica de dupla dominialidade das Bacias PCJ está relacionada aos rios formadores do rio Piracicaba. As nascentes dos rios Camanducaia, Jaguari e Cachoeira, formador do Rio Atibaia, encontram-se na porção mineira da Serra da Mantiqueira, sendo que o encontro das águas do rio Jaguari e do rio Atibaia, já em território paulista, originam o rio Piracicaba. Por atravessarem mais de um Estado, os rios Piracicaba, Jaguari, Atibaia e Camanducaia são considerados de domínio federal, já os rios Capivari, Jundiaí e Corumbataí são de domínio estadual. Mapa 2 - Dominialidade dos rios das Bacias PCJ. Fonte: ANA, 2005.

9 4 Implantação e Evolução dos Comitês das Bacias PCJ A instituição da Política Estadual de Recursos Hídricos pela Lei n o 7.663/1991 é um importante marco histórico para o fortalecimento da gestão dos recursos hídricos no Estado de São Paulo e para todo o país, já que influenciou na elaboração da Política Nacional dos Recursos Hídricos. A promulgação da Lei n o 7663/1991 estabeleceu o Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, assegurando meios institucionais e disponibilizando instrumentos técnicos para se realizar uma gestão racional das águas, que promovesse os seus múltiplos usos e garantisse a sua qualidade e disponibilidade para as atuais e futuras gerações. O pioneirismo na adoção da gestão integrada, descentralizada e participativa pelas Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí surge como conseqüência de uma intensa articulação, organização e tomada de iniciativas realizadas pelas autoridades, sociedade civil e usuários de água. Apesar de essa mobilização ter acontecido na maioria das regiões abrangidas pelas bacias, a cidade de Piracicaba se destacou e teve um papel decisivo para o início dos debates e atividades. Em meados de 1970, os habitantes de Piracicaba começaram a perceber uma intensificação na degradação da qualidade das águas do rio que atravessa e serve de nome a sua cidade, situação relacionada ao lançamento, pelas cidades localizadas mais a montante, de cargas poluidoras e a intensa disputa pelos recursos hídricos da região (ANA, 2007a). Um marco importante para o amadurecimento da gestão da água nas Bacias PCJ ocorreu no final do ano de 1985, quando a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Piracicaba e o Conselho Coordenador das Entidades Civis de Piracicaba lançaram a Campanha Ano 2000: Redenção Ecológica da Bacia do Rio Piracicaba, que resultou em uma Carta de Reivindicações. Dentre as 32 reivindicações, as que tratavam do monitoramento integrado das bacias e da criação de um organismo intermunicipal de gestão, foram muito importantes no processo de criação de um sistema de gestão integrado (ANA, 2007a). Uma das conseqüências direta da Campanha Ano 2000, que defendia a criação de um organismo regional de gestão, foi a fundação do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, em 1989 (MORGADO, 2008). O Consórcio PCJ é uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos, composta atualmente por 43 municípios e 27 empresas privadas usuárias de água (CONSÓRCIO PCJ, 2010). Em uma ação pioneira, o Consórcio PCJ foi responsável pela primeira experiência de cobrança pelo uso da água, abrindo um importante precedente que facilitaria a adoção futura desse instrumento na região. Em 1998 ocorreu o lançamento do Programa de Investimento do Consórcio PCJ, que estabelecia um pagamento voluntário, entre os seus associados, de R$ 0,01 por metro cúbico de água consumida. Com os recursos provenientes da cobrança a entidade alcançou a independência financeira e realizou diversas ações, projetos e estudos (ANA, 2007a). De acordo com MORGADO (2008), o Consórcio PCJ também teve papel fundamental na formação do

10 Comitê Estadual de Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH PCJ), participando das reuniões preparatórias e compartilhando suas experiências técnicas, de organização e negociação entre os representantes das instituições públicas, privadas e da sociedade civil. Os Comitês de Bacias foram estabelecidos pela Lei Paulista de Recursos Hídricos como órgãos colegiados, com funções consultivas e deliberativas, compostos, de forma paritária, por representantes do governo do Estado, governos municipais e sociedade civil. A atuação dos Comitês, como as instâncias regionais de gestão, garantia a implementação dos princípios de gestão descentralizada, participativa e integrada, presentes na Lei Paulista n o /91. O CBH PCJ é constituído por: Plenário, que representa o órgão máximo deliberativo, composto por 51 membros com igual direito a voz e voto, sendo 17 membros de cada um dos três segmentos representados; Diretoria, formada pelo Presidente, Vice-Presidente e Secretário Executivo; e Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho (BARBI, 2007). Com o início das