INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CAMPUS PELOTAS ENGENHARIA ELÉTRICA ÁLGEBRA LINEAR

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1 INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CAMPUS PELOTAS ENGENHARIA ELÉTRICA ÁLGEBRA LINEAR DAVI FERREIRA JAIR VIGNOLLE DA SILVA LISIANE MENESES MARIA DA GRAÇA PERAÇA ODAIR ANTONIO NOSKOSKI PELOTAS

2 EMENTA Matrizes, determinantes e sistemas lineares. Espaços vetoriais. Espaços vetoriais Euclidianos. Transformações Lineares. Autovalores e autovetores. Diagonalização de operadores. Forma canônica de Jordan. PROGRAMA UNIDADE I: MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES UNIDADE II: ESPAÇOS VETORIAIS UNIDADE III: ESPAÇOS VETORIAIS EUCLIDIANOS UNIDADE IV: TRANSFORMAÇÕS LINEARES UNIDADE V: AUTOVALORES A AUTOVETORES UNIDADE VI: DIAGONALIZAÇÃO DE OPERADORES UNIDADE VII: POLINÔMIO MINIMAL E FORMA CANÔNICA DE JORDAN BIBLIOGRAFIA: STEINBRUCH, A. e WINTERLE, p., Álgebra Linear. HOFFMAN, K., Álgebra Linear. POOLE, D., Álgebra Linear. LIPSCHUTZ, S., Álgebra Linear. São Paulo: Makron Books, (Coleção Schaum) ANTON, H., Álgebra Linear. CALLIOLI, C. A., Álgebra Linear.

3 Matrizes, Determinantes e Sistemas. MATRIZES Definição: Uma matriz é um agrupamento retangular de números. Os números neste agrupamento são chamados elementos ou entradas da matriz. Chama-se matriz do tipo m x n (m linhas e n colunas) a qualquer tabela de m.n elementos dispostos. As linhas de uma matriz são enumeradas de cima para baixo, e as colunas são enumeradas da esquerda para a direita. Um elemento genérico de uma matriz A é denotado por a ij, onde i representa a linha e o j representa a coluna no qual esse elemento pertence. A = a a. a m a a a. m a a a n n. mn ou A = a ij, onde i m e j n Exercícios: ) Represente a matriz A mxn de acordo com o elemento genérico a ij. (a) m =, n =, sabendo que a ij = i + j. (b) m =, n =, sabendo que a ij = i j, se i j ij, se i j i, se i j (c) m =, n =, sabendo que a ij = ij, se i j i j, se i j

4 .. Classificação de Matrizes: Matriz Linha: é uma matriz formada por uma única linha. Ex: A = 6 9, matriz x Matriz Coluna: é a matriz formada por uma única coluna. Ex: A =, matriz x Matriz Zero (Nula): é a matriz com todas suas entradas nulas. Uma matriz zero sempre será denotada por. Ex: x = Matriz Quadrada: é aquela que possui o número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz quadrada nxn é chamada de matriz de ordem n. Ex: A = 7, matriz de ordem Matriz Diagonal: é toda matriz quadrada em que todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são nulos. Ex: A = 7, a ij não nulo, se i = j, e a ij =, se i j. Matriz Identidade: é toda matriz diagonal em que seus elementos da diagonal principal são todos iguais a. Ex: I =, a ij =, se i = j, e a ij =, se i j.

5 Matriz Transposta: é a matriz que se obtém transformando ordenadamente cada linha de A em coluna. Denota-se A t. Ex: A = , A t = Obs: (A t ) t = A, ou seja, a transposta da transposta de uma matriz é ela mesma. (A B) t = A t B t Matriz Triangular Superior: é a matriz quadrada onde todos os elementos abaixo da diagonal principal são nulos, ou seja, a ij =, para i > j Matriz Triangular Inferior: a ij =, para i < j Exemplos: S = f e d c b a é uma matriz triangular superior e F = s r w z y x uma matriz triangular inferior Matriz Simétrica: matriz quadrada onde a ij = a ji. Obs: Neste caso, a parte superior é uma reflexão da parte inferior, em relação à diagonal principal Exemplo: 7 7 Propriedade: Uma matriz M é simétrica M = M t

6 Igualdade de Matrizes: Duas matrizes do mesmo tipo m x n são iguais, se e somente se, os elementos correspondentes são iguais. Exemplo: Se a c b d = 7 então, a =, b = -, c =, d = Exercícios:. Se A x, com a ij = i j, determine as matrizes A e A t.. Dadas as matrizes A = e B =, calcular a matriz: (.) M, tal que M A + B =. Obs: Neste caso é a matriz nula x. (.) N, tal que N = A t - B t (.) X que seja solução da equação matricial X A + B =.. Determine os números a e b tais que W = ax + by, onde 8 (.) W =, X =, Y = (.) W = 9, X =, Y =. Determine os números a, b, c e d tais que W = ax + by + cz + dr, onde W =, X= 6 7, Y=, Z=, R=, Resposta: (.) a=-, b=, (.) a=, b=-; () a=, b=-, c=, d=

7 Produto de Matriz por Matriz Condição para o produto entre matrizes: O número de colunas da primeira matriz tem que ser igual ao número de linhas da segunda matriz... Propriedades Matriciais Supondo que os tamanhos das matrizes A, B, C são tais que as operações indicadas podem ser efetuadas, valem as seguintes propriedades. Considere a, b, c números reais. (a) A + B = B + A (b) A + (B + C) = (A + B) + C (c) A(BC) = (AB)C (d) A(B C) = AB AC (e) (A B)C = AC BC Comutatividade da adição Associatividade da adição Associatividade da multiplicação Distributividade à esquerda Distributividade à direita (f) a(b C) = ab ac (g) (a b)c = ac bc (h) a(bc) = a(bc) (i) a(bc) = (ab)c = B(aC) Cuidado! Em geral AB BA 7

8 Exercício : Sejam A =, B = 6 (.) Calcule AB e BA. (.) Determine (AB) t, A t B t e B t A t. Compare os resultados. Resposta: (.) AB =, BA = 6 6 Outras propriedades: (j) (A t ) t = A, ou seja, a transposta da transposta de uma matriz é ela mesma. (k) (A B) t = A t B t (l) (AB) t = B t A t (Observem a ordem!!!) (m) AI = IA = A (n) A. =.A = Matriz Inversa Uma matriz quadrada A de ordem n é inversível se, e somente se, existir uma matriz B tal que AB = BA = I n, onde I n é a matriz identidade de ordem n. Desta forma para a matriz B utiliza-se a seguinte notação: B = A - (lê-se B é igual à inversa de A). Exercicio: Verifique que as matrizes A = inversíveis entre si. e B = são Importante: Nem sempre uma matriz é inversível. Uma matriz A é inversível se, e somente se, o determinante de A for diferente de zero. 8

9 Propriedades da Matriz Inversa: Sejam A e B matrizes inversíveis. Então valem as propriedades: (i) (A - ) - = A (ii) (AB) - = B - A - (iii) (A t ) - = (A - ) t A inversa da transposta é a transposta da inversa Exemplo: Determine a inversa da matriz A = 6 Esta matriz tem inversa pois det A. Procuremos sua inversa tal que A.B = I e B.A = I Impondo a primeira condição temos, 6 a b. = c d 6a c a c 6b d b d =. Portanto, 6a c a c e 6b d b d Resolvendo os sistemas, temos a =, b = -, c = -/, d = 6 Teremos então, A.B =. Também vale B.A = I. =, ou seja, A.B = I. Portanto, B = é a matriz inversa de A. 9

