A Determinação da Taxa de Juros no Brasil. Fevereiro de 2007

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1 A Determinação da Taxa de Juros no Brasil Fevereiro de

2 A Determinação da Taxa de Juros no Brasil I. Importância do Controle da Inflação II. Alternativas de Regimes Monetários III. IV. Implementação do Regime de Metas no Brasil Trajetória das Metas de Inflação no Brasil V. Resultados da Política Monetária VI. Evolução Recente da Atividade Econômica e do Mercado de Trabalho 2

3 A Determinação da Taxa de Juros no Brasil I. Importância do Controle da Inflação 3

4 Mandato de Bancos Centrais A tendência das legislações recentes é enfatizar a estabilidade de preços; Nos casos em que existem objetivos múltiplos, os bancos centrais têm autonomia para interpreta-los (Israel) e prioriza-los (EUA); Em outros casos de objetivos múltiplos ou mais abrangentes, os bancos centrais têm compromissos com metas para a inflação. 4

5 Importância do Combate à Inflação Experiência internacional mostra que inflação baixa e estável é pré-condição para o crescimento, isto é, países só crescem de forma sustentada com estabilidade de preços; Brasil tem uma experiência ainda curta e recente de baixa inflação. 5

6 Crescimento e Inflação * (variação média anual) PIB (%) Inflação (%) China 9,7 5,1 Cingapura 6,6 1,5 Índia 6,0 7,3 Coréia 5,8 4,6 Chile 5,6 8,1 Tailândia 5,1 4,0 México 3,2 14,2 Brasil 2,2 48,4 Fonte: FMI *Estimativa 6

7 Importância do Combate à Inflação Apesar da queda do patamar inflacionário após a edição do Plano Real em 1994, observamos repiques inflacionários em 1999, 2002/2003 e, em menor escala, em 2004; Cultura inflacionária e mecanismos de indexação (formais ou informais) persistem na economia brasileira; Quadro de estabilidade de preços ainda precisa ser consolidado. 7

8 Brasil: Inflação em 12 Meses ( ) % ,0%

9 Importância do Combate à Inflação O controle da inflação também é prioritário para a inclusão social, já que as faixas mais pobres da população sofrem relativamente mais os efeitos perversos da inflação; O repique inflacionário no segundo semestre de 2002 e primeiro semestre de 2003, por exemplo, provocou forte erosão no poder de compra dos salários. 9

10 Salário Real Médio ( ) % , ,3 2,0-0,

11 Salário Real x Surpresa Inflacionária média móvel 3 meses, R$ jul 03 Surpresa Inflacionária 04 Salário real jul jul dez IPCA > expectativas IPCA < expectativas 11

12 Importância do Combate à Inflação Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE atestam a importância do controle da inflação para a melhora da distribuição de renda; O único ano desde 1995 em que a parcela da renda dos 50% mais pobres não subiu foi justamente 2002, marcado por forte aceleração inflacionária. 12

13 Importância do Combate à Inflação Em resumo, além de alongar o horizonte de previsibilidade dos agentes econômicos, reduzindo a incerteza e favorecendo o investimento, a inflação baixa e controlada preserva o poder de compra dos salários e contribui para a melhora na distribuição de renda, sustentando a demanda agregada e assegurando maior crescimento ao longo do tempo. 13

14 A Determinação da Taxa de Juros no Brasil II. Alternativas de Regimes Monetários 14

15 Alternativas de Regimes Monetários Entre as alternativas de regimes monetários, o controle da taxa de câmbio e a definição de metas para agregados monetários foram usados em diversos países, e gradualmente abandonados. 15

16 Alternativas de Regimes Monetários Controle da taxa de câmbio: O controle da taxa de câmbio foi utilizado diversas vezes no Brasil e em outras economias, culminando em geral com crises cambiais; Exemplos recentes: Reino Unido (1992), México (1994), Tailândia, Coréia do Sul, Filipinas e Indonésia (1997), Rússia (1998), Argentina (2002) e Brasil em diversas ocasiões (a mais recente, em 1999). 16

