Aula Demonstrativa. Direito Previdenciário. Direito Previdenciário Seguridade Social Professor: Moisés Moreira

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1 Direito Previdenciário Seguridade Social Professor: Moisés Moreira 0

2 Olá, pessoal! Sou o Professor Moisés Moreira e estou aqui para ajudá-los na aprovação para os cargos de Auditor do Tribunal de Contas do Estado do Pará! Nossa preparação está centrada no edital publicado pelo Cespe em 29/02/2016. Portanto, as aulas serão direcionadas para essa banca e traremos as questões mais recorrentes em Direito Previdenciário. Sabemos que essa matéria é uma das que mais sofrem mudanças. Por isso, é muito importante estarmos juntos neste percurso. A parceria e a troca de informações são fundamentais! Sei que estou aqui na companhia de lutadores e guerreiros, que não desistem e persistem em busca de seus sonhos. Jogo nesse time e, por isso, minha alegria e entusiasmo são ainda maiores! Compartilhando um pouco de minha história, para vocês terem ideia da profundidade de nossa parceria, tudo começou lá em 2003 quando, logo após sair da faculdade, ainda meio assustado diante das inúmeras possibilidades que a vida de recém-formado nos apresenta, decidi prestar o concurso para Analista do INSS. Foi o início de algo especial, com muito aprendizado, estudo e vontade de ir adiante... Aprovado no concurso, trabalhei numa Agência da Previdência Social entre 2003 e 2005, depois numa Gerência-Executiva (2006 a 2008) e, a partir de 2009, na Auditoria Interna do INSS. Em novembro de 2015, mudei-me para Brasília, onde atuo como Coordenador-Geral de Auditoria em Benefícios do INSS. 1

3 Nesse período, tive a oportunidade de lidar diariamente com as questões previdenciárias... E elas são tantas e com tantas nuances! Apaixonar-me pelo tema foi, então, o caminho natural. Começar a dar aulas, também... Perceberam por que estou aqui como amigo e parceiro de vocês? Vou ajudar a todos que estão começando, porque sei que vocês também chegaram até aqui em busca de algo especial! Do mesmo modo, vou ajudar a todos que, como eu, passaram por muitas etapas e jamais desistiram do sonho! Sou amigo dos que lutam! Um forte abraço! 2

4 Aula Conteúdo Programático (de acordo com o edital publicado em 29/02/2016) Seguridade Social Conceito, origem e evolução legislativa no Brasil, organização e princípios Regime Geral de Previdência Social Regime geral de previdência social. Segurados e dependentes. Filiação e inscrição. Carência. Acumulação de benefícios Regime Próprio de Previdência Social Disciplina constitucional, competência legislativa, aplicação subsidiária das normas do Regime Geral de Previdência Social, beneficiários e benefícios. Proibição de critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria. Proibição de proventos de aposentadorias e pensões superiores aos subsídios da atividade. Proibição de mais de uma aposentadoria dentro do RPPS. Preservação do valor real dos benefícios. Contagem recíproca de tempo de serviço/contribuição. Aproveitamento das contribuições pagas ao RGPS. Limitação dos proventos da inatividade. Proibição de contagem de tempo fictício. Benefícios devidos aos segurados do regime próprio de previdência dos servidores públicos. Lei nº 9.717/1998 e suas alterações. Lei nº /2004 e suas alterações. Alterações constitucionais e o direito adquirido dos servidores públicos. Pensão por morte. Aposentadoria no RPPS Emendas Constitucionais nº 20/98, nº 41/2003 e suas alterações, nº 47/2005 e nº 70/2012, regras permanentes e regras de transição, paridade e integralidade, aposentadoria por invalidez permanente, aposentadoria compulsória, aposentadoria do professor, aposentadoria especial. Lei Complementar nº 152, de 03 de dezembro de

5 04 05 Financiamento do regime previdenciário dos servidores públicos Contribuição dos servidores públicos em atividade, contribuição dos inativos e pensionistas, contribuição dos inativos e pensionistas portadores de doenças incapacitantes. Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Pará Lei Complementar Estadual nº 39, de 09 de janeiro de 2002 e alterações posteriores. A partir de agora iniciaremos nossos estudos. Qualquer dúvida ou sugestão, estou aqui! Nossa comunicação se dará, preferencialmente, pelo Fórum de Dúvidas do Ponto. Se vocês desejarem, também podem me encaminhar - moises.omoreira@gmail.com. É isso aí, meus amigos! Contem comigo! 4

6 Tópicos da Aula 1. Seguridade Social Noções Iniciais Conceito Origem e Evolução Legislativa no Brasil Organização e Princípios Constitucionais Organização Princípios Constitucionais Universalidade de Cobertura e Atendimento Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações Urbanas e Rurais Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços Irredutibilidade do Valor dos Benefícios Equidade na Forma de Participação no Custeio Diversidade da Base de Financiamento Caráter Democrático e Descentralizado da Administração Solidariedade Preexistência da Fonte de Custeio Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada Questões de concursos Gabarito comentado

