CATÁLOGO DE SOJA Nº 1 JULHO 2014

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1 CATÁLOGO DE SOJA Nº 1 JULHO

2 CATÁLOGO DE SOJA Nº 1 JULHO

3 ÍNDICE 1. Introdução Grupo Bio Soja Histórico Política de qualidade Unidades industriais Nutrição na cultura da soja Introdução Necessidades nutricionais da soja Adubação balanceada e equilibrada Fatores que afetam a disponibilidade dos nutrientes Nitrogênio (N) Fósforo (P) Potássio (K) Cálcio (Ca) Magnésio (Mg) Enxofre (S) Boro (B) Cobalto (Co) Cobre (Cu) Ferro (Fe) Manganês (Mn) Molibdênio (Mo) Níquel (Ni) Zinco (Zn) Avaliação da disponibilidade dos nutrientes do solo Introdução Amostragem dos solos em sistema de plantio direto (SPD) Interpretação da análise de solo 26 3

4 5. Avaliação do estado nutricional da soja Amostragem das folhas Amostragem das folhas da soja Interpretação dos teores dos nutrientes nas folhas da soja Produtos Bio Soja para soja Dessecação das plantas daninhas Adubação de solo Inoculação e fertilização das sementes Adubação no sulco de plantio Adubações foliares Produtos e garantias Programa nutricional Bio Soja para soja Anexo Fases fenológicas da soja Calagem Gessagem Adubação Adubação nitrogenada Adubação fosfatada Adubação potássica Adubação com enxofre Adubação com micronutrientes Glossário Literatura consultada 81 4

5 1. INTRODUÇÃO Atualmente, a cultura da soja também conhecida como o ouro verde brasileiro é a principal commodity agrícola brasileira. Representa cerca de 45% da safra brasileira de grãos, colocando o Brasil como o maior exportador e o segundo maior produtor mundial desta Fabaceae, nova nomenclatura das leguminosas. Na safra 2012/13, as exportações do complexo soja que inclui grãos, farelo e óleo atingiu a cifra de US$ 13 bilhões sendo um dos principais responsáveis pelo saldo positivo na balança comercial e pela estabilidade econômica do Brasil. No atual ritmo de expansão da soja, provavelmente nas próximas safras, o Brasil será o maior produtor mundial deste grão superando os Estados Unidos. Conforme levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), na safra 2013/14 foram colhidas 86,6 milhões de toneladas de soja com aumento de 6,2% em relação à safra anterior. A safra norte-americana de soja foi ligeiramente superior atingindo 89,5 milhões de toneladas de grãos. A soja é originária da China e é a base da alimentação da população chinesa a pelo menos anos. A expansão da soja a partir da China foi lenta e gradual. Por volta de 1500, foi introduzida nos países asiáticos próximos a China, dentre os quais, Japão, Tailândia, Indonésia, Filipinas e Índia. No século XVIII, a soja chega ao continente europeu e aos Estados Unidos. Atualmente, a cultura da soja é cultivada nas mais variadas regiões do mundo. No Brasil, a soja foi introduzida em 1882 na Bahia por Gustavo Dutra e em 1892 é cultivada pela primeira vez no Estado de São Paulo por Daffert no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). O primeiro cultivo comercial da soja no Brasil foi realizado em 1914 no município gaúcho de Santa Rosa. A partir da década de 60, a soja revolucionou os campos gaúchos. As cultivares de soja importadas dos Estados Unidos tiveram uma excepcional adaptabilidade às condições edafoclimáticas do Rio Grande do Sul. Posteriormente, a soja e os colonos gaúchos migraram inicialmente para o Oeste de Santa Catarina e logo após para o Sudoeste do Paraná e Paraguai. Depois, a expansão da soja ocorreu rumo as imensas terras disponíveis no Brasil Central denominadas de Cerrado. As características do relevo, solo e clima do Cerrado, aliada ao espírito empreendedor dos agricultores brasileiros e a utilização dos insumos agrícolas respaldadas pela pesquisa agrícola permitiram que a soja fosse à propulsora do desenvolvimento econômico desta imensa região brasileira. No Estado de São Paulo, o cultivo da soja ficou concentrado em duas regiões, Vale do Paranapanema e na Alta Mogiana (Orlândia, São Joaquim da Barra, Ipuã, Ituverava e Guaíra). A partir da década de 90, a maior parte da área cultivada com soja no Estado de São Paulo foi gradativamente substituída pela cana-de-açúcar. Atualmente, a soja é a base da economia da maioria dos municípios da região Sul e Brasil Central incluindo os Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba em Minas Gerais, Oeste da Bahia e Mapito. Esta região brasileira é caracterizada por um grande dinamismo e o crescimento econômico está acima da média nacional. 5