10 Exercícios: ) Sejam B = 6, A = e C = (a) Justifique que B é uma matriz não inversível e A é inversível. (b) Calcule (AC) -, A - C - e C - A -. Compare os resultados. (c) Determine (A t ) - e (A - ) t ) Calcule os valores de m e n para que as matrizes A e B sejam iguais: a) B e n n 8 A b) 6 e B 6 n m A c) x 8 7 B e x 8 7 A ) Dadas as matrizes D e C, B, 9 7 A, calcular: a) AB b) (AB)D c) A(BD) d) BA e) (BA)C f) B(AC) ) Sejam as matrizes 6 8 A, 9 7 B C, calcular: a) A+B b) B+C c) A+C d) A B e) A- C f) B-C g) X= A B + C h) X = B A 6C ) Verifique se a matriz B é a inversa da matriz A nos seguintes casos:

11 a) B e,,,,,, A b),,,,, B e A c), 6,,,, B e 8 6 A 6) Sejam as matrizes A, B, 8 C e 8 D, calcule: a) (AB) T b) (AB)D T c) A(BD T ) d) (A T B T )+C T 7) Dadas as matrizes , C e B A, efetuar e classificar a matriz resultante: a) A + A T b) B + B T c) AA T d) B - B T e) C - C T 8) Efetue as operações indicadas e classifique as seguintes matrizes: A B

12 6 6 C sen cos cos sen D E F 9 6 G H J 6 L 9 6 M a) AA T f) F l) M b) BB T g) G c) CC T h) H d) DD T i) J e) EE T j) L 9) Sejam as matrizes triangulares superiores (A e B) e inferiores (C e D) a) calcular e classificar a matriz E = AB b) calcular e classificar a matriz F = CD ) Dadas as matrizes A, 7 B C, Calcular, pelo processo da triangularização ou por Laplace ou por Sarrus: a) det A b) det B c) det (A-B+C) d) det (AC T ) e) det (CB)A

13 ) Calcular o determinante da matriz H de triangularização e por Laplace (desenvolvendo-o pela ª linha.) ) Sendo U = IR, resolver as seguintes equações:, usando o processo 6 x x x x a) x 8 b) 7 7 x 9 7 x c) 8 x x ) Determinar, se existir, a matriz inversa de cada uma das seguintes matrizes: a) A b) B c) C d) D e) E 7 f) F 9 6 ) Resolver e classificar os seguintes sistemas: a) x x 8y 6y Rta: Sistema Incompatível S b) x x x y y y z z z 7 7 Rta: S.L.C.D S,, c) x x x y y y z z 7z Rta: S.L.C.D. S,, d) x x y 6y 6z 9z Rta: S.L.C.I. S y 6z,y,z, y,z IR

14 e) x y x y z y z 8 8 Rta: S.L.C.D. S (, 6, ) f) x x x y y y 6z z z 9 7 Rta: S.L.C.I. z 8z S,,z, z IR g) x y x y z y z 6 6 Rta: S.L.C.I. S z, z,z z IR h) 7x 9x x y y y z z z 8 Rta: S.L.C.D. S,, ) Estabelecer a condição que deve ser satisfeita pelos termos independentes para que os seguintes sistemas sejam compatíveis: a) x x y y y z 8z z c a b b) x x y y z z z b c a Rta: a b + c = Rta: a + b c =. Determinante A toda matriz quadrada A está associado um número chamado determinante de A e simbolizado por det A... Cálculo do determinante a) Determinante de matrizes de a Ordem a b A= x y det A = ay - bx

15 Exemplo: ) Se A = 8 então, det A = (- ). ( ) (- ). (8) det A = - + det A = 8 b) Determinante de matrizes de a Ordem (regra de Sarrus) A = z y x r q p c b a det(a) = y x z y x q p r q p b a c b a = ( aqz + brx + cpy) - ( cqx + ary + bpx ). Exemplo: Se B = 7 então, det B = 7 det B = ()()()+(-)(7)()+()()(-) ()(-)() ()(7)(-) (-)()() det B = + + det B = -. EQUAÇÃO LINEAR É uma equação da forma a x + a x + a x a n x n = b onde x, x,..., x n são as incógnitas; a, a,...,a n são os coeficientes (reais ou complexos); b é o termo independente (número real ou complexo).

16 Exemplos de equações lineares. x + y - z =. x - y + z - w = -. x - x + x =. i x + y - z = -i Exemplos de equações não-lineares. x + y = -. x + y = 9. x + y - z w =. x + y = -9 SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO LINEAR Uma sequência de números reais (r,r,r,r ) é solução da equação linear a x + a x + a x + a x = b se trocarmos cada x i por r i na equação e este fato implicar que o membro da esquerda é identicamente igual ao membro da direita, isto é: a r + a r + a r + a r = b Exemplo: A sequência (,6,7) é uma solução da equação x+y-z= pois, tomando x=, y=6 e z=7 na equação dada, teremos: =.. SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Um sistema de equações lineares ou sistema linear é um conjunto formado por duas ou mais equações lineares. Um sistema linear pode ser representado na forma: 6

17 onde x, x,..., x n são as incógnitas; a, a,..., a mn são os coeficientes; b, b,..., b m são os termos independentes. SOLUÇÕES DE UM SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES Uma sequência de números (r,r,...,r n ) é solução do sistema linear: a x + a x a n x n = b a x + a x a n x n = b a m x + a m x a mn x n = b n se satisfaz identicamente a todas as equações desse sistema linear. Exemplo: O par ordenado (,) é uma solução do sistema linear: x + y = x + y = x + y = pois satisfaz identicamente a todas as equações do mesmo, isto é, se substituirmos x= e y=, os dois membros de cada igualdade serão iguais em todas as equações. Consistência de sistemas lineares O número de soluções de um sistema linear determina a sua classificação de duas maneiras com relação à sua consistência: Sistema possível ou consistente: Quando tem pelo menos uma solução. a. Se tem uma única solução, o sistema é determinado. b. Se tem mais que uma solução, o sistema é indeterminado. Sistema impossível ou inconsistente: Se não admite qualquer solução. 7

18 EXEMPLOS Sistema com uma única solução: As equações lineares abaixo representam duas retas no plano cartesiano que têm o ponto (,-) como interseção. x + y = - x - y = 8 Sistema com infinitas soluções: As equações lineares representam retas paralelas sobrepostas no plano cartesiano, logo existem infinitos pontos que satisfazem a ambas as equações (pertencem a ambas as retas). x + y = 8x + y = Sistema que não tem solução: As equações lineares representam retas paralelas no plano cartesiano, logo, não existem pontos que pertençam às duas retas. x + y = x + y = Sistemas equivalentes Dois sistemas são equivalentes se admitem a mesma solução. Exemplo: São equivalentes os sistemas S e S indicados abaixo: x + 6y = S x - y = S x + y = x - y = 6 pois eles admitem a mesma solução x= e y=. Notação: Quando dois sistemas S e S são equivalentes, usamos a notação S~S. Operações elementares sobre sistemas lineares Existem três tipos de operações elementares que podem ser realizadas sobre um sistema linear de equações de forma a transformá-lo em um outro sistema 8