7 1. Seguridade Social Estudar a Seguridade Social é adentrar numa das matérias mais interessantes do direito brasileiro, que envolve o dia a dia de milhões de trabalhadores e que é muito, mas muito cobrada em concursos públicos que trazem a matéria de previdenciário. Portanto, amigos, preparem suas mentes, aqueçam seus corações, apurem seus olhares, porque vamos dar início a nossa jornada! 1.1 Noções Iniciais O ramo do direito que cuida da Seguridade Social é o Direito Previdenciário. Este possui natureza de direito público e abrange o conjunto de regras e princípios relativos aos planos básicos e complementares de previdência social, bem como aos órgãos e entidades que atuam nessa área. As principais normas sobre Seguridade Social estão na Constituição Federal e nas Leis nº e de Direito previdenciário é o ramo do direito público que estuda os princípios e regras relativas à Seguridade Social. 1.2 Conceito Seguridade Social é a rede protetiva formada por ações do Estado e da sociedade, com vistas a garantir os direitos relativos à saúde, à assistência e à previdência. Esse conceito é extraído da própria Constituição que, em seu art. 194, afirma que a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de 6

8 iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Saúde, Assistência e Previdência são direitos sociais, os quais garantem condições mínimas para que as pessoas possam usufruir outros direitos. Os direitos sociais estão ligados ao Estado protecionista, que atua para proteger e amparar os indivíduos. DICA DE MEMORIZAÇÃO (Seguridade Social possui PAS) P A S P = Previdência A = Assistência S = Saúde A Seguridade Social é gênero do qual são espécies Saúde, Previdência e Assistência Social. Saúde e Assistência formam um sistema não contributivo. Já a Previdência compõe um sistema contributivo. Dessa forma, a Saúde será prestada a todos e a Assistência a quem desta precisar, sem que seja necessário contribuir. Porém, para usufruir os benefícios do INSS, a exemplo do auxílio-doença e da aposentadoria por idade, é necessário que as pessoas sejam seguradas, que contribuam para a previdência, ou que sejam dependentes dos segurados. Também é importante visualizarmos que Saúde, Assistência e Previdência são áreas que se correlacionam, são interdependentes. Desse modo, quanto maiores forem os investimentos em saúde, especialmente 7

9 em ações preventivas, menor será a quantidade de benefícios por incapacidade. Igualmente, investimentos em educação previdenciária, direcionados às pessoas mais jovens, de modo a conscientizá-las sobre a importância das contribuições, proporcionarão gastos menores em Assistência, haja vista que o número de necessitados tende a diminuir. Saúde: É direito de todos e dever do Estado! É gratuita e destinada a todos! Assistência: Será prestada a quem dela necessitar! Também é gratuita e se destina a quem dela precisar! Previdência: Será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória! É destinada aos beneficiários da Previdência, que são os segurados e dependentes! (Cespe Defensor Público DF) Julgue os itens a seguir, relativos à seguridade social e a acidente do trabalho. Nos termos da CF, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinadas a assegurar, exclusivamente, os direitos relativos à previdência e à assistência social. Comentário: O item está incorreto! A seguridade social compreende os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, nos termos do art. 194 da CF/88. Está errado afirmar, portanto, que assegura, exclusivamente, os direitos à previdência e à assistência social. 8

10 1.3 Origem e Evolução legislativa no Brasil Antes de falarmos sobre a evolução legislativa da Seguridade Social no Brasil, vamos tecer alguns comentários relacionados às origens e aos marcos históricos da proteção destinada a pessoas que se encontram em situações de fragilidade social. A origem da proteção pela sociedade remonta a tempos antigos. Inicialmente, era feita pelas próprias famílias em relação aos respectivos membros em dificuldades, sem participação direta do Estado. Além disso, havia as assistências voluntárias, que ocorriam quando pessoas estranhas ao grupo familiar se reuniam e forneciam ajuda àqueles que precisavam. Nesse sentido, o Cristianismo, cujos princípios básicos são a compaixão e a caridade, exerceu grande influência em favor das pessoas com maiores privações. Num momento posterior, também voltada para a proteção das pessoas carentes, foi editada na Inglaterra a chamada Lei dos Pobres Poor Relief Act. Este documento é considerado o marco da Assistência Social no mundo (Atenção! A Lei dos Pobres não possuía caráter previdenciário, mas sim assistencial!). Contudo, a participação do Estado na proteção social somente começa a se efetivar a partir do final do século XIX e início do século XX. A exacerbação das liberdades individuais e o afastamento do Estado em relação aos conflitos sociais, fatos ocorridos, principalmente, na segunda metade do século XVIII, ocasionaram desigualdades e ofensas à dignidade humana. Nos livros de história, constam relatos de trabalho infantil de até 15 horas diárias no período da revolução industrial. Houve lutas e reações diante dessa realidade. Direitos sociais foram, então, conquistados e o Estado passou a intervir mais diretamente na sociedade. Dessa forma, entre os anos 1883 a 1889, tem-se na Alemanha o chamado 9