atividades do CBH PCJ, o Consórcio PCJ enfrentou uma série de problemas, já que não existia uma definição clara das funções de cada uma das duas entidades (MORGADO, 2008). Durante os quatro primeiros anos de funcionamento do CBH PCJ, o Consórcio não possuía vaga no novo colegiado e a sua atuação só podia ser realizada através das Câmaras Técnicas ou como representante de um dos municípios consorciados. Somente em 1997, depois de muita negociação para a definição das atuações, o Consórcio conseguiu ocupar uma das vagas da sociedade civil, no segmento usuários, garantindo, portanto, participação efetiva na plenária do colegiado (BARBI, 2007). A partir de então, na gestão dos recursos hídricos, ao Comitê coube um papel mais administrativo, com um maior peso nas tomadas de decisão, enquanto o Consórcio fortaleceu a sua capacidade de execução de programas e projetos, possibilitada em grande parte pela sua autonomia financeira, equipe técnica e equipamentos próprios (BARBI & CASTELLANO, 2006). No ano de 2003, o Comitê Federal das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ Federal), criado por decreto presidencial em 2002, é instalado e inicia o gerenciamento da água dos rios de domínio da União (ANA, 2007a). O PCJ Federal é composto por 50 representantes, sendo 20 membros dos poderes públicos, 20 de usuários de recursos hídricos e 10 das organizações civis. Administrativamente, o Comitê Federal é constituído por: Plenário, Diretoria e Secretária Executiva (BRASIL, 2008). O processo de criação do Comitê Federal, desde o início, teve como princípio a integração e harmonização com o Comitê Paulista, que já estava em atividade há quase 10 anos. Após diversas negociações, que sempre ressaltavam a importância da bacia como unidade territorial de planejamento e gestão, encontrou-se um meio para promover a convergência das decisões e ações dos dois colegiados, reconhecendo a estrutura e dinâmica já estabelecidas pelo Comitê Paulista e assegurando a adequada gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ (ANA, 2007a).

11 No ano de 2004 ocorreu a integração entre Comitê PCJ e o PCJ Federal, que passaram a ser reconhecidos como Comitês PCJ e a contar com uma diretoria única. Ficou decidido que a diretoria do Comitê paulista exerceria as mesmas funções no Comitê federal, sendo acrescentados mais dois cargos de vice-presidência, ocupados por um representante do Estado de Minas Gerais e um do Governo Federal. Os comitês também estabeleceram um plenário integrado, composto por 72 membros, com um núcleo comum de 29 membros, que por pertencerem simultaneamente ao plenário paulista e federal, facilitariam os processos de negociação e tomada de decisão. As deliberações conjuntas aprovadas pelos Plenários do CBH PCJ e do PCJ Federal iniciamse em maio de Dentre as importantes deliberações, aprovadas entre 2003 e 2008, destacam-se a aprovação da renovação da outorga do Sistema Cantareira 2 ; indicação do Consórcio PCJ para desempenhar, transitoriamente, funções de Agência de Água dos Comitês PCJ; estabelecimento de mecanismos e valores para o uso da água nas Bacias PCJ; implementação nos rios de domínio da União, a partir de janeiro de 2006, da cobrança pelo uso dos recursos hídricos; aprovação da cobrança pelo uso da água nos rios de domínio do Estado de São Paulo, a partir de janeiro de 2007, com valores de cobrança equivalentes àqueles utilizados nos rios de domínio da União. As deliberações datadas de junho de 2008, aprovaram alterações nos estatutos do CBH PCJ e no Regimento Interno do PCJ Federal objetivando a integração da gestão dos recursos hídricos, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, por meio dos dois colegiados já existentes e o Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba e Jaguari (CBH PJ), instalado em 2008, mas cuja criação remonta a Lei Estadual mineira n o / Análise da Outorga, Cobrança e Administração Financeira nas Bacias PCJ Nessa seção buscou-se descrever e analisar os procedimentos realizados em três momentos distintos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Em um primeiro momento, as atenções concentram-se nos sistemas de outorga, procedimento que antecede e autoriza a cobrança, já que somente os recursos hídricos sujeitos a outorga serão cobrados. Procurou-se nesse momento comparar as disposições legais, com as ações praticadas nas bacias. No segundo momento, é apresentada uma breve evolução das discussões e negociações que antecederam a implementação da cobrança federal e estadual, assim como algumas características e o funcionamento desse instrumento nas Bacias PCJ. Já o terceiro momento aborda aspectos posteriores à cobrança, que envolvem a administração dos recursos financeiros obtidos através 2 Sobre a renovação da outorga do Sistema Cantareira leia-se JACOBI et al., 2010.