6 2. GRUPO BIO SOJA 2.1 HISTÓRICO O Grupo Bio Soja é caracterizado por um grande dinamismo e desde a sua fundação no início da década de 70 vem aprimorando constantemente os seus produtos e processos industriais. A história do Grupo Bio Soja se confunde com a própria história da cultura da soja na Alta Mogiana, região do interior paulista localizada entre Ribeirão Preto e o Triângulo Mineiro e a sua posterior expansão pelo Cerrado Brasileiro localizado nas mais diversas regiões do Brasil Central. No final da década de 60, a soja no seu processo contínuo de expansão a partir do Rio Grande do Sul atinge a Alta Mogiana. Em poucos anos, a soja mudou o perfil agrícola desta região, tornando-se uma das principais culturas substituindo parcialmente as culturas do algodão, milho e café. A partir deste momento, surge a necessidade de um insumo fundamental para a cultura da soja, o inoculante e em 1971 é fundada em São Joaquim da Barra/SP, a Indústria Bio Soja de Inoculantes. No final da década de 70, a cultura da soja atravessou o Rio Grande e conquistou uma região até então pouco utilizada para a agricultura, o Cerrado Brasileiro. Neste processo de expansão, a Bio Soja foi acompanhando a soja e em poucos anos, a empresa comercializava os seus produtos nas mais diversas regiões do Brasil Central alcançando os cerrados goianos e matogrossenses e atingindo também os cerrados baianos e maranhenses. A partir da década de 90, o Grupo Bio Soja iniciou a produção do Nodulus pó, fertilizante fornecedor de cobalto e molibdênio à cultura da soja e demais leguminosas. Em 1994, a empresa iniciou a comercialização do primeiro inoculante turfoso esterilizado e isento de microganismos antagônicos às bactérias fixadoras de nitrogênio (Biomax Premium). Em 2008, nesta unidade industrial, o Grupo Bio Soja iniciou a produção e a comercialização do primeiro inoculante mundial para a produção de mudas de eucalipto a partir de estacas e miniestacas (Rizolyptus ). Em 2011, foi lançado o Biomax Premium Milho, inoculante destinado à cultura do milho. Neste momento, o Grupo Bio Soja está pesquisando a eficiência agronômica deste inoculante nas demais gramíneas com destaque para o trigo, arroz, sorgo, cana-de-açúcar e braquiárias. Além deste produto, o Grupo Bio Soja vem pesquisando produtos microbiológicos para as demais culturas com destaque para o Metarhizium para cana-de-açúcar e pastagem. Com a expansão da agricultura nos solos sob Cerrado surgiram novos desafios e necessidades das culturas, dentre os quais, produtos destinados ao fornecimento dos micronutrientes. No final da década de 90, mais precisamente em 1998, é inaugurada a segunda empresa do Grupo Bio Soja em São Joaquim da Barra, a Bio Soja Fertilizantes, especializada na produção de fertilizantes. A partir deste momento, o Nodulus pó é aperfeiçoado com o desenvolvimento da sua formulação líquida, o Nodulus Premium. Posteriormente, esta unidade industrial foi ampliada e teve início a produção dos sulfatos, MAP purificado, cloretos, óxidos e monóxidos metálicos, principalmente manganês e zinco. Além da expansão da linha de produtos, o Grupo Bio Soja iniciou a diversificação de mercados atuando nas mais diversas culturas brasileiras, no mercado químico industrial e na nutrição animal. Em Serrana, município paulista próximo a Ribeirão Preto/SP, o Grupo Bio Soja possui duas unidades industriais. A primeira unidade foi adquirida em 2001 e é responsável pela produção de acaricida, adjuvantes, isca formicida e de fertilizantes minerais em suspensão (NHT ). Em 2008 é inaugurada a segunda unidade industrial em Serrana/SP, responsável pela produção do condicionador de solos (Fertium ) e dos fertilizantes organominerais (Fertium Phós). Em Ituverava/SP, a Granorte, empresa coligada ao Grupo Bio Soja inaugurada em 2003 é especializada na produção de macronutrientes secundários e micronutrientes de solo. A partir de 2010, o Grupo Bio Soja, iniciou a exploração comercial de uma lavra de monóxido de manganês em Niquelândia/GO, tornando-se auto suficiente neste importante metal que é o primórdio de uma série de produtos destinados a nutrição das plantas, nutrição animal e uso industrial. 6

7 2.1 HISTÓRICO Atualmente, o Grupo Bio Soja possui 5 unidades industriais localizadas na região de Ribeirão Preto, interior paulista, facilitando a distribuição dos seus produtos em todas as unidades da federação e a exportação para os países do Mercosul e Bolívia. As unidades industriais estão em constante ampliação e modernização procurando agregar as tecnologias mais modernas visando a otimização de todos os processos industriais e minimizando ao máximo a emissão de poluentes e a produção de resíduos industriais. A Bio Soja possui o certificado ISO 9001:2000, demonstrando toda a qualidade nos seus processos administrativos, comerciais e industriais. Todos os produtos das unidades industriais são submetidos a um rígido controle de qualidade desde as matérias-primas até os produtos acabados. Ao longo desta longa trajetória, que teve início nos primórdios da década de 70, o Grupo Bio Soja acompanhou a abertura da maior fronteira agrícola do mundo, o Cerrado Brasileiro e a consolidação do Brasil como um dos maiores produtores agrícolas do mundo. O Grupo Bio Soja sempre esteve ao lado do produtor rural e sempre buscou alternativas para atender as suas necessidades e colaborar para maximizar o potencial produtivo das suas culturas e dos seus rebanhos. 7

8 2.2 POLÍTICA DE QUALIDADE Satisfazer nossos clientes, através do processo de melhoria contínua com a participação de nossos colaboradores. 8

9 2.3 UNIDADES INDUSTRIAIS Escritório Central São Joaquim da Barra - SP Unidade I Indústrias Químicas e Biológicas São Joaquim da Barra - SP Unidade V Bio Soja Fertilizantes Serrana - SP Unidade II Bio Soja Fertilizantes São Joaquim da Barra - SP Unidade III Indústrias Químicas e Biológicas Serrana - SP Unidade IV Granorte Fertilizantes Ituverava - SP 9