19 equivalente mais simples que o anterior. Na sequência trabalharemos com um exemplo para mostrar como funcionam essas operações elementares sobre linhas. O segundo sistema (o que aparece à direita) já mostra o resultado da ação da operação elementar. Nas linhas iniciais de cada tabela, você encontra a operação que foi realizada.. Troca de posição de duas equações do sistema Troca a Linha com a Linha x + y - z = x-y+z= x + y - z = 9 ~ x + y - z = 9 x-y+z= x + y - z =. Multiplicação de uma equação por um número não nulo Multiplica a Linha pelo número x + y - z = x-y+z= x+y-z=9 ~ x + 6y - z = 6 x-y+z= x+y-z=9 A equação resultante fica na linha. Adição de duas equações do sistema Adição da Linha com a Linha x+y-z= x -y + z = x + y - z = 9 ~ x+6y-z=6 x-y+z= 6x - y - z = 9 A equação resultante fica na linha Resolução de sistemas lineares por escalonamento Com o auxílio das três Operações Elementares sobre linhas, podemos resolver sistemas lineares. Vamos mostrar como funciona este processo através de um exemplo. 9

20 Exemplo: Consideremos o sistema com equações e incógnitas. x + y + z = x - y - z = - -x + y -z = - Observação: Usamos Li+Lj->Lj para indicar a soma da linha i com a linha j com o resultado na linha j. Usamos k Li->Li, para indicar que multiplicamos a linha i pela constante k e o resultado ficou na linha i. Passo : L-L->L x + y + z = x - y - z = - -x+y-z=- ~ x + y + z = x-y-z=- -x+y-z=- Passo : L-.L->L x + y + z = x - y - z = - -x+y-z=- ~ x+y+z= x - y - z = -8 -x+y-z=- Passo : L+.L->L x + y + z = x-y-z=-8 -x + y - z = - ~ x+y+z= x-y-z=-8 x + 9y + z = 99 Passo :(-/)L->L,(/)L->L x+y+z= x - y - z = -8 x + 9y + z = 99 ~ x+y+z= x + y + z = 7 x + y + z =

21 Passo : L-.L->L x+y+z= x + y + z = 7 x + y + z = ~ x+y+z= x+y+z=7 x + y - z = -8 Passo 6: (-/)L->L x+y+z= x+y+z=7 x + y - z = -8 ~ x+y+z= x+y+z=7 x + y + z = 9 Passo 7: L-L->L x+y+z= x + y + z = 7 x + y + z = 9 ~ x+y+z= x + y + z = 8 x+y+z=9 Passo 8: L-.L-.L->L x + y + z = x + y + z = 8 x + y + z = 9 ~ x + y + z = x+y+z=8 x+y+z=9 Passo 9: Simplificar coeficientes x + y + z = x + y + z = 8 x + y + z = 9 ~ x = y = 8 z = 9 Após o escalonamento, observamos que a solução obtida é exatamente fornecida pelo último sistema.

22 Sistemas lineares homogêneos Um sistema linear é homogêneo quando os termos independentes de todas as equações são nulos. Todo sistema linear homogêneo admite pelo menos a solução trivial, que é a solução identicamente nula. Assim, todo sistema linear homogêneo é possível. Este tipo de sistema poderá ser determinado se admitir somente a solução trivial ou indeterminado se admitir outras soluções além da trivial. Exemplo: O sistema x - y + z = x + y - z = x - y + z = é determinado, pois possui a solução x=, y= e z=. Regra de Cramer Esta regra depende basicamente sobre o uso de determinantes. Para indicar o determinante de uma matriz X, escreveremos det(x). Seja um sistema linear com n equações e n incógnitas: a x + a x a j x j a n x n = b a x + a x a j x j a n x n = b a n x n + a n x n a nj x j a nn x n = b n A este sistema podemos associar algumas matrizes: Matriz dos coeficientes: Formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema, aqui indicada pela letra A. Matriz dos coeficientes a a... a j... a n a a... a j... a n

23 a n a n... a nj... a nn Matriz Aumentada do sistema: Formada todos os coeficientes das incógnitas do sistema e também pelos termos independentes. Matriz Aumentada a a... a j... a n b a a... a j... a n b a n a n... a nj... a nn b n Matriz da incógnita x j : É a matriz A j obtida ao substituirmos a coluna j (<j<n) da matriz A, pelos termos independentes das equações do sistema. Matriz da incógnita x j a a... b... a n a a... b... a n a n a n... b n... a nn Quando as posições j=,, estão relacionadas com x, x e x e substituídas pelas incógnitas x, y e z, é comum escrever A x, A y e A z. Se det(a) é diferente de zero, é possível obter cada solução x j (j=,...,n), dividindo det(a j ) por det(a), isto é: x j = det(a j ) / det(a) Se det(a)=, o sistema ainda poderá ser consistente, se todos os determinantes nxn da matriz aumentada do sistema forem iguais a zero. Um sistema impossível: Seja o sistema x + y + z = 7 x - y + z = x + y + 7z = A matriz A e a matriz aumentada Au do sistema estão mostradas abaixo.

24 Como det(a)=, devemos verificar se todos os determinantes das sub-matrizes da matriz aumentada são nulos. Se existir pelo menos um deles não nulo, o sistema será impossível e este é o caso pois é não nulo o determinante da sub-matriz x formada pelas colunas, e da matriz aumentada: 7 - Um sistema indeterminado: Consideremos agora o sistema (Quase igual ao anterior: trocamos por na última linha!) x + y + z = 7 x - y + z = x + y + 7z = A matriz A e a matriz aumentada Au do sistema, estão abaixo: Aqui, tanto det(a)= como todos os determinantes das sub-matrizes da matriz aumentada são nulos, então o sistema é possível e indeterminado. Neste caso, observamos que a última linha é a soma das duas primeiras e como estas duas primeiras dependem de x, y e z, você poderá encontrar as soluções, por exemplo, de x e y em função de z. Um sistema com solução única: Seja o sistema

25 x + y + z = 7 x - y + z = x + y + 6z = A matriz A e a matriz dos termos independentes do sistema estão indicados abaixo Como det(a)=7, o sistema admite uma única solução que depende dos determinantes das matrizes A x, A y e A z, e tais matrizes são obtidas pela substituição a., a. e a. colunas da matriz A pelos termos independentes das três equações, temos: Ax= - Ay= Az= Como det(a x )=6, det(a y )= e det(a z )=, a solução do sistema é dada por: x = det(ax)/det(a) = 6/7 y = det(ay)/det(a) = /7 z = det(az)/det(a) = /7

26 - Espaços Vetoriais Definição: Seja V um conjunto não vazio, sobre o qual estão definidas as operações adição e multiplicação por escalar, isto é, A, B V temos: A + B V e, A V e temos: A V V com essas operações é chamado espaço vetorial real se forem verificados 8 axiomas: Em relação à adição: Sejam A, B, C V e, (A ) (A + B) + C = A + (B + C) (A ) A + B = B + A (A ) Existe um único elemento neutro neutro O V tal que A + O = O + A = A (A ) Existe um único elemento simétrico -A V tal que A + (-A) = O (M ) (. )A = ( A) (M ) ( + )A = A + A (M ) (A + B) = A + B (M ) A = A Obs: Os elementos de um espaço vetorial V podem ser polinômios, matrizes, números, funções, desde que as operações definidas neste conjunto satisfaçam os 8 Axiomas. Mas independente de sua natureza os elementos de um Espaço Vetorial V serão chamados vetores. 6

