Conceitos sobre Manejo de Bacias Hidrográficas e Recuperação de Nascentes
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- Maria de Begonha Rico Fontes
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1 Conceitos sobre Manejo de Bacias Hidrográficas e Recuperação de Nascentes
2 Nosso papel... Promover uma melhor postura da população Mostrar os resultados a sociedade Manter vivos os programas de MBH Prevenção (melhor custo/benefício) Conceber estímulos (IE) ao uso racional do solo
3 Unidades de Conservação públicas e privadas (RPPN) Uso e ocupação do solo racional por privados Manejo de BH Averbação de Reserva Legal e Manutenção de APP s Recuperação de áreas degradadas e reflorestamento (fontes pontuais de produção de sedimentos) PSA como instrumento adicional para viabilização de ações de manejo de bacias
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5 Unidades de Conservação públicas e privadas (RPPN) Medidas Compensatórias Uso e ocupação do solo racional por privados Gestão de BH Cobrança pelo uso/poluição dos Recursos Hídricos Outorga de direito de uso Classificação dos Recursos Hídricos Controle de Poluição Estabelecimento de Comitês e Agências de Bacias Hidrográficas
6 Manejar Bacias Hidrográficas A partir da escolha da bacia
7 CICLO HIDROLÓGICO COMPORTAMENTO DA ÁGUA NA ATMOSFERA, SUPERFÍCIE TERRESTRE E SUBTERRÂNEA
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10 Ecossistema com maior integridade Maior diversidade biológica Maior estrutura de fauna e flora Maior número de funções Ajuste evolutivo Fortaleza do ecossistema Por isso: maior habilidade de reação sobre distúrbios ecossistema FORTE Ecossistema com menor integridade Menor diversidade biológica Menor estrutura da fauna e flora Menor número de funções DESajuste evolutivo Fraqueza do ecossistema Por isso: menor habilidade de reação distúrbios ecossistema FRACO sob
11 O PAPEL DAS FLORESTAS Regulação-microclimática Produtos florestais Proteção do solo Abrigo da flora e fauna Banco de sementes Recreação Melhoria da qualidade do ar Agregação de valor a paisagem Tonhasca Jr. (2004)
12 A Bacia Hidrográfica Área com limites físicos definidos, drenada por um rio principal e seus afluentes
13 É uma área delimitada por divisor topográfico onde as ações exercidas em suas encostas resultem em mudanças perceptíveis na qualidade e quantidade de água que podem ser monitoradas em um ponto comum préestabelecido. Microbacia Não é apenas uma bacia pequena...
14 Princípio da Ação e Reação em BH Ação Limites físicos da Microbacia ação Reação ação reação Qualquer ação dentro da microbacia vai interferir na Quantidade e Qualidade de água que pode ser monitorada à partir de um ponto comum, o exutório.