10 3. NUTRIÇÃO NA CULTURA DA SOJA 3.1. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas ocorreu aumento significativo na produção da soja (Figura 1). O principal fator que propiciou o aumento na produção da soja foi o aumento expressivo na sua produtividade. Na década de 70, a produtividade da soja situava-se na faixa de 1,44 t/ha e nas últimas safras atingiu uma média ligeiramente superior a 3 t/ha. Vários fatores contribuíram para este aumento na produtividade, dentre os quais, utilização racional dos nutrientes Produtividade (kg/ha) Produção (milhões de t) Área cultivada (milhões de ha) ,5 0, ,3 4, ,4 9, , ,1 18, ,3 22, ,7 27, / / / / / / Figura 1. Área cultivada, produção e produtividade da soja a partir da década de 60. (EMBRAPA; CONAB) Fonte: Caminhos da soja (2004). Entretanto, a produtividade da soja ainda está abaixo do seu potencial produtivo. Segundo pesquisadores brasileiros, o potencial de produtividade da cultura situa-se entre 250 e 300 sc./ha, bem acima da média nacional (Ventimiglia et al., 1999; Pires et al., 2000; Maehler et al., 2003 e Saraiva, 2004). Com a constante elevação nos custos de produção, é necessário que os produtores rurais realizem um manejo nutricional mais adequado para maximizar os investimentos realizados na cultura da soja e otimizar o elevado potencial de produtividade das atuais cultivares NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA SOJA A absorção dos nutrientes pela soja é influenciada por diversos fatores, dentre os quais, as condições climáticas (chuvas e temperaturas), as diferenças genéticas entre as cultivares, os tratos culturais e a disponibilidade dos nutrientes no solo. Na Tabela 1 há a quantidade de nutrientes absorvidos e exportados pela soja para a produção de 1 t de grãos e 1 t de restos culturais. O nitrogênio é o nutriente exigido em maior quantidade pela soja e é fornecido na sua maior parte pela fixação biológica do nitrogênio. Para a produção de 1 t de grãos de soja são necessários cerca de 83 kg/ha de N. O potássio, o enxofre e o fósforo são respectivamente, o segundo, o terceiro e o quarto nutriente mais exigido pela cultura da soja. Em relação aos micronutrientes, o cloro é o mais absorvido pela soja seguido pelo ferro, manganês, boro e zinco. Tabela 1. Quantidade absorvida e exportada de nutrientes pela cultura da soja para uma produção de 1 t de grãos. Fonte: Sfredo (2008). Partes da planta N P 2 O 5 K 2 O Ca Mg S B Cl Cu Fe Mn Mo Zn kg g Grãos ,0 2,0 5, Restos culturais 32 5,4 18 9,2 4,7 10, Total 83 15, ,2 6,7 15, % exportada À medida que aumenta a matéria seca produzida por hectare, a quantidade de nutrientes nos restos culturais da soja não segue modelo linear. 10

11 ADUBAÇÃO BALANCEADA E EQUILIBRADA A Lei do Mínimo proposta em 1840 pelo químico alemão Justus von Leibig, ilustra muito bem, a importância da nutrição equilibrada e balanceada nas culturas (Figura 2). Cada tábua do barril representa o teor disponível de um determinado nutriente no solo. A produtividade de uma cultura é limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade no solo, mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas. Portanto, o produtor precisa utilizar a análise de solo para a avaliação da disponibilidade dos nutrientes do solo e a análise foliar para o monitoramento do estado nutricional da soja. Figura 2. Representação gráfica da Lei do Mínimo FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES Disponiblidade crescente dos nutrientes e alumínio A disponibilidade dos nutrientes à cultura da soja é afetada por diversos fatores. 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 8,0 ph em água Faixa de ph adequada para a maioria das culturas Ferro, cobalto, cobre, manganês, níquel e zinco Alumínio Molibdênio e cloro Fósforo Nitrogênio, enxofre e boro Potássio, cálcio e magnésio O ph do solo é o principal fator que afeta a disponibilidade dos nutrientes à soja. A maior disponibilidade dos nutrientes ocorre na faixa de ph entre 6,0 e 6,5 (Figura 3). Entretanto, o aumento no ph do solo reduz a disponibilidade dos micronutrientes, exceto o boro, cloro e molibdênio. A textura do solo influência na disponibilidade dos nutrientes às plantas. Nos solos argilosos ocorre maior fixação do P reduzindo a sua disponibilidade às culturas. Nos solos arenosos ocorre maior lixiviação dos nutrientes aniônicos (nitrato, sulfato, molibdato e boro) e do potássio. Em solos com altos teores de matéria orgânica com predominância de ácidos húmicos ocorrem a formação de complexos muito estáveis com os micronutrientes metálicos (Co, Cu, Fe, Mn, Ni e Zn) podendo induzir deficiências nas culturas. Em solos compactados ocorre menor difusão do P, Zn, Mn e K reduzindo a absorção destes nutrientes pela soja. Figura 3. Efeito do ph na disponibilidade dos nutrientes e do alumínio trocável. Fonte: Adaptado de Instituto da Potassa & Fosfato (1998). 11

12 3.2. NITROGÊNIO (N) a. Nitrogênio no solo O N destaca-se pelo acentuado dinamismo na natureza apresentando grande mobilidade no solo e as reações químicas são mediadas por microrganismos. Portanto, é muito difícil mantê-lo no solo em quantidades suficientes para atender as necessidades das plantas, dentre as quais, a soja. O N do solo está predominantemente na forma orgânica representando mais de 95% do N total e com variados graus de recalcitrância ou como constituinte dos organismos vivos. Algumas formas ou frações do N tem meia vida de poucos dias, enquanto outras permanecem no solo por séculos (ácidos húmicos e humina). Na forma orgânica, o N não está disponível às plantas, precisando ser mineralizado para a produção do amônio (N-NH 4+ ), que por sua vez, será nitrificado, produzindo o nitrato (N-NO 3- ). O amônio e o nitrato são as formas minerais do N disponíveis à cultura da soja. b. Fatores que afetam a disponibilidade do nitrogênio A disponibilidade do N à soja está diretamente relacionada com os fatores que afetam a atividade dos microrganismos e a dinâmica deste nutriente nos solos. Os solos com baixo teor de matéria orgânica tem menor reserva de N orgânico e tem menor disponibilidade de N às plantas. As regiões com alta precipitação pluviométrica aumentam a probabilidade de perdas de N por lixiviação reduzindo a sua disponibilidade às plantas. também absorvem o N do solo na forma de aminoácidos. O N é o nutriente responsável pelo desenvolvimento vegetativo da soja. Atua na síntese de compostos nitrogenados (aminoácidos, proteínas, aminas, amidas, aminoaçúcares, purinas, pirimidinas e alcalóides). Atua na produção da clorofila e está envolvido diretamente com a fotossíntese. Estimula a formação e o desenvolvimento das gemas floríferas. Componente dos ácidos nucléicos, enzimas, coenzimas e vitaminas. d. Sintomas de deficiência do nitrogênio O N é um nutriente com alta mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do N ocorrem inicialmente nas folhas velhas (Figura 4). Em situações críticas, os sintomas podem atingem também as folhas mais novas. As folhas da soja vão perdendo a cor verde-escuro e adquirem uma coloração verde-pálida. Posteriormente, ocorre uma clorose generalizada (amarelecimento) das folhas velhas causado pela menor síntese da clorofila. Com o agravamento da deficiência do N, a clorose progride para uma necrose. Com a redução na síntese dos fotoassimilados, ocorre um crescimento mais lento das plantas e os grãos da soja tornam-se menores. As estiagens prolongadas reduzem a mineralização do N orgânico reduzindo a disponibilidade do nutriente às plantas. Ocorre também redução no crescimento das raízes das plantas reduzindo a sua capacidade de absorção do N do solo. Os solos com acidez elevada tem menor atividade dos microrganismos do solo proporcionando menor mineralização do N orgânico. c. Funções do nitrogênio O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do N pela soja, sendo absorvido na forma de nitrato (N-NO 3- ) e amônio (N-NH 4+ ). As plantas Figura 4. Deficiência de nitrogênio em soja. Fonte: IPNI N. R. Usberwood. 12