11 modelo Bismarckiano, que previu o seguro-doença, cobertura obrigatória para acidentes de trabalho e o seguro de invalidez e velhice. Esse ordenamento foi criado por Otto Von Bismarck (chanceler do império alemão) e é considerado o grande marco da previdência social no mundo. O Estado se tornou responsável pela organização e gestão de um benefício custeado por contribuições recolhidas compulsoriamente das empresas. Na primeira metade do século XX, as conquistas relacionadas aos direitos sociais se tornaram ainda mais sólidas. A Constituição Mexicana de 1917 é um marco nesse sentido, sendo a primeira Constituição no mundo a adotar a expressão Previdência Social. Após, em 1919, veio a Constituição Alemã de Weimar. Ambas se referem à implementação de um modelo de Estado que viria a ter grande desenvolvimento na Europa e em boa parte do mundo - o Estado do bem-estar social (Walfare State). Nos Estados Unidos, a política do New Deal, baseada no modelo de intervenção do Estado na economia, adotada após a crise da bolsa de valores de 1929, inspirada no modelo do Estado do bem-estar social, proporcionou o desenvolvimento da proteção social e a criação de normas previdenciárias. Em 1935, por exemplo, a previdência foi oficialmente instituída como forma de proteção social por meio do Social Security Act. Mas o marco mundial da seguridade social foi o Plano Beveridge na Inglaterra, em Willian Henry Beveridge foi um economista e reformista social britânico que propôs, dentre outros assuntos, que todas as pessoas em idade para trabalhar deveriam pagar uma contribuição ao Estado. Esse valor seria utilizado posteriormente como subsídio para doentes, desempregados e viúvas. Tratava-se de um sistema que garantia a todos um estado mínimo, abaixo do qual ninguém deveria viver. Tem-se a sistematização da seguridade social do modo como a conhecemos hoje, com garantias a saúde, assistência e previdência. 10

12 O modelo Bismarckiano é criticado por sua dimensão restrita, vinculado apenas a empregados e empresas. No plano Beveridge a proteção social adquire um viés universal, voltada para todos, com vistas a assegurar direitos mínimos para uma existência digna. Marco da Assistência Social no mundo Poor Of Relief de 1601 na Inglaterra; Marco da Previdência Social no mundo Lei de Bismark de 1883 na Alemanha; Marco da Seguridade Social no mundo Plano Beveridge de 1942 na Inglaterra. (Cespe Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Acerca da seguridade social, julgue o item que se segue. Entre os principais marcos legislativos referentes à seguridade social incluemse a edição do Poor Relief Act (Lei dos Pobres), em 1601, na Inglaterra, e a criação do seguro-doença, em 1883, na Alemanha. Comentário: O item está correto, pois traz dois grandes marcos legislativos da seguridade social no mundo. De fato, em 1601, na Inglaterra, foi editada a Lei dos Pobres (Poor Relief Act), que trazia normas de auxílio e socorro aos necessitados. Por isso, é considerada como marco da assistência social. Entre os anos 1883 a 1889, tem-se na Alemanha o chamado modelo Bismarckiano, que previu o seguro-doença, cobertura obrigatória para acidentes de trabalho e o seguro de invalidez e velhice. Esse ordenamento foi criado por Otto Von 11

13 Bismarck (chanceler do império alemão) e é considerando o grande marco da previdência social no mundo. No Brasil, a origem e evolução legislativa da Seguridade Social seguem, em linhas gerais, os acontecimentos mundiais. No início da colonização do Brasil, por exemplo, existiam as Santas Casas de Misericórdia, como a de Santos, fundada em 1543, que são as primeiras manifestações protetivas de que se têm notícia no nosso país. A Constituição de 1824 tratou dos socorros públicos, dizendo, em seu art. 179, inciso XXXI, que A Constituição tambem garante os soccorros públicos. Em virtude do caráter protetivo que possuíam, merecem registro os Montepios surgidos no Brasil, a exemplo do Montepio Geral dos Servidores do Estado Mongeral -, de 1835, os quais eram de natureza mutualista, ou seja, baseavamse nas contribuições dos respectivos membros, de modo a formar um fundo a ser utilizado na cobertura de necessidades sociais dos próprios membros ou familiares. A Constituição de 1891 instituiu a aposentadoria por invalidez para os servidores públicos. Esse documento, contudo, não chega a ser considerado marco mundial da previdência, dado o caráter bastante restrito da abordagem (Conforme vimos, a Constituição do México de 1917 é a primeira nesse sentido). No ano de 1919, o Decreto Legislativo criou o Seguro de Acidente do Trabalho SAT, mas com natureza estritamente privada, sendo pago pelo empregador ao empregado acidentado, sem que houvesse participação do Estado. Mas, conforme entendimento da maioria dos estudiosos do Direito 12

14 Previdenciário, o grande marco da Previdência Social no Brasil é a Lei Eloy Chaves (Decreto-Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923), tendo em vista a estrutura e o desenvolvimento conferidos à Previdência a partir dessa Lei. Eloy de Miranda Chaves foi um importante político brasileiro da primeira metade do século XX. A Lei por ele criada instituiu as Caixas de Aposentadorias e Pensões - CAPs dos ferroviários, garantindo a estes trabalhadores os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária, pensão por morte e assistência médica. As CAPs eram ligadas a empresas e custeadas por contribuições destas e dos empregados. O Estado não participava da administração e gerenciamento das Caixas. Nos anos posteriores à Lei, houve expansão desse modelo de previdência, alcançando-se, inclusive, ramos diversos, a exemplo dos marítimos e dos portuários. Embora a Lei Eloy Chaves seja considerada o marco da Previdência Social no Brasil, é incorreto afirmar que antes dessa Lei não houve normas sobre Previdência. Conforme vimos, o Decreto 3.724, de 1919, criou o Seguro de Acidente do Trabalho SAT. Portanto, se a questão do concurso afirmar que a Lei Eloy Chaves é o marco da Previdência no Brasil, está correto. Porém, se afirmar que anteriormente a essa Lei não houve qualquer outra norma previdenciária, está errado. 13