27 Exemplos: ) V = conjunto das matrizes x ou V = M(x) = Em V é definido as operações: x z y : x, y, z, w. w a Sejam A, B V onde A = a a b, B = a b b b e Operações: A + B = a a b b a a b b e A =. a. a. a. a Obs: Essas são as operações usuais de adição e multiplicação por escalar no conjunto das matrizes x. Para essas operações assim definidas, podem ser verificadas facilmente que valem os 8 axiomas. Portanto, neste exemplo, V = M(x) é um espaço vetorial. ) V = b c a : a, b, c = conj. das matrizes linha M(x) Operações definidas: a a + b b = a a b a a =. a. a a a. a (Cuidado, adição não usual) a (Multiplicação usual) Com estas operações, V é um espaço vetorial? Verificando os axiomas: Sejam A = a a, B = b b, C = c c a A ) (A + B) + C = A + (B + C)? b c (A + B) + C = (a a + b b ) + c c a b = a a + c c a = a a a c c 7

28 A + (B + C) = a a + (b b + c a b = a a + b b a = a a a O Axioma A é satisfeito. b c ) c A ) A + B = B + A? A + B = B + A = a a + b b = a a a b a b b + a a = b b a b, portanto A + B B + A. b Como o axioma A falha, V não é um espaço vetorial. Atenção!!! Basta que um dos axiomas falhe, para que o conjunto (com as oper. definidas) não seja um espaço vetorial. ) V ={(x,y) }, conjunto dos vetores em Operações definidas, (a, b) + (c, d) = (a +c, b + d) e (a,b)= ( a, b) Como a adição é uma operação usual, vamos verificar se falha algum axioma em relação à multiplicação por escalar. Sejam u = (a, b) e v = (c, d) em M ) (. )u = ( u)? (. )u = (. )(a, b) = ( a, b) ( u) = ( (a,b)) = ( a, O Axioma M é satisfeito.., e números reais. b) = ( a, b), logo (. )u = ( u). M ) ( + )u = u + u? 8

29 ( + )u = ( + )(a,b) = (( + ).a, ( + ).b) u + u = (a,b) + (a,b) = ( a, b) + ( a, =(( + )a, ( + )b) b) = O Axioma M não é satisfeito pois ( + )u u + u. Então, V ={(x,y) } com as operações definidas, não é um espaço vetorial. Exercícios: Verificar se os conjuntos abaixo são espaços vetoriais reais em relação às operações definidas. Para aqueles que não são, citar os axiomas que não se verificam. (Justiticando) (a) V = {(x,y) }, (a, b) + (c, d) = (a +c, b + d) e (a,b)= ( a, ) (b) V = {(x,y) / y = x} = {(x, x)} com as operações usuais, (a, b) + (c, d) = (a +c, b + d) e (a,b)= ( a, b ) (c) V = {(x,y) }, (a, b) + (c, d) = (a +c, b + d) e (a,b)= ( a, b) Observações: Para V e V, como a adição é uma operação usual e a multiplicação por escalar não é usual, basta verificar quais axiomas de M à M falham. Já para V, todos os axiomas devem ser verificados para ser um espaço vetorial. Respostas: (a) Falha M, (c) Falha M. Outros exemplos: ) V = conjunto das matrizes mxn = M(m,n) com as operações usuais (de adição e de multiplicação por escalar) definem um espaço vetorial. 9

30 Obs: Se A M(mxn) então A = a a. a m a a a. m a a a n n. mn ) V = n = {(x, x, x,..., x n ): x i }, i n com as operações de adição e de multiplicação por escalar usuais definem um espaço vetorial. 6) V = P = conjunto dos polinômios com coeficientes reais de grau menor ou igual a (incluindo os polinômios de grau zero) ou P = { a + a x + a x + a x : a i } Elementos de P, exemplos:, 6 + x, 6x, + x, - + x x + +7x. Se p (x) e p (x) pertencem a P então: p (x) = a + a x + a x + a x e p (x) = b + b x + b x + b x Operações usuais em P : p (x) + p (x) = (a + b )+ (a + b )x + (a + b )x + (a + b )x Se temos.p (x) = a + a x + a x + a x Com estas operações pode-se verificar que V = P é um espaço vetorial Observações: Matrizes, vetores, polinômios podem estar associados da seguinte maneira. Por exemplo, a A = d b e c f, v = (a, b, c, d, e, f), p(x) = a + bx + cx + dx + ex + fx

31 A M(,), v 6, p(x) P Pode-se dizer que a, b, c, d, e, f são as coordenadas de A, v e p(x). Por isto, matrizes, vetores, polinômios são chamados de maneira geral vetores.. - Subespaços Vetoriais Deseja-se dentro de um espaço vetorial V, detectar se um subconjunto S de V é também espaço vetorial. Tais conjuntos serão chamados subespaços de V. Exemplo: V = com as operações usuais de adição e multiplicação por escalar é um espaço vetorial. S é uma reta que passa pela origem. Neste caso, S é um subconjunto de V. S V = S = ( x, y) : y x= ( x x, ); x Observa-se que ao somarmos vetores de S, obtemos outro vetor em S. E se multiplicarmos um vetor de S por um u = (,), v = (, /), u + v = (, /) Definição: Seja V um espaço vetorial e S um subconjunto não vazio de V. S é um subespaço vetorial de V se: (i) S (ii) u, v S u + v S (iii) e u S u S

32 OBSERVAÇÕES: Qualquer subespaço S de V deve conter o vetor nulo (devido ao Axioma A do Espaço Vetorial). Caso contrário S não é um subespaço vetorial. Todo espaço vetorial V admite pelo menos subespaços (chamados subespaços triviais), o conjunto e o próprio espaço vetorial V. Exemplos: () V = com as operações usuais. S = ( t, t ) : t S pode ser representada por uma reta que passa pelos pontos (-,) e (,). O vetor nulo (, ) S S não é um subespaço vetorial de V. (,) S () V = (-,) com as operações usuais. S = ( x, x ) : x S não é vazio pois (,). Mas existem vetores u e v de S tais que (u + v) S. Por exemplo, u = (,), v = (-,) pertencem a S e u + v = (,) S. Portanto, S não um subespaço de V =. S u+v S v u

33 () V = (com as operações usuais). S = ( x, y, z) : ax by cz. Obs: S é um plano que passa pela origem. S é um subespaço de V? Solução: Vamos verificar se em S satisfazem as condições (i), (ii) e (iii). ( i ) (,,) S pois a + b + c =. ( ii ) Sejam u = (u, u, u ), v = (v, v, v ) elementos de S. Então, au bu av bv cu cv Logo, a(u + v )+b(u + v )+c(u + v ) =. E portanto, (u + v, u + v, u + v )S. Daí, u +v S. (iii) Seja e u = (u, u, u ). Se u S, então au + bu + cu =. Portanto, ( au + bu + cu ) = u + u + u = u S. Como as condições foram satisfeitas, S é um subespaço de V =. Exercícios: (a) V = (com as operações usuais) e S = { (, x, x, x, x ) Verifique que S é um subespaço vetorial. }. (b) V = (com as operações usuais) e S = { (x, x ); x } Verifique que S não é um subespaço vetorial.