13 3.3. FÓSFORO (P) a. Fósforo no solo O teor de P total dos solos tropicais situa-se entre 200 e mg/kg de P, equivalente a 400 a kg/ha de P 2 O 5. O P no solo encontra-se na solução do solo e na fase sólida. O teor de P da solução do solo é muito baixo e está em equilíbrio com o P da fase sólida. A maior parte do P do solo encontra-se na fase sólida e é dividida em P-lábil e P-não lábil. O P-lábil é aquele que está adsorvido aos colóides minerais e orgânicos do solo, mas em equilíbrio com o P da solução do solo, podendo ser considerado como disponível às plantas. O P-não lábil é o P precipitado em compostos insolúveis com o Ca, Fe e Al ou adsorvido em sítios de elevada energia e deste modo, o seu aproveitamento pelas plantas é incerto. b. Fatores que afetam à disponibilidade do fósforo A disponibilidade do P à soja é reduzida pela retenção do P nos solos e é conhecida como fixação. Várias propriedades do solo afetam a fixação do P sendo as mais importantes: ph, textura, tipo e quantidade de colóides (minerais de argilas e húmus) e quantidade de outros ânions que podem competir com o íon fosfato pelos sítios de adsorção, por exemplo, sulfato e silicato. A fixação do P é afetada pelo ph do solo (Figura 3). A maior disponibilidade do P ocorre na faixa de ph entre 6,0 a 6,5. Em solos ácidos, o P é precipitado pelos íons Fe e Al e é adsorvido nos oxidróxidos de Fe e de Al formando fosfatos pouco solúveis. Em solos alcalinos, a reação do P ocorre com o Ca formando o fosfato tricálcio com baixa solubilidade em água. c. Funções do fósforo A difusão é o principal mecanismo de absorção do P pela soja, sendo absorvido na forma do íon fosfato (H 2 PO 4- ). O P é imprescindível ao crescimento e a reprodução da soja, as quais não alcançam o seu máximo potencial produtivo sem um adequado suprimento deste nutriente. A principal função do P na soja está relacionada com o armazenamento e a transferência de energia. É componente dos nucleotídeos utilizados no metabolismo energético das plantas e está presente nas moléculas dos açúcares intermediários da respiração e fotossíntese. Acelera o enraizamento da soja e atua na divisão celular. Aumenta o teor de carboidratos, óleos, gorduras e proteínas na soja. Favorece o vigor e a frutificação da soja. Proporciona maior uniformidade na maturação dos grãos e reduz a incidência de grãos defeituosos. d. Sintomas de deficiência de fósforo O P é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do P na soja ocorrem inicialmente nas folhas velhas. As folhas velhas da soja adquirem uma coloração verde-escuro sem brilho. Ocorre redução no crescimento das plantas com plantas raquíticas e com folhas pequenas (Figura 5). Baixa inserção das vagens da soja. A deficiência de P em soja reduz o número e a eficiência dos nódulos na fixação simbiótica do nitrogênio. A fixação do P também é influenciada pelo teor de argila do solo. Quanto maior o teor de argila do solo, maior é a fixação do fósforo. Em solos compactados ocorre menor difusão do P reduzindo a absorção pela soja. Os solos com menor teor de umidade tem redução na disponibilidade do P às plantas (menor difusão e menor crescimento das raízes). Em solos com excesso de umidade ocorre redução no crescimento das raízes ocasionando menor absorção de P pelas plantas. Figura 5. Deficiência do fósforo em soja. Fonte: IPNI - Luiz Antonio Zanao Júnior. 13

14 3.4. POTÁSSIO (K) a. Potássio no solo As plantas absorvem o K da solução do solo que por sua vez é reposto pelo K trocável (K adsorvido aos colóides minerais e orgânicos) e pelo K não trocável. Nos solos tropicais, altamente intemperizados, a contribuição do K não trocável e o K dos minerais primários para a reposição do K na solução do solo é muito pequena. b. Fatores que afetam à disponibilidade do potássio A disponibilidade do K à soja é afetada pelo ph do solo (Figura 3). Quanto maior o ph do solo, maior a disponibilidade de K à cultura da soja. Os solos com desequilíbrios nos cátions básicos (altos teores de Ca e/ou Mg e baixos teores de K) apresentam menor disponibilidade de K à cultura da soja. d. Sintomas de deficiência de potássio na soja O K é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do K na soja ocorrem inicialmente nas folhas velhas. Inicialmente, ocorre clorose nas bordas das folhas velhas da soja (Figura 6). Com o agravamento da deficiência, a clorose progride para uma necrose nas bordas e pontas das folhas da soja (Figura 7). Posteriormente, a necrose atinge a base das folhas até a necrose total. Ocorre redução no tamanho e no peso das sementes da soja. Os grãos da soja tornam-se enrugados e deformados reduzindo o vigor e o poder germinativo. Pode ocorrer haste verde ou retenção foliar. As folhas da soja permanecem verdes e os grãos maduros. Em solos arenosos com baixa CTC localizados em regiões com alta precipitação podem ocorrer perdas de K por lixiviação para as camadas mais profundas, reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja. c. Funções do potássio nas plantas A difusão é o principal mecanismo de absorção do K pela soja, sendo absorvido na forma iônica de K +. Cerca de 70% do K nas plantas permanece na forma iônica, livre nas células. O K é o nutriente que tem a maior influência na qualidade da cultura. O K estimula o enchimento dos grãos diminuindo o chochamento, aumenta o teor de carboidratos, óleos, gorduras e proteínas na soja. Figura 6. Sintomas iniciais da deficiência de potássio em soja. Fonte: Sfredo (2008). O K é ativador enzimático. Ativa cerca de 60 enzimas, dentre as quais, as enzimas relacionadas com o amido e proteína e as envolvidas com o desdobramento dos açúcares. Melhora a eficiência da soja na utilização da água regulando a abertura e o fechamento dos estômatos das células-guarda e a turgidez do tecido. Uma nutrição adequada com K reduz a incidência de pragas e doenças. Aumenta a resistência da soja ao acamamento acelerando a lignificação das células do esclerênquima principalmente com o suprimento adequado de N. Figura 7. Sintomas intermediários da deficiência de potássio em soja. Fonte: Sfredo (2008). 14