15 Bacias hidrográficas como unidade de planejamento Política Nacional de Recursos Hídricos USO MÚLTIPLO DA ÁGUA
16 Será que a água se comporta do mesmo jeito em toda a bacia?
17 Zonas Hidrogenéticas em Bacias Hidrográficas Zona de Captação (reforço de umidade) Zona de Transmissão (zona dinâmica) Zona de Afloramento (contribuição inicial)
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19 ZONA DE CAPTAÇÃO (ROFORÇO DE UMIDADE) Áreas mais elevadas junto ao divisor topográfico Solos profundos e permeáveis, fundamentais à recarga do lençol freático Podem ser constituídas pelos topos de morros e chapadas Tendência de predomínio da infiltração ZONA DE TRANSMISSÃO (DINÂMICA OU EROSÃO) Região com maiores variações de declividade Vertentes em declives favoráveis a processos erosivos Tendência de predomínio do escoamento superficial ZONA DE AFLORAMENTO (SEDIMENTAÇÃO) Áreas mais planas e baixas Há o afloramento do lençol freático Por ser mais baixa, há deposição de sedimentos Regulação de cheias
20 ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO EM BACIAS FUNDAMENTADAS NO PRÍNCIPIO DA AÇÃO REAÇÃO qualidade e quantidade de água das microbacias Foco 1. Área produtoras de ÁGUA 2. Áreas produtoras de SEDIMENTOS 1. CONSERVAÇÃO DE ÁREAS REMANESCENTES (ex: APP, Reserva Legal e áreas florestadas de cabeceira) 2. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS PERTURBADAS E DEGRADADAS
21 Manejando as zonas hidrogenéticas As principais técnicas de manejo devem buscar: > Aumentar a infiltração nas zonas de captação e consequente abastecimento do lençol freático; Topos de morro Áreas declivosas
22 > Respeitar a vegetação ciliar para regular a troca de água da calha com a várzea, evitando enchentes e liberando a água para a calha lentamente aumentando a perenidade dos rios. APREMAVI (2005) Mata ciliar Recuperação de área ciliar por isolamento da área (cerca) ou plantio de mudas. Piscicultura e proteção de área ciliar
23 > Reduzir as fontes poluidoras e de emissão de sedimentos, os riscos de erosão e assoreamento dos cursos d`água, principalmente nas zonas de transmissão; Pastagem em locais desapropriados, agricultura sem curva de nível, desbarrancamentos Manejo conservacionista do solo
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25 Monitoramento da qualidade água PROBLEMAS EM RELAÇÃO A QUALIDADE DA ÁGUA: FÍSICOS E QUÍMICOS
26 Estações fluviométricas
27 Pontos de monitoramento
28 Exutório da microbacia
29 Vertedores
30 Pluviógrafos Pluviômetros comercial Pluviômetros caseiro
31 Seções de controle Pontos de amostragem para análise da qualidade da água IAP (2005)
32 Equipamentos
33 TURBIDEZ
34 PH
35 Oxigênio dissolvido Interfere na abundância e sobrevivência de muitas formas de vida aquática
36 Fosfato
37 Amônia Tóxica para peixes
38 Ferro
39 Cloreto
40 Dureza Concentração sais principalmente os carbonatados Quando alta afeta a produção muco dos peixes
41 Bactérias
42 Outros tipos de monitoramento Carreamento de sedimentos (areia colorida) Velocidade fluxo (tinta não tóxica) Monitoramento erosão borda (vergalhões)
43 Como manter a qualidade das águas? Recuperação e proteção de nascentes e matas ciliares
44 O que é uma nascente? Nascente é um ponto em que a água brota do subsolo (lençol freático) dando origem a uma fonte de água de acúmulo (represa), ou cursos d água (igarapés, ribeirões e rios)
45 Nascentes sem cobertura vegetal Isolamento na paisagem/ risco de secar / ausência de árvores para dispersar sementes
46 Nascentes com remanescentes florestais Espécies adaptadas / regeneração natural / abrigo para fauna dispersora
47 Tratamentos diferenciados Cercamento e plantio de mudas Cercamento e regeneração natural
48 Espécies a serem utilizadas De crescimento lento; Com baixa demanda por água; Espécies herbáceas de brejo; DEVE-SE DAR PREFERÊNCIA ÀS ESPÉCIES ESPONTÂNEAS
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50 Zona de recarga protegida Nascente cercada
51 Bebedouros
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53 Fonte: Calheiros et al, 2004 Adaptado de Silveira 1984.
54 OBRIGADA!!
55 Agregando Valor às Propriedades e aos produtos dela retirados Artesanatos Sistemas Agro-Florestais Produtos florestais
56 Incentivos aos produtos não madeireiros
57 Agregação de valor aos produtos Cooperativas
58 Bracatinga Palmito Apicultura
59 Novas tecnologias Couro vegetal Couro de peixe tingido
60 Psicultura
61 Consórcio peixe/arroz
62 Criação de peixes ornamentais Acará Apaiari Peixe lápis
63 Criação de Unidades de Conservação Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Reserva Extrativista (RESEX)
64 Técnicas conservacionistas de uso do solo Plantio direto em faixas Adubação verde Bactérias fixadoras de nitrogênio
65 EXEMPLO DE LOCALIZAÇÃO
66 EX: BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO JOÃO SOS MA/INPE(2000) Bidegain & Volcher (2003) Fonte: INPE (2005)
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