34 Intersecção e Soma de Subespaços Teorema: S, S subespaços vetorias de V (espaço vetorial). Então, (i) S S é um subespaço de V. (ii) S + S é um subespaço de V. OBS: S S = {v V : v S e v S } S + S = { v = u + w / u S e w S }. Todo elemento de S + S é um vetor soma de vetores, um vetor de S e o outro de S. Exemplos: (a) V = M( x ) S = a a a a a6 ; a i S = a 9 a a a7 a a8 ; a i a 9 S e S são subespaços de V = M( x ) S = {matrizes triangulares superiores} S = {matrizes triangulares inferiores} Logo, S S = a a a 9 é um subespaço de V = M( x ) (b) V = S S + S S = {(,, x): x S = {(a, a, ): a } Reta no eixo z } Reta no plano xy S S + S = {(a,a,x)} plano que contém as retas S e S. S + S é um subespaço de V =.

35 SOMA DIRETA DE SUBESPAÇOS Definição: Sejam S e S subespaços vetoriais de V. V é a soma direta de S e S (Representado por V = S S ) Se V = S + S e S S = { }. Exemplo: V = M( x ) S = b a e S = d c onde a, b, c, d. S + S = d c b a = M( x ) e S S =. Logo, V = S S e portanto V é soma direta de S e S.

36 . ESPAÇOS VETORIAIS EUCLIDIANOS. Produto Interno em Espaços Vetoriais Chama-se produto interno no espaço vetorial V uma aplicação de VxV em R que a todo par de vetores (u,v) VxV associa um número real, indicado por u.v ou <u,v>, tal que os axiomas seguintes sejam verificados: P ) u.v = v.u P ) u.(v+w) = u.v + u.w P ) ( u).v = (u.v), P ) u.u e além disso u.u = u = O número real u.v é chamado produto interno dos vetores u e v. EXEMPLOS ) No espaço vetorial V=R, a aplicação (função) que associa cada par de vetores u=(x,y ) e v=(x,y ), o número real u.v = x x + y y, é um produto interno. Mostrar: O produto interno examinado neste exemplo é diferente do produto interno usual do R que é definido por: u. v = x x + y y Logo, é possível a existência de mais de um produto interno no mesmo espaço vetorial. 6

37 ) Se u=(x,y,z ) e v=(x,y,z ) são vetores quaisquer do R, o número real u.v=x x +y y +z z define o produto interno usual do R. De forma análoga, se u=(x,x,...,x n ) e v=(y,y,...,y n ), o número real u.v=x y +x y +...+x n y n define o produto interno usual no R n... Problemas para resolver em aula. Em relação ao produto interno usual do R, calcular u.v, sendo: a) u=(-,6) e v=(,-) b) u=(,8) e v=(,). Em relação ao produto interno u.v=x x +y y, calcular u.v para u=(,) e v=(,-). Sejam v =(,,-), v =(,-,-) e v =(,-,) do R. Considerando esse espaço munido do produto interno usual, determinar o vetor u, tal que u.v =, u.v =6 e u.v =.. ESPAÇO VETORIAL EUCLIDIANO Um espaço vetorial real, de dimensão finita, no qual está definido um produto interno, é um espaço vetorial euclidiano.. MÓDULO DE UM VETOR Dado um vetor v de um espaço vetorial euclidiano V, chama-se módulo, norma ou comprimento de v, o número real não-negativo, indicado por v, definido por v = ou v = Assim, se v=(x,y,z ) R, com produto interno usual, tem-se: 7

38 v = Se v =, isto é, v.v=, o vetor é chamado vetor unitário. O vetor é unitário, de mesma direção e sentido de v (versor de v). Diz-se, nesse caso, que o vetor v foi normalizado... EXERCÍCIOS PARA AULA. Dado o vetor v=(-,,) R, calcular o módulo de v e normalizar v, considerando que: a) R está munido do produto interno usual b) Em R está definido o produto interno v.v =x x +y y +z z, sendo v =(x,y,z ) e v =(x,y,z ) É importante observar que o módulo de v depende do produto interno utilizado: se o produto interno muda, o módulo se modifica. Por outro lado, os vetores, obtidos de a) e b) são unitários em relação ao respectivo produto interno.. Dado o espaço vetorial V=R, munido do produto interno usual, calcular m do vetor v=(6,-,m) de modo que v =7. Dado o espaço das funções contínuas no intervalo [,] (C[,]) em que o produto interno é <f.g>=. a) Determine o produto interno de f(x)=x+ e g(x)=x b) Calcular a norma de f(x)=x+ c) Normalizar a função f(x)=x+ 8

39 .. PROPRIEDADES DO MÓDULO DE UM VETOR Seja V um espaço vetorial euclidiano. I) v II) Dem.: III) u+v u + v, (Desigualdade de Shwarz ou Inequação de Cauchy-Schwarz ou Desigualdade triangular) Interpretação Geométrica no R ou R A soma das medidas de dois lados de um triângulo é u+v v maior do que a medida do terceiro lado. u. ÂNGULO ENTRE DOIS VETORES EXERCÍCIOS PARA AULA Nos exercícios e, considerando o produto interno usual no R e no R respectivamente, calcular o ângulo entre os vetores dados em cada um deles.. u=(,,-) e v=(,,). u=(,-,,) e v=(,,,-). Sendo V um espaço vetorial euclidiano e u,v, calcular o cosseno do ângulo entre os vetores u e v, sabendo que u =, v =7 e u+v = 9

40 . No espaço vetorial das matrizes quadradas V=M(x), dadas duas matrizes quaisquer,, o número real u.v=aa+bb+cc+dd define um produto interno em M(x). Sabendo que. Calcular: a) u+v b) O ângulo entre u e v. DISTÂNCIA ENTRE DOIS VETORES Chama-se distância entre dois vetores (ou pontos) u e v, o número real, representado por d(u,v), definido por: d(u,v)= u-v Se u=(x,y ) e v=(x,y ) são vetores (ou pontos) do R, com produto interno usual, tem-se: d(u,v)= u-v = (x -x, y -y ) = EXEMPLO: Calcular a distância entre os vetores u=(9,) e v=(,).6 VETORES ORTOGONAIS Dado um espaço vetorial euclidiano V, diz-se que dois vetores u e v de V são ortogonais e se representa por, se e somente se, u.v= o vetor é ortogonal a qualquer outro vetor v V pois.v= se, então Se u v e u v, então (u +u ) v

41 EXEMPLOS: ) Os vetores u=(,7) e v=(-7,) de R, munido do produto interno usual, são ortogonais: (,7).(-7,)=-+= ) Os vetores u=(-,) e v=(,) são ortogonais no espaço vetorial V=R em relação ao produto interno (x,y ).(x,y )=x.x +y y.7 CONJUNTO ORTOGONAL DE VETORES Dado um espaço vetorial euclidiano V, diz-se que um conjunto de vetores {v,v,...,v n } V é ortogonal, se dois vetores quaisquer, distintos, são ortogonais, isto é, v i.v j = para. EXEMPLO: No R, o conjunto {(,-),(,,),(,-,-)} é ortogonal em relação ao produto interno usual..7. CONJUNTO ORTOGONAL E INDEPENDÊNCIA LINEAR Um conjunto ortogonal de vetores não-nulos A={v,v,...,v n } de um espaço vetorial euclidiano V é linearmente independente LI..8 BASE ORTOGONAL Uma base B={v,v,...,v n }de um espaço vetorial euclidiano V é ortogonal se os seus vetores são dois a dois ortogonais.

