O Regime Geral da Previdência Social (RGPS)

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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ECONOMIA SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO RS Convênio FACE/PUCRS e SESCON-RS Relatório 18 O Regime Geral da Previdência Social (RGPS) Gustavo Inácio de Moraes Milton Andre Stella Pedro Tonon Zuanazzi Pedro Henrique Cabral Setembro de 2015

2 Introdução Atualmente, o sistema previdenciário brasileiro conta com três categorias: Regime Geral de Previdência Social, Regimes Próprios de Previdência Social e a Previdência Complementar. Além disso, há a assistência social, muitas vezes tratada como previdência mas que, oficialmente, não possui característica previdenciária uma vez que não há contribuições. O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) possui caráter contributivo e de filiação obrigatória, incluindo todos os indivíduos que contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): Dentre os contribuintes, encontram-se os empregadores, empregados assalariados, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais. O RGPS tem suas políticas elaboradas pelo Ministério da Previdência Social (MPS) e executadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia federal a ele vinculada. Seu funcionamento é em regime de repartição simples, onde os trabalhadores em atividade financiam os inativos na expectativa de que, no futuro, outra geração de trabalhadores sustentará a sua inatividade. Todo trabalhador com carteira assinada é automaticamente filiado à Previdência Social. Quem trabalha por conta própria precisa se inscrever e contribuir mensalmente para ter acesso aos benefícios previdenciários, assim como pessoas sem renda própria, como donas de casa e estudantes. Os principais benefícios do RGPS são: Aposentadoria por idade, Aposentadoria por invalidez, Aposentadoria por tempo de contribuição, Aposentadoria especial, Auxílio-doença, Auxílio acidente, Auxílio reclusão, Pensão por morte, Salário-maternidade, Salário-família e Assistência Social. O seguro-desemprego não faz parte dessa lista, uma vez que está vinculado ao Ministério do Trabalho e do Emprego que disponibiliza o seguro com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Da lista acima, destaca-se os quatro tipos de aposentadoria. A aposentadoria por idade, por exemplo, é concedida aos homens com 65 anos de idade e às mulheres com 60 anos, sendo atualmente necessárias 180 contribuições. Já entre os trabalhadores rurais, os homens se aposentam por idade aos 60 anos e as mulheres, aos 55 (sem a necessidade de contribuições). No caso da aposentadoria por tempo de contribuição, são necessários 35 anos de contribuição para o trabalhador do sexo masculino e 30 anos para as mulheres. Algumas categorias, como a dos professores, têm um tempo de contribuição diferenciado (30 anos para os homens e 25 para as mulheres). A aposentadoria por invalidez é concedida quando a perícia médica do INSS considera a pessoa totalmente incapaz para o trabalho, seja por motivo de doença ou acidente. Existe ainda a aposentadoria especial, destinada aos trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde, sejam físicos, químicos ou biológicos. A Demografia importa Uma vez que o RGPS abrange a maior parte da população e funciona como um Regime de repartição simples, questões demográficas como a taxa de crescimento da população e o seu envelhecimento influenciam diretamente no Regime. A Tabela 1 apresenta a média anual de crescimento populacional para o Brasil por década, estimada e projetada, para o período Como é possível verificar, as taxas de crescimento populacional estão se reduzindo e deverão se tornar negativas a partir da década de