17 Alternativas de Regimes Monetários Metas de agregados monetários: Evidência empírica comprova que correlação entre inflação e quantidade de moeda é instável no curto prazo; A instabilidade da demanda por agregados monetários, a endogeneidade de sua oferta e inovações financeiras levaram ao abandono da opção de metas de agregados monetários; Exemplos: Reino Unido nas décadas de 70 e 80, Alemanha e Suíça até a década de

18 Alternativas de Regimes Monetários Na busca de alternativas, consolidaram-se nos últimos 15 anos duas mudanças institucionais que ajudaram a reduzir a inflação em diversos países: Adoção da política de metas de inflação; Autonomia operacional da autoridade monetária. 18

19 Alternativas de Regimes Monetários Regime de metas de inflação: O Banco Central se compromete a atuar de forma a garantir que a taxa de inflação esteja em linha com uma meta pré-estabelecida, anunciada publicamente; Política de metas é um mecanismo de coordenação de expectativas, tendo a vantagem de ser mais transparente e ser melhor entendido pela sociedade. 19

20 Alternativas de Regimes Monetários O regime de metas de inflação foi formalmente adotado pela primeira vez pela Nova Zelândia em 1989/1990, seguida pelo Canadá e pelo Chile em 1991 e por Israel e Reino Unido em 1992; Atualmente, é seguido em 24 países (entre desenvolvidos e economias emergentes). 20

21 Países que Seguem Metas de Inflação inflação anterior à adoção das metas (%) 40 Peru Chile Nova Zelândia Reino Unido Canadá Israel Suécia Austrália República Tcheca Coréia do Sul Polônia BRASIL México Colômbia Tailândia África do Sul ano de adoção do regime de metas Hungria Turquia Eslováquia Filipinas Islândia Noruega Indonésia Romênia

22 Regime de Metas de Inflação Diversos países adotaram o regime de metas para assegurar permanentemente os ganhos advindos da baixa inflação (por exemplo: Reino Unido, Suécia, Austrália e Canadá); Outros países adotaram o regime de metas em ambiente de inflação elevada, para conduzir à desinflação gradual da economia (por exemplo: Chile, Israel, Colômbia e República Tcheca, além do Brasil). 22

23 Regime de Metas de Inflação Resultados mostram uma queda pronunciada da inflação, em especial nas economias emergentes que adotaram a política de metas para conduzir o processo de desinflação; Em ambos os casos, a autoridade monetária necessita de autonomia operacional para perseguir a meta. 23

24 Regime de Metas de Inflação 24 Inflação Média nos Países que Seguem Regime de Metas (desde a sua adoção) Economias Emergentes % Países Desenvolvidos * *Projeção 24

25 Regime de Metas de Inflação Alguns exemplos de sucesso: Países desenvolvidos: Nova Zelândia Reino Unido Economias Emergentes: Chile Israel 25

26 Nova Zelândia Pioneira na adoção do regime de metas de inflação, implantado em 1989/90; Contexto: Inflação alta e volátil ao longo de toda a década de 80, chegando próximo a 20% no final da década; Em 1989, formalizada a autonomia do Banco Central; Resultados: a inflação convergiu rapidamente para o objetivo, mantendo-se no intervalo das metas por quase todo o período. 26

27 Nova Zelândia: Inflação e Metas % IPC (Variação Acumulada em 4 Trimestres) Introdução do Regime de Metas para Inflação 3,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0,0 4T 4T 4T 4T 4T 4T 4T 4T 4T 4T 4T 4T 4T 4T

28 Reino Unido Contexto: adoção do regime de metas de inflação em 1992, após o colapso e a saída da libra esterlina do Sistema Monetário Europeu necessidade de uma nova âncora nominal; Em 1997, o regime é consolidado com a autonomia formal do Banco da Inglaterra; Resultados: inflação baixa e o mais longo ciclo de crescimento econômico do País desde o início do século passado. 28