12 da mesma. Nesse momento são discutidas as formas pelas quais ocorrem a arrecadação e a utilização dessas receitas. 5.1 Sistemas de Outorga para o Uso dos Recursos Hídricos. A outorga de direito de uso dos recursos hídricos é um ato administrativo, de autorização ou concessão, através do qual o poder público outorgante faculta ao outorgado o direito de utilizar a água por determinado tempo, com finalidade definida e sob condições expressas na outorga. No Estado de São Paulo, por intermédio do Decreto /96, o órgão responsável pela emissão das outorgas é o DAEE (DAEE, 2008). Já na esfera federal, a Lei no 9.984/2000, que criou a ANA, também atribuiu a essa agência competência para emitir as outorgas de direito de uso em rios de domínio da União (ANA, 2008). KELMAN (2000) destaca que em bacias de dupla dominialidade é essencial a criação de um sistema integrado de outorga, que permita consultas mútuas entre os poderes públicos sobre as outorgas já emitidas, evitando que os usos outorgados por um poder comprometam os usos outorgados pelo outro. Ao se adotar a bacia hidrográfica como a unidade territorial de gestão, a outorga não estará mais vinculada apenas ao rio de domínio de determinado ente federativo, mas estará sendo calculada a partir do volume total de água outorgável da bacia. Nesse sentido, a situação da porção paulista das Bacias PCJ exibe um claro comprometimento entre a ANA e o DAEE quanto à integração do sistema de outorga, já que a ANA delegou ao órgão paulista a competência para emissão de outorgas de uso nos rios de domínio da União. SILVA & MONTEIRO (2003) destacam que esse tipo de acordo pode indicar o nível de confiança e integração alcançado pelos agentes públicos, pois a delegação ocorre apenas com relação à competência e não quanto à responsabilidade, ou seja, qualquer irregularidade cometida continua sendo de responsabilidade da União. 5.2 Instrumentos de Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos Aproveitando-se da mobilização em torno da instalação do Comitê Federal PCJ, concluído em 2003, os Comitês PCJ conjuntamente com a ANA e os Estados de São Paulo e Minas Gerais celebraram um Convênio de Integração, cujo objetivo principal era a implementação de todos os instrumentos previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos, através da integração dos órgãos responsáveis e da harmonização dos procedimentos e critérios utilizados. Esse Convênio foi celebrado em agosto de 2004, mesmo período no qual ocorriam os trabalhos de renovação da outorga do Sistema Cantareira e se buscava consolidar nas Bacias PCJ a gestão democrática, participativa e descentralizada (ANA, 2007a).