3 Tabela 1 - Taxa de crescimento populacional - Média anual por década ,9% ,5% ,8% ,6% ,2% ,1% ,5% ,2% ,1% ,4% Fonte: IBGE - Projeção Populacional - Revisão 2013 Não obstante, a estrutura etária do país vem sofrendo um processo de transformação. Com a redução da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida, o contingente de idosos na população vem aumentando significativamente, enquanto que a população jovem vem diminuindo (Gráfico 1). Gráfico 1 Idade Pirâmide etária do Brasil, 2000, 2015 e Homens Mulheres Fonte dos dados brutos: Projeções Populacionais IBGE - Revisão O aumento da expectativa de vida tem contribuído fortemente para o crescimento da proporção de idosos. A Tabela 2 apresenta a evolução da expectativa de sobrevida no país entre 2002 e 2012, sendo possível notar um aumento considerável. Enquanto que uma mulher com 55 anos vivia, em média, mais 25,9 anos em 2002, em 2012 ela vivia em média mais 27,4 anos, o que representa 1,5 anos de aumento de sobrevida no período. Tabela 2 - Expectativa de Sobrevida por idade, 2002 e 2012 Idade Homem Mulher Homem Mulher 50 26,1 30,0 27,3 31, ,4 25,9 23,4 27, ,0 21,9 19,8 23, ,8 18,3 16,3 19, ,0 15,0 13,2 15,7 Fonte: IBGE (Tábuas de Mortalidade) 3

4 R$ Esse contexto demográfico acaba por impactar na quantidade de benefícios emitidos para o RGPS (estoque). O Gráfico 2 apresenta a quantidade de benefícios emitidos pela previdência social entre 2004 e Nesse período, o número de beneficiários aumentou de 20,5 milhões para 27,8 milhões (um crescimento de 36%). Gráfico 2 - Evolução da Quantidade de Benefícios Emitidos de aposentadorias pelo RGPS, Em milhões a 2014 (dezembro) 30,00 28,00 26,00 24,00 22,00 20,00 18,00 16,00 20,5 6,9 21,2 7,1 21,6 7,3 22,1 7,5 22,8 7,7 23,5 8,0 24,4 8,2 25,2 8,5 26,0 8,7 27,0 9,0 27,8 9,2 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 13,6 14,0 14,3 14,6 15,0 15,5 16,2 16,7 17,3 18,1 18,7 4,00 2,00,00 2,6 2,8 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 4,0 4,2 4, Urbano Rural Assistencial Concomitantemente, houve um crescimento de 15,4% do salário médio real dos aposentados entre 2007 e 2014 (Gráfico 3), passando de R$ 927,40 para R$ 1.069,92 (corrigido pelo INPC a preços de Dezembro de 2014). De fato, 69,1% dos beneficiários do RGPS ganhavam, em 2014, até 1 salário mínimo, e apena 2,9% ganhavam mais de 4 salários (Gráfico 4). Gráfico 3 - Valor Médio Real dos Benefícios Pagos pelo RGPS (2007 a 2014) Média de Janeiro a Dezembro de cada ano Em R$ de Dez/2014 (INPC) 1.100, , , , , , , ,68 976,85 950,00 927,40 931,56 900, Nota: Inclui apenas os benefícios previdenciários e acidentários 4

5 Valores, em Salários Mínimos Gráfico 4 - Distribuição de Benefícios Emitidos, segundo faixas de Valores Em Pisos Previdenciários (Posição em Dezembro/2014) mais de = 1 37,81% 42,13% 20,05% < < 1 = mais de 8 Urbanos 676, , , , ,2 746,2 178,4 13,1 2,6 5,4 Rurais 71, ,8 48,3 6,8 1,9 0,6 0,1 0,0 0,0 - Assistenciais 8, ,2 0, Milhares de benefícios Nota: Valores menores que 1 SM são relacionados a pessoas que contribuiram com carga horária reduzida) Uma análise das receitas e das despesas do RGPS Apesar do envelhecimento populacional e do aumento do número de benefícios, até 2014 o RGPS Urbano vem sendo superavitário, sendo que de 2010 a 2012 as receitas cresceram mais do que as despesas (Gráfico 5 - valores corrigidos pelo INPC). Em 2014, com uma despesa de R$ 312,7 bilhões e uma receita de R$ 338,6 bilhões, o RGPS obteve um superávit de R$ 25,9 bilhões. Gráfico 5 - Arrecadação Líquida, Despesa com Benefícios e Resultado Previdenciário RGPS URBANO Acumulado de Janeiro a Dezembro (2010 a 2014) Em R$ Bilhões de Dez/14 (INPC) 350,0 300,0 250,0 268,5 258,0 9,0% 3,8% 292,6 267,9 6,4% 5,8% 311,5 283,4 4,8% 6,0% 326,6 300,4 3,7% 4,1% 338,6 312,7 200,0 150,0 100,0 50,0 10,5 135,1% 24,8 13,4% 28,1 (6,9%) 26,2 (1,0%) 25,9 0, Arrecadação Líquida Urbana Benefícios Previdenciários Urbano Resultado Previdenciário Urbano (Superávit) 5