42 Se dim V = n, qualquer conjunto de n vetores não-nulos e dois a dois ortogonais, constitui uma base ortogonal. O conjunto B={(,-),(,,),(,-,- )}, é uma base ortogonal de R..8. BASE ORTONORMAL Uma base B={v,v,...,v n }de um espaço vetorial euclidiano V é ortonormal se B é ortogonal e todos os seus vetores são unitários, isto é: EXEMPLOS: ) As bases canônicas do R, R,... R n são bases ortonormais em relação ao produto interno usual. ) A base é ortonormal em relação ao produto interno usual. ) Uma base ortonormal sempre pode ser obtida de uma base ortogonal, normalizando cada um de seus vetores. Assim, da base ortogonal B={(,-),(,,),(,-,-)} do R, relativamente ao produto interno usual, pode-se obter a base ortonormal B ={u,u,u }..9 PROCESSO DE ORTOGONALIZAÇÃO DE GRAM-SCHMIDT Dado um espaço vetorial euclidiano V e uma base qualquer B={v,v,...,v n } desse espaço, é possível, a partir dessa base, determinar uma base ortogonal de V.

43 A base ortogonal {w,w,...,w n } é assim obtida: w = v w = v - <v,v >.u onde w = v - <v,u >.u - <v,u >.u onde w n = v n - <v n,u n- >.u n <v n,u >.u - <v n,u >.u EXEMPLO: Sejam v=(,,), v=(,,) e v=(,,) vetores do R. Esses vetores constituem uma base B={v,v,v } não ortogonal em relação ao produto interno usual. Agora vamos obter uma base B que seja ortonormal.

44 . TRANSFORMAÇÕES LINEARES. FUNÇÕES VETORIAIS São funções onde o domínio e o contradomínio são espaços vetoriais reais. Assim, tanto a variável dependente quanto a independente são vetores. Para dizer que T é uma transformação do espaço vetorial V no espaço vetorial W, escreve-se T:V W. Sendo T uma função, cada vetor v V tem um só vetor imagem w W, que será indicado por w=t(v). EXEMPLO Uma transformação T:R R associa vetores v=(x,y) R com vetores w=(a,b,c) do R. Se a lei que define T é tal que a=x, b=-y e c=x-y, a imagem de cada vetor (x,y) será representada por T(x,y)=(x,-y,x-y) y z x y x No caso de ser v=(,), tem-se: w=t(,)=((),-(),-)=(6,-,). TRANSFORMAÇÕES LINEARES Sejam V e W espaços vetoriais. Uma aplicação T: V W é chamada transformação linear de V em W, se: I) T(u+v) = T(u) + T(v) II) T( u) = T(u) Uma transformação linear de V em V (é o caso de V=W) é chamada operador linear sobre V.

45 EXEMPLOS ) T:R R, T(x,y)=(x,-y,x-y) é linear: ) A transformação identidade I: V V, v v, I(v)=v, é linear. ) A transformação nula é linear, T: V W, T(v)=.. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA Uma transformação geométrica do significado de uma transformação linear pode ser dada considerando, por exemplo, o operador linear. T: R R, T(x,y)=(-x+y,x+y) Se u=(-,) e v=(,), tem-se u+v=(-,) T(u)=(,) e T(v)=(,) T(u)+T(v)=(,) Sendo u+v a diagonal do paralelogramo determinado por u e v, sua imagem T(u+v) representa a diagonal do paralelogramo determinado por T(u) e T(v),

46 isto é, T(u+v)=T(u)+T(v). Diz-se, nesse caso, que T representa a adição de vetores. A figura a seguir, mostra que, ao se multiplicar o vetor u por, por exemplo, sua imagem T(u) também fica multiplicada por, isto é, T( u)= T(u). Diz-se que nesse caso, que T preserva a multiplicação de um vetor por um escalar. PROPRIEDADES DAS TRANSFORMAÇÕES LINEARES I) Se T:V W é uma transformação linear, a imagem do vetor V é o vetor W. Esta propriedade decorre da condição II da definição de transformação linear, para =. T( u)= T(u) T()=.T(u) T()= EXEMPLO T:R R T(x,y)=(x, -y, x-y) T(,)=(,,) Conclusão: Se T(), a transformação não é linear. É o caso da transformação T:R R T(x,y,z)=(x+, x+z) T(,,)=(,) II) Se T:V W é uma transformação linear, tem-se: T(a v +a v )=a T(v )+a T(v ), v,v de V e a,a de R 6

47 Isto é, a imagem de uma combinação linear de vetores v e v é uma combinação linear das imagens T(v ) e T(v ) com os mesmos coeficientes a e a. T(a v +a v a n v n )=a T(v )+a T(v ) +...+a n T(v n ) Se B={v,v,...,v n } é uma base de V, para todo v de V, a,a,...,a n tal que v=a v +a v a n v n e, por tanto, T(v)= a T(v )+a T(v ) +...+a n T(v n ), isto é, dado v de V, o vetor T(v) estará determinado se forem conhecidas as imagens dos vetores de B. Em outras palavras, sempre que forem dados T(v ),T(v ),...,T(v n ), onde v,v,...,v n é a base do domínio de V, a transformação linear T está perfeitamente definida. Resolver em aula: ) Seja T :R R uma transformação linear e B={v =(,,), v =(,,) e v =(,,)} uma base do R. Sabendo que T(v )=(,-), T(v )=(,) e T(v )=(,), determinar: a) T(,,-) b) T(x,y,z) ) Seja o operador linear no R definido por: T(x,y,z)=(x+y+z, x+y-z, - x+y+z) a) Determinar o vetor u de R tal que T(u)=(-,8,-) b) Determinar o vetor v de R tais que T(v)=v 7

48 . NÚCLEO DE UMA TRANSFORMAÇÃO LINEAR Chama-se núcleo de uma transformação linear T: V W ao conjunto de todos os vetores v de V que são transformados em W. Indica-se por N(T) ou Ker(T). N(T)={v V T(v)=} N(T) V Todos os seus vetores têm uma única imagem que é o vetor zero de W. OBS.: pois uma vez que T()=. EXEMPLOS: ) O núcleo da transformação linear ) Seja a transformação linear. IMAGEM DE UMA TRANSFORMAÇÃO LINEAR Chama-se de imagem de uma transformação linear T:V W ao conjunto de vetores w W que são imagens de vetores v V. Indica-se esse conjunto por Im(T) ou T(v). pois T()= Im(T) Se Im(T)=w, T diz-se sobrejetora: pelo menos um tal que T(v)=w. existe 8

49 EXEMPLOS: ) Seja a projeção ortogonal do sobre o plano xoy. A imagem de T é o próprio plano xoy. ) A imagem da transformação identidade I: V V, definida por I(v)=v,, é todo o espaço V. O núcleo, nesse caso é N(I)={}. ) A imagem da transformação nula, T: V W, T(v)=, é o conjunto Im(T)={}. O núcleo nesse caso é todo o espaço V.. PROPRIEDADES DO NÚCLEO E DA IMAGEM. O núcleo de uma transformação linear T:V W é um subespaço vetorial de V. De fato, sejam v e v N(T) e : I) T(v )= T(v )= II) T(v +v )=T(v )+T(v )=+, v +v N(T) III) T( v )= T(v )=.=, v N(T). A imagem de uma transformação linear T:V W é um subespaço vetorial de W. De fato, sejam w e w Im(T) e : I) Im(T) II) w +w Im(T) III) Im(T) Como w e w Im(T), existem vetores v e v tais que T(v )=w e T(v )=w Fazendo v= v +v e u= v T(v)= T(v +v )=T(v )+T(v )= w +w 9

50 T(u)= T( v )= T(v )= w. Se V é um espaço vetorial de dimensão finita e T:V W uma transformação linear, dimn(t)+dimim(t)=dimv a) No exemplo, o núcleo (eixo dos z) tem dimensão e a imagem (plano xoy) tem dimensão, enquanto que o domínio R, tem dimensão. b) No exemplo, da transformação identidade, tem-se dim(n(t))=, logo, dim(im(t))=dimv. Para resolver.. Dado o operador linear a) Determinar o núcleo de T, a dimensão do núcleo e uma de suas bases. b) Determinar a imagem de T, a dimensão da imagem e uma de suas bases. c) Verificar as propriedades da dimensão.