15 3.5. CÁLCIO (Ca) a. Cálcio no solo O Ca do solo é proveniente de rochas contendo minerais como dolomita, calcita, apatita e feldspatos cálcicos. Em solos tropicais e subtropicais, esses minerais são intemperizados e o cálcio, em parte, é perdido por lixiviação. Portanto, os solos localizados nestas regiões são ácidos e possuem baixos teores de Ca. Em solos com ph na faixa alcalina, o Ca pode precipitar como carbonatos, fosfatos ou sulfatos com baixa solubilidade em água. O Ca disponível às plantas está na forma iônica de Ca 2+ e encontra-se adsorvido nos colóides minerais e orgânicos e na solução do solo. No complexo de troca dos solos, o cátion básico dominante é o Ca 2+, seguido pelo Mg 2+ e pelo K +. Na solução do solo, a concentração do Ca é muito baixa, de modo particular nos solos ácidos das regiões tropicais. Em solos com manejo adequado dos calcários, o Ca não constitui fator limitante às culturas. b. Fatores que afetam à disponibilidade do cálcio A disponibilidade do Ca às plantas é afetada pelo ph do solo (Figura 3). A maior disponibilidade do Ca ocorre em ph entre 6,0 a 6,5. Nos solos com desequilíbrio entre os cátions básicos (altos teores de Mg 2+ e/ou K + e baixos teores de Ca 2+ ) ocorre redução na disponibilidade do Ca à cultura da soja. c. Funções do cálcio O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do Ca pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Ca 2+. O Ca é indispensável para o pegamento da florada atuando na germinação do grão de pólen e no crescimento do tubo polínico. Estimula o crescimento das raízes e dos demais órgãos das plantas. A taxa de crescimento das raízes é imediatamente reduzida pela interrupção do fornecimento deste nutriente e após alguns dias, as extremidades das raízes tornam-se marrons e gradualmente morrem. Em solos ácidos ou salinos, o Ca tem grande importância na manutenção da absorção iônica mantendo a estrutura e o funcionamento das membranas celulares. Aumenta a resistência das plantas às pragas e doenças e aos estresses por calor, frio e vento. d. Sintomas de deficiência do cálcio O Ca é um nutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do Ca ocorrem inicialmente nos tecidos mais novos das plantas. Os pontos de crescimento das plantas são afetados pela deficiência de Ca. O sistema radicular fica atrofiado ocorrendo a morte da gema apical. Há o retardamento da emergência das folhas e quando emergem, tornam-se deformadas adquirindo a forma de taça denominada de encarquilhamento (Figura 8). Pode ocorrer quebra do pedúnculo pela desintegração da parede celulósica. Nas leguminosas ocorre redução na nodulação podendo induzir deficiência de N na soja. A principal função do Ca nas plantas é estrutural. É essencial para a formação e manutenção da integridade e funcionalidade das membranas e paredes celulares das plantas. O pectato de cálcio da lamela média atua como cimento entre as células. Em plantas com deficiência de Ca, as membranas tornam-se porosas, podendo perder os íons anteriormente absorvidos. Figura 8. Deficiência de cálcio em soja. Fonte: IPNI- T. S. Murrell. 15

16 3.6. MAGNÉSIO (Mg) a. Magnésio no solo O Mg do solo é proveniente de rochas contendo minerais primários como piroxênios, anfibólios, olivina e turmalina e minerais secundários, tais como, clorita, ilita e vermiculita. Os carbonatos e sulfatos com Mg também são fontes deste nutriente aos solos. Em solos tropicais e subtropicais, esses minerais são intemperizados e o Mg, em parte, é perdido por lixiviação. Portanto, os solos localizados nestas regiões são ácidos e possuem baixos teores de Mg. No complexo de troca dos solos subtropicais e tropicais, o Mg é o terceiro cátion mais abundante, após o Ca 2+ e o H +. Na solução do solo, a concentração do Mg é muito baixa, de modo particular nos solos ácidos das regiões tropicais. b. Fatores que afetam à disponibilidade do magnésio A disponibilidade do Mg às plantas é afetada pelo ph do solo (Figura 3). A deficiência de Mg ocorre em solos com ph em água menor que 5,4. Nos solos com desequilíbrio entre os cátions básicos (altos teores de Ca 2+ e/ou K + e baixos teores de Mg 2+ ) ocorre redução na disponibilidade do Mg à cultura da soja. A saturação de magnésio nos solos mais adequada à cultura da soja em solos com CTC menor que 8 cmol c /dm 3 situa-se na faixa de 13 a 18%. Nos solos com CTC maior que 8 cmol c /dm 3, a saturação de magnésio mais adequada é de 13 a 20%. As relações do Mg com o Ca e K nos solos mais adequada à cultura da soja são variáveis conforme a CTC. Em solos com CTC menor que 8 cmol c /dm 3, a relação Ca/Mg e Mg/K mais adequada à cultura da soja é de 1 a 2 e de 5 a 10, respectivamente. Em solos com CTC maior que 8 cmol c /dm 3, a relação Ca/Mg e Mg/K mais adequada à cultura da soja é de 1,5 a 3,5 e de 3 a 6, respectivamente. É constituinte da clorofila (2,7% do seu peso molecular), pigmento presente no cloroplasto onde ocorre a fotossíntese das plantas. Cerca de 50% do Mg nas folhas da soja estão nos cloroplastos. O Mg é ativador das enzimas nas plantas. O Mg é o nutriente que ativa o maior número de enzimas, dentre as quais, as enzimas relacionadas a síntese de carboidratos e outras envolvidas na síntese de ácidos nucleicos. O Mg está envolvido com o metabolismo do fosfato na soja. É carreador do P na soja. Melhora a absorção do P dos solos aumentando a eficiência agronômica dos fertilizantes fosfatados. Atua na síntese de proteínas. O Mg é necessário à transferência de energia aos aminoácidos, por meio de enzimas fosforilativas e manutenção da estabilidade das unidades ou partículas dos ribossomos. d. Sintomas de deficiência do magnésio O Mg é um nutriente móvel no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência do Mg na soja ocorrem inicialmente nas folhas velhas. As folhas mais velhas mostram uma clorose internerval (amarelo-claro) e as nervuras permanecem com uma coloração verde-pálido (Figura 9). A deficiência do Mg reduz a fotossíntese da soja causando diminuição da síntese dos fotoassimilados e comprometendo a produtividade da cultura. Ocorre redução no desenvolvimento do sistema radicular. c. Funções do magnésio O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do Mg pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Mg 2+. Figura 9. Deficiência de magnésio em soja. Fonte: IPNI - Eros A. B. Francisco. 16