13 Em outubro de 2005, os Comitês PCJ aprovaram conjuntamente a Deliberação n o 025/05, autorizando a cobrança nos corpos d água de domínio federal presentes nas Bacias PCJ (BARBI & CASTELLANO, 2006). Nesse ínterim, a Lei para implantação da cobrança nos rios do Estado de São Paulo ainda não havia sido aprovada. Por essa razão, a autorização da cobrança nos rios federais foi acompanhada por uma série de acordos com os usuários nos rios estaduais de São Paulo e Minas Gerais, possibilitando que os interessados participassem voluntariamente da cobrança. Com essa ação, os Comitês buscavam estimular a aprovação da cobrança nas esferas estaduais e garantir que as mesmas metodologias e critérios fossem adotados em todas as bacias; também almejavam conscientizar os usuários sobre a importância da cobrança, harmonizar a atuação dos diferentes órgãos responsáveis e promover a integração e compatibilização das legislações, estabelecendo, dessa maneira, as condições adequadas para que a bacia hidrográfica se tornasse, de fato, a unidade de planejamento dos recursos hídricos (ANA, 2007a). As primeiras ações para a operacionalização da cobrança incluíam a definição quanto à dominialidade dos rios e a integração e atualização da base de dados, com a inserção das informações sobre os usuários outorgados de São Paulo, disponibilizados pelo DAEE e pela CETESB, junto ao Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) (ANA, 2007a). A partir do momento em que a cobrança federal foi aprovada, também se fez necessária a criação de uma entidade que exercesse as funções de Agência de Águas, realizando o gerenciamento dos recursos financeiros arrecadados e, também, prestando apoio técnico e administrativo aos Comitês PCJ. Devido a um impasse surgido entre a legislação federal e as legislações estaduais, de São Paulo e Minas Gerais, não foi possível encontrar uma mesma figura jurídica que fosse aceita por todos. Por essa razão, os Comitês PCJ, apoiados pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, optaram pela delegação das funções da Agência de Bacias ao Consórcio PCJ, por um tempo determinado, até a criação de uma entidade definitiva (ANA, 2007a). Em setembro de 2006, através da Deliberação Conjunta n o 48/06, os Comitês PCJ aprovaram a cobrança pelo uso dos recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo. A cobrança entrou em vigor a partir de 1 o janeiro de 2007, com valores de cobrança equivalentes aos cobrados pelos usos nas águas de domínio da União. RAMOS (2007) afirma que a cobrança pelo uso da água nas Bacias PCJ é o resultado de um longo processo de negociação que foi acelerado a partir da instalação do Comitê Federal. Geralmente as iniciativas tomadas por um dos Comitês, devido à integração e harmonização buscada por eles, acabam sendo absorvidas inteiramente ou adaptadas pelo outro, sendo que em muitos casos as iniciativas já são elaboradas em conjunto desde o início. Desse modo, assim como o Comitê Federal é um espelho do Comitê paulista, os mecanismos de cobrança estadual aplicados nas Bacias PCJ foram estabelecidos com a intenção de refletirem os já adotados pela cobrança federal.

14 Segundo ACSELRAD et al. (2007), os mecanismos de cobrança são geralmente divididos em três componentes: bases de cálculo, coeficientes multiplicadores e critérios específicos. As bases de cálculo são os componentes estabelecidos para quantificar o uso da água; segundo a metodologia utilizada pela cobrança federal e estadual, essas bases devem ser descritas para os seguintes usos da água: captação, consumo, lançamento, transposição de bacias e aproveitamento de potencial elétrico, sendo esse último somente presente na cobrança federal. Os coeficientes multiplicadores e os critérios específicos são utilizados para adaptar os mecanismos de cobrança a determinadas metas e objetivos definidos pelos Comitês, podendo servir como mecanismos de compensação ou incentivo aos usuários que invistam recursos próprios em ações que resultem na melhoria da qualidade das águas ou na racionalização do seu uso (ANA, 2007b). Os coeficientes multiplicadores possibilitam a inclusão das peculiaridades de cada unidade hidrográfica às fórmulas de cobrança, permitindo a diferenciação dos valores cobrados em função de diversas variáveis, tais como: qualidade da água no ponto de captação e lançamento, finalidade, disponibilidade hídrica e sazonalidade (BRASIL, 2006). Portanto, concluise que a cobrança não será igual para todos, pois o preço poderá variar em regiões diferentes de uma mesma bacia, ou, em um mesmo local, entre usuários que se proponham a fazer usos distintos da mesma água (GOLDSTEIN, 2000). De acordo com MORETTI (2008) 3, a definição das fórmulas, com seus valores e coeficientes, não foi baseada rigidamente em nenhum dos pressupostos das teorias econômicas, a sua elaboração foi resultado de negociações políticas. A decisão pela adoção dos mecanismos de cobrança foi um pacto, baseado em estudos prévios que sinalizavam a existência de sustentabilidade econômica para as atividades e funcionamento do Comitê Federal através de determinados valores. A maior preocupação quanto à sustentabilidade do sistema estava relacionada à adoção da progressão gradual dos valores cobrados, já que os valores mínimos estipulados para o início da cobrança deveriam permitir a composição e sustentação de uma futura agência de bacias. Portanto, os trabalhos para a definição dos valores partiram dos resultados apresentados nesses estudos e foram sendo ajustados de acordo com as possibilidades de pagamento dos usuários da região. Ainda segundo MORETTI (2008), as fórmulas de cobrança aplicadas em rios de domínio federal e estadual são diferentes, mas os valores pagos pelos usuários são semelhantes. Isso ocorre porque os coeficientes da fórmula paulista foram ajustados de tal forma que a captação do metro cúbico de água em rios estaduais e federais refletisse um mesmo valor. Já a diferença entre as fórmulas surge da lei na qual estão baseadas: enquanto a equação federal originou-se da resolução n o 52/2005, a equação estadual surge do Decreto Estadual n o / MORETTI, L.R. Comunicação Pessoal. Entrevista realizada nos Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, Piracicaba, em 10/09/2008.

15 Ao estabelecer um preço para a utilização da água, seja ela para consumo ou despejo de efluentes, diversas externalidades negativas passam a ser internalizadas financeiramente nos custos dos agentes responsáveis, induzindo, conseqüentemente, uma mudança de atitude quanto à exploração da água, já que eles sempre irão procurar diminuir os seus custos. Ao mesmo tempo em que os agentes causadores das externalidades procuram diminuir sua demanda pelos recursos hídricos ou pela utilização dos serviços ambientais, como a diluição de efluentes, as autoridades responsáveis pela gestão das águas são fortalecidas financeiramente, aumentando a capacidade de intervenção do Estado e a garantia da disponibilização da água em padrões de quantidade e qualidade adequadas para a sustentabilidade da região. A partir da análise dos procedimentos de cobrança adotados nas Bacias PCJ à luz das teorias que sustentam esse importante instrumento econômico de gestão, valorização e racionalização dos recursos hídricos, conclui-se que os conceitos essenciais para que a cobrança seja bem sucedida foram respeitados, permitindo que o instrumento conservasse a sua função financeira. Quanto às mudanças comportamentais, RAMOS (2007), afirma que os valores de cobrança estabelecidos, mesmo depois que a progressividade alcançar 100%, serão muito baixos quando comparados aos valores implementados em outros países, podendo causar na prática pouca redução significativa da demanda pela água. Portanto, mesmo que a bacia desfrute de sustentabilidade financeira para colocar em prática as ações planejadas, a promoção de uma conscientização que resultaria na racionalização do uso da água pode não atingir resultados satisfatórios. 5.3 Recursos Financeiros: Arrecadação, Distribuição e Utilização MORETTI (2008) esclarece que toda a integração com relação às questões de tomada de decisão, planejamento e organização, construída e amadurecida pelos Comitês PCJ, não se repete com a mesma facilidade em assuntos envolvendo a cobrança. Devido aos entraves legais, institucionais e operacionais que o fator dominialidade dos corpos hídricos impõe, as cobranças federal e paulista são realizadas separadamente, pelos órgãos federais ou estaduais responsáveis (DAEE, 2005) 4. No Estado de São Paulo, a Lei nº /2005 dispõe que a cobrança deverá ser realizada pela Agência de Bacias ou pela entidade responsável pela aprovação da outorga, o DAEE, nas bacias onde tal agência ainda não exista. O total da arrecadação obtido é encaminhado para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, que armazena e administra os recursos de cada bacia hidrográfica através de subcontas, proporcionando a gestão autônoma dos recursos financeiros. O FEHIDRO foi criado pela Lei nº 7.663/91 com o objetivo de fornecer suporte financeiro à Política 4 É importante considerar que avanço significativo para a integração das cobranças federal e paulista se deu com a instalação, em 5 de novembro de 2009, da Fundação Agência das Bacias PCJ. CBH PCJ, 2009.