51 COROLÁRIOS Seja T:V W uma transformação linear.. Se dim V= dim W, então T é injetora se, e somente se, é sobrejetora.. Se dim V = dim W e T é injetora, então T transforma base em base, isto é, se B={v,..., v n } é base de V, então T(B)={T(v ),...,T(v n )}.6 ISOMORFISMO Chama-se isomorfismo do espaço vetorial V no espaço vetorial W a uma transformação linear T: V W, que é bijetora..7 MATRIZ DE UMA TRANSFORMAÇÃO LINEAR Sejam T: V W uma transformação linear, A uma base de V e B uma base de W. Sem prejuízo da generalização, consideremos o caso em que dim V= e dim W=. Sejam A={v,v } e B={w,w,w } bases de V e W, respectivamente. Um vetor v V pode ser expresso por: V= x v +x v ou V A =(x,x ) E a imagem T(v) por: T(v)= y w +y w +y w ou T(v) B =(y,y,y ) Por outro lado: T(v)=T(x v +x v )=x T(v )+x T(v )

52 Sendo T(v ) e T(v ) vetores de W, eles são combinação lineares dos vetores de B: T(v)=T(x v +x v )=x (a w +a w +a w )+x (a w +a w +a w ) Ou na forma matricial: y y y a a a a a a x x Ou, simbolicamente: A T( v) TB v A B Sendo a matriz T A B denominada matriz de T em relação às bases A e B. Observações: a) A matriz é de ordem x quando dimv= e dimw= b) As colunas da matriz são as componentes das imagens dos vetores da base A em relação à base. c) A matriz depende das bases A e B consideradas, isto é, a cada dupla de bases corresponde uma particular matriz. Assim, uma transformação linear poderá ter uma infinidade de matrizes para representá-la. No entanto, fixadas as bases, a matriz é única.

53 d) No caso de A e B serem as bases canônicas, representa-se a matriz simplesmente por [T], que é chamada matriz canônica de T, e tem-se: [T(v)]=[T].[v] e) Calcular T(v) pela matriz [T] é o mesmo que fazê-lo pela fórmula que define T..8 OPERAÇÕES COM TRANSFORMAÇÕES LINEARES ADIÇÃO Sejam T :V W e T :V W transformações lineares. Chama-se soma das transformações lineares T e T à transformação linear T +T :V W; v (T +T )(v) = T (v)+t (v), Se A e B são bases de V e W, tem-se: MULTIPLICAÇÃO POR ESCALAR Sejam T:V W uma transformação linear e escalar à transformação linear. Chama-se produto de T pelo Se A e B são bases de V e W, tem-se: T A A B T B COMPOSIÇÃO Sejam T :V W e T :W U transformações lineares. Chama-se aplicação composta de T com T, e se representa por T ot, à transformação linear T ot :V U; v (T ot )(v) = T (T (v)),

54 Se A e B e C são bases de V, W e U, tem-se: Problemas do livro..9 TRANSFORMAÇÕES LINEARES PLANAS Entende-se por transformações lineares planas as transformações de R em R. Veremos algumas de especial importância e suas interpretações. REFLEXÕES: a) Reflexão em torno do eixo dos x Essa transformação linear leva cada ponto (x,y) para sua imagem (x,-y), simétrica em relação ao eixo dos x. Gráfico: T: R R ; (x,y) (x,-y) b) Reflexão em torno do eixo dos y Gráfico: T: R R ; (x,y) (-x,y)

55 c) Reflexão na origem Gráfico: T: R R ; (x,y) (-x,-y) d) Reflexão em torno da reta y=x Gráfico: T: R R ; (x,y) (y,x) e) Reflexão em torno da reta y=-x Gráfico: T: R R ; (x,y) (-y,-x)

56 DILATAÇÕES E CONTRAÇÕES a) Dilatação ou contração na direção do vetor T: R R ; (x,y) (x,y), Observação: se se se >, T dilata o vetor <, T contrai o vetor, T é a identidade I se <, T troca o sentido do vetor b) Dilatação ou contração na direção do eixo dos x T: R R ; (x,y) x,y), se se >, T dilata o vetor <, T contrai o vetor c) Dilatação ou contração na direção do eixo dos y T: R R ; (x,y) x, y), Se fizéssemos, teríamos (x,y) x,) e T seria a projeção ortogonal do plano sobre o eixo dos x. 6

57 CISALHAMENTO a) Cisalhamento na direção do eixo dos x T: R R ; (x,y) x+ y,y) O efeito do cisalhamento é transformar o retângulo OAPB no paralelogramo OAP B, de mesma base e mesma altura. No cisalhamento, cada ponto (x,y) se desloca paralelamente ao eixo dos x até chegar em x+ y,y), com exceção dos pontos do próprio eixo dos x, que permanecem em sua posição, pois para eles y=. Com isso está explicado porque o retângulo e o paralelogramo da figura têm mesma base AO. b) Cisalhamento na direção do eixo dos y T: R R ; (x,y) x,y+ ) 7

58 ROTAÇÃO A rotação do plano em torno da origem, que faz cada ponto descrever um ângulo, determina uma transformação T : R R cuja matriz canônica é: Essa matriz chama-se matriz de rotação de um ângulo,, e é a matriz canônica da transformação linear T : R R, (x,y)=( x -y, x +y ). AUTOVALORES E AUTOVETORES Dada uma transformação linear, T: V V estamos interessados em saber que vetores (não nulos) são levados em um múltiplo de si mesmo; isto é, procuramos um vetor v V e um escalar real tais que T(v) =.v v T(v) Neste caso T(v) será um vetor de mesma direção que v. O escalar será chamado autovalor e o vetor v formalizar este conceito. um autovetor. Vamos Definição: Seja T: V V uma transformação linear. Se existirem vv, v, e tais que Tv =.v, então é um autovalor de T e v um autovetor de T associados a. Observe que pode ser o número, embora v não possa ser o vetor nulo. 8

59 Exemplos: ) Seja T: dado por T(x,y) =.(x,y). Neste caso = é o autovalor de T E qualquer vetor (x, y) (, ) é um autovetor de T associado a =. ) T: onde T(x,y) = (x, -y) Note que T(, -y)=(,-y)=-(, y) Portanto, =- é o autovalor de T e todo vetor v =(,y) tal que y é um autovetor de T. Observe também que T(x,)=(x,)=(x,) Então, = é o autovalor de T e todo vetor v =(x,) tal que x é um autovetor de T. Exercício: Quais são as matrizes A e A associadas às Transformações Lineares em relação à base canônica, nos exemplos e? As noções de autovetor e autovalor de uma transformação linear (ou matriz) são fundamentais, por exemplo, em Física Atômica porque os níveis de energia dos átomos e moléculas são dados por autovalores de determinadas matrizes. Também o estudo dos fenômenos de vibração, análise de estabilidade de um avião e muitos outros problemas de Física levam à procura de autovalores e autovetores de matrizes. 9

