Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários
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- Matheus Balsemão Amaral
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1 Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro Julho de 2014
2 Desoneração da folha crescente: renúncia calculada pela RFB Evolução da Desoneração da Folha de Salários R$ Milhões Correntes Fonte: RFB. Elaboração própria dos Autores. 2 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
3 Sumário: desoneração setorial da folha Breve Histórico Leis que alteraram a politica Dificuldades em se trabalhar com os dados (NCM x CNAE, etc...) Evolução da Renúncia por medida (Leis) Resultados gerais (Renúncia, vínculos e contribuintes) Resultados gerais (Renúncia vs arrecadação previdenciária, massa de salários) Resultados setoriais (Renúncia, vínculos e contribuintes) Questões para debate 3 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
4 Desoneração x mudança base/alíquota A alteração da legislação tributária incidente sobre a Folha de Pagamento (Desoneração da Folha) foi efetuada em agosto de 2011, por intermédio da Medida Provisória 540, de 02 de agosto de 2011, convertida na Lei nº , de 14 de dezembro de 2011, e ampliada por alterações posteriores (Lei nº /2012, Lei nº /2013 e Lei nº /2013). Fonte: RFB. Disponível no Link: 4 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
5 Definição da Desoneração Cota Patronal CPRB Contribuição Sobre Folha de Salários Contribuição Sobre Faturamento 20% 1% ou 2% 5 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
6 Novas Mudanças na Medida de Desoneração O governo federal tornou permanente a chamada desoneração da folha salarial com a edição da Medida Provisória nº 651, de 9/7/2014 (que, aliás, trata de várias outras matérias tributárias). A justificativa básica, no discurso, foi conceder um benefício tido como crucial para melhorar a competitividade da indústria brasileira, e, na exposição de motivos, da medida citada, foi realçado o impacto sobre o emprego mas nenhuma estatística foi citada para ilustrar ou fundamentar os efeitos positivos alegados 6 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
7 Análise Comparativa da Desoneração da Folha Primeira MP (540/11) vs Atual MP (651/14) que torna a Desoneração da Folha uma medida permanente MP 540/11 Desonera 4 setores: MP 610/13 e MP 651/14 Amplia a quantidade de Setores e torna a desoneração permanente: TI e TIC; Couro e Calçados; Confecções e; Call Center. Construção Civil Transportes Comércio Varejista Etc... 7 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
8 Relação de Setores Beneficiados SPE/MF (Continua) Setor Segmento MP Lei Alíquota fixada Setor Segmento MP Lei Alíquota fixada Indústria Couro e calçados /2011 1% Serviços Hotéis /2012 2% Serviços Call Center /2011 2% Indústria Aves, suínos e derivados PLV /2012 1% Serviços TI & TIC /2011 2% Indústria Pães e massas PLV /2012 1% Indústria Confecções /2011 1% Indústria Medicamentos e fármacos PLV /2012 1% Indústria BK mecânico /2012 1% Indústria Manutenção e reparação de aviões PLV /2012 1% Indústria Material elétrico /2012 1% Indústria Partes e acessórios de máquinas de escrever e máquinas e aparelhos de escritório. PLV /2012 1% Indústria Auto-peças /2012 1% Indústria Pedras e rochas ornamentais PLV /2012 1% Indústria Fabricação de aviões /2012 1% Indústria Brinquedos PLV /2012 1% Indústria Fabricação de navios /2012 1% Transportes Transporte aéreo PLV /2012 1% Indústria Fabricação de ônibus /2012 1% Transportes Transporte marítimo, fluvial e naveg apoio PLV /2012 1% Indústria Plásticos /2012 1% Transportes Transporte rodoviário coletivo PLV /2012 2% Indústria Móveis /2012 1% Indústria Pescado /2013 1% Indústria Têxtil /2012 1% Indústria Equipamentos médicos e odontológicos* /2013 1% Serviços Design Houses /2012 2% Indústria Bicicletas /2013 1% Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores. 9 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
9 Relação de Setores Beneficiados SPE/MF (Conclusão) Setor Segmento MP Lei Alíquota fixada Setor Segmento MP Lei Alíquota fixada Indústria Equipamento ferroviário /2013 1% Comércio Comércio Varejista /2013 1% Indústria Pneus e câmaras de ar /2013 1% Indústria Manutenção e reparação de embarcações /2013 1% Indústria Papel e celulose /2013 1% Indústria Borracha /2013 1% Indústria Vidros /2013 1% Indústria Obras de ferro fundido, ferro ou aço /2013 1% Indústria Fogões, refrigeradores e lavadoras /2013 1% Indústria Cobre e suas obras /2013 1% Indústria Cerâmicas /2013 1% Indústria Alumínio e suas obras /2013 1% Indústria Tintas e vernizes /2013 1% Indústria Obras diversas de metais comuns /2013 1% Indústria Construção metálica /2013 1% Indústria Reatores