6 Se compararmos as receitas e despesas em relação ao PIB, podemos verificar que em 2014 as despesas do RGPS urbano representaram 5,9% do PIB, enquanto que as receitas foram equivalentes a 6,4%, o que gerou um superávit de 0,5% do PIB. Gráfico 6 - Arrecadação Líquida, Despesa com Benefícios e Resultado Previdenciário em relação ao PIB (Em %) RGPS URBANO 7,0 6,0 5,5 5,8 5,3 5,3 6,1 6,2 5,6 5,7 6,4 5,9 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,2 0,5 0,6 0,5 0,5 0, Arrecadação Líquida Urbana / PIB Benefícios Previdenciários Urbano / PIB Resultado Previdenciário Urbano (Superávit) / PIB Entretanto, salienta-se que o Brasil está encerrando, atualmente, um período de quase pleno emprego, tendo havido um elevado aumento da população com carteira assinada nos últimos anos. O Gráfico 7 apresenta a evolução do percentual da população ocupada de 16 a 59 que possui proteção previdenciária (entre 1992 e 2013). Como é possível verificar, o aumento significativo desde 2004 tem contribuído para o aumento da arrecadação do RGPS. Em contrapartida, em 2015 temos observado um aumento do desemprego, o que nos indica que o superávit da previdência urbana deverá diminuir em breve. Gráfico 7 - Evolução da Proteção Previdenciária da População Ocupada (16 a 59 anos) 1992 a 2013 Fonte: Secretaria de Políticas de Previdência Social (Elaborado com base nas PNADs) 6

7 Aliado a isso, se analisarmos a situação da previdência rural encontramos um cenário bem distinto. Uma vez que não são exigidas contribuições dos trabalhadores do meio rural, a arrecadação da previdência social é mínima, originando um déficit bastante elevado. Em 2014 a necessidade de financiamento foi de R$ 84 bilhões de reais (Gráfico 8), o que representou 1,6% do PIB (Gráfico 9). No entanto, muitos autores defendem que a Previdência Rural deveria ser contabilizada como assistência social, pois por não ser necessárias contribuições, não teria características de previdência. Gráfico 8 - Arrecadação Líquida, Despesa com Benefícios e Resultado Previdenciário RGPS RURAL Acumulado de Janeiro a Dezembro (2010 a 2014) Em R$ Bilhões de Dez/14 (INPC) 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 72,8 66,6 2,7% 2,6% 74,8 68,3 9,8% 10,6% 82,2 75,5 6,2% 6,7% 87,3 80,6 4,0% 4,2% 90,8 84,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 6,2 4,4% 2,1% 0,4% 6,5 6,7 6,7 2,2% 6,8 0, Arrecadação Líquida Rural Benefícios Previdenciários Rural Necessidade de Financiamento Rural Gráfico 9 - Arrecadação Líquida, Despesa com Benefícios e Resultado Previdenciário em relação ao PIB (Em %) RGPS RURAL 1,8 1,6 1,5 1,5 1,6 1,5 1,7 1,5 1,7 1,6 1,4 1,4 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0, Arrecadação Líquida Rural / PIB Benefícios Previdenciários Rural / PIB Necessidade de Financiamento Rural / PIB 7