17 3.7. ENXOFRE (S) a. Enxofre nos solos De forma similar ao nitrogênio, a maior parte do S nos solos está na forma orgânica (60 a 90% do S total). Portanto, o reservatório do S nos solos é a matéria orgânica. É necessário que o S orgânico dos solos seja convertido em sulfato (SO 4 2- ), forma prontamente disponível às plantas através do processo denominado de mineralização. Além disso, o S é lixiviado de forma similar ao N acumulando nas camadas mais profundas do solo reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja. Nas últimas décadas, ocorreu aumento na incidência da deficiência de S na soja devido a utilização de fertilizantes com alta concentração de N, P e K e baixos teores de S. b. Fatores que afetam à disponibilidade do enxofre De forma similar ao N, a principal fonte natural de S à soja é a matéria orgânica e os fatores que afetam a sua dinâmica nos solos influenciam na disponibilidade deste nutriente à cultura da soja. Os solos com baixo teor de matéria orgânica tem menor reserva de S orgânico e tem menor disponibilidade de S às plantas. As regiões com alta precipitação pluviométrica aumentam a probabilidade de perdas de S por lixiviação reduzindo a sua disponibilidade às plantas. As estiagens prolongadas reduzem a mineralização do S orgânico reduzindo a disponibilidade do nutriente às plantas. Ocorre também redução no crescimento das raízes das plantas reduzindo a sua capacidade de absorção do S do solo. na forma gasosa (SO 2 ) e os aminoácidos contendo S (cistina, cisteína e metionina). O S atua no desenvolvimento vegetativo e na frutificação da soja. Atua na síntese de aminoácidos (cistina, cisteína e metionina) e proteínas perfazendo cerca de 90% do S nas plantas. O S é um dos responsáveis pela síntese dos reguladores de crescimento na soja (tiamina, biotina e glutamina). Síntese de óleos e gordura. Participa na fixação biológica do nitrogênio através da ativação da nitrogenase. d. Sintomas de deficiência do enxofre O S é um nutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do S ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja. Ocorre uma clorose geral das folhas novas, incluindo as nervuras, que de verde-pálido passam a amarelo, similar ao do N (Figura 10). Redução no porte e no florescimento da soja. O caule torna-se delgado e fraco e as plantas ficam muito susceptíveis ao acamamento. Os solos com acidez elevada tem menor atividade dos microrganismos do solo proporcionando menor mineralização do S orgânico. c. Funções do enxofre O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do S pela soja, sendo absorvido na forma iônica de sulfato (SO 4 2- ). As plantas também absorvem o S Figura 10. Deficiência do enxofre em soja. Fonte: IPNI - Valter Casarin. 17

18 3.8. BORO (B) a. Boro no solo O teor total de B nos solos é variável ficando entre 1 e 270 mg/kg de solo. Os maiores teores de B são encontrados nas regiões semi-áridas e áridas e os menores nos solos arenosos das regiões úmidas. O B é um elemento químico solúvel em água e os minerais contendo B possuem baixa dureza. São encontrados em depósitos evaporíticos em regiões desérticas aonde eram anteriormente lagoas ou praias. Na América do Sul, os minerais de B são encontrados nas regiões desérticas no Norte da Argentina, deserto do Atacama no Chile e no Altiplano Boliviano. O teor de B total e B solúvel possui boa correlação com o teor de matéria orgânica do solo. Quanto maior o teor de matéria orgânica, maior o teor de B total e de B disponível às plantas. b. Fatores que afetam a disponibilidade do boro Atua na síntese de celulose e lignina conferindo maior tolerância da soja às pragas e doenças. O B está diretamente envolvido com o metabolismo do Ca atuando na formação da parede celular. d. Sintomas de deficiência de boro O B é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do B ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja. A deficiência de B desorganiza os vasos condutores da soja. Com o agravamento da deficiência de B, pode ocorre a morte da gema apical provocando o superbrotamento (Figura 11). A disponibilidade do B à soja é afetada pelo ph do solo (Figura 3). A maior disponibilidade do B às plantas ocorre na faixa de ph entre 5 e 7. As altas precipitações pluviométricas causam lixiviação do B e reduzem a sua disponibilidade às plantas principalmente em solos de textura arenosa. As secas prolongadas reduzem a disponibilidade do B e podem induzir deficiência nas culturas. Ocorre menor decomposição da matéria orgânica, principal fonte natural de B nos solos tropicais. Além disso, ocorre também redução no crescimento das raízes das plantas reduzindo a sua capacidade de absorção do B do solo. c. Funções do boro O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do B pela soja, sendo absorvido na forma de ácido bórico (H 3 BO 3 ). Figura 11. Deficiência do boro em soja Fonte: Sfredo (2008). e. Fitotoxicidade do Boro Ocorre amarelecimento das pontas e margens das folhas, seguido por necrose progressiva. As folhas aparentemente tem queda precoce e ocorre morte das raízes da soja (Figura 12). O B difere dos demais micronutrientes pois é o único que não foi identificado em nenhum composto vital. Além disso, não se identificou qualquer reação crucial para o metabolismo das plantas com a participação do B. O B está envolvido com a translocação dos açúcares atuando no seu transporte das folhas para os demais órgãos da planta. Figura 12. Fitotoxicidade do boro em soja. Fonte: Deptº Agronômico da Bio Soja. Atua na divisão, maturação e na diferenciação celular. 18