29 Reino Unido: Inflação e Metas Preços ao Consumidor (Variação Acumulada em 4 Trimestres) Introdução do Regime de Metas para Inflação 8 % 6 Autonomia do Banco da Inglaterra 4 2 4,0 1,0 2,5 2,0 0 1T 89 3T 90 1T 92 3T 93 1T 95 3T 96 1T 98 3T 99 1T 01 3T 02 1T 04 3T 05 4T 06 *Em 2003, mudança da meta acompanhada por mudança do índice de referência 29

30 Reino Unido: PIB = Introdução do Regime de Metas para Inflação longo período de crescimento do PIB: 57 trimestres de resultado positivo 50 1T 74 1T 77 1T 80 1T 83 1T 86 1T 89 1T 92 1T 95 1T 98 1T 01 1T 04 4T 06 30

31 Reino Unido: Crescimento do PIB Antes do Regime de Metas No Regime de Metas 3 2,7 2 1,9 % 1 0 Média Média

32 Reino Unido: Variância da Inflação e do PIB desvio-padrão da inflação (%) 6 5 No período de metas, volatilidade da inflação e do PIB é a menor do pós-guerra desvio-padrão do crescimento do PIB (%) 32

33 Chile Contexto: Inflação alta e ampla indexação da economia nas décadas de 70 e 80; Em 1989, o Banco Central ganha autonomia operacional e financeira; Adoção do regime de metas de inflação em : Versão light (com bandas cambiais ) Desde 1999: Versão rígida (com câmbio flutuante); Resultados: queda acentuada da inflação ao longo de todo o período, com forte crescimento econômico. 33

34 Chile: Inflação e Metas IPC (Variação Acumulada em 12 Meses) Introdução do Regime de Metas para Inflação % ,0 2,

35 Chile: Crescimento do PIB 6 5 Antes do Regime de Metas No Regime de Metas 5,7 % 4 3 3, Média Média Fonte: FMI 35

36 Israel Contexto: inflação crônica e ampla dolarização da economia na década 80 planos heterodoxos não conseguem debelar inflação de forma definitiva; Banco Central autônomo desde sua fundação, em 1954; Em 1992, adoção de metas de inflação com bandas cambiais; Flutuação do câmbio a partir de 1997; Queda gradual da inflação para a atual meta: 1%-3%. 36

37 Israel: Inflação e Metas 22 IPC (Variação Acumulada em 12 Meses) Introdução do Regime de Metas para Inflação 17 14, ,0 10,0 % 10,0 7 8,0 2 7,0 3,0 2,5 4,0 3,5 3,0 2,0 1,0-3 jul jul jul out

38 Crescimento do PIB Austrália Brasil Canadá Chile Colômbia Rep. Tcheca Hungria Islândia Israel Coréia do Sul México Nova Zelândia Noruega Peru Filipinas Polônia África do Sul Suécia Tailândia Reino Unido % Média dos 10 anos anteriores à adoção do Regime de Metas Média do Período Posterior à Introdução do Regime de Metas (até 2005) Fonte: FMI 38

39 A Determinação da Taxa de Juros no Brasil III. Implementação do Regime de Metas no Brasil 39

40 Implementação do Regime de Metas no Brasil Regime de metas instituído em junho de 1999, complementando a transição para o câmbio flutuante; Com o colapso do regime de câmbio fixo, era necessário buscar uma nova âncora nominal para a economia; Alternativas... Controle de agregado monetário? Nova âncora cambial? Dolarização?... não se mostravam viáveis na prática. 40

41 Implementação do Regime de Metas no Brasil Definições iniciais: Índice de referência: IPCA (mede a variação do custo da cesta de consumo representativa da população com renda até 40 salários mínimos em 12 regiões metropolitanas do país); Metas definidas para o ano-calendário, dois anos à frente; Metas estabelecidas com intervalo de tolerância, sem cláusulas de escape. 41

42 Implementação do Regime de Metas no Brasil No caso do Brasil, as metas são definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN); Ao Banco Central, cabe a responsabilidade de cumprir as metas, utilizando a taxa de juros de curtíssimo prazo como instrumento; Copom (Comitê de Política Monetária) é o órgão colegiado no âmbito do Banco Central responsável pela decisão de taxa de juros. 42