15 (Funrio 2014 Analista INSS Direito) Qual foi a primeira norma legal a instituir a previdência social no Brasil? a) A Constituição de b) A Constituição de c) A Lei Áurea. d) A Lei Orgânica da Previdência Social de e) O Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923, conhecido como Lei Eloy Chaves. Comentário: A alternativa a ser marcada é a e. De fato, majoritariamente, o marco da previdência é a Lei Eloy Chaves, porque foi esta Lei que conferiu maior estrutura e proporcionou grande desenvolvimento à Previdência brasileira. Porém, é preciso cuidado, porque anteriormente à Lei citada, houve outros documentos que trataram da matéria previdenciária, ainda que de forma tímida e de modo restrito, a exemplo da Constituição de 1824 (que cuidou dos socorros públicos, que estão mais ligados à assistência e não à previdência!) e do Decreto 3.724, de 1919, que criou o Seguro de Acidente do Trabalho SAT. (Cespe 2007 Paraná Previdência Advogado Pleno) No Brasil, o primeiro texto constitucional a adotar e tratar da criação das casas de socorros públicos foi a Constituição da República de Comentário: A assertiva está correta. E aqui, uma vez mais, é importante registrar que o marco da Previdência Social no Brasil é a Lei Eloy Chaves de Contudo, houve documentos anteriores sobre a matéria securitária. Para a prova, é seguro adotar o seguinte: se afirmar que citada Lei é o marco da Previdência está correto. Porém, se afirmar que antes dessa Lei não havia qualquer outro documento sobre o assunto, aí está errado. 14

16 (Cespe 2010 Promotor de Justiça ES) Antes do Decreto Legislativo 4.682, de 24/1/1923, conhecido como Lei Eloy Chaves, não existia nenhuma legislação em matéria previdenciária no Brasil. Por esse motivo, o dia 24 de janeiro é considerado oficialmente o dia da previdência social. Comentário: O item está errado! O marco da previdência é a Lei Eloy Chaves, porque foi ela que conferiu maior estrutura e proporcionou grande desenvolvimento à Previdência brasileira. E não porque se trata da primeira norma nesse sentido! É preciso cuidado, porque anteriormente à Lei citada, houve outros documentos que trataram da matéria previdenciária, ainda que de forma tímida e de modo restrito, a exemplo do Decreto o Decreto 3.724, de 1919, criou o Seguro de Acidente do Trabalho SAT. Na década de 1930, com a urbanização mais acentuada do Brasil e o fortalecimento dos sindicatos, o modelo restrito a empresas se mostrou insuficiente e outro passou a ser adotado, a partir da unificação da maioria das CAPs existentes (havia cerca de 180!). Foram criados, então, os Institutos de Aposentadorias e Pensões - IAPs, vinculados a categorias profissionais, e não mais a empresas. É importante sabermos que o Estado passou a administrar os Institutos por meio das contribuições de empregados e empregadores, sendo iniciada a consolidação de um modelo previdenciário mais amplo. Havia os Institutos de Aposentadoria e Pensões dos marítimos - IAPM; dos bancários - IAPB; dos industriários - IAPI; dos comerciários - IAPC; dos empregados das empresas de transportes e cargas - IAPETEC. A Constituição de 1934 estabeleceu a tríplice forma de custeio (governo, trabalhadores e empregadores). Já a Constituição 1937 chega a utilizar a expressão "seguro social"; contudo, não avançou nesse tema. 15

17 Em 1942, por meio do Decreto-Lei n , foi criada a Legião Brasileira da Assistência Social - LBA. A Constituição de 1946 é inovadora e representa a primeira grande tentativa de sistematizar a proteção social e chega, inclusive, a utilizar a expressão "previdência social" em seu texto. Ao longo do período tratado acima existia diversidade de critérios para concessão de benefícios, sendo necessária a unificação e padronização das normas. O primeiro movimento nesse sentido ocorreu em 1960, com a publicação da Lei Orgânica da Previdência e Assistência Social - LOPS (Lei n ). Houve a unificação e uniformização dos critérios para concessão de benefícios existentes nas IAPs. No entanto, a estrutura destas é mantida. Em 1967, com o surgimento do Instituto Nacional de Previdência Social INPS (criado, na verdade, pelo Decreto-Lei n. 72/66; mas este somente entrou em vigor em 01/01/1967), houve a efetiva padronização de todos os critérios, consolidando-se um novo modelo e estrutura da previdência brasileira. Porém, tanto os trabalhadores rurais, como os domésticos estavam excluídos dessa estrutura. Tal situação começou a ser atenuada para os rurais ainda em 1963, quando a Lei criou o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural FUNRUAL. Porém, somente em 1971, com a criação do Programa de Assistência do Trabalhador Rural - PRORURAL, é que o trabalhador rural passou a ter direito às aposentadorias por velhice e por invalidez, pensão e auxílio funeral, no valor de meio salário mínimo, sem obrigatoriedade de contribuições. Quanto aos trabalhadores domésticos, somente em 1972, com a edição da Lei 16