16 Estadual dos Recursos Hídricos e viabilizar a implantação dos Planos Estaduais dos Recursos Hídricos e dos Planos de Bacia Hidrográfica (FEHIDRO, 2003). Em rios de domínio da União, a Lei nº 9.984/2000 estabelece que a arrecadação, distribuição e aplicação dos recursos provenientes da cobrança pelo uso da água deverão ser realizadas pela ANA, que também exerce o papel de órgão outorgante. Entretanto, a ANA poderá delegar ou atribuir a agências de água a execução dessas atividades. As receitas arrecadadas com a cobrança federal serão repassadas à Conta Única do Tesouro Nacional, mantida pelo Banco Central do Brasil, até serem requisitadas pela ANA. Apesar de as Leis Paulista e Federal preverem que a realização da cobrança pelo uso dos recursos hídricos seria de função das Agências de Bacias, nas Bacias PCJ a cobrança federal é realizada pela ANA e a estadual pelo DAEE (MORETTI, 2008). A decisão pela não utilização da agência de águas nessa função, que seria uma de suas atribuições, pode ter ocorrido devido à dificuldade de se encontrar uma figura jurídica que atendesse simultaneamente as legislações da União e do Estado de São Paulo. Apesar da separação do processo de arrecadação, a administração das receitas ocorre de forma integrada, ou seja, os recursos das duas cobranças são unidos e compõem um único pacote (MORETTI, 2008). A aplicação desses recursos fica sob responsabilidade da Secretaria Executiva dos Comitês PCJ, que por questões legais sofre certa limitação quanto ao uso de acordo com a localidade. Enquanto os recursos arrecadados nos rios de domínio da União podem ser aplicados em qualquer região das bacias, inclusive em Minas Gerais, os recursos arrecadados nos rios de domínio do Estado de São Paulo só podem ser aplicados na porção paulista. 6 Considerações Finais O presente trabalho buscou identificar e analisar os aspectos técnicos e de gestão originados na interação entre a cobrança pelo uso da água em bacias de dupla dominialidade, ressaltando as principais dificuldades enfrentadas para a implementação desse instrumento nesses casos. Como foi apontado ao longo do trabalho, parece existir uma harmonia estrutural e prática na atuação dos Comitês PCJ, que abrange os processos de planejamento, tomada de decisão e gestão. De acordo com ANA (2007a), o PCJ Federal, quando de sua criação, objetivava integrar a sua atuação à das outras entidades já existentes na região, principalmente ao Comitê PCJ, respeitando as estruturas e as experiências de gestão das águas já construídas nas Bacias PCJ. Como resultado desse esforço é possível identificar a concentração da atribuição quanto à emissão de outorgas em um único órgão, o DAEE, e a integração entre o Comitê Federal e Paulista, que apesar de serem dois comitês distintos, já que instituídos, respectivamente, pelas legislações nacional e estadual, funcionam como uma entidade só, sendo essa a condição ideal, pois atuam sobre os mesmos recursos hídricos e conseqüentemente afetam toda a região, seus

17 habitantes e atividades. A partir dessas constatações observa-se o desenvolvimento de certa harmonia e confiança entre os órgãos federais e estaduais, situação que possibilita a adoção da bacia hidrográfica como unidade territorial de gestão, proporciona um maior controle dos aspectos quali-quantitativo da água e dos conflitos entre as diversas demandas de seu uso, promovendo uma gestão de recursos hídricos mais eficiente sob os aspectos institucional, social e natural. Com relação à construção da gestão integrada observada atualmente, destaca-se o importante papel desempenhado pelas mobilizações de entidades civis, como a Campanha Ano No decorrer dos anos, algumas dessas entidades tornaram-se mais atuantes, acumulando reconhecimento e competência na prática da gestão de água. Para ilustrar esse fato podemos citar o Consórcio PCJ, uma das principais entidades de mobilização e gestão a partir de 1988, responsável pela primeira experiência de cobrança pelo uso da água na região, cuja implementação definitiva em toda a extensão das bacias, anos mais tarde, seria facilitada. Quanto à cobrança pelo uso da água, as dificuldades que impedem uma maior integração entre os procedimentos federal e estadual estão relacionadas, em sua maior parte, às diretrizes estabelecidas pelas legislações