nucleares, cladeiras,máquinas e instrumentos mecânicos e suas partes /2013 1% Indústria Fabricação de ferramentas /2013 1% Transportes Transporte Rodoviário de Carga /2013 1% Indústria Fabricação de forjados de aço /2013 1% Transportes Transporte Metroferroviário de Passageiros /2013 2% Indústria Parafusos, porcas e trefilados /2013 1% Transportes Transporte Ferroviário de Cargas /2013 1% Carga, Descarga e Armazenagem de Indústria Instrumentos óticos /2013 1% Transportes Contêineres Empresas de construção e de obras Serviços Suporte técnico informática /2013 2% Construção de infra-estrutura /2013 1% /2013 2% Construção Construção Civil /2013 2% Serviços Empresas jornalísticas /2013 1% Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores. 10 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
10 Expansão acelerada da quantidade de setores beneficiados estacionou em 56 segmentos da Economia Evolução do Nº de setores beneficiados por alteração de legislação Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores. 11 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
11 Crescimento da Renúncia se deu mais pela entrada de novos setores que por um padrão sazonal. Evolução da Desoneração da Folha de Salários % do PIB Fonte: RFB e BCB. Elaboração própria dos Autores. 12 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
12 RFB: Metodologia da Desoneração da Folha 13 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
13 Evolução mensal das Estimativas de Desoneração da Folha Em R$ Milhões Correntes R$ Milhões Mês Fonte: IBGE, STN Contribuição Prevideniária Teórica [A] S/ Folha (GPS) [B] Pagamentos Efetuados S/ Faturamento (DARF) [C] Total [D] = [B] + [C] Valor Renúncia [E] = [A] - [D] jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ nov/ dez/ º Total jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ nov/ dez/ º Total jan/ fev/ Total Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
14 Impacto % da entrada de novos setores no valor Renunciado (M/M-1) Variação Mês contra mesmo mês do ano anterior (M/M -1 ) Variação Mês contra mesmo mês do ano anterior (M/M -1 ) Fonte: RFB e BCB. Elaboração própria dos Autores. * Julho de 2013 contra Junho de Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
15 Contudo Governo alega não haver qualquer impacto no resultado da Previdência Social. MP 540/11 Art. 9 inciso IV a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social; As disposições sobre as estimativas estão regulamentadas na Portaria Conjunta RFB/STN/INSS/MPS nº 2, de 28 de março de Na referida portaria está previsto o prazo de quatro meses para que seja realizado o cálculo do impacto da Renúncia Desoneração da Folha de Salários :: Janela Quadrimestral Mês Caixa JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO Mês Apura çã o SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO Mês Caixa JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO Mês Apura çã o MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO 16 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
16 Com exceção de três meses (dez/12, abr/13 e jun/13) a Compensação sempre correu atrás da renúncia. Desoneração da Folha de Salários :: Descasamento de Fluxo Renúncia Mensal vs Compensação ao RGPS 17 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
17 Projeções de Renúncia do Ministério da Fazenda desaceleram. Desoneração da Folha de Salários Valor Realizado e Projeções pelo Ministério da Fazenda. 18 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
18 Evolução mensal das Estimativas de Desoneração da Folha Em % do PIB Fonte: IBGE, STN 19 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
19 Setor de Serviços avança na quantidade de contribuintes e na proporção dos vínculos, enquanto que as IT s correm na frente quanto ao número de segmentos. Estimativa de renúncia de Fevereiro/2014 em milhões Setor Quant. de Segmentos Renúncia R$ Milhões Correntes Quant. Vínculos Quant. Contribuintes R$/Vinculos R$/Cont. Total Indústria de Transformação Serviços Construção Demais Fonte: RFB, SPE/MF. Considera 13º Salário 20 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
20 Quantidade de Contribuintes que apresentaram a guia (GFIP) à Previdência Social em Fevereiro/2014 em mil Fonte: IBGE, STN 21 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
21 Quantidade de vínculos empregatícios junto aos Contribuintes que apresentaram a guia (GFIP) à Previdência Social em Fevereiro/2014 em milhões Fonte: IBGE, STN 22 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
22 Composição setorial dos Contribuintes em Fevereiro de 2014 Fonte: IBGE, STN 23 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