18 5.859, é que lhes foram concedidos alguns direitos - esta Lei foi revogada em 01 de junho de 2015 pela Lei Complementar n Na sequência, com a criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social - SINPAS, pela Lei 6.439, de 1977, as atividades de saúde, previdência e assistências médica e social foram integradas mediante a reunião de vários órgãos e autarquias com funções próprias: INPS Instituto Nacional de Previdência Social responsável pela concessão e manutenção dos benefícios; IAPAS - Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social - responsável pela arrecadação, fiscalização e cobrança de contribuições e demais recursos; INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - área médica; LBA - Fundação Legião Brasileira de Assistência - assistência social; FUNABEM - Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor; CEME - Central de Medicamentos - distribuição de medicamentos; DATAPREV - Empresa de Processamento de dados da Previdência Social. Desses órgãos, somente a DATAPREV permanece em atividade. Ela é responsável pelos serviços de tecnologia da informação do Ministério da Previdência Social - MPS e, após 2007, com a Lei n , foi autorizada a prestar serviços ao Ministério da Fazenda. A lei 8.029, de 12 de abril de 1990, autorizou a criação do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a partir da junção do INPS e do IAPAS. Mas a criação efetiva do INSS se deu com o Decreto , de 27 de junho de

19 A Constituição de 1988 é que dá os contornos definitivos e atuais da seguridade social. É a primeira a promover completa sistematização de cunho protetivo, estabelecendo a organização e os princípios aplicáveis ao sistema! Existem ainda outras leis e alterações legislativas que merecem destaque: Lei de Plano de Organização e Custeio da Seguridade Social - PCSS; Lei de Plano de Benefícios da Seguridade Social - PBSS; Lei de Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS; Emenda Constitucional nº 20 de alterou as regras de aposentadoria; Decreto de aprova o Regulamento da Previdência social; Lei de criou a Secretaria da Receita Federal do Brasil, com funções de arrecadar, fiscalizar e cobrar. Conforme estudamos, a criação do INSS, em 1990, resultou da fusão do INPS e do IAPAS. Até hoje, existem pessoas que confundem e continuam a chamar o INSS de INPS! Isso ocorre porque era o INPS quem administrava os benefícios. Reparem que, desde então, o INSS passou a cuidar tanto da administração dos benefícios, quanto da arrecadação, cobrança e fiscalização das contribuições previdenciárias. 18

20 Em 2004, houve a criação da Secretaria da Receita Previdenciária SRP pela Medida Provisória nº 222, posteriormente convertida na Lei /2005, que passou a ser responsável por tais atribuições, passando o INSS a cuidar apenas da administração dos benefícios do RGPS. A SRP, por sua vez, foi extinta quando da criação da Receita Federal do Brasil, pela Lei /2007, a qual absorveu todas as atribuições da Secretaria. INSS concede e mantém benefícios previdenciários! Receita Federal arrecada, fiscaliza e cobra contribuições! (Cespe 2013 BACEN Procurador adaptada) Considerando a evolução histórico-legislativa e os princípios da seguridade social no Brasil, julgue o item a seguir. O INSS, importante órgão na estrutura da seguridade social brasileira, foi instituído no Brasil na década de noventa do século XX, como autarquia federal, mediante fusão do Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social com o Instituto Nacional de Previdência Social. COMENTÁRIOS: O item está correto! A criação do INSS foi autorizada com a Lei 8.029, de 12 de abril de 1990, como produto da fusão entre o Instituto Nacional de Previdência Social INPS e o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social IAPAS. 19

21 2. Organização e Princípios Constitucionais Depois de percorrermos toda a evolução histórica da Seguridade Social, chegou o momento de entendermos a sua organização e conhecermos seus princípios de forma detalhada. Vamos em frente! 2.1 Organização Conforme estudamos, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. De acordo com o art. 194, parágrafo único, da CF/88, compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 20

22 Reparem que a CF fala em objetivos e não em princípios da Seguridade Social. Apesar disso, podemos ficar tranquilos, porque ambas as expressões são empregadas num mesmo sentido, de modo que se o concurso trouxer qualquer uma delas, podem considerar a questão como correta. Conforme art. 194, parágrafo único, da CF/88, a Seguridade Social será organizada apenas pelo Poder Público e com base nos princípios (objetivos) citados. Cuidado para não confundir com o conceito: conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade.... Existem ainda outros princípios que, apesar de não constarem do rol citado, são aplicáveis à Seguridade Social, a exemplo da Solidariedade, da Preexistência da Fonte de Custeio e da Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada. Vamos aos princípios? 2.2 Princípios Constitucionais Universalidade de Cobertura e Atendimento Significa que a seguridade deve conferir ampla cobertura, abrangendo os riscos sociais (a exemplo da invalidez, idade avançada, morte) aspecto objetivo, bem como deve garantir o atendimento de todos aspecto subjetivo. Portanto, deve encampar o maior número possível de eventos, garantindo atendimento às pessoas que se enquadrarem nos requisitos legais. Assim, por exemplo, a incapacidade para o trabalho, se preenchidos os requisitos legais, gera atendimento e concessão de auxílio-doença. Em outras 21