43 Implementação do Regime de Metas no Brasil Nas últimas duas décadas, o estabelecimento de comitês decisórios de política monetária tornou-se uma prática comum nos bancos centrais de todo o mundo; Os comitês reduzem a discricionariedade da decisão e permitem a criação de um ritual e calendário adequados; Decisão colegiada tende a ser menos sujeita a erros que a decisão individual; Seguindo essa tendência, o Copom foi criado em 1996, formado pelo Presidente e pelos diretores do Banco Central. 43

44 Implementação do Regime de Metas no Brasil CMN estabelece a meta de inflação Banco Central é responsável por seu cumprimento Copom fixa a taxa de juros de curto prazo Taxa de juros afeta a inflação com defasagens 44

45 Implementação do Regime de Metas no Brasil Pré-condições: Estabelecimento de uma única meta/objetivo; Credibilidade das metas e do índice utilizado; Autonomia operacional do Banco Central/Copom; Regime de câmbio flutuante. 45

46 Implementação do Regime de Metas no Brasil O Banco Central determina a taxa de juros de curtíssimo prazo (taxa Selic), mas a transmissão da política monetária se dá por meio das taxas de mercado em diferentes horizontes, que não são controladas pela autoridade monetária; É possível ocorrer um descasamento entre a taxa Selic e as taxas de mercado, se os agentes antecipam mudanças da política monetária, ou em períodos de incerteza ou ainda em períodos em que a política monetária perde credibilidade. 46

47 Selic e Taxas de Mercado (180 e 360 Dias) % taxa Selic taxa swap 180 dias taxa swap 360 dias fev* 07 * 9/fev 47

48 Implementação do Regime de Metas no Brasil A eficácia da política monetária depende em grande medida da sua credibilidade; Uma comunicação eficaz e o compromisso com a transparência são fundamentais na implementação da política monetária; Para coordenar expectativas, o banco central necessita explicar suas decisões de forma racional e consistente. 48

49 Implementação do Regime de Metas no Brasil O Banco Central do Brasil é reconhecido internacionalmente pela excelência e pioneirismo de sua política de comunicação e transparência; Instrumentos de comunicação: Atas das reuniões do Copom divulgadas uma semana após a reunião, explicando detidamente os condicionantes da decisão; Relatório de Inflação trimestral; Carta Aberta do Presidente do Banco Central ao Ministro da Fazenda, no caso da meta de inflação não ser cumprida. 49

50 Implementação do Regime de Metas no Brasil Na implementação da política monetária, o Banco Central avalia detidamente uma série de indicadores, como: Evolução da economia global; Cenário doméstico de atividade, preços, crédito, finanças públicas e balanço de pagamentos; Mercado de trabalho; Mercado monetário; Expectativas dos agentes privados; Modelos de projeção para a inflação. 50

51 A Determinação da Taxa de Juros no Brasil IV. Trajetória das Metas de Inflação no Brasil 51

52 Trajetória das Metas de Inflação no Brasil Trajetória para as metas no Brasil foi definida pelo CMN, tendo por fundamento a convergência gradual da taxa de inflação da economia brasileira para níveis próximos aos vigentes nos nossos principais parceiros comerciais; Essa trajetória foi revista, em função de choques adversos que atingiram a economia e alteraram a velocidade de convergência para a meta de inflação de longo prazo. 52

53 Metas de Inflação Meta para 2006 Intervalo de Tolerância Período Brasil 4,5 +- 2,0 (meta para ano-calendário) África do Sul 3,0 6,0 - meta de longo-prazo Austrália 2,0 3,0 - (meta de longo-prazo) Canadá 2,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo) Chile 3,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo) Colômbia 4,5 +- 0,5 (meta para ano-calendário) Islândia 2,5 +- 1,5 (meta de longo-prazo) Israel 2,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo) México 3,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo) Nova Zelândia 2,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo) Peru 2,5 +- 1,0 (meta de longo-prazo) Reino Unido 2,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo) República Tcheca 3,0 +- 1,0 (meta para ano-calendário) Suécia 2,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo) Tailândia 0,0-3,5 - (meta de longo-prazo) Turquia 5,0 - (meta para ano-calendário) 53