60 . Autovalores e Autovetores de uma matriz Lembre-se que toda transf. Linear T: x n) em relação à base canônica, isto é, T(v) = A.v. n n está associada a uma matriz A(n Logo, o autovalor e autovetor de A é o autovalor e autovetor de T. Portanto, o autovalor e o autovetor v, são soluções das equações da seguinte equação T(v) =.v, isto é, A.v=.v, v (v vetor não nulo). Polinômio Característico Método prático para encontrar autovalores e autovetores de uma matriz. Exemplo: Dado A= que, vamos procurar vetores v=(x,y) não nulo e escalares tais Observe que, se I for a matriz identidade de ordem, então a equação acima pode ser escrita na forma A.v =.v A.v =( I)v Ou ainda, (A- I)v = Matriz nula 6

61 Explicitamente temos: x y ou x y Se escrevermos explicitamente o sistema de equações lineares equivalente a esta equação matricial, iremos obter um sistema de equações e incógnitas. Se o determinante da matriz dos coeficientes for diferente de zero, saberemos que este sistema tem uma única solução, que é a solução nula, ou seja, x=y=. Mas estamos interessados em calcular os autovetores de A, isto é, vetores v, ou seja, det Portanto, -(+ ).(- )+=. Denominamos de p( ) de polinômio característico de A. Obs: p( ) det( A.I ) Continuando a resolução, temos e, que são as raízes do polinômio característico, e portanto os autovalores da matriz A são - e. Através dos autovalores encontramos os autovetores. (i) Substituindo em x y temos: x y x y x y x=y 6

62 O autovetor associado a é v =(y,y), y, ou v =(x,x/), x (ii) Substituindo em x y temos: x y x y x y x=y O autovetor associado a é v =(x,x), x. Teorema n n Se a equação polinomial c... c c, onde c,..., c n são inteiros. Todas as soluções inteiras (se houver) desta equação são divisores do termo c n. n n Exemplo: As possíveis raízes inteiras da equação 6 são os divisores de -6 que são,,,, 6. Se () 6 p, então p (), pois p()=. é uma das raízes do polinômio Para as outras possibilidades, não encontramos raízes. Mas, dividindo p( ) por, onde é uma raiz de p( ), temos, p( ) ( ).( ) Logo, as outras raízes serão soluções da equação. 6

63 Considerando raízes no campo complexo, temos i. Então, as raízes de p( ) são:, i, i. 6. Semelhança e Diagonalização As matrizes triangulares e matrizes diagonais são interessantes pois seus autovalores são determinados diretamente. Portanto, seria agradável se pudéssemos relacionar uma matriz a outra matriz triangular ou diagonal de forma que ambas tivessem os mesmos autovalores. 6. Matrizes Semelhantes Definição: Sejam A e B matrizes nxn. Dizemos que A é semelhante a B se existir uma matriz nxn invertível P tal que P - AP=B. Se A é semelhante a B, escrevemos A~B. Obs: Se A~B, podemos escrever que A=PBP - ou AP=PB. Exemplo: As matrizes A e B são semelhantes. Tome P. Então, AP=PB=. Teorema Sejam A e B matrizes semelhantes. Então: a) det A = det B. b) A é invertível B é invertível. c) A e B têm o mesmo posto. d) A e B têm o mesmo polinômio característico. 6

64 Definição: O posto de uma matriz é o número de linhas não nulas de qualquer uma de suas formas escalonadas por linhas. 6. Diagonalização Temos a melhor situação possível quando uma matriz quadrada é semelhante a uma matriz diagonal. Como veremos logo a seguir, a possibilidade de isso ocorrer está relacionada estreitamente com os autovalores e autovetores da matriz. Definição: Uma matriz A (nxn) é diagonalizável se existe uma matriz diagonal D tal que A~D, ou seja, se existe P (nxn) invertível tal que P - AP=D. Exemplo: A matriz A é diagonalizável, pois, se P e D, então AP=PD=. Teorema A matriz A(nxn) é diagonalizável A tiver n autovetores LI. Em outras palavras: Existem P invertível e uma matriz diagonal D tal que P - AP=D se, e somente se, as colunas de P forem n autovetores de A, LI, e os elementos da diagonal de D forem os autovalores correspondentes aos autovetores. Exemplos: Se possível, determine a matriz P que diagonaliza a) A b) A 6

65 Soluções: a) det(a- I)= Os autovalores são e. Para tem como autovetor os múltiplos de (,,). Para tem como autovetor os múltiplos de (,,). Como não é possível existir autovetores LI, pelo teorema anterior, A não é diagonalizável. Obs: tem multiplicidade algébrica igual a e tem multiplicidade algébrica igual a. Cada autovalor gera somente um autovetor, portanto a multiplicidade geométrica é, para qualquer autovalor. b) det(a- I)= Para temos autovetores da forma (x,y,x), x,y, que são gerados pelos vetores v =(,,) e v =(,,). Para tem como autovetor v =(-,,). É fácil verificar que estes vetores são LI. Pelo teorema, P v v v é invertível. Além disso, P - AP=D= AP=PD., ou que, P v então P - AP=D= Obs: Se v v 6

66 Obs: tem multiplicidade algébrica igual a e tem multiplicidade algébrica igual a. geral dois autovetores e gera um autovetor, portanto tem multiplicidade geométrica igual a e tem multiplicidade geométrica igual a. Teorema Se A (nxn) têm n autovalores distintos entre si, então A é diagonalizável. Teorema da Diagonalização Seja A(nxn) com n autovalores distintos (não necessariamente distintos entre si). São equivalentes os enunciados: i) A é diagonalizável. ii) A união de todos os autovetores gerados pelos autovalores contém n vetores LI. iii) A multiplicidade algébrica de cada autovalor é igual à sua multiplicidade geométrica. Exemplos a) tem multiplicidade algébrica igual a mas multiplicidade geométrica igual a, logo A não é diagonalizável, de acordo com com o Teorema da Diagonalização. 66

67 67 b) A matriz A tem dois autovalores distintos e. O autovalor tem multiplicidades algébrica e geométrica iguais a, e para o autovalor as multiplicidades são iguais a. Portanto, de acordo com o Teorema da Diagonalização, A é diagonalizável. Exercícios resolvidos: ) Determine se A é diagonalizável e, quando for, encontre uma matriz invertível P e uma matriz diagonal D tais que P - AP=D, ou, AP=PD. a) A b) A c) A d) A e) A f) A g) A h) A Gabarito: a) P, 7 D b). Com apenas o autovetor (,) não é possível determinar P. Logo, A não é diagonalizável.

68 c) Para temos apenas o autovetor (,,). Como não é possível determinar P com vetor então A não é diagonalizável. d) P, D e) O polinômio característico de A é =. Autovalores: e. Para, a multiplicidade algébrica vale e tem como autovetor (,,-), portanto a multiplicidade geométrica vale. Logo, A não é diagonalizável.. f) O polinômio característico de A é Para, a multiplicidade algébrica vale e tem como autovetor (,-,), portanto a multiplicidade geométrica vale. Logo, A não é diagonalizável. g) O polinômio característico de A é. Para, a multiplicidade algébrica vale e tem como autovetor (,,,), portanto a multiplicidade geométrica vale. Logo, A não é diagonalizável. h) P, D Fonte: Álgebra Linear, Editora Thomson - David Poole 68

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