23 palavras, a proteção do risco social relativo à incapacidade (cobertura) será destinada a todos que cumprirem os requisitos previdenciários (atendimento). Do mesmo modo, mas direcionado a qualquer pessoa, o tratamento de determinada doença (cobertura), tanto de brasileiros, como de estrangeiros (atendimento), poderá ser feito pelo sistema único de saúde. O princípio em estudo possui maior incidência na área da Saúde, pois esta é destinada a todos. Quanto à Assistência, destina-se a todos que sejam necessitados. Na Previdência, é preciso contribuição, pois somente os segurados e seus dependentes é que terão acesso aos benefícios previdenciários. Em atendimento ao princípio da universalidade de cobertura e atendimento é que foi facultada, para todo aquele que assim desejar, a possibilidade de contribuir para o RGPS, desde que não exerça atividade remunerada. Trata-se da figura do segurado facultativo Uniformidade e equivalência de benefícios e serviços entre urbanos e rurais Consiste na semelhança de tratamento aplicável à população urbana e rural. Resolve a antiga discrepância contida na legislação brasileira, acabando com o preconceito em relação aos rurais. 22

24 Qualquer diferenciação só poderá ser feita diante do princípio da igualdade material e com base na razoabilidade, sendo proibidos privilégios e discriminações preconceituosos. A própria Constituição Federal prevê distinções, a exemplo das contribuições diferenciadas para o pequeno produtor rural (art. 195, 8º). A uniformidade diz respeito aos eventos sociais a serem protegidos em relação aos rurais e aos urbanos. O tratamento deve ser igual quanto à cobertura da idade avançada, doença, morte. A equivalência está ligada ao valor dos benefícios e à qualidade dos serviços prestados, que devem ser equivalentes entre urbanos e rurais. Assim, por exemplo, o valor do benefício que substitua a renda do segurado urbano ou rural não pode ser inferior ao salário mínimo (CF, art. 201, 2º). Diferenças de requisitos podem existir, desde que devidamente justificadas. O que se proíbe é o tratamento preconceituoso ou desproporcional entre a população rural e urbana Seletividade e distributividade Refere-se à técnica utilizada para proteção dos direitos relativos à saúde, assistência e à previdência, cuja aplicação ocorre, especialmente, quando da elaboração das leis. Considerando que os recursos são limitados, selecionam-se os riscos de maior relevância social para serem protegidos. Depois, distribui-se a todos que se enquadrem nos requisitos legais. 23

25 A seletividade se relaciona, portanto, ao princípio da universalidade (mitigandoo), trazendo a ideia da reserva do possível : deve-se fazer aquilo que os recursos disponíveis proporcionam. A distributividade, por sua vez, pode ser observada nos benefícios previdenciários concedidos à população de baixa renda, a exemplo do saláriofamília e do auxílio-reclusão, assim como nos benefícios assistenciais de amparo ao idoso e à pessoa portadora de deficiência. A título de ilustração da seletividade e distributividade, basta visualizarmos o benefício de amparo social ao idoso: foram selecionados os maiores de 65 anos que não possuem condição de prover o próprio sustento ou de tê-lo provido por alguém da família, para que lhes fossem distribuído renda por meio desse benefício Irredutibilidade do valor dos benefícios Consiste na proibição de diminuição do valor dos benefícios. Assim, por exemplo, se a aposentadoria de João foi concedida no valor de R$1.000,00, este valor não poderá ser reduzido; não se aplica, por exemplo, aquela regra do Direito do Trabalho que autoriza redução do salário por Acordo ou Convenção Coletiva. Segundo o Supremo Tribunal Federal STF, a irredutibilidade prevista no art. 167, parágrafo único, inciso IV, da CF/88, visa a proteger apenas o valor nominal dos benefícios (irredutibilidade nominal) ganho mil, tenho de continuar a ganhar, pelo menos, mil! 24

26 Porém, especificamente para a Previdência, tem-se garantido, além da nominal, outro tipo de irredutibilidade, a real, de modo que o reajuste dos benefícios previdenciários deve garantir, pelo menos, a recomposição das perdas geradas pela inflação. Atualmente se utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC. Assim, por exemplo, Pedro recebe R$2.000,00 a título de aposentadoria por idade. Após um ano, se a inflação no período foi de 10%, o benefício de Pedro deverá ser reajustado para, pelo menos, R$2.200,00 (10% x R$2.000,00). Sobre a irredutibilidade real, leia-se o que diz o art. 201, 4º, da Constituição: Art A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Conforme consta do art. 194, parágrafo único, IV, a irredutibilidade se refere tão somente ao valor dos benefícios. Não se aplica aos serviços! 25

27 Na análise das questões de concursos sobre o tema, tenha o seguinte cuidado: Quando a questão fizer referência à jurisprudência do STF, deve-se considerar que o princípio da irredutibilidade assegura apenas a manutenção do valor nominal dos benefícios; Porém, se a questão não se referir à jurisprudência, afirmando que a irredutibilidade visa à preservação do poder aquisitivo, deverá ser considerada correta, pois, apesar de não ser a orientação do STF, é o que consta no art. 1º, IV, do Decreto 3.048/99; Se mencionar apenas a previdência social, estão presentes tanto a irredutibilidade nominal, quanto a real, pois é o que consta tanto da Constituição quanto da Lei Mas atenção! Não devemos relacionar o valor dos benefícios ao valor do salário mínimo. Muitos fazem essa vinculação, dizendo, por exemplo, que quando se aposentaram recebiam 10 salários mínimos, mas que com o tempo, o valor do benefício foi diminuindo, correspondendo a 5 salários atualmente. Não se deve fazer essa relação! A diminuição refere-se ao fato de que o índice de reajustamento dos benefícios concedidos em valor superior ao mínimo é inferior ao índice utilizado para o aumento deste Equidade de participação no custeio Equidade significa aplicação de critérios de justiça ao caso concreto. Assim, na seguridade social, esse princípio exige que as contribuições correspondam aos ganhos, de maneira que aquele que pode mais, contribui com valor maior - observa-se a capacidade contributiva. 26