54 Metas de Inflação para Centro da Meta Reino Unido Canadá Israel Nova Zelândia Suécia Noruega Austrália Islândia Coréia do Sul Eslováquia Tailândia Peru Polônia Chile Rep Tcheca México Hungria Colômbia Filipinas África do Sul Brasil Romênia Turquia Indonésia % a.a. economias avançadas economias emergentes 54

55 A Determinação da Taxa de Juros no Brasil V. Resultados da Política Monetária 55

56 Resultados da Política Monetária No período de metas para a inflação, houve redução na volatilidade da inflação, da taxa de juros e da taxa de crescimento do PIB, em comparação com o período entre a estabilização (Plano Real) e a implementação do regime de metas; A taxa média de crescimento do PIB subiu, comparativamente ao período de câmbio fixo; A taxa de juros caiu de forma expressiva. 56

57 Volatilidade de Inflação, PIB e Taxa de Juros Inflação, PIB e Taxa Selic Média, Desvio Padrão e Coeficiente de Variação* Período Inflação Anterior ao Regime de Metas PIB Taxa Selic Média D.P. C.V. Média D.P. C.V. Média D.P. C.V. 4T94 2T99 10,4 9,9 95% 2,0 6,3 311% 35,4 14,1 40% Regime de Metas 3T99 4T06 7,5 5,6 74% 2,5 3,5 139% 18,4 2,9 16% Regime de Metas (exclusive período de choques externos: 3T01 a 2T03) 3T99 4T06 6,0 3,3 55% 3,2 3,1 96% 17,5 2,2 12% Regime de Metas (após período de choques externos) 3T03 4T06 5,4 2,3 42% 3,3 3,0 90% 17,4 2,5 14% *todos os dados trimestrais anualizados, PIB até 3T06 57

58 Taxa Selic 50 Média Anterior ao Regime de Metas % 40 Média Regime de Metas 30 Média Regime de Metas (excl jul 01 a jun 03)

59 Juros Reais (Swap 360 dias) % méd. 00/03: 15,0% 20 méd. 96/99: 18,5% méd. 04/05: 11,5% méd. 06/07: 9,3% 7,9 5 fev* Fontes: BCB and BM&F * 23/fev 59

60 Inflação x Metas 1999/2000: a inflação ficou dentro do intervalo de tolerância estabelecido pelo CMN; 2001/2002: choques adversos de grande magnitude atingiram a economia, desviando a inflação da trajetória das metas; 2003: efeitos defasados dos choques de 2001/2002 ainda impactaram a taxa de inflação; 2004/2007: a inflação retorna à trajetória das metas. 60

61 Metas de Inflação ,9 12,5 9,3 IPCA IPCA (consenso) metas intervalos de tolerância % 8 6 6,0 7,7 7,6 5,7 4 3,1 3,9 4,

62 Resultados da Política Monetária O exame da evolução da inflação ocorrida em relação a metas e intervalos estabelecidos em um conjunto de países que adotam o regime de metas para a inflação indica que: O valor central da meta raramente foi atingido com absoluta exatidão; A freqüência com que a inflação ficou abaixo do valor central foi maior do que a freqüência com que ela permaneceu acima do valor central, para países industrializados e emergentes; Como proporção do total dos casos em que a meta foi cumprida, os casos em que a inflação observada situou-se abaixo do valor central foi maior no grupo de economia emergentes. 62