8 Dessa forma, quando somamos os resultados urbano e rural, temos que o RGPS apresentou em 2014 uma despesa de R$ 403,5 bilhões (7,6% do PIB) e uma receita de R$ 345,4 bilhões (6,5% do PIB), o que impactou em uma necessidade de financiamento de R$ 58,1 bilhões, ou seja, 1,1% do PIB (Gráficos 10 e 11). Gráfico 10 - Arrecadação Líquida, Despesa com Benefícios e Necessidade de Financiamento Acumulado de Janeiro a Dezembro (2010 a 2014) RGPS Em R$ Bilhões de Dez/14 (INPC) 450,0 400,0 350,0 300,0 250,0 330,8 274,8 3,6% 8,9% 342,7 299,2 6,7% 6,4% 365,6 318,2 6,1% 4,8% 387,7 333,3 4,1% 3,6% 403,5 345,4 200,0 150,0 100,0 50,0 56,0 (22,3%) 43,5 9,0% 47,4 14,8% 54,5 6,7% 58,1 0, Arrecadação Líquida Benefícios Previdenciários Necessidade de Financiamento Gráfico 11 - Arrecadação Líquida, Despesa com Benefícios e Necessidade de Financiamento RGPS em relação ao PIB (Em %) 8,0 7,2 7,4 7,6 7,0 6,0 5,6 6,8 6,8 5,9 6,3 6,3 6,5 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 1,1 0,9 0,9 1,0 1,1 0, Arrecadação Líquida / PIB Benefícios Previdenciários / PIB Necessidade de Financiamento / PIB Projeções para o RGPS Para projetar os parâmetros do RGPS é preciso realizar um amplo conjunto de suposições, desde as tendências demográficas até o crescimento econômico, a inflação e o comportamento do mercado de trabalho. 8

9 Os resultados abaixo, realizados pela Secretaria de Políticas de Previdência Social (SPPS) fazem uma análise conservadora das regras de aposentadoria, considerando que as regras atuais não serão alteradas (que não haverão postergações de idade, por exemplo). A Tabela 3 apresenta as suposições adotadas pela SPPS/MPS e pela SPE/MF para a realização das projeções de longo prazo. Essas hipóteses foram elaboradas em 02/04/2015, tendo o cenário econômico piorado desde então. Empregou-se, por exemplo, a hipótese de que o PIB apresentaria crescimento real já em 2016, ou seja, de que teríamos uma recuperação rápida da crise atual, o que mais recentemente vem sendo refutado. Além disso, aplicou-se a taxa de inflação de 3,5% para a partir de 2019 aliado a um aumento de 6,09% do salário mínimo após esse período, suposições que não necessariamente ocorrerão. Projeções demográficas de envelhecimento da população estão embutidas nessas hipóteses. Tabela 3 - Evolução das principais variáveis para projeção de longo prazo /2060 Exercício Massa Salarial Crescimento Vegetativo Taxa de Inflação Anual (INPC Acumulado) Variação Real do PIB Reajuste do Salário Mínimo Reajuste dos Demais Benefícios ,94% 4,00% 6,23% 0,15% 6,78% 5,56% ,46% 3,53% 8,22% -0,92% 8,84% 6,23% ,53% 3,50% 5,40% 1,30% 8,38% 8,22% ,69% 3,46% 5,40% 1,90% 5,40% 5,40% ,77% 3,42% 5,15% 2,40% 6,77% 5,40% ,53% 3,40% 3,50% 3,89% 6,09% 3,50% ,49% 3,37% 3,50% 3,86% 6,09% 3,50% ,32% 3,33% 3,50% 3,69% 6,09% 3,50% ,33% 3,25% 3,50% 3,70% 6,09% 3,50% ,24% 3,20% 3,50% 3,61% 6,09% 3,50% ,70% 3,12% 3,50% 4,06% 6,09% 3,50% ,12% 3,06% 3,50% 3,49% 6,09% 3,50% ,06% 2,96% 3,50% 3,44% 6,09% 3,50% ,82% 2,89% 3,50% 3,21% 6,09% 3,50% ,75% 2,84% 3,50% 3,14% 6,09% 3,50% ,57% 2,77% 3,50% 2,97% 6,09% 3,50% ,43% 2,74% 3,50% 2,83% 6,09% 3,50% ,39% 2,70% 3,50% 2,80% 6,09% 3,50% ,19% 2,66% 3,50% 2,60% 6,09% 3,50% ,15% 2,62% 3,50% 2,56% 6,09% 3,50% ,95% 2,59% 3,50% 2,37% 6,09% 3,50% ,90% 2,57% 3,50% 2,32% 6,09% 3,50% ,81% 2,55% 3,50% 2,23% 6,09% 3,50% ,71% 2,53% 3,50% 2,14% 6,09% 3,50% ,61% 2,50% 3,50% 2,04% 6,09% 3,50% ,59% 2,48% 3,50% 2,01% 6,09% 3,50% ,62% 2,45% 3,50% 2,05% 6,09% 3,50% ,54% 2,42% 3,50% 1,97% 6,09% 3,50% ,45% 2,40% 3,50% 1,89% 6,09% 3,50% 9