da União e do Estado de São Paulo. Isto se dá, pois as fórmulas de cobrança federal e estadual são diferentes, devido às leis que as estabeleceram. No entanto, deve-se ressaltar que a fórmula paulista aplicada nas Bacias PCJ foi adaptada, através de ajustes nos coeficientes, para que os valores cobrados pelo uso das águas de domínio federal e estadual fossem similares. Outra dificuldade, a indefinição sobre a figura jurídica que a Agência de Águas deveria assumir, caminhou para a instalação da Fundação Agência das Bacias, em Entretanto, a maior preocupação com relação à cobrança está relacionada aos mecanismos de precificação utilizados. Ao estabelecer as fórmulas de cobrança e os preços sem se orientar plenamente pelos modelos e teorias econômicas que respaldam esse instrumento, a cobrança pode não cumprir totalmente com as suas funções. Caso os preços cobrados pela utilização da água sejam estipulados muito abaixo dos valores ideais, o instrumento de cobrança pode exercer apenas parcialmente a sua função financeira, ou seja, a arrecadação pode não ser suficiente para financiar as atividades que garantam a qualidade e disponibilidade da água. Nessa situação, o instrumento de cobrança também corre o risco de não cumprir os seus objetivos de mudanças comportamentais, já que os usuários podem não se sentir induzidos a reduzir significativamente a demanda pela água, tornando-a sua utilização mais racional e sustentável. 7 Referências Bibliográficas ANA Agência Nacional de Águas. Nota Técnica referente a Definição de dominialidade dos cursos d água das bacias do PCJ. Brasília: ANA, (Nota Técnica nº 018/2005/NGI) ANA Agência Nacional das Águas. A Implementação da cobrança pelo uso de recursos hídricos e Agência de Água das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Brasília: ANA, 2007a.

18 ANA Agência Nacional de Águas. Relatório de Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Brasília: ANA, 2007b. ANA Agência Nacional de Águas. Gerência de Outorga Disponível em: < Acesso em: 28/08/2010. ACSELRAD, M. A. et al. A cobrança pelo uso da água nas Bacias dos Rios Paraíba do Sul e PCJ em 2006: avaliação e evolução. In: XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, AZQUETA, D. La problemática de la gestión óptima de los recursos naturales: Aspectos institucionales. Madrid: Alianza Editorial, BARBI, F & CASTELLANO, M. Avanços na Gestão Compartilhada dos Recursos Hídricos nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Revista São Paulo em Perspectiva, v. 20, n. 2, p , abr./jun BARBI, F. Capital Social e Ação Coletiva na gestão das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí: os desafios da gestão compartilhada do Sistema Cantareira SP p. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. São Paulo. BRASIL. Decreto , de 30 de março de Cobrança pela utilização dos recursos hídricos. Diário Oficial do Estado de São Paulo, 31 mar Disponível em: < Acesso em: 28/08/2010. BRASIL. Deliberação Conjunta dos Comitês PCJ nº 098/08. Altera o Regimento Interno do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí "PCJ FEDERAL". São Paulo, Disponível em: < Acesso em: 28/08/2010. BROWN, G. et al. Os recursos físicos da Terra. Campinas: Unicamp, CÂNEPA, E. M. Economia da Poluição. In: MAY, H. P. et al. (Orgs.). Economia e Meio Ambiente: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Elsevier CARVALHO, R. M. A. et al. A Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos no Brasil. Revista Anhangüera, Goiânia, v. 6, n. 1, p.57-74, jan./dez CBH PCJ, Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Plano de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari CBH PCJ, Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Comitês das Águas. Material informativo de divulgação dos Comitês PCJ, n.19, out./dez Impresso. COMITÊS PCJ. Deliberações Conjuntas aprovadas pelos Plenários do CBH-PCJ e do PCJ Federal. Disponível em: < Acesso em: 28/08/2010. CONSÓRCIO PCJ. Consorciados Disponível em: < Último acesso em: 28/08/2010. DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica. Outorga e Fiscalização Disponível em: < Acesso em: 28/08/2010. DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica. Regulamentação da Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos Relatório Síntese. São Paulo: DAEE, 2005.