63 Cumprimento Trimestral das Metas de Inflação em Países Selecionados País Início do regime de metas π < valor central π > valor central Emergentes (A + B) (C + D) África do Sul 2000 Chile 1991 Hungria 2001 México 2001 Peru 1994 π = valor central 63% 38% 0% 48% 48% 3% 35% 60% 5% 35% 65% 0% 69% 27% 4% Polônia % 36% 0% média ponderada 55% 43% 3% Desenvolvidos Austrália 1993 Canadá 1991 Inglaterra 1992 Noruega 2001 Nova Zelândia % 44% 8% 53% 43% 3% 75% 18% 7% 80% 20% 0% 23% 69% 8% Suécia % 23% 0% média ponderada 55% 40% 5% BRASIL % 85% 4% 63

64 Resultados da Política Monetária Como proporção do total dos casos em que a meta foi cumprida, os casos em que a inflação observada situou-se abaixo do valor central foi maior no grupo de economia emergentes. 64

65 Cumprimento Trimestral das Metas de Inflação em Países Selecionados País Início do regime de metas π < piso da meta Piso < π < valor central da meta valor central < π < teto da meta teto da meta < π Emergentes (A) (B) (C) (D) África do Sul % 31% 0% 38% Chile % 32% 38% 10% Hungria % 35% 25% 35% México % 35% 25% 40% Peru % 27% 13% 15% Polônia % 11% 4% 32% média ponderada 27% 28% 20% 22% Desenvolvidos Austrália % 12% 17% 27% Canadá % 27% 30% 13% Inglaterra % 39% 14% 4% Noruega % 35% 5% 15% Nova Zelândia % 19% 42% 27% Suécia % 30% 23% 0% média ponderada 29% 26% 25% 15% BRASIL % 12% 46% 38% 65

66 Quadro Inflacionário Recente As medidas de núcleo de inflação acompanhadas pelo Banco Central mostram comportamento recente mais benigno da inflação, após a forte aceleração de 2002 e, em menor escala, de 2004; 66

67 Núcleos de Inflação IPCA: Medidas do Núcleo (Média Móvel de 3 Meses) 1,8 1,3 exclusão com suavização sem suavização % 0,8 0,3-0,2 jul jul jul jul jul

68 Índice de Difusão 87 Linha de Tendência 77 % jul jul jul jul jul

69 Quadro Inflacionário Recente Em 2006, como reflexo de fatores temporários, tais como a forte desinflação nos alimentos in natura, a inflação acumulada no período de um ano situou-se abaixo do valor central do intervalo definido pelas metas; 69

70 IPCA x IPCA Alimentação Acumulado em 12 meses IPCA alimentos in natura alimentação no domicílio 4 % jun nov abr set fev jul

71 IPA: Preços Agrícolas x Industriais 5,5 4,5 3,5 2,5 indústria agricultura % 1,5 0,5-0,5-1,5-2,5-3,5 03 jul jul jul jul

72 Preços Livres Comercializáveis x Não-comercializáveis 22 acumulado em 12 meses Comercializáveis Não-Comercializáveis 8 7 % %

73 Expectativas de Inflação A política monetária tem conseguido manter as expectativas de inflação sob controle; Para 2007 e 2008, expectativas dos agentes privados estão bem ancoradas à trajetória das metas. 73

74 Expectativas x Metas - Final do Ano Expectativa ano+1 Meta ano+1 Expectativa ano+2 Meta ano ,0 6,0 4,0 4, ,3 4,0 3,8 3, ,8 3,5 4,0 3,25* ,0 4,0** 8,0 3,75** ,0 5,5 5,0 4, ,7 4,5 5,0 4, ,5 4,5 4,5 4, ,0 4,5 4,1 4,5 *Meta CMN fixada em jun/2001 (Resolução nº 2,842) ** Meta CMN fixada em jun/2002 (Resolução n 2,972) 74

75 IPCA e Expectativas de Inflação 18 IPCA acumulado 16 em 12 meses 14 % a.a expectativas 12 meses à frente (t-12) jul jul jul jul jul jul

76 Surpresa Inflacionária 14 IPCA > expectativas IPCA < expectativas jul jul jul jul

77 A Determinação da Taxa de Juros no Brasil VI. Evolução Recente da Atividade Econômica e do Mercado de Trabalho 77

78 PIB 150 Dessazonalizado, 1990 = T 99 2T 00 crescimento médio : 1,8% 3T 01 4T 02 1T 04 crescimento médio : 3,4% 2T 05 3T 06 Fontes: IBGE, Banco Central *Relatório de Inflação dez/06 78