28 De modo semelhante, quanto maior o risco de a atividade exercida gerar contingências de cobertura (acidentes de trabalho, por exemplo), maior deverá ser a contribuição. Nesse sentido, dispõe o 9º, do art. 195, da Constituição Federal, que as contribuições sociais poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. Para ficar bem claro, outro exemplo de aplicação do princípio da equidade de participação no custeio é o da tabela de contribuição progressiva para os segurados empregados, trabalhadores avulsos e empregados domésticos, calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o salário de contribuição mensal (8%, 9% ou 11%) Diversidade da base de financiamento Significa que as fontes de custeio e financiamento da Seguridade Social devem ser as mais variadas possíveis. O objetivo é garantir a sustentabilidade do sistema, evitando-se que a crise num setor prejudique a solvibilidade financeira de toda a Seguridade. Nesse sentido, dispõe o art. 195, da Constituição Federal, que a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 27

29 I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - dos trabalhadores; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Ainda no âmbito desse princípio, de acordo com o art. 195, 4º, da CF, está autorizada a criação de novas contribuições sociais além daquelas previstas nos incisos I a IV do art Essas novas contribuições somente podem ser cridas mediante lei complementar e fazem parte da denominada competência residual da União Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação do governo, trabalhadores, empregados e aposentados nos órgãos colegiados. Este princípio garante que as decisões envolvendo a seguridade social considerem diferentes esferas de interesses, visando à condução democrática e descentralizada da administração. A título de exemplo, cite-se o Conselho Nacional da Previdência Social CNPS, 28

30 instituído pelo art. 3º, da Lei n /91, composto por seis representantes do governo federal, três dos aposentados e pensionistas, três dos trabalhadores em atividade e três dos empregadores. Compete ao CNPS, dentre outros, estabelecer as diretrizes gerais e apreciar as decisões de política aplicáveis à Previdência Social. Cuidado na hora de resolver as questões. Olhem só como o Cespe tentou enganar os candidatos na prova de Defensor Público do Distrito Federal de 2013: Entre os objetivos em que se baseia a organização da seguridade social no Brasil inclui-se o caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão tripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores e do governo nos órgãos colegiados. A assertiva está incorreta! A gestão, na verdade, nos termos do art. 194, VII, é quadripartite e não tripartite! Solidariedade Por este princípio, a contribuição para a seguridade social deverá ser feita independentemente de o benefício ou serviço da Seguridade Social virem a ser usufruídos. Constitui o fundamento do próprio sistema: uma geração de pessoas contribui para garantir o benefício de outra, e dentro da própria geração as pessoas contribuem não para si mesmas, mas para o todo. 29

31 De acordo com o art. 3º, I, da CF/88, constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, dentre outros, construir uma sociedade livre, justa e solidária. É por causa desse princípio que um jovem de 19 anos, acidentado em seu primeiro dia de trabalho, sem efetuar nenhuma contribuição, tem direito à proteção previdenciária. De forma semelhante, em função da solidariedade, o aposentado que retorna ao trabalho é obrigado a contribuir, ainda que não possa obter, em regra, novo benefício previdenciário Preexistência da Fonte de Custeio Segundo esse princípio, também conhecido por Princípio da Preexistência, Contrapartida ou Antecedência da Fonte de Custeio, nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total (art. 195, 5, CF). O objetivo é garantir uma gestão responsável da seguridade social, pois a criação de benefícios e serviços exige a existência prévia de recursos públicos, devendo o ato instituidor indicar expressamente a respectiva fonte de custeio, para que seja mantida a correspondência entre despesas e receitas públicas. Segundo o STF, o princípio da prévia fonte de custeio somente diz respeito à seguridade social financiada por toda a sociedade, sendo alheio às entidades de previdência privada (RE AgR, de 29/03/2011, 2ª Turma). 30

32 (Esaf 2009 Auditor da Receita Federal do Brasil) A respeito do financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal e da legislação de custeio previdenciária, assinale a opção correta. a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social pode contratar com o poder público federal. b) Lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na Constituição Federal. c) Podem-se criar benefícios previdenciários para inativos por meio de decreto legislativo. d) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas noventa dias após a publicação da lei. e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas entidades beneficentes de utilidade pública distrital e municipal. COMENTÁRIOS: A alternativa correta é a d, pois trata do princípio da anterioridade nonagesimal ou mitigada, a qual se aplica às contribuições sociais. A a erra ao dizer que a pessoa jurídica em débito com a seguridade social pode contratar com o Poder Público; na verdade, nos termos do 3º do art. 195 da CF/88, a pessoa jurídica nessa situação, além de não poder contratar com o Poder Público, não poderá receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. A b está errada por afirmar que lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além daquelas previstas na CF; na realidade, somente lei complementar poderá fazê-lo. A c erra ao dizer que os benefícios podem ser criados por decreto legislativo; na realidade, tem de haver lei. A e está errada; na verdade, a imunidade é para as entidades beneficentes que atendam às exigências previstas em lei. 31