19 3.9. COBALTO (Co) a. Cobalto no solo O teor total de Co nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Co, enquanto que os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente. b. Fatores que afetam a disponibilidade do cobalto A disponibilidade do Co às plantas é afetada pelo ph do solo (Figura 3). Quanto maior o ph do solo, menor é a disponibilidade do Co às plantas. Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Co podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre formação de complexos muito estáveis do Co com as substâncias húmicas notadamente os ácidos húmicos. c. Funções do cobre A difusão é o principal mecanismo de absorção do Co pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Co 2+. Figura 13. Deficiência de cobalto em soja. Fonte: Gilberto Barbante Kerbauy (1998). e. Sintomas de toxicidade de cobalto Os sintomas de toxicidade de Co são semelhantes aos da deficiência de Fe com folhas cloróticas. A recuperação da soja é rápida e não ocorre redução na produtividade da cultura (Figura 14). O Co é essencial para a fixação biológica do nitrogênio. Participa da síntese da cobalamida e da vitamina B12, necessária a síntese da leghemoglobina, que determina a atividade dos nódulos localizados nas raízes da soja. d. Sintomas de deficiência de cobalto O Co é um micronutriente com baixa mobilidade no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência do Co ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja. Os sintomas da deficiência do Co são similares a deficiência de nitrogênio devido a menor fixação biológica do nitrogênio. A deficiência de Co causa inicialmente uma clorose nas folhas mais velhas da soja que progride para uma necrose (Figura 13). Figura 14. Toxicidade de cobalto em soja. Fonte: Sfredo (2008). 19

20 3.10. COBRE (Cu) a. Cobre no solo O teor total de Cu nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Cu, enquanto que os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente. A deficiência de Cu na soja causa redução no crescimento das plantas. As folhas mais novas adquirem coloração verde-acinzentada ou verde-azulada (Figura 15). Ocorre redução no crescimento das plantas pelo encurtamento dos internódios. b. Fatores que afetam a disponibilidade do cobre A disponibilidade do Cu às plantas é afetada pelo ph do solo (Figura 3). Quanto maior o ph do solo, menor é a disponibilidade do Cu às plantas e dependendo do teor do micronutriente no solo pode causar deficiências nas culturas. Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Cu podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre formação de complexos muito estáveis do Cu com as substâncias húmicas, notadamente os ácidos húmicos. Os altos teores dos demais micronutrientes catiônicos (Fe, Mn e Zn) no solo reduzem a disponibilidade de Cu às plantas (inibição competitiva). c. Funções do cobre Figura 15. Deficiência de cobre em soja. Fonte: Vitti (comunicado pessoal). e. Sintomas de toxicidade de cobre Ocorre o aparecimento de pontos necróticos nas bordas dos folíolos das folhas mais velhas que progride para as folhas mais novas (Figura 16). A difusão é o principal mecanismo de absorção do Cu pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Cu 2+. O Cu atua no processo da fotossíntese, apresentando papel importante no transporte eletrônico via plastocianina. Aumenta a resistência da soja às doenças e atua na síntese proteica. d. Sintomas de deficiência de cobre O Cu é um micronutriente com baixa mobilidade no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência do Cu ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja. Figura 16. Toxicidade de cobre em soja. Fonte: Sfredo (2008). 20

21 3.11. FERRO (Fe) a. Ferro no solo O Fe é um dos elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre superado apenas pelo oxigênio, silício e alumínio. O teor médio de Fe nos solos é de 3,5%. O teor de Fe disponível nos solos é controlado pelas reações redox. Os ambientes redutores (alto teor de umidade) possuem os maiores teores do íon Fe 2+ na solução do solo, forma disponível às plantas. Em ambientes oxidantes (baixo teor de umidade), o íon Fe 2+ é oxidado ao íon Fe 3+ reduzindo a sua disponibilidade às plantas. d. Sintomas de deficiência do ferro O Fe é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do Fe ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja. As folhas novas apresentam variados graus de clorose internerval da ponta para a base das folhas da soja. Não ocorre murchamento das folhas. Com o agravamento da deficiência do Fe, as plantas tornam-se cloróticas ou esbranquiçadas (Figura 17). b. Fatores que afetam a disponibilidade do ferro A disponibilidade do Fe às plantas é afetada pelo ph do solo (Figura 3). Os solos com ph na faixa ácida tem maior disponibilidade de Fe às plantas. Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Fe podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre a formação de complexos muito estáveis do Fe com as substâncias húmicas notadamente os ácidos húmicos. Entretanto, nas condições brasileiras é rara a deficiência de Fe induzida pelas substâncias húmicas. Figura 17. Deficiência do ferro em soja Fonte: Sfredo (2008). Altos teores de Cu e Mn no solo reduzem a disponibilidade de Fe à cultura da soja. Os solos com alto teor de fósforo podem induzir deficiência de Fe na soja. c. Funções do ferro A difusão é o principal mecanismo de absorção do Fe pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Fe 2+. O Fe é constituinte da clorofila, pigmento presente no cloroplasto onde ocorre a atividade fotossintética nas plantas. 21