10 2043 5,41% 2,38% 3,50% 1,84% 6,09% 3,50% ,29% 2,36% 3,50% 1,73% 6,09% 3,50% ,21% 2,34% 3,50% 1,65% 6,09% 3,50% ,18% 2,31% 3,50% 1,62% 6,09% 3,50% ,10% 2,28% 3,50% 1,55% 6,09% 3,50% ,05% 2,24% 3,50% 1,50% 6,09% 3,50% ,01% 2,20% 3,50% 1,46% 6,09% 3,50% ,00% 2,16% 3,50% 1,44% 6,09% 3,50% ,92% 2,11% 3,50% 1,37% 6,09% 3,50% ,85% 2,06% 3,50% 1,31% 6,09% 3,50% ,77% 2,01% 3,50% 1,23% 6,09% 3,50% ,75% 1,95% 3,50% 1,21% 6,09% 3,50% ,71% 1,88% 3,50% 1,17% 6,09% 3,50% ,69% 1,82% 3,50% 1,15% 6,09% 3,50% ,67% 1,76% 3,50% 1,13% 6,09% 3,50% ,65% 1,69% 3,50% 1,11% 6,09% 3,50% ,61% 1,61% 3,50% 1,08% 6,09% 3,50% ,61% 1,54% 3,50% 1,07% 6,09% 3,50% Fonte: SPPS/MPS e SPE/MF (Parâmetros elaborados pela SPE/MF em 02/04/2015) Por fim, a Tabela 4 apresenta os resultados projetados para até Enquanto que a necessidade de financiamento em 2014 foi de 1,03% do PIB brasileiro, a projeção é de que em 2060 ela seja de 9,24%, sendo que a receita representaria 15,91%. Essa aumento projetado para as despesas do RGPS são um forte indício de que teremos muitas mudanças de regras nas próximas décadas. Tabela 4 - Evolução da receita, despesa e necessidade de financiamento do RGPS em R$ milhões e como proporção do PIB /2060 Exercício Receita Receita / PIB Despesa Despesa / PIB Necessidade de Financiamento Necessidade de Financiamento / PIB ,11% ,14% ,03% ,26% ,40% ,14% ,32% ,60% ,28% ,42% ,68% ,26% ,67% ,87% ,20% ,67% ,92% ,25% ,67% ,98% ,31% ,67% ,04% ,37% ,67% ,10% ,43% ,67% ,16% ,49% ,67% ,19% ,52% ,67% ,25% ,58% ,67% ,31% ,64% ,67% ,39% ,72% ,67% ,47% ,80% ,67% ,56% ,89% PIB 10