19 FEHIDRO Fundo Estadual de Recursos Hídricos. Manual de Procedimentos Operacionais do FEHIDRO. São Paulo GARRIDO, R. J & FERNANDEZ, J. C. Economia dos Recursos Hídricos. Salvador: Edufba, GARRIDO, R. J. et al. Impactos da Cobrança pelo Uso da Água: uma metodologia de avaliação. Revista Bahia & Análise de Dados. Salvador. V. 13, n. Especial, p GOLDSTEIN, S. A Cobrança como um Instrumento de Gestão Ambiental. In: THAMES, C. A. (Org). A cobrança pelo uso da água. São Paulo: IQUAL, Instituto de Qualificação e Editoração Ltda., GURGEL, A.V. Cobrança pelo uso da Água: Experiência Internacional e Nacional Disponível em: < Acesso em: 28/08/2010. JACOBI, P.R.; FRACALANZA, A.P.; CAMPOS, V.N.de O.; NOVAES, R. Water Governance and land use policies in the Metropolitan Region of São Paulo, Brazil: institutional innovation, social learning and consensus building. In: XVII ISA World Congress of Sociology, 2010, Sweden. KELMAN, J. Outorga e cobrança de recursos hídricos. In: THAMES, C. A. (Org). A cobrança pelo uso da água. São Paulo: IQUAL, Instituto de Qualificação e Editoração Ltda., 2000 LAYRARGUES, P. P. Educação para a gestão ambiental: será esta a sucessora da educação ambiental? In: MATA, S.F. et al. (Orgs.). Educação ambiental, desafio do século: um apelo ético. Rio de Janeiro: Terceiro Milênio MORGADO, A. A influência do Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH - PCJ) na descentralização da gestão hídrica brasileira avaliação quantitativa da participação da sociedade civil de p. Dissertação Mestrado Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. MOTTA, R. S. Uso de Instrumentos Econômicos na Gestão Ambiental da América Latina e Caribe: Lições e Recomendações. Texto para Discussão nº Brasília: IPEA, MOTTA, R. S. Utilização de critérios econômicos para a valorização da água no Brasil. Texto para Discussão Nº Brasília: IPEA, ORTIZ, R. A. Valoração Econômica Ambiental. In: MAY, H. P. et al. (Orgs). Economia e Meio Ambiente: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Elsevier RAMOS, M. Gestão de Recursos Hídricos e Cobrança pelo Uso da Água. In: Seminário - Taller: "Economía Ambiental y Coordinación de Políticas de Desarrollo Sostenible". Brasília Disponível em: < Acesso em: 28/08/2010. SANTOS, M. R. M. O Princípio Poluidor-Pagador e a Gestão de Recursos Hídrico: a Experiência Européia e Brasileira. In: MAY, H. P. et al. (Orgs.). Economia e Meio Ambiente: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Elsevier SILVIA, L. M. C & MONTEIRO, R. A. Outorga de Direito de uso de Recursos Hídricos: uma das possíveis abordagens. In: MACHADO, C. J. S. Gestão de Águas Doces: Usos Múltiplos, Políticas Públicas e Exercício da Cidadania no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UERJ, SILVIA, M.A.R. Economia dos Recursos Naturais. In: MAY, H. P. et al. (Orgs). Economia e Meio Ambiente: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Elsevier

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