23 Custo da desoneração por número de contribuintes, em Fevereiro/2014 R$/contribuinte Setor CNAE R$/Cont. Setor CNAE R$/Cont. Transporte aéreo Máquinas, Aparelhos e materiais elétricos Máquinas e Equipamentos Papel e Celulose Couro Atividades de rádio e de televisão Produtos Quimicos Agricultura Pesca e Aquicultura Obras de infra-estrutura Telecomunicações Edição e edição integrada à impressão Equip. de Informática Transporte aquaviário Alimentos Veículos Automotores Armazenamento Produtos Farmacêuticos Metalurgia Outros equip. de Transporte Fonte: RFB. 24 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
24 Composição setorial dos Vínculos em Fevereiro/2014 Em % do total Fonte: IBGE, STN 25 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
25 Custo da Desoneração por Vínculo em Fevereiro/2014 Em R$/Vínculo Setor CNAE R$/Vínculo Setor CNAE R$/Vínculo Outros equip. de Transporte 914 Serviços de tecnologia da informação 257 Atividades de rádio e de televisão 902 Produtos Diversos 255 Transporte aquaviário 710 Telecomunicações 244 Transporte aéreo 682 Metalurgia 243 Produtos Farmacêuticos 658 Produtos Quimicos 237 Edição e edição integrada à impressão 374 Vestuário e Acessórios 232 Veículos Automotores 331 Couro 213 Impressão e Reprodução de Gravações 302 Têxtil 198 Papel e Celulose 301 Borracha e Plástico 192 Prestação de serviços de informação 272 Máquinas e Equipamentos 190 Fonte: RFB. 26 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
26 Composição setorial da renúncia com a desoneração em fevereiro/2014 em % do total Fonte: IBGE, STN 27 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
27 Composição por atividades econômicas da renúncia com a desoneração em fevereiro/2014 em % do total Fonte: IBGE, STN 28 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
28 Conclusões (desoneração) Renúncia elevada comprometeu desempenho da arrecadação da contribuição previdenciária. Indústria foi menos beneficiada que serviços e construção em diferentes enfoques setoriais da renúncia, dos vínculos e dos contribuintes. Desoneração da folha não mais atende objetivo inicial de melhorar competitividade industrial: MP para benefício permanente justificada pelo emprego (até para não demitir tanto) > no limite, desonerar até bancos e governos 29 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
29 Decomposição das Contribuições Previdenciária pelas Grandes Categorias. Acum. até Mai/14 em R$ Milhões Correntes e participação % do total. Fonte: STN, IBGE. Elaboração IBRE/FGV. 30 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
30 Composição das Contribuições Previdenciárias Por tipo de Receita 2013/14 - em R$ Milhões Correntes e % do total Descrição Mai/14 Abr/14 Mai/13 Part. % (*) Part. % (**) Total das Receitas de Contribuições ,0% - Empregados = Individual + Assalariado + Domestica + Segurados ,0% - Empregador Folha = Assalariados + Acidente ,3% - Empregador Folha Outros = Filantrópica + Governos Empregador Receita = Simples + Esportes + Rural + Sub + Rec Bruta ,5% ,8% - Parcelamentos + Judiciais ,4% - Demais ,0% - Empregadores Diferentes Base ,6% 100,0% Empregador Folha = Assalariados + Acidente ,3% 51,3% Empregador Folha Outros = Filantrópica + Governos Empregador Receita = Simples + Esportes + Rural + Sub + Rec Bruta ,5% 15,4% ,8% 33,2% Base Receita Bruta (Desoneração) ,0% 8,0% Empregado Folha ,2% 24,4% Empregador Folha ,8% 66,8% Fonte: STN/MF. Elaboração FGV/IBRE. *Participação % em relação ao Total das Receitas de Contribuições. **Participação % em Relação ao Total dos Empregadores de Diferentes Bases. 31 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
31 Relação entre Contribuições Previdenciárias e Massa Salarial nominal efetiva Contribuição Previdenciária como proporção da Massa Salarial Nominal Efetiva (%) Fonte: IBGE, STN Fonte: IBGE, STN, RFB. 32 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
32 Conclusões (reestruturação da receita) Desoneração da folha consolidou mudança de padrão na estrutura da receita previdenciária: produtor rural (CF 1988), Simples (anos 90), subrrogação, governos... Receita se tornou uma espécie de mini-sistema tributário: cada vez menos sobre folha salarial, cada vez mais sobre faturamento bruto > crescente razão arrecadação/massa salarial Novo padrão de financiamento da previdência social tem sido ignorado: necessário rever elasticidade (talvez mais vulnerável à recessão se vendas caem antes que emprego) 33 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
33 Evolução da Contribuição Previdenciária R$ Bilhões Constantes e Varação % do mês contra mesmo mês do ano anterior. Fonte: STN, IBGE. Elaboração IBRE/FGV. 34 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP)
34 Vilma da Conceição Pinto José Roberto Afonso
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