33 Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada Para as contribuições sociais, aplica-se a chamada anterioridade nonagesimal, pois, conforme o 6º, do art. 195, da CF, as contribuições sociais só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". É preciso muito cuidado, pois, o princípio da anterioridade, segundo o qual o tributo não poderá ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou (art. 150, III, b, da CF/88), não se aplica às contribuições sociais, as quais podem ser cobradas no mesmo exercício financeiro em que foram instituídas ou majoradas. Portanto, amigos, no âmbito da Seguridade Social, incide apenas a anterioridade nonagesimal ou mitigada! 3. Questões de concursos Questão 01 - (Cespe Defensor Público DF) Julgue os itens a seguir, relativos à seguridade social e a acidente do trabalho. Nos termos da CF, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinadas a assegurar, exclusivamente, os direitos relativos à previdência e à assistência social. Questão 02 - (Cespe Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Acerca da seguridade social, julgue o item que se segue. Entre os principais marcos legislativos referentes à seguridade social incluem-se a edição do Poor Relief Act (Lei dos Pobres), em 1601, na Inglaterra, e a criação do seguro-doença, em 1883, na Alemanha. Questão 03 - (Funrio 2014 Analista INSS Direito) Qual foi a primeira 32

34 norma legal a instituir a previdência social no Brasil? a) A Constituição de b) A Constituição de c) A Lei Áurea. d) A Lei Orgânica da Previdência Social de e) O Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923, conhecido como Lei Eloy Chaves. Questão 04 - (Cespe 2007 Paraná Previdência Advogado Pleno) No Brasil, o primeiro texto constitucional a adotar e tratar da criação das casas de socorros públicos foi a Constituição da República de Questão 05 - (Cespe 2010 Promotor de Justiça ES) Antes do Decreto Legislativo 4.682, de 24/1/1923, conhecido como Lei Eloy Chaves, não existia nenhuma legislação em matéria previdenciária no Brasil. Por esse motivo, o dia 24 de janeiro é considerado oficialmente o dia da previdência social. Questão 06 - (Cespe 2013 BACEN Procurador adaptada) Considerando a evolução histórico-legislativa e os princípios da seguridade social no Brasil, julgue o item a seguir. O INSS, importante órgão na estrutura da seguridade social brasileira, foi instituído no Brasil na década de noventa do século XX, como autarquia federal, mediante fusão do Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social com o Instituto Nacional de Previdência Social. Questão 07 - (Esaf 2009 Auditor da Receita Federal do Brasil) A respeito do financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal e da legislação de custeio previdenciária, assinale a opção correta. a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social pode contratar com o poder público federal. b) Lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na Constituição Federal. 33

35 c) Podem-se criar benefícios previdenciários para inativos por meio de decreto legislativo. d) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas noventa dias após a publicação da lei. e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas entidades beneficentes de utilidade pública distrital e municipal. Questão 08 - (Cespe 2013 BACEN Procurador adaptada) Considerando a evolução histórico-legislativa e os princípios da seguridade social no Brasil, julgue o item a seguir. O INSS, importante órgão na estrutura da seguridade social brasileira, foi instituído no Brasil na década de noventa do século XX, como autarquia federal, mediante fusão do Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social com o Instituto Nacional de Previdência Social. Questão 09 - (Esaf 2005 Auditor da Receita Federal do Brasil Área Tributária e Aduaneira) Com relação às contribuições sociais, no âmbito da seguridade social, é correto afirmar: a) As contribuições sociais, de que trata o art. 195 da CF/88, só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, da Carta Magna. b) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser exigidas após decorridos cento e oitenta dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, da Carta Magna. c) São isentas de contribuição para a seguridade social todas as entidades de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei complementar. d) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da assinatura da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, da 34

36 Carta Magna. e) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser criadas e exigidas após decorridos noventa dias da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, da Carta Magna. Questão 10 (Cespe Analista Legislativo Câmara dos Deputados) Com relação à evolução histórica e à organização institucional da previdência social, julgue o item a seguir. Embora a Lei Eloy Chaves, de 1923, seja considerada, na doutrina majoritária, o marco da previdência social no Brasil, apenas em 1960, com a aprovação da Lei Orgânica da Previdência Social, houve a uniformização do regramento de concessão dos benefícios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensão então existentes. Questão 11 (Cespe Analista Legislativo Câmara dos Deputados) Com relação à evolução histórica e à organização institucional da previdência social, julgue o item a seguir. A Constituição de Weimar, de 1919, foi o primeiro diploma legal de magnitude constitucional em que se tratou de tema previdenciário. Questão 12 - (Cespe Analista Legislativo Câmara dos Deputados) Com relação à evolução histórica e à organização institucional da previdência social, julgue o item a seguir. A Constituição Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere à fonte do custeio previdenciário, que passou a ser tríplice, provinda de contribuições do Estado, do trabalhador e do empregador. Questão 13 (CEPER Rioprevidência - Especialista em Previdência Social) Em termos históricos, considera-se a Alemanha da época do Chanceler Bismarck como o local do nascedouro das prestações previdenciárias. Coube ao citado estadista aprovar no parlamento o: 35

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