79 Crédito x Inflação % a. a crédito total/pib expectativas de mercado para a inflação 12 meses à frente % do PIB a. % a. 13 crédito 290 prazo médio expectativas de mercado para a inflação 12 meses à frente dias jul jul jul jul dez jul jul jul jul dez

80 Vendas no Varejo 127 média móvel de 3 meses dessazonalizado, 2003 = jul jul jul jul jul jul 06 dez 06 80

81 Taxa de Juros Real x Vendas Varejo % taxa de juros real dez 06 vendas varejo (t+6) dessazonalizado, 2003 = fev* 07 * fev 14 81

82 Vendas no Varejo veículos e motocicletas móveis e eletrodomésticos média móvel de 3-meses (2003=100) ago 01 mar 02 out 02 mai 03 dez 03 jul 04 supermercados fev set abr dez ago mar out mai dez jul fev set abr dez tecidos, roupas e sapatos ago 01 mar 02 out 02 mai 03 dez 03 jul 04 fev set abr dez ago mar out mai dez jul fev set abr dez Fonte: IBGE 82

83 Criação de Emprego Formal 2,0 acumulado em 12 meses 1,5 1,0 média : mil média 2003: 667 mil milhões 0,5 0,0 média : 33 mil -0,5-1,0 mar mai jul set nov mar mai jul dez

84 Taxa de Desemprego 13,2 12,2 11, % 10, , ,2 fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 84

85 Salário Real e Massa Salarial Médias Móveis de 3 Meses, Deflacionadas pelo INPC 1070 Salário Real Médio 120 Massa Salarial Real R$ = jul jul dez jul jul dez 06 85

86 Vendas Varejistas e Massa Salarial dessazonalizado, 2003 = 100 média móvel de 3 meses vendas varejo massa salarial jun nov abr set fev jul dez mai dez =

87 Confiança dos Consumidores (São Paulo) escala: T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T Fonte: Fecomercio 87

88 Confiança dos Consumidores (São Paulo) Intenção Futura (linha) escala: Condições Atuais (barra) T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T Fonte: Fecomercio 88

89 Produção Industrial 117 média móvel de 3 meses dessazonalizado, 2002 = ago mar out mai dez jul fev set abr dez Fonte: IBGE 89

90 Produção e Vendas de Veículos produção vendas no mercado doméstico dessazonalizado, 203 = jun nov abr set fev jul dez mai jun nov abr set fev jul dez mai

91 Taxa de Juros Real x Produção Industrial 22 Dec % taxa de juros real produção industrial (t+6) dessazonalizado, 2002 = fev* * fev 14 91

92 Utilização da Capacidade % 95, ,9 92,5 91, ,8 85,9 85, ,6 82, Geral Celulose, papel e papelão Metalurgia Vestuário, calçados e produtos de tecidos Minerais não metálicos Máximo da série -07 Fonte: FGV 92

93 Formação Bruta de Capital Fixo: dessazonalizado, 1990= linha de tendência 108 1T 99 1T 00 1T 01 1T 02 1T 03 1T 04 1T 05 3T 06 Fonte: IBGE 93

94 Absorção Doméstica de Bens de Capital: dessazonalizado, 2002= média móvel de 3 meses dez Fonte: Banco Central 94

95 Insumos da Construção Civil: dessazonalizado, 2003 = jun nov abr set fev jul dez mai dez Fonte: IBGE 95

96 Investimento x Risco Brasil 138 3Q06 investimentos = risco Brasil (T-2) pontos básicos T 00 1T 01 1T 02 1T 03 1T 04 1T 05 1T 06 2T 07 Fontes: IBGE e JP Morgan 96

97 Confiança Empresarial escala: T 04 2T 04 3T 04 4T 04 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05 1T 06 2T 06 3T 06 4T 06 1T 07 Fonte: FGV 97

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