22 3.12. MANGANÊS (Mn) a. Manganês no solo O teor total de Mn nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Mn, enquanto que os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores de Mn. b. Fatores que afetam a disponibilidade do manganês A disponibilidade do Mn às plantas é afetada pelo ph do solo (Figura 3). O aumento de uma unidade de ph no solo provoca uma redução de 100 vezes na atividade do Mn na solução do solo. Os solos com alto teor de matéria orgânica tem menor disponibilidade de Mn às plantas pela formação de complexos muito estáveis com este micronutriente principalmente quando ocorre predomínio da fração húmica. O Mn atua nos processos de oxiredução na soja no transporte de elétrons na fotossíntese. Desempenha papel fundamental na respiração participando de diversas reações no ciclo de Krebs. d. Sintomas de deficiência do manganês O Mn é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja. As folhas novas com deficiência de Mn apresentam clorose internerval com tonalidade amarelo-esverdeados. As nervuras permanecem com coloração verde-escura (Figura 18). O teor de umidade também afeta a disponibilidade do Mn às plantas. Os solos com maior teor de umidade (ambiente redutor) tem maior disponibilidade do Mn. As estiagens prolongadas reduzem a disponibilidade do Mn às plantas. Ocorre oxidação do Mn 2+ para formas não disponíveis (Mn 3+ e Mn 4+ ). Os solos com alto teor de Fe tem redução na disponibilidade de Mn às plantas (inibição competitiva). Figura 18. Deficiência de manganês em soja. Fonte: Vitti (comunicado pessoal). c. Funções do manganês A difusão é o principal mecanismo de absorção do Mn pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Mn 2+. É ativador de várias enzimas na soja, tais como, descarboxilases, hidrolases, fosfoquinases e fosfotransferase. Participa da reação da fotólise da água no fotossistema II, formação da clorofila e formação, multiplicação e funcionamento dos cloroplastos. 22

23 3.13. MOLIBDÊNIO (Mo) a. Molibdênio no solo Os teores de Mo disponíveis nos solos brasileiros são muito baixos, situando-se na faixa de 0,01 a 0,16 mg/kg. O teor total de Mo nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Mo, enquanto que os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente. b. Fatores que afetam a disponibilidade do molibdênio A disponibilidade do Mo é afetada por diversos fatores, dentre os quais, material de origem, textura e ph do solo. O Mo é essencial às plantas que utilizam o nitrato (N-NO 3- ) como uma das fontes de nitrogênio. É componente da enzima redutase do nitrato, responsável pela conversão do nitrato (N-NO 3- ) a nitrito (N-NO 2 ) que posteriormente é convertido em aminoácidos e demais compostos orgânicos nitrogenados. d. Sintomas de deficiência de molibdênio O Mo é um micronutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência ocorrem inicialmente nas folhas mais velhas. A deficiência do Mo é caracterizada por pequenas estrias cloróticas longitudinais começando no terço apical da folha (Figura 19). As folhas mais velhas secam prematuramente do meio para as pontas. A disponibilidade do Mo às plantas é afetada pelo ph do solo (Figura 3). A deficiência de Mo ocorre com maior frequência em solos ácidos. A calagem corrige a deficiência de Mo nas culturas, se os teores deste micronutriente nos solos forem adequados. A aplicação de doses elevadas de fertilizantes contendo sulfato pode induzir deficiência de Mo na soja. Ocorre lixiviação do Mo para as camadas subsuperficiais do solo. As adubações fosfatadas aumentam a disponibilidade de Mo às plantas. c. Funções do molibdênio O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do Mo pela soja, sendo absorvido na forma de molibdato (MoO 4 2- ). Figura 19. Deficiência do molibdênio em soja. Fonte: Sfredo (2008). O metabolismo do nitrogênio pode ser seriamente afetado na soja com deficiência de Mo devido a sua participação como componente das enzimas, nitrogenase e redutase do nitrato. A deficiência de Mo ocasionará uma diminuição na produção da enzima nitrogenase que se refletirá na redução da quantidade de nitrogênio fixado biologicamente. 23

24 3.14. NÍQUEL (Ni) a. Níquel no solo O teor de Ni na crosta terrestre é aproximadamente 0,16 g/kg, sendo um componente comum de rochas ígneas. O teor de Ni nos solos variam de 1 a 200 mg/kg. O teor total de Ni nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Ni, enquanto que os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente. b. Fatores que afetam a disponibilidade do níquel Os fatores que afetam a disponibilidade dos metais afetam também a disponibilidade do Ni às plantas. A disponibilidade do Ni é afetada pelo ph do solo (Figura 3). Quanto maior o ph do solo, menor é a disponibilidade do Ni às plantas e dependendo do teor do micronutriente no solo pode causar deficiência nas culturas. Os ácidos húmicos formam complexos muito estáveis com o Ni reduzindo a sua disponibilidade às plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a disponibilidade do Ni à soja. Na soja, o Ni pode aumentar atividade da urease, impedindo o acumulo de quantidades tóxicas de ureia. O Ni tem relação também com a fixação simbiótica do N aumentando a atividade da hidrogenase em bacterióides isolados dos nódulos. Aumenta a resistência das plantas às doenças. Em soja, o Ni tem sido utilizado em pulverizações foliares com o intuito de aumentar a resistência à ferrugem asiática. O Ni reduz os efeitos colaterais do glifosato nas plantas. d. Sintomas de deficiência do níquel Os sintomas de deficiência de Ni na soja caracterizam-se pelo acumulo de ureia provocando necrose nos folíolos. A deficiência de Ni afeta o crescimento, o metabolismo, o envelhecimento e a absorção de Fe pelas plantas. Altos teores de Ca, Mg, Cu e Zn nos solos inibem a absorção de Ni pela soja. Altas doses de fertilizantes fosfatados ou altos teores de P nos solos reduzem a disponibilidade no solo ou na soja propriamente dita. c. Funções do níquel A difusão é o principal mecanismo de absorção do Ni pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Ni 2+. O Ni atua no metabolismo do nitrogênio. É constituinte da metaloenzima urease que participa na decomposição da ureia para amônia (N-NH 4+ ) e dióxido de carbono (CO 2 ). 24

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