11 ,67% ,67% ,00% ,67% ,77% ,10% ,67% ,89% ,22% ,67% ,02% ,35% ,67% ,16% ,49% ,67% ,31% ,64% ,67% ,47% ,80% ,67% ,64% ,97% ,67% ,82% ,15% ,67% ,00% ,33% ,67% ,19% ,52% ,67% ,38% ,71% ,67% ,59% ,92% ,67% ,80% ,13% ,67% ,04% ,36% ,67% ,28% ,61% ,67% ,53% ,86% ,67% ,79% ,12% ,67% ,07% ,40% ,67% ,35% ,67% ,67% ,63% ,96% ,67% ,93% ,26% ,67% ,23% ,56% ,67% ,55% ,88% ,67% ,88% ,21% ,67% ,21% ,54% ,67% ,54% ,87% ,67% ,88% ,21% ,67% ,22% ,55% ,67% ,56% ,89% ,67% ,91% ,24% Fonte: SPPS/MPS, SOF/MP e SPE/MF (Parâmetros elaborados pela SPE/MF em 02/04/2015) Nota: Os valores de 2014 são realizados Nota2: os valores estão em R$ correntes O Gráfico 12 torna mais clara a análise das projeções apresentadas na Tabela anterior. Enquanto que as receitas deverão permanecer estáveis mantidas as regras atuais, as despesas deverão crescer fortemente, elevando o déficit. 11

12 Gráfico 12 - Receita, despesa e Necessidade de Financiamento em relação ao PIB, projetadas para ,00% 16,00% 14,00% 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% Receita / PIB Despesa / PIB Necessidade de Financiamento / PIB Fonte: SPPS/MPS, SOF/MP e SPE/MF (Parâmetros elaborados pela SPE/MF em 02/04/2015) A previdência e o combate à pobreza É importante destacar que, apesar das projeções de elevado déficit, a previdência é um instrumento importantíssimo no combate à pobreza. Como pode ser verificado no Gráfico 13, o percentual de pessoas com menos de ½ salário mínimo domiciliar per capita seria significativamente maior entre os idosos se não houvesse a previdência (nessa análise estão incluídos o RGPS, os RPPS e a assistência social). No entanto, cabe destacar que o Gráfico abaixo, elaborado pela SPPS com base na PNAD, simplesmente retira a renda previdenciária, não levando em consideração o aumento da produtividade econômica que seria gerado com a redução da carga tributária. 12

13 Gráfico 13 - Percentual de pessoas com menos de ½ salário mínimo de renda domiciliar per capita no Brasil por idade, considerando e não considerando a renda previdenciária 2013 Fonte: PNAD 2013 (Elaborado pela SPPS/MPS) De fato, entre as pessoas de 60 anos ou mais no Brasil, 86,1% estão protegidas pela proteção previdenciária (Tabela 5), sendo o RGPS o principal responsável por essa elevada taxa de cobertura dos idosos. Assim, embora o envelhecimento populacional crie um grande desafio para as contas públicas, seu impacto nas famílias não é tão elevado devido à alta taxa de cobertura dos idosos. Tabela 5 - Proteção Previdenciária entre os idosos com 60 anos ou mais, segundo sexo 2013 Fonte: PNAD 2013 (Elaborado pela SPPS/MPS) Assim, é importante frisar que o déficit do RGPS possui uma função redistributiva na sociedade, diminuindo a pobreza e beneficiando a grande maioria dos idosos, sem despender um grande gasto per capita para isso. Em 2013, por exemplo, a necessidade de financiamento do RGPS média, por beneficiário, foi de R$ Diferentemente, o RPPS (que não foi abordado no presente relatório) possui um caráter concentrador de 13

14 renda: em 2013 a União preciso cobrir, em média por beneficiário R$ , e seu déficit foi apenas um pouco menor do que o do RGPS para atingir menos de 1 milhão de pessoas. Tabela 6 - Déficit, Beneficiários e Déficit per capita, do RGPS e do RPPS da União Fonte: Câmara dos Deputados ( 14

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